O documento descreve as Grandes Navegações realizadas por portugueses e espanhóis entre os séculos XV e XVI, motivadas pela busca de novas terras, especiarias e metais preciosos. Os europeus enfrentaram perigos no mar e medo do desconhecido, mas inovações como a bússola e a caravela possibilitaram a expansão, com Portugal liderando a rota pelo Atlântico Sul até a chegada de Colombo às Américas e a partilha do mundo entre as potências.
2. Conceito
Conjunto de expedições marítimas
realizadas principalmente por
portugueses e espanhóis entre os
séculos XV e XVI, que se lançaram ao
mar em busca de novos territórios, de
especiarias e de metais preciosos
(interesses econômicos).
3. Por meio das Grandes Navegações
os europeus acabaram colocando
em contato povos de
diferentes regiões do planeta.
4. O medo do desconhecido
Naquela época, os europeus
tiveram que enfrentar
muitos perigos nos mares,
mas nada era tão assustador
como o medo do desconhecido.
5. Crença de que
nos mares e
oceanos havia
monstros e
criaturas
amedrontadoras
9. Com tantos perigos e incertezas, pelo quê se
arriscavam?
A expansão ultramarina tinha como objetivo atingir o
Oriente e as chamadas especiarias.
10. Também...
A busca de novas minas (ouro e prata);
Expandir a fé católica;
Novas terras.
11. Lembrando o que são especiarias...
Produtos orientais na forma de temperos (condimentos)
usados na culinária para proporcionar sabores diferentes
nas comidas e para conservar os alimentos.
Algumas especiarias também eram, e ainda são,
utilizadas na fabricação de cosméticos, óleos e
medicamentos.
Na época das Grandes Navegações e Descobrimentos
Marítimos elas eram muito valorizadas na Europa, pois
não podiam ser cultivadas neste continente em função do
clima.
As especiarias também englobavam ouro, marfim, seda, etc.
12. Especiaria: cravo da Índia
Cravo da índia
O botão de sua flor, seco, é
utilizado como especiaria
desde a Antiguidade,
empregado na culinária e
na fabricação de
medicamentos.
O seu óleo tem propriedades
anti-sépticas, sendo
bastante utilizado em
odontologia.
Uma das especiarias mais
valorizadas, no mercado do
início do século XVI um
quilo de cravo equivalia a
sete gramas de ouro.
13. Especiaria: pimenta-do-reino
Pimenta do reino
É uma das mais antigas
especiarias conhecidas.
Os seus grãos, secos e
moídos, são muito
usados na culinária de
diversos países. Tem um
sabor forte, levemente
picante, proveniente de
um composto químico
chamado piperina. Por
essa razão foi utilizada
desde a Idade Média
para disfarçar o sabor
dos alimentos em via de
decomposição.
14. Especiaria: gengibre
Gengibre
Como planta medicinal o
gengibre é uma das
mais antigas e
populares do mundo.
Desde a Antiguidade, o
gengibre é utilizado na
fabricação de xaropes
para combater a dor de
garganta.
15. As riquezas vinham do oriente
Àquela época, o comércio com o Oriente era
controlado por mercadores de Veneza e Gênova.
Os produtos eram levados em caravanas de camelos,
guiadas pelos árabes, até os portos. Ali, os italianos
as compravam e revendiam na Europa: grande lucro.
Diante do fato de o Mar Mediterrâneo ser controlado
pelos italianos, a alternativa para outros povos para
participar do comércio das especiarias foi buscar um
novo caminho para o Oriente (Índias).
16. A tomada de Constantinopla
Em 1453, a tomada de Constantinopla
pelos turcos-otomanos dificultou
ainda mais o acesso dos europeus ao
comércio de especiarias. Essa
dificuldade acabou estimulando a
procura por um novo caminho
marítimo para as Índias.
17. Constantinopla era, até
o momento de sua
queda, uma das cidades
mais importantes no
mundo.
Devido à sua
localização, funcionava
como uma ponte para
as rotas comerciais que
ligavam a Europa à
Ásia por terra.
Também era o principal
porto nas rotas que iam
e vinham entre o ma
Negro e o ma
Mediterrâneo.
18.
19. Assim, Era preciso...
Quebrar Monopólio Italiano
Encontrar um Novo Caminho para as Índias
20. De modo geral...
Os Nobres: nova oportunidade de se dedicarem à guerra,
podendo assim adquirir novas terras e cargos.
Os Burgueses: encontrar novos produtos e desenvolver o
comércio para obter lucros.
O Clero: evangelizar novos povos
O Povo: esperança de conseguir melhores condições de
vida.
21. Portugal: pioneiro
Ainda na Baixa Idade Média, ocorreu um
processo de fortalecimento do poder real que
contou com o apoio tanto da burguesia quanto
da nobreza.
Portugal foi o primeiro Estado moderno
europeu e o processo de centralização de
poder nas mãos do rei ocorrido teve relação
direta com as lutas para a expulsão dos árabes
do seu território (séc. VIII – XII).
22. Principais Fatores do pioneirismo português
Poder centralizado (rei)
Posição geográfica privilegiada
Conhecimento sobre navegação (Escola de Sagres)
Burguesia mercantil
Paz interna
24. Escola de sagres
Centro de estudos náuticos que reunia geógrafos,
astrônomos, matemáticos, construtores, tradutores e
cartógrafos para desenvolver instrumentos de
navegação, mapas e estudos sobre a ciência náutica,
com base em diários de bordo e roteiros de viagem.
Fundada por d. Henrique, filho do então rei de Portugal,
d. João I, com a intenção de planejar os passos a serem
dados no avanço pelo Atlântico.
27. Invenções
Caravela: invenção
portuguesa.
Conseguiam obter uma
boa velocidade em dias
de vento forte. Porém,
como os sistemas de
navegação da época
eram precários, muitas
vezes os navegadores
saíam das rotas originais
se perdendo pelo
oceano.
30. Passo a passo da expansão marítima
portuguesa
Périplo africano: estratégia portuguesa de alcançar o
Oriente contornando o litoral sul africano.
Através das expedições, os portugueses puderam entrar
em contato com as populações locais e tomar
conhecimento da geografia e das correntes marítimas.
Isso possibilitou um aprimoramento dos mapas e abriu
caminho para que novos marinheiros se aventurassem
pelo Oceano Atlântico.
34. Etapas
Ceuta (1415)
Ilha da Madeira (1418-1419)
Açores (1427-1428).
1434 – o cabo do Bojador foi ultrapassado.
1487-1488 – Bartolomeu Dias atravessou o
Cabo das Tormentas, chamado depois de
Cabo da Boa Esperança
1498 – Vasco da Gama chegou às Índias.
35. A expansão espanhola
Fatores do atraso:
União de Castela e Aragão: reino espanhol (1469) –
centralização política.
Expulsão dos mouros de Granada (1492)
Teoria de Cristóvão Colombo: chegar ao Oriente rumo ao
Ocidente – idéia de esfericidade da Terra (redonda).
1492: Colombo “descobre” a América.
38. A partilha do mundo entre Portugal e
Espanha.
Diversos acordos:
Tentativa de garantir a posse do território
Expectativa de encontrar terras.
Tratado de Toledo (1480): garantia a Portugal o direito
sobre as terras descobertas ao sul das Canárias e a
preferência sobre as rotas do Atlântico Sul.
Chegada de Colombo à América alterou a
disposição dos dois países sobre o
estabelecido.
40. Tratados (cont.)
Bula Intercoetera (1493): apenas as terras situadas a até
100 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde seriam
possessão portuguesa. Todas as que se localizassem além
dessa “linha imaginária” seriam possessão espanhola.
Portugal não aceitou a decisão do papa Alexandre VI.
43. Tratados (cont.)
Tratado de Tordesilhas (1494) - todas as terras a 370
léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde seriam
portuguesas e as terras a leste seriam espanholas.
Portugal e Espanha passam a ser as grandes
potências do século XVI.
44.
45. A chegada ao Brasil (1500)
Expedição comandada por Pedro Álvares Cabral
Objetivo:
Buscar especiarias
Estabelecer contatos comerciais com os indianos.
“Descoberta” do Brasil: 22 de abril de 1500
Acaso?