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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMACENTRO DE ESUDOS SUPERIORES DE TIMON – CESTIDISCIPLINA: LETRAS PORTUGUES/LICENCIATURAPROFESSORA: ERIKA GIL VICENTE Célia Taylane Santos Zenaide
Gil Vicente é “um grande poeta, um dos maiores da Renascença”
	 Poderiam ser aduzidas muitas opiniões qualificadas acerca da obra de Gil Vicente, seja através de portugueses, seja de espanhóis (que tomam Gil Vicente também como um dos maiores autores da língua castelhana), seja de italianos, franceses, alemães, ingleses ou americanos (e talvez ainda de autores de outras nacionalidades que se dedicaram ao estudo admirado do poeta), mas a conclusão já se impõe e é a mesma: Gil Vicente deve ser contado entre os maiores poetas do mundo em seu tempo e, na literatura de língua portuguesa, disputa o primeiro lugar com gigantes como Camões e Fernando Pessoa.
VIDA E ÉPOCA 	Gil Vicente nasceu no reinado de D. Afonso V e morreu em meados do reinado de D. João III. 	A identificação do poeta com um importante ourives (o “Mestre da Balança”), seu contemporâneo e homônimo, é problemática, seja porque faltam informações conclusi­vas a respeito, seja porque os artesãos em geral são tratados no teatro vicentino com muito pouca simpatia.
	No plano propriamente literário, Gil Vicente é contemporâneo de dois eventos particularmente marcantes:  		O primeiro é a publicação, em 1516, do Cancioneiro Geral; 		O segundo é a renovação promovida pelo grande poeta Sá de Miranda.
OBRA 	Sabe-se que Gil Vicente gozou de prestígio na corte, para a qual seus autos eram escritos. Foi esse prestígio, provavelmente, que lhe permitiu levar a efeito a ampla e mesmo violenta crítica social que empreendeu através de seu teatro, no qual são satirizadas todas as camadas da sociedade, inclusive o clero e a nobreza.
	 O teatro de Gil Vicente, que provém de tradições dramáticas presentes no fim da Idade Média, afasta-se totalmente dos princípios do teatro clássico, defendidos pelas novas teorias poéticas da época. 	A crítica social de Gil Vicente procede — como é comum em comediógrafos — tanto de uma perspectiva desencantada sobre o presente, quanto de uma visão idealizada do passado.
ALEGORIAS, QUADROS E NARRATIVAS 	O teatro vicentino é em grande parte alegórico. A alegoria, em Gil Vicente, corresponde à representação de uma idéia abstrata, um tipo social ou uma entidade espiritual, por meio de uma personagem. 	Nas alegorias vicentinas, que seguem a tradição do teatro medieval, temos geralmente uma sucessão de quadros que não se ligam por relação de causa e efeito.
	Além das peças propriamente alegóricas, construídas em torno de quadros ou sketches que não são necessariamente ligados por nexo de causa e efeito, Gil Vicente compôs peças que se podem chamar narrativas, nas quais se verifica, seja o desenvolvimento de um episódio em diversos quadros, seja um encadeamento de cenas, isto é, de situações ligadas por relação de causa e efeito. Nesses autos narrativos, as personagens, diferentemen­te das puras alegorias, têm recorte realista, embora em geral repre­sentem não propriamente indivíduos, mas tipos sociais.
	Gêneros no teatro vicentino:  		O auto pastoril;  		A moralidade religiosa; 		As narrações bíblicas ou de vidas de santos; 		A fantasia alegórica; 		A farsa episódica; 		O auto narrativo. 	As personagens de Gil Vicente falam um português variadíssimo. É admirável como o poeta, em belos versos cheios de ritmo e naturalidade consegue captar uma imensa variedade de registros de linguagem fazendo que cada personagem utilize as formas lingüísticas próprias de seu meio social.
	Todo o teatro de Gil Vicente é composto em versos rimados e revela impressionante virtuosismo na utilização dos redondilhos. 	Podem-se encontrar na obra vicentina exemplos das principais formas do lirismo tradicional português, ou seja, formas que a poesia lírica portuguesa conheceu antes da renovação iniciada por Sá de Miranda.
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Gil Vicente, um dos maiores poetas da Renascença

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMACENTRO DE ESUDOS SUPERIORES DE TIMON – CESTIDISCIPLINA: LETRAS PORTUGUES/LICENCIATURAPROFESSORA: ERIKA GIL VICENTE Célia Taylane Santos Zenaide
  • 2. Gil Vicente é “um grande poeta, um dos maiores da Renascença”
  • 3. Poderiam ser aduzidas muitas opiniões qualificadas acerca da obra de Gil Vicente, seja através de portugueses, seja de espanhóis (que tomam Gil Vicente também como um dos maiores autores da língua castelhana), seja de italianos, franceses, alemães, ingleses ou americanos (e talvez ainda de autores de outras nacionalidades que se dedicaram ao estudo admirado do poeta), mas a conclusão já se impõe e é a mesma: Gil Vicente deve ser contado entre os maiores poetas do mundo em seu tempo e, na literatura de língua portuguesa, disputa o primeiro lugar com gigantes como Camões e Fernando Pessoa.
  • 4. VIDA E ÉPOCA Gil Vicente nasceu no reinado de D. Afonso V e morreu em meados do reinado de D. João III. A identificação do poeta com um importante ourives (o “Mestre da Balança”), seu contemporâneo e homônimo, é problemática, seja porque faltam informações conclusi­vas a respeito, seja porque os artesãos em geral são tratados no teatro vicentino com muito pouca simpatia.
  • 5. No plano propriamente literário, Gil Vicente é contemporâneo de dois eventos particularmente marcantes: O primeiro é a publicação, em 1516, do Cancioneiro Geral; O segundo é a renovação promovida pelo grande poeta Sá de Miranda.
  • 6. OBRA Sabe-se que Gil Vicente gozou de prestígio na corte, para a qual seus autos eram escritos. Foi esse prestígio, provavelmente, que lhe permitiu levar a efeito a ampla e mesmo violenta crítica social que empreendeu através de seu teatro, no qual são satirizadas todas as camadas da sociedade, inclusive o clero e a nobreza.
  • 7. O teatro de Gil Vicente, que provém de tradições dramáticas presentes no fim da Idade Média, afasta-se totalmente dos princípios do teatro clássico, defendidos pelas novas teorias poéticas da época. A crítica social de Gil Vicente procede — como é comum em comediógrafos — tanto de uma perspectiva desencantada sobre o presente, quanto de uma visão idealizada do passado.
  • 8. ALEGORIAS, QUADROS E NARRATIVAS O teatro vicentino é em grande parte alegórico. A alegoria, em Gil Vicente, corresponde à representação de uma idéia abstrata, um tipo social ou uma entidade espiritual, por meio de uma personagem. Nas alegorias vicentinas, que seguem a tradição do teatro medieval, temos geralmente uma sucessão de quadros que não se ligam por relação de causa e efeito.
  • 9. Além das peças propriamente alegóricas, construídas em torno de quadros ou sketches que não são necessariamente ligados por nexo de causa e efeito, Gil Vicente compôs peças que se podem chamar narrativas, nas quais se verifica, seja o desenvolvimento de um episódio em diversos quadros, seja um encadeamento de cenas, isto é, de situações ligadas por relação de causa e efeito. Nesses autos narrativos, as personagens, diferentemen­te das puras alegorias, têm recorte realista, embora em geral repre­sentem não propriamente indivíduos, mas tipos sociais.
  • 10. Gêneros no teatro vicentino: O auto pastoril; A moralidade religiosa; As narrações bíblicas ou de vidas de santos; A fantasia alegórica; A farsa episódica; O auto narrativo. As personagens de Gil Vicente falam um português variadíssimo. É admirável como o poeta, em belos versos cheios de ritmo e naturalidade consegue captar uma imensa variedade de registros de linguagem fazendo que cada personagem utilize as formas lingüísticas próprias de seu meio social.
  • 11. Todo o teatro de Gil Vicente é composto em versos rimados e revela impressionante virtuosismo na utilização dos redondilhos. Podem-se encontrar na obra vicentina exemplos das principais formas do lirismo tradicional português, ou seja, formas que a poesia lírica portuguesa conheceu antes da renovação iniciada por Sá de Miranda.