1. NOVAS ABORDAGENS DA
INTERVENÇÃO SOCIAL
A APLICAÇÃO E A CONSTRUÇÃO DE
CONHECIMENTOS: UM DESAFIO E UMA
DINÂMICA ACTUAL NO SERVIÇO SOCIAL
HELENA NEVES ALMEIDA1
Os referenciais teóricos da intervenção social são múltiplos, tão
variados quanto os contextos, as finalidades e os sujeitos de
acção. Nela se cruzam diferentes tipos de conhecimento: o
conhecimento teórico que nos permite identificar factos e
compreender os factores intervenientes bem como o sentido
da sua influência nas situações de vida sinalizadas, e o
conhecimento prático, que corresponde ao saber fazer, um
conhecimento que faz apelo a técnicas, habilidades e atitudes,
e que, embora esteja associado e reflicta um saber teórico,
possui uma visibilidade notória no processo (por exemplo,
elaborar relatórios, fazer entrevistas, proceder a
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Professora auxiliar do Instituto Superior Bissaya-Barreto (Coimbra), Doutorada em Trabalho Social pela
Faculdade de Letras da Universidade de Fribourg (Suiça).
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2. Novas Abordagens da Intervenção Social » Helena Neves Almeida
encaminhamentos, comunicar de forma clara, pouco investimento no domínio da
escutar, dialogar) e o conhecimento investigação-acção tem remetido a área da
axiológico, uma vez que conhecimento teórico intervenção para um isolamento e uma
e prático é permeado por valores. O dependência em relação à produção teórica
interventor social não pode pretender das ciências sociais e humanas.
compartimentar a reflexão da acção, e A pesquisa sobre o uso de teorias pelos
quando o faz está a iludir-se (De Bruyne, práticos sugere que eles raramente usam uma
Herman et Schoutheete, 1991; Banks, 1995). teoria particular identificável, mas sim uma
Os três campos são interdependentes e “teoria prática” (Banks, 1995, 52), isto é,
cruzam-se no quotidiano das práticas de conhecimento apreendido da prática e partes
intervenção. de corpos teóricos e técnicos adquiridos no
A intervenção social tem sido palco de trabalho (Curnock e Hardicker, 1979; Roberts,
diferentes incursões teóricas nem sempre 1990). As actividades e os papéis são tão
adequadas à realidade social. Este facto foi variados e os contextos tão diversos, que é
largamente reconhecido a partir da segunda difícil estabelecer um corpo teórico único para
metade dos anos 60. O apelo à indigenização a intervenção social. Banks define o trabalho
do serviço social, isto é, ao esforço de social como “um conhecimento de
construção de conhecimento e de aplicação compreensão teórica ou prática de alguns
de modelos elaborados tendo por base a ramos da ciência, arte, aprendizagem ou outra
realidade de cada formação social (Kahn, área de estudo envolvente ” e nesse sentido, o
1970) coloca tal facto em evidência. Se é interventor social dispõe de uma panóplia de
verdade que tal apelo tem a vantagem de teorias que influenciam a sua prática reflexiva
evitar erros cometidos noutros países, o (Schön, 1987) e empenhada (Ronnby, 1992). O
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3. Investigação e Debate (18)
trabalhador social restringe-se, nesta lógica, a efectuado por Barbour em 1984 junto de 20
um mero utilizador de conhecimentos. Ele não estudantes, para além de identificar duas
é visto como um produtor de novos saberes. perspectivas no uso da teoria (uma
Levanta-se, pois, a questão de saber qual a perspectiva de ajuda e outra curativa),
relação entre teoria e prática no processo de permitiu ainda identificar três grupos de
intervenção, quais os argumentos existentes situações: a) os estudantes que tinham
neste contexto. adquirido ideias gerais e métodos, mas que
eram incapazes de dizer qual a sua origem,
1 – A RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA NO eram incapazes de os situar no plano da
PROCESSO DE INTERVENÇÃO SOCIAL teoria; b) os estudantes que usavam teorias
particulares que consideravam relevantes, e
São vários os estudos que evidenciam que os cada estudante construía um “stock”, uma
interventores sociais elaboram e retêm amálgama de instrumentos profissionais a ser
modelos durante a sua prática, apesar das usados e c) os estudantes cujo uso de
dificuldades que têm em os identificar. O conhecimentos estava associado à sua
estudo efectuado por Carew em 1979 a 20 personalidade. A utilização da teoria na
trabalhadores sociais no Norte de Inglaterra prática levanta, pois, algumas questões.
revela que poucos usavam teoria de forma Neste domínio sobressaem três argumentos
explícita no decurso do seu trabalho, mas (Payne,1994):
muitos a usavam sem se aperceberem disso, O argumento pragmático, o argumento
como uma rede mais do que como um guia positivista e o ecletismo.
explícito para acção. A maior parte referia ter
adquirido uma série de destrezas, através da O argumento pragmático considera que
prática, que lhe permite desenvolver existe um conjunto confuso de teorias, a
procedimentos adequados aos problemas maior parte importadas de diferentes
apresentados pelos clientes. Um outro estudo contextos sociais, económicos e políticos e
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4. Novas Abordagens da Intervenção Social » Helena Neves Almeida
sem aplicação útil. As dificuldades de sociais e humanas, designadamente da
aplicação à prática derivam de razões sociologia e da psicologia, tais como: teorias
diversas, entre as quais se salienta : o da comunicação, teorias da mudança, teorias
caracter generalista de algumas teorias, o do conflito, teorias psicodinâmicas da
que impede a sua utilização em acções personalidade, teorias comportamentais,
práticas específicas, e a existência de uma teorias cognitivas, teoria dos sistemas, entre
grande competição entre teorias, o que outras, e tal facto dificulta a sua utilização
dificulta a escolha de uma delas. Segundo pelos profissionais do social.
o argumento pragmático, existem três
tradições separadas: O argumento positivista2 defende que
muitas das teorias são insuficientemente
a) a tradição pragmática associada ao
trabalho social em serviços oficiais (Poor
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Segundo De Bruyne (1984) o positivismo
Law, Segurança Social ) cuja componente reconhece que : 1 – o mundo social é inacessível ,
só o mundo dos factos é cientificamente
de apoio económico é fundamental;
analisável; 2 – o mundo subjectivo (consciência,
b) a tradição socialista que concentra intuição e valores) escapa à ciência; 3 – a
observação exterior é o único guia, sendo a
reformas sociais, criticismo social e
compreensão e a introspecção rejeitadas devido à
intervenção colectiva (grupos e ausência de controle; 4 – a noção de lei geral
comunidades); encontra-se no centro do programa positivista, e
visa a descoberta e a verificação de leis gerais. O
c) a tradição terapêutica relacionada com
indivíduo, não tem interesse nem significado em si
indivíduos e grupos que apresentam mesmo; 5 – o conhecimento das estruturas
essenciais e das causas fundamentais e finais é
problemas pessoais e dificuldades sociais.
ilusório. O conhecimento verdadeiro é fruto da
capacidade de predizer acontecimentos que
pertencem à esfera da pertinência das leis que
Tendo em consideração tais abordagens, as
estabeleceu. Erickson (1986) considera que o
diferentes práticas reflectem a influência de paradigma positivista radica no postulado da
uniformidade da vida social. A orientação
referenciais teóricos diversos das ciências
positivista valoriza uma “neutralidade axiológica” à
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5. Investigação e Debate (18)
rigorosas e não constituem verdadeiras 2 - QUE REFLEXÃO NOS MERECEM TAIS
teorias uma vez que descrevem e ARGUMENTOS?
levantam hipóteses, mas não possuem um
poder explicativo suportado por Quanto ao argumento pragmático, se
referencias empíricas. Segundo esta considerarmos que a teoria é socialmente
perspectiva, a compreensão da actividade construída e que corresponde muitas vezes à
humana deverá ser baseada em métodos necessidade de dar resposta a questões e
das ciências naturais, e por conseguinte problemas sentidos em várias instituições
predizer comportamentos, partindo de (Grawitz, 1986, 331), então teoria e prática
métodos experimentais e de testes não são universos separados. A teoria poderá
estatísticos. ser útil à renovação das práticas e a prática,
entendida como campo de interacção de
O ecletismo centra a atenção na múltiplos factores como o contexto, a procura
possibilidade de utilizar diversas teorias e os actores, é essencial à construção de
ao mesmo tempo, de forma combinada. novos conhecimentos. Se a questão se coloca
Segundo este argumento, os clientes a nível da capacidade de prescrição, então
devem poder beneficiar de todo o convém assinalar que tudo aquilo que
conhecimento disponível, uma vez que as fazemos é teorético (Howe, 1987).
teorias são pertencem a diversos Também o argumento positivista é falacioso.
domínios disciplinares ou podem Nos anos sessenta surgiram novas orientações
trabalhar a diferentes níveis. Este facto epistemológicas que, por influência da
fundamenta o argumento de que será tradição weberiana, valorizam o caracter
possível fazer uso de diferentes teorias de subjectivo e significativo das acções dos
forma combinada. actores. Segundo o paradigma
interpretativo/compreensivo, as relações
acção e privilegia os valores da racionalidade, do
entre os comportamentos e os significados
rigor e da eficácia (Groulx, 1984).
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6. Novas Abordagens da Intervenção Social » Helena Neves Almeida
que os actores lhes atribuem, variam através ser valorizado como fonte de conhecimento,
das suas interacções sociais, pelo que a por influência da corrente fenomenológica de
comportamentos idênticos podem Husserl. Esta nova abordagem permite tornar
corresponder significados diversos consoante estranho aquilo que é familiar, e explicitar o
os contextos (Lessard-Herbert; Goyette et que está implícito. A vida quotidiana escapa-
Boutin , 1994)3. O paradigma interpretativo nos por ser muito familiar, por existirem laços
assegura como que uma continuidade de proximidade que nos dificultam a sua
relativamente ao saber de senso comum. Os análise. O paradigma
saberes do senso comum que todos os interpretativo/compreensivo permite-nos a
sujeitos têm sobre a sua realidade, história e compreensão de situações particulares,
meio constituem a base do conhecimento das através de elementos concretos da prática;
realidades sociais. Tal pressuposto não implica permite considerar os significados que os
uma ruptura com o senso comum sujeitos atribuem aos acontecimentos e às
protagonizada pelo positivismo, mas uma condições contextuais de existência.
continuidade entre aquele e o saber científico. Esta orientação epistemológica centra-
Neste contexto, o mundo quotidiano passa a se sobre a compreensão e não sobre a
explicação (determinista) de “realidades
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Os autores citados caracterizaram o paradigma
interpretativo como uma orientação baseada no externas” como defende o positivismo de
postulado ontológico dualista ( a realidade é Durkheim (1980). Aliás, o poder explicativo
simultaneamente materialista e espiritualista),
das ciências sociais é ilusório dada a
com uma dimensão social que valoriza o contexto
espacial e temporal (os significados variam em dificuldade em isolar os factores
função dos grupos específicos de indivíduos, que
intervenientes nas situações sociais. Face ao
pelas suas interacções partilham determinadas
compreensões e tradições próprias deste meio, exposto, poder-se-á questionar se estudar o
que difere de um grupo para outro). Do ponto de
social significará explicar ou compreender? Ao
vista ontológico, a uniformidade da vida social é
aparente, apesar de constituir uma categoria considerarmos que o objecto social não é uma
epistemológica necessária à interpretação do
realidade exterior, mas sim uma construção
mundo
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7. Investigação e Debate (18)
subjectiva, então estudar o social implica contexto, o campo da prática constitui-se
compreendê-lo. No entanto, compreender como uma entidade dinâmica, propiciadora da
pode significar, como salienta Max Weber, construção de novos conhecimentos. A acção
explicar a motivação e o sentido atribuído ou é sempre provida de sentido e significado e o
associado à acção. Neste sentido, explicar é interventor não se pode remeter a um papel
também apreender o contexto em que se passivo no processo de recepção e aplicação
insere essa acção. dos conhecimentos. Os saberes renovam-se
A aceitação do argumento eclético, o facto de no quotidiano e no contexto da relação entre
se reconhecer a possibilidade de combinar actores sociais. Os interventores sociais têm
conhecimentos diversos no decurso da acção, de ter consciência deste facto e não
não implica que o interventor social se liberte negligenciar a enorme fonte de conhecimento
das suas responsabilidades no processo de que constitui a prática. Teoria e prática estão
acumulação, integração e transformação de indiscutivelmente associados.
saberes provenientes da prática, como se a
teoria restringisse a acção ou limitasse a 3 – O VALOR DA TEORIA
produção de conhecimento, ou ainda como se
a prática constituísse um reservatório da Mas não desprezemos o valor da teoria. Ela
teoria. Pelo contrário, a teoria potencia a constitui um guia essencial tanto no plano da
prática, fornece-lhe orientações preciosas construção de novos conhecimentos como no
quanto à compreensão da realidade / da acção, uma vez que fornece à prática
contexto em que trabalha e ao próprio (Payne,1994, 50):
processo de intervenção, sem cair no modelos – que permitem destacar
practicismo. determinados princípios e padrões de
Por isso, a teoria deve ser entendida como um actividade que uniformizam as práticas, a
instrumento orientador da acção e a acção um partir de descrições de procedimentos
espaço de renovação do conhecimento. Neste práticos gerais;
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8. Novas Abordagens da Intervenção Social » Helena Neves Almeida
abordagens ou perspectivas – no quadro “casework”, trabalho de grupo ou
de actividades humanas complexas que trabalho residencial. As teorias
permitem que os sujeitos participem de compreensivas fornecem um
forma consciente nos processos em que enquadramento global,
estão implicados; independentemente do objecto central e
explicações – sobre os motivos porque área de actuação. Reportamo-nos a
uma dada acção resulta de uma dada conhecimentos que permitem
maneira, e em que circunstâncias tal compreender a complexidade do processo
acontece; de intervenção e que constituem
prescrições – de acções de forma a que baluartes da fundamentação de práticas
aqueles que intervêm saibam o que fazer diferenciadas e simultaneamente
em circunstâncias específicas; uniformizadas do ponto de vista da
justificações – para o uso de modelos e de intencionalidade da acção. Entre essas
explicações da prática; teorias situamos as teorias
responsabilidades – na descrição de psicodinâmicas, as teorias
práticas adequadas. comportamentais, as teorias cognitivistas
e as teorias sistémicas.
O mesmo autor, cuja obra é igualmente Teorias Perspectiva que constituem
referida por Sara Banks (1995), faz a distinção maneiras de encarar a vida, organizam
entre teorias compreensivas, teorias posturas profissionais no que concerne à
aplicadas, teorias específicas e teorias mudança pessoal e social, e enformam
perspectiva: concepções no quadro de práticas
Teorias compreensivas - oferecem um profissionais. Situamos neste grupo as
sistema de pensamento que abrange abordagens humanista / existencialista e
todas as práticas dos Assistentes Sociais radical.
que queiram desenvolver práticas de
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9. Investigação e Debate (18)
Teorias Específicas que delimitam multiplicidade de referenciais teóricos coloca
procedimentos específicos e atitudes em evidência a complexidade do processo de
referenciais qualquer que seja o contexto intervenção e a necessidade de um trabalho
e o quadro teórico de partida. As teorias interdisciplinar ou transdisciplinar.
da comunicação e da resolução de
problemas encontram-se neste grupo de CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
RESPONSABILIDADE DAS INSTITUIÇÕES
orientações. UNIVERSITÁRIAS QUE MINISTRAM
FORMAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL.
Teorias Aplicadas que produzem um
conjunto de conhecimentos orientados Face ao exposto, a aplicação de
para situações particulares concretas no conhecimentos à realidade social implica um
âmbito individual ou colectivo, como a esforço fundado em três vertentes:
gestão de conflitos, o trabalho de redes, a 1. o reconhecimento dos conteúdos teóricos
pedagogia da consciencialização, o que fundamentam as práticas renovadas e
empowerment, a advocacy . Também a o sentido que lhes é atribuído;
mediação social se insere neste tipo de 2. a identificação da rede conceptual que
teorias (Almeida, 2001). alicerça as posturas inovadoras no plano
processual;
Não existe propriamente uma teoria da 3. a aceitação do papel activo do interventor
intervenção social, mas sim diversas teorias de no plano da construção do conhecimento.
suporte das opções metodológicas e
processuais que trabalham a diferentes níveis: Estes elementos favorecem tanto o
a nível da compreensão global, a nível da desenvolvimento de acções coerentes,
conceptualização da prática e a nível teoricamente fundamentadas, estratégicas,
processual. Independentemente dos modelos isto é cognitivamente orientadas por relações
que adoptemos para análise da articulação meios-fins, adaptadas à realidade social de
entre teoria e prática no domínio social, a intervenção, como a produção de novos
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10. Novas Abordagens da Intervenção Social » Helena Neves Almeida
saberes. O campo da acção não é um depósito Neste contexto, a responsabilidade das
de conhecimentos que se traduzam numa instituições universitárias é acrescida. Torna-
rotina. A acção é o resultado de opções se necessário desenvolver uma “cultura de
mesmo que não tenhamos consciência do investigação” que aproxime os discursos da
facto. E, embora os seus fundamentos nem teoria e da prática. E isso só se consegue
sempre sejam muito claros, essas opções fazendo e ensinando a fazer investigação. A
conduzem à percepção de que as práticas são relação com o campo da intervenção permite
diversas. Para isso muito tem contribuído a renovar conhecimentos, aproximar estratégias
deficiente reflexão que é feita sobre o e valorizar saberes.
quotidiano profissional.
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