O documento descreve um programa de televisão chamado "Sociedade Civil" que aborda o tema das energias renováveis. Ele fornece detalhes sobre a contextualização, encenação verbal e visual do programa, incluindo os papéis dos apresentadores e convidados. O resumo foca na estrutura do debate e como os diferentes participantes contribuem para a discussão sobre alternativas ao petróleo.
É possível viver sem petróleo? Debate sobre energias renováveis
1. Produção de vídeo I
Instituto Superior Miguel Torga – ISMT
2º Ano Comunicação empresarial
Nuno Miguel Gomes Granada
Programa: Sociedade Civil
Apresentadora: Fernanda Freitas
Género: Magazine
Tema: Energias renováveis
Subtema: É possível viver sem petróleo?
Intervenientes:
André Veríssimo – Jornalista no Jornal de Negócios
Manuel Santos – Consultor em ambiente
Luísa Schimidt – Socióloga do Ambiente do instituto de Ciências sociais
da Universidade de Lisboa
2. 1. CONTEXTUALIZAÇAO:
Primeiramente gostaria de fazer uma observação previa, essa observação
prende- -se no facto do programa que estou a trabalhar ser um magazine
(informação do site: http://ww1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?
p_id=20544&e_id=&c_id=8&dif=tv ), porem denoto varias semelhanças a um
debate, tais como a presença de especialistas sobre o tema do programa, os
temas tratados são cidadania, educação, saúde, alimentação, justiça,
sociedade, entre outros. Os assuntos tratados nos debates são semelhantes tal
como está referenciado no livro “A Palavra Confiscada” de P. Charaudeau e R.
Ghiglione onde referenciam: “Esta pode ser dividida em cinco tipos: actualidade
política, vida dos artistas, cultura, sociedade, ciência” (1997:57).
As semelhanças não ficam só por aqui. Existe também uma certa procura
de verdade, baseado nas declarações dos especialistas a moderadora tenta
fazer com que a problemática do programa seja respondida.
Embora não exista um claro confronto entre duas pessoas ou mais com
ideias ou ideais opostos penso que este programa se assemelha muito a um
debate televisivo. Mas vou-me cingir a descrição feita no site do programa e
identificar magazine como género.
2. ENCENAÇÃO VERBAL:
O programa Sociedade Civil e um magazine em formato de debate, logo
traz-nos um debate com traços mais leves logo não existe uma guerra serrada
para ficar com a posse da palavra ou para ter a influência entre os
participantes.
Consigo identificar porém uma busca da verdade que os leva a
posicionarem-se em relação ao que eles pensam ser o verdadeiro e o falso, a
tomar partido, a impor mesmo o seu modelo de pensamento, os seus valores,
as suas opiniões.
3. ENCENAÇÃO VISUAL:
Iluminação:
A iluminação e feita com uma luz branca, uma cor fria de modo a trazer a
verdade ao de cima. Transmite seriedade e credibilidade aos intervenientes.
Visibilidade:
O sociedade civil traz nos uma abordagem dos assuntos mais relaxada,
logo os planos que são feitos durante o programa tentam passar isso mesmo.
Ou seja, não existem grandes planos de nenhum dos intervenientes, não existe
3. essa exposição. Existe sim muitos planos americanos e médios, planos
apertados de peito de modo a haver o “efeito de sociabilidade” existem também
muitos planos de pormenor e planos gerais. Também e feito com frequência
campo e contra campo.
Em relação à presença dos intervenientes, penso que de maneira geral
eles aparecem em tempos e numero de vezes semelhantes dando assim
relevâncias iguais. Sendo este um programa mais leve e normal que não exista
elevado protagonismo de nenhuma das partes.
Eixos de visão ou pontos de vista:
Os três convidados encontram se lado a lado formando uma linha de
frente para o moderadorapresenador, ambos encontram-se frente a frente.
Sequencialização:
Ao visualizarmos o programa podemos encontrar uma sincronia com a
palavra, isto é: a quando a intervenção de algum interveniente a câmara
encontra-se a filmar essa mesma pessoa, porém também existe uma
assincronia com a palavra que sucede por exemplo quando a apresentadora
esta a falar para algum dos convidados e esse mesmo convidado aparece na
imagem. (por exemplo na apresentação). Outra da sequencialização que
também acontece bastante e quando alguém faz referencia a algum livro ou
gráfico esse mesmo gráfico aparece no ecrã, chama se a isto sincronia com o
conteúdo dos propósitos.
Existe também um encadeamento homogéneo, seguindo a linha do
programa, pois este programa passa por ser um programa calmo e leve onde
as dúvidas da sociedade em geral estão a ser debatidas.
4. GESTÃO DO DEBATE:
Papel do apresentador:
O papel do apresentador e bastante importante neste tipo de programas,
ele tem grande influência no rumo do programa pois sem ele o programa seria
desregulado, não seria moderado logo facilmente se tornaria uma anarquia
total entre os intervenientes.
Portanto seguindo a mesma linha que o sociedade civil adopta, a
apresentadora não poderia adoptar uma postura dura, provocadora pois isso
acabaria por não condizer com os ideais do programa e portanto cair em
incoerência.
Identifiquei alguns papéis que Fernanda Freitas desempenha durante o
“show”.
4. Ela por varias vezes durante fomenta a discussão entre os intervenientes
sobre o suposto assunto fazendo com que a verdade seja lentamente exposta
(Ampulheta) (ex: parte 1; 5.30min)
São feitas quase sempre perguntas bastante directas, logo deixa pouco
espaço para os convidados fugirem ao tema, o que faz com que não seja
preciso encarar o papel de distraidor. Outros papeis como o de provocador ou
parteiro também não são assumidos por parte da apresentadora porque mais
uma cairiam na incoerência devido aos traços do programa.
Existem outros papéis que se enquadram neste programa como o de
coordenação que sucede em quase todo o programa, o de entrevistador que
encarna no público e expõe problemáticas que o publico gostava de ver
resolvidas (ex: parte 1; 2.00min). Ou mesmo o papel de professor que tenta
introduzir ele mesmo conteúdo ao programa ou sintetizando ideia já ditas no
programa. (ex: parte 1; inicio do programa ate aos 2.00min)