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CAPÍTULO 4...
MULETA TEOLÓGICA
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei (Gálatas 4:4).
Jesus nasceu como judeu, viveu como judeu e foi sepultado como judeu.
Jesus nasceu na época em que vigorava a Antiga Aliança. Não há como negar
as origens judaicas do Cristianismo. No entanto, o Judaísmo não precisa do
Cristianismo para continuar existindo e do mesmo modo, o Cristianismo não
necessita do Judaísmo como muleta teológica, como se o Cristianismo não
pudesse existir por si mesmo. Cada um deles (Judaísmo e Cristianismo)
possuem suas próprias características que o definem enquanto religiões
distintas. Inclusive, uma das diferenças principais entre eles, reside no fato de
que no Cristianismo, o Messias já veio, a saber: Jesus Cristo. Já para o
Judaísmo, o Messias ainda não veio, pois, para eles, Jesus não é o Messias
esperado. Por isso, a Bíblia dos judeus não possui o Novo Testamento.
Em Gálatas 5:4 está escrito:
Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça
tendes caído (Gl 5:4).
Essa passagem bíblica mostra que os cristãos (da Nova Aliança) não
precisam se submeter ao jugo da lei (da Antiga Aliança), pois, como eu disse
acima, o cristão crê em Jesus Cristo como o Messias que havia de vir (e veio),
algo que os judeus não acreditam. Por isso, não há motivos de misturarmos as
coisas, trazendo práticas peculiares do Judaísmo para dentro do Cristianismo.
Além disso, para o cristão, Jesus é o único Caminho que nos conduz ao Pai
(João 14:6) e em nenhum outro nome há salvação, a não ser em Jesus Cristo
(Atos 4:12). Ele (Jesus) é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 João 5:20). Por
tudo o que foi citado até aqui, fica claro que a judaização da Igreja é algo que
desagrada ao Deus Vivo, pois, há uma incompatibilidade crucial entre o
Cristianismo e o Judaísmo, pois, um acredita que Jesus é o Messias Salvador
e o outro não crê nisso. Não há como ficarmos com um pé no Judaísmo e o
outro no Cristianismo, pois, ou cremos que Jesus é nosso único e suficiente
Salvador ou não cremos nisso. Não existe meio termo: ou cremos ou não
cremos em Jesus como o Messias esperado.
De igual modo, vale salientar que não necessitamos utilizar símbolos ou
práticas judaicas, a fim de “completarmos” a nossa salvação em Cristo, pois, a
salvação em Jesus Cristo é completa, não havendo necessidade de nenhuma
muleta teológica / religiosa proveniente do Judaísmo, pois, em Hebreus 7:25
está escrito:
Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles (Hb 7:25).
Além disso, a Bíblia Sagrada enfatiza que Jesus Cristo, por seu próprio
sangue, efetuou uma eterna redenção (Hebreus 9:12), demonstrando que tudo
o que compete a nossa salvação já foi feito por Cristo, a nosso favor. Em
outras palavras, a salvação em Cristo é suficiente e completa, não precisando
guardar sábados, fazer uso de réplicas da Arca da Aliança, de mezuzá,
candelabro ou de qualquer outro símbolo, prática, vestimenta ou objeto do
Judaísmo.
Outro ponto importante que vale ressaltar diz respeito ao que Jesus
disse para a mulher samaritana, a saber:
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste
monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis;
nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a
hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai
em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem
(João 4:21-23).
Viram?
Não é o local geográfico da adoração que importa, mas o fato da
adoração ser em espírito e em verdade. Logo, afirmar que algo feito em Israel
(adoração, batismo, orações, etc) tem mais significado espiritual, por ter sido
realizado na Terra Santa, não tem fundamento bíblico. O que importa é a
adoração e não o local em si.
Infelizmente, os adeptos da Teologia da Enganação trazem para dentro
do Cristianismo, certos símbolos e práticas próprias do Judaísmo, atribuindo
resultados espirituais para tudo isso, como se o Cristianismo fosse insuficiente
em sua própria essência, havendo assim, uma suposta necessidade de
apelarmos para a judaização da igreja. Esse “outro evangelho” desagrada a
Deus, pois, a Bíblia é bem clara quando diz que “todo aquele que não
persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus” (2 João 9).
Recapitulando:
- Jesus nasceu, viveu e foi sepultado como judeu.
- Não há como negar as origens judaicas do Cristianismo.
- O Judaísmo não aceita Jesus como o Messias e por isso, não tem o
Novo Testamento em suas Bíblias.
- O Cristianismo adota a Bíblia Sagrada com o Novo Testamento, pois,
acredita em Cristo como o Messias Salvador.
- A judaização da igreja é um “outro evangelho” que desagrada a Deus e
não cumpre os Seus propósitos.
- O que importa para Deus é a adoração em espírito e em verdade e não
o local geográfico onde tal adoração ocorre.
- Nenhum ato religioso se torna mais significativo aos olhos de Deus
pelo fato de ter sido realizado em Israel (Terra Santa).
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida –
Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.

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Cristianismo sem muletas judaicas

  • 1. CAPÍTULO 4... MULETA TEOLÓGICA Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei (Gálatas 4:4). Jesus nasceu como judeu, viveu como judeu e foi sepultado como judeu. Jesus nasceu na época em que vigorava a Antiga Aliança. Não há como negar as origens judaicas do Cristianismo. No entanto, o Judaísmo não precisa do Cristianismo para continuar existindo e do mesmo modo, o Cristianismo não necessita do Judaísmo como muleta teológica, como se o Cristianismo não pudesse existir por si mesmo. Cada um deles (Judaísmo e Cristianismo) possuem suas próprias características que o definem enquanto religiões distintas. Inclusive, uma das diferenças principais entre eles, reside no fato de que no Cristianismo, o Messias já veio, a saber: Jesus Cristo. Já para o Judaísmo, o Messias ainda não veio, pois, para eles, Jesus não é o Messias esperado. Por isso, a Bíblia dos judeus não possui o Novo Testamento. Em Gálatas 5:4 está escrito: Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído (Gl 5:4). Essa passagem bíblica mostra que os cristãos (da Nova Aliança) não precisam se submeter ao jugo da lei (da Antiga Aliança), pois, como eu disse acima, o cristão crê em Jesus Cristo como o Messias que havia de vir (e veio), algo que os judeus não acreditam. Por isso, não há motivos de misturarmos as coisas, trazendo práticas peculiares do Judaísmo para dentro do Cristianismo. Além disso, para o cristão, Jesus é o único Caminho que nos conduz ao Pai (João 14:6) e em nenhum outro nome há salvação, a não ser em Jesus Cristo (Atos 4:12). Ele (Jesus) é o verdadeiro Deus e a vida eterna (1 João 5:20). Por tudo o que foi citado até aqui, fica claro que a judaização da Igreja é algo que desagrada ao Deus Vivo, pois, há uma incompatibilidade crucial entre o Cristianismo e o Judaísmo, pois, um acredita que Jesus é o Messias Salvador e o outro não crê nisso. Não há como ficarmos com um pé no Judaísmo e o outro no Cristianismo, pois, ou cremos que Jesus é nosso único e suficiente Salvador ou não cremos nisso. Não existe meio termo: ou cremos ou não cremos em Jesus como o Messias esperado. De igual modo, vale salientar que não necessitamos utilizar símbolos ou práticas judaicas, a fim de “completarmos” a nossa salvação em Cristo, pois, a salvação em Jesus Cristo é completa, não havendo necessidade de nenhuma muleta teológica / religiosa proveniente do Judaísmo, pois, em Hebreus 7:25 está escrito: Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles (Hb 7:25). Além disso, a Bíblia Sagrada enfatiza que Jesus Cristo, por seu próprio sangue, efetuou uma eterna redenção (Hebreus 9:12), demonstrando que tudo
  • 2. o que compete a nossa salvação já foi feito por Cristo, a nosso favor. Em outras palavras, a salvação em Cristo é suficiente e completa, não precisando guardar sábados, fazer uso de réplicas da Arca da Aliança, de mezuzá, candelabro ou de qualquer outro símbolo, prática, vestimenta ou objeto do Judaísmo. Outro ponto importante que vale ressaltar diz respeito ao que Jesus disse para a mulher samaritana, a saber: Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem (João 4:21-23). Viram? Não é o local geográfico da adoração que importa, mas o fato da adoração ser em espírito e em verdade. Logo, afirmar que algo feito em Israel (adoração, batismo, orações, etc) tem mais significado espiritual, por ter sido realizado na Terra Santa, não tem fundamento bíblico. O que importa é a adoração e não o local em si. Infelizmente, os adeptos da Teologia da Enganação trazem para dentro do Cristianismo, certos símbolos e práticas próprias do Judaísmo, atribuindo resultados espirituais para tudo isso, como se o Cristianismo fosse insuficiente em sua própria essência, havendo assim, uma suposta necessidade de apelarmos para a judaização da igreja. Esse “outro evangelho” desagrada a Deus, pois, a Bíblia é bem clara quando diz que “todo aquele que não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus” (2 João 9). Recapitulando: - Jesus nasceu, viveu e foi sepultado como judeu. - Não há como negar as origens judaicas do Cristianismo. - O Judaísmo não aceita Jesus como o Messias e por isso, não tem o Novo Testamento em suas Bíblias. - O Cristianismo adota a Bíblia Sagrada com o Novo Testamento, pois, acredita em Cristo como o Messias Salvador. - A judaização da igreja é um “outro evangelho” que desagrada a Deus e não cumpre os Seus propósitos. - O que importa para Deus é a adoração em espírito e em verdade e não o local geográfico onde tal adoração ocorre. - Nenhum ato religioso se torna mais significativo aos olhos de Deus pelo fato de ter sido realizado em Israel (Terra Santa).
  • 3. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA: Bíblia Sagrada – Harpa Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida – Edição Revista e Corrigida, 4ª edição. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2009. 1920 p.