2. CENTRO OBSTÉTRICO
• O centro obstétrico (CO) compreende-se um
ambiente fechado, que tem como missão
executar procedimentos obstétricos, com
assistência integral e qualificada, visando diminuir
os riscos materno-fetais.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS E
OPERACIONAIS
Padronizar acolhimento á gestante em trabalho de
parto.
Identificar/diagnosticar o risco gestacional para
identificação do nível de complexidade assistencial
requerido para esta gestante, com vistas á sua
admissão na própria unidade ou encaminhamento para
uma outra unidade de maior complexidade.
Sistematizar rotina de admissão de parturientes, com
elaboração de plano de cuidados, de acordo com a
necessidade.
Realizar avaliação clínico-obstétrica com diagnóstico do
trabalho de parto.
5. ATRIBUIÇÕES/COMPETÊNCIAS
Enfermeiro (a), acolher a cliente no pronto
atendimento, implementar a SAE no pré-parto,
parto e pós-parto, atuar junto à equipe
multiprofissional na assistência humanizada ao
trabalho de parto, parto normal, estimular
aleitamento materno exclusivo, avaliar sinais e
sintomas de anormalidades no puerpério e planejar
os cuidados domiciliares.
6. LEI N° 7.498 DE 25 DE JUNHO DE 1986
Dispõe sobre a regulamentação do exercício da
Enfermagem e dá outras providências.
Art. 8° ll (j) – Acompanhamento da evolução e do
trabalho de parto;
(i) – Execução e assistência obstétrica em situação de
emergência e execução de parto sem distocia;
Art. 9° - Às profissionais titulares de diploma ou
certificado de obstetriz ou de enfermeira obstétra, além
das atividades de que trata o artigo precedente,
imcumbe:
I – Prestação de assistência à parturiente e ao parto
normal;
ll – Identificação das distócias obstétricas e tomada de
providência até a chegada do médico;
lll – Realização de episiotomia e episiorrafia com
aplicação de anestesia local, quando necessária;
7.
8.
9. PARTO HUMANIZADO
Entre os vários sentidos do termo humanização,
para DINIZ e CHACHAM (2006), humanização do
parto no Brasil, é respeitar e promover os direitos da
parturiente e seu filho, baseando a assistência
prestada em evidências científicas concretas, e
garantindo segurança, eficácia e satisfação.
10. PARTO HUMANIZADO
O Brasil é conhecido pelo alto índice de partos
cesarianas, em sua maioria desnecessária em setor
privado, onde 30% das mulheres dão a luz. Já em
setor público, os outros 70%, mulheres de baixa
renda, em partos vaginais, 94,2% recebem
episiotomia, ou seja, quando não se corta por
cima, corta-se por baixo.
11. PARTO HUMANIZADO
A inserção do parto realizado pelo enfermeiro
obstetra oferece menor índice de intervenções
desnecessárias, dentre elas a episiotomia, pois
utiliza-se outros métodos, onde o corpo da mulher
é estimulado por seus instintos, repercutindo em um
pós parto mais saudável e humanizado. Com isso,
a mulher poderá ter maior autonomia no
autocuidado, primeiros cuidados com seu filho e
sua sexualidade.
12. PARTO HUMANIZADO
Uma das formas de se humanizar o processo de
parto é a permissão da participação do
acompanhante durante todo esse processo (pré-
parto, parto e pós-parto), sendo um facilitador no
combate à violência contra a parturiente.
BRUGGEMANNB et al., (2013) em seu estudo afirma
que o apoio da enfermagem é um aspecto
facilitador para a implementação dessa prática. A
não aceitação dos médicos e a área física
inadequada têm dificultado, mas não impediu a
sua efetivação.
13. REFERÊNCIAS
BRUGGEMANN, Odaléa Maria et al. A inserção do acompanhante de parto nos serviços públicos de saúde de Santa Catarina,
Brasil. Escola Anna Nery, Florianópolis, v. 17, n. 3, p.432-438, jul - set. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v17n3/1414-
8145-ean-17-03-0432.pdf>. Acesso em: 17 maio. 2015.
DINIZ, Carmen Simone Grilo; CHACHAM, Alessandra Sampaio. O “corte por cima” e o “corte por baixo”: o abuso de cesáreas e
episiotomias em São Paulo. Questões de Saúde Reprodutiva, São Paulo, v. 1, n. 1, p.80-91, 2006. Disponível em:
<http://www.mulheres.org.br/revistarhm/revista_rhm1/revista1/80-91.pdf>. Acesso em: 17 maio. 2015.
FIGUEIREDO, Giselle da Silva et al. Ocorrência de episiotomia em partos acompanhados por enfermeiros obstetras em ambiente
hospitalar. Revista Enfermagem Uerj, Rio de Janeiro, v. 19, n. 2, p.181-185, abr./jun. 2011. Disponível em:
<http://www.facenf.uerj.br/v19n2/v19n2a02.pdf>. Acesso em: 17 maio. 2015.
AGUIAR, Janaina Marques de; D’OLIVEIRA, Ana Flávia Pires Lucas; SCHRAIBER, Lilia Blima. Violência institucional, autoridade
médica e poder nas maternidades sob a ótica dos profissionais de saúde. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 11,
p.2287-2296, nov. 2013. Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/csp/v29n11/15.pdf>. Acesso em: 17 maio. 2015.
RATTNER, Daphne. Humanização na atenção a nascimentos e partos: breve referencial teórico. Interface: comunicação saúde
educação, Botucatu, v. 13, n. 1, p.595-602, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/icse/v13s1/a11v13s1.pdf>. Acesso em: 17
maio. 2015.
OLIVEIRA, Andressa Suelly Saturnino de; RODRIGUES, Dafne Paiva; GUEDES, Maria Vilaní Cavalcante. Percepção de puérperas
acerca do cuidado de Enfermagem durante o trabalho de parto e parto. Rev. Enferm. Uerj, Rio de Janeiro, v. 19, n. 2, p.249-254,
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MACHADO, Nilce Xavier de Souza; PRAÇA, Neide de Souza. Centro de parto normal e assistência obstétrica centrada nas
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Acesso em 19 Maio, 2015.