O documento descreve a história de dois empresários portugueses - Miguel Pina Martins da Science4You e António Câmara da YDreams - que foram reconhecidos pela Comissão Europeia como Empreendedores do Ano por seu trabalho inovador. Também discute a Semana Europeia do Empreendedorismo, uma iniciativa da Comissão para promover empreendedorismo na Europa.
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Europa em busca da renovação
1. País: Portugal
Jornal de Negócios Online Period.: Diária
Âmbito: Online
ID: 37730876 29-09-2011 Pag.: 1 de 4
PME
Europa em busca da renovação
29 Setembro 2011 | 11:06
Ana Pimentel -
António Câmara e Miguel Pina Martins foram os dois empresários distinguidos pela
Comissão Europeia para representarem Portugal na Semana do Empreendedorismo
Europeu. Os Empreendedores do Ano 2009 e 2010 contam como lançaram a YDreams e a
Science4You. Em Outubro, decorre a edição de 2011 desta iniciativa.
Miguel Pina Martins tinha apenas 25 anos quando a Comiss ão Europeia o nomeou "Empreendedor do
Ano 2010" e o convidou a representar Portugal na Semana do Empreendedorismo Europeu. Foi o
segundo português que mostrou à Europa que por c á também se inova. Em causa, estava a
Science4You, um projecto empresarial que come çou por ser um trabalho final de um curso de Finan ças
do ISCTE e que acabou por tornar -se um sucesso de vendas em tr ês anos. Foi o que bastou.
Antes de a Comiss ão lhe ter reconhecido o m érito, o jovem de 26 anos j á tinha sido distinguido com o
"Prémio Empreendedor Finicia Jovem", em 2009, e com o primeiro lugar da "European Entreprise
Awards", na categoria "Internacionalização", a nível nacional.
Em três anos, a Science4You criou 42 brinquedos, está presente em cinco países e aumentou a facturação
em cerca de 100% por ano. Quando a Comissão Europeia se reuniu com o IAPMEI, Miguel Pina Martins
foi eleito o Empreendedor do Ano 2010.
Empresa Science4You
Cargo que ocupa Administrador
Início de actividade 2008
Área de actividade Brinquedos e actividades de ci ência
Número de colaboradores 18
Número de brinquedos 42
Objectivo de factura ção para 2011 500 mil euros
A próxima edição do galard ão europeu é já em Outubro, sendo que a semana Europeia SME 2011 vai
decorrer de tr ês a nove desse m ês. O evento pretende informar os empreendedores do que é que as
autoridades locais, regionais, nacionais e a União Europeia estão a oferecer às micro, pequenas e
médias empresas, em termos de apoios. Visa promover o empreendedorismo, para que cada vez mais
jovens encarem o neg ócio por conta própria como uma carreira e estilo de vida, e reconhece a
contribuição que os empreendedores distinguidos depositam na empregabilidade, inovação,
competitividade e bem -estar europeu.
O ano de estreia da iniciativa foi 2009. No ano passado, houve 1500 eventos em 37 pa íses. Em Viena,
Áustria, pfoi promovida a confer ência sobre "Processos Inovadores de alimentos Artesanais", enquanto
em Barcelona e Val ência se organizou "Os Dias do Empreendedor". No Porto, esteve houve o evento
"SME & a Corrida do Empreendedorismo e em Belgrado decorreram os prémios "Flores de Sucesso",
para as melhores empreendedoras, entre outros.
"Estou convicto de que estas PME ser ão uma fonte inesgot ável de inspira ção para todas as pessoas, de
todas as idades, que aspiram à criação do seu próprio emprego. O percurso de 36 dirigentes de PME
prova -nos que não existe uma resposta única, mas sim um grande conjunto de op ções que um esp írito
curioso, empreendedor e aventureiro deve equacionar", afirma Antonio Tajani, vice -presidente da
Comiss ão Europeia, respons ável pela indústria e pelo empreendedorismo, na "Brochura do Sucesso" de
2010.
As PME criam 80% de novos postos de trabalho e representam 99% da totalidade das empresas
europeias, segundo o respons ável. Para Ant ónio Tajani, um dos efeitos fundamentais da crise financeira
foi a redescoberta do papel central que as PME e os empresários desempenham na economia europeia.
"Para continuar a ser competitiva, a Europa deve mobilizar todo o seu potencial humano dispon ível e
estimular o esp írito empresarial nas nossas sociedades".
Dois anos, duas conquistas
2. curioso, empreendedor e aventureiro deve equacionar", afirma Antonio Tajani, vice -presidente da
Comiss ão Europeia, respons ável pela indústria e pelo empreendedorismo, na "Brochura do Sucesso" de
2010. País: Portugal
Jornal de Negócios Online
As PME criam 80% de novos postos de trabalho e representam 99% da totalidade das empresas Period.: Diária
europeias, segundo o respons ável. Para Ant ónio Tajani, um dos efeitos fundamentais da crise financeira
foi a redescoberta do papel central que as PME e os empresários desempenham na economia europeia. Âmbito: Online
"Para continuar a ser competitiva, a Europa deve mobilizar todo o seu potencial humano dispon ível e
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estimular o esp írito empresarial nas nossas sociedades". Pag.: 2 de 4
Dois anos, duas conquistas
Miguel Pina Martins reunia as caracter ísticas impostas pela Comissão Europeia. A Science4You tinha
apenas dois anos de exist ência, tinha recorrido a um programa de financiamento gerido pelo IAPMEI -
Instituto de Apoio às Pequenas e M édias Empresas e á Inova ção, o Finicia, o seu fundador tinha apenas
25 anos e a empresa empregava entre duas a 50 pessoas.
"Não estava à espera, porque n ão há concurso. A Comiss ão Europeia escolhe algumas empresas que
em Portugal tenham tido destaque e em conjunto com o IAPMEI distinguem um empreendedor que
preencha os seus requisitos: ser jovem, ter financiamento atrav és da União Europeia e do Estado." E
acrescenta: "mais importante do que ter sido distinguido, foi ter tido a honra de representar Portugal na
Semana Europeia das PME."
Não é por acaso que a Science4You utiliza o s ímbolo do "compre o que é nosso". "Sermos uma empresa
portuguesa é fundamentalíssimo para n ós e não abdicamos disso por nada", revela. Contudo, ainda n ão
foi desta que Miguel Pina Martins se sentiu com o dever cumprido. Para que isso aconte ça, quer criar
mais emprego, mudar a vida de mais pessoas, desenvolver a sua actividade e contribuir mais para a
balança comercial portuguesa, no que toca às exporta ções e importações.
Em 2009, primeira edi ção do galard ão europeu, foi Ant ónio C âmara, da YDreams, que levou para casa
o reconhecimento europeu. O projecto, lan çado em 2000 com Eduardo Dias, Edmundo Nobre, Miguel
Remédio e Nuno Correia, come çou por se dedicar apenas a projectos na área dos telem óveis. "O
primeiro projecto foi o Canal Mapas, para a Vodafone", conta Ant ónio C âmara.
Há mais de dez anos, o objectivo dos cinco promotores era o de criar uma empresa global de tecnologia
portuguesa. Conseguiram -no. A YDreams tornou -se um grupo de empresas que emprega cerca de 130
pessoas globalmente e divide -se em três áreas: a YDrems Life, que desenvolveu mais de 600 projectos
em 25 países, YDreams DOOH, que vende produtos de "digital signage" em 20 pa íses e o Ylabs, que
assegura a investigação do grupo. É parceira tecnol ógica e acionista de referencia na Audience
Entertainment, sediada em Nova Iorque e criou quatro "spin -offs": a YVision, na área da Realidade
Aumentada, a Ynvisible, cotada na bolsa de Frankfurt e que desenvolve superfícies interactivas através
da química, a YDreams Robotics, que vai lan çar em 2012 "robots" para o grande consumo e a YDreams
Atlantic, que se vai orientar para a exploração marinha nos A çores.
Desde que António Câmara lançou a YDreams, criou quatro "spin-offs" da sua tecnologia: a YVision,
Ynvisible, YDreams Robotics e a YDreams Atlantic. Em 2009, foi reconhecido pela Comiss ão Europeia
como Empreendedor do Ano e a YDreams tornou -se membro do AR Consortium, um grupo de empresas
globais pioneiras no desenvolvimento de tecnologia e ferramentas de Realidade Aumentada.
Empresa YDreams
Cargo que ocupa Presidente executivo)
Início de actividade 2000
Área de actividade Novas tecnologias
Número de colaboradores 130
Depois de todas as mudan ças, o que é que se manteve? "A ênfase na investiga ção, criação de
propriedade intelectual e a ambi ção de tornar este grupo numa refer ência mundial", respondeu António
C âmara ao Neg ócios. E explica: "Não sei exactamente porque fui nomeado directamente pela Comissão
Europeia, apenas que o factor determinante foi a visita de uma pessoa chave na defini ção de políticas
de inova ção na Europa." Apesar de já ter recebido v ários galard ões nacionais e internacionais ao longo
da sua carreira, como o Pr émio Pessoa em 2006, este distingue-se pelo seu car ácter empreendedor. "A
maioria dos pr émios que recebi deveu -se a contribuições espec íficas em inova ção", afirma.
Aumentar a realidade
A YDreams é especialista em tecnologias de interac ção, com foco na área de Realidade Aumentada. Nos
últimos anos, tem vindo a desenvolver ambientes interactivos, de lojas a exposi ções, e produtos
inovadores que combinam tecnologia e design. A empresa j á implementou mais de 500 projectos em
todo o mundo e está a arrancar com processos de "spin -off" das suas tecnologias. E investiga e
desenvolve tecnologia propriet ária e patenteada em áreas como processamento de Imagem, Realidade
Aumentada, interfaces activadas por gestos e computa ção invisível.
Tudo come çou em 2000, quando os cinco colegas do GASA, um laboratório de investigação da
Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ci ência e Tecnologia, resolveram fundar a Ideias
Interactivas S.A. Em Abril de 2001, a empresa come ça a desenvolver jogos m óveis baseados em
localização real, combinando a posi ção geográfica dos jogadores com o enredo do jogo.
No ano seguinte, os fundadores mudam o nome da empresa para YDreams e lan çam o primeiro jogo
móvel, Roskstar, na Vodafone Live. Em Janeiro de 2003, a empresa cria o Cubo Interactivo de 4x4
3. desenvolve tecnologia propriet ária e patenteada em áreas como processamento de Imagem, Realidade
Aumentada, interfaces activadas por gestos e computa ção invisível.
País: Portugal
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Tudo come çou em 2000, quando os cinco colegas do GASA, um laboratório de investigação da
Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ci ência e Tecnologia, resolveram fundar a Ideias Period.: Diária
Interactivas S.A. Em Abril de 2001, a empresa come ça a desenvolver jogos m óveis baseados em
localização real, combinando a posi ção geográfica dos jogadores com o enredo do jogo. Âmbito: Online
ID: No ano seguinte, os fundadores mudam o nome da empresa para YDreams e lan çam o primeiro jogo
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móvel, Roskstar, na Vodafone Live. Em Janeiro de 2003, a empresa cria o Cubo Interactivo de 4x4
metros para a sede da Vodafone em Lisboa, em conjunto com a IDEO e, em Julho, começa a trabalhar
em Realidade Aumentada. Este Cubo venceu o pr émio da Industrial Design Society of America.
É em 2004 que a empresa come ça a expandir -se. Abre um escrit ório em Barcelona e cria ambientes
interactivos para clientes como PT; Funda ção Portuguesa das Comunica ções, Museu da Presid ência,
Trienal de Milão, entre outros. Em 2005, instala o primeiro virtual Sightseeing, em Pinhel, e um ano
depois lança o jogo para telem óveis "Cristiano Ronaldo Underworld Footbal", em colabora ção com a
Gestifute/PolarisSport, distribu ído no mundo inteiro.
Dois anos depois, recebe investimento da ES Tech Venture (Grupo Espirito Santo) e da Herrick Partners,
uma empresa norte -americana, no valor de 8,5 milhões de euros, e lan ça o maior projecto internacional
da empresa at é à data, a Adidas Eye Ball. Em 2007, cria a primeira experiência de publicidade
interactiva em cinema, em pa íses como Portugal, Espanha e Brasil e, no final desse ano, é referida na
revista "The Economist" como a empresa pioneira em tecnologias de Realidade Aumentada.
No ano seguinte, lan ça o produto Architek - Criador de Solu ções Alternativas, uma rede empresarial
para o desenvolvimento de produtos revolucion ários e abre um escrit ório nos Estados Unidos da
América. Em Fevereiro, cria a campanha interactiva, F ábrica da Felicidade, da Coca -Cola , no Brasil.
Em 2009, a YDreams torna -se membro do AR Consortium, um grupo de empresas globais pioneiras no
desenvolvimento de tecnologia e ferramentas de Realidade Aumentada. Quanto à presença da empresa
na Semana Europeia do Empreendedorismo, Ant ónio C âmara afirma que foi uma "excelente iniciativa",
mas lamenta que a sua comunica ção seja insuficiente a n ível europeu. A quem quer seguir as suas
pisadas, só dá um conselho: nunca desistir do sonho.
Produzir brinquedos cient íficos
Quando o Neg ócios falou pela última vez com Miguel Pina Martins, a Science4You tinha 12 brinquedos à
venda e três campos de ac ção. Agora, vende mais 30. "Temos vindo a fazer uma aposta grande na
área das actividades: campos de f érias, festas de anivers ário, "workshops" nas escolas, actividades
extra-curriculares, entre outras." O empreendedor acredita que vai ser possível ter resultados muito
positivos nesta área, sobretudo no pr óximo ano -lectivo.
"Em termos de brinquedos j á estamos praticamente em todos os sítios onde queremos estar. E somos
líderes de mercado, é praticamente un ânime, apesar de n ão haver dados sobre este tipo de mercado".
Miguel Pina Martins sublinha que a Science4You n ão pretende ser uma marca de brinquedos cient íficos,
mas sim um conceito de ciência. Quer oferecer aos seus clientes um vasto leque de opções, que
permitem o desenvolvimento cognitivo e experimental das crian ças. Como?
A crian ça compra o brinquedo, tem direito a uma oferta para os museus da ci ência e esta visita irá
estimulá-lo para este tipo de interacção e experimenta ção. "É precisamente a í que queremos chegar:
fazer com que as crian ças se interessem pela ci ência não propriamente pelo estudo, mas pelo car ácter
didático, educativo, mais a brincar, que a ci ência pode ter." Às festas de aniversário juntam-se os
campos de f érias, no Ver ão ou no Natal e as actividades promovidas nas escolas.
Em três anos, muita coisa mudou: a sala no ICAT - Instituto de Ciência Aplicada e Tecnologia é maior, o
armaz ém deixou de ser um cub ículo para ocupar outras duas salas, t êm mais colaboradores, mais
cientistas e uma equipa muito própria. "A coisa tem funcionado muito melhor, porque apesar de
continuarmos a trabalhar com a faculdade, fazemo -lo de uma forma mais independente, o que nos
permite criar novos produtos."
Além da autonomia, a Sciencie4You tem ganho dimens ão. Abriu um escritório em Madrid e está a
apostar "em grande" no mercado espanhol, muito maior do que o portugu ês em termos comerciais e de
vendas. " É um mercado com mais poder de compra e com mais popula ção, acima de tudo, o que
permite sonhar um bocadinho mais do que aquilo que se faz c á", adianta.
Planos não faltam. Miguel Pina Martins quer abrir outros escrit órios na União Europeia, fabricar
brinquedos noutras línguas e internacionalizar -se cada vez mais. J á são cinco os pa íses que a
Science4You conquistou: Espanha, Brasil, Angola, Moçambique e Finlândia.
"Para continuar a ser competitiva, a Europa deve mobilizar todo o seu potencial humano dispon ível e
estimular o esp írito empresarial nas suas sociedades" , afirma Antonio Tajani .
"Temos muitos parceiros que t êm lojas em Angola e Mo çambique e acabam por levar os brinquedos de
uma forma natural para l á", explica. Um dos ex -colaboradores da empresa emigrou para o Brasil, onde
abriu uma firma e representa a Science4You no país do samba.
A surpresa vem da Finl ândia. "Um finlandês que estava em Portugal viu os nossos brinquedos num s ítio
qualquer, achou giríssimo, voltou para a Finl ândia, meteu-se novamente num avi ão, veio até cá e quer
4. País: Portugal
Jornal de Negócios Online
"Temos muitos parceiros que t êm lojas em Angola e Mo çambique e acabam por levar os brinquedos de Period.: Diária
uma forma natural para l á", explica. Um dos ex -colaboradores da empresa emigrou para o Brasil, onde
abriu uma firma e representa a Science4You no país do samba. Âmbito: Online
ID: A surpresa vem da Finl ândia. "Um finlandês que estava em Portugal viu os nossos brinquedos num s ítio
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qualquer, achou giríssimo, voltou para a Finl ândia, meteu-se novamente num avi ão, veio até cá e quer
levar os brinquedos para o seu pa ís", explica. Neste momento, a equipa de colaboradores da empresa
encontra-se a fazer as tradu ções de todos os brinquedos para que o neg ócio se concretize. "O projecto
está um bocadinho atrasado em rela ção às nossas expectativas, mas está a andar. Não vale a pena
estarmos com pressas, porque o que é importante é as coisas ficarem bem feitas."
O futuro est á em Espanha
Quanto às vendas, s ó há aspectos positivos a destacar. Angola e Brasil t êm corrido ao seu ritmo
natural, apesar do último sofrer por ser um país muito burocrático e proteccionista, segundo o jovem. O
objectivo é ter todos os brinquedos posicionados no mercado brasileiro na altura do Natal.
De Espanha, chega uma factura ção de 25% a 35%, o que "acaba por ser bom, tendo em conta que a
empresa ainda n ão tem três anos de vendas". A ambi ção do empreendedor é que esta atinja os 50% no
próximo ano. "Esperemos que Portugal comece a representar cerca de 40% em 2012, tendo em conta
que os outros pa íses ainda n ão têm uma express ão muito grande."
Miguel Pina Martins n ão poderia estar mais satisfeito. Apesar da crise que o pa ís vive, a Scinece4You
cresceu 100% em rela ção ao ano passado. Come çou com 50 mil euros no primeiro ano, no segundo
aumentou para 195 mil, no terceiro para 250 mil e o objectivo de 2011 é chegar aos 500 mil euros.
"Neste momento, j á temos 200 mil. Tendo em conta que a época do ano que come ça em Setembro é
normalmente muito forte, esperamos conseguir alcançar entre os 400 e os 500 mil euros." Em 2012, se
tudo correr como o empreendedor prev ê, vai conseguir chegar a um milh ão de euros, "um objectivo
que apesar de ambicioso, é realista", comenta.
A internacionaliza ção continua a ser uma prioridade, os brinquedos continuam a ter o mesmo conceito e
a aposta na ciência é a mesma. Toda a miss ão e vis ão da empresa se mant êm. Os colaboradores
continuam a trabalhar e a dedicarem -se e é isso que consegue que faz com que a Science4You cresça.
"Sem trabalho e dedica ção, é praticamente imposs ível fazer -se seja o que for, a n ão ser que se tenha
muita sorte na vida."
Uma multinacional em tr ês anos
"Mais importante do que ter uma ideia, é preciso ter vontade de trabalhar, porque projectos não
faltam." Para o vencedor da última edição do prémio da Comiss ão Europeia, empreender foi a melhor
decisão que tomou at é ao momento. Chega mesmo a afirmar que aprendeu muito mais nestes tr ês
anos do que se tivesse estado 20 anos na faculdade. Miguel Pina Martins arriscou numa altura em que
não tinha muito a perder: n ão tinha filhos, carro ou casa própria. Se algo corresse mal, perdia um ano
da sua vida.
Não só não correu mal, como n ão poderia ter corrido melhor. conseguiu montar uma multinacional em
36 meses. "Não é preciso ter pais ricos nem ir ao banco para criar uma empresa. Eu sou um exemplo
disso." Miguel Pina Martins refere-se às capitais de risco, apoios com garantia mútua e outros
mecanismos de incentivo às pequenas e m édias empresas presentes no Estado português. Só é preciso
que todos os sonhadores estejam atentos.