3. “...Portanto, da mesma forma como o
pecado entrou no mundo por um homem, e
pelo pecado a morte, assim também a
morte veio a todos os homens, porque
todos pecaram; pois antes de ser dada a
lei, o pecado já estava no mundo. Mas o
pecado não é levado em conta quando não
existe lei. Todavia, a morte reinou desde o
tempo de Adão até o de Moisés, mesmo
sobre aqueles que não cometeram pecado
semelhante à transgressão de Adão, o qual
era um tipo daquele que haveria de vir.
4. Entretanto, não há comparação entre a
dádiva e a transgressão. Pois se muitos
morreram por causa da transgressão de um
só, muito mais a graça de Deus, isto é, a
dádiva pela graça de um só homem, Jesus
Cristo, transbordou para muitos! Não se
pode comparar a dádiva de Deus com a
consequência do pecado de um só homem:
por um pecado veio o julgamento que
trouxe condenação, mas a dádiva decorreu
de muitas transgressões
e trouxe justificação.
5. Se pela transgressão de um só a morte
reinou por meio dele, muito mais aqueles
que recebem de Deus a imensa provisão
da graça e a dádiva da justiça reinarão em
vida por meio de um único homem, Jesus
Cristo. Consequentemente, assim como
uma só transgressão resultou na
condenação de todos os homens, assim
também um só ato de justiça resultou na
justificação que traz vida a
todos os homens.
6. Logo, assim como por meio da
desobediência de um só homem muitos
foram feitos pecadores, assim também, por
meio da obediência de um único homem
muitos serão feitos justos. A lei foi
introduzida para que a transgressão fosse
ressaltada. Mas onde aumentou o pecado,
transbordou a graça, a fim de que, assim
como o pecado reinou na morte, também a
graça reine pela justiça para conceder vida
eterna, mediante Jesus Cristo,
nosso Senhor. Amém!
7. Lemos este texto no intuito de deixar
claro que não somente em Apocalipse,
mas também em toda Bíblia
encontramos apontamentos para esse
GRANDE MOMENTO descrito no
capítulo 21 de Apocalipse. Por isso
também, podemos perceber que desde
de que Adão e Eva perderam seu lugar
no Paraíso e desde que o pecado
passou a reinar sobre a Terra (texto de
Romanos),...
8. O plano Divino tem se organizado para
o momento em que o pecado será
finalmente erradicado e o propósito
original de Deus, ao Criar a
humanidade, se concretizará. Assim, em
cada fase deste livro, a saber:
Desde as tribulações terrenas
das sete igrejas;
Passando pelos conjuntos três conjuntos
de sete juízos (selos, trombetas e
taças)...
9. Também pela destruição da falsa
trindade e da grande babilônia;
Quando finalmente chegamos aos
eventos finais dessa era
(retorno de Cristo e Juízo Final);
O objetivo tem sido:
O NOVO CÉU E A NOVA TERRA!
10. É o que acontece neste capítulo. A
realidade humana chegou ao fim.
O juízo já aconteceu. Os inimigos do
Cordeiro e da Igreja já foram lançados
no lago de fogo. Os remidos já estão na
festa das bodas do Cordeiro. Em fim, o
Paraíso perdido é agora o Paraíso
conquistado e desfrutado onde, o
homem caído é o homem glorificado.
Afinal de contas,
o CÉU chegou ou chegamos ao CÉU.
11. Eis uma ótima oportunidade para
refletirmos sobre o CÉU. Pode-se
aprender muito com isso, até
porque:
1.O céu nos estimula á santidade.
2. O Céu nos ensina a renunciar
agora em favor da herança futura.
3. O céu nos livra do medo da morte.
12. 4. Sobre o Céu, disse W. A. Criswell:
“o céu é um lugar preparado para
aqueles que foram preparados
para ele. Disse mais:
“Não há dor na terra que
o céu não possa curar”.
E o que Apocalipse 21 diz
sobre o Céu?
Como será?
13. Talvez a primeira possibilidade
crida é que muitos creem no
conceito de aniquilação
do atual cosmos e de uma total
descontinuidade entre
a antiga e a nova terra.
...
14. Suas razões são obvias, pois basta ler
e considerar as coisas que
acontecerão com o cosmos e assim
fica fácil defender a tese de que, por
conta dos eventos cataclísmicos,
tudo isso será desconsiderado. Para
a crença popular: virará pó, então...
Ou a reforma fica cara, não vale a
pena.
15. Por outro lado, há quem diga que Deus
não vai criar novo céu e nova terra, mas
vai fazer do velho um novo. Diz
Hernandes D. Lopes, por exemplo: “ o
novo céu e a nova terra não são um novo
que não existia, mas um novo a partir do
que existia. Assim como nosso corpo
glorificado é a partir do nosso corpo,
assim será o universo. O céu e a terra
serão purificados pelo fogo. Não é
aniquilamento, mas renovação.”
16. Suas palavras baseiam-se em
Isaías 65.17 e 66.22 / 2ª Pedro 3.13
Ouçamos os textos:
“Porque, eis que eu crio novos céus e
nova terra; e não haverá mais
lembrança das coisas passadas, nem
mais se recordarão... Porque, como os
novos céus, e a nova terra, que hei de
fazer, estarão diante da minha face, diz
o SENHOR, assim também há de estar
a vossa posteridade e o vosso nome.”
17. “Mas nós, segundo a sua
promessa, aguardamos novos céus
e nova terra, em que habita a
justiça.”
Para Lopes não é novo de edição,
porque há continuidade entre o
antigo e o novo.
18. Seus argumentos e também de muitos
outros pensadores se baseiam,
principalmente no termo usado no
grego para designar o “novo”, tanto de
apocalipse 21.1 e 2ª Pedro 3.13. o termo
usado é “kainós” e não “neós”. Ambos
significam ‘novo’, mas com
nuances distintas.
Vejamos:
19. Os dicionários nos apresentam a
seguinte distinção entre
as duas palavras:
Néos, em português: novo, jovem,
recente, jovial, novo no sentido de
tempo, recém-formado, inédito, etc.
Kainós, é o novo na espécie, no
caráter, no modelo, renovado,
melhorado, de maior excelência, não
novo no tempo, mas novo na forma ou
qualidade, melhor que o velho,
20. Repito: "Vi novo céu e nova terra, pois o
primeiro céu e a primeira terra passaram,
e o mar já não existe.
“A Nova Terra (kainos) vista por João é esta
nossa Terra, renovada pelo poder de Deus.
Assim, a expressão “novos céus e nova terra”
significa não a aparição de um cosmos
totalmente diferente do atual, mas a criação
de um universo que, apesar de haver sido
gloriosamente renovado, mantém
continuidade com o presente.
21. Outro argumento usado por aqueles
que defendem a total renovação
desta realidade presente está em
Romanos 8. 19, 20 e 21.
Ouçamos o texto:
22. A natureza criada aguarda, com grande
expectativa, que os filhos de Deus
sejam revelados. Pois ela foi submetida
à futilidade, não pela sua própria
escolha, mas por causa da vontade
daquele que a sujeitou, na esperança
de que a própria natureza criada será
libertada da escravidão da decadência
em que se encontra para a gloriosa
liberdade dos filhos de Deus.
23. Obviamente Paulo está dizendo que é a
presente criação que anseia pela
manifestação dos filhos de Deus para ser
libertada da escravidão e da corrupção a
que será liberta e não alguma criação
totalmente diferente ou nova.
24. Também defendem, como dissera
antes, a analogia existente entre a
nova terra e os corpos que
receberemos na ressurreição.
Ouçamos o texto:
25. Mas alguém pode perguntar: "Como
ressuscitam os mortos? Com que
espécie de corpo virão? "
Insensato! O que você semeia não
nasce a não ser que morra.
Quando você semeia, não semeia o
corpo que virá a ser, mas apenas uma
simples semente, como de trigo ou de
alguma outra coisa.
26. Mas Deus lhe dá um corpo, como
determinou, e a cada espécie de
semente dá seu corpo apropriado.
Nem toda carne é a mesma: os
homens têm uma espécie de carne, os
animais têm outra, as aves outra, e os
peixes outra. Há corpos celestes e há
também corpos terrestres; mas o
esplendor dos corpos celestes é um, e
o dos corpos terrestres é outro.
27. Um é o esplendor do sol, outro o da lua, e
outro o das estrelas; e as estrelas diferem
em esplendor umas das outras. Assim será
com a ressurreição dos mortos. O corpo
que é semeado é perecível e ressuscita
imperecível; é semeado em desonra e
ressuscita em glória; é semeado em
fraqueza e ressuscita em poder; é semeado
um corpo natural e ressuscita um corpo
espiritual. Se há corpo natural, há também
corpo espiritual.
28. Assim está escrito: "O primeiro homem,
Adão, tornou-se um ser vivente"; o
último Adão, espírito vivificante.
Não foi o espiritual que veio antes, mas
o natural; depois dele, o espiritual.
O primeiro homem era do pó da terra; o
segundo homem, do céu.
Os que são da terra são semelhantes
ao homem terreno; os que são do céu,
ao homem celestial.
29. Assim como tivemos a imagem do
homem terreno, teremos também a
imagem do homem celestial.
Irmãos, eu lhes declaro que carne e
sangue não podem herdar o Reino de
Deus, nem o que é perecível pode herdar
o imperecível. Eis que eu lhes digo um
mistério: nem todos dormiremos, mas
todos seremos transformados, num
momento, num abrir e fechar de olhos,
ao som da última trombeta.
30. Pois a trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis e nós
seremos transformados.
Pois é necessário que aquilo que é
corruptível se revista de
incorruptibilidade, e aquilo que é
mortal, se revista de imortalidade.
31. Quando, porém, o que é corruptível
se revestir de incorruptibilidade, e o
que é mortal, de imortalidade, então
se cumprirá a palavra que está
escrita: "A morte foi destruída pela
vitória".
"Onde está, ó morte, a sua vitória?
Onde está, ó morte, o seu
aguilhão? “
32. O aguilhão da morte é o pecado, e a
força do pecado é a lei. Mas graças a
Deus, que nos dá a vitória por meio de
nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto,
meus amados irmãos, mantenham-se
firmes, e que nada os abale. Sejam
sempre dedicados à obra do Senhor,
pois vocês sabem que, no Senhor, o
trabalho de vocês não será inútil.
Aleluia!
33. Com base neste texto podemos entender
que haverá tanto continuidade quanto
descontinuidade entre o corpo presente
e o corpo ressurreto. Por analogia é
lógico pensar e esperar que a nova terra
não será totalmente inédita e diferente
da presente, mas será a presente terra
maravilhosamente e
plenamente renovada.
34. Por fim, Lopes afirma:
“ se Deus precisasse aniquilar o cosmos
atual, satanás teria tido uma grande
vitória. Deus revelará a dimensão total
dessa terra sobre a qual satanás enganou
a raça humana, e então, tirará todos os
resultados e vestígios de suas
ações e do pecado.”
35. Fato é que a cidade santa desce do
céu para terra e, ao que tudo indica,
o novo Éden está também nesta
‘nova’ terra. É difícil saber quão
literalmente deve ser interpretada
esta visão. Não somos informados
sobre como o novo céu e a nova
terra se inter-relacionam.
...
36. Todavia, algo que verdadeiramente
sabemos é que a Nova Jerusalém:
É a realidade que se cumpre
de forma definitiva.
É a materialização das esperanças
do povo de Deus.
É a recompensa dos santos por tudo o
que suportaram.
37. Mas é também um fator motivador
determinante para uma fidelidade e
perseverança maiores no presente,
considerando o que está em jogo:
Seremos contados dentre os vitoriosos
que a habitarão ou dentre aqueles
que ficarão do lado de fora?
Afinal de contas:
38. O vencedor herdará tudo isto, e eu serei
seu Deus e ele será meu filho.
Mas os covardes, os incrédulos, os
depravados, os assassinos, os que
cometem imoralidade sexual, os que
praticam feitiçaria, os idólatras e todos os
mentirosos — o lugar deles será no lago de
fogo que arde com enxofre... E não entrará
nela coisa alguma que contamine, e cometa
abominação e mentira; mas só os que
estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.
39. Que a Bênção de Deus
permaneça sobre todos nós e
nos conduza para a
eternidade ao Seu lado.