1) O documento apresenta informações sobre os principais tecidos vegetais, incluindo meristemas, sistema fundamental e sistema de revestimento e vascular.
2) Detalha os diferentes tipos de meristemas, como os apicais e laterais, e os tecidos que originam, como protoderme, procâmbio e meristema fundamental.
3) Descreve os principais tipos de tecidos do sistema fundamental, incluindo parênquima, colênquima e esclerênquima, com suas características e funções.
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
morfologia Aula 1
1. Faculdade de Ciências Agrárias e Exatas -
FCAE
APOSTILA
Morfologia Vegetal
Profa. Dra. Thaiza Galhardo Silva Morceli
2. 2
Conteúdo
MERISTEMAS............................................................................................................. 3
Meristemas Apicais: ................................................................................................. 3
Meristemas Laterais: ................................................................................................ 4
SISTEMA FUNDAMENTAL ......................................................................................... 6
PARÊNQUIMA ......................................................................................................... 6
COLÊNQUIMA ......................................................................................................... 9
ESCLERÊNQUIMA ................................................................................................ 10
SISTEMA DE REVESTIMENTO ............................................................................... 11
Epiderme................................................................................................................ 11
SISTEMA VASCULAR .............................................................................................. 13
XILEMA .................................................................................................................. 13
FLOEMA ................................................................................................................ 15
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3. 3
MERISTEMAS
Após a fecundação a célula ovo ou zigoto divide-se várias vezes para formar
o embrião. No início, todas as células do corpo embrionário se dividem, mas com o
crescimento e desenvolvimento do vegetal, as divisões celulares vão ficando
restritas à determinadas regiões do corpo do vegetal (Figuras 1 e 2). Assim, no
vegetal adulto, algumas células permanecem embrionárias, isto é, conservam sua
capacidade de divisão e multiplicação e a estes tecidos que permanecem
embrionários, damos o nome de meristemas (do grego meristos = dividir).
As células meristemáticas não são especializadas, mas contêm elementos
para a edificação das células diferenciadas. Os meristemas originam tecidos
primários, através de divisões anticlinais (perpendicular a superfície do órgão) e
periclinais (paralela a superfície do órgão) de células denominadas iniciais. As novas
células são chamadas de derivadas.
* Características Gerais: Apresentam tamanho reduzido, apenas parede primária,
muitos vacúolos pequenos, plastídios não diferenciados (proplastídios), citoplasma
denso e núcleo grande.
*Funções: crescimento e cicatrização de injúrias.
Meristemas Apicais:
Localizam-se nas extremidades de caules e de suas ramificações e de raízes
e suas ramificações. Originam tecidos primários, sendo, portanto, responsáveis pelo
crescimento primário da planta, que é um crescimento vertical. Suas células
possuem citoplasma denso, núcleo grande e forma aproximadamente isodiamétrica.
1.1- Tecidos primários originados dos meristemas apicais:
- Protoderme: camada mais externa originará a epiderme.
- Procâmbio: origina os tecidos vasculares primários e o câmbio
- Meristema fundamental: origina parênquima, colênquima e esclerênquima.
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4. 4
Figura 1. Meristemas apicais Figura 2. Corte longitudinal de detalhes dos
meristemas apical e subapical do caule e raiz,
ical
respectivamente
Meristemas Laterais:
Ocorrem em plantas com crescimento secundário, isto é, com crescimento em
espessura. Esse crescimento ocorre por adição de tecidos vasculares ao corpo
primário da planta. O câmbio e o felogênio são conhecidos como meristemas
laterais, devido à posição que ocupam (paralela aos lados do caule e raiz). Portanto,
o câmbio e o felogênio formam o corpo secundário da planta.
2.1. Câmbio Vascular: instala se entre os tecidos vasculares primá
instala-se primários produzindo os
tecidos vasculares secundários. Quando em atividade, são células altamente
vacuoladas, com núcleo pequeno. A porção diferenciada a partir do procâmbio
formará os elementos de condução (xilema e floema) (Figura 3). Em algumas
situações uma parte do câmbio se origina a partir de outro meristema, chamado
a
periciclo, que produzirá raios parenquimáticos. Possui dois tipos celulares: a) As
, .
iniciais fusiformes que têm formato alongado e extremidades afiladas e originarão os
sistemas axiais do xilema e floema secundários; e b) As iniciais radiais que variam
ema
de formato, de pouco alongado a quase isodiamétrico, e originarão os sistemas
radiais (de constituição parenquimática) do xilema e floema secundários.
Em corte transversal, as iniciais fusiformes se apresentam de contorno retangular e
fusiformes
estreito e as radiais apesar de semelhantes são um pouco mais largas.
2.2. Felogênio: É o meristema lateral que origina a periderme, um tecido secundário
:
que substitui a epiderme em muitas dicotiledôneas e gimnospermas lenhosas. Pode
gimnospermas
ser observado em cortes transversais, como uma faixa mais ou menos contínua e
suas células iniciais são retangulares. Têm origens diversas.
Obs.: Periciclo: tecido primário que origina o felogênio e a parte do câmbio (câmbio
interfascicular, em frente aos pólos de protoxilema) que origina os raios
scicular,
parenquimáticos (presentes entre o xilema).
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5. 5
A B
Figura 3. A. Caule com crescimento secundário. B. Caule com anéis de crescimento
rescimento
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6. 6
SISTEMA FUNDAMENTAL
O parênquima, colênquima e o esclerênquima são tecidos simples pertencentes ao
nquima,
sistema fundamental e se originaram do meristema fundamental.
PARÊNQUIMA
No corpo primário da planta, as células parenquimáticas comumente dispõem
dispõem-se
como um agregado contínuo form
formando o tecido parenquimático
parenquimático.
O parênquima forma-se a partir da diferenciação de células do meristema
se
fundamental (ápice de caule e raiz).
*CARACTERÍSTICAS:
Suas células freqüentemente são arredondadas e isodiamétricas e há espaços
intercelulares (Figura 4 . As células são capazes de retomar a atividade
a 4).
meristemática, diferenciando se novamente em outros tipos de células e podendo
diferenciando-se
originar, inclusive, uma planta inteira.
É encontrado em todos os órgãos da planta, formando um tecido contínuo (ex (ex:
córtex e medula de caule, córtex de raiz, mesofilo da folha).
*FUNÇÕES:
- Desempenham importante papel na regeneração e na cicatrização de lesões.
- Dão origem às estruturas adventícias (ex: raízes adventícias que se formam em
estacas caulinares).
- Estão envolvidas em atividades tais como fotossíntese, armazenamento e
vidas
secreção.
- Têm função no movimento da água e no transporte de substâncias nas plantas.
Espaços intercelulares
Figura 4. Parênquima de preenchimento medular.
.
Fonte: http://professores.unisanta.br
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7. 7
* CLASSIFICAÇÃO: De modo geral, podem-se distinguir três tipos básicos de
parênquima, como segue abaixo:
1. Parênquima de Preenchimento: Encontrado no córtex e medula do caule e no
córtex da raiz. Suas células podem ter formatos variáveis - poliédricas,
isodiamétricas, cilíndricas ou esféricas. Podem conter cloroplastos, amiloplastos,
cristais e várias substâncias secretadas.
2. Parênquima Clorofiliano ou clorênquima: Sua principal função é realizar
fotossíntese, em razão de possuir muitos cloroplastos. A forma das células pode ser
variável, dependendo do órgão e da espécie em que ele está presente, bem como
do ecossistema em que a planta está inserida. As células do parênquima clorofiliano
podem dispor-se de modo a favorecer uma grande superfície de contato com as
outras células, facilitando a captação da energia luminosa e dos elementos gasosos
necessários à fotossíntese. O vacúolo é grande e empurra os numerosos
cloroplastos que formam uma camada uniforme destas organelas na periferia d
célula, facilitando a absorção de gás carbônico. Esse tipo de tecido é encontrado no
mesofilo foliar ocorrendo também em caules jovens e outros órgãos
fotossintetizantes. Podem ser:
• Parênquima Paliçádico: Encontrado principalmente no mesofilo, constituído de
um ou mais estratos celulares, poucos espaços intercelulares, muitos
cloroplastos, “lembrando palitos” (Figura 5).
• Parênquima Esponjoso ou Lacunoso: Células com formatos irregulares,
normalmente com espaços intercelulares mais amplos que os do paliçádico.
(Figura 5).
• Parênquima Plicado: Possui reentrâncias, assemelhando-se a dobras, daí seu
nome, que significa pregueado. É encontrado em plantas que com área foliar
ou mesofilo reduzido, como nas acículas de Pinus sp e em folhas de bambu
(Bambusa sp.) tendo com função aumentar a superfície de contato.
Figura 5. Mesofilo dorsiventral no limbo de Coffea arábica
Fonte: (Souza, 2003).
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8. 8
3. Parênquima de Reserva: Sua principal função é armazenar substâncias
.
provenientes do metabolismo primário das plantas. Está distribuído e órgãos de
em
plantas que podem ser utilizadas como alimento, por exemplo, raízes, rizomas,
folhas, frutos e sementes de várias espécies de interesse comercial. Porém, este
parênquima pode funcionar como meio para a planta evitar o estresse de
determinado ecossistema, constituindo um tecido que desempenha importante
ossistema,
função, em espécies adaptadas a ambientes xéricos e ambientes aquáticos,
armazenando água e ar respectivamente.
• Parênquima Aquífero: As células são relativamente grandes e são
uífero:
especializadas em armazenar água.Presente em plantas suculentas, como
bromeliáceas e cactáceas. (Fig
(Figura 6A).
• Parênquima Aerífero: Conhecido por aerênquima. Possui grandes espaços
intercelulares, que têm a função de facilitar a circulação de gases e a
flutuação. Ocorre principalmente em órgão de plantas aquáticas. (Fig
principalmente (Figura 6B)
• Parênquima Amilífero: Os plastos das células acumulam amido
(amiloplastos), proteínas (proteínoplastos) ou lipídios (elaioplastos). É
bastante frequente em órgãos de reserva. Assim, o parênquima amilíamilífero
pode ser facilmente encontrado em tubérculos e raízes tuberosas. Ex.:batata
(Solanum tuberosum). Neste caso, costuma haver o desaparecimento dos
Solanum tuberosum).
vacúolos e de muitas organelas, para dar lugar às substâncias de reserva.
(Figura 6C).
A B C
Figura 6. A.Parênquima Aquífero B. Parênquima Aerífico, C. Parênquima Amilífero.
Aquífero,
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9. 9
COLÊNQUIMA
É um tecido homogêneo, com função básica de sustentação de espécies herbáceas
ou subarbustivas. Ocorre em órgãos jovens, sendo usualmente periférico no caule.
Nas folhas, ocorre no pecíolo, na nervura central ou na borda do limbo. Nas raízes
raramente são encontrados. Possui plasticidade (o que possibilita o crescimento do
possibilita
órgão ou tecido até atingir a maturidade), conferindo resistência a ações ambientais,
principalmente de ventos e correntezas de água (em caso de plantas aquáticas). As
paredes primárias são desigualmente espessadas, e de acordo co com o
espessamento da parede, distinguem se diferentes padrões estruturais.
distinguem-se
*CARACTERÍSTICAS: Células vivas, com formatos variáveis, podem conter
cloroplastos, com parede primária bem espessada (Figura 7), de maneira desigual
, desigual.
Como o parênquima, o colênquima é capaz de retomar a atividade meristemática.
colênquima
Colênquima
Floema
Xilema
Figura 7. CT do caule de taraxacum sp. Colênquima. CO-colênquima; PA
colênquima; PA-parênquima
Fonte: Appezzato-da-Glória, 2003.
Glória,
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10. 10
ESCLERÊNQUIMA
O termo esclerênquima é derivado do grego skleros, que significa “duro”, e a
,
principal característica das células do esclerênquima é a presença de parede
secundária espessa e comumente lignificada. Devido à presença dessa parede, as
células do esclerênquima são elementos importantes na resistência e sustentação
nas partes das plantas que já cessaram o alongamento.
es
*TIPOS:
• Esclereídes ou Esclerócitos: podem ocorrer isoladamente ou em grupos no
tecido fundamental. São relativamente curtas. Elas fazem parte da
constituição dos envoltórios de muitas sementes, das cascas da nozes e dos
das
caroços das drupas (ex. pêssego), e dão às peras a textura arenosa (Figura
8).
• Fibras: são células afiladas, longas e comumente ocorrem em cordões ou
feixes.
As denominadas fibras liberianas (ex. cânhamo, juta e linho) (Figura 9) são
derivadas do caule de eudicotiledôneas. Outras fibras economicamente
das
importantes como o abacá são extraídas de folhas de monocotiledôneas.
Figura 8. Esclereídes (células pétreas) da pêra.
Figura 9. Fibras de cânhamo.
.
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11. 11
SISTEMA DE REVESTIMENTO
Originando-se da camada mais externa dos meristemas apicais (protoderme),
a epiderme reveste o corpo do vegetal em crescimento primário, podendo ser
substituída pela periderme, durante o crescimento secundário. Está sujeita a várias
modificações estruturais, devido a fatores ambientais.
Os tecidos de revestimentos têm como principal função revestir e proteger o
corpo do vegetal. Esta proteção resulta de diferentes mecanismos, que representam
geralmente adaptação ao meio em que a planta vive. Pela disposição compacta das
células, protege contra choques mecânicos, invasão de patógenos e perda d’água.
Desempenha outras funções, como, trocas gasosas (estômatos), absorção de água
e sais (pêlos radiculares e tricomas) e proteção contra radiação solar.
Epiderme
A epiderme constitui o sistema dérmico ou de revestimento de folhas, partes
florais, frutos e sementes, além de caules e raízes, até que estes apresentem um
crescimento secundário considerável.
É composta por células geralmente de formato tabular; intimamente unidas;
vivas, altamente vacuoladas. As paredes das células epidérmicas das partes aéreas
são recobertas por uma cutícula, que minimiza a perda de água. A cutícula consiste
principalmente em cutina e cera. Em muitas plantas, a cera é exsudada sobre a
superfície da cutícula dando um aspecto brilhante de algumas folhas e frutos. Pode-
se também encontrar lignina (ex.: folhas de coníferas).
Geralmente é formada por uma única camada de células (Figura 10A), mas
pode ser pluriestratificada, como na folha da falsa-seringueira (Ficus elástica) ou nas
orquídeas – velame (Figura 10B).
Na epiderme ocorrem os aparelhos estomáticos (estômatos) (Figura 11A),
constituídos de aberturas limitadas por duas células, denominadas células-guarda;
estes são usualmente encontrados nas partes aéreas, especialmente nas folhas e
em caules jovens, estando relacionados com as trocas gasosas. As células-guarda
regulam a abertura estomática controlando o movimento dos gases, incluindo vapor
d’água, possibilitando sua entrada e saída da planta.
Ocorrem também outras células especializadas, destacando-se os tricomas
(pêlos) (Figura 11B). Os tricomas têm muitas funções. Os pêlos radiculares facilitam
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a absorção de água e nutrientes minerais do solo. Estudos de plantas de regiões
áridas indicam que um aumento da pubescência (aumento de tricom
tricomas) resulta em
um aumento na refletância da radiação solar, diminuição da temperatura e menor
taxa de perda de água. Os tricomas também podem atuar na defesa contra insetos.
Por exemplo, em algumas espécies existe uma correlação positiva entre a pilosidade
e a resistência a insetos. Nas plantas carnívoras, os tricomas têm papel importante
na captura de suas presas. Os tricomas secretores (glandulares) podem fornecer
defesa química.
A B
Figura 10. A. Epiderme simples B. CT da raiz de Cattleya sp. evidencian o velame (V).
simples. videnciano
Fonte: Anatomia Vegetal Appezato
: Appezato-da-Glória.
A B
Figura 11. A. Tricoma tector de Leonotia nepetifolia. B. Complexo estomádico de
Tradescantia pallida.
Fonte: Laboratório de Anatomia vegetal - DXB - IBILCE - UNESP.
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13. 13
SISTEMA VASCULAR
A conquista dos ambientes terrestres por parte dos vegetais tornou-se
possível a partir do desenvolvimento de um sistema eficiente de distribuição de água
e nutrientes (feita por dois tipos de tecidos: o xilema e o floema) e de absorção de
água do solo. Esse sistema está presente por todo o corpo do vegetal.
XILEMA
Trata-se de um tecido complexo por ser composto por diferentes tipos
celulares. Localiza-se em diferentes posições dependendo do órgão, em raízes
(Figura 12), por exemplo, está alternado com o floema e em caules (Figura 13) é
oposto e interno ao floema. O xilema primário é originado a partir do procâmbio e o
xilema secundário, a partir do câmbio. O xilema primário pode apresentar as
seguintes células, elementos traqueais, células esclerenquimáticas, células
parenquimáticas.
1. Elementos Traqueais: são as principais células de condução do xilema.
Quando maturas são desprovidas de protoplasto. São de dois tipos: as traqueídes e
os elementos dos vasos (Figura 14).
Tanto traqueídes quanto os elementos do vaso são células alongadas com
paredes secundárias que não têm protoplasto na maturidade. Os dois tipos celulares
podem exibir pontuações nas paredes. Além das pontuações, nos elementos do
vaso, pode haver perfurações nas paredes (áreas destituídas das paredes primárias
e secundárias). São orifícios e ocorrem geralmente nas paredes terminais, mas
podem aparecer nas laterais. A parte da parede que possui a perfuração é
denominada placa perfurada. Os elementos do vaso reúnem-se formando longas
colunas contínuas ou tubos, denominados vasos.
De modo geral, acredita-se que os elementos do vaso constituem condutores
de água mais eficazes que as traqueídes, pois a água pode fluir mais livremente de
um elemento para outro através das perfurações. Nas traqueídes, o fluxo de água é
mais lento, pois a água tem que atravessar as paredes de duas células com
pontuações.
2. Células Esclerenquimáticas: Fibras: Células longas, com paredes
secundárias geralmente lignificadas e pontoações simples. Têm função de
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14. 14
sustentação e eventualmente armazenamento. Eventualmente o xilema pode
apresentar esclereides (Figura 15).
3. Células Parenquimáticas: São células parenquimáticas comuns, com
Parenquimáticas:
função de reserva de carboidratos, óleos, fenóis, cristais, etc., e translocação de
substâncias a curta distância (Figura 15).
Xilema
Floema
Feixe vascular
Figura 12. Corte transversal de raiz de uma dicotiledônea, evidenciando a posição dos
.
elementos vasculares (xilema e floema).
Xilema
Floema
Xilema Floema
Figura 13. Corte transversal de caule de uma dicotiledônea, evidenciando a posição dos
.
elementos vasculares (xilema e floema).
res
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15. 15
A B B
Figura 14. Elementos traqueais: A. Traqueídes; B. Elementos de vaso.
.
Fonte: http://www.herbario.com.br/
Figura 15. Macerado de Xilema Aristolochia sp.
.
Fonte: Castro, N. M.
FLOEMA
Embora corretamente caracterizado como principal tecido condutor de
substâncias orgânicas nas plantas vasculares, o floema desem
desempenha um papel
muito maior na vida da planta. Além de açúcares, um grande número de outras
substâncias é transportado no floema, incluindo aminoácidos, lipídios,
micronutrientes, estímulos florais e numerosas proteínas e RNA, algumas das quais
atuam como moléculas sinalizadoras. Certamente, a sinalização a grandes
oléculas
distâncias nas plantas ocorre predominantemente por meio do floema.
Do mesmo modo que no xilema primário , o floema primário tem origem na
protoderme.
As principais células de condução do floema são os elementos crivados de
crivados,
dois tipos: as células crivadas e os elementos dos tubos crivados O floema é
crivados.
também composto por células parenquimáticas, fibras e esclereídes. Portanto, assim
como o xilema, o floema é um tecido complexo, com muitos tipos ce
celulares.
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16. 16
O termo crivado refere-se aos grupos de poros (áreas crivadas) através dos
quais os protoplastos de elementos crivados adjacentes estão interconetados. Nas
células crivadas os poros são estreitos e as áreas crivadas possuem estrutura
bastante uniforme sobre todas as paredes. A maioria das áreas crivadas concentra-
se nas extremidades adjacentes das células longas e delgadas. Nas paredes
terminais dos elementos dos tubos crivados as áreas crivadas recebem o nome de
placa crivada (Figura 16 e 17). Assim, a principal distinção entre os dois tipos de
elementos crivados é a presença de placas crivadas nos elementos de tubo crivados
e sua ausência nas células crivadas.
A célula crivada é mais primitiva do que o elemento de tubo crivado. Em
plantas vasculares inferiores e gimnospermas o único tipo de célula condutora de
alimento é a célula crivada enquanto que nas angiospermas ocorrem também os
elementos de tubo crivados.
Ao contrário dos elementos traqueais do xilema, os elementos crivados
(células crivadas e elementos do tubo crivado) possuem protoplasma vivo na
maturidade. O protoplasma dos elementos crivados maduros é único entre as
células vivas da planta, pelo fato de ser anucleado ou conter apenas remanescentes
do núcleo. Há plastídios e mitocôndrias, mas ribossomos, Golgi e microtúbulos estão
ausentes.
Os elementos do tubo crivado são associados a células parenquimáticas
especializadas, denominadas células companheiras (Figura 16 A, B, C e 17) que
contém todos os componentes normalmente encontrados nas células vegetais vivas,
inclusive núcleo. Os elementos do tubo crivado e suas células companheiras
associadas estão estreitamente relacionados quanto ao seu desenvolvimento e
possuem numerosas conexões entre si. Do ponto de vista funcional, as células
companheiras são muito importantes, pois são responsáveis pela ativa secreção de
substâncias no interior dos elementos do tubo crivado e sua remoção a partir deles.
As células crivadas das gimnospermas também se encontram associadas a
células parenquimáticas especializadas, denominadas células albuminosas. Quando
os elementos crivados morrem, suas células companheiras ou albuminosas
associadas também morrem, o que comprova a dependência entre esses tipos
celulares.
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17. 17
Figura 16. Esquemas de cortes de floema.
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Figura 17. Corte longitudinal de floema, mostrando sua estrutura.
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Fonte: Raven et al., 2007.
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