SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 15
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Discentes: Ivson Cassiano
Tatiana Guinancio
Caio Filipe
2012
Disciplina: Imunologia e
imunoquímica
Docente: Maria Cristina
Definição
• A Doença Granulomatosa Crônica é uma doença
geneticamente determinada (hereditária), caracterizada por
uma incapacidade das células fagocitárias (também
denominadas fagócitos) em produzir peróxido de hidrogénio e
outros oxidantes necessários para eliminar certos
microrganismos.
• Estima-se que a incidência de DGC seja de aproximadamente 1
caso a cada 200.000-250.000 pessoas.
• Devido ao padrão de transmissão genética ligada ao X, 86% dos
casos são do sexo masculino
Pode ser herdada ou transmitida nas famílias.
 75% dos casos é herdada de forma recessiva ligada ao género
sexual (ou ligada ao X); ou seja, é transportada no cromossoma
“X”.
 transportadas em cromossomas que não o “X”, esta se dá
raramente.
“É importante saber o tipo de hereditariedade, para que as famílias
possam compreender a razão pela qual uma criança foi afetada, o
risco de outros filhos poderem ser afetados e as implicações para os
outros membros da família.”
PADRÃO HEREDITÁRIO
Fagócitos
• Os fagócitos são componentes celulares da imunidade inata ou
natural responsáveis pela primeira linha de defesa do organismo
contra infecções, eliminando os microrganismos invasores
(patógenos) através de um mecanismo efetor denominado
fagocitose.
Células fagocíticas
Fig.: Representação esquemática da morfologia das células fagocíticas. A – neutrófilo,
B- monócito, C - macrófago e D – macrófago ativado.
Papel dos fagócitos no sistema imune
A destruição de micróbios
destruição intracelular destruição extracelular
dependente de oxigênio independente de oxigênio
Destruição intracelular dependente de
oxigênio
Utiliza moléculas reativas contendo oxigênio, existindo dois tipos:
Os superóxidos também reagem com o peróxido de hidrogênio para produzir radicais
hidroxilo que ajuda na destruição do micróbio invasor.
Destruição extracelular
Fagócitos Doença Granulomatosa Crônica
 Podem migrar até o local da infecção
 Ingerir microorganismos
 Descarregar enzimas digestivas e outras
substâncias antimicrobianas
 Produção de anticorpos
 Células T
 Sistema de complemento
Mas não possuem o mecanismo enzimático para
produzir peróxido de hidrogênio e outros
oxidantes.
Defeitos genético-moleculares do sistema NADPH
oxidase.
A produção de superóxido pela cadeia de NADPH
oxidase está ausente ou bastante prejudicada.
Doença Granulomatosa Crónica
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
• Os microorganismos dependentes deste processo para sua
destruição são os principais responsáveis pelos sintomas.
Principais causadores:
• S. aureus, bactérias gram negativas e Aspergillus.
Sintomas:
• infecção cutânea ou óssea causada pela bactéria Serratia
marcescens.
• Pele
• Pulmões
• Gânglios Linfáticos
• Fígado
• Cérebro
Fig.: Radiografia frontal mostrando
espessamento pleural, elevação da
cupula diafragmática, aumento
vasobrônquico, pneumonia.
DIAGNÓSTICO
Fluorescência emitida pela
reação de radicais livres com uma
sonda (Dihidrorodamina)
colocada sobre pedaços de pele.
O Teste de Oxidação da Dihidrorodamina
Teste de nitroazul de tetrazólio (NBT)
O NBT é um teste visual, no qual
os fagócitos que produzem
oxidantes tornam-se azuis e são
classificados, manualmente,
usando um microscópico.
Tratamento
A base da terapêutica é o diagnóstico precoce da infecção e o uso
imediato de antibióticos adequados.
O antibiótico mais eficaz para prevenir a infecção bacteriana na DGC
é uma fórmula que combina trimetoprim e sulfametoxazol. Esta
profilaxia reduz a freqüência da infecção bacteriana em quase 70%.
O interferon gama, um produto natural do sistema imunitário, é
também usado para tratar doentes com DGC, para fortalecer o seu
sistema imunitário. Os doentes com DGC que são tratados com o
interferon gama têm apresentado 70% menos infecções e quando
ocorre uma infecção esta poderá ser menos grave.
Conclusão
• A qualidade de vida, para muitos doentes com Doença
Granulomatosa Crónica (DGC), tem melhorado bastante com os
conhecimentos sobre as anomalias das células fagocitárias e com
o reconhecimento da necessidade da terapêutica precoce e
agressiva com antibióticos, quando ocorrem infecções.
• Os intervalos sem manifestações de doenças aumentam pelo uso
de antibióticos profiláticos e com o tratamento através do
interferon gama.
• Mais uma vez, deve ser enfatizado que muitos doentes com a
DGC completam o ensino secundário, entram na universidade e
levam vidas, relativamente, normais.
• A terapia gênica ainda não é uma opção para curar a DGC.
Referências bibliográficas:
• Aspectos clínicos de pacientes sob suspeita
de defeito fagocitário. Carolina Prando-
Andrade1, Marcia Buzolin2, Jussara Rehder,
2005.
• DOENÇA GRANULOMATOSA CRÓNICA.
Graphic Project & Printing: TIP. ALA snc
(ITALY).
• Doença Granulomatosa Crônica da Infância —
Relato de um Caso. Joselina M. A. Cardieri,
Cleyde M. A. Nakaie, Tatiana Rozov, 1985.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacterianoMorfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
Pedro Filho
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a Parasitologia
Safia Naser
 
Cocos de interesse em patologia humana
Cocos de interesse em patologia humanaCocos de interesse em patologia humana
Cocos de interesse em patologia humana
naiellyrodrigues
 

Was ist angesagt? (20)

Criptococose pulmonar
Criptococose pulmonarCriptococose pulmonar
Criptococose pulmonar
 
2 aula oncologia fisiologia
2 aula oncologia fisiologia2 aula oncologia fisiologia
2 aula oncologia fisiologia
 
Apresentacão meningite
Apresentacão meningiteApresentacão meningite
Apresentacão meningite
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDFICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
ICSA17 - Resposta Imune a infecções PDF
 
Doença de Chagas
Doença de ChagasDoença de Chagas
Doença de Chagas
 
Neisseria gonorrhoeae
Neisseria gonorrhoeaeNeisseria gonorrhoeae
Neisseria gonorrhoeae
 
Leishmaniose visceral
Leishmaniose visceralLeishmaniose visceral
Leishmaniose visceral
 
Pneumonia
PneumoniaPneumonia
Pneumonia
 
Histoplasmose
HistoplasmoseHistoplasmose
Histoplasmose
 
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
Aula de Parasitologia do dia: 22.09.16
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacterianoMorfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
Morfologia, metabolismo, genética e crescimento bacteriano
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a Parasitologia
 
Cocos de interesse em patologia humana
Cocos de interesse em patologia humanaCocos de interesse em patologia humana
Cocos de interesse em patologia humana
 
Anemia Falciforme
Anemia FalciformeAnemia Falciforme
Anemia Falciforme
 
Leucemias
Leucemias Leucemias
Leucemias
 
Psoríase
PsoríasePsoríase
Psoríase
 
Caso clinico-tb-e-aids-1
Caso clinico-tb-e-aids-1Caso clinico-tb-e-aids-1
Caso clinico-tb-e-aids-1
 
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceralParasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
 
Prova microbiologia b1
Prova microbiologia b1Prova microbiologia b1
Prova microbiologia b1
 

Andere mochten auch

Patologia 04 inflamação crônica - med resumos - arlindo netto
Patologia 04   inflamação crônica - med resumos - arlindo nettoPatologia 04   inflamação crônica - med resumos - arlindo netto
Patologia 04 inflamação crônica - med resumos - arlindo netto
Jucie Vasconcelos
 
Doença granulomatosa cronica.ppt [recuperado]
Doença granulomatosa cronica.ppt [recuperado]Doença granulomatosa cronica.ppt [recuperado]
Doença granulomatosa cronica.ppt [recuperado]
Javier Rodriguez-Vera
 
Aula antihipertensivos
Aula  antihipertensivosAula  antihipertensivos
Aula antihipertensivos
Renato Santos
 
Crónica literária
Crónica literáriaCrónica literária
Crónica literária
1103sancho
 

Andere mochten auch (20)

Doença granulomatosa cronica
Doença granulomatosa cronicaDoença granulomatosa cronica
Doença granulomatosa cronica
 
Ap13 - Teste de atividades de neutrófilo
Ap13 - Teste de atividades de neutrófiloAp13 - Teste de atividades de neutrófilo
Ap13 - Teste de atividades de neutrófilo
 
Cicatrização de Feridas em Cirurgia
Cicatrização de Feridas em CirurgiaCicatrização de Feridas em Cirurgia
Cicatrização de Feridas em Cirurgia
 
Patologia 04 inflamação crônica - med resumos - arlindo netto
Patologia 04   inflamação crônica - med resumos - arlindo nettoPatologia 04   inflamação crônica - med resumos - arlindo netto
Patologia 04 inflamação crônica - med resumos - arlindo netto
 
Doenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdfDoenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdf
 
Doença granulomatosa cronica.ppt [recuperado]
Doença granulomatosa cronica.ppt [recuperado]Doença granulomatosa cronica.ppt [recuperado]
Doença granulomatosa cronica.ppt [recuperado]
 
Granuloma Piogênico
Granuloma PiogênicoGranuloma Piogênico
Granuloma Piogênico
 
Inflamación Crónica
Inflamación CrónicaInflamación Crónica
Inflamación Crónica
 
Seminário 03 Parte I: Mecanismos do Envelhecimento
Seminário 03 Parte I: Mecanismos do EnvelhecimentoSeminário 03 Parte I: Mecanismos do Envelhecimento
Seminário 03 Parte I: Mecanismos do Envelhecimento
 
Antigeno e Anticorpo
Antigeno e AnticorpoAntigeno e Anticorpo
Antigeno e Anticorpo
 
A crônica
A crônicaA crônica
A crônica
 
Aula de enterobius vermicularis
Aula de  enterobius vermicularisAula de  enterobius vermicularis
Aula de enterobius vermicularis
 
Chronic granulomatous inflammation
Chronic granulomatous inflammationChronic granulomatous inflammation
Chronic granulomatous inflammation
 
A crônica
A crônicaA crônica
A crônica
 
Cicatrização e reparo 2
Cicatrização e reparo 2Cicatrização e reparo 2
Cicatrização e reparo 2
 
CrôNicas
CrôNicasCrôNicas
CrôNicas
 
Processo de cicatrizacao
Processo de cicatrizacaoProcesso de cicatrizacao
Processo de cicatrizacao
 
Crônicas
CrônicasCrônicas
Crônicas
 
Aula antihipertensivos
Aula  antihipertensivosAula  antihipertensivos
Aula antihipertensivos
 
Crónica literária
Crónica literáriaCrónica literária
Crónica literária
 

Ähnlich wie Imunologia, dgc, Doença Granulomatosa Crônica

Imunodeficiências emc
Imunodeficiências emcImunodeficiências emc
Imunodeficiências emc
Cláudia Sofia
 
Apresentação SLIDES DE - Staphylococcus.pptx
Apresentação SLIDES DE - Staphylococcus.pptxApresentação SLIDES DE - Staphylococcus.pptx
Apresentação SLIDES DE - Staphylococcus.pptx
IngridEvelyn4
 

Ähnlich wie Imunologia, dgc, Doença Granulomatosa Crônica (20)

Imunodeficiência Combinada Grave
Imunodeficiência Combinada GraveImunodeficiência Combinada Grave
Imunodeficiência Combinada Grave
 
Imunodeficiências emc
Imunodeficiências emcImunodeficiências emc
Imunodeficiências emc
 
Septicemia
SepticemiaSepticemia
Septicemia
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologia
 
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruziResposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
Resposta Imunológica a Trypanosoma cruzi
 
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio RoqueAntibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
 
Hemoglobinopatias
HemoglobinopatiasHemoglobinopatias
Hemoglobinopatias
 
Virulencia amanda guimaraes
Virulencia amanda guimaraesVirulencia amanda guimaraes
Virulencia amanda guimaraes
 
Carcinogenese
CarcinogeneseCarcinogenese
Carcinogenese
 
Citomegalovirose neonatal
Citomegalovirose neonatalCitomegalovirose neonatal
Citomegalovirose neonatal
 
Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx
Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptxSeminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx
Seminário_ASE 17_ PROBLEMA 05_ TUTORIA OFICIAL.pptx
 
Apresentação SLIDES DE - Staphylococcus.pptx
Apresentação SLIDES DE - Staphylococcus.pptxApresentação SLIDES DE - Staphylococcus.pptx
Apresentação SLIDES DE - Staphylococcus.pptx
 
Semninário Febre Amarela
Semninário Febre AmarelaSemninário Febre Amarela
Semninário Febre Amarela
 
Sepse
SepseSepse
Sepse
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
 
Patologia renal-robbins
Patologia renal-robbinsPatologia renal-robbins
Patologia renal-robbins
 
Patogenia
PatogeniaPatogenia
Patogenia
 
Doenças microbianas-do-sistema-reprodutivo-ds ts
Doenças microbianas-do-sistema-reprodutivo-ds tsDoenças microbianas-do-sistema-reprodutivo-ds ts
Doenças microbianas-do-sistema-reprodutivo-ds ts
 
Vírus.pptx
Vírus.pptxVírus.pptx
Vírus.pptx
 

Mehr von Ivson Cassiano (10)

Analise da sequencia de nucleotideos e peptideos de oxacilinases em Acinetoba...
Analise da sequencia de nucleotideos e peptideos de oxacilinases em Acinetoba...Analise da sequencia de nucleotideos e peptideos de oxacilinases em Acinetoba...
Analise da sequencia de nucleotideos e peptideos de oxacilinases em Acinetoba...
 
Carbapenemase NDM em não-baumannii na China
Carbapenemase NDM em não-baumannii na ChinaCarbapenemase NDM em não-baumannii na China
Carbapenemase NDM em não-baumannii na China
 
Investigação epidemiológica
Investigação epidemiológica Investigação epidemiológica
Investigação epidemiológica
 
LIMPEZA E DESCONTAMINAÇÃO DE VIDRARIAS
LIMPEZA E DESCONTAMINAÇÃO DE VIDRARIASLIMPEZA E DESCONTAMINAÇÃO DE VIDRARIAS
LIMPEZA E DESCONTAMINAÇÃO DE VIDRARIAS
 
Abertura de empresa, registro de produtAbertura de empresa, registro de produ...
Abertura de empresa, registro de produtAbertura de empresa, registro de produ...Abertura de empresa, registro de produtAbertura de empresa, registro de produ...
Abertura de empresa, registro de produtAbertura de empresa, registro de produ...
 
Phage display
Phage displayPhage display
Phage display
 
Expressão heteróloga
Expressão heterólogaExpressão heteróloga
Expressão heteróloga
 
Alcaloides
AlcaloidesAlcaloides
Alcaloides
 
Alcoolismo e seu metabolismo
Alcoolismo e seu metabolismoAlcoolismo e seu metabolismo
Alcoolismo e seu metabolismo
 
Conceitos Basicos de Microgiologia
Conceitos Basicos de MicrogiologiaConceitos Basicos de Microgiologia
Conceitos Basicos de Microgiologia
 

Imunologia, dgc, Doença Granulomatosa Crônica

  • 1. Discentes: Ivson Cassiano Tatiana Guinancio Caio Filipe 2012 Disciplina: Imunologia e imunoquímica Docente: Maria Cristina
  • 2. Definição • A Doença Granulomatosa Crônica é uma doença geneticamente determinada (hereditária), caracterizada por uma incapacidade das células fagocitárias (também denominadas fagócitos) em produzir peróxido de hidrogénio e outros oxidantes necessários para eliminar certos microrganismos. • Estima-se que a incidência de DGC seja de aproximadamente 1 caso a cada 200.000-250.000 pessoas. • Devido ao padrão de transmissão genética ligada ao X, 86% dos casos são do sexo masculino
  • 3. Pode ser herdada ou transmitida nas famílias.  75% dos casos é herdada de forma recessiva ligada ao género sexual (ou ligada ao X); ou seja, é transportada no cromossoma “X”.  transportadas em cromossomas que não o “X”, esta se dá raramente. “É importante saber o tipo de hereditariedade, para que as famílias possam compreender a razão pela qual uma criança foi afetada, o risco de outros filhos poderem ser afetados e as implicações para os outros membros da família.” PADRÃO HEREDITÁRIO
  • 4. Fagócitos • Os fagócitos são componentes celulares da imunidade inata ou natural responsáveis pela primeira linha de defesa do organismo contra infecções, eliminando os microrganismos invasores (patógenos) através de um mecanismo efetor denominado fagocitose. Células fagocíticas Fig.: Representação esquemática da morfologia das células fagocíticas. A – neutrófilo, B- monócito, C - macrófago e D – macrófago ativado.
  • 5. Papel dos fagócitos no sistema imune A destruição de micróbios destruição intracelular destruição extracelular dependente de oxigênio independente de oxigênio
  • 6. Destruição intracelular dependente de oxigênio Utiliza moléculas reativas contendo oxigênio, existindo dois tipos: Os superóxidos também reagem com o peróxido de hidrogênio para produzir radicais hidroxilo que ajuda na destruição do micróbio invasor.
  • 8. Fagócitos Doença Granulomatosa Crônica  Podem migrar até o local da infecção  Ingerir microorganismos  Descarregar enzimas digestivas e outras substâncias antimicrobianas  Produção de anticorpos  Células T  Sistema de complemento Mas não possuem o mecanismo enzimático para produzir peróxido de hidrogênio e outros oxidantes.
  • 9. Defeitos genético-moleculares do sistema NADPH oxidase. A produção de superóxido pela cadeia de NADPH oxidase está ausente ou bastante prejudicada. Doença Granulomatosa Crónica
  • 10. APRESENTAÇÃO CLÍNICA • Os microorganismos dependentes deste processo para sua destruição são os principais responsáveis pelos sintomas. Principais causadores: • S. aureus, bactérias gram negativas e Aspergillus. Sintomas: • infecção cutânea ou óssea causada pela bactéria Serratia marcescens. • Pele • Pulmões • Gânglios Linfáticos • Fígado • Cérebro Fig.: Radiografia frontal mostrando espessamento pleural, elevação da cupula diafragmática, aumento vasobrônquico, pneumonia.
  • 11. DIAGNÓSTICO Fluorescência emitida pela reação de radicais livres com uma sonda (Dihidrorodamina) colocada sobre pedaços de pele. O Teste de Oxidação da Dihidrorodamina Teste de nitroazul de tetrazólio (NBT) O NBT é um teste visual, no qual os fagócitos que produzem oxidantes tornam-se azuis e são classificados, manualmente, usando um microscópico.
  • 12. Tratamento A base da terapêutica é o diagnóstico precoce da infecção e o uso imediato de antibióticos adequados. O antibiótico mais eficaz para prevenir a infecção bacteriana na DGC é uma fórmula que combina trimetoprim e sulfametoxazol. Esta profilaxia reduz a freqüência da infecção bacteriana em quase 70%. O interferon gama, um produto natural do sistema imunitário, é também usado para tratar doentes com DGC, para fortalecer o seu sistema imunitário. Os doentes com DGC que são tratados com o interferon gama têm apresentado 70% menos infecções e quando ocorre uma infecção esta poderá ser menos grave.
  • 13. Conclusão • A qualidade de vida, para muitos doentes com Doença Granulomatosa Crónica (DGC), tem melhorado bastante com os conhecimentos sobre as anomalias das células fagocitárias e com o reconhecimento da necessidade da terapêutica precoce e agressiva com antibióticos, quando ocorrem infecções. • Os intervalos sem manifestações de doenças aumentam pelo uso de antibióticos profiláticos e com o tratamento através do interferon gama. • Mais uma vez, deve ser enfatizado que muitos doentes com a DGC completam o ensino secundário, entram na universidade e levam vidas, relativamente, normais. • A terapia gênica ainda não é uma opção para curar a DGC.
  • 14.
  • 15. Referências bibliográficas: • Aspectos clínicos de pacientes sob suspeita de defeito fagocitário. Carolina Prando- Andrade1, Marcia Buzolin2, Jussara Rehder, 2005. • DOENÇA GRANULOMATOSA CRÓNICA. Graphic Project & Printing: TIP. ALA snc (ITALY). • Doença Granulomatosa Crônica da Infância — Relato de um Caso. Joselina M. A. Cardieri, Cleyde M. A. Nakaie, Tatiana Rozov, 1985.