ANTIMICROBIANOS
Farmacologia e Terapêutica Veterinária
Universidade de Passo Fundo
Escola de Ciências Agrárias, Inovação e Negócios
Curso de Medicina Veterinária
Disciplina de Farmacologia e Terapêutica Veterinária
Prof. Dr. Renan Idalencio
INTRODUÇÃO
Substâncias químicas empregadas no combate de microrganismos
Grego – anti = contra, bio = vida
Dois grandes grupos
Inespecíficos – atuam sobre microrganismos em geral, quer sejam
patogênicos ou não
Antissépticos e desinfetantes
Específicos – atuam sobre microrganismos responsáveis
pelas doenças infecciosas
CONCEITOS GERAIS
Quimioterápicos antimicrobianos
Toda a substância química produzida por síntese laboratorial, que apresentam
propriedades antimicrobianas
Origem
Natural – produzido ou obtido através de microrganismos
Penicilinas naturais (fungo penicillium)
Semi-sintético – porção fundamental da molécula obtida a partir de organismos
vivos
Ampicilina e amoxicilina
CONCEITOS GERAIS
Origem
Biosintética – obtida pelo acréscimo de substâncias nas culturas
microbianas capazes de alterar a estrutura molecular do
antibiótico
Penicilina V - fenoximetilpenicilina
Sintobiótico – obtidos exclusivamente por síntese laboratorial
(sintético), a partir de precursores obtidos por microrganismos
Cloranfenicol
CLASSIFICAÇÃO
Mecanismo de ação
Adaptado de Andrade, 2008
Mecanismo de ação Exemplos
Inibição da síntese da parede
celular microbiana
β-lactâmicos: penicilinas, celalosporinas
Não β-lactâmicos: bacitracina,
vancomicina,
Interferem na atividade da
membrana celular
microbiana
Polimixina, anfotericina B, nistatina, colistatina
Interferem na replicação genética Formação de proteínas defeituosas:
aminoglicosídeos
Perturbação na tradução gênica:
cloranfenicol, tetraciclinas, macrolídeos
Interferência cromossomal Quinolonas, grisefulvina, ácido nadrixílico
Fármacos antimetabólicos Sulfas, nitrofuranos, amprólio, trimetoprina
CLASSIFICAÇÃO
Espectro de ação
Amplo espectro
Atuam sobre um grande grupo de microrganismos
Cloranfenicol, tetraciclinas, ampicilina, amoxicilina, quinolonas,
eritromicina
Pequeno espectro
Atuam sobre um limitado grupo de microrganismos
Penicilinas, estreptomicina, neomicina, bacitracina, polimixina,
griseofulvina
CLASSIFICAÇÃO
Tipo de ação
Adaptado de Andrade, 2008
Espectro de ação Exemplos
Bactericida Penicilinas, cefalosporinas, aminoglicosídeos,
quinolonas, rifacina, polimixinas, polipeptídeos
Bacteriostáticos Cloranfenicol, tetraciclinas, macrolídeos,
lincosaminas, sulfas, trimetropina, novobiocina
USO DE ANTIMICROBIANOS EM MEDICINA
VETERINÁRIA
Usado de forma terapêutica e profilática
Uso terapêutico
Administrado em animais que apresentam doenças infecciosas
Uso profilático
Procedimentos cirúrgicos
USO DE ANTIBIÓTICOS
Prescrição de antimicrobianos
Agente etiológico
Identificado sempre que possível
Quadro clínico, localização do processo infeccioso, faixa etária, achados
laboratoriais
Sensibilidade do agente ao antimicrobiano escolhido
Antibiograma
Tempo longo para liberação do resultado
USO DE ANTIBIÓTICOS
Escolha do antimicrobiano
Capaz de destruir o microrganismo (bactericida) em vez de inibir o seu
desenvolvimento (bacteriostático)
Possuir amplo espectro de ação
Exercer atividade em fluidos orgânicos (exsudato, pus)
Não perturbar as defesas do organismo
Não produzir reações alérgica
USO DE ANTIBIÓTICOS
Escolha do antimicrobiano
Não favorecer o desenvolvimento de resistência bacteriana
Distribuir-se por todos os tecidos e líquidos do organismo, em
concentrações adequadas
Poder ser administrado por diferentes vias
Ter alto índice terapêutico
USO DE ANTIBIÓTICOS
O regime de posologia adequado (dose, intervalo de dose e duração do tratamento) é
de fundamental importância para garantir a utilização racional antimicrobiana
É essencial administrar os antimicrobianos em conformidade com a posologia
recomendada, para minimizar a falha terapêutica, explorar o potencial de eficácia do
fármaco e cumprir o regime de carência
Aeficácia clínica exige não só que o patógeno seja suscetível ao fármaco
selecionado, mas também que o fármaco seja capaz de penetrar e ser ativo no
local da infecção
USO DE ANTIBIÓTICOS
Penetração sobre as principais barreiras
fisiológicas
Adaptado de Andrade, 2008
Barreira fisiológica Antibióticos de boa penetração
Hematoencefálica Sulfas, quinolonas, cloranfenicol , tetraciclinas
Próstata Quinolonas, cloranfenicol, eritromicina,
clindamicina, tetraciclinas
Ocular Cloranfenicol, quinolonas, aminoglicosídeos, tetraciclinas
Osso Quinolonas, cefalosporinas, lincosaminas
ASSOCIAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS
O uso de antibióticos de forma isolada é o modo mais
recomendado para a terapêutica
Contudo, algumas situações requerem a associação de
antimicrobianos
Infecções graves
Infecções mistas
Aumentar a eficiência terapêutica
Retardar o efeito de resistência
USO DE ANTIBIÓTICOS
Causas mais comuns de falhas na antibioticoterapia
Diagnóstico incorreto
Escolha incorreta do antimicrobiano (período de espera de até 72 horas
após o início do tratamento)
Resistência bacteriana ao antibiótico escolhido
Falhas na associação ou associação incorreta
Esquema terapêutico falho (tempo deve ser de no mínimo 7 dias)
Tempo varia conforme a enfermidade (ex: piodermites bacterianas profundas –
>30 dias)
USO DE ANTIBIÓTICOS
Causas mais comuns de falhas na antibioticoterapia
Efeitos colaterais dos antibióticos
Uso indevido em pacientes contra-indicados
Interação do antibiótico com outros fármacos
Terapia de suporte inadequada
REAÇÕES ADVERSAS COM USO DE ANTIBIÓTICOS
Efeito tóxico Exemplos
Nefrotoxicidade Aminoglicosídeos, Tetraciclinas,
Polimixinas, Sulfonamidas,
Cefalosporinas
Hepatotoxicidade Tetraciclinas, Eritromicina,
Griseofulvina
Neurotoxicidade Aminoglicosídeos, Polimixinas
Quinolonas, Metronidazol
Enterocolotoxicidade Ampicilina, Lincomicina,
Clindamicina
Toxicidade medular Cloranfenicol, Trimetoprim
Artropatias Quinolonas
Inibidores do metabolismo de
outras drogas
Cloranfenicol, Tetraciclinas
SULFONAMIDAS
Bacteriostático de amplo espectro
Antagonismo no Metabolismo ácido fólico: antimetabólico
Atuam contra
Gram + : Streptococcus, Staphylococcus, Bacillus, Clostridium e
Nocardia)
Gram - : Salmonella, E. coli, Klebsiella, Enterobacter, Pasteurella e
Proteus
Algumas rickettsias
Protozoários (Toxoplasma e Eimeria)
SULFONAMIDAS
Farmacocinática
Oral
Rapidamente absorvidas
palatabilidade - redução no consumo H2O
Alterações na flora ruminal e intestinal
Endovenosa
Aplicação lenta – região perivascular pode gerar irritação e até necrose
SULFONAMIDAS
Uso em medicina veterinária
Adaptado de Spinosa, 2011
Espécie animal Uso
Cães e gatos Trato urinário, respiratório, pele, TGI,
toxoplasmose
Bovinos Actinobacilose, actinomicose, pasteurelose, coccidiose,
pododermatite necrosante
Ovinos e caprinos Abcesso de casco, enterites, trato respiratório,
poliartrites
Equinos Trato respiratório, doença vascular do potro
Suínos Estreptococos, rinite atrófica
Aves Enterites, coccidiose, trato respiratório
• Sulfanilamida
• Sulfisoxazol
• Sulfacetamida
• Ácido para-aminobenzóico
• Sulfadiazina
• Sulfametoxazol, sendo as duas últimas de maior importância clínica.
SULFONAMIDAS
SULFONAMIDAS
Usos em medicina veterinária
Mais eficazes em infecções agudas
Pouca eficiência em infecções crônicas, com debris em grande
quantidade
A associação com o trimetoprim é altamente vantajoso, uma vez
que ambos os fármacos atuam sobre partes diferentes da
mesma via de formação dos ácidos nucleicos
SULFONAMIDAS
Efeitos colaterais
Cristalúria
Animais desidratados
Sistema hematopoiético
Redução nas concentrações de ác. fólico
Intoxicação aguda
Cegueira, sialorréia, hiperpnéia, excitação
Intoxicações crônicas
Opacidade da lente, ceratoconjuntivite seca, alterações GI e
poliartrites
QUINOLONAS
Antibiótico bactericida - inibição síntese DNA
• 1º Geração – espectro restringido a bactérias Gram negativas (enterobacterias)
• Infecções urinarias
• 2º geração
Átomos de flúor - espectro (fluorquinolonas)
Gram-
Gram +
Clamydia, Mycoplasma, Brucella, Mycobacterium
• Infecções urinárias e gastrointestinais, cutâneas, ósseas, articulares,
• tecidos moles
Não são antibacterianos de 1ª eleição
Alternativa depois de A
TB de 1ª eleição
QUINOLONAS
Mecanismo de ação
Inibição das topoisomerases bacteriana do tipo II
Catalisam a direção e a extensão do espiralamento das cadeias de DNA
O uso de cloranfenicol ou de rifamicina concomitante ao uso de
quinolonas produz efeito antagônico, pois é necessário a formação de
RNA para que as quinolonas possam atuar
QUINOLONAS
Distribuição:
Largo volume de distribuição, baixa ligação com prot. Plasmáticas
SNC
Ossos
Próstata
Biotransformação
Parcialmente biotransformadas
Eliminação pelos rins
[ ] urina - uso infecções urinárias
QUINOLONAS
• Uso em medicina veterinária
• Pequeno espectro de ação – 1ª geração
• E. coli, Proteus sp., Pseudomonas
• Pouco utilizadas
• 2ª geração
• Infecções urinárias, prostatites, gastrenterite bacteriana grave,
pneumonia por bacilos gram negativos, otites, infecções cutâneas,
osteomielites, meningoencefalites bacteriana e endocardite estafilocócica
QUINOLONAS
Toxicicidade 2 ª geração
Tendinose e artropatias (jovens: < 8 meses): 2 a 5 x a dose
Náusea
Vomito
Diarreia
Dor abdominal
Gestantes – Abortamentos são raros, alteração cartilagens fetos
Alergias cutâneas/Fotossensibilização/Erupções cutâneas
Cristalúria
Desenvolvimento de cepas Gram- resistentes
Anemia hemolítica
Toxicicidade 1ª geração
Altamente toxica carnívoros
Neurotoxicidade
NITROFURANOS
Bacteriostáticos de amplo espectro
Inibem os sistemas enzimáticos essenciais no crescimento bacteriano
Nitrofurantoína
Em maiores concentrações – ação bactericida
Gram negativos e gram positivos (menor ação)
Uso - infecções sistema urinário - infecções de pouca importância (subclínicas)
Contra indicada inicio gestação e em recém nascidos
NITROFURANOS
Furazolidona
Não deve ser 1º escolha
Tricomonas, Histomonas e Giardia
Enterites gram negativas
Salmonella, Staphylococcus, Streptococcus, E.coli
Nitrofurazona
Tratamento local de feridas contaminadas
resistência bacteriana
Lavagens uterinas e de cavidades externas
NITROFURANOS
Metronidazol
Administração pela via IV e VO (monogásticos)
Amplamente distribuídos – barreira hematoencefálica e placenta (efeito mutagênico)
Tratamento de infecções por Clostridium, Fuzobacterium, Peptococcus, Thricomonas,
Giargia, Entamoeba histolytica
Efeitos adversos – ataxia e convulsões
Cães – neutropenia e hematúria
Reações adversas – relacionadas ao uso sistêmico
Hipersensibilidade
Urticaria
Dermatites
Hepatotoxicidade
Anafilaxia
Neurotoxicidade (ataxia)
BETA-LACTÂMICOS
Penicilinas e cefalosporinas
Interferem na produção da parede celular, através da inibição da
atividade da transpeptidase, a última fase na produção dos
peptidoglicanos
Exercem ação bactericida
Não atuam em parede celular formada, necessita
de bactérias em multiplicação
PENICILINAS
Antibiótico bactericida
Farmacinética
Absorção
Rapidamente absorvidas pela via IM e SC
Penicilinas associadas a veículos oleosos – absorção prolongada em 18 horas
Distribuição
Diversos tecidos
Concentrações elevadas nos rins, fígado e pulmões
PENICILINAS
Distribuição
Fraca penetração no SNC
Difundem para a circulação fetal, através da placenta
Biotransformação e excreção
Metabólitos inativos
Grande excreção pela urina
Eliminada pelo leite
PENICILINAS
Tipos de penicilina
Penicilinas naturais
Penicilina G-procaina, benzatina, cristalina (sódica ou potássica)
Espectro de ação curto
Gram positivas (Staphylococcus não produtores de penicilina,
Actinomyces sp., Clostridium, Leptospira, etc.
Efeitos adversos
Hipersensibilidade
IRA – reajuste entre intervalos e doses
PENICILINAS
Penicilinas semi-sintéticas
De amplo espectro de ação
Ampicilina, amoxicilina, hetacilina, metampicilina
Gram positivas e algumas Gram negativas (Salmonella, Escherichia coli,
Pasteurela)
Antipseudomonas
Carbenicilina, ticarcilina, azlocilina, mexlocilina, piperacilina –
Pseudomonas aeruginosa e Proteus sp.
Podem ser associados à inibidores das beta-lactamases – ácido clavurônico, sulbactam
PENICILINAS
Uso em medicina veterinária
Infecções respiratórias
Infecções GI
Infecções urinárias
Infecções hepatobiliares
Infecções cardíacas
CELFALOSPORINAS
Antibióticos bactericidas
Impedem a síntese da parede bacteriana
Classificação das cefalosporinas
Grupo Exemplo Características
1ª geração Cefalotina, cefapirina, cefadroxila,
cefalexina, cefazolina
2ª geração
3ª geração
Cefaclor, cefoxitina, cefuroxina,
cefamandol
Ceftizoxina, ceftriaxona, ceftiofur,
cefoperazona, ceftazidina,
cefovecina
4ª geração Cefepima, cefquinoma, cefpiroma
Resistente a beta-lactamases de
Staphylococcus, sensível a beta-
lactamases de enterobactérias
Resistente a várias beta-
lactamases
Resistente a várias beta-
lactamases, ativa contra
Pseudomonas aeruginosa
Resistente a beta-lactamases de
Staphylococcus, enterobactérias
e pseudomonas
CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO
Cefalotina, cefalexina, cefazolina
Absorção - apenas para uso parenteral (IM, SC, IV)
Absorvidas por via oral
Cefalexina
Espectro de ação
Gram positivas
Streptococcus sp.
Staphylococcus sp.
Arcanobacterium pyogenes
Algumas bactérias Gram negativas
Escherichia coli
Proteus
Grande desenvolvimento de resistência
Difusão rápida
Não ultrapassam a BHE
Metabolização hepática : 20 a 40% da dose
Excreção renal
Droga ativa
Efeitos colaterais indesejáveis
Efeitos nocivos fetais
Hipersensibilidade
Dor após aplicação IM
Diarreia
Potencialização dos efeitos nefrotóxicos dos aminoglicosídeos (gentamicina)
principalmente cefalotina: relação direta com dose
Associadas com furosemida - graves lesões renais
CEFALOSPORINAS DE 1ª GERAÇÃO
CEFALOSPORINAS DE 3ª GERAÇÃO
Elevada ação contra bactérias Gram negativas
Mesmo as resistentes as drogas de 1ª geração
Alta eficácia contra bactérias Gram positivas
Resistentes as beta-lactamases
Eliminação lenta
24 horas de intervalo entre doses
- Ceftiofur
- Cefovecina
- Ceftriaxona
Ultrapassam a BHE
Eliminação renal (75% da dose em droga ativa)
Eliminação biliar (25% da dose em droga ativa)
Poucos efeitos colaterais
Toxicidade extremamente baixa
Excelente ação sinérgica com os aminoglicosídeos
Custo elevado
CEFALOSPORINAS DE 3ª GERAÇÃO
CEFALOSPORINAS DE 4ª GERAÇÃO
Cefquinoma
Disponível para uso veterinário
Amplo espectro de ação
Absorção - parenteral – IM
Eliminação renal (80% na forma de droga pura ativa)
INDICAÇÕES CLÍNICAS 3º E 4º GERAÇÃO
Pneumonias
Septicemias
Metrites
Mastites
Infecções do aparelho urinário
Gastroenterites primárias
Na prevenção de infecções secundárias na Parvovirose
Piodermites
Meningite
Profilaxia em cirurgia ortopédica, abdominal e pelve
CEFALOSPORINAS
Efeitos adversos e limitações
Uso prolongado – nefrotoxicidade
Desequilíbrio na microflora digestiva
Podem potencializar os efeitos nefrotóxicos dos aminoglicosídeos
AMINOGLICOSÍDEOS
Não ultrapassam mucosas
Espectro de ação reduzido
Gram negativas
Mecanismo de ação
Bactericida
Inibe a síntese de proteínas
Necessário que bactérias estejam em fase de crescimento
Sinérgicos com as penicilinas - há aumento na penetração
dos aminoglicosídeos na célula bacteriana
AMINOGLICOSÍDEOS
Farmacocinética
Absorção - IM / IV / SC
via oral: tratamento de diarreias
Distribuição
Não alcançam concentrações efetivas no LCR, humor aquoso e na próstata
Níveis terapêuticos - fígado, baço, pulmões, rins, linfa, bile e líquido sinovial
LIMITAÇÕES DO USO DE AMINOGLICOSÍDEOS
Tratamentos muito prolongados
Nefrotoxicidade
Lesão renal
Pacientes com insuficiência renal
Animais desidratados
Ototoxicidade
Surdez, vertigem
TETRACICLINAS
Antibióticos bacteriostáticos de amplo espectro
Naturais ou semi-sintéticas
Curta, intermediária ou longa ação
Farmacocinética
Absorção
Via oral - utilizada com sucesso em cães e gatos
MACROLÍDEOS
Mecanismo de ação
Inibema síntese proteica
Competem pelo mesmo local que o cloranfenicol e a lincosamidas, por esse
motivo não devem ser associados
Espectro de ação
Gram positivo – Staphylococcus, Streptococcus
Gram negativos – Pasteurella, Campylobacter
Micoplasmas, rickétsias e clamídias
Azitromicina – menos ativa contra Gram positivos, mais ativa contra
anaeróbios e Gram negativos
MACROLÍDEOS
Efeitos adversos
Hepatotoxicidade em doses e tempo prolongado
Desequilíbrio em microbiota entérica em equinos e bovinos
Irritantes aplicados pela via parenteral
Cardiotoxicidade pela via IV - tilmicosina
LINCOSAMINAS
Antibióticos bacteriostáticos
Lincomicina e clindamicina
Farmacocinética
Absorção
90% clindamicina – oral
50% lincomicina – oral
Distribuição
Ampla – excelente penetração em ossos e nos tecidos moles, incluindo tendões
Fraca penetração nas meninges
LINCOSAMINAS
Farmacocinética
Metabolização
Hepática
Excreção
Porção inalterada e seus metabólitos – urina, bile e fezes
Mecanismo de ação
Impedindo a síntese proteica
Competem pelo mesmo local que o cloranfenicol e os macrolídeos, por
esse motivo não devem ser associado
LINCOSAMINAS
Espectro de ação
Gram positivas aeróbicas e anaeróbicas
Toxoplasma sp.
Mycoplasma sp.
Neospora caninum
Efeitos adversos
Enterocolotoxicidade
Lesão de revestimento mucoso
Equinos, coelhos, hamsters e porquinhos-da-índia
LINCOSAMINAS
Uso em medicina veterinária
Infecções por estafilococos e estreptococos
Infecções por micoplasmas
Osteomielites
Periodontites
Piodermites
POLIPEPTÍDEOS E GLICOPEPTÍDEOS
Antibióticos bactericidas
Polipetídeos
Polimixina B – atua na membrana citoplasmática da bactéria, desorganizando
a estrutura da membrana
Bacitracina – Inibe a síntese da parede celular
Glicopeptídeos
Vancomicina - Inibe a síntese da parede celular
Rápida ação sobre bactérias em crescimento
POLIPEPTÍDEOS E GLICOPEPTÍDEOS
Uso em medicina veterinária
Polimixina B – infecções cutâneas, oculares e otológicas
Bacitracina – infecções cutâneas e promotora de
crescimento (Clostridium em aves e suínos)
Vancomicina – Estafilococos e estreptococos resistentes – pneumonias,
endocardites, osteomielites, e abcessos nos tecidos moles
ANFENICÓIS
Antibióticos bacteriostáticos ou bactericidas
Cloranfenicol e florfenicol
Farmacocinética
Elevadas concentrações em diversos tecidos
Atravessa BHE e meio intracelular
Equinos – administrações devem ser mais curtas – metabolização rápida
Eliminados no leite
ANFENICÓIS
Mecanismo de ação
Impedindo a síntese proteica
Competem pelo mesmo local que as lincosaminas e os macrolídeos,
por esse motivo não devem ser associado
ANFENICÓIS
Espectro de ação
Amplo espectro
Gram positivos e negativos
Clamídias, rickétsias e micoplasmas
Reações adversas
Anemia aplásica
ANFENICÓIS
Uso em medicina veterinária
Uso oftálmico – ulceras de córnea ?
Pododermatites
Pneumonias e Infecções do SNC
Animais de produção - florfenicol liberado para uso
terapêutico