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Guilherme G. L. Sório
 O ECG pode ser alterado por uma ampla variedade
de outros distúrbios cardíacos e não-cardíacos:
a) Distúrbios Eletrolíticos (distúrbios de potássio, distúrbios de
cálcio)
b) Hipotermia
c) Drogas (digitálicos, medicamentos que prolongam o intervalo
QT)
d) Outros Distúrbios Cardíacos (pericardite, cardiomiopatia,
miocardite)
e) Distúrbios Pulmonares (DPOC,TEP)
f) Injúrias Agudas do Sistema Nervoso Central
 Hipercalemia: critérios
a. Evolução de acordo com o aumento dos níveis
sérios:
I. Pico da ondaT;
II. Prolongamento PR;
III. Achatamento na onda P;
IV. Alargamento de QRS.
• Pode evoluir para fibrilação ventricular
 Qualquer alteração no ECG devido a
hipercalemia justifica imediata atenção
clínica!
 Hipercalemia
 Hipocalemia: critérios
a. Depressão do segmento ST;
b. Achatamento da ondaT;
c. Aparecimento da onda U (achado característico,
mas não diagnóstico).
 Distúrbios de Cálcio: critérios
1. Hipocalcemia: prolongamento no intervalo QT
(Torsades de pointes);
2. Hipercalcemia: encurtamento no intervalo QT.
 Critérios
a. Tudo se lentifica:
1. Bradicardia Sinusal
2. intervalo PR, QRS e QT prolongados
b. Onda J ou onda de Osborne;
c. Arritmias (FA lenta);
d. Tremor muscular (artefato)
Tremor muscular x Flutter Atrial
 Digitálicos
a. Níveis terapêuticos:
I. Depressão do segmento ST;
II. Achatamento ou inversão da ondaT.
 O efeito digitálico é normal e previsível, não
necessitando suspensão da droga.
 Digitálicos
b. NíveisTóxicos:
I. Supressão do nó sinusal;
II. Bloqueios de condução (Bloqueio AV 2º 2:1);
III. Taquiarritmias (Taquicardia Atrial Paroxística).
 Requer intervenção.
 Antiarrítmicos (sotalol, quinidine,
procainamide, disopyramide, amiodarone,
dofetilide e dronedarone)
O intervalo QT precisa ser rigorosamente
monitorado nos pacientes devido ao risco
aumentado de taquicardias ventriculares!
 Medicações que prolongam o intervalo QT:
a) Antibióticos: macrolídeos (eritromicina,
claritromicina, azitromicina), fluoroquinolonas
(levofloxacino, ciprofloxacino);
b) Antifúngicos: cetoconazol;
c) Anti-histamínicos: astemizole, terfenadine
d) Psicotrópicos: Antipsicóticos (haloperidol,
phenothiazines), AntidepressivosTricíclicos
(amitriptyline), Inibidores seleltivos da recaptação da
serotonina (citalopram, fluoxetine) e methadone;
e) Medicação gastrointestinal, antineoplásicos e
diuréticos.
 Pericardite: critérios
a. Alterações difusas em segmento ST (elevação) e ondaT
(inversão);
b. Inversão de ondaT ocorre após os segmentos ST terem
retornado à linha basal;
c. Não há formação de ondas Q;
d. Intervalo PR pode estar deprimido.
 Pericardite
a. Derrame pericárdico;
b. Derrames copiosos. Fenômeno de
alternância elétrica devido a rotação livre do
coração.
Complexos QRS
 Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva
a. HVE;
b. Desvio de eixo para a esquerda;
c. Ondas Q significativas lateralmente e, às vezes,
inferiormente.
 Miocardite
a. Bloqueios de
condução,
especialmente
bloqueios de ramo
e hemibloqueios
 DPOC: critérios
a. Orientação da onda P próxima de +90º (P
pulmonale);
b. diminuição da amplitude dos complexos no ECG
(efeito dielétrico);
c. desvio do eixo do complexo QRS para direita;
d. desvio da zona de transição precordial do QRS
para a esquerda.
 Embolismo Pulmonar Agudo: critérios
a. Desvio agudo do eixo QRS para a direita;
b. Bloqueio de ramo direito;
c. Padrão S1Q3 (onda S em DI e Q em DIII);
d. Arritmias (Taquicardia sinusal e FA).
 Hemorragias e infartos do SNC
a. OndasT difusamente invertidas, amplas e
profundas;
b. Bradicardia sinusal
c. Aumento do inverval QTc
d. Reversibilidade das alterações
 Bradicardia sinusal em repouso;
 Alterações inespecíficas do segmento ST e ondaT;
 Critérios de HVE, às vezes HVD;
 Bloqueio incompleto do ramo direito;
 Arritmias variadas;
 Boqueio AV de 1º grau ou deWeckenbach.
 FC: 100bpm
 Desvio de eixo para direita
 S1Q3
 FC: 100bpm
 Desvio de eixo para direita
 S1Q3
Pensar emTEP
 Ausência de onda P
 OndaT apiculada
 QRS amplo
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 OndaT apiculada
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Hipercalemia.TratamentoAgressivo!
 Conheça seu paciente: É verdade que ECGs
podem ser lidos com certa acurácia
isoladamente, porém seu máximo proveito
é obtido apenas a partir de uma avaliação
clínica completa.
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pular etapas.
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Ecg situações especiais

  • 2.  O ECG pode ser alterado por uma ampla variedade de outros distúrbios cardíacos e não-cardíacos: a) Distúrbios Eletrolíticos (distúrbios de potássio, distúrbios de cálcio) b) Hipotermia c) Drogas (digitálicos, medicamentos que prolongam o intervalo QT) d) Outros Distúrbios Cardíacos (pericardite, cardiomiopatia, miocardite) e) Distúrbios Pulmonares (DPOC,TEP) f) Injúrias Agudas do Sistema Nervoso Central
  • 3.  Hipercalemia: critérios a. Evolução de acordo com o aumento dos níveis sérios: I. Pico da ondaT; II. Prolongamento PR; III. Achatamento na onda P; IV. Alargamento de QRS. • Pode evoluir para fibrilação ventricular  Qualquer alteração no ECG devido a hipercalemia justifica imediata atenção clínica!
  • 5.  Hipocalemia: critérios a. Depressão do segmento ST; b. Achatamento da ondaT; c. Aparecimento da onda U (achado característico, mas não diagnóstico).
  • 6.  Distúrbios de Cálcio: critérios 1. Hipocalcemia: prolongamento no intervalo QT (Torsades de pointes); 2. Hipercalcemia: encurtamento no intervalo QT.
  • 7.  Critérios a. Tudo se lentifica: 1. Bradicardia Sinusal 2. intervalo PR, QRS e QT prolongados b. Onda J ou onda de Osborne; c. Arritmias (FA lenta);
  • 8. d. Tremor muscular (artefato) Tremor muscular x Flutter Atrial
  • 9.  Digitálicos a. Níveis terapêuticos: I. Depressão do segmento ST; II. Achatamento ou inversão da ondaT.  O efeito digitálico é normal e previsível, não necessitando suspensão da droga.
  • 10.  Digitálicos b. NíveisTóxicos: I. Supressão do nó sinusal; II. Bloqueios de condução (Bloqueio AV 2º 2:1); III. Taquiarritmias (Taquicardia Atrial Paroxística).  Requer intervenção.
  • 11.  Antiarrítmicos (sotalol, quinidine, procainamide, disopyramide, amiodarone, dofetilide e dronedarone) O intervalo QT precisa ser rigorosamente monitorado nos pacientes devido ao risco aumentado de taquicardias ventriculares!
  • 12.  Medicações que prolongam o intervalo QT: a) Antibióticos: macrolídeos (eritromicina, claritromicina, azitromicina), fluoroquinolonas (levofloxacino, ciprofloxacino); b) Antifúngicos: cetoconazol; c) Anti-histamínicos: astemizole, terfenadine d) Psicotrópicos: Antipsicóticos (haloperidol, phenothiazines), AntidepressivosTricíclicos (amitriptyline), Inibidores seleltivos da recaptação da serotonina (citalopram, fluoxetine) e methadone; e) Medicação gastrointestinal, antineoplásicos e diuréticos.
  • 13.  Pericardite: critérios a. Alterações difusas em segmento ST (elevação) e ondaT (inversão); b. Inversão de ondaT ocorre após os segmentos ST terem retornado à linha basal; c. Não há formação de ondas Q; d. Intervalo PR pode estar deprimido.
  • 14.
  • 15.  Pericardite a. Derrame pericárdico; b. Derrames copiosos. Fenômeno de alternância elétrica devido a rotação livre do coração. Complexos QRS
  • 16.  Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva a. HVE; b. Desvio de eixo para a esquerda; c. Ondas Q significativas lateralmente e, às vezes, inferiormente.
  • 17.  Miocardite a. Bloqueios de condução, especialmente bloqueios de ramo e hemibloqueios
  • 18.  DPOC: critérios a. Orientação da onda P próxima de +90º (P pulmonale); b. diminuição da amplitude dos complexos no ECG (efeito dielétrico); c. desvio do eixo do complexo QRS para direita; d. desvio da zona de transição precordial do QRS para a esquerda.
  • 19.
  • 20.  Embolismo Pulmonar Agudo: critérios a. Desvio agudo do eixo QRS para a direita; b. Bloqueio de ramo direito; c. Padrão S1Q3 (onda S em DI e Q em DIII); d. Arritmias (Taquicardia sinusal e FA).
  • 21.  Hemorragias e infartos do SNC a. OndasT difusamente invertidas, amplas e profundas; b. Bradicardia sinusal c. Aumento do inverval QTc d. Reversibilidade das alterações
  • 22.  Bradicardia sinusal em repouso;  Alterações inespecíficas do segmento ST e ondaT;  Critérios de HVE, às vezes HVD;  Bloqueio incompleto do ramo direito;  Arritmias variadas;  Boqueio AV de 1º grau ou deWeckenbach.
  • 23.
  • 24.  FC: 100bpm  Desvio de eixo para direita  S1Q3
  • 25.  FC: 100bpm  Desvio de eixo para direita  S1Q3 Pensar emTEP
  • 26.
  • 27.  Ausência de onda P  OndaT apiculada  QRS amplo
  • 28.  Ausência de onda P  OndaT apiculada  QRS amplo Hipercalemia.TratamentoAgressivo!
  • 29.  Conheça seu paciente: É verdade que ECGs podem ser lidos com certa acurácia isoladamente, porém seu máximo proveito é obtido apenas a partir de uma avaliação clínica completa.  Pratique. Leia os ECGs com atenção sem pular etapas.