O documento discute protozoários como Cryptosporidium e Giardia que podem contaminar a água e causar doenças. Ele fornece detalhes sobre os ciclos de vida, sintomas, diagnóstico e tratamento dessas infecções, além de discutir medidas para remover esses protozoários da água tratada. O documento também aborda questões relacionadas a ferro e manganês na água.
2. INTRODUÇÃO
• Há quem tenha incertezas quanto aos riscos reais de
saúde impostos pela presença de reduzidas densidades
de protozoários em águas tratadas, essas evidências
disponíveis têm concentrado novas atenções no caso,
de Cryptosporidium e reacendido outras no caso, de
Giardia, nas questões sobre as fontes de
contaminações, e a distribuições de protozoários em
mananciais de abastecimento além da eficácia de
remoção desses organismos pelos processos de
tratamento. O que levou a apresentação de
regulamentos e medidas cada vez mais restritivos.
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3. PROTOZOÁRIOS
• Vem do grego “protos” são unicelulares
desprovido de clorofila que vivem isolados ou
formando colônias nos mais variados tipos de
habitat.
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4. Oocistos de Cryptosporidium
(criptosporidiose)
• Via de transmissão. (água)
• O primeiro relato sobre surto de criptosporidiose
em humanos devido ao abastecimento de água
ocorreu em San Antônio, no Texas, em 1984.
• Por esse aumento dramático na incidência de
criptosporidiose evidenciou que oocistos de
Cryptosporidium podem sobreviver aos
processos convencionais de tratamento da água e
atraiu muita atenção do meio técnico-científico
norte- americano.
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5. Criptosporidiose
( Cryptosporidium parvum )
• Esta doença diarréica foi feita famosa por um surto em
Milwaukee aflige 403.000 pessoas em 1993. O surto foi
associada com a contaminação da água com fezes de
vaca rastreada. Indivíduos saudáveis muitas vezes
experimentam 1-2 semanas de diarréia aquosa,
enquanto que os indivíduos imunes comprometidos
podem ter sintomas crônicos que podem ser muito
difíceis de erradicar. Apenas um tratamento,
nitizoxanide, tem um papel estabelecido no tratamento
de criptosporidiose.Devido ao potencial para a
introdução malicioso em abastecimento público de
água, C. parvum é considerado um agente de
Biodefesa.
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6. • Estes microrganismos possuem formas de
resistência, os cistos, os quais permitem a
sobrevivência do patógeno, por longos
períodos, fora do hospedeiro, facilitando
assim a transmissão da enfermidade.
• Cryptosporidium resiste à maioria dos
desinfetantes utilizados, incluindo cloro e
ozônio T.
• Transmissão de Cryptosporidium através da
água de abastecimento embora tratada que se
encontra dentro dos padrões, pode
demonstrar que o tratamento tecnológico da
água tem sido inadequado.
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7. CUIDADOS E MEDIDAS SANITÁRIAS
• Como Cryptosporidium é altamente resistente a
desinfetantes químicos tipicamente usados em água
potável, a remoção física do parasita por filtração é um
importante componente no processo de tratamento da
água municipal. Para ser efetiva a remoção de oocistos, a
filtração rápida granular deve ser precedida por coagulação
química e tratamento otimizado para remover partículas.
Mesmo quando feita adequadamente, a filtração rápida
não pode garantir remoção de todos os oocistos.
(CARDOSO, 2003)
• Medidas de controle resumem-se em medidas higiênico-
sanitárias adequadas, manipulação adequada dos
alimentos e evitar o consumo de alimentos crus ou mal
cozidos.
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8. Organismo Cryptosporidium parvum
Em Risco Imuno comprometidos mundial
Seroprevalancência 30% nos
Os humanos infectados
EUA
Resultado doença Vida prolongada, ameaçada
Perspectivas de vacinas
Drogas disponíveis Geralmente não respondem
Resistência às Drogas
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10. TRATAMENTO
• O tratamento deve ser feito com trimetoprim (TMP)-sulfametoxazol
(SMX) - TMP 160 mg mais SMX 800 mg, 2 vezes ao dia, via oral,
durante 7 dias, em adultos.
• Em crianças deve ser administrado TMP 5m/Kg mais SMX 25m/Kg,
2 vezes ao dia, via oral, durante 7 dias.
• Pacientes aidéticos devem receber doses mais altas, bem como, a
manutenção do tratamento deve ser feita por um tempo mais
longo. É o único medicamento que mostrou eficácia até o
momento.
• A hidratação oral, ingestão de muito líquido e repouso são as
indicações suplementares para o restabelecimento dos pacientes.
Alguns casos, em que a diarréia é muito severa, podem requerer
internação e outras medidas de controle.
• Ainda nenhuma droga alternativa foi identificada para pessoas que
estejam impossibilitadas de tomar medicamentos à base de sulfa.
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12. FATOS HISTÓRICOS
• Durante o período de 1971 a 1985 nos (EUA),
502 surtos, provocando 111.228 casos de
doenças, foram reportados. Envolvendo
24.365 indivíduos, foram atribuídos ao
protozoário parasita Giardia lamblia,
transformando-o na causa identificável
predominantemente das doenças transmitidas
pela água.
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13. CAUSA
o É uma infecção intestinal causada pelo
protozoário flagelado Giardia lamblia.
o (Giardia intestinalis, Giardia duodenalis)
o A giardíase, também conhecida por lambliose.
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14. Localização habitual: intestino delgado,
especificamente o duodeno e jejuno segmentos
elevados.
Hospedeiros: humanos, cães, gatos, gados,
roedores, moscas e baratas também podem
transportá-los dentre outros.
Via de transmissão: contaminação fecoral, pela
ingestão dos cistos oriundos das fezes de indivíduo
contaminado, podendo estar presentes na água,
alimento, nas mãos, e até mesmo durante sexo oral
ou anal.
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15. Apresenta em duas formas
• trofozoíto • cisto
• piriforme. • oval.
• simétrico. • 9 - 12 mícrons.
• 12 - 20 mícrons de • parede do cisto.
comprimento. • 2 - 4 núcleos.
• 6 -15 mícrons de • flagelos resíduos.
largura.
• 8 flagelos e 2 núcleos.
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17. EPIDEMIOLOGIA
• Ocorre em todo o mundo, sendo mais
frequente em regiões onde as condições
sanitárias e de higiene são precárias.
• Climas quentes e temperadas
• Grupos de riscos: Idosos, crianças, pessoa
com imunidade comprometida.
• Maior em crianças por causa de sua
disposição para levar alimentos ou líquidos
contaminados a boca com facilidade.
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19. • No estômago, dão origem aos trofozoítos.
• Esses colonizam o intestino delgado, onde
vivem ligado ao terço basal das viscosidades
recobertas por muco e também no cólon da
vesícula biliar. Podem isolar a drenagem
biliar, e rapidamente se reproduzem seus
descendentes, após sofrerem processo de
encistamento, são liberados para o exterior
do hospedeiro, quando este defecar. O
período de incubação é entre uma e quatro
semanas e a infecção pode ser
assintomática. Colorado do Oeste
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20. SINAIS E SINTOMAS
• Anorexia.
• Dor abdominal leve e diarréia inconstante às vezes
produz uma síndrome de má absorção intestinal.
• Diminuição acentuada no apetite.
• Falta de progresso freqüentemente observada no peso
atrofiado e associação com mau cheiro fecal.
• Diarréia.
• Lientérica (restos de alimentos).
• esteatorréia (gorduras nas disposições).
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21. DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO
• É feito via exame de fezes ou, em casos raros,
biópsia de material duodenal. A prevenção é feita
adotando-se hábitos de higiene, como lavar as
mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas, brincar
com animais e antes de comer ou preparar
alimentos; ingerir unicamente água tratada;
higienizar os alimentos antes do consumo e a
cura dos doentes. Vale lembrar que o cloro não
mata os cistos e que, portanto, alimentos ou água
tratados unicamente com cloro não impedem a
infecção por este protozoário.
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22. TRATAMENTO
• Quinacrina ou Mepacrine
• Tinidazol
• Furazolidona
• Metronidazol
• Meconidazol
• Nitazoxanida
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23. FERRO E MANGANÊS
• A qualidade de qualquer produto é definida em função da sua
aptidão para a finalidade a que se destina. Os requisitos da
Qualidade da Água serão, portanto, variáveis de utilização para
utilização. Uma água pode ser considerada de boa qualidade para
um fim específico e não o ser para outros. É por isso que existem
normas para a qualidade da água, conforme os fins a que esta se
destina.
• Os íons de ferro e manganês em águas destinadas ao
abastecimento causam depósitos, incrustações e possibilitam o
aparecimento de bactérias ferruginosas nocivas nas redes de
abastecimento, além de serem responsáveis pelo aparecimento de
gosto e odor, manchas em roupas e aparelhos sanitários e interferir
em processos industriais.
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24. • O tratamento de águas contendo ferro envolve duas etapas
principais interdependentes: a oxidação e a remoção do
precipitado formado.
• A oxidação química do ferro é condição necessária para o
tratamento, uma vez que diminui a concentração solúvel do
metal proporcionando sua remoção em processos que
empregam separação sólido/líquido. Os principais oxidantes
utilizados são: oxigênio, cloro e permanganato de potássio. O
dióxido de cloro também pode ser utilizado como oxidante
porém, o melhor oxidante deve ser adotado em função das
concentrações envolvidas, da disponibilidade e dos custos dos
produtos químicos. A presença, ou não, de matéria orgânica na
água a ser tratada também é um importante fator a ser
considerado formação de subprodutos e forma compostos
coordenados de ferro muito estáveis que dificultam a
precipitação subsequente remoção dos metais.
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25. • Ferro – a presença de ferro ferroso (Fe**) quando exposto ao
oxigênio ou outro agente oxidante, é transformado em ferro
férrico (Fe***), quando então torna-se insolúvel e de coloração
marrom avermelhada, prejudicando a utilização da água. Além de
conferir cor e sabor a água, o Fe*** provoca incrustrações,
promovendo rupturas ou bloqueamento em tubos de caldeira ou
trocadores de calor. Por serem depósitos muito porosos,
permitem a concentração de produtos altamente corrosivos sob
os mesmos. O ferro pode ainda provocar a deterioração de certos
tipos de resina, especialmente as aniônicas.
• Manganês – os problemas derivados da presença de manganês
são semelhantes aos ocasionados pelo ferro. Quando na forma de
manganês manganoso (Mn**) é muito solúvel em água, e
conseqüentemente mais difícil de removê-lo. A exposição a um
agente oxidante promove a sua oxidação para manganês
mangânico(Mn****), insolúvel e de coloração marrom.
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26. • O ferro e o manganês, apesar de não serem tóxicos, podem trazer
diversos problemas para o abastecimento público de água, uma vez
que conferem sabor e cor à água, causam sujidade e manchas na
roupa lavada e nas louças sanitárias e podem provocar problemas
de incrustações nas tubagens e acessórios, bem como problemas
de ferro-bactérias, provocando a contaminação biológica da água,
na própria rede de distribuição. As ferro-bactérias, desde o início do
seu desenvolvimento até à sua morte, transmitem à água odores
fétidos e cores avermelhadas, verde escura ou preta. Por estes
motivos, o ferro e o manganês constituem-se em padrão de
potabilidade, tendo sido estabelecida o valor paramétrico de 200
μg/L Fe e 50 μg/L Mn. Note-se mais uma vez, que a ingestão
temporária de água com excesso deste metais, não apresenta
quaisquer riscos para a saúde pública.
• Estes sistemas utilizam um meio filtrante à base de dióxido de
manganês e fornecem uma solução simples e económica para a
purificação da água para consumo humano
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27. A série Fe/Mn Filter oferece as seguintes características
Redução dos níveis de ferro e manganês para limites inferiores a 200 μg/L
Fe e 50 μg/L Mn, respectivamente;
Baixas necessidades de operação e de manutenção;
Processo de remoção do ferro e do manganês por meio de precipitação
auto-catalítica, com ou sem adição prévia de hipoclorito de sódio, como
coadjuvante dessa precipitação;
As propriedades do meio resultam normalmente em períodos de
utilização longos, que podem ir até aos 15 anos e sem qualquer
necessidade prévia de activação do meio;
Não existe a necessidade de utilização de produtos químicos para
regeneração do meio, uma vez que este não necessita de ser regenerado,
sendo que quando exausto, é simplesmente removido e substituído;
O resíduo sólido produzido é inócuo e pode ser depositado em qualquer
aterro sanitário;
Eficiência garantida com um desperdício de água inferior a 1% do volume
tratado;
Aprovações internacionais para utilização em águas potáveis.
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28. METAL - FERRO (Fe)
DANOS AO ORGANISMO - Vômitos,
diarréias e problemas intestinais.
FORMAS DE CONTAMINAÇÃO -
Transfusões de sangue, excesso de ferro
na alimentação.
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29. METAL - MANGANÊS (Mn)
DANOS AO ORGANISMO - Distúrbios
neurológicos, como Mal de Parkinson.
FORMAS DE CONTAMINAÇÃO - Inalação de
poeira do material na indústria de mineração
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