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Práticas inovadoras
de leituras do texto
literário no ensino
básico
Profa. Dra. Ivanda Maria Martins Silva
UFRPE/ PROGEL- PPGTEG- UAEADTec
martins.ivanda@gmail.com
ivanda.martins@ufrpe.br
• O que é ler um texto literário?
• Como as práticas de leituras
literárias estão sendo construídas
dentro e fora da escola?
• Em busca de práticas inovadoras
para leituras do texto literário:
trilhas dialógicas para leituras
literárias
O que é ler um
texto literário?
O que penso
sobre a
literatura??
O que penso
sobre o ato de
ler? O que penso
sobre a leitura
literária?
Se pretendo formar
leitores/as na Educação
Básica, será que sou um/a
leitor/a de literatura?
Concepção de literatura :
mudanças de paradigmas
• De uma concepção da literatura como
corpus para literatura como prática.
Desloca-se o interesse para o campo
literário, para processos de produção e
recepção de obras e para os diversos
agentes desse campo (escritor, edição,
crítica, leitores, escola).
• Ler textos literários é uma prática
social/cultural/histórica
• Ler literatura é um direito humano
inalienável (CANDIDO, 1995).
• Conjunto de
obras/textos
literários
• Cânone literário
• Literatura
legitimada
Literatura
como
corpus
• Campo literário
• Processos de
produção/
recepção
• Agentes do
campo
(escritor, edição,
crítica, leitores,
escola)
Literatura
como
prática
Literatura como prática
sociocultural:
potencialidades do campo
literário
• Para Bourdieu, a gênese do
campo literário toma como base
para explicitar a ideia de que o
entendimento da criação
artística só é possível através do
mapeamento das mediações
interpostas entre obra e público
O conceito de campo literário
é uma possibilidade mais
versátil de entendimento da
engrenagem que envolve:
1. a produção
2. a circulação e
3. o consumo do material
artístico-literário.
Campo literário
na cultura digital
Literatura na
BNCC
campo artístico-
literário
Revolução digital: mudanças no campo
literário, nas relações com o livro, a leitura e
a escrita
Conforme Chartier, são
observadas três revoluções
quanto à revolução maior do
texto digital:
1) da modalidade técnica da
produção do escrito;
2) da percepção das
entidades textuais; e
3) das estruturas e das formas
mais fundamentais dos
suportes da cultura escrita.
(CHARTIER, 2002, p. 24)
Outros modos de ler
Outras relações dos leitores
com os textos
Diferentes suportes para as
práticas de leituras.
(CHARTIER, 2002).
O texto eletrônico e o leitor
“O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um
texto móvel, maleável, aberto.
O leitor pode intervir em seus próprio conteúdo e
não somente nos espaços deixados em branco
pela composição tipográfica.
Pode deslocar, recortar, estender, recompor as
unidades textuais das quais se apodera.”
(CHARTIER, 2002, p. 25).
Leitor navegador - Hiperleitor
Leitor movente
Leitor imersivo
Leitor ubíquo
Faces da leitura na atualidade:
o enfoque de Ribeiro (2021)
• “A leitura é semovente, isto é, ela se
compõe de um leque amplo
habilidades cognitivas de quem lê
até suas escolhas de “consumo”.
(RIBEIRO, 2021, p. 20).
• A leitura se movimenta também
conforme os ventos da tecnologia.
• Materialidades, inscrições, formatos,
modos de organização social e
escolar da oferta de textos e meios
de difundi-los. (RIBEIRO, 2021, p. 22).
As práticas sociais da leitura
estão sempre em
movimento.
(RIBEIRO, 2021)
Níveis de leitura (Ezequiel Silva)
Constatação •Ler as linhas
Cotejo
•Ler as entrelinhas
Transformação
•Ler para além das
linhas – leitura
literária como
grande potencial
Ler é sempre um ato de poder
• Ler é sempre um ato de poder.
• O leitor é temido em quase todas as sociedades.
• O cidadão questiona as exclusões, as barreiras
impostas pela sociedade.
• Numa sociedade de cultura escrita, o cidadão
que questiona é o LEITOR.
• A literatura dá ao LEITOR a possibilidade de
questionar a realidade e produzir outros “mundos
possíveis” no universo ficcional.
• A sociedade teme o poder do leitor.
• O poder do leitor inclui o poder de todos os
leitores que o precederam.
A visão de Manguel: como a literatura nos
transforma?
• A leitura literária que o leitor cria lendo
é produto da interação entre a obra e
a experiência íntima do leitor.
• O leitor responde à leitura literária
como possibilidade de transformação.
• O verbo ler é um verbo ATIVO.
• O sujeito leitor busca transformar-se no
ato ATIVO da leitura.
Literatura: criação de
(multi)universos
O universo literário é sempre
(multi)universo.
As versões dos
(multi)universos literários são
infinitas.
https://www.youtube.com/watch?v=nRcjF4S7Gqs
Como a minha
concepção de literatura
orienta as minhas
práticas de leituras
literárias e as minhas
práticas pedagógicas
em sala de aula?
LITERATURA
Fenômeno de linguagem
Fenômeno:
Artístico
Inter/transdisciplinar
Transversal
Polissêmico
Estético-artístico
(Inter/Multi)Cultural
Transtextual/Intertextual
Discursivo, dialógico,
plurilíngue, cronotópico,
polifônico
Social- Político- Histórico
Educativo
Palimpsesto
• Ler literatura é descortinar os palimpsestos e as
relações dialógicas/intertextuais/transtextuais
• Literatura de segunda mão – Gérard Genette
• “...entenderemos por palimpsestos todas as obras
derivadas de uma outra obra anterior, por
transformação ou por imitação. (GENETTE, 2010,
• Um texto pode sempre ler um outro, e assim por
diante, até o fim dos textos.
• Quem ler por último lerá melhor (GENETTE, 2010).
• O objeto (da poética) é a transtextualidade, ou
transcendência textual do texto, ou seja, “tudo que o
coloca em relação, manifesta ou secreta, com outros
textos”. (GENETTE, 2010, p. 13).
GENETTE, Gérard. Palimpsestos. A literatura de
segunda mão. Belo Horizonte: Edições Viva Voz, 2010
Literatura é linguagem...
• "Literatura é linguagem
carregada de
significado.
• Linguagem carregada
de significado até o
máximo grau possível."
(POUND,2006).
Fanopeia
Projeta a imaginação
visual do leitor.
Melopeia
Produz correlações
emocionais por meio
do som, do ritmo.
Logopeia
Efeitos a partir de
associações
emocionais.
Literatura: abordagem interdisciplinar
Na visão de Barthes, a
literatura precisa ser
compreendida em sua
natureza interdisciplinar.
“Se, por não sei que excesso de
socialismo ou barbárie, todas as
nossas disciplinas devessem ser
expulsas do ensino, exceto uma, é a
disciplina literária que deveria ser
salva, pois todas as ciências estão
presentes no monumento literário”.
(BARTHES, 1980, p. 16)
BARTHES, R. Aula. São Paulo: Cultrix, 1980.
Creio que ler um texto literário é um ato
interdisciplinar e (in)disciplinar, é um ato
de PODER, é um ato de emancipação
do/a leitor/a!
Ivanda Martins Silva
O texto literário... intertextualidades
• O texto literário atualmente atravessa a
face da ciência, da ideologia e da
política como discurso e se oferece
para confrontá-los, desdobrá-los,
refundi-los.
• Texto literário: plural, plurilinguístico,
polifônico
• Polivalência semântica
(KRISTEVA, 2012, p. 10).
• “[...] todo texto se constrói
como mosaico de citações,
todo texto é absorção e
transformação de um outro
texto.
• Em lugar da noção de
intersubjetividade, instala-se
a de intertextualidade e a
linguagem poética lê-se
pelo menos como dupla”.
Kristeva (1974, p. 64):
A obra literária e os leitores
A literatura é um sistema vivo de obras,
agindo umas sobre as outras e sobre os
leitores; e só vive na medida em que estes a
vivem, decifrando-a, aceitando-a,
deformando-a.
(CANDIDO, 2006, p. 84).
A arte é um sistema
simbólico de
comunicação inter-
humana
Candido(2006)
Literatura:
sistema
orgânico
autor-obra-
leitores
Ler literatura é um direito humano
Uma sociedade justa pressupõe
o respeito aos direitos humanos.
A fruição da arte e da literatura
em todas as modalidades e em
todos os níveis é um direito
inalienável. (CANDIDO, 1995).
Literatura como um
bem cultural
A literatura como um
direito humano
inalienável
Antonio Candido
O ato de interpretação : a abordagem de Eco
(1999)
Conforme Eco (1999), o ato de
interpretação pode ser considerado
como a tentativa de analisar três
tipos de intenções.
Intenção do
autor
Intenção da
obra
Intenção do
leitor
O texto postula
a cooperação
do leitor como
condição
própria da sua
atualização.
Como as práticas de leituras
literárias estão sendo construídas
dentro e fora da escola?
Reflexões iniciais....
• Que práticas de leituras literárias
circulam na escola?
• Os/as educandos/as estão lendo
literatura na escola?
• Quais são as práticas de leituras fora
da escola? Os/as discentes estão
lendo fora da escola?
• Os/As professores/as estão lendo
para os/as estudantes em sala de
aula?
• O que se ensina/o que se aprende
com a leitura literária na escola?
Leituras dos/as
educadores/as
Leituras dos/as
educandos/as
Leituras
escolarizadas
instituídas
pelos LD
Seleção de
textos literários
Cânone
Escola e cultura digital: (des)encontros
• Cultura digital, inteligência
coletiva (Lévy, 1999)
• Cultura do remix (Lessig,
2004)
• Alunos conectados
• Residentes/nativos digitais
(Prensky, 2001)
• Open IA – deep learning
• ChatGPT
• Escola desconectada
• Escola “analógica”
• Discentes desmotivados/as
• Sem acesso à internet –
exclusão digital
• Metodologias anacrônicas
23
Literatura na escola
• Leitura do texto literário: ênfase nos LDP (fragmentação do texto
literário; ausência de contextualização)
• Apagamento da literatura no currículo
• Texto literário: pretexto
• Docentes/discentes:“ledores” de literatura
• Ler literatura para fazer uma avaliação
• Instrumentos tradicionais de avaliação
• Quantitativo exagerado de paradidáticos/leituras direcionadas aos/às
discentes
• Ausência de propostas metodológicas inovadoras
• Desmotivação dos/as discentes diante da leitura literária
• Práticas de leituras anacrônicas/analógicas em um mundo digital
24
SILVA, Ivanda M. M. Interação texto-leitor na escola: dialogando com os contos de Gilvan
Lemos. PG Letras – UFPE, Tese de Doutorado, 20023.
A literatura escolarizada
• “O ponto fundamental a ser discutido sobre a
presença da literatura na escola é a
discrepância entre o que se entende por
literatura.” (COSSON, 2020, p. 21).
No ensino médio, o ensino de literatura
limita-se à literatura brasileira, ou
melhor, à história da literatura
brasileira; uma cronologia literária em
uma sucessão dicotômica entre estilos
de época, cânone e dados
biográficos. (COSSON, 2020, p. 20).
No ensino fundamental,
a literatura tem um
sentido tão extenso que
engloba qualquer texto
escrito que apresente
parentesco com ficção
ou poesia.
(COSSON, 2020, p. 20).
Por que a escola não pode aprender com a
literatura?
“A leitura implica aprendizagem
quando a subjetividade do leitor é
acatada e quando o leitor, ele mesmo,
aceita-se como o eu que perde e
ganha sua identidade no confronto
com o texto”.
(ZILBERMAN, 2012, p. 45).
Por que a escola
não pode aprender
com a literatura, em
vez de ensiná-la?
(ZILBERMAN, 2012, p. 45).
Leitura literária: a seleção dos textos
• Fatores que influenciam a seleção
dos textos literários na escola
1. Programas curriculares que
determinam a seleção dos textos.
2. Legibilidade dos textos: separação
de textos em função da faixa etária
dos leitores.
3. Condições para a leitura
literária na escola
(biblioteca = depósito de
livros; sem funcionários
preparados para incentivar
a leitura; acervo reduzido).
4. Cabedal de leituras do
professor
O professor é o
intermediário entre o livro e
o aluno.
Trilhas para instituir o aluno sujeito
leitor
Rouxel (2013, p. 20)
Convidar o aluno para a
aventura interpretativa,
reforçando suas
competências leitoras.
Partir da
recepção do
aluno.
Renunciar a
imposição de um
sentido
convencionado,
imutável a ser
transmitido.
A finalidade da educação literária
O que a escola deve
ensinar, mais do que
“literatura”, é “ler
literatura”.
(COLOMER, 2007, p. 30).
• Trata-se de um deslocamento
considerável: ir do ensino de
literatura para a leitura literária.
• O ensino de literatura se
concentra no polo do professor
• A leitura literária se concentra no
polo do aluno.
(REZENDE, 2013, p. 106).
Aula de literatura: espaço de diálogo
“No nosso contexto educativo
ensina-se a dar respostas
objetivas e a ocultar a
subjetividade, passando à
margem do enlace do texto
com o mundo do leitor”.
(COLOMER, 2007, p. 64).
“A escola dedica
grandes esforços para
falar de livros e autores
que, simplesmente, não
fazem parte do mundo
dos alunos.”
(COLOMER, 2007, p. 64).
• Quando você lê obras literárias,
elas são geralmente?
• 67,5 % Aquelas que os
professores recomendam.
• 19,2% Aquelas que você
compra ou empresta de alguém
por iniciativa própria.
Abordagem de Cereja (2005):
vozes dos/as discentes
31
Para você, o que é
literatura?
• 52% disciplina escolar
• 13% arte da palavra
• 12,7% expressão dos
sentimentos e pensamentos.
Abordagem de W. Cereja (2005): vozes
dos alunos
32
• Na sua opinião, o que deve ser
mais valorizado nas aulas de
literatura?
• 50 % Compreender o sentido dos
textos, tanto na situação em
que foram escritos quanto nos
dias de hoje.
• 1,7% Saber de cor o nome de
autores, obras e datas.
Proposta de Silva (2022)
• Silva (2022) propõe as seguintes orientações metodológicas
para o trabalho com a literatura na escola.
a) Histórias/experiências de
leituras dos/as
professores/as
b) Histórias/experiências
de leituras dos/as
discentes/as
c) Compartilhamentos de
histórias/experiências de
leituras literárias
d) Ação docente nas
mediações de experiências
literárias.
Formação de
comunidades
interpretativas
(Reader Response
Criticism - Fish)
Comunidade interpretativa
• Não há texto ou leitor
isolados (FISH, 1995).
• Para Fish, não há nem leitor
nem texto fora das
convenções de uma
comunidade
• Só podemos pensar sobre
nós mesmos e os textos a
partir e dentro de uma
comunidade interpretativa.
Nossas leituras são construídas
dentro do jogo de forças de
uma comunidade.
É por meio da participação
nessa comunidade que nos
constituímos como leitores.
Círculos de literatura – Harvey Daniels (2002)
Características dos círculos de literatura
• a) A escolha da obra objeto da leitura é feita pelos
alunos
• b)Os grupos são temporários e pequenos
• c)Os grupos leem diferentes obras ao mesmo tempo
• d)As atividades dos grupos obedecem a um
cronograma de encontros
• e)Registros feitos durante a leitura são fundamentais
para desenvolver a discussão sobre o livro (diários de
leituras, ...)
• f) Os tópicos a serem discutidos são definidos pelos/as
alunos/as
• g)As discussões em grupo devem ser livres.
Trata-se de uma
atividade de leitura
independente em
que os grupos de
alunos se reúnem
para discutir a
leitura de uma
obra.
DANIELS, Harvey. Literature circles. Voice and choice in books clubs and
reading groups. 2 ed. Portland, Maine: Stenhouse Publishers,2002.
Leituras literárias,
leitor/a e inovação
• Leituras literárias ativas/dinâmicas
• Experiências literárias com base na
fruição estética
• Interação entre leitores/textos/autores
• Valorização dos horizontes de
expectativas dos leitores (Jauss)
• Leitura literária como jogo (Wolfgang
Iser)
• Protagonismo do/a leitor/a na interação
com a obra literária.
Inovação
Leituras de mundo (Paulo
Freire)
Práticas pedagógicas
abertas, dialógicas e
inovadoras
Metodologias (inov)ativas
(Filatro, 2019, Moran, 2015)
Educação literária multimodal
Educação literária aberta e
dialógica
REA- Recursos Educacionais
Abertos
Dialogismo e Literatura
Interação
entre autores
e leitores
Cronotopos
dos autores e
dos leitores
Dialogicidade
interna na
organização
da obra
literária
Intertextualidade
Interdiscursividade
Transtextualidade
literária
Relações dialógicas
entre textos-vozes-
discursos
Polifonia
Interação
dialógica entre
enunciado e
enunciação
literária
Literatura e
cultura
Literatura e
História
SILVA, I. O cronotopo na obra Espaço Terrestre, de Gilvan Lemos: o
diálogo tempo-espaço como princípio organizador da narrativa.
PGLetras, UFPE, 1997.
Cronotopo do autor
Cronotopo representado
na obra (universo ficcional)
Cronotopo dos leitores
(recepção literária, leituras,
horizontes de expectativas)
Por uma educação
literária aberta e
dialógica
Dialogismo
Cronotopia
Polifonia
Toda imagem de arte literária é
cronotópica.
A linguagem literária é essencialmente
cronotópica
Mikail Bakhtin
Em busca de práticas
inovadoras para leituras do
texto literário:
trilhas dialógicas para leituras
literárias
Por uma educação literária
aberta - ELA
Literatura na cultura digital
cultura do remix
• Na cultura digital, as interações dos
leitores com a literatura são
transformadas diante das novas
possibilidades que o ciberespaço
inaugura, tais como: fanfics, blogs, e-
books, videopoemas, e tantas outras.
• O próprio conceito de literatura vem
sendo estudado continuamente, em
função da profusão de formatos,
protótipos e estilos no ciberespaço.
(SANTAELLA, 2012, p. 230).
Na concepção de Lessig (2004), vivemos a
cultura do remix, em que notamos uma
sociedade que busca amplamente
compartilhar, transformar e editar
materiais/obras/recursos no processo de
democratização do conhecimento.
O conhecimento deve ser livre, a fim de
propiciar compartilhamento, distribuição,
usos e reusos.
Possíveis caminhos para práticas
inovadoras de leituras literárias....(??)
• Integrar a leitura literária e as práticas de
letramentos literários aos gêneros digitais na cultura
do remix.
• Articular propostas com metodologias ativas
• Letramentos literários digitais
• Letramentos digitais remix
• Desenvolver projetos de leituras literárias e
letramentos literários por meio de trilhas
temáticas/trilhas de aprendizagem
• Cada trilha pode envolver gêneros literários em
articulação com outras linguagens, além de
conexões com metodologias (inov)ativas.
Ateliê de literatura, linguagens e
metodologias (inov)ativas
• Espaço de compartilhamentos de leituras
literárias, experiências e vivências literárias
• Reflexões sobre concepções e práticas de
leituras literárias
• Discussões sobre metodologias (inov)ativas
(Filatro, 2019) para práticas de leituras literárias
• Formação docente para Ateliê de Literatura
• Experiências na formação inicial docente –
graduação em Letras EAD
• Experiências na formação continuada – pós-
graduação em Estudos da Linguagem –
PROGEL/UFRPE
Alguns temas do
Ateliê de
Literatura e
outras
linguagens
1
Uma fronteira em colapso iminente: trânsitos e conexões entre
música e literatura
2
Literatura viva no ambiente escolar: práticas intersemióticas
3
O lápis e o pincel: o amadurecimento humano a partir das
possibilidades da palavra do romance e do traço da pintura
4
Alice no sertão das maravilhas: vamos falar de literatura e quadrilha
junina?
5
REA e ensino de literatura: contos de Clarice Lispector sob o olhar de
discentes do Ensino Médio
6
As possibilidades das visual novels no estudo das linguagens
7
A representação da personagem Maria nas obras João e Maria, e
Maria e João: uma análise intersemiótica
8
Literatura 2.0: as narrativas literárias no contexto digital
9
Narrativas não-verbais: a intersemiose entre literatura e fotografia
10
Do romance à HQ: adaptação de "Úrsula" de Maria Firmina dos Reis
11
Teoria da adaptação: análise de Memórias Póstumas de Brás Cubas
em HQ.
12
Escrever com e sem palavras: a literatura ilustrada e as interações
interlinguagens
Ateliê de Literatura e outras linguagens: pós-graduação
Disciplina Metodologia de Ensino de Literatura
Temas/propostas das
oficinas literárias
Trilhas temáticas:
literatura, linguagens,
metodologias (inov)ativas
Trilha Temática Gêneros
sugeridos
Metodologias Ativas
sugeridas
Leituras literárias e a linguagem
cinematográfica
Ementa: Estudar as conexões dialógicas
entre literatura e cinema, por meio da
análise de (re)leituras e adaptações de
obras literárias para o cinema.
Romances
Contos
Fábulas
Aprendizagem
baseada em projetos
Aprendizagem
baseada em
problemas
Mashups literários e (re)leituras
literárias em sala de aula
Ementa: Abordar a leitura literária por
meio de releituras a partir de
mashups literários
Contos
Romances
Releituras
de obras
literárias
Storytelling
Aprendizagem
baseada em times
• Mashups: produção que consiste na
leitura de clássicos da literatura e na
sua apropriação dessacralizada para
fins de adaptação de seus textos
segundo princípios da cultura remix,
na qual se explora a hibridização de
linguagens e a articulação entre o
erudito e o pop, o antigo e o novo.
• Coleção Clássicos Fantásticos, publicada
pelo selo Lua de Papel da Editora Leya,
composta pelos títulos “Escrava Isaura e o
Vampiro”, baseada na obra de Bernardo
Guimarães, “Senhora, a Bruxa”, baseada
na obra de José de Alencar, “Dom
Casmurro e os Discos Voadores” e “O
Alienista: Caçador de Mutantes”, ambos
baseados em obras de Machado de
Assis.
Literatura e linguagens na cultura
digital: elaboração de podcasts
literários
Ementa: Abordar a leitura literária
por meio de articulações com a
produção de podcasts literários.
Poemas
Resenhas
de obras
literárias
Crônicas
Cultura Maker
Rotação por
estações de
aprendizagens
Videopoemas na escola: dinamizando práticas
de letramentos literários digitais
Ementa: Estudar o videopoema como gênero
híbrido na cultura digital, no sentido de motivar
os/as discentes a práticas de letramentos
literários em sintonia com o dinamismo dos
meios/recursos digitais.
Poemas
Videopoemas
Canções
Cultura Maker
Aprendizagem baseada
em times
Literatura, memes e
intertextualidade: da leitura literária
à produção criativa
Ementa: Estimular a produção de
memes criativos com base na
leitura/interpretação de obras
literárias.
Memes
Romances
Contos
Cultura Maker
Aprendizagem
baseada em
projetos
A narrativa literária em cena: contos,
nanocontos e microcontos na formação de
leitores/as.
Ementa: Estimular a leitura de nanocontos e
microcontos em redes sociais, com vistas a
identificar as características dos gêneros
em práticas de leituras literárias.
Contos
Nanocontos
Microcontos
Rotação por estações
de aprendizagens
Literatura, novelas e séries
Ementa: Abordar conexões intertextuais
e dialógicas entre literatura e releituras
em novelas televisivas e séries.
Novelas
literárias
Releituras
de obras
literárias
em séries e
novelas de
TV
Gamificação
Literatura escrita por mulheres: produção
de tirinhas animadas e webcomics
Ementa: Abordar a literatura escrita por
mulheres, compreendendo a
importância da produção literária de
autoria feminina na revisão do cânone
literário.
Contos
Cônicas
Poemas
Romances
Aprendizagem
baseada em projetos
Literatura e direitos humanos na cultura
digital: produção de vlogs com o
celular
Ementa: Compreender o direito à
literatura como direito humano, com
foco na formação de leitores críticos e
nas práticas de leituras
transversais/interdisciplinares.
Contos
Cônicas
Poemas
Romances
Aprendizagem
baseada em
problemas
Vlog é a abreviação de
videoblog (vídeo + blog).
• É primordial compreender a literatura como direito humano,
fenômeno de linguagem, interdisciplinar, (in)disciplinar,
dialógico, cronotópico, polifônico, multicultural, político,
histórico no processo de formação de leitores/as.
• Leitura literária como prática dialógica, simbólica
sociocultural.
• O modo como leio a obra literária diz muito sobre o que
penso sobre literatura, leitura, educação, sociedade.
• Ler literatura é um ato de poder, um ato interdisciplinar e
(in)disciplinar de emancipação dos/as leitores/as.
• As práticas (inov)ativas de leituras literárias precisam fazer
parte da rotina escolar.
• As vozes dos/as educandos/as precisam ser ouvidas/suas
experiências de leituras literárias merecem ser
valorizadas/respeitadas.
Chega mais perto e contempla as
palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face
neutra
e te pergunta, sem interesse pela
resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Da calma e do silêncio – Conceição Evaristo
Procura da poesia
Carlos Drummond de Andrade
Será que as práticas de
leituras literária na escola
estão em sintonia com a
cultura digital e com as
inovações pedagógicas e
tecnológicas?
Será que a escola
tem abordado a
literatura como
um direito
humano?
De que forma
tenho trabalhado
a leitura literária
em sala de aula?
Como professor/a
de literatura,
como avalio as
minhas práticas
de leituras
literárias?
Referências
BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BAKHTIN, M. "Formas de tempo e de cronotopo no romance". In:_____. Questões de Literatura e de Estética. São Paulo: Unesp,
1993.
BAKHTIN, Mikhail. Teoria do romance II: As formas do tempo e do cronotopo. São Paulo: Editora 34, 2018. 272p.
BARTHES, R. Aula. São Paulo: Cultrix, 1980.
BAKTHIN, M. “Gêneros do discurso”. In: ___. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BEMONG, Nele et al. Bakhtin e o cronotopo: reflexões, aplicações, perspectivas. São Paulo: Parábola, 2015.
BEACH, R. W.; MARSHAl, J. P. Teaching literature in the secondary school. Orlando : Harcourt Brace & Company, 1991.
BORGES FILHO, Ozíris. Bakhtin e o cronotopo: uma análise crítica. Intertexto. Uberaba, UFTM, v. 4, n 2. Jul-dez, 2011.
BORDINI, M.; AGUIAR, V. Literatura: a formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre : Mercado Aberto, 1993.
CANDIDO, A. “A literatura e a formação do homem.” Revista de Ciência e Cultura. v.24, set. 1972.
CANDIDO, A. O Direito à Literatura. In:__Vários escritos. 3ª ed.. revista e ampliada. São Paulo: Duas Cidades, 1995. COLOMER, T.
Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007.
DANIELS, Harvey. Literature circles. Voice and choice in books clubs and reading groups. 2 ed. Portland, Maine: Stenhouse
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DUDENEY, G.; HOCKLY, N.; PEGRUN, M. Letramentos digitais. São Paulo: Parábola, 2016.
GENETTE, Gérard. Palimpsestos. A literatura de segunda mão. Belo Horizonte: Edições Viva Voz, 2010
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MANGUEL, A. Uma história da leitura. São Paulo: Companhia de Bolso, 2021.
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RIBEIRO, Ana Elisa. Faces da leitura no século XXI: questões de multimodalidade e poder semiótico. São Paulo: Parábola editorial,
2021. cap. 1.
SILVA, E. T.Elementos de pedagogia da leitura. São Paulo : Martins Fontes, 1998a.
______. Criticidade e leitura: ensaios. Campinas : Mercado de Letras, 1998b.
SILVA, I. Literatura no ensino médio: conexões com orientações curriculares. Olh@res, Guarulhos, v. 5, n. 2, novembro 2017. 90-
107p.
SILVA, I. Ensino de literatura: interfaces com a cultura digital. Pensares em Revista. São Gonçalo-RJ, n. 5, pág. 62 – 82, jul./dez. 2014.
Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/pensaresemrevista/article/view/16550> Acesso em: 20 mai. 2021.
SILVA, I. Ensino de literatura na era digital: conexões ilimitadas com o Reader-Response Criticism. Brazilian Journal of Development,
v. 6, n. 7, p. 49235-49250, 2020.
SILVA, Ivanda M. M. Interação texto-leitor na escola: dialogando com os contos de Gilvan Lemos. PG Letras – UFPE, Tese de
Doutorado, 2023
Gratidão!
IVANDA MARIA MARTINS SILVA
UFRPE/UAEADTEC/ PPGTEG/PROGEL
martins.ivanda@gmail.com
ivanda.martins@ufrpe.br

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  • 1. Práticas inovadoras de leituras do texto literário no ensino básico Profa. Dra. Ivanda Maria Martins Silva UFRPE/ PROGEL- PPGTEG- UAEADTec martins.ivanda@gmail.com ivanda.martins@ufrpe.br
  • 2. • O que é ler um texto literário? • Como as práticas de leituras literárias estão sendo construídas dentro e fora da escola? • Em busca de práticas inovadoras para leituras do texto literário: trilhas dialógicas para leituras literárias
  • 3. O que é ler um texto literário?
  • 4. O que penso sobre a literatura?? O que penso sobre o ato de ler? O que penso sobre a leitura literária? Se pretendo formar leitores/as na Educação Básica, será que sou um/a leitor/a de literatura?
  • 5. Concepção de literatura : mudanças de paradigmas • De uma concepção da literatura como corpus para literatura como prática. Desloca-se o interesse para o campo literário, para processos de produção e recepção de obras e para os diversos agentes desse campo (escritor, edição, crítica, leitores, escola). • Ler textos literários é uma prática social/cultural/histórica • Ler literatura é um direito humano inalienável (CANDIDO, 1995). • Conjunto de obras/textos literários • Cânone literário • Literatura legitimada Literatura como corpus • Campo literário • Processos de produção/ recepção • Agentes do campo (escritor, edição, crítica, leitores, escola) Literatura como prática
  • 6. Literatura como prática sociocultural: potencialidades do campo literário • Para Bourdieu, a gênese do campo literário toma como base para explicitar a ideia de que o entendimento da criação artística só é possível através do mapeamento das mediações interpostas entre obra e público O conceito de campo literário é uma possibilidade mais versátil de entendimento da engrenagem que envolve: 1. a produção 2. a circulação e 3. o consumo do material artístico-literário. Campo literário na cultura digital Literatura na BNCC campo artístico- literário
  • 7. Revolução digital: mudanças no campo literário, nas relações com o livro, a leitura e a escrita Conforme Chartier, são observadas três revoluções quanto à revolução maior do texto digital: 1) da modalidade técnica da produção do escrito; 2) da percepção das entidades textuais; e 3) das estruturas e das formas mais fundamentais dos suportes da cultura escrita. (CHARTIER, 2002, p. 24) Outros modos de ler Outras relações dos leitores com os textos Diferentes suportes para as práticas de leituras. (CHARTIER, 2002).
  • 8. O texto eletrônico e o leitor “O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor pode intervir em seus próprio conteúdo e não somente nos espaços deixados em branco pela composição tipográfica. Pode deslocar, recortar, estender, recompor as unidades textuais das quais se apodera.” (CHARTIER, 2002, p. 25). Leitor navegador - Hiperleitor Leitor movente Leitor imersivo Leitor ubíquo
  • 9. Faces da leitura na atualidade: o enfoque de Ribeiro (2021) • “A leitura é semovente, isto é, ela se compõe de um leque amplo habilidades cognitivas de quem lê até suas escolhas de “consumo”. (RIBEIRO, 2021, p. 20). • A leitura se movimenta também conforme os ventos da tecnologia. • Materialidades, inscrições, formatos, modos de organização social e escolar da oferta de textos e meios de difundi-los. (RIBEIRO, 2021, p. 22). As práticas sociais da leitura estão sempre em movimento. (RIBEIRO, 2021)
  • 10. Níveis de leitura (Ezequiel Silva) Constatação •Ler as linhas Cotejo •Ler as entrelinhas Transformação •Ler para além das linhas – leitura literária como grande potencial
  • 11. Ler é sempre um ato de poder • Ler é sempre um ato de poder. • O leitor é temido em quase todas as sociedades. • O cidadão questiona as exclusões, as barreiras impostas pela sociedade. • Numa sociedade de cultura escrita, o cidadão que questiona é o LEITOR. • A literatura dá ao LEITOR a possibilidade de questionar a realidade e produzir outros “mundos possíveis” no universo ficcional. • A sociedade teme o poder do leitor. • O poder do leitor inclui o poder de todos os leitores que o precederam.
  • 12. A visão de Manguel: como a literatura nos transforma? • A leitura literária que o leitor cria lendo é produto da interação entre a obra e a experiência íntima do leitor. • O leitor responde à leitura literária como possibilidade de transformação. • O verbo ler é um verbo ATIVO. • O sujeito leitor busca transformar-se no ato ATIVO da leitura. Literatura: criação de (multi)universos O universo literário é sempre (multi)universo. As versões dos (multi)universos literários são infinitas. https://www.youtube.com/watch?v=nRcjF4S7Gqs
  • 13. Como a minha concepção de literatura orienta as minhas práticas de leituras literárias e as minhas práticas pedagógicas em sala de aula? LITERATURA Fenômeno de linguagem Fenômeno: Artístico Inter/transdisciplinar Transversal Polissêmico Estético-artístico (Inter/Multi)Cultural Transtextual/Intertextual Discursivo, dialógico, plurilíngue, cronotópico, polifônico Social- Político- Histórico Educativo
  • 14. Palimpsesto • Ler literatura é descortinar os palimpsestos e as relações dialógicas/intertextuais/transtextuais • Literatura de segunda mão – Gérard Genette • “...entenderemos por palimpsestos todas as obras derivadas de uma outra obra anterior, por transformação ou por imitação. (GENETTE, 2010, • Um texto pode sempre ler um outro, e assim por diante, até o fim dos textos. • Quem ler por último lerá melhor (GENETTE, 2010). • O objeto (da poética) é a transtextualidade, ou transcendência textual do texto, ou seja, “tudo que o coloca em relação, manifesta ou secreta, com outros textos”. (GENETTE, 2010, p. 13). GENETTE, Gérard. Palimpsestos. A literatura de segunda mão. Belo Horizonte: Edições Viva Voz, 2010
  • 15. Literatura é linguagem... • "Literatura é linguagem carregada de significado. • Linguagem carregada de significado até o máximo grau possível." (POUND,2006). Fanopeia Projeta a imaginação visual do leitor. Melopeia Produz correlações emocionais por meio do som, do ritmo. Logopeia Efeitos a partir de associações emocionais.
  • 16. Literatura: abordagem interdisciplinar Na visão de Barthes, a literatura precisa ser compreendida em sua natureza interdisciplinar. “Se, por não sei que excesso de socialismo ou barbárie, todas as nossas disciplinas devessem ser expulsas do ensino, exceto uma, é a disciplina literária que deveria ser salva, pois todas as ciências estão presentes no monumento literário”. (BARTHES, 1980, p. 16) BARTHES, R. Aula. São Paulo: Cultrix, 1980. Creio que ler um texto literário é um ato interdisciplinar e (in)disciplinar, é um ato de PODER, é um ato de emancipação do/a leitor/a! Ivanda Martins Silva
  • 17. O texto literário... intertextualidades • O texto literário atualmente atravessa a face da ciência, da ideologia e da política como discurso e se oferece para confrontá-los, desdobrá-los, refundi-los. • Texto literário: plural, plurilinguístico, polifônico • Polivalência semântica (KRISTEVA, 2012, p. 10). • “[...] todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de um outro texto. • Em lugar da noção de intersubjetividade, instala-se a de intertextualidade e a linguagem poética lê-se pelo menos como dupla”. Kristeva (1974, p. 64):
  • 18. A obra literária e os leitores A literatura é um sistema vivo de obras, agindo umas sobre as outras e sobre os leitores; e só vive na medida em que estes a vivem, decifrando-a, aceitando-a, deformando-a. (CANDIDO, 2006, p. 84). A arte é um sistema simbólico de comunicação inter- humana Candido(2006) Literatura: sistema orgânico autor-obra- leitores
  • 19. Ler literatura é um direito humano Uma sociedade justa pressupõe o respeito aos direitos humanos. A fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito inalienável. (CANDIDO, 1995). Literatura como um bem cultural A literatura como um direito humano inalienável Antonio Candido
  • 20. O ato de interpretação : a abordagem de Eco (1999) Conforme Eco (1999), o ato de interpretação pode ser considerado como a tentativa de analisar três tipos de intenções. Intenção do autor Intenção da obra Intenção do leitor O texto postula a cooperação do leitor como condição própria da sua atualização.
  • 21. Como as práticas de leituras literárias estão sendo construídas dentro e fora da escola?
  • 22. Reflexões iniciais.... • Que práticas de leituras literárias circulam na escola? • Os/as educandos/as estão lendo literatura na escola? • Quais são as práticas de leituras fora da escola? Os/as discentes estão lendo fora da escola? • Os/As professores/as estão lendo para os/as estudantes em sala de aula? • O que se ensina/o que se aprende com a leitura literária na escola? Leituras dos/as educadores/as Leituras dos/as educandos/as Leituras escolarizadas instituídas pelos LD Seleção de textos literários Cânone
  • 23. Escola e cultura digital: (des)encontros • Cultura digital, inteligência coletiva (Lévy, 1999) • Cultura do remix (Lessig, 2004) • Alunos conectados • Residentes/nativos digitais (Prensky, 2001) • Open IA – deep learning • ChatGPT • Escola desconectada • Escola “analógica” • Discentes desmotivados/as • Sem acesso à internet – exclusão digital • Metodologias anacrônicas 23
  • 24. Literatura na escola • Leitura do texto literário: ênfase nos LDP (fragmentação do texto literário; ausência de contextualização) • Apagamento da literatura no currículo • Texto literário: pretexto • Docentes/discentes:“ledores” de literatura • Ler literatura para fazer uma avaliação • Instrumentos tradicionais de avaliação • Quantitativo exagerado de paradidáticos/leituras direcionadas aos/às discentes • Ausência de propostas metodológicas inovadoras • Desmotivação dos/as discentes diante da leitura literária • Práticas de leituras anacrônicas/analógicas em um mundo digital 24 SILVA, Ivanda M. M. Interação texto-leitor na escola: dialogando com os contos de Gilvan Lemos. PG Letras – UFPE, Tese de Doutorado, 20023.
  • 25. A literatura escolarizada • “O ponto fundamental a ser discutido sobre a presença da literatura na escola é a discrepância entre o que se entende por literatura.” (COSSON, 2020, p. 21). No ensino médio, o ensino de literatura limita-se à literatura brasileira, ou melhor, à história da literatura brasileira; uma cronologia literária em uma sucessão dicotômica entre estilos de época, cânone e dados biográficos. (COSSON, 2020, p. 20). No ensino fundamental, a literatura tem um sentido tão extenso que engloba qualquer texto escrito que apresente parentesco com ficção ou poesia. (COSSON, 2020, p. 20).
  • 26. Por que a escola não pode aprender com a literatura? “A leitura implica aprendizagem quando a subjetividade do leitor é acatada e quando o leitor, ele mesmo, aceita-se como o eu que perde e ganha sua identidade no confronto com o texto”. (ZILBERMAN, 2012, p. 45). Por que a escola não pode aprender com a literatura, em vez de ensiná-la? (ZILBERMAN, 2012, p. 45).
  • 27. Leitura literária: a seleção dos textos • Fatores que influenciam a seleção dos textos literários na escola 1. Programas curriculares que determinam a seleção dos textos. 2. Legibilidade dos textos: separação de textos em função da faixa etária dos leitores. 3. Condições para a leitura literária na escola (biblioteca = depósito de livros; sem funcionários preparados para incentivar a leitura; acervo reduzido). 4. Cabedal de leituras do professor O professor é o intermediário entre o livro e o aluno.
  • 28. Trilhas para instituir o aluno sujeito leitor Rouxel (2013, p. 20) Convidar o aluno para a aventura interpretativa, reforçando suas competências leitoras. Partir da recepção do aluno. Renunciar a imposição de um sentido convencionado, imutável a ser transmitido.
  • 29. A finalidade da educação literária O que a escola deve ensinar, mais do que “literatura”, é “ler literatura”. (COLOMER, 2007, p. 30). • Trata-se de um deslocamento considerável: ir do ensino de literatura para a leitura literária. • O ensino de literatura se concentra no polo do professor • A leitura literária se concentra no polo do aluno. (REZENDE, 2013, p. 106).
  • 30. Aula de literatura: espaço de diálogo “No nosso contexto educativo ensina-se a dar respostas objetivas e a ocultar a subjetividade, passando à margem do enlace do texto com o mundo do leitor”. (COLOMER, 2007, p. 64). “A escola dedica grandes esforços para falar de livros e autores que, simplesmente, não fazem parte do mundo dos alunos.” (COLOMER, 2007, p. 64).
  • 31. • Quando você lê obras literárias, elas são geralmente? • 67,5 % Aquelas que os professores recomendam. • 19,2% Aquelas que você compra ou empresta de alguém por iniciativa própria. Abordagem de Cereja (2005): vozes dos/as discentes 31
  • 32. Para você, o que é literatura? • 52% disciplina escolar • 13% arte da palavra • 12,7% expressão dos sentimentos e pensamentos. Abordagem de W. Cereja (2005): vozes dos alunos 32 • Na sua opinião, o que deve ser mais valorizado nas aulas de literatura? • 50 % Compreender o sentido dos textos, tanto na situação em que foram escritos quanto nos dias de hoje. • 1,7% Saber de cor o nome de autores, obras e datas.
  • 33. Proposta de Silva (2022) • Silva (2022) propõe as seguintes orientações metodológicas para o trabalho com a literatura na escola. a) Histórias/experiências de leituras dos/as professores/as b) Histórias/experiências de leituras dos/as discentes/as c) Compartilhamentos de histórias/experiências de leituras literárias d) Ação docente nas mediações de experiências literárias. Formação de comunidades interpretativas (Reader Response Criticism - Fish)
  • 34. Comunidade interpretativa • Não há texto ou leitor isolados (FISH, 1995). • Para Fish, não há nem leitor nem texto fora das convenções de uma comunidade • Só podemos pensar sobre nós mesmos e os textos a partir e dentro de uma comunidade interpretativa. Nossas leituras são construídas dentro do jogo de forças de uma comunidade. É por meio da participação nessa comunidade que nos constituímos como leitores.
  • 35. Círculos de literatura – Harvey Daniels (2002) Características dos círculos de literatura • a) A escolha da obra objeto da leitura é feita pelos alunos • b)Os grupos são temporários e pequenos • c)Os grupos leem diferentes obras ao mesmo tempo • d)As atividades dos grupos obedecem a um cronograma de encontros • e)Registros feitos durante a leitura são fundamentais para desenvolver a discussão sobre o livro (diários de leituras, ...) • f) Os tópicos a serem discutidos são definidos pelos/as alunos/as • g)As discussões em grupo devem ser livres. Trata-se de uma atividade de leitura independente em que os grupos de alunos se reúnem para discutir a leitura de uma obra. DANIELS, Harvey. Literature circles. Voice and choice in books clubs and reading groups. 2 ed. Portland, Maine: Stenhouse Publishers,2002.
  • 36. Leituras literárias, leitor/a e inovação • Leituras literárias ativas/dinâmicas • Experiências literárias com base na fruição estética • Interação entre leitores/textos/autores • Valorização dos horizontes de expectativas dos leitores (Jauss) • Leitura literária como jogo (Wolfgang Iser) • Protagonismo do/a leitor/a na interação com a obra literária. Inovação Leituras de mundo (Paulo Freire) Práticas pedagógicas abertas, dialógicas e inovadoras Metodologias (inov)ativas (Filatro, 2019, Moran, 2015) Educação literária multimodal Educação literária aberta e dialógica REA- Recursos Educacionais Abertos
  • 37. Dialogismo e Literatura Interação entre autores e leitores Cronotopos dos autores e dos leitores Dialogicidade interna na organização da obra literária Intertextualidade Interdiscursividade Transtextualidade literária Relações dialógicas entre textos-vozes- discursos Polifonia Interação dialógica entre enunciado e enunciação literária Literatura e cultura Literatura e História SILVA, I. O cronotopo na obra Espaço Terrestre, de Gilvan Lemos: o diálogo tempo-espaço como princípio organizador da narrativa. PGLetras, UFPE, 1997.
  • 38. Cronotopo do autor Cronotopo representado na obra (universo ficcional) Cronotopo dos leitores (recepção literária, leituras, horizontes de expectativas) Por uma educação literária aberta e dialógica Dialogismo Cronotopia Polifonia Toda imagem de arte literária é cronotópica. A linguagem literária é essencialmente cronotópica Mikail Bakhtin
  • 39. Em busca de práticas inovadoras para leituras do texto literário: trilhas dialógicas para leituras literárias Por uma educação literária aberta - ELA
  • 40. Literatura na cultura digital cultura do remix • Na cultura digital, as interações dos leitores com a literatura são transformadas diante das novas possibilidades que o ciberespaço inaugura, tais como: fanfics, blogs, e- books, videopoemas, e tantas outras. • O próprio conceito de literatura vem sendo estudado continuamente, em função da profusão de formatos, protótipos e estilos no ciberespaço. (SANTAELLA, 2012, p. 230). Na concepção de Lessig (2004), vivemos a cultura do remix, em que notamos uma sociedade que busca amplamente compartilhar, transformar e editar materiais/obras/recursos no processo de democratização do conhecimento. O conhecimento deve ser livre, a fim de propiciar compartilhamento, distribuição, usos e reusos.
  • 41. Possíveis caminhos para práticas inovadoras de leituras literárias....(??) • Integrar a leitura literária e as práticas de letramentos literários aos gêneros digitais na cultura do remix. • Articular propostas com metodologias ativas • Letramentos literários digitais • Letramentos digitais remix • Desenvolver projetos de leituras literárias e letramentos literários por meio de trilhas temáticas/trilhas de aprendizagem • Cada trilha pode envolver gêneros literários em articulação com outras linguagens, além de conexões com metodologias (inov)ativas.
  • 42. Ateliê de literatura, linguagens e metodologias (inov)ativas • Espaço de compartilhamentos de leituras literárias, experiências e vivências literárias • Reflexões sobre concepções e práticas de leituras literárias • Discussões sobre metodologias (inov)ativas (Filatro, 2019) para práticas de leituras literárias • Formação docente para Ateliê de Literatura • Experiências na formação inicial docente – graduação em Letras EAD • Experiências na formação continuada – pós- graduação em Estudos da Linguagem – PROGEL/UFRPE
  • 43. Alguns temas do Ateliê de Literatura e outras linguagens 1 Uma fronteira em colapso iminente: trânsitos e conexões entre música e literatura 2 Literatura viva no ambiente escolar: práticas intersemióticas 3 O lápis e o pincel: o amadurecimento humano a partir das possibilidades da palavra do romance e do traço da pintura 4 Alice no sertão das maravilhas: vamos falar de literatura e quadrilha junina? 5 REA e ensino de literatura: contos de Clarice Lispector sob o olhar de discentes do Ensino Médio 6 As possibilidades das visual novels no estudo das linguagens 7 A representação da personagem Maria nas obras João e Maria, e Maria e João: uma análise intersemiótica 8 Literatura 2.0: as narrativas literárias no contexto digital 9 Narrativas não-verbais: a intersemiose entre literatura e fotografia 10 Do romance à HQ: adaptação de "Úrsula" de Maria Firmina dos Reis 11 Teoria da adaptação: análise de Memórias Póstumas de Brás Cubas em HQ. 12 Escrever com e sem palavras: a literatura ilustrada e as interações interlinguagens
  • 44. Ateliê de Literatura e outras linguagens: pós-graduação
  • 45. Disciplina Metodologia de Ensino de Literatura
  • 46.
  • 47. Temas/propostas das oficinas literárias Trilhas temáticas: literatura, linguagens, metodologias (inov)ativas
  • 48. Trilha Temática Gêneros sugeridos Metodologias Ativas sugeridas Leituras literárias e a linguagem cinematográfica Ementa: Estudar as conexões dialógicas entre literatura e cinema, por meio da análise de (re)leituras e adaptações de obras literárias para o cinema. Romances Contos Fábulas Aprendizagem baseada em projetos Aprendizagem baseada em problemas
  • 49. Mashups literários e (re)leituras literárias em sala de aula Ementa: Abordar a leitura literária por meio de releituras a partir de mashups literários Contos Romances Releituras de obras literárias Storytelling Aprendizagem baseada em times • Mashups: produção que consiste na leitura de clássicos da literatura e na sua apropriação dessacralizada para fins de adaptação de seus textos segundo princípios da cultura remix, na qual se explora a hibridização de linguagens e a articulação entre o erudito e o pop, o antigo e o novo. • Coleção Clássicos Fantásticos, publicada pelo selo Lua de Papel da Editora Leya, composta pelos títulos “Escrava Isaura e o Vampiro”, baseada na obra de Bernardo Guimarães, “Senhora, a Bruxa”, baseada na obra de José de Alencar, “Dom Casmurro e os Discos Voadores” e “O Alienista: Caçador de Mutantes”, ambos baseados em obras de Machado de Assis.
  • 50. Literatura e linguagens na cultura digital: elaboração de podcasts literários Ementa: Abordar a leitura literária por meio de articulações com a produção de podcasts literários. Poemas Resenhas de obras literárias Crônicas Cultura Maker Rotação por estações de aprendizagens
  • 51. Videopoemas na escola: dinamizando práticas de letramentos literários digitais Ementa: Estudar o videopoema como gênero híbrido na cultura digital, no sentido de motivar os/as discentes a práticas de letramentos literários em sintonia com o dinamismo dos meios/recursos digitais. Poemas Videopoemas Canções Cultura Maker Aprendizagem baseada em times
  • 52. Literatura, memes e intertextualidade: da leitura literária à produção criativa Ementa: Estimular a produção de memes criativos com base na leitura/interpretação de obras literárias. Memes Romances Contos Cultura Maker Aprendizagem baseada em projetos
  • 53. A narrativa literária em cena: contos, nanocontos e microcontos na formação de leitores/as. Ementa: Estimular a leitura de nanocontos e microcontos em redes sociais, com vistas a identificar as características dos gêneros em práticas de leituras literárias. Contos Nanocontos Microcontos Rotação por estações de aprendizagens
  • 54. Literatura, novelas e séries Ementa: Abordar conexões intertextuais e dialógicas entre literatura e releituras em novelas televisivas e séries. Novelas literárias Releituras de obras literárias em séries e novelas de TV Gamificação
  • 55. Literatura escrita por mulheres: produção de tirinhas animadas e webcomics Ementa: Abordar a literatura escrita por mulheres, compreendendo a importância da produção literária de autoria feminina na revisão do cânone literário. Contos Cônicas Poemas Romances Aprendizagem baseada em projetos
  • 56. Literatura e direitos humanos na cultura digital: produção de vlogs com o celular Ementa: Compreender o direito à literatura como direito humano, com foco na formação de leitores críticos e nas práticas de leituras transversais/interdisciplinares. Contos Cônicas Poemas Romances Aprendizagem baseada em problemas Vlog é a abreviação de videoblog (vídeo + blog).
  • 57. • É primordial compreender a literatura como direito humano, fenômeno de linguagem, interdisciplinar, (in)disciplinar, dialógico, cronotópico, polifônico, multicultural, político, histórico no processo de formação de leitores/as. • Leitura literária como prática dialógica, simbólica sociocultural. • O modo como leio a obra literária diz muito sobre o que penso sobre literatura, leitura, educação, sociedade. • Ler literatura é um ato de poder, um ato interdisciplinar e (in)disciplinar de emancipação dos/as leitores/as. • As práticas (inov)ativas de leituras literárias precisam fazer parte da rotina escolar. • As vozes dos/as educandos/as precisam ser ouvidas/suas experiências de leituras literárias merecem ser valorizadas/respeitadas.
  • 58. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Da calma e do silêncio – Conceição Evaristo Procura da poesia Carlos Drummond de Andrade
  • 59. Será que as práticas de leituras literária na escola estão em sintonia com a cultura digital e com as inovações pedagógicas e tecnológicas? Será que a escola tem abordado a literatura como um direito humano? De que forma tenho trabalhado a leitura literária em sala de aula? Como professor/a de literatura, como avalio as minhas práticas de leituras literárias?
  • 60. Referências BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. BAKHTIN, M. "Formas de tempo e de cronotopo no romance". In:_____. Questões de Literatura e de Estética. São Paulo: Unesp, 1993. BAKHTIN, Mikhail. Teoria do romance II: As formas do tempo e do cronotopo. São Paulo: Editora 34, 2018. 272p. BARTHES, R. Aula. São Paulo: Cultrix, 1980. BAKTHIN, M. “Gêneros do discurso”. In: ___. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000. BEMONG, Nele et al. Bakhtin e o cronotopo: reflexões, aplicações, perspectivas. São Paulo: Parábola, 2015. BEACH, R. W.; MARSHAl, J. P. Teaching literature in the secondary school. Orlando : Harcourt Brace & Company, 1991. BORGES FILHO, Ozíris. Bakhtin e o cronotopo: uma análise crítica. Intertexto. Uberaba, UFTM, v. 4, n 2. Jul-dez, 2011. BORDINI, M.; AGUIAR, V. Literatura: a formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre : Mercado Aberto, 1993. CANDIDO, A. “A literatura e a formação do homem.” Revista de Ciência e Cultura. v.24, set. 1972. CANDIDO, A. O Direito à Literatura. In:__Vários escritos. 3ª ed.. revista e ampliada. São Paulo: Duas Cidades, 1995. COLOMER, T. Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007. DANIELS, Harvey. Literature circles. Voice and choice in books clubs and reading groups. 2 ed. Portland, Maine: Stenhouse Publishers,2002. DUDENEY, G.; HOCKLY, N.; PEGRUN, M. Letramentos digitais. São Paulo: Parábola, 2016. GENETTE, Gérard. Palimpsestos. A literatura de segunda mão. Belo Horizonte: Edições Viva Voz, 2010 LESSIG, L. Free culture: how big media uses technology and the law to lock down culture and control creativity. Penguim Press, 2004. MANGUEL, A. Uma história da leitura. São Paulo: Companhia de Bolso, 2021.
  • 61. ZILBERMAN, R. ; ROSING, T. Escola e leitura: velha crise, novas alternativas. São Paulo: Global, 2009. JOUVE, V. Por que estudar literatura? São Paulo: Parábola, 2012. JOUVE, V. A leitura. São Paulo: Editora UNESP, 2002. ZILBERMAN, R. O papel da literatura na escola. Via Atlântica, (14), 11-22, 2008. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/50376 ZILBERMAN, R. Que literatura para a escola? Que escola para a literatura? Desenredo. Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo - v. 5 - n. 1 - 9-20 - jan./jun. 2009. Disponível em: http://seer.upf.br/index.php/rd/article/view/924 ZILBERMAN, R. A leitura e o ensino da literatura. Curitiba: Intersaberes, 2012. LEAHY-DIOS, C. Língua e literatura: uma questão de educação? Campinas : Papirus, 2001. RIBEIRO, Ana Elisa. Faces da leitura no século XXI: questões de multimodalidade e poder semiótico. São Paulo: Parábola editorial, 2021. cap. 1. SILVA, E. T.Elementos de pedagogia da leitura. São Paulo : Martins Fontes, 1998a. ______. Criticidade e leitura: ensaios. Campinas : Mercado de Letras, 1998b. SILVA, I. Literatura no ensino médio: conexões com orientações curriculares. Olh@res, Guarulhos, v. 5, n. 2, novembro 2017. 90- 107p. SILVA, I. Ensino de literatura: interfaces com a cultura digital. Pensares em Revista. São Gonçalo-RJ, n. 5, pág. 62 – 82, jul./dez. 2014. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/pensaresemrevista/article/view/16550> Acesso em: 20 mai. 2021. SILVA, I. Ensino de literatura na era digital: conexões ilimitadas com o Reader-Response Criticism. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 49235-49250, 2020. SILVA, Ivanda M. M. Interação texto-leitor na escola: dialogando com os contos de Gilvan Lemos. PG Letras – UFPE, Tese de Doutorado, 2023
  • 62. Gratidão! IVANDA MARIA MARTINS SILVA UFRPE/UAEADTEC/ PPGTEG/PROGEL martins.ivanda@gmail.com ivanda.martins@ufrpe.br