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11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
        Modulo 8    Português


         Obras De Eça De Queiroz
                          Os Maias
      Episódios Da Vida Romântica
                         Capitulo XVI
                Teatro Da Trindade




         Professora: Natividade Filipe


1   Carina Silva nº8
     Fábio Evo nº 13
    Tiago Soares nº25
     Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
            Modulo 8     Português



Índice

Introdução..................................................................3
R e s u m o d o C a p i t u l o X V I .................................4
O espaço físico..........................................................6
Capitulo XVI“ Sarau Literário do Teatro da
Trindade” ....................................................................7
O modo como este espaço motiva os diálogos
entre as personagens e se projecta nos seus
comportamentos. .....................................................9
Actualidade da obra entre as temáticas
debatidas nesse espaço .......................................12
Conclusão ................................................................13




    2   Carina Silva nº8
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        Tiago Soares nº25
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Introdução
Fizemos este trabalho que nos foi proposto pela
professora, para conseguirmos ter mais conhecimento
acercado capítulo XVI.




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Resum o do Cap it ulo X VI
Neste capítulo sabemos que a Maria já estava
instalada na Rua de S. Francisco, terminado o jantar,
e Ega insistia com Carlos para irem ao sarau de
beneficência que se realizava no Teatro da Trindade
em favor das vítimas das cheias.
Carlos, com alguma resistência ao princípio aceita a
ideia de ir, já que o Cruges era um dos actuantes.
Juntamente com o Ega, suporta estoicamente o
discurso de um parlamentar arrebatado, a actuação
do Cruges, e assiste ao Triunfo do Alencar, que recita
um poema seu, dedicado à Democracia, tudo
intercalado com idas ao botequim e conversas de
corredor com os conhecidos.
É no botequim que, pela mão de Alencar, o Ega
trava conhecimento com o Sr. Guimarães, o tio do
Dâmaso, que se sentira atingido pelas declarações
do sobrinho na célebre carta que o Ega redigira. O
sobrinho alegara que assinara sob coacção. Mas,
sabendo-o mentiroso, o Sr. Guimarães apenas
desejava que o Sr. Ega declarasse que não o
considerava um bêbado, coisa que o Ega fez sem
dificuldade, pois, além do mais, simpatizara com
aquele patriarca anarquista e republicano.
Carlos, tendo apercebido o Eusebiozinho a sair do
sarau, foi-lhe no encalço e cobrou-lhe com uma
tareia a intervenção que tivera no caso da Corneta.
Mas, quando se tratou de regressarem a casa, os dois
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amigos, Carlos e Ega, desencontram-se, e Ega
caminhava com o Cruges pela Rua Nova da
Trindade, quando se ouviu chamado pelo Sr.
Guimarães.
O caso é que o Sr. Guimarães sabia o Sr. Ega, íntimo
do Sr. Carlos da Maia. E ele, Sr. Guimarães, fora muito
amigo, em Paris, da mãe, que lhe confiara, antes de
morrer, um cofre onde estariam, segundo ele, papéis
importantes. Como estava perdida, pedia ao Sr. Ega
que entregasse o cofre ou ao Carlos ou à sua irmã. E,
perante a estupefacção do Ega, o Sr. Guimarães
revela candidamente ao Ega que Maria Eduarda era
irmã de Carlos, aliás, o Sr. Ega devia estar informado
mas não estava informado, mas, se dar por achado,
arranca do Sr. Guimarães a história que, em tudo e
por tudo, condiz com a que Maria Eduarda contara a
Carlos. E, de posse do cofre, correndo para o
Ramalhete, Ega realiza, atordoado, a enormidade da
situação: Carlos amante da sua irmã! Que fazer?
Indeciso numa primeira fase, toma depois a resolução
de não pactuar com essa situação horrorosa e de
contar tudo ao Vilaça, o procurador dos Maias, para
que seja este a dar notícia a Carlos.




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O espaço físico
 Nota-se o gosto dos portugueses, dominados por
 valores caducos, enraizados num sentimentalismo
 educacional e sociais ultrapassados.
 Total ausência de espírito crítico e analítico da alta
 burguesia e da aristocracia nacionais e a sua falta
 de cultura.
 Rufino, o orador “sublime”, que pregava a
 “caridade” e o “progresso”, representa a
 orientação mental daqueles que o ouviam: a sua
 retórica vazia e impregnada de artificialismos
 barrocos e ultra-românticos traduz a sensibilidade
 literária da época, o seu enaltecimento à nação e
 à família.
 Cruges, que tocou Beethoven, representa aqueles
 que, em Portugal, se distinguiam pelo verdadeiro
 amor à arte e que, tocando a Sonata patética,
 surgiu como alvo de risos mal disfarçados, depois
 de a marquesa dizer que se tratava da Sonata
 Pateta, o que o tornaria o fiasco da noite.
 Alencar declamou “A Democracia”, depois de
 “um maganão gordo” lamentar que nós
 Portugueses, não aproveitássemos “herança dos
 nossos       avós”,revelando      um       patriotismo
 convincente. O poeta aliava, agora, poesia, e
 política, numa encenação exuberante, que
 traduzia a sua emoção pelo facto de ter ouvido
 “uma voz saída do fundo dos séculos” e que o
 levava a querer a República, essa ”aurora”(e os
 aplausos foram numerosos) que viria com Deus.


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Capitulo XVI“ Sarau Literário do Teatro da Trindade”

As Personagens que frequentam o Sarau da Trindade
são: Carlos da Maia, João da Ega, Craft, Cruges,
Alencar, Rufino, Sr. Guimarães, Eusebiozinho.
Havia dois temas debatidos, sendo um deles o estado
agrícola da província do Minho e o outro o estado da
política em Portugal, que era um bom exemplo de
realismo, o estilo que naquela altura predominava.

Carlos da Maia
Caracterização Física: belo, alto, bem constituído,
ombros largos, olhos negros, pele branca, cabelos
negros e ondulados, barba fina, castanha escura
pequena e aguçada no queixo. Tinha bigode
arqueado.
Caracterização psicológica: culto, bem-educado
(educação à inglesa), de gostos requintados.

João da Ega- Escritor
Caracterização Física: nariz adunco, pescoço
esganiçado, punhos tísicos e pernas e cegonha.
Caracterização psicológica: é a projecção literária
de Eça de Queirós. Por um lado, romântico e
sentimental, por outro, progressista e crítico. Boémio,
excêntrico, exagerado, caricatural, leal e romântico.

Craft
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Caracterização psicológica: representa a formação
britânica, o exemplo do que deve ser um homem. É
culto e forte, de hábitos rígidos, rico e boémio.

Cruges- Maestro e Pianista
Caracterização Física: olhinhos piscos e nariz
espetado.
Caracterização psicológica: desmotivado e patético.

Alencar- Poeta do ultra-romantismo
Caracterização Física: muito alto, com uma face
encaveirada, olhos encovados, e sob o nariz aquilino,
longos, espessos e românticos bigodes grisalhos.
Caracterização psicológica: não tem defeitos e
possui um coração grande e generoso.



Sr. Guimarães- Democrata
Caracterização Física: largas barbas e um grande
chapéu de abas à moda de 1830.

Eusebiozinho- representa a educação reaccionária
portuguesa.
Caracterização      psicológica: tísico, molengão,
tristonho e corrupto.




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O modo como este espaço motiva os diálogos entre
as  personagens   e  se  projecta     nos   seus
comportamentos.

Houve um jantar na Rua de S.Francisco, onde Ega
perguntou a Maria se não ia ao sarau da Trindade, à
qual esta respondeu: “não me interessa, estou muito
cansada”.
Carlos Eduardo da Maia murmurou dizendo que era
uma seca.
Ega protestou e acabou por convencer Maria a ir ao
sarau dizendo que neste sarau iria ver por dez tostões
uma coisa também rara que era a alma sentimental
de um povo exibindo-se num palco.
Carlos perguntou a Ega quem era o Rufino e Ega
respondeu que não sabia mas que ouvira dizer que
era um deputado, um bacharel e um inspirado.
Maria que andava à procura dos nocturnos de
Chopin perguntou se esse Rufino era o grande orador
de que falavam na Toca, à qual responderam que
não e que este era uma pessoa séria, um amigo de
Coimbra, o José Clemente.
Este Rufino era um ratão de pêra grande, deputado
por Monção e que era bastante sublime nessa arte.
Depois de terem trocado opiniões sobre Rufino, Carlos
teve uma ideia que era o sarau ser realizado onde
eles se encontravam.


   9   Carina Silva nº8
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Nesse sarau Maria tocaria Beethoven, Carlos e Ega
declamaria Musset.
Maria perguntou “e há melhores cadeiras”e Carlos
afirmou “melhores poetas”, “bons charutos”, “bom
conhaque”.
Depois de terem abandonado o sarau Carlos, disse a
Ega que estava contente em ter deixado os Olivais
pois poderiam reunir-se para um bocado de cavaco
e de literatura.
Carlos tencionava arranjar a sala com mais gosto e
conforto para quando os amigos viessem cear.
Queria também lançar a Revista que era a suprema
pândega intelectual, tudo isto anunciava um Inverno
chique a valer (como dizia Dâmaso).
Ao entrarem no Teatro da Trindade, Carlos e Ega
começaram a ouvir bater palmas e pensaram logo
que fosse Cruges que estivesse a actuar, mas não, era
o Rufino, o que não interessava a Carlos.
Como estava sem curiosidade Carlos ficou junto de
Teles da Gama, mas como era magro e esguio foi
rompendo pela coxia tapetada de vermelho.
Algum tempo depois Ega reparou que Rufino se
estava a fazer a uma princesa que dera seiscentos mil
reis para os inundados do Ribatejo.
Ega já estava farto do Rufino e estava com a
impressão de que o padre cheirava mal, voltou para
trás para desabafar com Carlos.


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Ega perguntou a Carlos “ Tu imaginavas uma besta
assim”, à qual murmurou Carlos “Horroroso”,e
perguntou quando iria tocar Cruges.
Carlos e Ega ao ouvirem atrás de si a ciciarem
discretamente: bonsoir, messieurs, olharam para trás e
era Steinbroken e o seu secretário.
Steinbroken perguntou a Ega se Rufino era o grande
orador de que lhe tinha falado, e Ega afirmou com
patriotismo que era um dos maiores oradores da
Europa.
Depois da actuação de Cruges, D.Maria teve uma
surpresa que foi ver o Sr. Carlos da Maia (o Príncipe
Tenebroso).
Mais à frente neste capítulo, o Sr. Guimarães e o Ega
iam descendo o Chiado e Ega parou um momento e
ficou a olhar para o velho, e depois perguntou se ele
tinha conhecido muito bem a Maria Monforte.
De referir que no final deste capítulo, Vilaça tinha
deixado uma carta a Ega lembrando a este que a
letrinha de duzentos mil réis no Banco Popular vencia
daí a dois dias, e a reacção de Ega foi de fúria,
atirando a carta amarrotada para o chão.




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Actualidade da obra entre as temáticas debatidas
nesse espaço


Ega vai jantar à Rua de S. Francisco com Carlos e
Maria Eduarda. Nos olhos do Ega e a fim de tentar
convencer Carlos ele diz que “Ora a Sr. a D. Maria,
neste sarau, ia ver por dez tostões uma coisa também
rara alma sentimental de um povo exibindo−se num
palco, ao mesmo tempo nua e de casaca.” As
instâncias de Ega, Carlos vão ao sarau de
beneficência, em favor das vítimas das cheias, no
Teatro da Trindade. No sarau intervêm: Rufino, que
fala da caridade e do progresso, recorrendo a
imagens pouco originam. Num registo inflamado e
apelando à emoção e à sensibilidade do público.
Também Rufino mete na conversa a natureza que
atacava os seus filhos neste caso os homens. No qual
iria espalhar o terror. Nesse jantar houve tantas
perguntas como no advento sublime da República?
Se Era o pão carinhoso dado à criança? Se era a
mão justa estendida ao proletário? Se Era a
esperança?




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Conclusão
Com este trabalho ficamos a sabre, que Carlos e
Maria Eduarda eram irmãos através pelo Sr.
Guimarães que revela ao Ega mas Ega sabia que
eram amantes e não sabia que fazer e contou ao
Vilaça, também um pouco mais acerca do teatro da
Trindade.




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Os maias

  • 1. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Obras De Eça De Queiroz Os Maias Episódios Da Vida Romântica Capitulo XVI Teatro Da Trindade Professora: Natividade Filipe 1 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 2. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Índice Introdução..................................................................3 R e s u m o d o C a p i t u l o X V I .................................4 O espaço físico..........................................................6 Capitulo XVI“ Sarau Literário do Teatro da Trindade” ....................................................................7 O modo como este espaço motiva os diálogos entre as personagens e se projecta nos seus comportamentos. .....................................................9 Actualidade da obra entre as temáticas debatidas nesse espaço .......................................12 Conclusão ................................................................13 2 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 3. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Introdução Fizemos este trabalho que nos foi proposto pela professora, para conseguirmos ter mais conhecimento acercado capítulo XVI. 3 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 4. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Resum o do Cap it ulo X VI Neste capítulo sabemos que a Maria já estava instalada na Rua de S. Francisco, terminado o jantar, e Ega insistia com Carlos para irem ao sarau de beneficência que se realizava no Teatro da Trindade em favor das vítimas das cheias. Carlos, com alguma resistência ao princípio aceita a ideia de ir, já que o Cruges era um dos actuantes. Juntamente com o Ega, suporta estoicamente o discurso de um parlamentar arrebatado, a actuação do Cruges, e assiste ao Triunfo do Alencar, que recita um poema seu, dedicado à Democracia, tudo intercalado com idas ao botequim e conversas de corredor com os conhecidos. É no botequim que, pela mão de Alencar, o Ega trava conhecimento com o Sr. Guimarães, o tio do Dâmaso, que se sentira atingido pelas declarações do sobrinho na célebre carta que o Ega redigira. O sobrinho alegara que assinara sob coacção. Mas, sabendo-o mentiroso, o Sr. Guimarães apenas desejava que o Sr. Ega declarasse que não o considerava um bêbado, coisa que o Ega fez sem dificuldade, pois, além do mais, simpatizara com aquele patriarca anarquista e republicano. Carlos, tendo apercebido o Eusebiozinho a sair do sarau, foi-lhe no encalço e cobrou-lhe com uma tareia a intervenção que tivera no caso da Corneta. Mas, quando se tratou de regressarem a casa, os dois 4 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 5. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português amigos, Carlos e Ega, desencontram-se, e Ega caminhava com o Cruges pela Rua Nova da Trindade, quando se ouviu chamado pelo Sr. Guimarães. O caso é que o Sr. Guimarães sabia o Sr. Ega, íntimo do Sr. Carlos da Maia. E ele, Sr. Guimarães, fora muito amigo, em Paris, da mãe, que lhe confiara, antes de morrer, um cofre onde estariam, segundo ele, papéis importantes. Como estava perdida, pedia ao Sr. Ega que entregasse o cofre ou ao Carlos ou à sua irmã. E, perante a estupefacção do Ega, o Sr. Guimarães revela candidamente ao Ega que Maria Eduarda era irmã de Carlos, aliás, o Sr. Ega devia estar informado mas não estava informado, mas, se dar por achado, arranca do Sr. Guimarães a história que, em tudo e por tudo, condiz com a que Maria Eduarda contara a Carlos. E, de posse do cofre, correndo para o Ramalhete, Ega realiza, atordoado, a enormidade da situação: Carlos amante da sua irmã! Que fazer? Indeciso numa primeira fase, toma depois a resolução de não pactuar com essa situação horrorosa e de contar tudo ao Vilaça, o procurador dos Maias, para que seja este a dar notícia a Carlos. 5 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 6. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português O espaço físico Nota-se o gosto dos portugueses, dominados por valores caducos, enraizados num sentimentalismo educacional e sociais ultrapassados. Total ausência de espírito crítico e analítico da alta burguesia e da aristocracia nacionais e a sua falta de cultura. Rufino, o orador “sublime”, que pregava a “caridade” e o “progresso”, representa a orientação mental daqueles que o ouviam: a sua retórica vazia e impregnada de artificialismos barrocos e ultra-românticos traduz a sensibilidade literária da época, o seu enaltecimento à nação e à família. Cruges, que tocou Beethoven, representa aqueles que, em Portugal, se distinguiam pelo verdadeiro amor à arte e que, tocando a Sonata patética, surgiu como alvo de risos mal disfarçados, depois de a marquesa dizer que se tratava da Sonata Pateta, o que o tornaria o fiasco da noite. Alencar declamou “A Democracia”, depois de “um maganão gordo” lamentar que nós Portugueses, não aproveitássemos “herança dos nossos avós”,revelando um patriotismo convincente. O poeta aliava, agora, poesia, e política, numa encenação exuberante, que traduzia a sua emoção pelo facto de ter ouvido “uma voz saída do fundo dos séculos” e que o levava a querer a República, essa ”aurora”(e os aplausos foram numerosos) que viria com Deus. 6 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 7. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Capitulo XVI“ Sarau Literário do Teatro da Trindade” As Personagens que frequentam o Sarau da Trindade são: Carlos da Maia, João da Ega, Craft, Cruges, Alencar, Rufino, Sr. Guimarães, Eusebiozinho. Havia dois temas debatidos, sendo um deles o estado agrícola da província do Minho e o outro o estado da política em Portugal, que era um bom exemplo de realismo, o estilo que naquela altura predominava. Carlos da Maia Caracterização Física: belo, alto, bem constituído, ombros largos, olhos negros, pele branca, cabelos negros e ondulados, barba fina, castanha escura pequena e aguçada no queixo. Tinha bigode arqueado. Caracterização psicológica: culto, bem-educado (educação à inglesa), de gostos requintados. João da Ega- Escritor Caracterização Física: nariz adunco, pescoço esganiçado, punhos tísicos e pernas e cegonha. Caracterização psicológica: é a projecção literária de Eça de Queirós. Por um lado, romântico e sentimental, por outro, progressista e crítico. Boémio, excêntrico, exagerado, caricatural, leal e romântico. Craft 7 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 8. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Caracterização psicológica: representa a formação britânica, o exemplo do que deve ser um homem. É culto e forte, de hábitos rígidos, rico e boémio. Cruges- Maestro e Pianista Caracterização Física: olhinhos piscos e nariz espetado. Caracterização psicológica: desmotivado e patético. Alencar- Poeta do ultra-romantismo Caracterização Física: muito alto, com uma face encaveirada, olhos encovados, e sob o nariz aquilino, longos, espessos e românticos bigodes grisalhos. Caracterização psicológica: não tem defeitos e possui um coração grande e generoso. Sr. Guimarães- Democrata Caracterização Física: largas barbas e um grande chapéu de abas à moda de 1830. Eusebiozinho- representa a educação reaccionária portuguesa. Caracterização psicológica: tísico, molengão, tristonho e corrupto. 8 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 9. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português O modo como este espaço motiva os diálogos entre as personagens e se projecta nos seus comportamentos. Houve um jantar na Rua de S.Francisco, onde Ega perguntou a Maria se não ia ao sarau da Trindade, à qual esta respondeu: “não me interessa, estou muito cansada”. Carlos Eduardo da Maia murmurou dizendo que era uma seca. Ega protestou e acabou por convencer Maria a ir ao sarau dizendo que neste sarau iria ver por dez tostões uma coisa também rara que era a alma sentimental de um povo exibindo-se num palco. Carlos perguntou a Ega quem era o Rufino e Ega respondeu que não sabia mas que ouvira dizer que era um deputado, um bacharel e um inspirado. Maria que andava à procura dos nocturnos de Chopin perguntou se esse Rufino era o grande orador de que falavam na Toca, à qual responderam que não e que este era uma pessoa séria, um amigo de Coimbra, o José Clemente. Este Rufino era um ratão de pêra grande, deputado por Monção e que era bastante sublime nessa arte. Depois de terem trocado opiniões sobre Rufino, Carlos teve uma ideia que era o sarau ser realizado onde eles se encontravam. 9 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 10. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Nesse sarau Maria tocaria Beethoven, Carlos e Ega declamaria Musset. Maria perguntou “e há melhores cadeiras”e Carlos afirmou “melhores poetas”, “bons charutos”, “bom conhaque”. Depois de terem abandonado o sarau Carlos, disse a Ega que estava contente em ter deixado os Olivais pois poderiam reunir-se para um bocado de cavaco e de literatura. Carlos tencionava arranjar a sala com mais gosto e conforto para quando os amigos viessem cear. Queria também lançar a Revista que era a suprema pândega intelectual, tudo isto anunciava um Inverno chique a valer (como dizia Dâmaso). Ao entrarem no Teatro da Trindade, Carlos e Ega começaram a ouvir bater palmas e pensaram logo que fosse Cruges que estivesse a actuar, mas não, era o Rufino, o que não interessava a Carlos. Como estava sem curiosidade Carlos ficou junto de Teles da Gama, mas como era magro e esguio foi rompendo pela coxia tapetada de vermelho. Algum tempo depois Ega reparou que Rufino se estava a fazer a uma princesa que dera seiscentos mil reis para os inundados do Ribatejo. Ega já estava farto do Rufino e estava com a impressão de que o padre cheirava mal, voltou para trás para desabafar com Carlos. 10 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 11. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Ega perguntou a Carlos “ Tu imaginavas uma besta assim”, à qual murmurou Carlos “Horroroso”,e perguntou quando iria tocar Cruges. Carlos e Ega ao ouvirem atrás de si a ciciarem discretamente: bonsoir, messieurs, olharam para trás e era Steinbroken e o seu secretário. Steinbroken perguntou a Ega se Rufino era o grande orador de que lhe tinha falado, e Ega afirmou com patriotismo que era um dos maiores oradores da Europa. Depois da actuação de Cruges, D.Maria teve uma surpresa que foi ver o Sr. Carlos da Maia (o Príncipe Tenebroso). Mais à frente neste capítulo, o Sr. Guimarães e o Ega iam descendo o Chiado e Ega parou um momento e ficou a olhar para o velho, e depois perguntou se ele tinha conhecido muito bem a Maria Monforte. De referir que no final deste capítulo, Vilaça tinha deixado uma carta a Ega lembrando a este que a letrinha de duzentos mil réis no Banco Popular vencia daí a dois dias, e a reacção de Ega foi de fúria, atirando a carta amarrotada para o chão. 11 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 12. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Actualidade da obra entre as temáticas debatidas nesse espaço Ega vai jantar à Rua de S. Francisco com Carlos e Maria Eduarda. Nos olhos do Ega e a fim de tentar convencer Carlos ele diz que “Ora a Sr. a D. Maria, neste sarau, ia ver por dez tostões uma coisa também rara alma sentimental de um povo exibindo−se num palco, ao mesmo tempo nua e de casaca.” As instâncias de Ega, Carlos vão ao sarau de beneficência, em favor das vítimas das cheias, no Teatro da Trindade. No sarau intervêm: Rufino, que fala da caridade e do progresso, recorrendo a imagens pouco originam. Num registo inflamado e apelando à emoção e à sensibilidade do público. Também Rufino mete na conversa a natureza que atacava os seus filhos neste caso os homens. No qual iria espalhar o terror. Nesse jantar houve tantas perguntas como no advento sublime da República? Se Era o pão carinhoso dado à criança? Se era a mão justa estendida ao proletário? Se Era a esperança? 12 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 13. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Conclusão Com este trabalho ficamos a sabre, que Carlos e Maria Eduarda eram irmãos através pelo Sr. Guimarães que revela ao Ega mas Ega sabia que eram amantes e não sabia que fazer e contou ao Vilaça, também um pouco mais acerca do teatro da Trindade. 13 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26