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JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – www.jbnews33.com.br
Informativo Nr. 1.238
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Reuniões: quintas-feiras às 20h00 –
(em recesso – Retorno dia 06.03.14)
Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC), quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
22 de janeiro de 2014.
É o 22º. dia do Calendário Gregoriano. Faltam 343 para acabar o ano e 141 para início da Copa do Mundo.
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos.
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Ir Ailton Elisiário – Praia de Suape
Bloco 3 – IrPaulo Roberto – Maçons Célebres – José Francisco de San Martin Y Matorras
Bloco 4 – IrAquilino R. Leal – Prazo de validade maçônico
Bloco 5 - IrCharles Evaldo Boller – Pronúncia do nome Jeová
Bloco 6 - IrHercule Spoladore – A República, como foi proclamada
Bloco 7 – Destaques JB - (Resenha Final)
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Você sabe mesmo sobre A HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE?
reserve o seu exemplar - Contato: hercule_spolad@sercomtel.com.br
Este livro precisava ser escrito, sob pena dos fatos acontecidos serem perdidos para sempre. O que
sabemos da História do Paraná e da atuação dos maçons paranaenses no século XIX? É um livro para continuar
a ser referência no futuro.
O autor descreve a trajetória da antiga 5ª, depois 10ª Comarca da
Província de São Paulo, depois Paraná/Província, e logo em seguida,
Paraná/Estado até final do ano 1900. Em todos estes momentos históricos,
existiu a presença marcante de maçons paranaenses e brasileiros que o leitor
desconhece, e fatos que foram resgatados com o máximo de cuidado por
serem sempre baseados em fontes primárias.
O autor coloca o Paraná no contexto histórico da Maçonaria Brasileira
num século de grandes transformações. Fala do desmembramento da antiga
Comarca de São Paulo e a criação do Paraná Província. Enumera todas as
Lojas fundadas em terras paranaenses naquele século. Aborda a Guerra do
Paraguai; a luta contra a escravatura; Movimento Republicano; Proclamação
da República; os problemas havidos no Estado após a Proclamação da
Republica; Revolução Federalista e da Armada (1893/95) e suas
conseqüências no Paraná; o movimento literário simbolista e a participação
dos intelectuais maçons; anticlericalismo cujo maior líder foi Dario Persiano
Vellozo; a luta burocrática internacional do maçom Barão do Rio Branco em
uma disputa de terras com Argentina na famosa “Questão de Palmas” quando
aquele país reivindicava para si cerca de 30 quilômetros quadrados de
território brasileiro, dado como ganho de causa ao Brasil com a intermediação do Presidente Grover Cleveland
dos EUA. além de outros fatos abordados no livro, acontecidos naquele século, sempre descrevendo a
participação ativa de maçons.
O preço de cada exemplar é R$50,00 mais as despesas de embalagem e correio R$10,00 num total de
R$60,00 que deverão ser depositados em conta a ser fornecida por e-mail, pelo autor.
SUGESTÃO: As Lojas poderão adquirir o livro para a sua Biblioteca
Livros indicados
Em Florianópolis hospede-se nesta temporada no hotel da Família Maçônica.
Praia de Canasvieiras - Reservas : (48) 3266-0010 – 32660271
Irmão tem desconto especial
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 1462 – Descoberta da ilha de São Vicente, em Cabo Verde.
 1502 – Descoberta da ilha de São Vicente no Brasil.
 1506 – O Papa Júlio II cria a Guarda Suíça para proteger o Vaticano.
 1532 – Fundação da vila de São Vicente, a primeira do Brasil.
 1800 – Fundação dos condados de Adams e Allegheny.
 1808 – Chegada da Família Real ao Brasil, após fuga ocasionada pela ocupação de Portugal pelas tropas de
Napoleão.
 1905 – Domingo Sangrento: soldados russos matam e ferem manifestantes liderados pelo padre George Gapon. É
um dos acontecimentos que desencadearão a Revolução Russa de 1905.
 1919 – A República Autônoma Ocidental se une à República Popular da Ucrânia.
 1941 – Segunda Guerra Mundial: Tropas britânicas e australianas capturam o porto de Tobruk, na Líbia.
 1944 – Segunda Guerra Mundial: Início da Operação Shingle, o assalto aliado em Anzio na Itália. A 45ª Divisão
de Infantaria do Exército Norte-americano mantém-se em Anzio, combatendo contra violentos assaltos italianos
durante quatro meses.
 1957 – Israel se retira da Península de Sinai.
 1969 - O presidente da União Soviética, Leonid Brejnev, sofre um atentado junto a conhecidos cosmonautas.
 1970 – O Museu Casa de Portinari é tombado.
 1971 – Fundação da Universidade Federal do Acre.
 2006
o Evo Morales assume a presidência da Bolívia.
o Cavaco Silva é eleito presidente da República de Portugal.
 2008 – O Iraque adopta a sua nova bandeira.
Eventos Desportivos
 1932 – Fundação do Clube de Futebol Estrela da Amadora (Portugal)].
 2002 – Fundação do Clube Atlético Metropolitano (Brasil).
Mitologia grega
 Dia consagrado a Apolo, o Deus Sol, deus das artes e da poesia na mitologia grega.
Santos do dia
 Dia de Santo André.
 Dia de São Vicente de Saragoça.
1826 O padre Lourenço Rodrigues de Andrade, natural de Santo Antônio de Lisboa, na ilha de Santa
Catarina, é escolhido Senador do Império, representando esta Província.
1961 Instalado, nesta data, o município de Major Vieira, criado pela Lei nº 633, de 23 de dezembro de
1960.
1963 Lei nº 869, desta data, criou o município de Catanduvas, desmembrado de Joaçaba.
Eventos Históricos - Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
feriados e eventos cíclicos
Históricos de santa catarina:
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1561
Nasce Francis Bacon, filósofo naturalista inglês, cuja obra Novum Organum foi uma
das principais influências na criação da Royal Society.
1729 Nasce Gotthold Lessing, filósofo e dramaturgo alemão.
1783 Nasce Henri Beyle, escritor e crítico francês conhecido como Stendhyal, membro da Loja Sainte
Caroline.
1883 Oscar Wilde é excluído da Loja Apollo University, de Londres, por ser homossexual. Era
dramaturgo, escritor e poeta irlandês.
1982 O Parlamento Italiano dissolve a Loja Maçônica P-2, cuja fundação ocorreu em 1877 pelo Grande
Oriente da Itália
fatos maçônicos do dia - Fonte: O Livro dos Dias (Ir. João Guilherme) e acervo pessoal
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PRAIA DE SUAPE
O Ir Ailton Elisiário é economista,
advogado, professor da Universidade Estadual da Paraíba
e membro da Academia de Letras de Campina Grande
Neste final de semana visitamos novamente o Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco, meu
estado natal. Desta vez ficamos na praia de Suape, onde se encontra instalado o Complexo
Industrial-Portuário de Suape que dispõe do maior estaleiro do hemisfério sul. É o único estaleiro
nacional classificado como vanguarda da construção naval mundial.
Suape fica entre a praia do Paraíso e o rio Massangana, com mata nativa preservada. Quando os
índios caetés viviam ali, este rio era chamado de rio Suape, que na língua tupi significa “caminho
incerto”, devido a sua trajetória incerta. Viemos cá, eu e Socorro, para comemorar meu aniversário.
Comemoramos o dela dias atrás na Via Costeira, em Natal.
Hospedamo-nos no resort ecológico Vila Galé, empreendimento de origem portuguesa que ocupa
uma extensa área verdejante à beira mar, o qual nos propiciou momentos inesquecíveis. Fizemos
um passeio de lancha pelo mar passando pelo porto de Suape e circundamos a ilha do francês
vislumbrando a paisagem encantadora da localidade. Suape possui um longo arrecife de arenito que
constitui uma barreira natural. De um lado mar aberto, de outro uma praia calma, rasa e extensa, de
águas cristalinas como que uma piscina. Galgamos este arrecife.
Ao lado do resort há uma pequena vila onde seus habitantes oferecem gastronomia à base dos
frutos do mar, licores e passas de caju e artesanato de madeira, barro e cerâmica. Seguindo-se-lhe,
as ruinas de um forte português utilizado como defesa pelos idos do Século XVII, hoje mantido pelo
Exército como fonte histórica e turística.
A praia de Suape é uma maravilha dentre tantas outras do Cabo, cidade que tem rica história
colonial. A cidade possui igrejas antigas de diferentes épocas, destacando-se a de Nossa Senhora
de Nazaré, ainda hoje com os seus sinos originais. Na Vila de Nazaré a cultura brasileira aflora,
vendo-se as ruinas do convento carmelita, da casa do faroleiro e do antigo farol, dentre outros
equipamentos arquitetônico-culturais.
No dia 26 de janeiro o Cabo de Santo Agostinho celebra a chegada de Vincent Yañes Pinzón,
navegador espanhol que segundo alguns historiadores foi o descobridor do Brasil em 1498, quando
lá aportou naquela data. Na entrada da cidade há um monumento comemorativo desse fato histórico
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 6/34
Este Bloco é produzido às sextas-feiras
pelo Ir. Paulo Roberto VM
da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) - Florianópolis
Contato: prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
José Francisco de San Martin y Matorras
Militar e político argentino.
*25 de fevereiro de 1778, Yapeyú, hoje San Martín (Argentina).
† 17 de agosto de 1850, Boulogne-sur-Mer (França).
José Francisco de San Martín y Matorras foi um general sul-americano (argentino) cujas
campanhas foram decisivas para as declarações de independência da Argentina, do Chile e do
Peru.
O verdadeiro ano de seu nascimento até hoje é razão de discussão, e não existem documentos de
batismo sendo que outros „tais como passaportes (vistos), arquivos militares, certidões, casamento
etc.‟ são inconsistentes quanto à sua idade. A maioria desses documentos apontam para o ano de
seu nascimento sendo 1777 ou 1778.
Seu pai, era o coronel Juan de San Martín, nascido na Espanha e que à época possuía o cargo de
Tenente-Governador das Missões Guaraníticas, com sede em Yapeyú desde 1774. Sua mãe,
Gregoria Matorras, era sobrinha de um conquistador da região do Chaco.
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 7/34
No ano de 1781, sua família mudou-se para Buenos Aires.
E, em 1785, seu pai foi transferido para a Espanha, primeiro
para Madrid e depois para Málaga. Assim, todos foram para
o território espanhol, onde então, José Francisco de San
Martín estudou na escola de Málaga em 1785.
Inicialmente, lutou na campanha espanhola no norte da
África, combatendo nas cidades de Melilla e Orã (Marrocos e
Argélia).
No ano de 1797 foi promovido a Subtenente por conduzir
ações de guerra contra as tropas francesas de Napoleão
Bonaparte na região dos Pireneus.
Também na época, agosto de 1798, o regimento, que havia participado das batalhas navais contra a
frota inglesa no Mar Mediterrâneo, se rendeu. Durante o período seguinte, San Martín lutou em
diferentes batalhas no sul da Espanha, principalmente em Gibraltar e Cádiz, atingindo o posto de 2°
Capitão de Infantaria Ligeira.
Em 1808, as tropas de Napoleão Bonaparte invadiram a Península Ibérica e o rei Fernando VII de
Espanha foi feito prisioneiro. Iniciou-se uma rebelião contra Napoleão e seu irmão, José Bonaparte,
que havia sido então proclamado, Rei da Espanha.
Com esses fatos foi estabelecida uma Junta de Governo que se instalou inicialmente em Sevilha e
logo após em Cádis. San Martín foi assim promovido pela Junta ao cargo de Ajudante 1° do
Regimento de Voluntários de Campo Mayor. Promovido por outras ações contra os franceses, logo
se tornou Capitão do regimento.
Em sua continuidade o exército espanhol atacou os franceses e os venceu na batalha de Bailén, em
19 de julho de 1808, onde se destacou, uma vez mais, San Martín.
Esta vitória permitiu ao exército espanhol da Andaluzia recuperar Madrid, e foi a primeira derrota
importante sobre as tropas de Napoleão Bonaparte.
Em decorrência dos feitos acima relatados San Martín recebeu o posto de Tenente-Coronel e foi
condecorado com a Medalha de Ouro. Sabe-se que continuou a lutar contra os franceses no exército
dos aliados, na época formado pelas forças da Espanha, Portugal e Inglaterra.
No ano de 1812 renunciou à carreira militar na Espanha, e através, de seus contatos no continente
europeu, neste mesmo ano, por intermédio de Lord Macduff, um nobre escocês, obteve um
passaporte para viajar para a Inglaterra, onde encontrou-se com os compatriotas da América
espanhola: Alvear, Zapiola, Andrés Bello, Tomás Guido, entre outros. Todos tomavam parte da
maçonaria, reunido-se em uma Loja chamada “Lautaro”, onde na ocasião discutiam sobre a
independência das terras espanholas na América do Sul. Realce-se que a supracitada Loja foi
fundada por Francisco de Miranda, o qual, junto com Simón Bolívar, já se encontrava lutando na
América do Sul pela independência da Venezuela.
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San Martín, aos pés da Cordilheira dos Andes.
Em 9 de março de 1812 chegou a Ivaiporã (PR) para se colocar ao lado das tropas que lutavam pela
libertação da América espanhola. Conduzindo os rebeldes à vitória contra as tropas espanholas do
general José Zavala na batalha de San Lorenzo de Paraná, em fevereiro de 1813. Recebendo por
seu desempenho junto as tropas, o posto de General do governo revolucionário
Seus laços com a América do Sul aumentaram sobremaneira, quando contraiu núpcias, em
setembro de 1812, com a argentina Maria de los Remedios Escalada, com quem teve uma filha.
Chegando a Buenos Aires, encontrou a Argentina em estado caótico, sem governo estável e sem
haver rompido definitivamente com a Espanha. Grande estrategista, San Martín percebeu que a
independência seria frágil enquanto os espanhóis continuassem dominando os países vizinhos.
Dessa forma, planejou primeiro, libertar o Chile; e a seguir, viajando por mar, libertar o Peru.
Apesar da proclamação da independência argentina ocorrer em 1816, o exímio estrategista militar
prosseguiu com seu plano, treinando uma pequena força expedicionária no oeste do país. Depois de
enfrentar a oposição de alguns grupos políticos, atravessou a Cordilheira dos Andes em janeiro de
1817 e, em duas batalhas decisivas: Chacabuco, a 12 de fevereiro de 1817, e Maipú, a 5 de abril do
mesmo ano, nas quais tendo o apoio de outro militar, o chileno Bernardo O'Higgins, seu grande
amigo, libertaram o Chile.
Bernardo O'Higgins Riquelme.
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A seguir, passou mais de dois anos preparando a frota que atacaria o Peru. Partindo em agosto de
1820 e desembarcando no litoral peruano em 8 de setembro, dando início às batalhas. A 9 de julho
do ano seguinte, concluiu a tomada de Lima.
Eleito “protector ” do Peru, San Martín decidiu consolidar suas vitórias partindo ao encontro de
Símon Bolívar, que marchava para o sul (em campanha para libertar o Equador).
O encontro desses dois grandes militares ainda é objeto de controvérsias. Segundo alguns
historiadores, San Martín teria proposto um grandioso plano de ação conjunta, com o objetivo de
expulsar os espanhóis definitivamente de toda a região, ao qual Bolívar teria respondido com a
promessa de ceder apenas 1.400 soldados.
Na volta ao Peru, San Martín já se sentindo doente, fraco e insatisfeito com a oposição ao seu
governo, encontrou-se em uma reunião com Simon Bolívar em Guayaquil, San Martín, então,
decepcionado, regressou a Lima, apresentando sua demissão ao parlamento daquele país.
San Martín e Símon Bolívar.
Em seguida, partiu para a Europa, vivendo um tempo em Bruxelas, Paris e Boulogne-sur-Mer, onde
morou até o seu falecimento, em 17 de agosto de 1850.
Pode-se dizer que foi um eterno defensor da adoção da Monarquia constitucionalista.
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San Martín, por ocasião de sua morte.
Em sua breve atuação como político, no período em que foi “protector” do Peru, San Martín
expulsou os espanhóis, reformou o regime de trabalho indígena, abolindo também a escravatura e
fundando a Biblioteca Nacional daquele país.
Depois de Túpac Amaru II (nascido José Gabriel Condorcanqui Noguera - líder indígena
peruano), que lutou contra as desigualdades no Peru, consta entusiasticamente o nome de San
Martin, como sendo um dos grandes líderes daquela nação.
Túpac Amaru II e sua morte por esquartejamento. Monumento em Cuzco – Peru, de Túpac Amaru II.
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O Ir Aquilino R. Leal *
(aquilinoleal@ibest.com.br )
escreve aos domingos e quartas-feiras
neste espaço.
PRAZO DE VALIDADE MAÇÔNICO
Material originalmente publicado na edição 300, 11/06/2011, do semanário FOLHA MAÇÔNICA –
ligeiramente modificado para os propósitos do JB NEWS.
Aquilino R. Leal
Fato: Material recebido através de fonte ignorada.
Meus Gentis Irmãos,
Prazo de validade é para mostrar e dizer a todos que aquilo que está proposto, se passar daquele
tempo, já era. Perde o valor. Perde a utilidade.
Só têm valor, quando ainda é útil. Quando ainda possui qualidade. Passou do ponto, do tempo, fica
inadequado.
E é o que estamos vendo hoje.
Esgotou-se o prazo, o tempo. Já era essa de falar do passado, de Deus vingativo, de Velho
testamento, de falar aquilo que não se faz, de se achar dono daquilo que é de todos. Perderam o
prazo de validade esses temas entre outros.
Hoje o que vale é ter olhos para frente, o que, aliás, é a função deles, olhar para frente e onde eles
exatamente estão conforme a natureza - na frente. Mas, os maçons insistem em olhar o retrovisor.
O que tem valor é o maçom, e consideramos o ritual o mais importante.
O que tem validade é o maçom, e nós achamos o que vale é a hierarquia sem exemplo.
O que tem validade é o maçom disciplinado, e nós achando que obediência é mais importante.
O que tem validade é o maçom civilizado, e nós achando que saberes ultrapassados são relevantes.
A Maçonaria foi feita para o maçom! Não esqueçamos.
Meus Gentis Irmãos,
O valor do maçom está sempre na relação direta de seu aprendizado, em qualquer grau. Quem acha
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que já sabe tudo, está na hora de ser trocado, quem acha que já amadureceu deve ser trocado,
parou de aprender, estagnou. Perdeu a validade.
Quem acha que o número a mais na lapela é mais importante do que o conhecimento, perdeu a
validade, deve ser trocado, brecou a aprendizagem. Quem acha que conhece, mas não compartilha
conhecimento, não conhece. Seu prazo de validade expirou.
Quem sabe e não denuncia, é conivente. Portanto, sua validade de confiança expirou também, deve
ser trocado pela ética.
Os temas e saberes ultrapassados ministrados de hoje em dia são importantes para historiadores,
para recomposição da história, mas para que possamos realizar o futuro é preciso aprender a
aprender. Esse é o novo prazo de validade maçônica.
Aprender a aprender é criar novos conceitos. Aliás, típica função do mestre. É ele que, nesta jornada
de maestria, precisa se libertar e buscar a autonomia, ensinamento deixado pelos irmãos da era do
iluminismo.
Já que subordinação é coisa para omisso, e subalterno. É contra a proposta maçônica tal
comportamento. É incoerência.
Isso em Maçonaria se chama atraso, anacronismo, paternalismo que leva ao autoritarismo das
idéias e tranca o desenvolvimento do Ser, por achar que o mérito do saber e da autonomia não tem
valor.
Maçom que se preze, não pode tolerar isso. E não tolerar aqui, é não aceitar que a incultura tome
conta.
A Maçonaria hoje e os maçons de hoje estão com medo do futuro e por isso agarrados ao passado
que não fizeram, e a Maçonaria achando-se merecedora do mérito de algo que não pegou como o
exemplo. A ação Maçônica. Ação de irmãos do passado que agiram em prol do tornar feliz a
humanidade. Por isso, são lembrados, até porque não há Maçonaria sem maçons.
E nós hoje o que fizemos?
Se a Maçonaria hoje fosse tirada do planeta, a sociedade lamentaria?
Aceitamos fotos nos jornais paramentados, mas criticamos aqueles que em comum acordo para o
agir, realmente fazem. Achando que continuar a falar é mais importante do que fazer. Na visão da
sociedade para estes o prazo de validade venceu. Troca-se, pega-se outro, outra proposta.
Nosso prazo venceu? Que acham disso, meus Gentis Irmãos?
Quando comemoramos o dia do Maçom, dia 20 de agosto, só falamos do passado, sem nenhuma
proposta de futuro.
Ficamos indignados com os políticos. Mas, não fizemos uma campanha pública para que esses que
aí estão não recebam os votos nas próximas eleições e assim esclarecermos o povo. Mostrando
quem é quem na política - e assim melhorarmos a política. Seria interessante ou não? Não é
assunto maçônico? Pensemos nisso.
Só a indignação sem atos é retórica e com prazo de validade vencido.
Tipo o Senador Suplicy que votou a favor na comissão que inocentou os corruptos e fez marketing
na tribuna dizendo o contrário. Não é sustentável, não tem responsabilidade social, seu sentimento
não está de acordo com o que fala, com o que faz. Seu prazo de validade venceu.
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 13/34
E se assim fizermos também, o nosso prazo venceu.
Criticamos as benemerências, os Troncos de Solidariedades Sociais, mas nos orgulhamos das fotos
nos jornais, paramentados em lugar inadequado, adoramos os diplomas, etc. E isso de algo que não
aparece para a sociedade, os feitos. Falamos mas não vemos o que foi feito, muito raro talvez
possamos ver. Ou então não sabemos nos comunicar. Aliás, isso é um grave problema maçônico.
Mas, para quem sabe fazer não se dá ouvido, por isso que o prazo vence e os erros se tornam
repetitivos.
Como a Maçonaria está fazendo coisas que a sociedade não sabe!
Só que as coisas e a situação da sociedade não mudam, não é mesmo? Pioram?
Meus Gentis Irmãos, nosso prazo de validade está vencido ou vencendo?
Estejamos atentos para que não passemos para o futuro, para a nova geração, como uma geração
de maçons que mais falou do que fez, mais criticou do que deu exemplo. Será muito ruim se daqui a
dez anos, nas comemorações do dia do maçom, se continue a lembrar daqueles antigos e
esqueçam de nós, não por esquecimento de datas, mas por não termos feitos consideráveis e
relevantes para a sociedade de hoje.
Renovemos o nosso prazo de validade agindo mais e falando menos.
Aprenda a aprender.
Participe de grupos de estudos.
Seja pró-ativo.
Iniciação – Elevação - Exaltação
Assim é possível começar a renovar o prazo de validade maçônica e ter uma vida útil maçônica para
tornar feliz a humanidade como construtor social bem maior.
Já que o senta e levanta das sessões como ouvi esses dias, só nos tem levado a uma coisa: à
evasão.
O meu prazo não venceu e só vencerá quando o GADU chamar para outras obras em outros
orientes. Por isso, estou compartilhando conhecimento, em grupos de estudos e de internet e
fazendo encontros periódicos para despertar o maçom para o seu prazo de validade ser o maior
possível.
E o seu prazo de validade maçônico, meu Gentil Irmão, como está?
Fraternalmente.
Pare de observar, comece a fazer. É sempre melhor fazer para ensinar depois do que ensinar
sempre sem nunca fazer.
Ir Carlos Augusto G. Pereira da Silva. Ex VM Loja Obreiros de São João - Porto Alegre – RS
Conclusão: Apenas lamentamos não sermos os idealizadores da mensagem, se assim o fosse
escreveríamos muito, muito mais, a começar pelas cúpulas da Ordem que apenas copulam!
“Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz
que é mentira, este é um criminoso.” (Bertolt Brecht)
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Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor universitário,
iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro -
Brasil), elevado em 28 de abril de 1978 e exaltado em 23 de março de 1979 ocupando o
veneralato em 05 de julho de 1988.
É fundador de duas Lojas Maçônicas, entre elas a Loja Stanislas de Guaita 165 – Rio de Janeiro,
ambas trabalhando no REAA e às terças-feiras.
Desde 2008 é colaborador permanente do semanário FOLHA MAÇÔNICA
(folhamaconica@gmail.com), atualmente com a responsabilidade de três colunas semanais: A
POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e ENQUETE INÚTIL. Gerencia o ‘PONTO
CULTURAL DO FOLHA MAÇÔNICA’ (http://sdrv.ms/QobWqH) onde estão postados mais de
16 mil títulos sobre a Ordem e afins para livremente baixar.
Também colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas mensais, do
mensário espanhol RETALES DE MASONERÍA.
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 15/34
Ir Charles Evaldo Boller
Curitiba – PR
Existe um registro na bíblia judáico-cristã, onde o deus de Moisés se materializou aos seus olhos
como um fogo sobre um arbusto e disse: eu sou aquele que é, e ainda, eu sou me enviou até vós.
Isto para uma mente não treinada constitui um absurdo, pois algo que afirma que apenas é tem
sentido vago, impreciso e não pode ser associado com uma entidade de qualquer tipo. Em seu
estado natural, sem a devida instrução, o homem tem pouca, ou nenhuma capacidade de lidar com
o abstrato. Mas por condicionamento mental ele tem necessidade em sempre converter as
informações que o rodeiam em símbolos. Tem tendência natural de nomear tudo o que encontra ao
seu redor, para tudo há necessidade de criar um símbolo. E o maçom sabe muito bem o quanto os
símbolos são importantes para o processo cognitivo. Pelo dicionário, deus não é nome próprio, é
substantivo masculino comum, por isto é escrito em letras minúsculas; só utilizando maiúscula
quando for nome próprio. Daí o deus do cristão pode ser representado por: deus, criador, o todo
poderoso, o pai, o pai eterno, o onipotente, o altíssimo, e outros; até Jesus Cristo é confundido como
se fosse o deus dos israelitas. Para o judeu e seus peritos religiosos, o seu deus tem um nome que
pode ser vertido como Javé, Iavé, Elohím, Adhonay, Jah, e outros. Em língua portuguesa é comum
encontrar-se o nome próprio Jeová.
Aviltado pelo antropomorfismo generalizado e diante da confusão da existência de miríades de
deuses e santos, esbarra-se com as mais diversas linhas de pensamento que defendem um número
enorme de variações. Quando perguntado por Moisés, aquele deus se apresentou como aquele que
apenas é. Isto tem semelhança com o conceito de Grande Arquiteto do Universo, o que não causa
discussões vazias e tolas. Mas isto para um simples operário, lavrador, criador de amimais é
subjetivo e abstrato. O próprio Moisés solicitou que aquele deus declinasse o nome quando em seu
primeiro encontro. Inclusive ele, dotado de grande cultura, com todo o treinamento iniciático egípcio,
com todo o conhecimento dos segredos e da cultura metafísica evoluída dos sacerdotes egípcios,
privilégio que a condição de adido da família real proporcionou, teve como primeira reação obter um
símbolo para algo que se identificou apenas como aquilo que simplesmente é. Isto facilita a dedução
do porque o povo judeu dar-lhe um nome. Um deus sem nome já era incomodo por razões racionais,
intuitivas e naturais, mas era agravado sobremaneira porque os visinhos tinham deuses com nomes,
e como é comum entre as religiões, aqueles certamente desdenhavam do deus de Moisés. Mesmo
com a promessa daquele deus de que um descendente obteria um nome para ele, diante da
realidade vivida nos desertos, os orgulhosos judeus exigiram para eles que o seu deus tivesse um
nome também. Daí inventou-se o tetragrama hebraico iod, he, vau, he; escrito da direita para a
esquerda, contrário ao padrão de escrita latinizado da esquerda para a direita, e que pode ser
escrito IHVH, ou IHWH, ou ainda JHVH; existem diversas maneiras de verter o tetragrama do nome
inefável em línguas latinas, mas dão apenas uma noção muito pobre de tradução escrita do nome do
deus de Israel.
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As consoantes no nome original que o deus de Israel recebeu no deserto pelos seus adoradores
chegaram até nossos dias. O problema é a inexistência de vogais no hebraico original. E sabe-se
que as consoantes não produzem sons, antes, elas alteram o som produzido pelas vogais. Apenas
as vogais produzem fonemas em resultado de símbolos gráficos. Fonema é som, letra é o sinal
gráfico que representa o som. As incógnitas são quais vogais a combinar com as quatro consoantes.
É um problema insolúvel, pois não existiam gravadores de som naquela época! As vogais eram
introduzidas e usadas ao gosto de cada um. É de conhecimento geral que qualquer processo
lingüístico é dinâmico no tempo; basta observar as gritantes diferenças existentes entre o português
falado no Brasil e em Portugal; mesmo com as rígidas regras ortográficas estabelecidas em comum.
Pela ausência de pontuações vocálicas, entre os próprios judeus da época de Moisés já foram se
estabelecendo mudanças quanto à correta fonação do tetragrama. O hebraico só veio a utilizar-se
de pontos vocálicos na segunda metade do primeiro milênio da era cristã, faz um pouco mais de um
milênio. E estes pontos vocálicos introduzidos não fornecem a chave para se pronunciar o nome
inefável do deus israelita exatamente como faziam Moisés e seus contemporâneos.
Acrescente-se a isto que o próprio povo judaico, por excesso de zelo, estabeleceu pecaminoso
pronunciar o nome do deus representado pelo tetragrama. Inexistem provas cabais para determinar
quando exatamente os judeus passaram a evitar a pronúncia do nome do seu deus. Sabe-se que o
excesso de zelo dos sacerdotes foi endurecendo cada vez mais as rígidas normas religiosas
judaicas a tal ponto que passaram a considerar que o nome de deus fosse sagrado demais para ser
pronunciado por ordinários e imperfeitos mortais. Todavia, ao ler as escrituras hebraicas é fácil
observar que os mais antigos escritores não tinham o menor receio em se utilizarem do tetragrama
nos escritos que traduziam suas experiências metafísicas. Naquela época o tetragrama era usado
tanto em escritos religiosos como em correspondência mundana. Existem estudos que pretendem
definir que o povo judaico passou a evitar proferir o nome inefável quando do êxodo para a
Babilônia, no ano 607 antes de Cristo, o que é falso e baseado numa tendência das escrituras
hebraicas apresentarem o nome cada vez menos. A data mais provável da abstenção do uso do
nome é cerca do ano 270 antes de Cristo, mas também não passa de especulação. Resumindo: o
nome passou a não ser usado por simples fanatismo.
Na introdução ao Pentateuco da Bíblia de Jerusalém, os autores afirmam que seria um absurdo
exigir das tradições de um povo, o que lhe propiciava sentimento de unidade e a base de sua fé, a
precisão exigida por um historiador moderno. Em contrapartida, seria errado também negar-lhes a
verdade em decorrência do rigor técnico da historicidade. Todas as alegorias e fábulas da origem do
universo e do homem do Pentateuco são partes do que convinha à mentalidade de um povo inculto
que se satisfazia com isto para tentar explicar a origem do universo e de todas as coisas e criaturas.
A Maçonaria usa de semelhante processo em suas instruções. Mas aquele povo carregava em seus
genes a necessidade de nomear tudo o que o rodeava daí exigirem um nome para o seu deus. Com
seus recursos de escrita registraram o pentagrama que representava o nome de seu deus, e que só
eles, os inventores, tiveram a capacidade de produzir o som correto da pronúncia dos fonemas
representados.
A Maçonaria usa o nome Jeová ao referir-se ao tetragrama e nenhuma argumentação justifica o
abandono do uso deste nome próprio, principalmente em resultado de não se saber o seu som
original, o que constitui uma insignificância que foi transmitida pelo próprio Moisés quando em seu
primeiro contato com o deus que apenas é. Não se deve deixar de dar um nome, principalmente se
este for o deus que satisfaz às necessidades metafísicas individuais. Nomear as coisas, e
principalmente aquilo que se considera o mais sagrado, a razão de existir, é uma necessidade física
e emocional de cada um a sua maneira. O próprio uso freqüente que fazem os mais diversos
escritores dos livros da Bíblia o justifica, haja vista que o tetragrama aparece quase sete mil vezes
apenas nas escrituras hebraicas, ou velho testamento. Ademais, Jeová é um nome próprio,
designativo de um ser, independente do que seja ou de como é. É um nome pessoal, para uso do
cidadão que deseja um relacionamento pessoal com esta divindade. Reconhecendo a grave falha de
retirar o nome do incriado da bíblia e do uso coloquial, apareceram traduções novas como A Bíblia
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de Jerusalém, que introduziu o nome Iahweh. Já é um avanço, pois tanto faz o nome que se dê:
Iahweh ou Jeová são nomes próprios e em nada diminuem o valor que seus adoradores lhe
dedicam.
A maior liberdade é a preconizada pela Maçonaria por influência dos Iluministas. Na seara da
discussão de detalhes como dar um nome para aquele que simplesmente é, nada se adiciona na
construção que dignifique o homem e sua sã racionalidade. O século das luzes, injustamente
acusado de advento do ateísmo, é na verdade o início da libertação dos grilhões da pequenez
humana que discute detalhes da divindade que em nada melhoram as condições de vida moral do
cidadão, antes, foi e é causa de guerras. O que de fato interessa é obter o laboratório próprio para
efetuar saltos no conhecimento para propiciar eras de paz e tranqüilidade para a humanidade, no
encontro ao desejo do desenho do grande Geômetra. O despotismo combatido pela Maçonaria não
admite em seu meio que se perca tempo com prospecção da pronúncia correta de um deus, por isto
estabeleceu como forma de atender às necessidades metafísicas de cada adepto o conceito Grande
Arquiteto do Universo, que representa Jeová ou qualquer outro deus que o iniciado maçom tenha em
resultado de suas necessidades espirituais.
Bibliografia:
1. BENOÎT, Pierre; VAUX, Roland de, A Bíblia de Jerusalém, título original: La Sainte Bible, tradução: Samuel
Martins Barbosa, primeira edição, Edições Paulinas, 1663 páginas, São Paulo, 1973. Autores: P. Benoît, escritor
francês. Pierre Benoît. Nasceu em 16 de julho de 1886, em Albi. Faleceu em 3 de março de 1962, em Ciboure, com
75 anos de idade. Roland de Vaux, escritor e padre francês. R. De Vaux. Nasceu em 17 de dezembro de 1903.
Faleceu em 1971, com 67 anos de idade. Padre dominicano. Diretor da Ecole Biblique. Tradutor: Samuel Martins
Barbosa, tradutor brasileiro;
2. CEGALLA, Domingos Paschoal, Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, ISBN 85-04-00789-8, 31ª edição,
Companhia Editora Nacional, 556 páginas, São Paulo, 1989. Sinopse: Gramática da língua portuguesa mais
voltada para o uso no Brasil. Autor: Domingos Paschoal Cegalla, autor e professor brasileiro;
3. CINTRA, Celso Cunha Lindley, Nova Gramática do Português Contemporâneo, segunda edição, Editora Nova
Fronteira S/A, 724 páginas, Rio de Janeiro, 1985. Sinopse: Gramática da língua portuguesa com os contrastes
entre a língua falada em Portugal e no Brasil. Autor: Celso Cunha Lindley Cintra, autor e professor brasileiro.
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A REPÚBLICA,
COMO FOI PROCLAMADA
Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”
As causas principais que levaram o Império a cair foram:
Abolição dos Escravos com a expropriação dos donos de escravos que não receberam a
indenização do investimento financeiro que haviam feito.
Centralismo econômico-financeiro, o qual era normal enquanto a Província do Rio de Janeiro
era o guindaste da economia nacional, tendo como base a plantação de café. Porem, com o
enfraquecimento dos seus solos, e quando as outras Províncias começaram a produzir,
principalmente São Paulo passaram a exigir outro tratamento por parte Imperador o qual sempre se
negou a atender os seus interesses, centralizando tudo no Rio de Janeiro, quando a realidade
nacional já era bem outra.
Militares. Emergentes da Guerra do Paraguai tornaram-se indisciplinados e poderosos.
Apareceu uma geração de altos oficiais que foram promovidos de forma rápida e que começaram a
ocupar os espaços dos velhos marechais e outras oficialidades e entre eles os de Caxias e Osório
já falecidos.
Esta nova geração, esquecendo seus postos de soldados, começou a protestar e criticar tudo
e ainda se imiscuir em problemas da nação que não lhes dizia respeito. Começaram os jovens
oficiais a se pronunciar contra o poder civil abertamente. As escolas militares passaram a politizar
demais seus alunos constando em seus currículos alem das teorias de guerra, que eram
absolutamente necessárias na formação dos soldados, ensinavam positivismo, neo-sociologismo e
outras idéias avançadas. Não resta dúvidas, que a constante escaramuça entre o poder militar e o
poder civil, especialmente contra o Ministério da Guerra sempre sob o comando de um civil, e em
permanente regime de confronto, não havendo habilidade para tratar os militares, punindo-os,
quando em certas situações as soluções poderiam ser mais políticas.
Alem destes fatores haviam outros de menor importância, como a Questão Religiosa , a
possível ascensão ao poder do Conde D‟Eu( maçom), esposo da beata Princesa Isabel, não muito
apreciado pelos brasileiros, além da economia obsoleta e estagnada do Império quando a situação
internacional exigia novos modelos econômicos. Já estávamos em plena era industrial
E não podemos deixar de mencionar a participação e luta dos republicanos, que desde o
Manifesto de 1870 estavam difundindo a nova doutrina. A quase totalidade dos republicanos eram
maçons e estes se não foram os responsáveis diretos, pelos menos fizeram a diferença nos últimos
estertores da monarquia decadente. Houve a participação de maçons e não da Maçonaria.
Estava preparado o palco dos acontecimentos.
No dia 07/06/1889 tornou-se chefe do 36º Gabinete do 2° Império, o monarquista convicto,
Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto (iniciado na “Loja Amizade” – São Paulo)
que trazia um programa mais liberal de governo tais como extensão do direito de voto, maior
autonomia municipal, casamento civil e liberdade de cultos.
Ouro Preto estava firme na proposição de impedir o movimento dos republicanos através de
algumas reformas e também combater a indisciplina militar.
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Como a Câmara dos Deputados não aceitou o plano de reformas imposto pelo Gabinete
Liberal, esta foi dissolvida no dia 17/06, sendo convocada novamente somente em 20/11.
Entre as várias causas que estavam alimentando uma provável conspiração, esta veio
agravar ainda mais.
Os conspiradores militares desde o final de Outubro de 1889, estavam se articulando e ao
mesmo tempo entrando em confronto com o Gabinete Ministerial, sempre em função das suas
rusgas com o dito Ministério, cujo titular era o visconde de Ouro Preto.
Não esqueçamos que apesar do grande poder do Imperador, o Brasil era governado por uma
monarquia constitucional.
O maçom e positivista Benjamin Constant era para ser o líder do levante.
Mas ele próprio admitia que era necessário para ocupar este cargo um militar de carreira e
que Deodoro reunia todas qualidades que resumiam a angustia, o protesto dos militares.
No dia 04/11, o maçom Deodoro da Fonseca( iniciado na Loja “Rocha Negra“ São Gabriel RS
e pertenceu posteriormente à Loja “02 de Dezembro” – Rio de Janeiro), apesar de doente, pois tinha
uma dispnéia que o perseguia há tempos de origem cardíaca, inclusive com edema das
extremidades, tendo que se acamar com freqüência, recebeu em sua residência, um grupo de
oficiais e estes disseram a Deodoro que Ouro Preto pretendia reorganizar a extinta Guarda Nacional
e fortalecer a Polícia no Rio para fazer frente ao Exército.
Deodoro teria comentado que só mudando a forma de governo e ao mesmo tempo deu o seu
aval o grupo para conseguir mais adeptos.
Estes procuraram entre os civis da causa republicana os maçons Quintino Bocaiuva, Aristides
Lobo e em São Paulo, Manoel Ferraz de Campos Sales, também maçom e que pôs ao par da
provável sedição, todos os republicanos paulistas.
Só que os civis falavam de República e os militares ainda falavam na queda do Gabinete de
Ouro Preto, que os perseguia.
Tanto é verdade que no dia 09/11, enquanto a Monarquia se deliciava em seu famoso e
último baile na Ilha Fiscal, com convite para 4.500 pessoas, o Clube Militar se reunia e ninguém
pronunciou o termo república. O próprio Benjamin Constant não disse o “nome”. Em seu discurso
para mais de cem militares, foi enfático, afirmando solenemente que se dentro de um prazo de oito
dias não fosse resgatada a honra castrense, ou seja, a honra militar, iria para a as ruas quebrar a
espada e derramar sangue.
No dia 10/11 já havia sido decidido na residência de Benjamin Constant, que o Império seria
derrubado, numa reunião na qual participaram Quintino Bocaiúva, Campos Salles, Francisco
Glicéreo e Aristides Lobo que no dia seguinte estariam presentes em outra reunião na casa de
Deodoro.
Somente no dia 11/11 foi falado abertamente com Deodoro sobre a República. Deodoro
relutou muito, pois respeitava muito D.Pedro II. Tiveram que usar de toda a persuasão possível para
convence-lo. Mas mesmo assim ele talvez pensasse apenas em derrubar o Gabinete Ouro Preto.
Quando Bocaiúva, Rui Barbosa, Aristides Lobo Campos Sales, Frederico Solon Sampaio Ribeiro
Francisco Glicério chegaram a residência de Deodoro, encontraram lá o almirante Eduardo
Wandenkolk (maçom) que foi o primeiro oficial da Marinha a aderir à conspiração.
Benjamin Constant também presente foi muito transparente quando afirmou que seria
necessário proclamar a República. Deodoro ouviu a todos e referiu ser muito amigo do Imperador.
Ainda Benjamin disse do seu receio à respeito de Floriano Peixoto(maçom), que era então ajudante-
general do gabinete ministerial. Deodoro acalmou os presentes afirmando que na hora exata,
Floriano estaria do lado dos militares.
Entretanto de qualquer forma Floriano era uma figura enigmática e seu comportamento até a
deposição do Gabinete foi um tanto ambíguo, pelo menos aparentemente.
No dia 14/11 o major Frederico Solon Sampaio Ribeiro, maçom, saiu do Campo da
Aclimação, deslocando o 9º Batalhão de Cavalaria e 2º Regimento de Artilharia para o da Praia
Vermelha.
Ele era de opinião que o levante deveria ocorrer imediatamente, porem o tenente coronel
Benjamin Constant, líder dos cadetes da Escola Militar, não achava prudente, porque haviam muitos
oficiais que ainda não estavam convencidos.
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Solon estava desesperado porque tinha em mãos, os dois melhores regimentos, os mais
preparados e engajados contra o Governo de Ouro Preto e estes estavam sendo transferidos para
um local mais distante.
Solon achava que a revolução se diluiria se os regimentos fossem transferidos para a Praia
Vermelha. Foi aí que teve uma idéia bastante original.
Espalhou o boato por todo o Rio de Janeiro que o Governo ordenara a prisão de Deodoro e
Benjamin Constant e que vários regimentos estavam sendo deslocados para o interior do país e
quem manteria a ordem seria a Guarda Negra, fundada pelo vereador, maçom José do Patrocínio,
grande abolicionista, porem fiel à Princesa Isabel. Esta guarda era composta de capoeiristas,
considerados na época maus elementos e até de alguns bandidos e como tal não se dava bem com
os republicanos. Interessantes são os caminhos da História , eis que no dia da Proclamação da
República, Patrocínio aderiu à mesma.
No dia 14/11 chegou às mãos do Ministro da Guerra, uma carta de Floriano onde ele referia
que “que tramam algo”, mas que isso não tinha importância porque conhecia a fidelidade dos
chefes.
Ouro Preto que já tinha percebido há muito tempo que alguma coisa estava prestes a
acontecer, reuniu o seu Gabinete neste mesmo dia. Seu Ministro da Guerra, o visconde de Maracajú
( Rufino Enéias Gustavo Galvão), afirmou que a ordem pública seria mantida que qualquer forma.
Ouro Preto quis saber do envolvimento de Deodoro e lhe foi respondido que nada constava contra
Deodoro, o qual inclusive achava-se enfermo.
Nestas alturas o boato espalhado por Solon já estava surtindo os seus efeitos.
Neste dia Benjamin Constant, vindo da casa de Deodoro, encontrou-se com Aristides Lobo e
Francisco Glicério. Ele estava desanimado com o estado de saúde de Deodoro, inclusive achando
até que este viesse a falecer. Eles não sabiam que o boato estava tomando corpo.
A notícia da prisão eminente dos correligionários chegou aos ouvidos de Quintino Bocaiúva e
este mandou saber no Clube Naval, onde se achava Benjamin Constant se tudo estava bem com
ele. O mensageiro voltou dizendo que sim, e que o levante havia sido adiado para o dia l7/11.
Quintino Bocaiúva assustou-se com a perspectiva de adiamento, procurou o major Solon e os dois
deliberaram que apesar da doença de Deodoro, a sorte da sedição estava em jogo e marcaram para
o dia 15 onde jogariam tudo ou nada. Sim, no dia 15 de Novembro, sexta-feira.
Uma vez estando tudo definido, necessário se torna , analisar alguns pontos.
A Proclamação da República acabou acontecendo em meio a uma série de trapalhadas,
desencontros entre os lideres, confusões, boatos e com Deodoro relutante até o fim quanto à
proclamação de um novo regime ou não, já que ele era monarquista e estava indeciso, e ainda a
República aconteceu praticamente sem derramamento de sangue.
As tropas rebeladas estavam em São Cristóvão, nos quartéis e na Escola Militar. O marechal
Deodoro que havia passado o dia na casa de seu irmão recuperando-se, voltou à sua residência, um
sobrado no Campo de Santana.
Ouro Preto, estava em sua residência próxima a Estação São Francisco quando foi avisado
da revolta, mais ou menos um pouco antes da meia-noite do dia 14. Em seguida dirige-se a
Secretaria de Polícia. Ouro Preto teve a desdita de perceber que a resistência aos sediciosos não
havia começado ainda. O Ajudante-General Floriano Peixoto apresentou novamente um
comportamento um tanto estranho e incoerente.
Floriano soubera da sublevação da 1ª Brigada através do capitão Godolfin, que viera lhe falar
em nome do tenente coronel João Batista da Silva Telles e não o pendera. Alegou para Ouro Preto
que se o prendesse, logo o saberiam, e poderiam ataca-los militarmente.
Ouro Preto convoca imediatamente uma reunião ministerial e manda um telegrama à D.Pedro
II relatando o ocorrido, o qual só é recebido pela manhã do dia 15. Este, continua a sua rotina
normal, escreveu seus dois sonetos diários, praticamente não tomando conhecimento.
Floriano vai para Quartel General no Campo de Santana. Lá recebe o tenente coronel Silva
Teles, comandante da 2ª Brigada, limitando-se a aconselha-lo a ter cuidado a não se precipitar e
referiu ao mesmo que gostaria de falar com Deodoro e Benjamin Constant.
Ouro Preto por sugestão de seu Ministro da Guerra, visconde de Maracajú se transfere com
todo o Ministério para o Quartel General, chegando lá mais ou menos às 7 horas.
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Seguindo os acontecimentos, os Oficiais da 2ª Brigada, acharam por bem avisar a Benjamin
Constant que a revolução estava em andamento, uma vez que ele, pensava que ela seria deflagrada
somente no domingo, dia 17. Ele foi acordado de madrugada.
Benjamin Constant, enviou seu cunhado, o capitão Bittencourt Costa a casa de Deodoro,
avisa-lo, e juntamente com seu irmão carnal major Botelho de Magalhães, foram sublevar os
cadetes da Escola Militar na Praia Vermelha.
Deodoro, estava dormindo, pensou ser uma cilada do Governo levantou-se com extrema
dificuldade, sob os protestos de sua esposa, e só depois de saber pelo mensageiro que fora
Benjamin Constant que o estava informando, fardou-se, colocou um revolver no bolso, colocou os
arreios de sua montaria em um saco de lona, não levou a espada por não poder suportar o seu
peso, tomou um tilburi e seguiu para São Cristóvão.
Constant chegou antes de Deodoro e dirigiu-se à Escola Superior de Guerra onde foi verificar
se tudo estava pronto. Todos os cadetes já estavam em armas. Os três Regimentos da 2ª Brigada,
também.
Então iniciou-se a famosa marcha que derrubaria o 2º Império.
O únicos civis a seguirem com os sediciosos, que se tem notícia, foram o maçom Quintino
Bocaiúva e o cidadão Antônio Rodrigues Campos Sobrinho, funcionário público que “engajou” no 2°
Regimento de Artilharia.
Na frente das tropas, marchou o 1º Regimento de Cavalaria, comandado pelo tenente-coronel
João Batista da Silva Telles. Logo atrás, dois pelotões da Escola Superior de Guerra, liderados pelo
tenente Pedro Paulino da Fonseca. A seguir o 2º Regimento com 16 canhões comandados pelo
major João Carlos Lobo Botelho.
Fechando este contingente, vinha o 9º Regimento de Cavalaria, comandado pelo major Solon
Sampaio Ribeiro. O regimento marchou a pé, por falta de eqüinos, porem trazia munições em
carroças atrás da tropa. Estavam trazendo carabinas Winchester, as quais eram munições novas no
Exército e os soldados ainda não estavam treinados suficientemente para usa-las.
As forças reuniam em torno de 450 praças e 50 Oficiais, mais os cadetes, perfazendo mais ou
menos um total de 600 homens. A maioria dos soldados, mal armados, não sabia que estavam
marchando para derrubar a monarquia. Ainda para piorar, a oficialidade que estava junto com as
tropas, era de média patente. Os comandantes na sua maioria eram monarquistas e não estavam
presentes.
Vendo que com aquele contingente, os revoltosos não iriam muito longe, Benjamin Constant,
o cérebro da revolução, mandou o tenente Lauro Müller(Loja “Dois de Dezembro” Rio de Janeiro e
“Acácia Itajaiense” SC) ir a casa de Deodoro para saber onde ele estava. Deodoro já estava a
caminho, e encontrando os revoltosos mais a frente, a altura do Gasômetro do Mangue ainda dentro
do tílburi, foi aplaudido freneticamente por toda a tropa.
O velho marechal ordenou que a tropa continuasse avançando e com muita dificuldade saiu
da condução em que estava e montou num cavalo.
Quando chegou à saida da Rua Visconde de Itauna que vai dar no Campo de Santana,
encontrou as forças da Marinha e da Polícia, prontas para dar combate aos sublevados.
Quando as duas frentes se encontraram, houve hesitação por parte das forças fiéis ao
Império, disso se aproveitando Deodoro com muita autoridade e habilidade. “Então não me prestam
continência?” Marinheiros e policiais em resposta apresentaram as armas. Graças a astúcia,
liderança e respeito que tinham por Deodoro, a revolta ganhava aí a primeira parte da luta, sem
disparar um tiro sequer.
Entretanto, dentro do Quartel General estavam 2000 soldados, bem armados.
Apesar de ter um contingente de soldados bem maior e bem mais equipado que os
revoltosos, segundo o Barão de Ladário ( José da Costa Azevedo), estas tropas não eram
confiáveis.
Ouro Preto, vendo um destacamento avançado e fazendo reconhecimentos, comandados
pelo capitão Godolfin e mais oito soldados e que ninguém foi prende-los, achou muito estranho, e
fala com Floriano, o 2º em comando no Ministério e este não tomou qualquer providência. Acabou
ordenando ao general José de Almeida Barreto ( maçom), que fosse capturar o referido
destacamento. Este se havia comprometido dias antes com os sediciosos, porem na última hora
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ficou do lado de Ouro Preto. Interessante que o general simulou que prenderia os soldados mas não
o fez, e ainda ficou hesitante relutando em colocar suas tropas sob o comando de Deodoro. Refere
a História que Deodoro usou um xingamento de baixo calão contra Almeida Barreto naquele
momento.
Dentro do Quartel General todos estavam nervosos, porem Floriano permanecia impassível,
aparentando calma.
A situação continuou sem definição até as oito horas da manhã do dia 15, quando então
Deodoro coloca suas tropas em frente aos portões do quartel, e enviou o tenente-coronel João
Batista da Silva Teles para levar um recado à Floriano, dizendo que queria conferenciar. Floriano
com seu estado maior montados em cavalos sai para palestrar com Deodoro.
Neste momento o barão de Ladário vindo em direção à Deodoro, salta de um cupê ministerial
da Marinha, de revolver em punho atira em direção de Deodoro, errando o alvo. Atira de novo, e
também não acerta. Neste momento os tenentes Müller e Adolfo Pena atiraram em Ladário, ferindo-
o e acertando um dos tiros na região glútea. A pedido de Deodoro, não mataram o barão. Este foi o
único sangue derramado na Proclamação de nossa República. Por sinal o barão de Ladario foi o
único membro do governo que enfrentou as tropas rebeldes. Se o barão de Ladário tivesse matado
Deodoro, não se pode prever quais seriam as conseqüências.
No interior do Quartel General, Ouro Preto, quis fazer valer sua última chance, ordenando a
Floriano que enviasse um destacamento e tomasse à baioneta os canhões( “bocas de fogo”) de
Deodoro, dizendo que no Paraguai os soldados brasileiros haviam se apoderado da artilharia
paraguaia em piores condições. Floriano respondeu: “Sim, mas as bocas do Paraguai eram inimigas
e que aquelas que V. Excia está vendo, são brasileiras e eu sou antes de tudo um soldado da
nação”.
Neste momento, Ouro Preto viu que estava tudo perdido.
Restava aos sediciosos entrarem no Quartel General e isso foi facilitado por um mais um
sobrinho militar de Deodoro, o capitão Pedro Paulo da Fonseca Galvão que estava lá dentro.
Referem que Deodoro ao entrar naquele reduto, teria dito “Viva Sua Majestade, o Imperador”.
Apesar de muitos republicanos desmentirem, o alferes Cândido Rondon presente ao ato, que
o Brasil haveria de conhecer seus feitos indianistas futuros, afirmou que ele realmente pronunciou tal
frase.
Deodoro logo após entrar conversou de forma íntima com Floriano e foi convidado a subir até
o 1º andar, onde estava o Chefe de Gabinete a ser deposto.
Deodoro, ao chegar lá, cumprimentou seu primo, o visconde de Maracajú, Ministro da Guerra
e após um silêncio natural que acontece nestes momentos, disse a Ouro Preto: “Vossa Excelência e
seus colegas estão demitidos por haver perseguido o Exército”
Estando assim demitido todo o ministério, com Ouro Preto e Cândido de Oliveira, Ministro da
Justiça, considerados presos e seriam deportados. Entretanto, Deodoro se referiu a D.Pedro II da
seguinte maneira: “quanto ao Imperador tem a minha dedicação, sou seu amigo, devo-lhe favores,
seus direitos serão respeitados e garantidos”. Referiu também que enviaria uma lista com nomes do
novo ministério.
Concluído o fato, Deodoro, desceu para se regozijar e confraternizar junto às tropas e os civis
republicanos que se aglomeravam no Campo de Santana.
O capitão Antonio Adolfo Menna Barreto deu tantos “vivas” à República que até teve um mal
súbito, perdendo os sentidos. Entretanto em nenhum momento, Deodoro proclamou de peito aberto,
a República. Após um tenente ter notado este fato e dito à Benjamin Constant, este disse em voz
baixa a Deodoro que aquele momento, era a hora certa de dize-lo. Deodoro mandou tranqüilizar o
tenente, alegando que a “nossa causa triunfou” e que se deixasse para o povo esta manifestação.
O major Solon notou que a derribada da monarquia não estava a contento, teria dito a
Deodoro que só embainharia a espada se ele proclamasse a república
Os amigos de Deodoro afirmam que nesta hora ele teria dado “vivas” ao novo regime, mas
não se comprovou.
A seguir, Deodoro diante de suas tropas com Quintino Bocaiúva, cavalgando ao seu lado,
tomaram o rumo do centro da cidade; Benjamin Constant e Aristides Lobo, foram à pé.
O povo, atônito, e até assustado não sabia o que estava se passando.
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Nestas alturas, os sintomas do seu problema cardíaco estavam se agravando, uma provável
insuficiência cardíaca congestiva, ele mal podia manter-se ereto na montaria, ainda assim quis ir até
o Arsenal da Marinha para conferir “in loco” se tudo estava em ordem. Uma vez constatando que
tudo estava bem, dirigiu-se até sua casa e acamou-se imediatamente.
Mais ou menos às treze horas, isto é no inicio da tarde, se para os militares tudo estava
resolvido e a honra militar havia sido resgatada, para os republicanos, a situação não estava muito
transparente, pois até parecia que o movimento estava derrotado.
D.Pedro retornou ao Rio de Janeiro, vindo de Petrópolis, por cerca das quinze horas,
dirigindo-se ao seu palácio.
Nesta mesma hora, percorrendo as ruas da cidade, Benjamin Constant, futuramente
considerado o Pai da República, o articulador, o republicano por excelência achava muito estranho
tudo o que estava acontecendo. Encontrando com o jornalista republicano Anibal Falcão, incitou que
ele imediatamente agitasse o povo, alegando que a República ainda não estava proclamada.
Falcão juntou-se aos republicanos Pardal Mallet e Silva Jardim e se dirigiram a Câmara
Municipal. Procuraram o vereador monarquista José do Patrocínio, até então detestado pelos
republicanos, mas que neste dia ele fez a sua profissão de fé republicana, e na condição de
vereador mais jovem convocou uma sessão da Câmara imediatamente.
Os republicanos arregimentaram as pessoas que puderam e na Câmara foi referendada uma
moção que Aníbal Falcão havia escrito.
O povo reunido isto é, mais ou menos cerca de 100 pessoas ouviu a aprovação da Câmara a
moção “ O povo reunido em massa na Câmara Municipal, fez a proclamação da República na forma
lei ainda vigente, pelo vereador mais moço, após a revolução que aboliu a monarquia do Brasil, o
governo republicano”.
A moção ainda referia para quem de direito proclamasse a República de fato.
Foi feito um abaixo assinado representando o povo do Rio de Janeiro. De posse deste
documento, os manifestantes foram se postar em frente à casa de Deodoro.
Deodoro, por estar se sentindo mal, foi representado por Benjamin Constant (sempre ele),
que da sacada do sobrado onde Deodoro morava afirmou ao grupo que um Governo Provisório
convocaria uma Assembléia Constituinte para que a nação pudesse deliberar definitivamente a
respeito de uma nova forma de governo.
Esta vacilação de Constant talvez se devesse ao fato dele ser um homem pacifista, positivista
de longa data e possivelmente não quisesse que o Exército tivesse um papel tão importante na
administração de um novo regime, preferindo que uma Constituinte decidisse sobre como seria um
novo regime.
Entretanto, graças às atitudes de tomadas a seguir por D.Pedro II e pelo visconde Ouro
Preto, o regime escolhido acabou mesmo sendo a República.
D.Pedro chegando ao Rio logo que se instalou no seu palácio aceitou com relutância a
demissão de Ouro Preto e concordou com nome indicado para substitui-lo, o senador Gaspar
Silveira Martins( maçom, grau 33 Ex-Grão-Mestre do Grande Oriente do Passeio). O senador
gaúcho estava fora do Rio, só chegaria no dia 17. Isto tornaria mais caótica ainda a situação, pois o
país estava em plena vigência uma revolução, e alem do mais, o senador Gaspar era inimigo antigo
e declarado de Deodoro. Detestavam-se, simplesmente.
Já era quase noite, quando Deodoro ficou sabendo que o senador Gaspar tinha sido indicado
para a vaga de Ouro Preto. Esta foi a gota d‟água para a decisão final de Deodoro.
Não se tem provas cabais que o senador tenha sido realmente indicado para chefiar o
Gabinete por indicação do Imperador. Há uma outra versão, a qual talvez seja a mais provável que
tenha acontecido, como sendo uma estratégia de Benjamin Constant, que quando percebeu a
hesitação de Deodoro, inclusive podendo pôr tudo a perder, teria usado o nome do senador Gaspar
Martins como provável futuro chefe de Gabinete, fato este que Deodoro jamais toleraria. Eram
inimigos há muito tempo.
D.Pedro II foi persuadido a nomear outro político, o maçom e Conselheiro José Antônio
Saraiva.
Saraiva enviou através do capitão Roberto Trompowisky uma carta à Deodoro, porem este
disse ao capitão: “Já é tarde, a República está feita e os principais culpados são o conde D‟Eu
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 24/34
visconde de Ouro Preto. O último por perseguir os militares e o primeiro por consentir nesta
perseguição”.
Como vimos o prestígio, a liderança a confiabilidade num líder como todo o Exército teve em
Deodoro, naquele dado momento de nossa História, foi o maior em todos os tempos que um líder já
teve neste país.
Ele proclamou a República na hora que achou melhor, porem poderia permitir a constituição
de um novo Gabinete com continuidade da monarquia se assim ele o quisesse. Isto significa que
naquele dia, naquela hora, ele tinha a liderança total de um povo nas suas mãos, fato este que
desde então jamais foi registrado no Brasil. Liderança total.
Mas não esqueçamos que Benjamin Constant, foi o maestro, foi o articulador o homem que
cuidou de todos os detalhes, por menores que fossem, que ele cuidou de improviso de acertar todos
os erros que seus companheiros cometeram de última hora, que ainda teve o vislumbre de achar
que o Exército, deveria passar a parte política administrativa à civis, enfim foi o homem certo na hora
certa, podendo os brasileiros com toda razão, chama-lo de o Pai da República.
Sabendo que o soldado puro Deodoro era uma Pedra Bruta em matéria de política, sempre
esteve ao seu lado para lapida-lo com conselhos e orientações e também para protege-lo.
Agora com a anuência total de Deodoro em se instituir a República, Aristides Lobo, Francisco
Glicério e Benjamin Constant se reuniram para instituir o governo republicano e preparar os
primeiros decretos. O primeiro Gabinete do Governo Provisório foi constituído somente por
republicanos maçons.
No dia seguinte, ou seja dia 16, num sábado Deodoro ordenou que a Família Real fosse
deportada e enviou o major Solon para comunica-los. O major Solon, ficou todo embaraçado com o
peso da decisão dos revoltosos que levava ao ex-monarca, tratando-o de Vossa Excelência, Alteza,
Majestade e ainda após dar-lhe a notícia, solicitou licença para se retirar.
O maçom, grau 33, e coronel João Francisco da Costa, foi encarregado de vigiar e proteger a
Família Real até que esta partisse para o exílio.
E assim terminou o longo reinado de D.Pedro II, sem que seus barões, condes e viscondes,
protegidos e toda aristocracia o preservassem ou defendessem. Ressalte-se que dentro desta
aristocracia existiam muitos maçons sérios, que eram opositores aos maçons republicanos.
O número dois está em realce, o famoso número dos contrários. Haviam pois, maçons
republicanos e monarquistas.
Está certo que foi um golpe militar, mas talvez o próprio povo foi conivente, pois não admitia
que o maçom Conde D'Eu, apesar de príncipe consorte, seria o governante de fato, já que o
Imperador velho e doente, com uma diabetes progressiva, não teria muito tempo de vida.
Mas o Império caiu porque, em realidade, o país estava antiquado e exaurido
economicamente e já não tinha condições de oferecer uma perspectiva melhor, especialmente no
sentido de aumentar a liberdade e o direito dos cidadãos. Foi a última monarquia da América do Sul
a ruir.
Entretanto, ressalte-se que alguns bons amigos da Família Real, como o Barão e a Baronesa
de Loreto, seu médico particular, o Conde Mota Maia, o Barão e a Baronesa de Muritiba alem do
engenheiro abolicionista André Rebouças o acompanharam espontaneamente na viagem pelo vapor
“Alagoas” para a Europa sem que tivessem sido presos ou deportados.
Foi triste o acaso do monarca. Talvez, D.Pedro II merecesse melhor sorte. E o povo que
tanto o amava, facilmente o esqueceu.
Tivemos um paranaense participando ativamente dos eventos da Proclamação da República.
Ele talvez foi o maior militar por seus feitos, que o Paraná já teve na sua História. Não só pela
participação na Proclamação da República em si, mas sim pela sua conduta como soldado e
artilheiro na Revolução Federalista que ocorreria daí há 4 anos.
Trata-se do então jovem José Cândido da Silva Muricy que um dia seria general e que estava
cursando a Escola Superior de Guerra na Praia Vermelha no Rio de Janeiro como cadete por
ocasião dos eventos da Proclamação da República.
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 25/34
Republicano e de total confiança de seus superiores tomou parte em algumas reuniões onde
foram detalhados os planos da derrubada da Monarquia e foi um dos elementos de ligação, que
transmitia as ordens aos diversos corpos da guarnição e na Escola Militar.
Ele foi um dos soldados que marcharam junto com a tropa para o Campo de Santana no dia
15/11. Incorporou-se à coluna do capitão Hermes da Fonseca (maçom), sobrinho de Deodoro, que
lhe emprestou a espada e estava portando naquele momento uma clavina Comblain . Estas duas
armas o acompanhariam por toda a sua vida, como recordação.
Ele foi iniciado na Loja “Ganganelli” – Rio de Janeiro e teve posteriormente destacada
atuação na maçonaria paranaense.
BIBLIOGRAFIA
Castellani, José “A Maçonaria e o Movimento Republicano Brasileiro”
Traço Editora – São Paulo – 1989
Castellani, José “Os Maçons que fizeram a História do Brasil”
Editora A Gazeta Maçônica – São Paulo- sem data
Prober, Kurt “Achegas para a História da Maçonaria no Brasil”
São Paulo, 1968
Kurt, Prober “Catálogos dos Selos Maçônicos Brasileiros”
Paquetá –Rio de Janeiro, 1984
Machado,Manoel L. “Sangue e Bravura” (romance histórico)
. Oficinas Gráficas da Penitenciária do Paraná –
Curitiba, 1944
Martins, Romário “História do Paraná”
Editora Rumo Limitada – Curitiba - 1939
Vernalha Milton Miró “Do Império à República”
Editora Litero Técnica – Curitiba – 1989
Grande Enciclopédia Delta Larousse
Dicionário-Histórico-Biográfico do Estado do Paraná
Editora “Livraria do Chain” Banestado– Curitiba – 1991
Revista “A Trolha” nº 228 – Outubro 2005 – Artigo “Campos Salles, Um
Maçom Ilustre” – Autor:Mario Name
PRINCIPAIS MAÇONS REPUBLICANOS HISTÓRICOS QUE TIVERAM PARTICIPAÇÃO DIRETA
NA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Américo Brasiliensi de Almeida Melo ( Lojas “Amizade” e “América” - São .
Paulo)
Américo Brasilio de Campos ( Lojas “Amizade” e ”América” - São Paulo)
Antonio da Silva Jardim ( Loja “América” - São Paulo)
Aristides da Silva Lobo (não se sabe onde foi iniciado)
Benjamin Constant de Marques Botelho( não se sabe onde foi iniciado)
Bernardino José de Campos ( Lojas “Amizade” - São Paulo – “Trabalho” -
. de Amparo e“ Independência ” – Campinas -SP
Carlos de Campos(Loja “Trabalho” de Amparo – SP)
Demétrio Ribeiro( não se sabe onde foi iniciado)
Eduardo Wandelkolk ( Loja “Esperança” Rio de Janeiro -RJ)
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 26/34
Fernando Prestes de Albuquerque ( Loja “Firmeza” - “Itapetininga” SP)
Francisco Glicério de Cerqueira Leite( Lojas “Independência” - . . .
. Campinas SP e “Piratininga” São Paulo .
Francisco Quirino dos Santos ( não se sabe onde foi iniciado)
Francisco Rangel Pestana ( Lojas “Amizade” e “América” - São Paulo)
Hermes Rodrigues da Fonseca (Loja “Ganganelli” - Rio de Janeiro)
João Tibiriçá Piratininga ( Loja “Beneficência Ituana” - Itú- SP)
Joaquim Saldanha Marinho ( Grão-Mestre do Grande Oriente dos
Beneditinos)
Jorge Tibiriçá ( Loja “Amizade” - São Paulo)
José Luiz Flaquer( Loja “América”- São Paulo)
José Gomes Pinheiro Machado (Lojas “América”-São Paulo, “Harmonia . Cruzaltense” -
Cruz Alta – RS, “Luz e Fraternidade” – . Santa Maria –RS e “Luz da Serra” – Santo
Ângelo -RS
José Maria Lisboa ( Loja “Amizade” - São Paulo)
Julio Cesar Ferreira Mesquita ( Loja “Amizade” - São Paulo)
Lauro Nina Sodré e Silva ( Loja “Harmonia” - Belem – PA.)
Luiz Gama (Loja “América” - São Paulo)
Manoel Ferraz de Campos Salles (Loja “Fraternidade Campineira” - . .
Campinas SP. filiado à Loja . . .
“Independência” – Campinas - SP . .fundador da Loja “Sete de Setembro” – São Paulo
Manoel de Moraes Barros ( Loja “Beneficência Ituana”- Itú, SP e .
. fundador da Loja “Piracicaba” – Piracicaba SP
Martinico do Prado (Martinho Prado Jr.) ( Lojas “Amizade” e “América” -.
São Paulo)
Nilo Procopio Peçanha ( Loja “Ganganelli”- Rio de Janeiro)
Pedro de Toledo (Lojas “Piratininga” e “Amizade” - São Paulo)
Prudente José de Moraes Barros ( possivelmente iniciado na Loja “7 de
. “Setembro pertenceu a Loja “Beneficência
Ituana” - Itú e fundador da Loja “Piracicaba”-SP) .
Quintino de Souza Ferreira Bocaiúva ( Loja “Amizade” - São Paulo Lojas . .
“Segredo” e “Comércio” GOU Rio de Janeiro)
Solon Sampaio Ribeiro, major( Loja “Amparo à Virtude”- Rio de Janeiro)
Venâncio Aires ( Lojas “Firmeza” – Itapetininga –SP e “Luz da Serra”- . Santo
Angelo RS.)
Ubaldino do Amaral Fontoura- paranaense- ( Lojas “Perseverança III”
e “Constância” – Sorocaba SP e “América” - São Paulo)
Tivemos republicanos de última hora, ou últimos dias, como José Carlos do Patrocínio (Loja “União” e
Tranqüilidade nº02 – Rio de Janeiro), Rui Barbosa( Loja “América” – São Paulo) Floriano Peixoto ( Loja
“Perfeita Amizade”- Maceió- AL ) o próprio Marechal Deodoro da Fonseca (Loja “Rocha Negra” São Gabriel –
RS e posteriormente Grão-Mestre do GOB).
Estes foram envolvidos pelas contingências e o fizeram por livre e espontânea vontade e não como a
maioria quase que absoluta dos monarquistas, inclusive maçons, que se tornaram republicanos por conveniência,
de uma hora para outra engajando-se como puderam no novo regime, sempre tentando tirar proveito próprio.
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 27/34
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
15/02 Pedreiros da Liberdade Florianópolis
Lojas Aniversariantes do GOSC
Data Nome Oriente
26.01.1983 Humânitas Joinville
11.02.1980 Toneza Cascaes Orleans
13.02.2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17.02.2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21.02.1983 Lédio Martins São José
21.02.2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22.02.1953 Justiça e Trabalho Blumenau
Lojas Aniversariantes do GOB/SC
Data Nome Oriente
25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 28/34
CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES
Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia
27.01.14 20h30
Loja União e Fraternidade do
Mercosul nr. 70
Templo da Loja
Fraternidade
Catarinense – SC-401
Florianópolis
Palestra do Ir Luciano Pinheiro –
Tema: “Maçonaria e Religião”
28.01.14 20h00
Loja Alvorada da Sabedoria –
GOB/SC
Templo Albergue
Noturno –
Florianópolis
Palestra do Ir Edison Barsanti
(Grande Secretário de Cultura do
GOB-Brasília – Tema: “Os
Segredos da Maçonaria Operativa”
10.02.14 20h30
Loja União e Fraternidade do
Mercosul nr. 70
Templo da Loja
fraternidade
Catarinense – SC 401
Florianópolis
Palestra do Ir Gilberto Goulart
Tema: “A Independência dos
Estados Unidos da América e a
Revolução Francesa”
21.02.14 20h00 GLSC – GOB/SC – GOSC
Templo da GLSC
Campeche
Florianópolis
Abertura do Ano Maçônico pelas
três Potências de Santa Catarina
24.02.14 20h30
Loja União e Fraternidade do
Mercosul nr. 70
Templo da Loja
Fraternidade
Catarinense – SC 401
Florianópolis
Palestra do Ir. Eleutério Nicolau da
Conceição. Tema: “Som, Luz e
Percepção”
05.03.14 20h00 2ª Inspetoria Litúrgica - SC
Loja Padre Roma II, nr.
34 – Barreiros – São
José
Posse dos Presidentes dos Graus
Filosóficos
09.03.14 16h00 Loja Solidariedade Içarense, nr. 73 Içara – SC Sessão Magna de Iniciação
14.03.14
09h00 Grande Loja Maçônica do Pará Belém
Comemoração dos 185 anos do
Supremo Conselho do Grau 33 do
REAA da Maçonaria para a
República Federativa do Brasil
20.03.14 20h00 Loja Arte Real Santamarense nr. 83
Santo Amaro da
Imperatriz – SC
Sagração do Templo
28.03.14 20h00 Loja Sol do Oriente nr. 107 (GLSC) Balneário Rincão – SC
Sessão Magna de Instalação da
Loja
30.03.14 11h00 VI Chuletão Templário
Centro de Eventos da
ACM – SC-401 –
Florianópolis
VI Chuletão Templário – Evento
Filantrópico da Loja Templários da
Nova Era nr. 91
26.07.14 CMSB – 2014 Belo Horizonte http://www.cmsb2014.com.br
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 29/34
1) A Administração para 2014
V.'. M.'. - Ir.'. Emílio César Espíndola;
1o. Vig.'. - Ir.'. Gilberto Goulart;
2o. Vig.'. - Ir.'. Nilo Bairros de Brum.
Sec.'./M.'. C.'. (Ad Hoc) - Ir.'. Mohamad Ghaleb Birani;
Rádio Sintonia 33 & JB News. 24 horas com você.
Música, Cultura e Informação o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal.
jbf@floripa.com.br – jbnews@floripa.com.br – jb-news@floripa.com.br
jbnews33@floripa.com.br – jbnews-33@floripa.com.br –
jbnews33@gmail.com - jb news33@yahoo.com.br – info@jbnews33.com.br
ARLSE.·. Fraternidade do Mercosul Nº 70 (GOSC)
GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB
Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998
Data das Sessões e as palestras/eventos programados:
* 27.01.2014 - Palestra com o Ir.'. Luciano Pinheiro, com o tema "Maçonaria e
Religião";
* 10.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Gilberto Goulart, com o tema "A Independência dos
Estados Unidos da América e a Revolução Francesa";
* 24.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Eleutério Nicolau da Conceição, com o tema “
Som, Luz e Percepção”
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 30/34
O Venerável Mestre, da ARLS Alvorada da Sabedoria nr. 4285, de Florianópolis convida
os Irmãos para a Palestra do Ir.’. Edison Barsanti, Grande Secretário Geral Adjunto de
Educação e Cultura do GOB, Brasília e membro da Academia Campinense Maçônica de Letras,
com o tema:
“Os Segredos da Maçonaria Operativa”,
com o título alternativo
“Vesica Piscis. Catedrais: Maçons Operativos”.
A sessão terá início às 20h do dia 28 de janeiro de 2014, terça feira, Sessão Inaugural do ano
maçônico da Loja, no Templo Maçônico do Albergue Noturno, situado à Avenida Hercílio Luz,
506, ao lado do Instituto Estadual de Educação. Programação:
20:00 h: encontro no átrio do Templo;
20:15 h: início da sessão.
Traje: maçônico, completo.
Após a sessão, será oferecido um ágape.
Ir. Marcos de Oliveira
Venerável Mestre
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 31/34
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 32/34
Loja Maçônica Acácia RioGrandense - Rua Conde de Porto Alegre - Rio Grande - RS
Possui frontão triangular, um dos aspectos característicos da arquitetura neoclássica religiosa ou civil, aparece
ocupando toda a largura da fachada, apesar da exígua testada do terreno, incorpora aberturas em arco pleno e
estatuária greco-romana em sua fachada além da estilização de colunas gregas.
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 33/34
1 – Visitem em tela-cheia o endereço abaixo. Antes porém, leiam o e-mail que me foi enviado.
http://www.youtube.com/watch?v=OpemglwS8XA
2 – O mais interessante da pegadinha é olhar para o rosto das pessoas. Autênticas "caras de
tacho".
http://www.youtube.com/watch_popup?feature=player_detailpage&v=fybch3DX8c8
3 – Esse deve ser difícil de pilotar...
http://www.youtube.com/watch_popup?v=tzowQtqOM_I
4 - Belas músicas!
Muito legal!!!!!!!!!!!BEM BOLADO!!!!!!!
http://www.youtube.com/v/qNJ02rxaNrs
5 – Filme: Intocáveis – Dublado
Sinopse:
Considerado um fenômeno mundial, ´Intocáveis´ traz a história de um aristocrata que contrata um jovem para ser o seu cuidador
após um acidente de parapente, o que o deixou tetraplégico. O que era para ser um período experimental, acaba virando uma grande
aventura. Amizade, companheirismo e confiança são os elementos que transformam esse filme tocante e inesquecível.
Áudio: Português
http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-intocaveis-dublado-online.html
JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 34/34
A PRF divulgou esta foto, segundo o Jornal O Estado de Minas.
Trata-se da apreensão de uma kombi em Juiz de Fora,
com quatro vacas e um bezerro. Uai tchê!

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  • 1. JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – www.jbnews33.com.br Informativo Nr. 1.238 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Reuniões: quintas-feiras às 20h00 – (em recesso – Retorno dia 06.03.14) Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC), quarta-feira, 22 de janeiro de 2014 Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 22 de janeiro de 2014. É o 22º. dia do Calendário Gregoriano. Faltam 343 para acabar o ano e 141 para início da Copa do Mundo. Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos. Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Ir Ailton Elisiário – Praia de Suape Bloco 3 – IrPaulo Roberto – Maçons Célebres – José Francisco de San Martin Y Matorras Bloco 4 – IrAquilino R. Leal – Prazo de validade maçônico Bloco 5 - IrCharles Evaldo Boller – Pronúncia do nome Jeová Bloco 6 - IrHercule Spoladore – A República, como foi proclamada Bloco 7 – Destaques JB - (Resenha Final)
  • 2. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 2/34 Você sabe mesmo sobre A HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE? reserve o seu exemplar - Contato: hercule_spolad@sercomtel.com.br Este livro precisava ser escrito, sob pena dos fatos acontecidos serem perdidos para sempre. O que sabemos da História do Paraná e da atuação dos maçons paranaenses no século XIX? É um livro para continuar a ser referência no futuro. O autor descreve a trajetória da antiga 5ª, depois 10ª Comarca da Província de São Paulo, depois Paraná/Província, e logo em seguida, Paraná/Estado até final do ano 1900. Em todos estes momentos históricos, existiu a presença marcante de maçons paranaenses e brasileiros que o leitor desconhece, e fatos que foram resgatados com o máximo de cuidado por serem sempre baseados em fontes primárias. O autor coloca o Paraná no contexto histórico da Maçonaria Brasileira num século de grandes transformações. Fala do desmembramento da antiga Comarca de São Paulo e a criação do Paraná Província. Enumera todas as Lojas fundadas em terras paranaenses naquele século. Aborda a Guerra do Paraguai; a luta contra a escravatura; Movimento Republicano; Proclamação da República; os problemas havidos no Estado após a Proclamação da Republica; Revolução Federalista e da Armada (1893/95) e suas conseqüências no Paraná; o movimento literário simbolista e a participação dos intelectuais maçons; anticlericalismo cujo maior líder foi Dario Persiano Vellozo; a luta burocrática internacional do maçom Barão do Rio Branco em uma disputa de terras com Argentina na famosa “Questão de Palmas” quando aquele país reivindicava para si cerca de 30 quilômetros quadrados de território brasileiro, dado como ganho de causa ao Brasil com a intermediação do Presidente Grover Cleveland dos EUA. além de outros fatos abordados no livro, acontecidos naquele século, sempre descrevendo a participação ativa de maçons. O preço de cada exemplar é R$50,00 mais as despesas de embalagem e correio R$10,00 num total de R$60,00 que deverão ser depositados em conta a ser fornecida por e-mail, pelo autor. SUGESTÃO: As Lojas poderão adquirir o livro para a sua Biblioteca Livros indicados Em Florianópolis hospede-se nesta temporada no hotel da Família Maçônica. Praia de Canasvieiras - Reservas : (48) 3266-0010 – 32660271 Irmão tem desconto especial
  • 3. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 3/34  1462 – Descoberta da ilha de São Vicente, em Cabo Verde.  1502 – Descoberta da ilha de São Vicente no Brasil.  1506 – O Papa Júlio II cria a Guarda Suíça para proteger o Vaticano.  1532 – Fundação da vila de São Vicente, a primeira do Brasil.  1800 – Fundação dos condados de Adams e Allegheny.  1808 – Chegada da Família Real ao Brasil, após fuga ocasionada pela ocupação de Portugal pelas tropas de Napoleão.  1905 – Domingo Sangrento: soldados russos matam e ferem manifestantes liderados pelo padre George Gapon. É um dos acontecimentos que desencadearão a Revolução Russa de 1905.  1919 – A República Autônoma Ocidental se une à República Popular da Ucrânia.  1941 – Segunda Guerra Mundial: Tropas britânicas e australianas capturam o porto de Tobruk, na Líbia.  1944 – Segunda Guerra Mundial: Início da Operação Shingle, o assalto aliado em Anzio na Itália. A 45ª Divisão de Infantaria do Exército Norte-americano mantém-se em Anzio, combatendo contra violentos assaltos italianos durante quatro meses.  1957 – Israel se retira da Península de Sinai.  1969 - O presidente da União Soviética, Leonid Brejnev, sofre um atentado junto a conhecidos cosmonautas.  1970 – O Museu Casa de Portinari é tombado.  1971 – Fundação da Universidade Federal do Acre.  2006 o Evo Morales assume a presidência da Bolívia. o Cavaco Silva é eleito presidente da República de Portugal.  2008 – O Iraque adopta a sua nova bandeira. Eventos Desportivos  1932 – Fundação do Clube de Futebol Estrela da Amadora (Portugal)].  2002 – Fundação do Clube Atlético Metropolitano (Brasil). Mitologia grega  Dia consagrado a Apolo, o Deus Sol, deus das artes e da poesia na mitologia grega. Santos do dia  Dia de Santo André.  Dia de São Vicente de Saragoça. 1826 O padre Lourenço Rodrigues de Andrade, natural de Santo Antônio de Lisboa, na ilha de Santa Catarina, é escolhido Senador do Império, representando esta Província. 1961 Instalado, nesta data, o município de Major Vieira, criado pela Lei nº 633, de 23 de dezembro de 1960. 1963 Lei nº 869, desta data, criou o município de Catanduvas, desmembrado de Joaçaba. Eventos Históricos - Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas feriados e eventos cíclicos Históricos de santa catarina:
  • 4. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 4/34 1561 Nasce Francis Bacon, filósofo naturalista inglês, cuja obra Novum Organum foi uma das principais influências na criação da Royal Society. 1729 Nasce Gotthold Lessing, filósofo e dramaturgo alemão. 1783 Nasce Henri Beyle, escritor e crítico francês conhecido como Stendhyal, membro da Loja Sainte Caroline. 1883 Oscar Wilde é excluído da Loja Apollo University, de Londres, por ser homossexual. Era dramaturgo, escritor e poeta irlandês. 1982 O Parlamento Italiano dissolve a Loja Maçônica P-2, cuja fundação ocorreu em 1877 pelo Grande Oriente da Itália fatos maçônicos do dia - Fonte: O Livro dos Dias (Ir. João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 5/34 PRAIA DE SUAPE O Ir Ailton Elisiário é economista, advogado, professor da Universidade Estadual da Paraíba e membro da Academia de Letras de Campina Grande Neste final de semana visitamos novamente o Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco, meu estado natal. Desta vez ficamos na praia de Suape, onde se encontra instalado o Complexo Industrial-Portuário de Suape que dispõe do maior estaleiro do hemisfério sul. É o único estaleiro nacional classificado como vanguarda da construção naval mundial. Suape fica entre a praia do Paraíso e o rio Massangana, com mata nativa preservada. Quando os índios caetés viviam ali, este rio era chamado de rio Suape, que na língua tupi significa “caminho incerto”, devido a sua trajetória incerta. Viemos cá, eu e Socorro, para comemorar meu aniversário. Comemoramos o dela dias atrás na Via Costeira, em Natal. Hospedamo-nos no resort ecológico Vila Galé, empreendimento de origem portuguesa que ocupa uma extensa área verdejante à beira mar, o qual nos propiciou momentos inesquecíveis. Fizemos um passeio de lancha pelo mar passando pelo porto de Suape e circundamos a ilha do francês vislumbrando a paisagem encantadora da localidade. Suape possui um longo arrecife de arenito que constitui uma barreira natural. De um lado mar aberto, de outro uma praia calma, rasa e extensa, de águas cristalinas como que uma piscina. Galgamos este arrecife. Ao lado do resort há uma pequena vila onde seus habitantes oferecem gastronomia à base dos frutos do mar, licores e passas de caju e artesanato de madeira, barro e cerâmica. Seguindo-se-lhe, as ruinas de um forte português utilizado como defesa pelos idos do Século XVII, hoje mantido pelo Exército como fonte histórica e turística. A praia de Suape é uma maravilha dentre tantas outras do Cabo, cidade que tem rica história colonial. A cidade possui igrejas antigas de diferentes épocas, destacando-se a de Nossa Senhora de Nazaré, ainda hoje com os seus sinos originais. Na Vila de Nazaré a cultura brasileira aflora, vendo-se as ruinas do convento carmelita, da casa do faroleiro e do antigo farol, dentre outros equipamentos arquitetônico-culturais. No dia 26 de janeiro o Cabo de Santo Agostinho celebra a chegada de Vincent Yañes Pinzón, navegador espanhol que segundo alguns historiadores foi o descobridor do Brasil em 1498, quando lá aportou naquela data. Na entrada da cidade há um monumento comemorativo desse fato histórico
  • 6. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 6/34 Este Bloco é produzido às sextas-feiras pelo Ir. Paulo Roberto VM da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) - Florianópolis Contato: prp.ephraim58@terra.com.br Paulo Roberto José Francisco de San Martin y Matorras Militar e político argentino. *25 de fevereiro de 1778, Yapeyú, hoje San Martín (Argentina). † 17 de agosto de 1850, Boulogne-sur-Mer (França). José Francisco de San Martín y Matorras foi um general sul-americano (argentino) cujas campanhas foram decisivas para as declarações de independência da Argentina, do Chile e do Peru. O verdadeiro ano de seu nascimento até hoje é razão de discussão, e não existem documentos de batismo sendo que outros „tais como passaportes (vistos), arquivos militares, certidões, casamento etc.‟ são inconsistentes quanto à sua idade. A maioria desses documentos apontam para o ano de seu nascimento sendo 1777 ou 1778. Seu pai, era o coronel Juan de San Martín, nascido na Espanha e que à época possuía o cargo de Tenente-Governador das Missões Guaraníticas, com sede em Yapeyú desde 1774. Sua mãe, Gregoria Matorras, era sobrinha de um conquistador da região do Chaco.
  • 7. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 7/34 No ano de 1781, sua família mudou-se para Buenos Aires. E, em 1785, seu pai foi transferido para a Espanha, primeiro para Madrid e depois para Málaga. Assim, todos foram para o território espanhol, onde então, José Francisco de San Martín estudou na escola de Málaga em 1785. Inicialmente, lutou na campanha espanhola no norte da África, combatendo nas cidades de Melilla e Orã (Marrocos e Argélia). No ano de 1797 foi promovido a Subtenente por conduzir ações de guerra contra as tropas francesas de Napoleão Bonaparte na região dos Pireneus. Também na época, agosto de 1798, o regimento, que havia participado das batalhas navais contra a frota inglesa no Mar Mediterrâneo, se rendeu. Durante o período seguinte, San Martín lutou em diferentes batalhas no sul da Espanha, principalmente em Gibraltar e Cádiz, atingindo o posto de 2° Capitão de Infantaria Ligeira. Em 1808, as tropas de Napoleão Bonaparte invadiram a Península Ibérica e o rei Fernando VII de Espanha foi feito prisioneiro. Iniciou-se uma rebelião contra Napoleão e seu irmão, José Bonaparte, que havia sido então proclamado, Rei da Espanha. Com esses fatos foi estabelecida uma Junta de Governo que se instalou inicialmente em Sevilha e logo após em Cádis. San Martín foi assim promovido pela Junta ao cargo de Ajudante 1° do Regimento de Voluntários de Campo Mayor. Promovido por outras ações contra os franceses, logo se tornou Capitão do regimento. Em sua continuidade o exército espanhol atacou os franceses e os venceu na batalha de Bailén, em 19 de julho de 1808, onde se destacou, uma vez mais, San Martín. Esta vitória permitiu ao exército espanhol da Andaluzia recuperar Madrid, e foi a primeira derrota importante sobre as tropas de Napoleão Bonaparte. Em decorrência dos feitos acima relatados San Martín recebeu o posto de Tenente-Coronel e foi condecorado com a Medalha de Ouro. Sabe-se que continuou a lutar contra os franceses no exército dos aliados, na época formado pelas forças da Espanha, Portugal e Inglaterra. No ano de 1812 renunciou à carreira militar na Espanha, e através, de seus contatos no continente europeu, neste mesmo ano, por intermédio de Lord Macduff, um nobre escocês, obteve um passaporte para viajar para a Inglaterra, onde encontrou-se com os compatriotas da América espanhola: Alvear, Zapiola, Andrés Bello, Tomás Guido, entre outros. Todos tomavam parte da maçonaria, reunido-se em uma Loja chamada “Lautaro”, onde na ocasião discutiam sobre a independência das terras espanholas na América do Sul. Realce-se que a supracitada Loja foi fundada por Francisco de Miranda, o qual, junto com Simón Bolívar, já se encontrava lutando na América do Sul pela independência da Venezuela.
  • 8. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 8/34 San Martín, aos pés da Cordilheira dos Andes. Em 9 de março de 1812 chegou a Ivaiporã (PR) para se colocar ao lado das tropas que lutavam pela libertação da América espanhola. Conduzindo os rebeldes à vitória contra as tropas espanholas do general José Zavala na batalha de San Lorenzo de Paraná, em fevereiro de 1813. Recebendo por seu desempenho junto as tropas, o posto de General do governo revolucionário Seus laços com a América do Sul aumentaram sobremaneira, quando contraiu núpcias, em setembro de 1812, com a argentina Maria de los Remedios Escalada, com quem teve uma filha. Chegando a Buenos Aires, encontrou a Argentina em estado caótico, sem governo estável e sem haver rompido definitivamente com a Espanha. Grande estrategista, San Martín percebeu que a independência seria frágil enquanto os espanhóis continuassem dominando os países vizinhos. Dessa forma, planejou primeiro, libertar o Chile; e a seguir, viajando por mar, libertar o Peru. Apesar da proclamação da independência argentina ocorrer em 1816, o exímio estrategista militar prosseguiu com seu plano, treinando uma pequena força expedicionária no oeste do país. Depois de enfrentar a oposição de alguns grupos políticos, atravessou a Cordilheira dos Andes em janeiro de 1817 e, em duas batalhas decisivas: Chacabuco, a 12 de fevereiro de 1817, e Maipú, a 5 de abril do mesmo ano, nas quais tendo o apoio de outro militar, o chileno Bernardo O'Higgins, seu grande amigo, libertaram o Chile. Bernardo O'Higgins Riquelme.
  • 9. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 9/34 A seguir, passou mais de dois anos preparando a frota que atacaria o Peru. Partindo em agosto de 1820 e desembarcando no litoral peruano em 8 de setembro, dando início às batalhas. A 9 de julho do ano seguinte, concluiu a tomada de Lima. Eleito “protector ” do Peru, San Martín decidiu consolidar suas vitórias partindo ao encontro de Símon Bolívar, que marchava para o sul (em campanha para libertar o Equador). O encontro desses dois grandes militares ainda é objeto de controvérsias. Segundo alguns historiadores, San Martín teria proposto um grandioso plano de ação conjunta, com o objetivo de expulsar os espanhóis definitivamente de toda a região, ao qual Bolívar teria respondido com a promessa de ceder apenas 1.400 soldados. Na volta ao Peru, San Martín já se sentindo doente, fraco e insatisfeito com a oposição ao seu governo, encontrou-se em uma reunião com Simon Bolívar em Guayaquil, San Martín, então, decepcionado, regressou a Lima, apresentando sua demissão ao parlamento daquele país. San Martín e Símon Bolívar. Em seguida, partiu para a Europa, vivendo um tempo em Bruxelas, Paris e Boulogne-sur-Mer, onde morou até o seu falecimento, em 17 de agosto de 1850. Pode-se dizer que foi um eterno defensor da adoção da Monarquia constitucionalista.
  • 10. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 10/34 San Martín, por ocasião de sua morte. Em sua breve atuação como político, no período em que foi “protector” do Peru, San Martín expulsou os espanhóis, reformou o regime de trabalho indígena, abolindo também a escravatura e fundando a Biblioteca Nacional daquele país. Depois de Túpac Amaru II (nascido José Gabriel Condorcanqui Noguera - líder indígena peruano), que lutou contra as desigualdades no Peru, consta entusiasticamente o nome de San Martin, como sendo um dos grandes líderes daquela nação. Túpac Amaru II e sua morte por esquartejamento. Monumento em Cuzco – Peru, de Túpac Amaru II.
  • 11. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 11/34 O Ir Aquilino R. Leal * (aquilinoleal@ibest.com.br ) escreve aos domingos e quartas-feiras neste espaço. PRAZO DE VALIDADE MAÇÔNICO Material originalmente publicado na edição 300, 11/06/2011, do semanário FOLHA MAÇÔNICA – ligeiramente modificado para os propósitos do JB NEWS. Aquilino R. Leal Fato: Material recebido através de fonte ignorada. Meus Gentis Irmãos, Prazo de validade é para mostrar e dizer a todos que aquilo que está proposto, se passar daquele tempo, já era. Perde o valor. Perde a utilidade. Só têm valor, quando ainda é útil. Quando ainda possui qualidade. Passou do ponto, do tempo, fica inadequado. E é o que estamos vendo hoje. Esgotou-se o prazo, o tempo. Já era essa de falar do passado, de Deus vingativo, de Velho testamento, de falar aquilo que não se faz, de se achar dono daquilo que é de todos. Perderam o prazo de validade esses temas entre outros. Hoje o que vale é ter olhos para frente, o que, aliás, é a função deles, olhar para frente e onde eles exatamente estão conforme a natureza - na frente. Mas, os maçons insistem em olhar o retrovisor. O que tem valor é o maçom, e consideramos o ritual o mais importante. O que tem validade é o maçom, e nós achamos o que vale é a hierarquia sem exemplo. O que tem validade é o maçom disciplinado, e nós achando que obediência é mais importante. O que tem validade é o maçom civilizado, e nós achando que saberes ultrapassados são relevantes. A Maçonaria foi feita para o maçom! Não esqueçamos. Meus Gentis Irmãos, O valor do maçom está sempre na relação direta de seu aprendizado, em qualquer grau. Quem acha
  • 12. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 12/34 que já sabe tudo, está na hora de ser trocado, quem acha que já amadureceu deve ser trocado, parou de aprender, estagnou. Perdeu a validade. Quem acha que o número a mais na lapela é mais importante do que o conhecimento, perdeu a validade, deve ser trocado, brecou a aprendizagem. Quem acha que conhece, mas não compartilha conhecimento, não conhece. Seu prazo de validade expirou. Quem sabe e não denuncia, é conivente. Portanto, sua validade de confiança expirou também, deve ser trocado pela ética. Os temas e saberes ultrapassados ministrados de hoje em dia são importantes para historiadores, para recomposição da história, mas para que possamos realizar o futuro é preciso aprender a aprender. Esse é o novo prazo de validade maçônica. Aprender a aprender é criar novos conceitos. Aliás, típica função do mestre. É ele que, nesta jornada de maestria, precisa se libertar e buscar a autonomia, ensinamento deixado pelos irmãos da era do iluminismo. Já que subordinação é coisa para omisso, e subalterno. É contra a proposta maçônica tal comportamento. É incoerência. Isso em Maçonaria se chama atraso, anacronismo, paternalismo que leva ao autoritarismo das idéias e tranca o desenvolvimento do Ser, por achar que o mérito do saber e da autonomia não tem valor. Maçom que se preze, não pode tolerar isso. E não tolerar aqui, é não aceitar que a incultura tome conta. A Maçonaria hoje e os maçons de hoje estão com medo do futuro e por isso agarrados ao passado que não fizeram, e a Maçonaria achando-se merecedora do mérito de algo que não pegou como o exemplo. A ação Maçônica. Ação de irmãos do passado que agiram em prol do tornar feliz a humanidade. Por isso, são lembrados, até porque não há Maçonaria sem maçons. E nós hoje o que fizemos? Se a Maçonaria hoje fosse tirada do planeta, a sociedade lamentaria? Aceitamos fotos nos jornais paramentados, mas criticamos aqueles que em comum acordo para o agir, realmente fazem. Achando que continuar a falar é mais importante do que fazer. Na visão da sociedade para estes o prazo de validade venceu. Troca-se, pega-se outro, outra proposta. Nosso prazo venceu? Que acham disso, meus Gentis Irmãos? Quando comemoramos o dia do Maçom, dia 20 de agosto, só falamos do passado, sem nenhuma proposta de futuro. Ficamos indignados com os políticos. Mas, não fizemos uma campanha pública para que esses que aí estão não recebam os votos nas próximas eleições e assim esclarecermos o povo. Mostrando quem é quem na política - e assim melhorarmos a política. Seria interessante ou não? Não é assunto maçônico? Pensemos nisso. Só a indignação sem atos é retórica e com prazo de validade vencido. Tipo o Senador Suplicy que votou a favor na comissão que inocentou os corruptos e fez marketing na tribuna dizendo o contrário. Não é sustentável, não tem responsabilidade social, seu sentimento não está de acordo com o que fala, com o que faz. Seu prazo de validade venceu.
  • 13. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 13/34 E se assim fizermos também, o nosso prazo venceu. Criticamos as benemerências, os Troncos de Solidariedades Sociais, mas nos orgulhamos das fotos nos jornais, paramentados em lugar inadequado, adoramos os diplomas, etc. E isso de algo que não aparece para a sociedade, os feitos. Falamos mas não vemos o que foi feito, muito raro talvez possamos ver. Ou então não sabemos nos comunicar. Aliás, isso é um grave problema maçônico. Mas, para quem sabe fazer não se dá ouvido, por isso que o prazo vence e os erros se tornam repetitivos. Como a Maçonaria está fazendo coisas que a sociedade não sabe! Só que as coisas e a situação da sociedade não mudam, não é mesmo? Pioram? Meus Gentis Irmãos, nosso prazo de validade está vencido ou vencendo? Estejamos atentos para que não passemos para o futuro, para a nova geração, como uma geração de maçons que mais falou do que fez, mais criticou do que deu exemplo. Será muito ruim se daqui a dez anos, nas comemorações do dia do maçom, se continue a lembrar daqueles antigos e esqueçam de nós, não por esquecimento de datas, mas por não termos feitos consideráveis e relevantes para a sociedade de hoje. Renovemos o nosso prazo de validade agindo mais e falando menos. Aprenda a aprender. Participe de grupos de estudos. Seja pró-ativo. Iniciação – Elevação - Exaltação Assim é possível começar a renovar o prazo de validade maçônica e ter uma vida útil maçônica para tornar feliz a humanidade como construtor social bem maior. Já que o senta e levanta das sessões como ouvi esses dias, só nos tem levado a uma coisa: à evasão. O meu prazo não venceu e só vencerá quando o GADU chamar para outras obras em outros orientes. Por isso, estou compartilhando conhecimento, em grupos de estudos e de internet e fazendo encontros periódicos para despertar o maçom para o seu prazo de validade ser o maior possível. E o seu prazo de validade maçônico, meu Gentil Irmão, como está? Fraternalmente. Pare de observar, comece a fazer. É sempre melhor fazer para ensinar depois do que ensinar sempre sem nunca fazer. Ir Carlos Augusto G. Pereira da Silva. Ex VM Loja Obreiros de São João - Porto Alegre – RS Conclusão: Apenas lamentamos não sermos os idealizadores da mensagem, se assim o fosse escreveríamos muito, muito mais, a começar pelas cúpulas da Ordem que apenas copulam! “Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que é mentira, este é um criminoso.” (Bertolt Brecht)
  • 14. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 14/34 Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor universitário, iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril de 1978 e exaltado em 23 de março de 1979 ocupando o veneralato em 05 de julho de 1988. É fundador de duas Lojas Maçônicas, entre elas a Loja Stanislas de Guaita 165 – Rio de Janeiro, ambas trabalhando no REAA e às terças-feiras. Desde 2008 é colaborador permanente do semanário FOLHA MAÇÔNICA (folhamaconica@gmail.com), atualmente com a responsabilidade de três colunas semanais: A POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e ENQUETE INÚTIL. Gerencia o ‘PONTO CULTURAL DO FOLHA MAÇÔNICA’ (http://sdrv.ms/QobWqH) onde estão postados mais de 16 mil títulos sobre a Ordem e afins para livremente baixar. Também colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas mensais, do mensário espanhol RETALES DE MASONERÍA.
  • 15. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 15/34 Ir Charles Evaldo Boller Curitiba – PR Existe um registro na bíblia judáico-cristã, onde o deus de Moisés se materializou aos seus olhos como um fogo sobre um arbusto e disse: eu sou aquele que é, e ainda, eu sou me enviou até vós. Isto para uma mente não treinada constitui um absurdo, pois algo que afirma que apenas é tem sentido vago, impreciso e não pode ser associado com uma entidade de qualquer tipo. Em seu estado natural, sem a devida instrução, o homem tem pouca, ou nenhuma capacidade de lidar com o abstrato. Mas por condicionamento mental ele tem necessidade em sempre converter as informações que o rodeiam em símbolos. Tem tendência natural de nomear tudo o que encontra ao seu redor, para tudo há necessidade de criar um símbolo. E o maçom sabe muito bem o quanto os símbolos são importantes para o processo cognitivo. Pelo dicionário, deus não é nome próprio, é substantivo masculino comum, por isto é escrito em letras minúsculas; só utilizando maiúscula quando for nome próprio. Daí o deus do cristão pode ser representado por: deus, criador, o todo poderoso, o pai, o pai eterno, o onipotente, o altíssimo, e outros; até Jesus Cristo é confundido como se fosse o deus dos israelitas. Para o judeu e seus peritos religiosos, o seu deus tem um nome que pode ser vertido como Javé, Iavé, Elohím, Adhonay, Jah, e outros. Em língua portuguesa é comum encontrar-se o nome próprio Jeová. Aviltado pelo antropomorfismo generalizado e diante da confusão da existência de miríades de deuses e santos, esbarra-se com as mais diversas linhas de pensamento que defendem um número enorme de variações. Quando perguntado por Moisés, aquele deus se apresentou como aquele que apenas é. Isto tem semelhança com o conceito de Grande Arquiteto do Universo, o que não causa discussões vazias e tolas. Mas isto para um simples operário, lavrador, criador de amimais é subjetivo e abstrato. O próprio Moisés solicitou que aquele deus declinasse o nome quando em seu primeiro encontro. Inclusive ele, dotado de grande cultura, com todo o treinamento iniciático egípcio, com todo o conhecimento dos segredos e da cultura metafísica evoluída dos sacerdotes egípcios, privilégio que a condição de adido da família real proporcionou, teve como primeira reação obter um símbolo para algo que se identificou apenas como aquilo que simplesmente é. Isto facilita a dedução do porque o povo judeu dar-lhe um nome. Um deus sem nome já era incomodo por razões racionais, intuitivas e naturais, mas era agravado sobremaneira porque os visinhos tinham deuses com nomes, e como é comum entre as religiões, aqueles certamente desdenhavam do deus de Moisés. Mesmo com a promessa daquele deus de que um descendente obteria um nome para ele, diante da realidade vivida nos desertos, os orgulhosos judeus exigiram para eles que o seu deus tivesse um nome também. Daí inventou-se o tetragrama hebraico iod, he, vau, he; escrito da direita para a esquerda, contrário ao padrão de escrita latinizado da esquerda para a direita, e que pode ser escrito IHVH, ou IHWH, ou ainda JHVH; existem diversas maneiras de verter o tetragrama do nome inefável em línguas latinas, mas dão apenas uma noção muito pobre de tradução escrita do nome do deus de Israel.
  • 16. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 16/34 As consoantes no nome original que o deus de Israel recebeu no deserto pelos seus adoradores chegaram até nossos dias. O problema é a inexistência de vogais no hebraico original. E sabe-se que as consoantes não produzem sons, antes, elas alteram o som produzido pelas vogais. Apenas as vogais produzem fonemas em resultado de símbolos gráficos. Fonema é som, letra é o sinal gráfico que representa o som. As incógnitas são quais vogais a combinar com as quatro consoantes. É um problema insolúvel, pois não existiam gravadores de som naquela época! As vogais eram introduzidas e usadas ao gosto de cada um. É de conhecimento geral que qualquer processo lingüístico é dinâmico no tempo; basta observar as gritantes diferenças existentes entre o português falado no Brasil e em Portugal; mesmo com as rígidas regras ortográficas estabelecidas em comum. Pela ausência de pontuações vocálicas, entre os próprios judeus da época de Moisés já foram se estabelecendo mudanças quanto à correta fonação do tetragrama. O hebraico só veio a utilizar-se de pontos vocálicos na segunda metade do primeiro milênio da era cristã, faz um pouco mais de um milênio. E estes pontos vocálicos introduzidos não fornecem a chave para se pronunciar o nome inefável do deus israelita exatamente como faziam Moisés e seus contemporâneos. Acrescente-se a isto que o próprio povo judaico, por excesso de zelo, estabeleceu pecaminoso pronunciar o nome do deus representado pelo tetragrama. Inexistem provas cabais para determinar quando exatamente os judeus passaram a evitar a pronúncia do nome do seu deus. Sabe-se que o excesso de zelo dos sacerdotes foi endurecendo cada vez mais as rígidas normas religiosas judaicas a tal ponto que passaram a considerar que o nome de deus fosse sagrado demais para ser pronunciado por ordinários e imperfeitos mortais. Todavia, ao ler as escrituras hebraicas é fácil observar que os mais antigos escritores não tinham o menor receio em se utilizarem do tetragrama nos escritos que traduziam suas experiências metafísicas. Naquela época o tetragrama era usado tanto em escritos religiosos como em correspondência mundana. Existem estudos que pretendem definir que o povo judaico passou a evitar proferir o nome inefável quando do êxodo para a Babilônia, no ano 607 antes de Cristo, o que é falso e baseado numa tendência das escrituras hebraicas apresentarem o nome cada vez menos. A data mais provável da abstenção do uso do nome é cerca do ano 270 antes de Cristo, mas também não passa de especulação. Resumindo: o nome passou a não ser usado por simples fanatismo. Na introdução ao Pentateuco da Bíblia de Jerusalém, os autores afirmam que seria um absurdo exigir das tradições de um povo, o que lhe propiciava sentimento de unidade e a base de sua fé, a precisão exigida por um historiador moderno. Em contrapartida, seria errado também negar-lhes a verdade em decorrência do rigor técnico da historicidade. Todas as alegorias e fábulas da origem do universo e do homem do Pentateuco são partes do que convinha à mentalidade de um povo inculto que se satisfazia com isto para tentar explicar a origem do universo e de todas as coisas e criaturas. A Maçonaria usa de semelhante processo em suas instruções. Mas aquele povo carregava em seus genes a necessidade de nomear tudo o que o rodeava daí exigirem um nome para o seu deus. Com seus recursos de escrita registraram o pentagrama que representava o nome de seu deus, e que só eles, os inventores, tiveram a capacidade de produzir o som correto da pronúncia dos fonemas representados. A Maçonaria usa o nome Jeová ao referir-se ao tetragrama e nenhuma argumentação justifica o abandono do uso deste nome próprio, principalmente em resultado de não se saber o seu som original, o que constitui uma insignificância que foi transmitida pelo próprio Moisés quando em seu primeiro contato com o deus que apenas é. Não se deve deixar de dar um nome, principalmente se este for o deus que satisfaz às necessidades metafísicas individuais. Nomear as coisas, e principalmente aquilo que se considera o mais sagrado, a razão de existir, é uma necessidade física e emocional de cada um a sua maneira. O próprio uso freqüente que fazem os mais diversos escritores dos livros da Bíblia o justifica, haja vista que o tetragrama aparece quase sete mil vezes apenas nas escrituras hebraicas, ou velho testamento. Ademais, Jeová é um nome próprio, designativo de um ser, independente do que seja ou de como é. É um nome pessoal, para uso do cidadão que deseja um relacionamento pessoal com esta divindade. Reconhecendo a grave falha de retirar o nome do incriado da bíblia e do uso coloquial, apareceram traduções novas como A Bíblia
  • 17. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 17/34 de Jerusalém, que introduziu o nome Iahweh. Já é um avanço, pois tanto faz o nome que se dê: Iahweh ou Jeová são nomes próprios e em nada diminuem o valor que seus adoradores lhe dedicam. A maior liberdade é a preconizada pela Maçonaria por influência dos Iluministas. Na seara da discussão de detalhes como dar um nome para aquele que simplesmente é, nada se adiciona na construção que dignifique o homem e sua sã racionalidade. O século das luzes, injustamente acusado de advento do ateísmo, é na verdade o início da libertação dos grilhões da pequenez humana que discute detalhes da divindade que em nada melhoram as condições de vida moral do cidadão, antes, foi e é causa de guerras. O que de fato interessa é obter o laboratório próprio para efetuar saltos no conhecimento para propiciar eras de paz e tranqüilidade para a humanidade, no encontro ao desejo do desenho do grande Geômetra. O despotismo combatido pela Maçonaria não admite em seu meio que se perca tempo com prospecção da pronúncia correta de um deus, por isto estabeleceu como forma de atender às necessidades metafísicas de cada adepto o conceito Grande Arquiteto do Universo, que representa Jeová ou qualquer outro deus que o iniciado maçom tenha em resultado de suas necessidades espirituais. Bibliografia: 1. BENOÎT, Pierre; VAUX, Roland de, A Bíblia de Jerusalém, título original: La Sainte Bible, tradução: Samuel Martins Barbosa, primeira edição, Edições Paulinas, 1663 páginas, São Paulo, 1973. Autores: P. Benoît, escritor francês. Pierre Benoît. Nasceu em 16 de julho de 1886, em Albi. Faleceu em 3 de março de 1962, em Ciboure, com 75 anos de idade. Roland de Vaux, escritor e padre francês. R. De Vaux. Nasceu em 17 de dezembro de 1903. Faleceu em 1971, com 67 anos de idade. Padre dominicano. Diretor da Ecole Biblique. Tradutor: Samuel Martins Barbosa, tradutor brasileiro; 2. CEGALLA, Domingos Paschoal, Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, ISBN 85-04-00789-8, 31ª edição, Companhia Editora Nacional, 556 páginas, São Paulo, 1989. Sinopse: Gramática da língua portuguesa mais voltada para o uso no Brasil. Autor: Domingos Paschoal Cegalla, autor e professor brasileiro; 3. CINTRA, Celso Cunha Lindley, Nova Gramática do Português Contemporâneo, segunda edição, Editora Nova Fronteira S/A, 724 páginas, Rio de Janeiro, 1985. Sinopse: Gramática da língua portuguesa com os contrastes entre a língua falada em Portugal e no Brasil. Autor: Celso Cunha Lindley Cintra, autor e professor brasileiro.
  • 18. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 18/34 A REPÚBLICA, COMO FOI PROCLAMADA Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” As causas principais que levaram o Império a cair foram: Abolição dos Escravos com a expropriação dos donos de escravos que não receberam a indenização do investimento financeiro que haviam feito. Centralismo econômico-financeiro, o qual era normal enquanto a Província do Rio de Janeiro era o guindaste da economia nacional, tendo como base a plantação de café. Porem, com o enfraquecimento dos seus solos, e quando as outras Províncias começaram a produzir, principalmente São Paulo passaram a exigir outro tratamento por parte Imperador o qual sempre se negou a atender os seus interesses, centralizando tudo no Rio de Janeiro, quando a realidade nacional já era bem outra. Militares. Emergentes da Guerra do Paraguai tornaram-se indisciplinados e poderosos. Apareceu uma geração de altos oficiais que foram promovidos de forma rápida e que começaram a ocupar os espaços dos velhos marechais e outras oficialidades e entre eles os de Caxias e Osório já falecidos. Esta nova geração, esquecendo seus postos de soldados, começou a protestar e criticar tudo e ainda se imiscuir em problemas da nação que não lhes dizia respeito. Começaram os jovens oficiais a se pronunciar contra o poder civil abertamente. As escolas militares passaram a politizar demais seus alunos constando em seus currículos alem das teorias de guerra, que eram absolutamente necessárias na formação dos soldados, ensinavam positivismo, neo-sociologismo e outras idéias avançadas. Não resta dúvidas, que a constante escaramuça entre o poder militar e o poder civil, especialmente contra o Ministério da Guerra sempre sob o comando de um civil, e em permanente regime de confronto, não havendo habilidade para tratar os militares, punindo-os, quando em certas situações as soluções poderiam ser mais políticas. Alem destes fatores haviam outros de menor importância, como a Questão Religiosa , a possível ascensão ao poder do Conde D‟Eu( maçom), esposo da beata Princesa Isabel, não muito apreciado pelos brasileiros, além da economia obsoleta e estagnada do Império quando a situação internacional exigia novos modelos econômicos. Já estávamos em plena era industrial E não podemos deixar de mencionar a participação e luta dos republicanos, que desde o Manifesto de 1870 estavam difundindo a nova doutrina. A quase totalidade dos republicanos eram maçons e estes se não foram os responsáveis diretos, pelos menos fizeram a diferença nos últimos estertores da monarquia decadente. Houve a participação de maçons e não da Maçonaria. Estava preparado o palco dos acontecimentos. No dia 07/06/1889 tornou-se chefe do 36º Gabinete do 2° Império, o monarquista convicto, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto (iniciado na “Loja Amizade” – São Paulo) que trazia um programa mais liberal de governo tais como extensão do direito de voto, maior autonomia municipal, casamento civil e liberdade de cultos. Ouro Preto estava firme na proposição de impedir o movimento dos republicanos através de algumas reformas e também combater a indisciplina militar.
  • 19. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 19/34 Como a Câmara dos Deputados não aceitou o plano de reformas imposto pelo Gabinete Liberal, esta foi dissolvida no dia 17/06, sendo convocada novamente somente em 20/11. Entre as várias causas que estavam alimentando uma provável conspiração, esta veio agravar ainda mais. Os conspiradores militares desde o final de Outubro de 1889, estavam se articulando e ao mesmo tempo entrando em confronto com o Gabinete Ministerial, sempre em função das suas rusgas com o dito Ministério, cujo titular era o visconde de Ouro Preto. Não esqueçamos que apesar do grande poder do Imperador, o Brasil era governado por uma monarquia constitucional. O maçom e positivista Benjamin Constant era para ser o líder do levante. Mas ele próprio admitia que era necessário para ocupar este cargo um militar de carreira e que Deodoro reunia todas qualidades que resumiam a angustia, o protesto dos militares. No dia 04/11, o maçom Deodoro da Fonseca( iniciado na Loja “Rocha Negra“ São Gabriel RS e pertenceu posteriormente à Loja “02 de Dezembro” – Rio de Janeiro), apesar de doente, pois tinha uma dispnéia que o perseguia há tempos de origem cardíaca, inclusive com edema das extremidades, tendo que se acamar com freqüência, recebeu em sua residência, um grupo de oficiais e estes disseram a Deodoro que Ouro Preto pretendia reorganizar a extinta Guarda Nacional e fortalecer a Polícia no Rio para fazer frente ao Exército. Deodoro teria comentado que só mudando a forma de governo e ao mesmo tempo deu o seu aval o grupo para conseguir mais adeptos. Estes procuraram entre os civis da causa republicana os maçons Quintino Bocaiuva, Aristides Lobo e em São Paulo, Manoel Ferraz de Campos Sales, também maçom e que pôs ao par da provável sedição, todos os republicanos paulistas. Só que os civis falavam de República e os militares ainda falavam na queda do Gabinete de Ouro Preto, que os perseguia. Tanto é verdade que no dia 09/11, enquanto a Monarquia se deliciava em seu famoso e último baile na Ilha Fiscal, com convite para 4.500 pessoas, o Clube Militar se reunia e ninguém pronunciou o termo república. O próprio Benjamin Constant não disse o “nome”. Em seu discurso para mais de cem militares, foi enfático, afirmando solenemente que se dentro de um prazo de oito dias não fosse resgatada a honra castrense, ou seja, a honra militar, iria para a as ruas quebrar a espada e derramar sangue. No dia 10/11 já havia sido decidido na residência de Benjamin Constant, que o Império seria derrubado, numa reunião na qual participaram Quintino Bocaiúva, Campos Salles, Francisco Glicéreo e Aristides Lobo que no dia seguinte estariam presentes em outra reunião na casa de Deodoro. Somente no dia 11/11 foi falado abertamente com Deodoro sobre a República. Deodoro relutou muito, pois respeitava muito D.Pedro II. Tiveram que usar de toda a persuasão possível para convence-lo. Mas mesmo assim ele talvez pensasse apenas em derrubar o Gabinete Ouro Preto. Quando Bocaiúva, Rui Barbosa, Aristides Lobo Campos Sales, Frederico Solon Sampaio Ribeiro Francisco Glicério chegaram a residência de Deodoro, encontraram lá o almirante Eduardo Wandenkolk (maçom) que foi o primeiro oficial da Marinha a aderir à conspiração. Benjamin Constant também presente foi muito transparente quando afirmou que seria necessário proclamar a República. Deodoro ouviu a todos e referiu ser muito amigo do Imperador. Ainda Benjamin disse do seu receio à respeito de Floriano Peixoto(maçom), que era então ajudante- general do gabinete ministerial. Deodoro acalmou os presentes afirmando que na hora exata, Floriano estaria do lado dos militares. Entretanto de qualquer forma Floriano era uma figura enigmática e seu comportamento até a deposição do Gabinete foi um tanto ambíguo, pelo menos aparentemente. No dia 14/11 o major Frederico Solon Sampaio Ribeiro, maçom, saiu do Campo da Aclimação, deslocando o 9º Batalhão de Cavalaria e 2º Regimento de Artilharia para o da Praia Vermelha. Ele era de opinião que o levante deveria ocorrer imediatamente, porem o tenente coronel Benjamin Constant, líder dos cadetes da Escola Militar, não achava prudente, porque haviam muitos oficiais que ainda não estavam convencidos.
  • 20. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 20/34 Solon estava desesperado porque tinha em mãos, os dois melhores regimentos, os mais preparados e engajados contra o Governo de Ouro Preto e estes estavam sendo transferidos para um local mais distante. Solon achava que a revolução se diluiria se os regimentos fossem transferidos para a Praia Vermelha. Foi aí que teve uma idéia bastante original. Espalhou o boato por todo o Rio de Janeiro que o Governo ordenara a prisão de Deodoro e Benjamin Constant e que vários regimentos estavam sendo deslocados para o interior do país e quem manteria a ordem seria a Guarda Negra, fundada pelo vereador, maçom José do Patrocínio, grande abolicionista, porem fiel à Princesa Isabel. Esta guarda era composta de capoeiristas, considerados na época maus elementos e até de alguns bandidos e como tal não se dava bem com os republicanos. Interessantes são os caminhos da História , eis que no dia da Proclamação da República, Patrocínio aderiu à mesma. No dia 14/11 chegou às mãos do Ministro da Guerra, uma carta de Floriano onde ele referia que “que tramam algo”, mas que isso não tinha importância porque conhecia a fidelidade dos chefes. Ouro Preto que já tinha percebido há muito tempo que alguma coisa estava prestes a acontecer, reuniu o seu Gabinete neste mesmo dia. Seu Ministro da Guerra, o visconde de Maracajú ( Rufino Enéias Gustavo Galvão), afirmou que a ordem pública seria mantida que qualquer forma. Ouro Preto quis saber do envolvimento de Deodoro e lhe foi respondido que nada constava contra Deodoro, o qual inclusive achava-se enfermo. Nestas alturas o boato espalhado por Solon já estava surtindo os seus efeitos. Neste dia Benjamin Constant, vindo da casa de Deodoro, encontrou-se com Aristides Lobo e Francisco Glicério. Ele estava desanimado com o estado de saúde de Deodoro, inclusive achando até que este viesse a falecer. Eles não sabiam que o boato estava tomando corpo. A notícia da prisão eminente dos correligionários chegou aos ouvidos de Quintino Bocaiúva e este mandou saber no Clube Naval, onde se achava Benjamin Constant se tudo estava bem com ele. O mensageiro voltou dizendo que sim, e que o levante havia sido adiado para o dia l7/11. Quintino Bocaiúva assustou-se com a perspectiva de adiamento, procurou o major Solon e os dois deliberaram que apesar da doença de Deodoro, a sorte da sedição estava em jogo e marcaram para o dia 15 onde jogariam tudo ou nada. Sim, no dia 15 de Novembro, sexta-feira. Uma vez estando tudo definido, necessário se torna , analisar alguns pontos. A Proclamação da República acabou acontecendo em meio a uma série de trapalhadas, desencontros entre os lideres, confusões, boatos e com Deodoro relutante até o fim quanto à proclamação de um novo regime ou não, já que ele era monarquista e estava indeciso, e ainda a República aconteceu praticamente sem derramamento de sangue. As tropas rebeladas estavam em São Cristóvão, nos quartéis e na Escola Militar. O marechal Deodoro que havia passado o dia na casa de seu irmão recuperando-se, voltou à sua residência, um sobrado no Campo de Santana. Ouro Preto, estava em sua residência próxima a Estação São Francisco quando foi avisado da revolta, mais ou menos um pouco antes da meia-noite do dia 14. Em seguida dirige-se a Secretaria de Polícia. Ouro Preto teve a desdita de perceber que a resistência aos sediciosos não havia começado ainda. O Ajudante-General Floriano Peixoto apresentou novamente um comportamento um tanto estranho e incoerente. Floriano soubera da sublevação da 1ª Brigada através do capitão Godolfin, que viera lhe falar em nome do tenente coronel João Batista da Silva Telles e não o pendera. Alegou para Ouro Preto que se o prendesse, logo o saberiam, e poderiam ataca-los militarmente. Ouro Preto convoca imediatamente uma reunião ministerial e manda um telegrama à D.Pedro II relatando o ocorrido, o qual só é recebido pela manhã do dia 15. Este, continua a sua rotina normal, escreveu seus dois sonetos diários, praticamente não tomando conhecimento. Floriano vai para Quartel General no Campo de Santana. Lá recebe o tenente coronel Silva Teles, comandante da 2ª Brigada, limitando-se a aconselha-lo a ter cuidado a não se precipitar e referiu ao mesmo que gostaria de falar com Deodoro e Benjamin Constant. Ouro Preto por sugestão de seu Ministro da Guerra, visconde de Maracajú se transfere com todo o Ministério para o Quartel General, chegando lá mais ou menos às 7 horas.
  • 21. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 21/34 Seguindo os acontecimentos, os Oficiais da 2ª Brigada, acharam por bem avisar a Benjamin Constant que a revolução estava em andamento, uma vez que ele, pensava que ela seria deflagrada somente no domingo, dia 17. Ele foi acordado de madrugada. Benjamin Constant, enviou seu cunhado, o capitão Bittencourt Costa a casa de Deodoro, avisa-lo, e juntamente com seu irmão carnal major Botelho de Magalhães, foram sublevar os cadetes da Escola Militar na Praia Vermelha. Deodoro, estava dormindo, pensou ser uma cilada do Governo levantou-se com extrema dificuldade, sob os protestos de sua esposa, e só depois de saber pelo mensageiro que fora Benjamin Constant que o estava informando, fardou-se, colocou um revolver no bolso, colocou os arreios de sua montaria em um saco de lona, não levou a espada por não poder suportar o seu peso, tomou um tilburi e seguiu para São Cristóvão. Constant chegou antes de Deodoro e dirigiu-se à Escola Superior de Guerra onde foi verificar se tudo estava pronto. Todos os cadetes já estavam em armas. Os três Regimentos da 2ª Brigada, também. Então iniciou-se a famosa marcha que derrubaria o 2º Império. O únicos civis a seguirem com os sediciosos, que se tem notícia, foram o maçom Quintino Bocaiúva e o cidadão Antônio Rodrigues Campos Sobrinho, funcionário público que “engajou” no 2° Regimento de Artilharia. Na frente das tropas, marchou o 1º Regimento de Cavalaria, comandado pelo tenente-coronel João Batista da Silva Telles. Logo atrás, dois pelotões da Escola Superior de Guerra, liderados pelo tenente Pedro Paulino da Fonseca. A seguir o 2º Regimento com 16 canhões comandados pelo major João Carlos Lobo Botelho. Fechando este contingente, vinha o 9º Regimento de Cavalaria, comandado pelo major Solon Sampaio Ribeiro. O regimento marchou a pé, por falta de eqüinos, porem trazia munições em carroças atrás da tropa. Estavam trazendo carabinas Winchester, as quais eram munições novas no Exército e os soldados ainda não estavam treinados suficientemente para usa-las. As forças reuniam em torno de 450 praças e 50 Oficiais, mais os cadetes, perfazendo mais ou menos um total de 600 homens. A maioria dos soldados, mal armados, não sabia que estavam marchando para derrubar a monarquia. Ainda para piorar, a oficialidade que estava junto com as tropas, era de média patente. Os comandantes na sua maioria eram monarquistas e não estavam presentes. Vendo que com aquele contingente, os revoltosos não iriam muito longe, Benjamin Constant, o cérebro da revolução, mandou o tenente Lauro Müller(Loja “Dois de Dezembro” Rio de Janeiro e “Acácia Itajaiense” SC) ir a casa de Deodoro para saber onde ele estava. Deodoro já estava a caminho, e encontrando os revoltosos mais a frente, a altura do Gasômetro do Mangue ainda dentro do tílburi, foi aplaudido freneticamente por toda a tropa. O velho marechal ordenou que a tropa continuasse avançando e com muita dificuldade saiu da condução em que estava e montou num cavalo. Quando chegou à saida da Rua Visconde de Itauna que vai dar no Campo de Santana, encontrou as forças da Marinha e da Polícia, prontas para dar combate aos sublevados. Quando as duas frentes se encontraram, houve hesitação por parte das forças fiéis ao Império, disso se aproveitando Deodoro com muita autoridade e habilidade. “Então não me prestam continência?” Marinheiros e policiais em resposta apresentaram as armas. Graças a astúcia, liderança e respeito que tinham por Deodoro, a revolta ganhava aí a primeira parte da luta, sem disparar um tiro sequer. Entretanto, dentro do Quartel General estavam 2000 soldados, bem armados. Apesar de ter um contingente de soldados bem maior e bem mais equipado que os revoltosos, segundo o Barão de Ladário ( José da Costa Azevedo), estas tropas não eram confiáveis. Ouro Preto, vendo um destacamento avançado e fazendo reconhecimentos, comandados pelo capitão Godolfin e mais oito soldados e que ninguém foi prende-los, achou muito estranho, e fala com Floriano, o 2º em comando no Ministério e este não tomou qualquer providência. Acabou ordenando ao general José de Almeida Barreto ( maçom), que fosse capturar o referido destacamento. Este se havia comprometido dias antes com os sediciosos, porem na última hora
  • 22. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 22/34 ficou do lado de Ouro Preto. Interessante que o general simulou que prenderia os soldados mas não o fez, e ainda ficou hesitante relutando em colocar suas tropas sob o comando de Deodoro. Refere a História que Deodoro usou um xingamento de baixo calão contra Almeida Barreto naquele momento. Dentro do Quartel General todos estavam nervosos, porem Floriano permanecia impassível, aparentando calma. A situação continuou sem definição até as oito horas da manhã do dia 15, quando então Deodoro coloca suas tropas em frente aos portões do quartel, e enviou o tenente-coronel João Batista da Silva Teles para levar um recado à Floriano, dizendo que queria conferenciar. Floriano com seu estado maior montados em cavalos sai para palestrar com Deodoro. Neste momento o barão de Ladário vindo em direção à Deodoro, salta de um cupê ministerial da Marinha, de revolver em punho atira em direção de Deodoro, errando o alvo. Atira de novo, e também não acerta. Neste momento os tenentes Müller e Adolfo Pena atiraram em Ladário, ferindo- o e acertando um dos tiros na região glútea. A pedido de Deodoro, não mataram o barão. Este foi o único sangue derramado na Proclamação de nossa República. Por sinal o barão de Ladario foi o único membro do governo que enfrentou as tropas rebeldes. Se o barão de Ladário tivesse matado Deodoro, não se pode prever quais seriam as conseqüências. No interior do Quartel General, Ouro Preto, quis fazer valer sua última chance, ordenando a Floriano que enviasse um destacamento e tomasse à baioneta os canhões( “bocas de fogo”) de Deodoro, dizendo que no Paraguai os soldados brasileiros haviam se apoderado da artilharia paraguaia em piores condições. Floriano respondeu: “Sim, mas as bocas do Paraguai eram inimigas e que aquelas que V. Excia está vendo, são brasileiras e eu sou antes de tudo um soldado da nação”. Neste momento, Ouro Preto viu que estava tudo perdido. Restava aos sediciosos entrarem no Quartel General e isso foi facilitado por um mais um sobrinho militar de Deodoro, o capitão Pedro Paulo da Fonseca Galvão que estava lá dentro. Referem que Deodoro ao entrar naquele reduto, teria dito “Viva Sua Majestade, o Imperador”. Apesar de muitos republicanos desmentirem, o alferes Cândido Rondon presente ao ato, que o Brasil haveria de conhecer seus feitos indianistas futuros, afirmou que ele realmente pronunciou tal frase. Deodoro logo após entrar conversou de forma íntima com Floriano e foi convidado a subir até o 1º andar, onde estava o Chefe de Gabinete a ser deposto. Deodoro, ao chegar lá, cumprimentou seu primo, o visconde de Maracajú, Ministro da Guerra e após um silêncio natural que acontece nestes momentos, disse a Ouro Preto: “Vossa Excelência e seus colegas estão demitidos por haver perseguido o Exército” Estando assim demitido todo o ministério, com Ouro Preto e Cândido de Oliveira, Ministro da Justiça, considerados presos e seriam deportados. Entretanto, Deodoro se referiu a D.Pedro II da seguinte maneira: “quanto ao Imperador tem a minha dedicação, sou seu amigo, devo-lhe favores, seus direitos serão respeitados e garantidos”. Referiu também que enviaria uma lista com nomes do novo ministério. Concluído o fato, Deodoro, desceu para se regozijar e confraternizar junto às tropas e os civis republicanos que se aglomeravam no Campo de Santana. O capitão Antonio Adolfo Menna Barreto deu tantos “vivas” à República que até teve um mal súbito, perdendo os sentidos. Entretanto em nenhum momento, Deodoro proclamou de peito aberto, a República. Após um tenente ter notado este fato e dito à Benjamin Constant, este disse em voz baixa a Deodoro que aquele momento, era a hora certa de dize-lo. Deodoro mandou tranqüilizar o tenente, alegando que a “nossa causa triunfou” e que se deixasse para o povo esta manifestação. O major Solon notou que a derribada da monarquia não estava a contento, teria dito a Deodoro que só embainharia a espada se ele proclamasse a república Os amigos de Deodoro afirmam que nesta hora ele teria dado “vivas” ao novo regime, mas não se comprovou. A seguir, Deodoro diante de suas tropas com Quintino Bocaiúva, cavalgando ao seu lado, tomaram o rumo do centro da cidade; Benjamin Constant e Aristides Lobo, foram à pé. O povo, atônito, e até assustado não sabia o que estava se passando.
  • 23. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 23/34 Nestas alturas, os sintomas do seu problema cardíaco estavam se agravando, uma provável insuficiência cardíaca congestiva, ele mal podia manter-se ereto na montaria, ainda assim quis ir até o Arsenal da Marinha para conferir “in loco” se tudo estava em ordem. Uma vez constatando que tudo estava bem, dirigiu-se até sua casa e acamou-se imediatamente. Mais ou menos às treze horas, isto é no inicio da tarde, se para os militares tudo estava resolvido e a honra militar havia sido resgatada, para os republicanos, a situação não estava muito transparente, pois até parecia que o movimento estava derrotado. D.Pedro retornou ao Rio de Janeiro, vindo de Petrópolis, por cerca das quinze horas, dirigindo-se ao seu palácio. Nesta mesma hora, percorrendo as ruas da cidade, Benjamin Constant, futuramente considerado o Pai da República, o articulador, o republicano por excelência achava muito estranho tudo o que estava acontecendo. Encontrando com o jornalista republicano Anibal Falcão, incitou que ele imediatamente agitasse o povo, alegando que a República ainda não estava proclamada. Falcão juntou-se aos republicanos Pardal Mallet e Silva Jardim e se dirigiram a Câmara Municipal. Procuraram o vereador monarquista José do Patrocínio, até então detestado pelos republicanos, mas que neste dia ele fez a sua profissão de fé republicana, e na condição de vereador mais jovem convocou uma sessão da Câmara imediatamente. Os republicanos arregimentaram as pessoas que puderam e na Câmara foi referendada uma moção que Aníbal Falcão havia escrito. O povo reunido isto é, mais ou menos cerca de 100 pessoas ouviu a aprovação da Câmara a moção “ O povo reunido em massa na Câmara Municipal, fez a proclamação da República na forma lei ainda vigente, pelo vereador mais moço, após a revolução que aboliu a monarquia do Brasil, o governo republicano”. A moção ainda referia para quem de direito proclamasse a República de fato. Foi feito um abaixo assinado representando o povo do Rio de Janeiro. De posse deste documento, os manifestantes foram se postar em frente à casa de Deodoro. Deodoro, por estar se sentindo mal, foi representado por Benjamin Constant (sempre ele), que da sacada do sobrado onde Deodoro morava afirmou ao grupo que um Governo Provisório convocaria uma Assembléia Constituinte para que a nação pudesse deliberar definitivamente a respeito de uma nova forma de governo. Esta vacilação de Constant talvez se devesse ao fato dele ser um homem pacifista, positivista de longa data e possivelmente não quisesse que o Exército tivesse um papel tão importante na administração de um novo regime, preferindo que uma Constituinte decidisse sobre como seria um novo regime. Entretanto, graças às atitudes de tomadas a seguir por D.Pedro II e pelo visconde Ouro Preto, o regime escolhido acabou mesmo sendo a República. D.Pedro chegando ao Rio logo que se instalou no seu palácio aceitou com relutância a demissão de Ouro Preto e concordou com nome indicado para substitui-lo, o senador Gaspar Silveira Martins( maçom, grau 33 Ex-Grão-Mestre do Grande Oriente do Passeio). O senador gaúcho estava fora do Rio, só chegaria no dia 17. Isto tornaria mais caótica ainda a situação, pois o país estava em plena vigência uma revolução, e alem do mais, o senador Gaspar era inimigo antigo e declarado de Deodoro. Detestavam-se, simplesmente. Já era quase noite, quando Deodoro ficou sabendo que o senador Gaspar tinha sido indicado para a vaga de Ouro Preto. Esta foi a gota d‟água para a decisão final de Deodoro. Não se tem provas cabais que o senador tenha sido realmente indicado para chefiar o Gabinete por indicação do Imperador. Há uma outra versão, a qual talvez seja a mais provável que tenha acontecido, como sendo uma estratégia de Benjamin Constant, que quando percebeu a hesitação de Deodoro, inclusive podendo pôr tudo a perder, teria usado o nome do senador Gaspar Martins como provável futuro chefe de Gabinete, fato este que Deodoro jamais toleraria. Eram inimigos há muito tempo. D.Pedro II foi persuadido a nomear outro político, o maçom e Conselheiro José Antônio Saraiva. Saraiva enviou através do capitão Roberto Trompowisky uma carta à Deodoro, porem este disse ao capitão: “Já é tarde, a República está feita e os principais culpados são o conde D‟Eu
  • 24. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 24/34 visconde de Ouro Preto. O último por perseguir os militares e o primeiro por consentir nesta perseguição”. Como vimos o prestígio, a liderança a confiabilidade num líder como todo o Exército teve em Deodoro, naquele dado momento de nossa História, foi o maior em todos os tempos que um líder já teve neste país. Ele proclamou a República na hora que achou melhor, porem poderia permitir a constituição de um novo Gabinete com continuidade da monarquia se assim ele o quisesse. Isto significa que naquele dia, naquela hora, ele tinha a liderança total de um povo nas suas mãos, fato este que desde então jamais foi registrado no Brasil. Liderança total. Mas não esqueçamos que Benjamin Constant, foi o maestro, foi o articulador o homem que cuidou de todos os detalhes, por menores que fossem, que ele cuidou de improviso de acertar todos os erros que seus companheiros cometeram de última hora, que ainda teve o vislumbre de achar que o Exército, deveria passar a parte política administrativa à civis, enfim foi o homem certo na hora certa, podendo os brasileiros com toda razão, chama-lo de o Pai da República. Sabendo que o soldado puro Deodoro era uma Pedra Bruta em matéria de política, sempre esteve ao seu lado para lapida-lo com conselhos e orientações e também para protege-lo. Agora com a anuência total de Deodoro em se instituir a República, Aristides Lobo, Francisco Glicério e Benjamin Constant se reuniram para instituir o governo republicano e preparar os primeiros decretos. O primeiro Gabinete do Governo Provisório foi constituído somente por republicanos maçons. No dia seguinte, ou seja dia 16, num sábado Deodoro ordenou que a Família Real fosse deportada e enviou o major Solon para comunica-los. O major Solon, ficou todo embaraçado com o peso da decisão dos revoltosos que levava ao ex-monarca, tratando-o de Vossa Excelência, Alteza, Majestade e ainda após dar-lhe a notícia, solicitou licença para se retirar. O maçom, grau 33, e coronel João Francisco da Costa, foi encarregado de vigiar e proteger a Família Real até que esta partisse para o exílio. E assim terminou o longo reinado de D.Pedro II, sem que seus barões, condes e viscondes, protegidos e toda aristocracia o preservassem ou defendessem. Ressalte-se que dentro desta aristocracia existiam muitos maçons sérios, que eram opositores aos maçons republicanos. O número dois está em realce, o famoso número dos contrários. Haviam pois, maçons republicanos e monarquistas. Está certo que foi um golpe militar, mas talvez o próprio povo foi conivente, pois não admitia que o maçom Conde D'Eu, apesar de príncipe consorte, seria o governante de fato, já que o Imperador velho e doente, com uma diabetes progressiva, não teria muito tempo de vida. Mas o Império caiu porque, em realidade, o país estava antiquado e exaurido economicamente e já não tinha condições de oferecer uma perspectiva melhor, especialmente no sentido de aumentar a liberdade e o direito dos cidadãos. Foi a última monarquia da América do Sul a ruir. Entretanto, ressalte-se que alguns bons amigos da Família Real, como o Barão e a Baronesa de Loreto, seu médico particular, o Conde Mota Maia, o Barão e a Baronesa de Muritiba alem do engenheiro abolicionista André Rebouças o acompanharam espontaneamente na viagem pelo vapor “Alagoas” para a Europa sem que tivessem sido presos ou deportados. Foi triste o acaso do monarca. Talvez, D.Pedro II merecesse melhor sorte. E o povo que tanto o amava, facilmente o esqueceu. Tivemos um paranaense participando ativamente dos eventos da Proclamação da República. Ele talvez foi o maior militar por seus feitos, que o Paraná já teve na sua História. Não só pela participação na Proclamação da República em si, mas sim pela sua conduta como soldado e artilheiro na Revolução Federalista que ocorreria daí há 4 anos. Trata-se do então jovem José Cândido da Silva Muricy que um dia seria general e que estava cursando a Escola Superior de Guerra na Praia Vermelha no Rio de Janeiro como cadete por ocasião dos eventos da Proclamação da República.
  • 25. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 25/34 Republicano e de total confiança de seus superiores tomou parte em algumas reuniões onde foram detalhados os planos da derrubada da Monarquia e foi um dos elementos de ligação, que transmitia as ordens aos diversos corpos da guarnição e na Escola Militar. Ele foi um dos soldados que marcharam junto com a tropa para o Campo de Santana no dia 15/11. Incorporou-se à coluna do capitão Hermes da Fonseca (maçom), sobrinho de Deodoro, que lhe emprestou a espada e estava portando naquele momento uma clavina Comblain . Estas duas armas o acompanhariam por toda a sua vida, como recordação. Ele foi iniciado na Loja “Ganganelli” – Rio de Janeiro e teve posteriormente destacada atuação na maçonaria paranaense. BIBLIOGRAFIA Castellani, José “A Maçonaria e o Movimento Republicano Brasileiro” Traço Editora – São Paulo – 1989 Castellani, José “Os Maçons que fizeram a História do Brasil” Editora A Gazeta Maçônica – São Paulo- sem data Prober, Kurt “Achegas para a História da Maçonaria no Brasil” São Paulo, 1968 Kurt, Prober “Catálogos dos Selos Maçônicos Brasileiros” Paquetá –Rio de Janeiro, 1984 Machado,Manoel L. “Sangue e Bravura” (romance histórico) . Oficinas Gráficas da Penitenciária do Paraná – Curitiba, 1944 Martins, Romário “História do Paraná” Editora Rumo Limitada – Curitiba - 1939 Vernalha Milton Miró “Do Império à República” Editora Litero Técnica – Curitiba – 1989 Grande Enciclopédia Delta Larousse Dicionário-Histórico-Biográfico do Estado do Paraná Editora “Livraria do Chain” Banestado– Curitiba – 1991 Revista “A Trolha” nº 228 – Outubro 2005 – Artigo “Campos Salles, Um Maçom Ilustre” – Autor:Mario Name PRINCIPAIS MAÇONS REPUBLICANOS HISTÓRICOS QUE TIVERAM PARTICIPAÇÃO DIRETA NA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA Américo Brasiliensi de Almeida Melo ( Lojas “Amizade” e “América” - São . Paulo) Américo Brasilio de Campos ( Lojas “Amizade” e ”América” - São Paulo) Antonio da Silva Jardim ( Loja “América” - São Paulo) Aristides da Silva Lobo (não se sabe onde foi iniciado) Benjamin Constant de Marques Botelho( não se sabe onde foi iniciado) Bernardino José de Campos ( Lojas “Amizade” - São Paulo – “Trabalho” - . de Amparo e“ Independência ” – Campinas -SP Carlos de Campos(Loja “Trabalho” de Amparo – SP) Demétrio Ribeiro( não se sabe onde foi iniciado) Eduardo Wandelkolk ( Loja “Esperança” Rio de Janeiro -RJ)
  • 26. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 26/34 Fernando Prestes de Albuquerque ( Loja “Firmeza” - “Itapetininga” SP) Francisco Glicério de Cerqueira Leite( Lojas “Independência” - . . . . Campinas SP e “Piratininga” São Paulo . Francisco Quirino dos Santos ( não se sabe onde foi iniciado) Francisco Rangel Pestana ( Lojas “Amizade” e “América” - São Paulo) Hermes Rodrigues da Fonseca (Loja “Ganganelli” - Rio de Janeiro) João Tibiriçá Piratininga ( Loja “Beneficência Ituana” - Itú- SP) Joaquim Saldanha Marinho ( Grão-Mestre do Grande Oriente dos Beneditinos) Jorge Tibiriçá ( Loja “Amizade” - São Paulo) José Luiz Flaquer( Loja “América”- São Paulo) José Gomes Pinheiro Machado (Lojas “América”-São Paulo, “Harmonia . Cruzaltense” - Cruz Alta – RS, “Luz e Fraternidade” – . Santa Maria –RS e “Luz da Serra” – Santo Ângelo -RS José Maria Lisboa ( Loja “Amizade” - São Paulo) Julio Cesar Ferreira Mesquita ( Loja “Amizade” - São Paulo) Lauro Nina Sodré e Silva ( Loja “Harmonia” - Belem – PA.) Luiz Gama (Loja “América” - São Paulo) Manoel Ferraz de Campos Salles (Loja “Fraternidade Campineira” - . . Campinas SP. filiado à Loja . . . “Independência” – Campinas - SP . .fundador da Loja “Sete de Setembro” – São Paulo Manoel de Moraes Barros ( Loja “Beneficência Ituana”- Itú, SP e . . fundador da Loja “Piracicaba” – Piracicaba SP Martinico do Prado (Martinho Prado Jr.) ( Lojas “Amizade” e “América” -. São Paulo) Nilo Procopio Peçanha ( Loja “Ganganelli”- Rio de Janeiro) Pedro de Toledo (Lojas “Piratininga” e “Amizade” - São Paulo) Prudente José de Moraes Barros ( possivelmente iniciado na Loja “7 de . “Setembro pertenceu a Loja “Beneficência Ituana” - Itú e fundador da Loja “Piracicaba”-SP) . Quintino de Souza Ferreira Bocaiúva ( Loja “Amizade” - São Paulo Lojas . . “Segredo” e “Comércio” GOU Rio de Janeiro) Solon Sampaio Ribeiro, major( Loja “Amparo à Virtude”- Rio de Janeiro) Venâncio Aires ( Lojas “Firmeza” – Itapetininga –SP e “Luz da Serra”- . Santo Angelo RS.) Ubaldino do Amaral Fontoura- paranaense- ( Lojas “Perseverança III” e “Constância” – Sorocaba SP e “América” - São Paulo) Tivemos republicanos de última hora, ou últimos dias, como José Carlos do Patrocínio (Loja “União” e Tranqüilidade nº02 – Rio de Janeiro), Rui Barbosa( Loja “América” – São Paulo) Floriano Peixoto ( Loja “Perfeita Amizade”- Maceió- AL ) o próprio Marechal Deodoro da Fonseca (Loja “Rocha Negra” São Gabriel – RS e posteriormente Grão-Mestre do GOB). Estes foram envolvidos pelas contingências e o fizeram por livre e espontânea vontade e não como a maioria quase que absoluta dos monarquistas, inclusive maçons, que se tornaram republicanos por conveniência, de uma hora para outra engajando-se como puderam no novo regime, sempre tentando tirar proveito próprio.
  • 27. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 27/34 Lojas Aniversariantes da GLSC Data Nome Oriente 15/02 Pedreiros da Liberdade Florianópolis Lojas Aniversariantes do GOSC Data Nome Oriente 26.01.1983 Humânitas Joinville 11.02.1980 Toneza Cascaes Orleans 13.02.2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba 17.02.2000 Samuel Fonseca Florianópolis 21.02.1983 Lédio Martins São José 21.02.2006 Pedra Áurea do Vale Taió 22.02.1953 Justiça e Trabalho Blumenau Lojas Aniversariantes do GOB/SC Data Nome Oriente 25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema 06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes 11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão 29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
  • 28. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 28/34 CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia 27.01.14 20h30 Loja União e Fraternidade do Mercosul nr. 70 Templo da Loja Fraternidade Catarinense – SC-401 Florianópolis Palestra do Ir Luciano Pinheiro – Tema: “Maçonaria e Religião” 28.01.14 20h00 Loja Alvorada da Sabedoria – GOB/SC Templo Albergue Noturno – Florianópolis Palestra do Ir Edison Barsanti (Grande Secretário de Cultura do GOB-Brasília – Tema: “Os Segredos da Maçonaria Operativa” 10.02.14 20h30 Loja União e Fraternidade do Mercosul nr. 70 Templo da Loja fraternidade Catarinense – SC 401 Florianópolis Palestra do Ir Gilberto Goulart Tema: “A Independência dos Estados Unidos da América e a Revolução Francesa” 21.02.14 20h00 GLSC – GOB/SC – GOSC Templo da GLSC Campeche Florianópolis Abertura do Ano Maçônico pelas três Potências de Santa Catarina 24.02.14 20h30 Loja União e Fraternidade do Mercosul nr. 70 Templo da Loja Fraternidade Catarinense – SC 401 Florianópolis Palestra do Ir. Eleutério Nicolau da Conceição. Tema: “Som, Luz e Percepção” 05.03.14 20h00 2ª Inspetoria Litúrgica - SC Loja Padre Roma II, nr. 34 – Barreiros – São José Posse dos Presidentes dos Graus Filosóficos 09.03.14 16h00 Loja Solidariedade Içarense, nr. 73 Içara – SC Sessão Magna de Iniciação 14.03.14 09h00 Grande Loja Maçônica do Pará Belém Comemoração dos 185 anos do Supremo Conselho do Grau 33 do REAA da Maçonaria para a República Federativa do Brasil 20.03.14 20h00 Loja Arte Real Santamarense nr. 83 Santo Amaro da Imperatriz – SC Sagração do Templo 28.03.14 20h00 Loja Sol do Oriente nr. 107 (GLSC) Balneário Rincão – SC Sessão Magna de Instalação da Loja 30.03.14 11h00 VI Chuletão Templário Centro de Eventos da ACM – SC-401 – Florianópolis VI Chuletão Templário – Evento Filantrópico da Loja Templários da Nova Era nr. 91 26.07.14 CMSB – 2014 Belo Horizonte http://www.cmsb2014.com.br
  • 29. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 29/34 1) A Administração para 2014 V.'. M.'. - Ir.'. Emílio César Espíndola; 1o. Vig.'. - Ir.'. Gilberto Goulart; 2o. Vig.'. - Ir.'. Nilo Bairros de Brum. Sec.'./M.'. C.'. (Ad Hoc) - Ir.'. Mohamad Ghaleb Birani; Rádio Sintonia 33 & JB News. 24 horas com você. Música, Cultura e Informação o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal. jbf@floripa.com.br – jbnews@floripa.com.br – jb-news@floripa.com.br jbnews33@floripa.com.br – jbnews-33@floripa.com.br – jbnews33@gmail.com - jb news33@yahoo.com.br – info@jbnews33.com.br ARLSE.·. Fraternidade do Mercosul Nº 70 (GOSC) GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC/COMAB Loja Especial “União e Fraternidade do Mercosul” nº 70 RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO - FUNDADA EM 31/01/1998 Data das Sessões e as palestras/eventos programados: * 27.01.2014 - Palestra com o Ir.'. Luciano Pinheiro, com o tema "Maçonaria e Religião"; * 10.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Gilberto Goulart, com o tema "A Independência dos Estados Unidos da América e a Revolução Francesa"; * 24.02.2014 - Palestra com o Ir.'. Eleutério Nicolau da Conceição, com o tema “ Som, Luz e Percepção”
  • 30. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 30/34 O Venerável Mestre, da ARLS Alvorada da Sabedoria nr. 4285, de Florianópolis convida os Irmãos para a Palestra do Ir.’. Edison Barsanti, Grande Secretário Geral Adjunto de Educação e Cultura do GOB, Brasília e membro da Academia Campinense Maçônica de Letras, com o tema: “Os Segredos da Maçonaria Operativa”, com o título alternativo “Vesica Piscis. Catedrais: Maçons Operativos”. A sessão terá início às 20h do dia 28 de janeiro de 2014, terça feira, Sessão Inaugural do ano maçônico da Loja, no Templo Maçônico do Albergue Noturno, situado à Avenida Hercílio Luz, 506, ao lado do Instituto Estadual de Educação. Programação: 20:00 h: encontro no átrio do Templo; 20:15 h: início da sessão. Traje: maçônico, completo. Após a sessão, será oferecido um ágape. Ir. Marcos de Oliveira Venerável Mestre
  • 31. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 31/34
  • 32. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 32/34 Loja Maçônica Acácia RioGrandense - Rua Conde de Porto Alegre - Rio Grande - RS Possui frontão triangular, um dos aspectos característicos da arquitetura neoclássica religiosa ou civil, aparece ocupando toda a largura da fachada, apesar da exígua testada do terreno, incorpora aberturas em arco pleno e estatuária greco-romana em sua fachada além da estilização de colunas gregas.
  • 33. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 33/34 1 – Visitem em tela-cheia o endereço abaixo. Antes porém, leiam o e-mail que me foi enviado. http://www.youtube.com/watch?v=OpemglwS8XA 2 – O mais interessante da pegadinha é olhar para o rosto das pessoas. Autênticas "caras de tacho". http://www.youtube.com/watch_popup?feature=player_detailpage&v=fybch3DX8c8 3 – Esse deve ser difícil de pilotar... http://www.youtube.com/watch_popup?v=tzowQtqOM_I 4 - Belas músicas! Muito legal!!!!!!!!!!!BEM BOLADO!!!!!!! http://www.youtube.com/v/qNJ02rxaNrs 5 – Filme: Intocáveis – Dublado Sinopse: Considerado um fenômeno mundial, ´Intocáveis´ traz a história de um aristocrata que contrata um jovem para ser o seu cuidador após um acidente de parapente, o que o deixou tetraplégico. O que era para ser um período experimental, acaba virando uma grande aventura. Amizade, companheirismo e confiança são os elementos que transformam esse filme tocante e inesquecível. Áudio: Português http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-intocaveis-dublado-online.html
  • 34. JB News – Informativo nr. 1.238 Florianópolis (SC), quarta-feira 22 de janeiro de 2014. Pág. 34/34 A PRF divulgou esta foto, segundo o Jornal O Estado de Minas. Trata-se da apreensão de uma kombi em Juiz de Fora, com quatro vacas e um bezerro. Uai tchê!