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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
BEATRIZ CAPUCHO, CAMILA LORENA, CARLOS EDUARDO,
ISABELA SANTOS, THEANDRA NAVES E THOMAZ PECEGO
WEB QUEST
O Vale Urbano e Moderno: “Vale das Fábricas”
Lorena – SP
2017
BEATRIZ CAPUCHO, CAMILA LORENA, CARLOS EDUARDO,
ISABELA SANTOS, THEANDRA NAVES E THOMAZ PECEGO
WEB QUEST
O Vale Urbano e Moderno: “Vale das Fábricas”
Trabalho apresentado à disciplina
História do Vale do Paraíba, do 6º
período do 3º ano do curso de
História, para avaliação parcial.
Lorena - SP
2017
Questões
1. Selecionem três textos sobre o assunto em foco e façam resumo e
comentários (artigos, estudos, resenhas e livros). Citem as fontes dos
textos.
Textos: Ricci, Fabio. Origens E Desenvolvimento Da Indústria Têxtil No Vale Do
Paraíba Paulista. Programa de Pós-Graduação em Administração e Núcleo de Pesquisas
Econômicas e Sociais da Universidade de Taubaté -PPGA/NUPES -UNITAU.
Ricci, Fabio. Um Século de Benefícios Fiscais: Políticas Públicas de Atração de
Investimentos e Desenvolvimento Dependente no Vale do Paraíba Paulista. Revista
Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 3, n. 4 (número especial), p. 140-149,
nov/2007, Taubaté, SP, Brasil.
VIEIRA, Edson Trajano; SANTOS, Moacir José dos. Industrialização e Desenvolvimento
regional: Política do CODIVAP no Vale do Paraíba na década de 1970. Revista eletrônica
do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado,
Santa Catarina, Edição nº 2. Novembro de 2012.
Os três artigos lidos elucidam acerca do desenvolvimento da indústria no Vale do Paraíba
durante o século XX. Desde a evolução/decadência da produção cafeeira, passando pela
indústria têxtil nas primeiras décadas do século XX até a urbanização da década de 1970.
Em relação à produção cafeeira, podemos apontar a comparação entre a produção do Vale
paulista com o restante do estado de São Paulo. A economia cafeeira dava poderio financeiro
aos senhores do café que se atrelava ao poder político no Brasil – a produção de café no Vale
era praticamente a produção cafeeira do país inteiro – o que influenciava diretamente os
rumos da economia nacional.
Tal produção, porém, não era homogênea o que desequilibrava a economia e contribuía para a
decadência em municípios menos abastados, fator que logo desencadeou para a decadência
geral, levando o Vale a buscar outros recursos.
Com o passar do tempo e o fim da Primeira Guerra Mundial, e a Revolução de 30, os
industriais passaram a ocupar o espaço antes atribuído aos senhores do café. Assim sendo, a
indústria têxtil no Vale do Paraíba cresceu significativamente resultando na soma ponderável
na produção nacional. E mais uma vez a elite econômica ditava as regras políticas e sociais da
região.
Para finalizar, podemos apontar a crescente urbanização do Vale na década de 70. Dentre o
Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba (CODIVAP) e as políticas de
desenvolvimento regional, as discrepâncias no desenvolvimento de cada cidade, conforme
citado acima, não diminuíram e o Vale Paulista continuou sendo palco da ânsia industrial e
política da elite econômica, disposta ao lucro.
2. Relacionem imagens (3) e vídeos (3) sobre o assunto proposto com
indicação e comentário crítico sobre o conteúdo.
Imagens:
(Fábrica de Laticínios em Guaratinguetá, início do século XX.)
(FNV – Fábrica Nacional de Vagões e Ônibus de Cruzeiro em 1943.)
(Companhia Taubaté Industrial – indústria têxtil – criada em 1891.)
Vídeos:
Cerâmica Artística Luso Brasil (Cachoeira Paulista):
https://www.youtube.com/watch?v=3qTpIHQ7RFI
Taubaté em 1950:
https://www.youtube.com/watch?v=EOup0MtTyic
São José dos Campos - A Capital do Vale:
https://www.youtube.com/watch?v=xapiGlPxKW0
Comentário:
O vale do paraíba todo é habitualmente conexo ao período monárquico do Brasil e quando o
período republicano tem início, foi necessário muito esforço para que se criasse uma
mitologia republicana que viesse a descontruir a mitologia monárquica.
A carência de recursos fez com que nos anos 50 e 60, a dinâmica econômica se oprimisse,
então não houve a passagem das estruturas “antigas” pelas estruturas modernas, o que faz
com que o Vale do Paraíba seja “clássico” até hoje em dia. O “atraso” dessas cidades ainda
colabora para que haja a preservação da arquitetura do café.
A industrialização do Vale do Paraíba começou no fim do século XIX, quando o Vale
percebeu a necessidade de não investir apenas em café que já não estava mais gerando
tanto lucro como antes, e investir na indústria. As indústrias vale paraibanas do início do
século XX se limitavam em fábricas de produção têxtil, alimentícia e de cerâmica. Por isso a
escolha do vídeo da pequena fábrica de cerâmica de Cachoeira Paulista, que evidencia não
só a produção industrial como também a vinda dos imigrantes para o Brasil para trabalhar
nessas indústrias.
A escolha dos outros dois vídeos foi dada pelo seguinte motivo: quis evidenciar a
importância das capitais do Vale, antigamente Taubaté e atualmente São José dos Campos.
Que se enquadram na segunda fase da industrialização do Vale, que vai até mais ou menos
1945, fase essa que foi marcada por fábricas da fase precedente e de mudança mineral,
além de produtos bélicos.
3. Apresentem as dúvidas e questionamentos “caixa de minhocas”.
4. Caracterize: patrimônio cultural e região metropolitana.
 Patrimônio Cultural:
A palavra patrimônio vem do latim pater, que significa pai e tem origem no latim, patrimônio
então, é o que o pai deixa para o seu filho, portanto a palavra patrimônio passou a ser
usada quando nos referimos aos bens ou riquezas de uma pessoa, de uma família, de uma
empresa.
Património cultural nada mais é que o conjunto de todos os bens, cultos, manifestações
populares, tradições tanto materiais quanto imateriais. Quando tais bens e tradições são
reconhecidos de acordo com sua importância histórica e cultural, e sua ancestralidade, ela
passa a ter um valor único e uma grande representatividade simbólica para a sua região.
Os patrimônios culturais podem ser classificados como material, - sendo que este consiste
no conjunto de bens culturais móveis e imóveis existentes no país, cuja conservação seja
de interesse público, seja por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, ou
por seu enorme valor arqueológica, etnográfica, bibliográfica ou artística – e imaterial,
sendo este definido pela UNESCO como as práticas, representações, expressões,
conhecimentos e técnicas que as comunidades, grupos ou indivíduos, reconhecem como
parte integrante de seu patrimônio cultural.
Patrimônio é tudo o que criamos,valorizamos e queremos preservar: são os
monumentos e obras de arte, e também as festas, músicas e danças, os
folguedos e as comidas, os saberes, fazeres e falares. Tudo enfim que
produzimos com as mãos,as ideias e a fantasia.(LONDRES, Cecília. 2003)]
Portanto, o patrimônio cultural é de suma importância para a preservação histórica e social
das culturas que nos cercam.
 Região Metropolitana
Região metropolitana é o conjunto de diferentes municípios próximos e interligados,
sendo estas normalmente construídas ao redor de uma metrópole.
As regiões metropolitanas são formadas através de um fenômeno chamado de
conurbação, que consiste quando as cidades mais próximas começam a crescer até
que por fim acabam por se unirem uma às outras, criando a impressão de constante
continuidade.
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 determina que sejam os governos estaduais
os responsáveis por estipular regiões metropolitanas de seus respectivos estados, pois
assim, os governos ganham certa autonomia para planejar e aplicar projetos de
infraestrutura e integração dos interesses públicos coletivos.
5. O movimento de 1932 no Vale do Paraíba: análise e perspectiva
histórica.
O vale do paraíba desde o início da revolução constitucionalista de 1932 era tido como um
grande ponto estratégico, tanto para os paulistas como para as tropas federais, pois ele é
em si um eixo de ligação entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro,
sendo palco de várias batalhas da revolução. Os paulistas tinham uma estratégia para
vitória partindo do vale do paraíba, planejavam uma rápida conquista da cidade de Resende
e com o apoio dos mineiros marchar em direção à cidade do Rio de Janeiro, entretanto com
a falta de apoio de Minas Gerais e a demora para se moverem em direção à Resende
acabou afundando a estratégia paulista.
Os paulistas então começaram a cavar trincheiras e iniciar batalhas estacionárias, que se
tornaram comuns no vale, entretanto as linhas paulistas ainda que com soldados
incendiados de civismo, devido as constantes propagandas promovidas por São Paulo para
levar o povo as armas, demonstravam fragilidade com uma grande falta de armamentos e
soldados despreparados para os conflitos, dá-se ai a utilização da “matraca” do lado
paulista, um dispositivo que simulava tiros de metralhadora numa tentativa de suprir a
inferioridade bélica perante as tropas federais.
Diversas batalhas assolaram as cidades do vale, em Cunha os paulistas lutam em
trincheiras tentando forçar as tropas de Getúlio a regressarem para Paraty, algumas outras
cidades como Cachoeira Paulista e Queluz são bombardeadas, pelos aviões do exército e
um canhão da marinha acoplado em um vagão de trem respectivamente. Mas a mais
notável batalha da revolução e também mais sangrenta se deu em Cruzeiro, no Túnel da
Mantiqueira entre tropas paulistas de Cruzeiro e mineiros que vinham de Passa Quatro, os
paulistas defenderam sua posição e as tropas getulistas só conseguiram tomar posse do
túnel na recuada dos paulistas para Guaratinguetá.
Em suma, o vale do paraíba representou um forte ponto estratégico do movimento de 32 e
também uma das principais frentes da revolução, sendo algo lembrado até os dias atuais,
como a cidade de Cruzeiro que é considerada como capital da revolução constitucionalista
de 32, onde ocorreu a maior batalha do conflito vitimando centenas de soldados no Túnel
da Mantiqueira e onde na escola Arnolfo de Azevedo foi assinado o armistício de rendição
de São Paulo. O vale do paraíba representa parte fundamental do movimento de 32 e não
pode ser ignorado ao analisar o conflito.
6. Relacione: indústria, urbanização e modernidade no Vale do Paraíba.
Na década de 1950, a região industrializou-se rapidamente. Nesta época destacou-se, no
lado paulista, a criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, a consequente instalação
da indústria aeronáutica com a EMBRAER, o maior complexo aeroespacial da América
Latina, além das montadoras Volkswagen, Ford e de eletrônico LG.
No lado fluminense, destaque para Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes),
as montadoras PSA Peugeot Citroën, Volkswagen Caminhões e Ônibus (a maior fábrica de
caminhões do Brasil), Guardiã do Brasil, Votorantim (Siderúrgica Barra Mansa), as
Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Michelin, White Martins, a Indústria Nacional de Aços
Laminados (INAL), a Companhia Estanífera Brasileira (CESBRA) e da S/A Tubonal
(fabricante de tubos de aço), Saint-Gobain Canalização, entre outras. Há também
montadoras em construção na região, como a Chery em Jacareí, a Nissan em Resende, a
Land Rover e a Hyundai Heavy Industries, em Itatiaia.
A análise histórica das trajetórias de desenvolvimento regional é fundamental para a
compreensão dos desafios que perpassam a formulação das políticas de desenvolvimento
no Brasil. É necessário compreender que a preocupação contemporânea com a superação
das assimetrias sociais e econômicas, que singularizam as regiões brasileiras, não é
recente. A admissão da existência de uma trajetória histórica, dedicada à resolução dos
problemas que acompanham o desenvolvimento no Brasil, pode beneficiar, mediante
adoção de uma postura investigativa e crítica, a organização e a implantação de estratégias
regionais que considerem como as fragilidades relacionadas a cada território constituíram-
se. Essa postura não apenas evita a repetição dos erros do passado, como também
possibilita a compreensão de que o alcance do desenvolvimento não resulta somente da
formulação de diagnósticos e intervenções pautadas em premissas econômicas. No
presente trabalho, entende-se que o desenvolvimento resulta de ações políticas dedicadas
ao combate das carências econômicas e sociais. O enfretamento das desigualdades entre
as regiões brasileiras está no centro das discussões econômicas e políticas efetuadas no
Brasil nas últimas décadas. O escasso sucesso das medidas resultantes das ações
efetuadas com inspiração nesse debate alerta para a necessidade de avaliar a trajetória
histórica a ele relacionada. Somente a compreensão do processo político relacionado a
esse debate pode permitir avaliar historicamente as medidas adotadas e favorecer a
elaboração de ações mais assertivas quanto à superação das assimetrias inter-regionais e
intra-regionais. A necessidade acima descrita estimulou a elaboração deste artigo pautado
em uma pesquisa sobre a formulação de uma política de desenvolvimento regional
dedicada ao Vale do Paraíba Paulista, com o intuito de estabelecer parâmetros adequados
à trajetória histórica do planejamento relativo à região. Evidentemente, os resultados
pertinentes ao Vale do Paraíba Paulista não são extensíveis às demais regiões brasileiras,
devido às particularidades regionais. Porém, a detecção e a avaliação de um debate
realizado na década de 1970 sobre como reduzir a ampliação da desigualdade regional, em
virtude da concentração de renda e emprego em algumas cidades com significativa
atividade industrial, cujo correspondente foi o empobrecimento da maioria dos municípios
do Vale do Paraíba paulista, demonstram como o simples diagnóstico sem ações políticas
contundentes torna o planejamento do desenvolvimento ineficiente. A metodologia que
subsidiou o presente artigo pauta-se na análise do relatório “Caracterização e avaliação dos
conhecimentos existentes sobre a região do Vale do Paraíba: diagnósticos e resultados”,
produzido pelo Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba (CODIVAP). A
escolha dessa documentação está fundamentada na investigação da elaboração das
políticas de desenvolvimento regional para o Vale do Paraíba Paulista durante a década de
1970. Esse momento histórico foi decisivo para a conformação econômica e social que a
região adquiriu. Compreender como o desenvolvimento regional foi percebido, conceituado,
problematizado e planejado possibilita pensá-lo sob duas perspectivas complementares. A
primeira é a histórica, cuja efetivação permitiu compreender como os agentes sociais,
particularmente os gestores municipais, avaliavam as transformações do vale do Paraíba. A
segunda é a efetivação do desenvolvimento e suas contradições correlacionadas à
dinâmica do capitalismo brasileiro e sua inserção na divisão internacional do trabalho. O
presente artigo tem como pressuposto que as alterações experimentadas no Vale do
Paraíba Paulista estavam articuladas à expansão do capitalismo brasileiro e suas
contradições para o interior do estado de São Paulo. Os dados coletados com o exame da
documentação foram cotejados com informações coletadas em outras bases de dados.
Para a apresentação do debate concernente ao desenvolvimento do Vale do Paraíba
Paulista, o artigo foi estruturado em duas partes, além da presente introdução e as
considerações finais. Na primeira parte foi realizada a apresentação da história do processo
de industrialização do Vale do Paraíba Paulista, com destaque para os fatores
determinantes para a concentração espacial da produção do setor industrial, ampliando a
desigualdade econômica regional. Na segunda, foram destacadas as diretrizes de políticas
de desenvolvimento regional estabelecida a partir da formação do CODIVAP (Consórcio de
Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba e Litoral Norte). Procedeu-se à descrição e
avaliação dessas propostas políticas de desenvolvimento regional, com destaque para sua
dimensão diagnóstica acerca das contradições sociais e econômicas regionais. Destarte, o
objetivo desta pesquisa foi investigar como a expansão econômica e urbana das cidades de
São José dos Campos, Taubaté, Jacareí e Guaratinguetá, baseada na industrialização,
produziu uma expressiva concentração de empregos e de renda nas cidades citadas,
estimulando a busca por mecanismos relacionados ao planejamento do desenvolvimento
regional. Para possibilitar o alcance do objetivo, procedeu-se ao exame dos documentos do
CODIVAP, organizado mediante a associação das prefeituras do Vale do Paraíba Paulista.
A avaliação do processo histórico de desenvolvimento regional, por meio do exame da
institucionalização de metas para planejar suas consequências, demonstrou a procura por
respostas para as contradições geradas com a industrialização e a urbanização,
principalmente, com o aumento das assimetrias sociais e econômicas entre as cidades com
maior desenvolvimento e as demais da região do Vale do Paraíba Paulista.
Urbanização no Vale do Paraíba
A Região Administrativa de São José dos Campos, no Estado de São Paulo, abrange a
porção paulista do Vale do Paraíba e litoral norte. Do período das primeiras sesmarias que
levaram aos primórdios da povoação ao período anterior ao acirramento da Industrialização
na região, vários núcleos urbanos surgiram. Atualmente esses municípios são organizados
em cinco Regiões de Governo: de Caraguatatuba (4 municípios), de Cruzeiro (8
municípios), de Guaratinguetá (9 municípios), de São José dos Campos (8 municípios) e de
Taubaté (10 municípios). Somam, portanto 39 municípios.
O início da urbanização desta região é das mais antigas e remonta ao período colonial,
sendo que a geomorfologia da região é determinante na formação da rede de cidades que
ali se formaram. Segundo aspectos geomorfológicos podemos classificar as cidades em
quatro grupos: Litoral de São Sebastião, alto Paraíba, Médio Paraíba e Planície Sedimentar
Terciária. Após a ocupação do litoral, o início do “ciclo do ouro” fez com que o Vale do
Paraíba se tornasse a principal área paulista de abastecimento das Minas Gerais. Sendo
cada vez mais condicionada pelas vias de circulação, as ligações entre as áreas
mineradoras e o litoral possibilitaram novas áreas de ocupação e povoamento. Floresceram
pequenos povoados em toda a região em estudo, tanto na faixa litorânea quanto no Vale, e
também nas áreas das serras do Mar e da Mantiqueira. Mas, na segunda metade do século
XVIII, o Vale do Paraíba perdia gradativamente o papel de abastecedora das Minas devido
aos seguintes fatores: transformações no sistema de caminhos, produção de insumos em
outras regiões do estado e o crescimento econômico e político do Rio de Janeiro. A região
do Vale do Paraíba e os portos do litoral norte do Estado de São Paulo apresentaram então
um decaimento no ritmo do crescimento urbano e um retorno à vida rural.
Nesse período o café surgiu como alternativa para dar continuidade ao desenvolvimento
econômico do Vale. Com a introdução do café, a região voltou a receber contingentes
populacionais e a vida urbana se dinamizou, embora por um breve período, antes das
plantações serem formadas no Oeste Paulista e o baricentro dessa economia se desviar
definitivamente em direção a outras regiões do estado.
O período de difusão da cafeicultura no Vale do Paraíba vai até 1836, para o vale médio, e
1854, para o vale superior […] O período de produção máxima corresponde a cinquenta
anos, entre 1836-1886, quando acelerada pela abolição da escravatura e correspondendo a
processo contínuo de cansaço das terras, tem início a fase de decadência. (MÜLLER, 1969,
p.29)
Com a decadência do café, no período final do século XIX até inicio do século XX, as
condições e aspectos da urbanização no Vale do Paraíba e Litoral Norte passam a ser
instáveis. Os núcleos urbanos do Médio Vale, que se desenvolveram ao longo do eixo de
ligação entre Rio de Janeiro e São Paulo e na margem do rio, se beneficiaram da
ampliação da Estrada de Ferro Central do Brasil, aliado aos capitais oriundos da produção
do café, que ficaram disponíveis desde então, favorecendo o desenvolvimento da atividade
industrial na região. Viu-se na população urbana, mão-de-obra barata e disponível, criando
novas possibilidades à industrialização, o que conduziu o Médio Vale a recuperação do
crescimento urbano.
Porém, as cidades localizadas fora do eixo principal, nas rotas transversais, que ligavam
Minas Gerais e ao Litoral Norte do Estado, onde se encontravam os antigos portos
(Ubatuba, Paraty, entre outros), tiveram seu ritmo de crescimento abalado pela decrescente
importância no cenário regional. Também ficaram estagnadas as cidades do Alto Vale,
decorrentes do deslocamento do eixo de circulação pelo traçado da E. F. Central do Brasil.
Diante da dinamização e concorrência dos portos do Rio de Janeiro e Santos, o litoral perde
sua importância regional.
Com a decadência na produção do café e a industrialização na economia regional (São
Paulo e Rio de Janeiro), vimos nas cidades da Região Administrativa de S. J. dos Campos
dois fenômenos: aqueles municípios localizados na Planície Sedimentar Terciária,
beneficiados pelo sistema férreo, desenvolveram atividades industriais, comerciais e
institucionais, ampliando a sua importância no contexto regional. As demais, por se
encontrarem mais distantes desse eixo e com menor acessibilidade, entraram em
estagnação, retomando uma agricultura para o abastecimento local. Esses pequenos
núcleos urbanos mantiveram a paisagem da cidade tradicional de economia rural com
policultura, tiveram seu patrimônio histórico preservado e mais recentemente se tornaram
locais de desenvolvimento do turismo.
As redes cidades da Região Administrativa de São José dos Campos encontram-se em
processo de urbanização distintos, alguns em amplo crescimento como o Município de São
José dos Campos, outros com seu patrimônio em risco, como o de São Luís do Paraitinga,
que teve seu núcleo primário destruído por inundação, durante o período de cheias que
atingiu estados como São Paulo e Rio de Janeiro, em 2010. Mas dados do período em
estudo já evidenciam essa distinção:
A desigualdade de distribuição dos núcleos urbanos pelas duas zonas corresponde em
flagrante desequilíbrio no índice de urbanização: enquanto o Médio Paraíba soma uma
população urbana de 330.273 habitantes, correspondendo a 95,8% do total regional, o Alto
Vale atinge apenas a 14.182 habitantes, ou 4,2% do total regional. (MÜLLER, 1969, p.3).
Assim, as considerações de evolução unitária e à correlação com o fenômeno em plano
regional evidenciam que o processo de urbanização foi contrastante nas regiões da área
Administrativa de São José dos Campos, durante o período de acirramento da
industrialização, e especialmente nas primeiras décadas do século XX, com a crise de
1930, faz com que no Brasil a economia urbano-industrial se torne o “principal fator de
crescimento do país” (LACERDA et al. 2003, p.68).
Dentre as cidades da Região administrativa que se destacaram no cenário industrial
nacional, somente São José dos Campos e Taubaté se posicionaram, sendo que algumas
outras cidades tiveram importância apenas regional.
O estudo buscará contemplar os fenômenos urbanos de expansão e estagnação na região,
no período em que algumas cidades perdem as feições de cidade agrária e assumem os
aspectos da cidade industrial, observando a nova rede de cidades que então se formou.
7. Qual o significado das comemorações de 12 de outubro próximo
passado em Aparecida?
A devoção a Nossa Senhora Aparecida teve início em 1717, quando dois pescadores
encontraram a imagem em suas redes, em Guaratinguetá, no rio Paraíba do Sul. Esta
devoção foi muito importante, pois o Brasil vivia uma época de transformações. O
domínio por parte dos portugueses e a escravidão eram os maiores problemas
enfrentados em nossas terras. Além disso, havia muita pressão por parte do império
sobre a Igreja, que se opunha ao modo como o país era governado, principalmente em
relação ao uso de escravos nos mais diversos trabalhos. Nesse contexto, a imagem
milagrosa da Virgem Maria despertou a fé daquele povo sofrido.
Nesse tempo de grandes transformações na política e na religião do Brasil, o povo
brasileiro, especialmente os afrodescendentes, os índios, e os mais pobres, sofriam
com a miséria, a exploração e a perseguição religiosa. Nesses tempos difíceis, foi a
devoção a Nossa Senhora Aparecida, e também outras devoções a Maria, que
sustentaram a fé desse povo, mas também dos mais ricos e poderosos. A própria
princesa Isabel era muito devota da Virgem Maria. A prova disso é que ela doou a
Nossa Senhora Aparecida, em 1884, uma coroa de ouro e um manto anil, bordado em
ouro e pedrarias, que simbolizam sua realeza da Mãe de Jesus.
Natalino Ueda é brasileiro, católico, formado em Filosofia e Teologia.
Os relatos de aparições da Santa, e os inúmeros milagres atribuídos a ela, foram e são
sem dúvida uma contribuição marcante a nossa história, tanto que a Santa é nossa
Padroeira atualmente e sua importância é relembrando no seu feriado.
8. No panorama do mundo pós-moderno quais as experiências individuais
e coletivas mais significativas observadas no contexto da nossa região
que apontam para novas transformações sociais?
Podemos ver nos estudos sobre o vale do Paraíba que ele teve uma fase de muita
importância na formação do nosso país, principalmente na parte cultural e religiosa na
época do café, com a chegada da industrialização o vale ganha uma nova fase importante e
o grande destaque foi a construção da nova Dutra, com isso o vale entra numa fase mais
moderna, porem ainda assim tem muitos traços do seu passado mesmo nós dias de hoje.

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  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO LICENCIATURA EM HISTÓRIA BEATRIZ CAPUCHO, CAMILA LORENA, CARLOS EDUARDO, ISABELA SANTOS, THEANDRA NAVES E THOMAZ PECEGO WEB QUEST O Vale Urbano e Moderno: “Vale das Fábricas” Lorena – SP 2017
  • 2. BEATRIZ CAPUCHO, CAMILA LORENA, CARLOS EDUARDO, ISABELA SANTOS, THEANDRA NAVES E THOMAZ PECEGO WEB QUEST O Vale Urbano e Moderno: “Vale das Fábricas” Trabalho apresentado à disciplina História do Vale do Paraíba, do 6º período do 3º ano do curso de História, para avaliação parcial. Lorena - SP 2017
  • 3. Questões 1. Selecionem três textos sobre o assunto em foco e façam resumo e comentários (artigos, estudos, resenhas e livros). Citem as fontes dos textos. Textos: Ricci, Fabio. Origens E Desenvolvimento Da Indústria Têxtil No Vale Do Paraíba Paulista. Programa de Pós-Graduação em Administração e Núcleo de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Taubaté -PPGA/NUPES -UNITAU. Ricci, Fabio. Um Século de Benefícios Fiscais: Políticas Públicas de Atração de Investimentos e Desenvolvimento Dependente no Vale do Paraíba Paulista. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 3, n. 4 (número especial), p. 140-149, nov/2007, Taubaté, SP, Brasil. VIEIRA, Edson Trajano; SANTOS, Moacir José dos. Industrialização e Desenvolvimento regional: Política do CODIVAP no Vale do Paraíba na década de 1970. Revista eletrônica do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade do Contestado, Santa Catarina, Edição nº 2. Novembro de 2012. Os três artigos lidos elucidam acerca do desenvolvimento da indústria no Vale do Paraíba durante o século XX. Desde a evolução/decadência da produção cafeeira, passando pela indústria têxtil nas primeiras décadas do século XX até a urbanização da década de 1970. Em relação à produção cafeeira, podemos apontar a comparação entre a produção do Vale paulista com o restante do estado de São Paulo. A economia cafeeira dava poderio financeiro aos senhores do café que se atrelava ao poder político no Brasil – a produção de café no Vale era praticamente a produção cafeeira do país inteiro – o que influenciava diretamente os rumos da economia nacional. Tal produção, porém, não era homogênea o que desequilibrava a economia e contribuía para a decadência em municípios menos abastados, fator que logo desencadeou para a decadência geral, levando o Vale a buscar outros recursos. Com o passar do tempo e o fim da Primeira Guerra Mundial, e a Revolução de 30, os industriais passaram a ocupar o espaço antes atribuído aos senhores do café. Assim sendo, a indústria têxtil no Vale do Paraíba cresceu significativamente resultando na soma ponderável na produção nacional. E mais uma vez a elite econômica ditava as regras políticas e sociais da região. Para finalizar, podemos apontar a crescente urbanização do Vale na década de 70. Dentre o Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba (CODIVAP) e as políticas de desenvolvimento regional, as discrepâncias no desenvolvimento de cada cidade, conforme citado acima, não diminuíram e o Vale Paulista continuou sendo palco da ânsia industrial e política da elite econômica, disposta ao lucro.
  • 4. 2. Relacionem imagens (3) e vídeos (3) sobre o assunto proposto com indicação e comentário crítico sobre o conteúdo. Imagens: (Fábrica de Laticínios em Guaratinguetá, início do século XX.) (FNV – Fábrica Nacional de Vagões e Ônibus de Cruzeiro em 1943.) (Companhia Taubaté Industrial – indústria têxtil – criada em 1891.)
  • 5. Vídeos: Cerâmica Artística Luso Brasil (Cachoeira Paulista): https://www.youtube.com/watch?v=3qTpIHQ7RFI Taubaté em 1950: https://www.youtube.com/watch?v=EOup0MtTyic São José dos Campos - A Capital do Vale: https://www.youtube.com/watch?v=xapiGlPxKW0 Comentário: O vale do paraíba todo é habitualmente conexo ao período monárquico do Brasil e quando o período republicano tem início, foi necessário muito esforço para que se criasse uma mitologia republicana que viesse a descontruir a mitologia monárquica. A carência de recursos fez com que nos anos 50 e 60, a dinâmica econômica se oprimisse, então não houve a passagem das estruturas “antigas” pelas estruturas modernas, o que faz com que o Vale do Paraíba seja “clássico” até hoje em dia. O “atraso” dessas cidades ainda colabora para que haja a preservação da arquitetura do café. A industrialização do Vale do Paraíba começou no fim do século XIX, quando o Vale percebeu a necessidade de não investir apenas em café que já não estava mais gerando tanto lucro como antes, e investir na indústria. As indústrias vale paraibanas do início do século XX se limitavam em fábricas de produção têxtil, alimentícia e de cerâmica. Por isso a escolha do vídeo da pequena fábrica de cerâmica de Cachoeira Paulista, que evidencia não só a produção industrial como também a vinda dos imigrantes para o Brasil para trabalhar nessas indústrias. A escolha dos outros dois vídeos foi dada pelo seguinte motivo: quis evidenciar a importância das capitais do Vale, antigamente Taubaté e atualmente São José dos Campos. Que se enquadram na segunda fase da industrialização do Vale, que vai até mais ou menos 1945, fase essa que foi marcada por fábricas da fase precedente e de mudança mineral, além de produtos bélicos.
  • 6. 3. Apresentem as dúvidas e questionamentos “caixa de minhocas”.
  • 7. 4. Caracterize: patrimônio cultural e região metropolitana.  Patrimônio Cultural: A palavra patrimônio vem do latim pater, que significa pai e tem origem no latim, patrimônio então, é o que o pai deixa para o seu filho, portanto a palavra patrimônio passou a ser usada quando nos referimos aos bens ou riquezas de uma pessoa, de uma família, de uma empresa. Património cultural nada mais é que o conjunto de todos os bens, cultos, manifestações populares, tradições tanto materiais quanto imateriais. Quando tais bens e tradições são reconhecidos de acordo com sua importância histórica e cultural, e sua ancestralidade, ela passa a ter um valor único e uma grande representatividade simbólica para a sua região. Os patrimônios culturais podem ser classificados como material, - sendo que este consiste no conjunto de bens culturais móveis e imóveis existentes no país, cuja conservação seja de interesse público, seja por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, ou por seu enorme valor arqueológica, etnográfica, bibliográfica ou artística – e imaterial, sendo este definido pela UNESCO como as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que as comunidades, grupos ou indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Patrimônio é tudo o que criamos,valorizamos e queremos preservar: são os monumentos e obras de arte, e também as festas, músicas e danças, os folguedos e as comidas, os saberes, fazeres e falares. Tudo enfim que produzimos com as mãos,as ideias e a fantasia.(LONDRES, Cecília. 2003)] Portanto, o patrimônio cultural é de suma importância para a preservação histórica e social das culturas que nos cercam.
  • 8.  Região Metropolitana Região metropolitana é o conjunto de diferentes municípios próximos e interligados, sendo estas normalmente construídas ao redor de uma metrópole. As regiões metropolitanas são formadas através de um fenômeno chamado de conurbação, que consiste quando as cidades mais próximas começam a crescer até que por fim acabam por se unirem uma às outras, criando a impressão de constante continuidade. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 determina que sejam os governos estaduais os responsáveis por estipular regiões metropolitanas de seus respectivos estados, pois assim, os governos ganham certa autonomia para planejar e aplicar projetos de infraestrutura e integração dos interesses públicos coletivos.
  • 9. 5. O movimento de 1932 no Vale do Paraíba: análise e perspectiva histórica. O vale do paraíba desde o início da revolução constitucionalista de 1932 era tido como um grande ponto estratégico, tanto para os paulistas como para as tropas federais, pois ele é em si um eixo de ligação entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo palco de várias batalhas da revolução. Os paulistas tinham uma estratégia para vitória partindo do vale do paraíba, planejavam uma rápida conquista da cidade de Resende e com o apoio dos mineiros marchar em direção à cidade do Rio de Janeiro, entretanto com a falta de apoio de Minas Gerais e a demora para se moverem em direção à Resende acabou afundando a estratégia paulista. Os paulistas então começaram a cavar trincheiras e iniciar batalhas estacionárias, que se tornaram comuns no vale, entretanto as linhas paulistas ainda que com soldados incendiados de civismo, devido as constantes propagandas promovidas por São Paulo para levar o povo as armas, demonstravam fragilidade com uma grande falta de armamentos e soldados despreparados para os conflitos, dá-se ai a utilização da “matraca” do lado paulista, um dispositivo que simulava tiros de metralhadora numa tentativa de suprir a inferioridade bélica perante as tropas federais. Diversas batalhas assolaram as cidades do vale, em Cunha os paulistas lutam em trincheiras tentando forçar as tropas de Getúlio a regressarem para Paraty, algumas outras cidades como Cachoeira Paulista e Queluz são bombardeadas, pelos aviões do exército e um canhão da marinha acoplado em um vagão de trem respectivamente. Mas a mais notável batalha da revolução e também mais sangrenta se deu em Cruzeiro, no Túnel da Mantiqueira entre tropas paulistas de Cruzeiro e mineiros que vinham de Passa Quatro, os paulistas defenderam sua posição e as tropas getulistas só conseguiram tomar posse do túnel na recuada dos paulistas para Guaratinguetá. Em suma, o vale do paraíba representou um forte ponto estratégico do movimento de 32 e também uma das principais frentes da revolução, sendo algo lembrado até os dias atuais, como a cidade de Cruzeiro que é considerada como capital da revolução constitucionalista de 32, onde ocorreu a maior batalha do conflito vitimando centenas de soldados no Túnel da Mantiqueira e onde na escola Arnolfo de Azevedo foi assinado o armistício de rendição de São Paulo. O vale do paraíba representa parte fundamental do movimento de 32 e não pode ser ignorado ao analisar o conflito.
  • 10. 6. Relacione: indústria, urbanização e modernidade no Vale do Paraíba. Na década de 1950, a região industrializou-se rapidamente. Nesta época destacou-se, no lado paulista, a criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, a consequente instalação da indústria aeronáutica com a EMBRAER, o maior complexo aeroespacial da América Latina, além das montadoras Volkswagen, Ford e de eletrônico LG. No lado fluminense, destaque para Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), as montadoras PSA Peugeot Citroën, Volkswagen Caminhões e Ônibus (a maior fábrica de caminhões do Brasil), Guardiã do Brasil, Votorantim (Siderúrgica Barra Mansa), as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Michelin, White Martins, a Indústria Nacional de Aços Laminados (INAL), a Companhia Estanífera Brasileira (CESBRA) e da S/A Tubonal (fabricante de tubos de aço), Saint-Gobain Canalização, entre outras. Há também montadoras em construção na região, como a Chery em Jacareí, a Nissan em Resende, a Land Rover e a Hyundai Heavy Industries, em Itatiaia. A análise histórica das trajetórias de desenvolvimento regional é fundamental para a compreensão dos desafios que perpassam a formulação das políticas de desenvolvimento no Brasil. É necessário compreender que a preocupação contemporânea com a superação das assimetrias sociais e econômicas, que singularizam as regiões brasileiras, não é recente. A admissão da existência de uma trajetória histórica, dedicada à resolução dos problemas que acompanham o desenvolvimento no Brasil, pode beneficiar, mediante adoção de uma postura investigativa e crítica, a organização e a implantação de estratégias regionais que considerem como as fragilidades relacionadas a cada território constituíram- se. Essa postura não apenas evita a repetição dos erros do passado, como também possibilita a compreensão de que o alcance do desenvolvimento não resulta somente da formulação de diagnósticos e intervenções pautadas em premissas econômicas. No presente trabalho, entende-se que o desenvolvimento resulta de ações políticas dedicadas ao combate das carências econômicas e sociais. O enfretamento das desigualdades entre as regiões brasileiras está no centro das discussões econômicas e políticas efetuadas no Brasil nas últimas décadas. O escasso sucesso das medidas resultantes das ações efetuadas com inspiração nesse debate alerta para a necessidade de avaliar a trajetória histórica a ele relacionada. Somente a compreensão do processo político relacionado a esse debate pode permitir avaliar historicamente as medidas adotadas e favorecer a elaboração de ações mais assertivas quanto à superação das assimetrias inter-regionais e intra-regionais. A necessidade acima descrita estimulou a elaboração deste artigo pautado em uma pesquisa sobre a formulação de uma política de desenvolvimento regional
  • 11. dedicada ao Vale do Paraíba Paulista, com o intuito de estabelecer parâmetros adequados à trajetória histórica do planejamento relativo à região. Evidentemente, os resultados pertinentes ao Vale do Paraíba Paulista não são extensíveis às demais regiões brasileiras, devido às particularidades regionais. Porém, a detecção e a avaliação de um debate realizado na década de 1970 sobre como reduzir a ampliação da desigualdade regional, em virtude da concentração de renda e emprego em algumas cidades com significativa atividade industrial, cujo correspondente foi o empobrecimento da maioria dos municípios do Vale do Paraíba paulista, demonstram como o simples diagnóstico sem ações políticas contundentes torna o planejamento do desenvolvimento ineficiente. A metodologia que subsidiou o presente artigo pauta-se na análise do relatório “Caracterização e avaliação dos conhecimentos existentes sobre a região do Vale do Paraíba: diagnósticos e resultados”, produzido pelo Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba (CODIVAP). A escolha dessa documentação está fundamentada na investigação da elaboração das políticas de desenvolvimento regional para o Vale do Paraíba Paulista durante a década de 1970. Esse momento histórico foi decisivo para a conformação econômica e social que a região adquiriu. Compreender como o desenvolvimento regional foi percebido, conceituado, problematizado e planejado possibilita pensá-lo sob duas perspectivas complementares. A primeira é a histórica, cuja efetivação permitiu compreender como os agentes sociais, particularmente os gestores municipais, avaliavam as transformações do vale do Paraíba. A segunda é a efetivação do desenvolvimento e suas contradições correlacionadas à dinâmica do capitalismo brasileiro e sua inserção na divisão internacional do trabalho. O presente artigo tem como pressuposto que as alterações experimentadas no Vale do Paraíba Paulista estavam articuladas à expansão do capitalismo brasileiro e suas contradições para o interior do estado de São Paulo. Os dados coletados com o exame da documentação foram cotejados com informações coletadas em outras bases de dados. Para a apresentação do debate concernente ao desenvolvimento do Vale do Paraíba Paulista, o artigo foi estruturado em duas partes, além da presente introdução e as considerações finais. Na primeira parte foi realizada a apresentação da história do processo de industrialização do Vale do Paraíba Paulista, com destaque para os fatores determinantes para a concentração espacial da produção do setor industrial, ampliando a desigualdade econômica regional. Na segunda, foram destacadas as diretrizes de políticas de desenvolvimento regional estabelecida a partir da formação do CODIVAP (Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba e Litoral Norte). Procedeu-se à descrição e avaliação dessas propostas políticas de desenvolvimento regional, com destaque para sua dimensão diagnóstica acerca das contradições sociais e econômicas regionais. Destarte, o objetivo desta pesquisa foi investigar como a expansão econômica e urbana das cidades de São José dos Campos, Taubaté, Jacareí e Guaratinguetá, baseada na industrialização,
  • 12. produziu uma expressiva concentração de empregos e de renda nas cidades citadas, estimulando a busca por mecanismos relacionados ao planejamento do desenvolvimento regional. Para possibilitar o alcance do objetivo, procedeu-se ao exame dos documentos do CODIVAP, organizado mediante a associação das prefeituras do Vale do Paraíba Paulista. A avaliação do processo histórico de desenvolvimento regional, por meio do exame da institucionalização de metas para planejar suas consequências, demonstrou a procura por respostas para as contradições geradas com a industrialização e a urbanização, principalmente, com o aumento das assimetrias sociais e econômicas entre as cidades com maior desenvolvimento e as demais da região do Vale do Paraíba Paulista. Urbanização no Vale do Paraíba A Região Administrativa de São José dos Campos, no Estado de São Paulo, abrange a porção paulista do Vale do Paraíba e litoral norte. Do período das primeiras sesmarias que levaram aos primórdios da povoação ao período anterior ao acirramento da Industrialização na região, vários núcleos urbanos surgiram. Atualmente esses municípios são organizados em cinco Regiões de Governo: de Caraguatatuba (4 municípios), de Cruzeiro (8 municípios), de Guaratinguetá (9 municípios), de São José dos Campos (8 municípios) e de Taubaté (10 municípios). Somam, portanto 39 municípios. O início da urbanização desta região é das mais antigas e remonta ao período colonial, sendo que a geomorfologia da região é determinante na formação da rede de cidades que ali se formaram. Segundo aspectos geomorfológicos podemos classificar as cidades em quatro grupos: Litoral de São Sebastião, alto Paraíba, Médio Paraíba e Planície Sedimentar Terciária. Após a ocupação do litoral, o início do “ciclo do ouro” fez com que o Vale do Paraíba se tornasse a principal área paulista de abastecimento das Minas Gerais. Sendo cada vez mais condicionada pelas vias de circulação, as ligações entre as áreas mineradoras e o litoral possibilitaram novas áreas de ocupação e povoamento. Floresceram pequenos povoados em toda a região em estudo, tanto na faixa litorânea quanto no Vale, e também nas áreas das serras do Mar e da Mantiqueira. Mas, na segunda metade do século XVIII, o Vale do Paraíba perdia gradativamente o papel de abastecedora das Minas devido aos seguintes fatores: transformações no sistema de caminhos, produção de insumos em outras regiões do estado e o crescimento econômico e político do Rio de Janeiro. A região do Vale do Paraíba e os portos do litoral norte do Estado de São Paulo apresentaram então um decaimento no ritmo do crescimento urbano e um retorno à vida rural. Nesse período o café surgiu como alternativa para dar continuidade ao desenvolvimento econômico do Vale. Com a introdução do café, a região voltou a receber contingentes populacionais e a vida urbana se dinamizou, embora por um breve período, antes das plantações serem formadas no Oeste Paulista e o baricentro dessa economia se desviar definitivamente em direção a outras regiões do estado.
  • 13. O período de difusão da cafeicultura no Vale do Paraíba vai até 1836, para o vale médio, e 1854, para o vale superior […] O período de produção máxima corresponde a cinquenta anos, entre 1836-1886, quando acelerada pela abolição da escravatura e correspondendo a processo contínuo de cansaço das terras, tem início a fase de decadência. (MÜLLER, 1969, p.29) Com a decadência do café, no período final do século XIX até inicio do século XX, as condições e aspectos da urbanização no Vale do Paraíba e Litoral Norte passam a ser instáveis. Os núcleos urbanos do Médio Vale, que se desenvolveram ao longo do eixo de ligação entre Rio de Janeiro e São Paulo e na margem do rio, se beneficiaram da ampliação da Estrada de Ferro Central do Brasil, aliado aos capitais oriundos da produção do café, que ficaram disponíveis desde então, favorecendo o desenvolvimento da atividade industrial na região. Viu-se na população urbana, mão-de-obra barata e disponível, criando novas possibilidades à industrialização, o que conduziu o Médio Vale a recuperação do crescimento urbano. Porém, as cidades localizadas fora do eixo principal, nas rotas transversais, que ligavam Minas Gerais e ao Litoral Norte do Estado, onde se encontravam os antigos portos (Ubatuba, Paraty, entre outros), tiveram seu ritmo de crescimento abalado pela decrescente importância no cenário regional. Também ficaram estagnadas as cidades do Alto Vale, decorrentes do deslocamento do eixo de circulação pelo traçado da E. F. Central do Brasil. Diante da dinamização e concorrência dos portos do Rio de Janeiro e Santos, o litoral perde sua importância regional. Com a decadência na produção do café e a industrialização na economia regional (São Paulo e Rio de Janeiro), vimos nas cidades da Região Administrativa de S. J. dos Campos dois fenômenos: aqueles municípios localizados na Planície Sedimentar Terciária, beneficiados pelo sistema férreo, desenvolveram atividades industriais, comerciais e institucionais, ampliando a sua importância no contexto regional. As demais, por se encontrarem mais distantes desse eixo e com menor acessibilidade, entraram em estagnação, retomando uma agricultura para o abastecimento local. Esses pequenos núcleos urbanos mantiveram a paisagem da cidade tradicional de economia rural com policultura, tiveram seu patrimônio histórico preservado e mais recentemente se tornaram locais de desenvolvimento do turismo. As redes cidades da Região Administrativa de São José dos Campos encontram-se em processo de urbanização distintos, alguns em amplo crescimento como o Município de São José dos Campos, outros com seu patrimônio em risco, como o de São Luís do Paraitinga, que teve seu núcleo primário destruído por inundação, durante o período de cheias que atingiu estados como São Paulo e Rio de Janeiro, em 2010. Mas dados do período em estudo já evidenciam essa distinção:
  • 14. A desigualdade de distribuição dos núcleos urbanos pelas duas zonas corresponde em flagrante desequilíbrio no índice de urbanização: enquanto o Médio Paraíba soma uma população urbana de 330.273 habitantes, correspondendo a 95,8% do total regional, o Alto Vale atinge apenas a 14.182 habitantes, ou 4,2% do total regional. (MÜLLER, 1969, p.3). Assim, as considerações de evolução unitária e à correlação com o fenômeno em plano regional evidenciam que o processo de urbanização foi contrastante nas regiões da área Administrativa de São José dos Campos, durante o período de acirramento da industrialização, e especialmente nas primeiras décadas do século XX, com a crise de 1930, faz com que no Brasil a economia urbano-industrial se torne o “principal fator de crescimento do país” (LACERDA et al. 2003, p.68). Dentre as cidades da Região administrativa que se destacaram no cenário industrial nacional, somente São José dos Campos e Taubaté se posicionaram, sendo que algumas outras cidades tiveram importância apenas regional. O estudo buscará contemplar os fenômenos urbanos de expansão e estagnação na região, no período em que algumas cidades perdem as feições de cidade agrária e assumem os aspectos da cidade industrial, observando a nova rede de cidades que então se formou.
  • 15. 7. Qual o significado das comemorações de 12 de outubro próximo passado em Aparecida? A devoção a Nossa Senhora Aparecida teve início em 1717, quando dois pescadores encontraram a imagem em suas redes, em Guaratinguetá, no rio Paraíba do Sul. Esta devoção foi muito importante, pois o Brasil vivia uma época de transformações. O domínio por parte dos portugueses e a escravidão eram os maiores problemas enfrentados em nossas terras. Além disso, havia muita pressão por parte do império sobre a Igreja, que se opunha ao modo como o país era governado, principalmente em relação ao uso de escravos nos mais diversos trabalhos. Nesse contexto, a imagem milagrosa da Virgem Maria despertou a fé daquele povo sofrido. Nesse tempo de grandes transformações na política e na religião do Brasil, o povo brasileiro, especialmente os afrodescendentes, os índios, e os mais pobres, sofriam com a miséria, a exploração e a perseguição religiosa. Nesses tempos difíceis, foi a devoção a Nossa Senhora Aparecida, e também outras devoções a Maria, que sustentaram a fé desse povo, mas também dos mais ricos e poderosos. A própria princesa Isabel era muito devota da Virgem Maria. A prova disso é que ela doou a Nossa Senhora Aparecida, em 1884, uma coroa de ouro e um manto anil, bordado em ouro e pedrarias, que simbolizam sua realeza da Mãe de Jesus. Natalino Ueda é brasileiro, católico, formado em Filosofia e Teologia. Os relatos de aparições da Santa, e os inúmeros milagres atribuídos a ela, foram e são sem dúvida uma contribuição marcante a nossa história, tanto que a Santa é nossa Padroeira atualmente e sua importância é relembrando no seu feriado.
  • 16. 8. No panorama do mundo pós-moderno quais as experiências individuais e coletivas mais significativas observadas no contexto da nossa região que apontam para novas transformações sociais? Podemos ver nos estudos sobre o vale do Paraíba que ele teve uma fase de muita importância na formação do nosso país, principalmente na parte cultural e religiosa na época do café, com a chegada da industrialização o vale ganha uma nova fase importante e o grande destaque foi a construção da nova Dutra, com isso o vale entra numa fase mais moderna, porem ainda assim tem muitos traços do seu passado mesmo nós dias de hoje.