1. Governo Eletrônico: Com P maiúsculo.
A expressão governo eletrônico nos remete prontamente a uma forma de
administração pública calcada no uso intensivo das modernas tecnologias da
informação e comunicação, com vistas a melhorar os serviços prestados ao
cidadão. De fato, sem computadores e sem redes de comunicação, a internet
principalmente, não há como se pensar nesse novo tipo de gestão.
O que nem sempre fica claro, no entanto, é que só com tecnologia, por mais
moderna que seja ela, não se faz governo eletrônico. A verdadeira dimensão
dessa forma de administrar só é encontrada quanto investigamos três “ps" que
estão por trás dele: princípios, processos e pessoas.
Não há governo eletrônico sério sem princípios. Transparência, profissionalização
e responsabilização são valores que antecedem qualquer processo modernizador,
sob pena de tornar este esforço, mero refém da tecnologia.
Processos velhos em embalagem nova também não fazem sucesso. Para melhor
atender as demandas da cidadania precisamos redesenhar nossa maneira de
trabalhar, esforço que envolve um constante descartar e inovar.
Finalmente, não há governo eletrônico sem que as pessoas olhem além de suas
salas e estejam dispostas a compartilhar o que sabem com seus colegas de
administração. São os servidores que criam o conhecimento que irá gerar uma
ação de governo efetiva, e esse saber não pode ficar isolado. Em síntese, governo
eletrônico, mais do que computadores conectados, significa pessoas conectadas.