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OBJETIVO
Visibilizar dados estatísticos que evidenciam desigualdades e, com isso, subsidiar
a elaboração de políticas públicas afirmativas para promover a igualdade
racial, de gênero e das condições sociais das populações residentes nas áreas
urbanas e rurais.
Abrangência: Brasil, 27 Unidades da Federação, 20 Regiões Metropolitanas, 111
municípios com mais de 228.000 habitantes (Palmas – TO).
Período: 2000 e 2010
PRIORIDADES DE AÇÃO
A iniciativa cumpre uma das principais recomendações das Nações Unidas (RDH
2016): produzir e analisar dados de maneira detalhada, desagregada, olhando
para a particularidade dos diferentes grupos para além das médias.
Está em consonância com os objetivos da Década Internacional de
Afrodescendentes e da nova Agenda 2030, e será essencial para que sejam
alcançados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
QUESTÕES METODOLÓGICAS
1. Demografia:
Estimativas de mortalidade e fecundidade são um desafio no Brasil:
• Cobertura incompleta registros civis;
• Erros de declaração de idade;
• Erros amostrais, etc;
• Reclassificação racial e registros de óbitos sem informação de cor.
Metodologias indiretas:
• Mortalidade por sexo e situação de domicílio: combinação de métodos demográficos indiretos
e estatístico
• Mortalidade por cor: método demográfico indireto
• Fecundidade por cor e situação de domicílio: método indireto modificado
QUESTÕES METODOLÓGICAS
2. Desagregação por cor:
A definição da pertença racial varia circunstancialmente, ou seja, a auto-atribuição de cor
pode mudar de um censo para o outro. Entre 2000 e 2010 houve um crescimento de 31% nas
autodeclarações da população preta.
Esta fluidez apresenta impactos nos indicadores, principalmente quando comparamos dados
em uma série histórica (2000 e 2010). Uma pessoa com boa renda e escolaridade que se
declara branca em 2000 e parda em 2010 leva com ela todas as características que antes
eram atribuídas à população branca. Assim, em 2010, a população negra (pretos e pardos)
terá melhores resultados gerais, mas não necessariamente relacionados com a melhora do
grupo que se autodeclarou negro em 2000.
QUESTÕES METODOLÓGICAS
Taxa de fecundidade total por cor e situação de domicílio, 2010
• Fecundidade constante é uma das condições enumeradas por Brass e Coale (1973)
para utilizar a técnica de estimação das taxas específicas de fecundidade a partir de
dados incompletos;
• Condição não é observada no Brasil desde a década de 1960:
o Queda generalizada em todas as idades;
• Significativa queda da fecundidade das jovens entre 15 e 19 anos no Brasil, na
década de 2000:
o Fortes implicações para as estimativas de 2010.
QUESTÕES METODOLÓGICAS
2. Desagregação por sexo:
As mulheres possuem melhores indicadores de longevidade e educação que os homens.
Considerando a renda domiciliar per capita, que assume uma distribuição igual de recursos
entre os membros do domicílio, a renda de homens e mulheres é igual.
Com essa metodologia, o IDHM das mulheres é superior ao dos homens. Mas os próprios
dados do Atlas mostram que o rendimento do trabalho das mulheres é muito inferior ao dos
homens.
Para destacar esse fato foi calculdado além do IDHM por sexo, o IDHM ajustado à renda do
trabalho de homens e mulheres.
QUESTÕES METODOLÓGICAS
IDHM por sexo
Pressuposto: entre as pessoas que vivem em um mesmo domicílio, não há desigualdade de renda,
que todas elas têm a mesma renda, independentemente do sexo e da idade.
IDHM por sexo ajustado
Ajuste considerando a desigualdade de rendimento do trabalho entre homens e mulheres adultos
QUESTÕES METODOLÓGICAS
IDHM Renda Ajustado:
• O pressuposto é que a parcela da renda total proveniente de outras fontes que não o trabalho
é distribuída igualmente entre homens e mulheres, ou seja, o ajuste é feito considerando
apenas a parcela da renda total cuja fonte é o rendimento do trabalho.
 Se não houver rendimento do trabalho, não há ajuste:
IDHM Renda por sexo ajustado = IDHM Renda por sexo
 Se toda renda provém do trabalho:
IDHM Renda por sexo ajustado = IDHM Renda por sexo x FATOR
QUESTÕES METODOLÓGICAS
4. Desagregação por situação de domicílio:
Tanto no Sistema de Informações sobre Mortalidade – Datasus (MS) como no Registro Civil
(IBGE), não há desagregação de dados para zonas urbanas e rurais para o ano 2000. Isso
impossibilita o cálculo da esperança de vida ao nascer, o que impede o cálculo do IDHM
para esse ano.
No caso dos municípios analisados, problemas na amostragem impossibilitaram a
desagregação dos dados para zonas rurais e urbanas.
PRINCIPAIS RESULTADOS: BRASIL
Os dados desagregados confirmam as disparidades sociais existentes entre os grupos e evidenciam melhores resultados
para brancos, homens e população urbana.
Somente em 2010 o IDHM dos negros se aproximou ao IDHM dos brancos observado para o ano 2000. Em outros termos,
o IDHM dos negros levou 10 anos para equiparar-se ao IDHM dos brancos.
Em 2010 a renda das mulheres apresentou disparidades marcantes: era 28% inferior à dos homens, mesmo obtendo níveis
educacionais mais elevados.
Entre o campo e a cidade, a desigualdade nos indicadores de renda também ganha destaque. A renda domiciliar per
capita média da população urbana é quase três vezes maior do que a da população rural.
Entretanto, também se observou uma redução das desigualdades como um todo e avanços em todos os indicadores do
IDHM desagregado para o período. A exemplo disso, a diferença entre o IDHM de negros e brancos reduziu-se pela
metade no período de 2000 a 2010. As UFs, RMs e municípios acompanham as tendências do Brasil.
PRINCIPAIS RESULTADOS: UNIDADES DA FEDERAÇÃO
Cor:
Em 2010, as maiores diferenças percentuais entre o IDHM da população branca e o IDHM da
população negra, foram observadas no Rio Grande do Sul (13,9%), Maranhão (13,9%) e Rio de
Janeiro (13,4%).
As menores diferenças percentuais entre os IDHMs de negros e brancos encontravam-se nos estados
de Amapá (8,2%), Rondônia (8,5%) e Sergipe (8,6%).
No Rio de Janeiro, a renda domiciliar per capita média da população branca é mais de duas vezes
maior do que a renda domiciliar per capita da população negra, R$1.445,90 ante R$667,30.
PRINCIPAIS RESULTADOS: UNIDADES DA FEDERAÇÃO
Sexo:
Em 2010, Alagoas apresentou a maior diferença entre mulheres e homens na esperança de vida
ao nascer, 74,3 ante 65,5.
Na renda média do trabalho, Santa Catarina apresentou a maior disparidade: as mulheres têm
renda 34,8% inferior à dos homens.
No Piauí, 46,5% de mulheres acima de 18 anos tinham o Ensino Fundamental Completo, ao passo
que apenas 36,8% dos homens chegaram a completar tal nível.
PRINCIPAIS RESULTADOS: UNIDADES DA FEDERAÇÃO
Situação de domicílio:
As maiores diferenças percentuais entre o IDHM da população urbana e o IDHM da população
rural, em 2010, foram observados no Amazonas, onde o IDHM rural era 47,5% inferior ao IDHM
urbano, seguido do Acre (40,3%) e Roraima (37%).
No Amazonas, a população rural apresentava renda domiciliar per capita média 4,5 vezes menor
do que a renda domiciliar per capita média urbana, R$141,80 ante R$644,50.
No Acre, o subíndice de frequência escolar da população rural era 41% inferior ao mesmo
subíndice da população urbana, 0,406 a 0,689.
PRINCIPAIS RESULTADOS: REGIÕES METROPOLITANAS
Cor:
As maiores diferenças percentuais entre o IDHM da população negra e o IDHM
da população branca nas RMs brasileiras, em 2010, foram observadas na RM de
Grande Vitória, onde o IDHM negro era 13,9% inferior ao IDHM branco, seguido
da RM de Salvador (13,8%) e RM de Curitiba (13,3%).
Na RM de Salvador, encontrava-se a maior diferença entre a renda domiciliar
per capita, em que a renda dos negros era quase três vezes inferior à dos
brancos: R$ 666,50 e R$ 1.826,30, respectivamente.
PRINCIPAIS RESULTADOS: REGIÕES METROPOLITANAS
Sexo:
Em 2010, na RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte, a renda média do trabalho
das mulheres era 35% inferior à renda média do trabalho dos homens,
respectivamente R$ 1.112,94 e R$1.711,69.
Na RM de Salvador, o índice que mede a frequência escolar das mulheres era
13% maior do que dos homens.
Na RM de Maceió, a diferença na esperança de vida entre mulheres (77,8) e
homens (67,3) era de 10,5 anos.
PRINCIPAIS RESULTADOS: REGIÕES METROPOLITANAS
Situação de Domicílio:
As maiores diferenças percentuais nas RMs brasileiras entre o IDHM da
população urbana e o IDHM da população rural, em 2010, foram observadas na
RM Manaus, onde o IDHM rural era 31,3% inferior ao IDHM urbano, seguido da
RM Natal (30,2%) e RM Recife (27,9%).
A maior diferença na renda domiciliar per capita foi observada na RM de Natal,
onde a renda urbana era 3,5 vezes maior que a rural: R$ 842,70 e R$ 242,40,
respectivamente.
PRINCIPAIS RESULTADOS: MUNICÍPIOS
PRINCIPAIS RESULTADOS: MUNICÍPIOS
Em 2010, as maiores diferenças percentuais na desagregação por cor foram
observadas em Porto Alegre (RS) e Feira de Santana (BA). Em Porto Alegre, o
IDHM da população negra foi 18,2% inferior ao IDHM da população branca. E
em Feira de Santana, o IDHM da mulher foi 9,3% inferior ao IDHM do homem.
Os rendimentos médios do trabalho variam de R$ 626,78 (Caucaia-CE) a R$
2.167,20 (Brasília-DF) para as mulheres, e de R$ 814,45 (Caucaia-CE) a R$
3.242,24 (Niterói-RJ) para os homens.
OBRIGADA(O)!
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Atlas de Desigualdades Sociais no Brasil

  • 1.
  • 2. OBJETIVO Visibilizar dados estatísticos que evidenciam desigualdades e, com isso, subsidiar a elaboração de políticas públicas afirmativas para promover a igualdade racial, de gênero e das condições sociais das populações residentes nas áreas urbanas e rurais. Abrangência: Brasil, 27 Unidades da Federação, 20 Regiões Metropolitanas, 111 municípios com mais de 228.000 habitantes (Palmas – TO). Período: 2000 e 2010
  • 3. PRIORIDADES DE AÇÃO A iniciativa cumpre uma das principais recomendações das Nações Unidas (RDH 2016): produzir e analisar dados de maneira detalhada, desagregada, olhando para a particularidade dos diferentes grupos para além das médias. Está em consonância com os objetivos da Década Internacional de Afrodescendentes e da nova Agenda 2030, e será essencial para que sejam alcançados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
  • 4. QUESTÕES METODOLÓGICAS 1. Demografia: Estimativas de mortalidade e fecundidade são um desafio no Brasil: • Cobertura incompleta registros civis; • Erros de declaração de idade; • Erros amostrais, etc; • Reclassificação racial e registros de óbitos sem informação de cor. Metodologias indiretas: • Mortalidade por sexo e situação de domicílio: combinação de métodos demográficos indiretos e estatístico • Mortalidade por cor: método demográfico indireto • Fecundidade por cor e situação de domicílio: método indireto modificado
  • 5. QUESTÕES METODOLÓGICAS 2. Desagregação por cor: A definição da pertença racial varia circunstancialmente, ou seja, a auto-atribuição de cor pode mudar de um censo para o outro. Entre 2000 e 2010 houve um crescimento de 31% nas autodeclarações da população preta. Esta fluidez apresenta impactos nos indicadores, principalmente quando comparamos dados em uma série histórica (2000 e 2010). Uma pessoa com boa renda e escolaridade que se declara branca em 2000 e parda em 2010 leva com ela todas as características que antes eram atribuídas à população branca. Assim, em 2010, a população negra (pretos e pardos) terá melhores resultados gerais, mas não necessariamente relacionados com a melhora do grupo que se autodeclarou negro em 2000.
  • 6. QUESTÕES METODOLÓGICAS Taxa de fecundidade total por cor e situação de domicílio, 2010 • Fecundidade constante é uma das condições enumeradas por Brass e Coale (1973) para utilizar a técnica de estimação das taxas específicas de fecundidade a partir de dados incompletos; • Condição não é observada no Brasil desde a década de 1960: o Queda generalizada em todas as idades; • Significativa queda da fecundidade das jovens entre 15 e 19 anos no Brasil, na década de 2000: o Fortes implicações para as estimativas de 2010.
  • 7. QUESTÕES METODOLÓGICAS 2. Desagregação por sexo: As mulheres possuem melhores indicadores de longevidade e educação que os homens. Considerando a renda domiciliar per capita, que assume uma distribuição igual de recursos entre os membros do domicílio, a renda de homens e mulheres é igual. Com essa metodologia, o IDHM das mulheres é superior ao dos homens. Mas os próprios dados do Atlas mostram que o rendimento do trabalho das mulheres é muito inferior ao dos homens. Para destacar esse fato foi calculdado além do IDHM por sexo, o IDHM ajustado à renda do trabalho de homens e mulheres.
  • 8. QUESTÕES METODOLÓGICAS IDHM por sexo Pressuposto: entre as pessoas que vivem em um mesmo domicílio, não há desigualdade de renda, que todas elas têm a mesma renda, independentemente do sexo e da idade. IDHM por sexo ajustado Ajuste considerando a desigualdade de rendimento do trabalho entre homens e mulheres adultos
  • 9. QUESTÕES METODOLÓGICAS IDHM Renda Ajustado: • O pressuposto é que a parcela da renda total proveniente de outras fontes que não o trabalho é distribuída igualmente entre homens e mulheres, ou seja, o ajuste é feito considerando apenas a parcela da renda total cuja fonte é o rendimento do trabalho.  Se não houver rendimento do trabalho, não há ajuste: IDHM Renda por sexo ajustado = IDHM Renda por sexo  Se toda renda provém do trabalho: IDHM Renda por sexo ajustado = IDHM Renda por sexo x FATOR
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  • 11. QUESTÕES METODOLÓGICAS 4. Desagregação por situação de domicílio: Tanto no Sistema de Informações sobre Mortalidade – Datasus (MS) como no Registro Civil (IBGE), não há desagregação de dados para zonas urbanas e rurais para o ano 2000. Isso impossibilita o cálculo da esperança de vida ao nascer, o que impede o cálculo do IDHM para esse ano. No caso dos municípios analisados, problemas na amostragem impossibilitaram a desagregação dos dados para zonas rurais e urbanas.
  • 12. PRINCIPAIS RESULTADOS: BRASIL Os dados desagregados confirmam as disparidades sociais existentes entre os grupos e evidenciam melhores resultados para brancos, homens e população urbana. Somente em 2010 o IDHM dos negros se aproximou ao IDHM dos brancos observado para o ano 2000. Em outros termos, o IDHM dos negros levou 10 anos para equiparar-se ao IDHM dos brancos. Em 2010 a renda das mulheres apresentou disparidades marcantes: era 28% inferior à dos homens, mesmo obtendo níveis educacionais mais elevados. Entre o campo e a cidade, a desigualdade nos indicadores de renda também ganha destaque. A renda domiciliar per capita média da população urbana é quase três vezes maior do que a da população rural. Entretanto, também se observou uma redução das desigualdades como um todo e avanços em todos os indicadores do IDHM desagregado para o período. A exemplo disso, a diferença entre o IDHM de negros e brancos reduziu-se pela metade no período de 2000 a 2010. As UFs, RMs e municípios acompanham as tendências do Brasil.
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  • 18. PRINCIPAIS RESULTADOS: UNIDADES DA FEDERAÇÃO Cor: Em 2010, as maiores diferenças percentuais entre o IDHM da população branca e o IDHM da população negra, foram observadas no Rio Grande do Sul (13,9%), Maranhão (13,9%) e Rio de Janeiro (13,4%). As menores diferenças percentuais entre os IDHMs de negros e brancos encontravam-se nos estados de Amapá (8,2%), Rondônia (8,5%) e Sergipe (8,6%). No Rio de Janeiro, a renda domiciliar per capita média da população branca é mais de duas vezes maior do que a renda domiciliar per capita da população negra, R$1.445,90 ante R$667,30.
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  • 20. PRINCIPAIS RESULTADOS: UNIDADES DA FEDERAÇÃO Sexo: Em 2010, Alagoas apresentou a maior diferença entre mulheres e homens na esperança de vida ao nascer, 74,3 ante 65,5. Na renda média do trabalho, Santa Catarina apresentou a maior disparidade: as mulheres têm renda 34,8% inferior à dos homens. No Piauí, 46,5% de mulheres acima de 18 anos tinham o Ensino Fundamental Completo, ao passo que apenas 36,8% dos homens chegaram a completar tal nível.
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  • 22. PRINCIPAIS RESULTADOS: UNIDADES DA FEDERAÇÃO Situação de domicílio: As maiores diferenças percentuais entre o IDHM da população urbana e o IDHM da população rural, em 2010, foram observados no Amazonas, onde o IDHM rural era 47,5% inferior ao IDHM urbano, seguido do Acre (40,3%) e Roraima (37%). No Amazonas, a população rural apresentava renda domiciliar per capita média 4,5 vezes menor do que a renda domiciliar per capita média urbana, R$141,80 ante R$644,50. No Acre, o subíndice de frequência escolar da população rural era 41% inferior ao mesmo subíndice da população urbana, 0,406 a 0,689.
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  • 24. PRINCIPAIS RESULTADOS: REGIÕES METROPOLITANAS Cor: As maiores diferenças percentuais entre o IDHM da população negra e o IDHM da população branca nas RMs brasileiras, em 2010, foram observadas na RM de Grande Vitória, onde o IDHM negro era 13,9% inferior ao IDHM branco, seguido da RM de Salvador (13,8%) e RM de Curitiba (13,3%). Na RM de Salvador, encontrava-se a maior diferença entre a renda domiciliar per capita, em que a renda dos negros era quase três vezes inferior à dos brancos: R$ 666,50 e R$ 1.826,30, respectivamente.
  • 25. PRINCIPAIS RESULTADOS: REGIÕES METROPOLITANAS Sexo: Em 2010, na RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte, a renda média do trabalho das mulheres era 35% inferior à renda média do trabalho dos homens, respectivamente R$ 1.112,94 e R$1.711,69. Na RM de Salvador, o índice que mede a frequência escolar das mulheres era 13% maior do que dos homens. Na RM de Maceió, a diferença na esperança de vida entre mulheres (77,8) e homens (67,3) era de 10,5 anos.
  • 26. PRINCIPAIS RESULTADOS: REGIÕES METROPOLITANAS Situação de Domicílio: As maiores diferenças percentuais nas RMs brasileiras entre o IDHM da população urbana e o IDHM da população rural, em 2010, foram observadas na RM Manaus, onde o IDHM rural era 31,3% inferior ao IDHM urbano, seguido da RM Natal (30,2%) e RM Recife (27,9%). A maior diferença na renda domiciliar per capita foi observada na RM de Natal, onde a renda urbana era 3,5 vezes maior que a rural: R$ 842,70 e R$ 242,40, respectivamente.
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  • 29. PRINCIPAIS RESULTADOS: MUNICÍPIOS Em 2010, as maiores diferenças percentuais na desagregação por cor foram observadas em Porto Alegre (RS) e Feira de Santana (BA). Em Porto Alegre, o IDHM da população negra foi 18,2% inferior ao IDHM da população branca. E em Feira de Santana, o IDHM da mulher foi 9,3% inferior ao IDHM do homem. Os rendimentos médios do trabalho variam de R$ 626,78 (Caucaia-CE) a R$ 2.167,20 (Brasília-DF) para as mulheres, e de R$ 814,45 (Caucaia-CE) a R$ 3.242,24 (Niterói-RJ) para os homens.