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Apresentação
Gourmet Virtual é informação e entretenimento em gastronomia. O me-
lhor em receitas culinárias, cultura, turismo e saúde você só encontra
aqui! Nossa missão é contribuir para difusão da gastronomia, proporcio-
nando prazer e bons negócios aos seus mais diversos públicos. Com isso,
pretendemos ser reconhecidos como marca referência em conteúdo gas-
tronômico.




                             Coordenação
                           Luiz Ricardo Silva


                            Supervisão
                           Marcelo Gomes


                             Redação
                     Mariana Marcial de Almeida
                           Marina Albano


                             Diagramação
                            Lisabell Calhau


                                Web
            Tiago Carmo, Pedro Azevedo, Guilherme Miari.


                              Comercial
                            Ricardo César
Sumário

Receitas
Doce de figo .......................................................................................... 04
Cantuccini .............................................................................................. 06
Guacamole ............................................................................................ 08
Panetone ............................................................................................... 10
Banana flambada com sorvete .............................................................. 12
Café do museu ...................................................................................... 14


Cultura
Panelas que resistem ao tempo .............................................................. 16
Doce tradição ........................................................................................ 18
Aconchego do fogão a lenha .................................................................. 20
Comidas para a ceia de Natal ................................................................ 22
Museus e cafés: dueto de sofisticação .................................................. 24
De origem mineira e vulcânica .............................................................. 26

                                       Contato
                 Rua Serravite, 22 - Floresta. BH - MG - 31015-220
                             Telefone.: (31) 3463-8282

                                       Redação
                           assessoria@gourmetvirtual.com.br

                                      Comercial
                           comercial1@gourmetvirtual.com.br

                                           Web:
                           http://www.gourmetvirtual.com.br
                           http://twitter.com/gourmet_virtual
Receitas



       Ingredientes
       1/2 kg de figos verdes
       700 gr de açúcar cristal
       3 xícaras (chá) de água




Modo de preparo
Lave bem os figos em água cor-
rente e raspe a casca dos figos,
limpando a pele e imperfeições.
Em uma panela funda coloque o
açúcar e a água em fogo baixo.
Quando formar uma calda rala,
acrescente os figos e deixe co-
zinhar até que fiquem bem ma-
cios e a calda engrosse. Deixe
esfriar e sirva com um tradicio-
nal queijo minas.




                                              04
Receitas

Doce de Figo




                05
Receitas




           06
Receitas

               Cantuccini
Ingredientes
300 g de amêndoas
descascadas e torradas
500 g de farinha de trigo
200 g de açúcar cristal
50 g de açúcar baunilhado
4 ovos
Uma pitada de sal
Raspa da casca de 1 limão siciliano
Manteiga
1 ovo pra pincelar


Modo de preparo
Triture as amêndoas e, numa tigela, misture com a farinha, o açúcar, os
ovos e uma pitada de sal. Junte açúcar baunilhado, raspa da casca de limão.
Com a massa, faça rolos de cerca de 2 cm de diâmetro e coloque sobre
um tabuleiro untado com manteiga. Bata o ovo com um pouco de açúcar
e pincele os rolos com esta mistura. Leve ao forno previamente aquecido
a 120 °C, durante 30 minutos, para a massa secar e não para cozer. Corte
os rolos em rodelas com a espessura de um polegar e leve novamente ao
forno durante aproximadamente 15 minutos. Sirva com um bom expresso.


                                                                       07
Receitas




           08
Receitas

Guacamole
Ingredientes                 Modo de preparo

2 abacates maduros           Retire a polpa dos abacates com
1 tomate                     auxílio de uma colher e misture
                             com os demais ingredientes até
1 cebola pequena
                             obter uma massa homogênea.
Suco de 1 limão
                             Acerte os temperos e sirva está re-
Pimenta- malagueta à gosto   ceita em saladas ou como aperitivo.
Coentro fresco à gosto
Sal à gosto




                                                            09
Receitas




Panetone

 Natal
Receita para o




                            10
Receitas
Ingredientes
1 kg de farinha de trigo
100 gr de fermento biológico
200 gr de manteiga
200 gr de açúcar
8 gema de ovo
1 copo de água
2 colheres de sopa de mel
Essência de baunilha
1 pitada de sal
250 gr de frutas cristalizadas
150 gr de uva passa

Modo de preparo
Misture o fermento com um pou-
co do açúcar e sal até dissolver.
Acrescente o restante do açúcar, a
água, os ovos, a essência, a man-
teiga e o mel. Misture e acrescente
a farinha de trigo amassando bem.
Acrescente as frutas cristalizas e
as uvas passas e deixe descansar
por 30 minutos. Molde os pane-
tones, coloque na forma e deixa
descansar por mais 30 minutos.
Faça cortes em cima do paneto-
ne, formando uma cruz e leve para
assar em forno médio a 180ºC.
                                 11
Receitas

Banana flambada
  com sorvete
Ingredientes                     Modo de preparo
1 kg de farinha de trigo         Misture o fermento com um pou-
                                 co do açúcar e sal até dissolver.
100 gr de fermento biológico
                                 Acrescente o restante do açúcar, a
200 gr de manteiga               água, os ovos, a essência, a man-
200 gr de açúcar                 teiga e o mel. Misture e acrescente
8 gema de ovo                    a farinha de trigo amassando bem.
1 copo de água                   Acrescente as frutas cristalizas e
                                 as uvas passas e deixe descansar
2 colheres de sopa de mel
                                 por 30 minutos. Molde os pane-
Essência de baunilha             tones, coloque na forma e deixa
1 pitada de sal                  descansar por mais 30 minutos.
250 gr de frutas cristalizadas   Faça cortes em cima do panetone,
150 gr de uva passa              formando uma cruz e leve para
                                 assar em forno médio a 180ºC.




                                                                12
Receitas




           13
Receitas




           14
Receitas


Café do Museu
  Ingredientes
  100 g de chocolate
  Espuma de leite ou leite
  vaporizado
  1 dose de café espresso
  Chantily
  Canela em pó



  Modo de preparo
  Derreta o chocolate em banho-maria.
  Em seguida coloque na taça,
  acrescente o café, o chantily e
  polvilhe canela em pó.

  Sirva em seguida.




                                        15
Cultura
Panelas que
resistem ao tempo
As panelas de ferro chegaram ao        conservar mais o calor, o que além
Brasil com os colonizadores por-       de contribuir para o cozimento,
tugueses e se tornou um utensílio      contribui para economia de ener-
presente nas cozinhas até hoje.        gia, seja elétrica, gás ou madeira.
Além disso, essas panelas fazem
parte da nossa lembrança. Afinal,      Outra característica marcante
quem não se lembra das pane-           desse utensílio é o fato de liberar
las intocáveis na casa das mães e      o mineral durante o cozimento,
avós, que só saiam do armário aos      uma vez que o ferro é transmiti-
finais de semana e datas especiais?    do para o alimento. Esse era um
                                       método muito usado por nos-
Segundo o chef Rodrigo Talles, as      sos antigos para combater a ane-
panelas eram reservadas para pre-      mia, principalmente, em crianças.
parações específicas, como uma
bacalhoada, feijoada e moquecas.       E se você ficava implicado com
“São tipos de pratos que deman-        aquela panela de ferro velha,
dam maior tempo de cozimento,          pousada no fogão, saiba que ela
por isso o uso de tais panelas”.       era usada por muito tempo, pois
                                       quanto mais velha, maior a ação
Essa justificativa pode ser explica-   do ferro. “Uma dica importan-
da pelo fato das panelas de ferro      te é não deixar a comida pronta
                                       por muito tempo na panela, pois
                                       a quantidade liberada de ferro
                                       pode ser exagerada, assim como
                                       o alimento pode oxidar”, explica
                                       a nutricionista Giselle Brandão.

                                                                      16
Cultura




A nutricionista ressalta, ain-       panelas de ferro, a família toda se
da, que o uso da panela de fer-      reúne para ‘tirá-las’ do armário”.
ro deve ser comedida, para não
prejudicar o organismo. Assim, o     As panelas de ferro acompanharam
ideal é utilizar a panela no máxi-   a evolução do mundo, sendo fabri-
mo três vezes por semana. Além       cadas atualmente por reconheci-
disso, Giselle também orienta so-    das marcas, como a Le Creuset. Essa
bre o armazenamento da pane-         linha de panela “evoluiu sem dei-
la, para que não haja incidência     xar de produzir peças de alta qua-
de ferrugem. “O correto é untar      lidade com características artesa-
a panela com óleo após usá-la”.      nais” segundo histórico da marca.
                                     Com 80 anos de tradição, fun-
Para Dona Izaura Castro, que criou   dada em 1925 por dois artesãos
8 filhos e acaba de ganhar o 12º     belgas na França, a Le Creuset
netinho, cozinhar em panelas         é hoje referência em panelas
de ferro é uma tradição familiar,    de ferro fundido e esmaltado.
que aprendera com sua avó. “Em
nossa casa é praticamente um
evento quando cozinhamos nas

                                                                    17
Cultura




    Doce
                                      que estão presente não só nas
                                      sobremesas, mas sempre dispo-
                                      níveis na cozinha. Assim conta



   tradição
                                      Dona Laurinda Amâncio, ao di-
                                      zer que desde pequena foi acos-
                                      tumada com os diversos potes
                                      de compotas e doce de leite.

A culinária mineira é rica em to-     “Na minha casa é assim até hoje,
dos os aspectos, do desjejum          qualquer hora que uma visite che-
ao jantar. Mas uma caracte-           gar, tem um doce fresquinho para
rística merece destaque espe-         servirmos”.
cial, aliás, um doce destaque.
                                      Na época do Brasil Colônia, as se-
São os tradicionais doces mineiros,   nhoras cozinhavam apenas em
                                                                     18
Cultura
                                       “São muitos os tipos que encon-
                                       tramos pelo Estado, mas esses que
                                       falei são comuns em todas as casas
                                       e fazendas típicas de Minas”.

                                       Sobre o doce de leite e a ambro-
                                       sia, o historiador Augusto Camargo

                                       Prata, ressalta que tais práticas
                                       foram assimiladas na região por
                                       influência dos colonizadores eu-
                                       ropeus, que trouxeram para a co-
                                       zinha mineira o uso dos ovos e do
                                       leite em doces. O historiador con-
                                       ta, ainda, que a ambrosia é consi-
                                       derada como o doce mais antigo
                                       do Estado, tendo uma receita da-
                                       tada de 1876.

ocasiões especiais ou para desen-      Já os doces de frutas, seja cristali-
volver receitas nobres. A cozinha      za ou em calda, eram produzidos
do dia a dia ficava por conta das      com objetivo de conservar a fruta
escravas, que não passavam perto       por mais tempo. Doces de fruta
das preparações de doces e qui-        são tradicionais, cheios de sabor
tutes. Assim, os doces de frutas       e ainda tem a vantagem de serem
se tornaram comum, não só pelo         menos calóricos.
método de conservação, mas por-
que as senhoras assumiram essas        Atualmente, essas receitas estão
receitas, difundindo-as pela alta      ao alcance de todos e fazem suces-
sociedade.                             so em qualquer mesa. São doces
                                       que tem história em seu sabor e
Conversamos com a culinarista Re-      que revelam muito de nossa cul-
becca Breder, que destaca como os      tura, ainda mais, quando acom-
principais doces mineiros, o de lei-   panhados pelo tradicional queijo
te, a ambrosia e os de frutas.         minas.                         19
Cultura




      Aconchego do fogão
          a lenha
“O fogão a lenha dentro de uma         O fogão a lenha, também conheci-
cozinha é um símbolo cultural”,        do como fogão caipira, faz parte da
afirma o chef Olivier Anquier em       história culinária de nosso país, co-
seu livro Diário do Olivier: 10 anos   meçando pelos índios, que tinham
de viagem em busca da culinária        o Tucuruba, um artefato contruído
brasileira. E de fato é, confirma a    em um buraco no chão e protegi-
historiadora Renata Soares, pois “é    do por pedras. A prática evoluiu e
um marco na nossa sociedade”.          passamos a ter dois tipos de fogão
                                       a lenha, de metal e de alvenaria.
                                                                        20
O de metal é mais utilizado no sul         Cultura
do país e o de alvenaria no sudeste,
                                       Dona Stella diz que “a impor-
em Minas Gerais e interior de São
                                       tância do fogão a lenha não está
Paulo.
                                       somente na história da sociedade,
Com o passar dos anos e a moder-       mas, principalmente, na sua rele-
nização dos fogões para o uso de       vância para a culinária”. Ela ressal-
eletrecidade e gás, o fogão a lenha    ta, ainda, que a comida fica mais
passou a ser usado basicamente no      gostosa e os sabores se acentuam
interior do país. Contudo, segundo     de forma inigualável.
dados de pesquisa da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Ru-     E para finalizar essa matéria, cito
ral do Estado de Minas Gerais (Ema-    um trecho da crônica Aconchego,
ter-MG), o uso de fogão a lenha        de Camilo Durante Assis, um mi-
nas áreas rurais em Minas Gerais é     neiro da cidade de Almenara, que
expressiva, pois está presente em      mantém seu fogão a lenha sempre
96,9% das casas. Pensando nessa        com uma chama em brasas.
marca, a Emater desenvolveu um
projeto para construção de fogão a     “Final de semana na casa dos avós,
lenha que não esfumaça a cozinha,      lá no interior. Todos acordam bem
economiza lenha e torna mais rá-       cedo, junto com o galo dono do ga-
pido o processo de cozimento doa       linheiro. O cheiro é de café novo,
alimentos.                             fumaça de lenha e prosa. Ainda é
                                       frio e o lugar mais aconchegante
O fogão a lenha também desperta        está logo ali na cozinha. No can-
o lado bucólico das pessoas, por ser   to da parede as brasas já brilham
um ambiente aconchegante e tradi-      o vermelho do fogo. No varal logo
cional em reunir a família para um     acima, alguns espirais de laranja
café e uma prosa. Conversei com        aromatizando o ambiente, lingüi-
Dona Maria Stella Libânio Christo,     ças embutidas e alguns queijos ca-
ícone da culinária mineira. Vale       bacinha defumando. Na chapa, pe-
ressaltar que o título de sua prin-    daços generosos de queijo minas e
cipal obra é Fogão de Lenha: 300       um pinhão debulhado. As pessoas
anos de cozinha mineira, livro que     se juntam ao redor, os rostos vão
se tornou referência para gastrono-    ficando corados e alma se aquece.
mia. Na juventude de seus 92 anos,     É o aconchego do fogão à lenha”.
                                                                      21
Cultura
    Comidas para a
     ceia de Natal
Natal próximo e as pessoas já         Conheça a origem das prin-
começam a ficar contagiadas com
o espírito de confraternização e      cipais tradições natalinas
festas. Além de pensar em presen-
te, enfeites e amigo oculto, é fun-   Frutas secas
damental planejar as comidinhas       São tradição no Hemisfério Norte,
para a esperada ceia de Natal.        que celebra no inverno. “Para os
                                      romanos, as avelãs evitavam a
Para a empresária Helena Cardoso,     fome e as amêndoas, os efeitos da
o maior desafio para a ceia é agra-   bebida”, diz a historiadora Vivian
dar a todos os gostos. “Reunimos      Coutinho.
muitas pessoas e cada uma tem
suas preferências, por isso, o car-   Champanhe
dápio tem que ser bem pensado,        As primeiras celebrações com a
para que todos fiquem satisfeitos”.   bebida aconteceram no palácio de
                                      Versalhes, na França. Napoleão te-
Já a colega de trabalho de Helena,    ria dito que ele era “merecido na
Cláudia Souto Lins, ressalta que      vitória, necessário na derrota”.
mesmo com paladares diferente à
mesa, as comidas tradicionais não     Rabanada
podem faltar. “Faz parte do ritual    Os portugueses inventaram esse
do Natal, ter uma mesa bem ca-        doce feito de pão dormido e fize-
racterística, com rabanada e tudo     ram a gentileza de trazê-lo para cá
mais”.                                durante a colonização. Na Europa,
                                      ele é apreciado o ano todo.

                                                                     22
Cultura
Panetone                              Peru
A mais famosa lenda sobre ele se      Como é barato e engorda rápido, o
passa em Milão. Apaixonado pela       peru virou símbolo de fartura en-
filha do patrão, um padeiro criou o   tre os americanos. Mas não foi por
“pão do Toni” para o futuro sogro.    isso que ele veio parar aqui. “Le-
Certo mesmo é que o doce chegou       gado português, a ave é aprecia-
ao Brasil vindo da Itália.            da desde a colônia”, afirma Vivian
                                      Coutinho.
Tender
Na década de 50, o frigorífico Wil-   Pernil
son, de São Paulo, importou pernis    A ceia dos portugueses inclui baca-
de porco defumados. Na embala-        lhau com castanhas cozidas. Mas,
gem, colocou a expressão tender       como o peixe sempre foi caro, mui-
made (“feito com carinho”). E o       ta gente no Brasil deu preferência
paulistano rebatizou o prato.         a um bom porquinho assado.

                                      Fonte: historia.abril.com.br




                                                                     23
Cultura




 Museus
 e cafés:
dueto de sofisticação




                                  24
Tradicionalmente servido após as           Cultura
refeições nos restaurantes, o café
tem se tornado o item principal        Outro lugar a ser visitado é o Museu
no cardápio das sofisticadas cafe-     de Arte da Pampulha (MAP), proje-
terias que vem se multiplicando        tado por Oscar Niemeyer e original-
pelo país. Com isso, uma das bebi-     mente construído para abrigar um
das mais consumidas no Brasil e no     cassino, faz parte do conjunto ar-
mundo vem ganhando o seu espa-         quitetônico da Lagoa da Pampulha.
ço nas artes e na gastronomia.         De acordo com o diretor do MAP
                                       Sérgio Rodrigo, o espaço Café Nie-
Inaugurado em 2000, o Café do          meyer, que faz homenagem ao
Museu é anexo ao tradicional mu-       arquiteto, foi criado para oferecer
seu Abílio Barreto, antigo casarão     conforto ao visitante e estimular a
da Fazenda do Leitão. No lugar, os     convivência. “O Café é um projeto
visitantes podem conhecer acervos      antigo do museu. Dá um charme
textuais, iconográficos e fotográfi-   a mais, além disso, o café é uma
cos acerca da origem e desenvol-       bebida que faz parte da cultura do
vimento de Belo Horizonte. O Café      país” afirma.
oferece almoço e jantar e conta
uma variada carta de vinhos e ca-      As modernas cafeterias revolu-
fés, buscando unir gastronomia e       cionaram o hábito do cafezinho e
cultura. Segundo o sócio-proprie-      estimularam o mercado, que ficou
tário Leonardo Moreira, a ideia foi    mais exigente. Aliando o ambiente
criar um lugar pequeno, com um         da arte e a gastronomia, se tornou
cardápio diferenciado, uma carta       reduto de grandes encontros e mo-
de vinhos de qualidade e drinks a      mentos de prazer.
base de café. “Esse estilo foi base-
ado nos Bistrôs que são comuns na
França. Conquistamos uma cliente-
la cativa e eclética, seguindo uma
tendência mundial, que são os ca-
fés gourmet”, destaca.




                                                                       25
Cultura
De origem mineira
        e vulcânica
    Que o café é uma das bebidas mais
    consumidas no Brasil e no mundo nin-
    guém dúvida, mas um de origem vul-
    cânica vem se destacando pela sua
    grande complexidade de sabores, re-
    forçada pela presença maior de alguns
    minerais.

    Quando se fala em percepção do sabor
    do café, os mais comuns são a doçura e
    a acidez. Segundo o especialista em ca-
    fés Ensei Neto, quando é incorporada
    pequena quantidade de sais, a riqueza
    do paladar salta à boca.




                                       26
O especialista explica que o fato
                                          Cultura
das propriedades se localizarem       modifica a percepção do que seria
em elevadas altitudes de regiões      um café de bebida “típica”. Neto
vulcânicas, torna-se um fator im-     sugere imaginarmos uma compo-
portante para que se resulte em       sição de açúcar, sucos de laranja e
maior acidez na bebida.               limão e um leve toque de flor de
                                      sal. “O resultado surpreende pela
A Fazenda Chapadão de Ferro, si-      complexidade que se expressa,
tuada numa área de solo vulcâni-      como se a bebida “passeasse” sem
co, no Cerrado Mineiro, é rica em     cerimônias por toda a boca. Assim,
minerais e produz em altas altitu-    a primeira surpresa é perceber um
des (1.250 m). “É uma das áreas de    delicado toque salgado no café”.
cultivo de café mais elevadas do
Brasil. Uma curiosidade é o fato de   Há vários produtores no Chapadão
que a insolação direta é menor na     de Ferro, porém, quem tem se des-
parte interna do Chapadão. Isso,      tacado é Ruvaldo Delarisse, da Fa-
por exemplo, se reflete na diferen-   zendaChapadão de Ferro. Ele tem
ça de temperatura de quase 3°C a      conquistado diversos prêmios pela
menos entre a bacia do Chapadão       qualidade dos cafés e em torrefa-
e as áreas externas e que tem um      ções de destaque no mercado de
impacto muito grande nas condi-       cafés especiais. Atualmente possui
ções da superfície do solo (micro-    clientes cativos nos Estados Uni-
clima)” destaca Neto.                 dos, Canadá e Austrália. Entretan-
                                      to, alguns de seus lotes podem ser
Em Minas, Poços de Caldas é ou-       encontrados no Brasil.
tra região tida como vulcânica.
No entanto, cada área possui suas     Delarisse explica que no solo exis-
particularidades, uma vez que a       tem minerais de um solo vulcânico,
composição do local varia em ra-      que transmitem ao fruto sabores
zão do que foi trago à superfície.    únicos, alguns bastante complexos
Neto ressalta que “é isso que gera    e exóticos. “Com todos esses di-
a multiplicidade de sabores das di-   ferenciais conseguimos fazer com
ferentes origens. Sim, o café é um    que nosso café tenha um mercado
típico produto próprio de uma área    próprio, além de poder oferecer
limitada, terroir.”                   aos nossos clientes um café espe-
                                      cial, produzido com muito amor e
A presença de elementos minerais      dedicação”, finaliza.
                                                                     27
Receita:

Gastronomia com cultura




              Ingredientes:                      Modo de preparo:

           1 xícara de conteúdo            Misture o conteúdo jornalístico com
         jornalístico de qualidade.      o conhecimento para obter uma notícia
   2 colheres de sopa de conhecimento.                 consistente.
          Várias doses de cultura.                Adicione as doses de
            1 pitada de ousadia.         cultura e a pitada de ousadia para for-
                                              mar matérias com relevância.
                                          Reserve um tempo especial para essa
                                                     saborosa leitura.
             Delicie-se!                         Sirva com diversidade.




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Revista Gourmet Virtual

  • 1.
  • 2. Apresentação Gourmet Virtual é informação e entretenimento em gastronomia. O me- lhor em receitas culinárias, cultura, turismo e saúde você só encontra aqui! Nossa missão é contribuir para difusão da gastronomia, proporcio- nando prazer e bons negócios aos seus mais diversos públicos. Com isso, pretendemos ser reconhecidos como marca referência em conteúdo gas- tronômico. Coordenação Luiz Ricardo Silva Supervisão Marcelo Gomes Redação Mariana Marcial de Almeida Marina Albano Diagramação Lisabell Calhau Web Tiago Carmo, Pedro Azevedo, Guilherme Miari. Comercial Ricardo César
  • 3. Sumário Receitas Doce de figo .......................................................................................... 04 Cantuccini .............................................................................................. 06 Guacamole ............................................................................................ 08 Panetone ............................................................................................... 10 Banana flambada com sorvete .............................................................. 12 Café do museu ...................................................................................... 14 Cultura Panelas que resistem ao tempo .............................................................. 16 Doce tradição ........................................................................................ 18 Aconchego do fogão a lenha .................................................................. 20 Comidas para a ceia de Natal ................................................................ 22 Museus e cafés: dueto de sofisticação .................................................. 24 De origem mineira e vulcânica .............................................................. 26 Contato Rua Serravite, 22 - Floresta. BH - MG - 31015-220 Telefone.: (31) 3463-8282 Redação assessoria@gourmetvirtual.com.br Comercial comercial1@gourmetvirtual.com.br Web: http://www.gourmetvirtual.com.br http://twitter.com/gourmet_virtual
  • 4. Receitas Ingredientes 1/2 kg de figos verdes 700 gr de açúcar cristal 3 xícaras (chá) de água Modo de preparo Lave bem os figos em água cor- rente e raspe a casca dos figos, limpando a pele e imperfeições. Em uma panela funda coloque o açúcar e a água em fogo baixo. Quando formar uma calda rala, acrescente os figos e deixe co- zinhar até que fiquem bem ma- cios e a calda engrosse. Deixe esfriar e sirva com um tradicio- nal queijo minas. 04
  • 6. Receitas 06
  • 7. Receitas Cantuccini Ingredientes 300 g de amêndoas descascadas e torradas 500 g de farinha de trigo 200 g de açúcar cristal 50 g de açúcar baunilhado 4 ovos Uma pitada de sal Raspa da casca de 1 limão siciliano Manteiga 1 ovo pra pincelar Modo de preparo Triture as amêndoas e, numa tigela, misture com a farinha, o açúcar, os ovos e uma pitada de sal. Junte açúcar baunilhado, raspa da casca de limão. Com a massa, faça rolos de cerca de 2 cm de diâmetro e coloque sobre um tabuleiro untado com manteiga. Bata o ovo com um pouco de açúcar e pincele os rolos com esta mistura. Leve ao forno previamente aquecido a 120 °C, durante 30 minutos, para a massa secar e não para cozer. Corte os rolos em rodelas com a espessura de um polegar e leve novamente ao forno durante aproximadamente 15 minutos. Sirva com um bom expresso. 07
  • 8. Receitas 08
  • 9. Receitas Guacamole Ingredientes Modo de preparo 2 abacates maduros Retire a polpa dos abacates com 1 tomate auxílio de uma colher e misture com os demais ingredientes até 1 cebola pequena obter uma massa homogênea. Suco de 1 limão Acerte os temperos e sirva está re- Pimenta- malagueta à gosto ceita em saladas ou como aperitivo. Coentro fresco à gosto Sal à gosto 09
  • 11. Receitas Ingredientes 1 kg de farinha de trigo 100 gr de fermento biológico 200 gr de manteiga 200 gr de açúcar 8 gema de ovo 1 copo de água 2 colheres de sopa de mel Essência de baunilha 1 pitada de sal 250 gr de frutas cristalizadas 150 gr de uva passa Modo de preparo Misture o fermento com um pou- co do açúcar e sal até dissolver. Acrescente o restante do açúcar, a água, os ovos, a essência, a man- teiga e o mel. Misture e acrescente a farinha de trigo amassando bem. Acrescente as frutas cristalizas e as uvas passas e deixe descansar por 30 minutos. Molde os pane- tones, coloque na forma e deixa descansar por mais 30 minutos. Faça cortes em cima do paneto- ne, formando uma cruz e leve para assar em forno médio a 180ºC. 11
  • 12. Receitas Banana flambada com sorvete Ingredientes Modo de preparo 1 kg de farinha de trigo Misture o fermento com um pou- co do açúcar e sal até dissolver. 100 gr de fermento biológico Acrescente o restante do açúcar, a 200 gr de manteiga água, os ovos, a essência, a man- 200 gr de açúcar teiga e o mel. Misture e acrescente 8 gema de ovo a farinha de trigo amassando bem. 1 copo de água Acrescente as frutas cristalizas e as uvas passas e deixe descansar 2 colheres de sopa de mel por 30 minutos. Molde os pane- Essência de baunilha tones, coloque na forma e deixa 1 pitada de sal descansar por mais 30 minutos. 250 gr de frutas cristalizadas Faça cortes em cima do panetone, 150 gr de uva passa formando uma cruz e leve para assar em forno médio a 180ºC. 12
  • 13. Receitas 13
  • 14. Receitas 14
  • 15. Receitas Café do Museu Ingredientes 100 g de chocolate Espuma de leite ou leite vaporizado 1 dose de café espresso Chantily Canela em pó Modo de preparo Derreta o chocolate em banho-maria. Em seguida coloque na taça, acrescente o café, o chantily e polvilhe canela em pó. Sirva em seguida. 15
  • 16. Cultura Panelas que resistem ao tempo As panelas de ferro chegaram ao conservar mais o calor, o que além Brasil com os colonizadores por- de contribuir para o cozimento, tugueses e se tornou um utensílio contribui para economia de ener- presente nas cozinhas até hoje. gia, seja elétrica, gás ou madeira. Além disso, essas panelas fazem parte da nossa lembrança. Afinal, Outra característica marcante quem não se lembra das pane- desse utensílio é o fato de liberar las intocáveis na casa das mães e o mineral durante o cozimento, avós, que só saiam do armário aos uma vez que o ferro é transmiti- finais de semana e datas especiais? do para o alimento. Esse era um método muito usado por nos- Segundo o chef Rodrigo Talles, as sos antigos para combater a ane- panelas eram reservadas para pre- mia, principalmente, em crianças. parações específicas, como uma bacalhoada, feijoada e moquecas. E se você ficava implicado com “São tipos de pratos que deman- aquela panela de ferro velha, dam maior tempo de cozimento, pousada no fogão, saiba que ela por isso o uso de tais panelas”. era usada por muito tempo, pois quanto mais velha, maior a ação Essa justificativa pode ser explica- do ferro. “Uma dica importan- da pelo fato das panelas de ferro te é não deixar a comida pronta por muito tempo na panela, pois a quantidade liberada de ferro pode ser exagerada, assim como o alimento pode oxidar”, explica a nutricionista Giselle Brandão. 16
  • 17. Cultura A nutricionista ressalta, ain- panelas de ferro, a família toda se da, que o uso da panela de fer- reúne para ‘tirá-las’ do armário”. ro deve ser comedida, para não prejudicar o organismo. Assim, o As panelas de ferro acompanharam ideal é utilizar a panela no máxi- a evolução do mundo, sendo fabri- mo três vezes por semana. Além cadas atualmente por reconheci- disso, Giselle também orienta so- das marcas, como a Le Creuset. Essa bre o armazenamento da pane- linha de panela “evoluiu sem dei- la, para que não haja incidência xar de produzir peças de alta qua- de ferrugem. “O correto é untar lidade com características artesa- a panela com óleo após usá-la”. nais” segundo histórico da marca. Com 80 anos de tradição, fun- Para Dona Izaura Castro, que criou dada em 1925 por dois artesãos 8 filhos e acaba de ganhar o 12º belgas na França, a Le Creuset netinho, cozinhar em panelas é hoje referência em panelas de ferro é uma tradição familiar, de ferro fundido e esmaltado. que aprendera com sua avó. “Em nossa casa é praticamente um evento quando cozinhamos nas 17
  • 18. Cultura Doce que estão presente não só nas sobremesas, mas sempre dispo- níveis na cozinha. Assim conta tradição Dona Laurinda Amâncio, ao di- zer que desde pequena foi acos- tumada com os diversos potes de compotas e doce de leite. A culinária mineira é rica em to- “Na minha casa é assim até hoje, dos os aspectos, do desjejum qualquer hora que uma visite che- ao jantar. Mas uma caracte- gar, tem um doce fresquinho para rística merece destaque espe- servirmos”. cial, aliás, um doce destaque. Na época do Brasil Colônia, as se- São os tradicionais doces mineiros, nhoras cozinhavam apenas em 18
  • 19. Cultura “São muitos os tipos que encon- tramos pelo Estado, mas esses que falei são comuns em todas as casas e fazendas típicas de Minas”. Sobre o doce de leite e a ambro- sia, o historiador Augusto Camargo Prata, ressalta que tais práticas foram assimiladas na região por influência dos colonizadores eu- ropeus, que trouxeram para a co- zinha mineira o uso dos ovos e do leite em doces. O historiador con- ta, ainda, que a ambrosia é consi- derada como o doce mais antigo do Estado, tendo uma receita da- tada de 1876. ocasiões especiais ou para desen- Já os doces de frutas, seja cristali- volver receitas nobres. A cozinha za ou em calda, eram produzidos do dia a dia ficava por conta das com objetivo de conservar a fruta escravas, que não passavam perto por mais tempo. Doces de fruta das preparações de doces e qui- são tradicionais, cheios de sabor tutes. Assim, os doces de frutas e ainda tem a vantagem de serem se tornaram comum, não só pelo menos calóricos. método de conservação, mas por- que as senhoras assumiram essas Atualmente, essas receitas estão receitas, difundindo-as pela alta ao alcance de todos e fazem suces- sociedade. so em qualquer mesa. São doces que tem história em seu sabor e Conversamos com a culinarista Re- que revelam muito de nossa cul- becca Breder, que destaca como os tura, ainda mais, quando acom- principais doces mineiros, o de lei- panhados pelo tradicional queijo te, a ambrosia e os de frutas. minas. 19
  • 20. Cultura Aconchego do fogão a lenha “O fogão a lenha dentro de uma O fogão a lenha, também conheci- cozinha é um símbolo cultural”, do como fogão caipira, faz parte da afirma o chef Olivier Anquier em história culinária de nosso país, co- seu livro Diário do Olivier: 10 anos meçando pelos índios, que tinham de viagem em busca da culinária o Tucuruba, um artefato contruído brasileira. E de fato é, confirma a em um buraco no chão e protegi- historiadora Renata Soares, pois “é do por pedras. A prática evoluiu e um marco na nossa sociedade”. passamos a ter dois tipos de fogão a lenha, de metal e de alvenaria. 20
  • 21. O de metal é mais utilizado no sul Cultura do país e o de alvenaria no sudeste, Dona Stella diz que “a impor- em Minas Gerais e interior de São tância do fogão a lenha não está Paulo. somente na história da sociedade, Com o passar dos anos e a moder- mas, principalmente, na sua rele- nização dos fogões para o uso de vância para a culinária”. Ela ressal- eletrecidade e gás, o fogão a lenha ta, ainda, que a comida fica mais passou a ser usado basicamente no gostosa e os sabores se acentuam interior do país. Contudo, segundo de forma inigualável. dados de pesquisa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Ru- E para finalizar essa matéria, cito ral do Estado de Minas Gerais (Ema- um trecho da crônica Aconchego, ter-MG), o uso de fogão a lenha de Camilo Durante Assis, um mi- nas áreas rurais em Minas Gerais é neiro da cidade de Almenara, que expressiva, pois está presente em mantém seu fogão a lenha sempre 96,9% das casas. Pensando nessa com uma chama em brasas. marca, a Emater desenvolveu um projeto para construção de fogão a “Final de semana na casa dos avós, lenha que não esfumaça a cozinha, lá no interior. Todos acordam bem economiza lenha e torna mais rá- cedo, junto com o galo dono do ga- pido o processo de cozimento doa linheiro. O cheiro é de café novo, alimentos. fumaça de lenha e prosa. Ainda é frio e o lugar mais aconchegante O fogão a lenha também desperta está logo ali na cozinha. No can- o lado bucólico das pessoas, por ser to da parede as brasas já brilham um ambiente aconchegante e tradi- o vermelho do fogo. No varal logo cional em reunir a família para um acima, alguns espirais de laranja café e uma prosa. Conversei com aromatizando o ambiente, lingüi- Dona Maria Stella Libânio Christo, ças embutidas e alguns queijos ca- ícone da culinária mineira. Vale bacinha defumando. Na chapa, pe- ressaltar que o título de sua prin- daços generosos de queijo minas e cipal obra é Fogão de Lenha: 300 um pinhão debulhado. As pessoas anos de cozinha mineira, livro que se juntam ao redor, os rostos vão se tornou referência para gastrono- ficando corados e alma se aquece. mia. Na juventude de seus 92 anos, É o aconchego do fogão à lenha”. 21
  • 22. Cultura Comidas para a ceia de Natal Natal próximo e as pessoas já Conheça a origem das prin- começam a ficar contagiadas com o espírito de confraternização e cipais tradições natalinas festas. Além de pensar em presen- te, enfeites e amigo oculto, é fun- Frutas secas damental planejar as comidinhas São tradição no Hemisfério Norte, para a esperada ceia de Natal. que celebra no inverno. “Para os romanos, as avelãs evitavam a Para a empresária Helena Cardoso, fome e as amêndoas, os efeitos da o maior desafio para a ceia é agra- bebida”, diz a historiadora Vivian dar a todos os gostos. “Reunimos Coutinho. muitas pessoas e cada uma tem suas preferências, por isso, o car- Champanhe dápio tem que ser bem pensado, As primeiras celebrações com a para que todos fiquem satisfeitos”. bebida aconteceram no palácio de Versalhes, na França. Napoleão te- Já a colega de trabalho de Helena, ria dito que ele era “merecido na Cláudia Souto Lins, ressalta que vitória, necessário na derrota”. mesmo com paladares diferente à mesa, as comidas tradicionais não Rabanada podem faltar. “Faz parte do ritual Os portugueses inventaram esse do Natal, ter uma mesa bem ca- doce feito de pão dormido e fize- racterística, com rabanada e tudo ram a gentileza de trazê-lo para cá mais”. durante a colonização. Na Europa, ele é apreciado o ano todo. 22
  • 23. Cultura Panetone Peru A mais famosa lenda sobre ele se Como é barato e engorda rápido, o passa em Milão. Apaixonado pela peru virou símbolo de fartura en- filha do patrão, um padeiro criou o tre os americanos. Mas não foi por “pão do Toni” para o futuro sogro. isso que ele veio parar aqui. “Le- Certo mesmo é que o doce chegou gado português, a ave é aprecia- ao Brasil vindo da Itália. da desde a colônia”, afirma Vivian Coutinho. Tender Na década de 50, o frigorífico Wil- Pernil son, de São Paulo, importou pernis A ceia dos portugueses inclui baca- de porco defumados. Na embala- lhau com castanhas cozidas. Mas, gem, colocou a expressão tender como o peixe sempre foi caro, mui- made (“feito com carinho”). E o ta gente no Brasil deu preferência paulistano rebatizou o prato. a um bom porquinho assado. Fonte: historia.abril.com.br 23
  • 24. Cultura Museus e cafés: dueto de sofisticação 24
  • 25. Tradicionalmente servido após as Cultura refeições nos restaurantes, o café tem se tornado o item principal Outro lugar a ser visitado é o Museu no cardápio das sofisticadas cafe- de Arte da Pampulha (MAP), proje- terias que vem se multiplicando tado por Oscar Niemeyer e original- pelo país. Com isso, uma das bebi- mente construído para abrigar um das mais consumidas no Brasil e no cassino, faz parte do conjunto ar- mundo vem ganhando o seu espa- quitetônico da Lagoa da Pampulha. ço nas artes e na gastronomia. De acordo com o diretor do MAP Sérgio Rodrigo, o espaço Café Nie- Inaugurado em 2000, o Café do meyer, que faz homenagem ao Museu é anexo ao tradicional mu- arquiteto, foi criado para oferecer seu Abílio Barreto, antigo casarão conforto ao visitante e estimular a da Fazenda do Leitão. No lugar, os convivência. “O Café é um projeto visitantes podem conhecer acervos antigo do museu. Dá um charme textuais, iconográficos e fotográfi- a mais, além disso, o café é uma cos acerca da origem e desenvol- bebida que faz parte da cultura do vimento de Belo Horizonte. O Café país” afirma. oferece almoço e jantar e conta uma variada carta de vinhos e ca- As modernas cafeterias revolu- fés, buscando unir gastronomia e cionaram o hábito do cafezinho e cultura. Segundo o sócio-proprie- estimularam o mercado, que ficou tário Leonardo Moreira, a ideia foi mais exigente. Aliando o ambiente criar um lugar pequeno, com um da arte e a gastronomia, se tornou cardápio diferenciado, uma carta reduto de grandes encontros e mo- de vinhos de qualidade e drinks a mentos de prazer. base de café. “Esse estilo foi base- ado nos Bistrôs que são comuns na França. Conquistamos uma cliente- la cativa e eclética, seguindo uma tendência mundial, que são os ca- fés gourmet”, destaca. 25
  • 26. Cultura De origem mineira e vulcânica Que o café é uma das bebidas mais consumidas no Brasil e no mundo nin- guém dúvida, mas um de origem vul- cânica vem se destacando pela sua grande complexidade de sabores, re- forçada pela presença maior de alguns minerais. Quando se fala em percepção do sabor do café, os mais comuns são a doçura e a acidez. Segundo o especialista em ca- fés Ensei Neto, quando é incorporada pequena quantidade de sais, a riqueza do paladar salta à boca. 26
  • 27. O especialista explica que o fato Cultura das propriedades se localizarem modifica a percepção do que seria em elevadas altitudes de regiões um café de bebida “típica”. Neto vulcânicas, torna-se um fator im- sugere imaginarmos uma compo- portante para que se resulte em sição de açúcar, sucos de laranja e maior acidez na bebida. limão e um leve toque de flor de sal. “O resultado surpreende pela A Fazenda Chapadão de Ferro, si- complexidade que se expressa, tuada numa área de solo vulcâni- como se a bebida “passeasse” sem co, no Cerrado Mineiro, é rica em cerimônias por toda a boca. Assim, minerais e produz em altas altitu- a primeira surpresa é perceber um des (1.250 m). “É uma das áreas de delicado toque salgado no café”. cultivo de café mais elevadas do Brasil. Uma curiosidade é o fato de Há vários produtores no Chapadão que a insolação direta é menor na de Ferro, porém, quem tem se des- parte interna do Chapadão. Isso, tacado é Ruvaldo Delarisse, da Fa- por exemplo, se reflete na diferen- zendaChapadão de Ferro. Ele tem ça de temperatura de quase 3°C a conquistado diversos prêmios pela menos entre a bacia do Chapadão qualidade dos cafés e em torrefa- e as áreas externas e que tem um ções de destaque no mercado de impacto muito grande nas condi- cafés especiais. Atualmente possui ções da superfície do solo (micro- clientes cativos nos Estados Uni- clima)” destaca Neto. dos, Canadá e Austrália. Entretan- to, alguns de seus lotes podem ser Em Minas, Poços de Caldas é ou- encontrados no Brasil. tra região tida como vulcânica. No entanto, cada área possui suas Delarisse explica que no solo exis- particularidades, uma vez que a tem minerais de um solo vulcânico, composição do local varia em ra- que transmitem ao fruto sabores zão do que foi trago à superfície. únicos, alguns bastante complexos Neto ressalta que “é isso que gera e exóticos. “Com todos esses di- a multiplicidade de sabores das di- ferenciais conseguimos fazer com ferentes origens. Sim, o café é um que nosso café tenha um mercado típico produto próprio de uma área próprio, além de poder oferecer limitada, terroir.” aos nossos clientes um café espe- cial, produzido com muito amor e A presença de elementos minerais dedicação”, finaliza. 27
  • 28. Receita: Gastronomia com cultura Ingredientes: Modo de preparo: 1 xícara de conteúdo Misture o conteúdo jornalístico com jornalístico de qualidade. o conhecimento para obter uma notícia 2 colheres de sopa de conhecimento. consistente. Várias doses de cultura. Adicione as doses de 1 pitada de ousadia. cultura e a pitada de ousadia para for- mar matérias com relevância. Reserve um tempo especial para essa saborosa leitura. Delicie-se! Sirva com diversidade. www.gourmetvirtual.com.br Acompanhe também pelo Twitter: www.twitter.com/gourmet_virtual Gastronomia é cultura.