O documento discute várias doenças infecciosas e parasitárias, incluindo AIDS, coqueluche e cólera. Fornece definições, agentes etiológicos, modos de transmissão e cuidados de enfermagem para cada uma.
3. NOÇÕES GERAIS
DOENÇA TRANSMISSÍVEL
Aquela determinada por um agente
infeccioso específico ou por seus produtos
metabólicos e que resulta da transmissão de
seus agentes e produtos, de um reservatório
para um hospedeiro suscetível, de forma
direta ou indireta.
5. SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
(AIDS)
Conceito
Um dos maiores agravos enfrentados pela
humanidade – grave problema de saúde pública.
HIV (vírus) – afeta – linfócito T4 e macrófagos
responsáveis pelo SI.
Presença de infecção oportunista, neoplasias
malignas e pelo comprometimento do SNC.
6. SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
(AIDS)
ETIOLOGIA
O agente etiológico é o vírus da
imunodeficiência humana (HIV), cuja
transmissão predominante é pela via sexual
FONTE DE INFECÇÃO
Pessoa infectada com o vírus HIV
7. SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
(AIDS)
Período de incubação
6 meses a 2 anos. Pode ser que
ocorra até 10 anos de incubação.
Período de transmissibilidade
Desde a infecção até o óbito.
8. SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
(AIDS)
MODO DE TRANSMISSÃO
Maior freqüência por via sexual (relação
sexual)
Transfusão sanguínea e de hemoderivados;
Via transplacentária ou do canal do parto;
Inoculação do vírus pelo uso de seringas e
agulhas contaminadas.
9. SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
(AIDS)
DISTRIBUIÇÃO
Universal com caráter de
pandemia
Faixa etária mais atingida: 20 a 40
anos;
10. SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
(AIDS)
QUADRO CLÍNICO
DIVIDE-SE EM TRÊS FASES
1ª - após alguns meses de contaminação:
Sintomatologia viral, podendo apresentar:
febre, calafrios, sudorese, cefaléia, erupções
na pele, disfagia.
11. SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
(AIDS)
2ª - Assintomática
3ª (AIDS) – Surge à medida que o indivíduo perde
a sua imunidade.
Febre prolongada, emagrecimento acentuado,
astenia, anorexia, sudorese noturna, tosse com
expectoração e diarréias constantes sem causa
aparente.
12. SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
(AIDS)
Cuidados de enfermagem
Isolamento: PSg = precauções com sangue e
fluidos corpóreos;
Usar luvas e avental para manusear o paciente ou
os artigos potencialmente contaminados;
Usar máscaras, quando houver comprometimento
pulmonar;
Lavar as maos antes e após cuidar do paciente ou
tocar em objetos contaminados;
Desprezar materiais descartáveis após o uso;
13. Cuidados de enfermagem
Verificar e anotar os sinais vitais;
Observar e anotar quantidade e aspecto das
evacuações;
Fazer controle diário do peso corporal;
Trocar roupas de cama sempre que necessário;
Estimular alimentação;
Manter higiene oral e corporal;
Incrementar prescrição de enfermagem e médica.
14. COQUELUCHE
Conceito
Popularmente conhecida como “tosse comprida”,
é uma doença infecciosa aguda, que afeta as vias
respiratórias e caracteriza-se por ataques
violentos de tosse. Tem alta mortalidade e possui
caráter epidêmico em todo o mundo.
15. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter o paciente em isolamento respiratório por
sete dias, após o início da antibioticoterapia;
Distribuir máscara para todas as pessoas que
entrarem no quarto;
Usar avental para manusear o paciente;
Lavar as maos antes e após tocar o paciente;
16. Descontaminar todo o material não-
descartável, antes do reprocessamento;
Conservar o quarto ensolarado e livre de
corrente de ar;
Oferecer líquidos com freqüência;
Incentivar a alimentação;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
17. Quando a criança tossir, ampará-la, virando-a
de costas e passando os braços sobre o seu
peito;
Manter vigilância constante;
Controlar os sinais vitais;
Incrementar a prescrição médica e a de
enfermagem;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
18. CÓLERA
Conceito
É uma infecção intestinal grave, caracterizada por
diarréia insidiosa, aquosa, profusa e incoercível, por
vômitos, desidratação súbita, acidosa e choque
hipovolêmico.
A morte pode vir em horas, após o início da doença.
O diagnóstico é confirmado com isolamento, em
laboratório, do vibrião.
19. Etiologia
O vibrião colérico ou Vibrio cholerae, bacilo gram
negativo, áeróbio, isolado por Koch no Egito e na
Índia, em 1884, é o agente etiológico da cólera.
20. Fonte de infecção
Apesar de o homem ser o reservatório mais
importante, estudos recentes destacam a
importancia do meio ambiente, pois a doença
mantém-se atraves do ciclo do homem-meio
ambiente-homem.
A agua e os alimentos contaminados constituem
fonte de infecção. As epidemias ocorrem em
consequencia da contaminação do abastecimento
de água por excreções de doentes.
21. Período de incubação
A incubação é curta, em média dura 3 dias,
podendo variar de horas a 5 dias.
Período de transmissibilidade
O período é desconhecido, porem acredita-se que
persista enquanto os vibriões estiverem presentes
nas fezes, até poucos dias após a cura, mais ou
menos 20 dias, por segurança.
22. Modo de transmissão
O homem se contamina por via oral. O vibrião
penetra no organismo através da ingestão de agua
e de alimentos contaminados ou por excreções
(com fezes e vômitos) de doentes ou portadores.
A transmissão de pessoa a pessoa tem relativa
importância em determinadas regiões. As moscas
constituem vetores consideraveis por
transportarem os vibriões aos alimentos.
23. Suscetibilidade e resistência
A suscetibilidade é geral, porém a maior incidência
entre os desnutridos com baixa resistência. A
doença confere baixa imunidade. A imunização
ativa confere imunidade de mais ou menos 6
meses.
24. Quadro clínico
O vibrião tem ação tóxica e provoca no organismo
náuseas, vômitos, cólica abdominal com diarréia
profusa (cerca de 150 evacuações por dia, com
uma perda de 8 litros de água e eletrólitos).
O paciente “murcha” rapidamente. As fezes
tornam-se líquidas, turvas e esbranquiçadas, com
aspecto de “água de arroz”. Os vômitos e a diarréia
levam o paciente a uma desidratação que pode
chegar ao choque hipovolêmico.
25. Quadro clínico
O desequilíbrio hidreletrolítico leva o paciente à
oligúria ou á anúria, num curto espaço de tempo,
provocando acidose e hipotassemia.
26. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter o paciente em ambiente limpo e arejado;
Colocar o paciente em leito adequado, tendo o
cuidado de colocar o vasilhame para receber as
fezes e colocar no recipiente solução de hipoclorito
de sódio a 2%;
Incrementar a prescrição médica e de enfermagem;
27. Fazer o balanço hidreletrolítico: anotar líquidos
infundidos, ingeridos, perda por fezes e vômitos;
Etiquetar “contaminado” em todas as roupas e
objetos do paciente;
Isolamento entérico (IE);
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
28. Uso de luvas para manusear o paciente e o
material contaminado;
Usar avental apenas para manusear o paciente;
Lavar as maos antes e após tocar o paciente ou o
material contaminado;
Controlar os sinais vitais;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM