SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 57
Downloaden Sie, um offline zu lesen
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
     FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS




             BRUNA MORAIS DOS SANTOS

                 BRUNA NUNES CULTI

               JULIANA DUTRA MARTINS

               LIVIA FERREIRA SANTANA




UTILIZAÇÃO DO CLORIDRATO DE METFORMINA E LIRAGLUTIDA
EM PACIENTES PORTADORES DE OBESIDADE E DO DIABETES
                   MELLITUS TIPO 2




                  FERNANDÓPOLIS

                        2012
BRUNA MORAIS DOS SANTOS

                   BRUNA NUNES CULTI

                 JULIANA DUTRA MARTINS

                 LIVIA FERREIRASANTANA




UTILIZAÇÃO DO CLORIDRATO DE METFORMINA E LIRAGLUTIDA
EM PACIENTES PORTADORES DE OBESIDADE E DO DIABETES
                   MELLITUS TIPO 2




                   Trabalho de conclusão de curso apresentado à
                   Banca Examinadora do Curso de Graduação em
                   Farmácia      da    Fundação       Educacional  de
                   Fernandópolis como exigência parcial para obtenção
                   do título de bacharel em farmácia.


                   Orientador: Prof. MSc. Giovanni Carlos de Oliveira




        FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
                  FERNANDÓPOLIS – SP
                           2012
BRUNA MORAIS DOS SANTOS
                                  BRUNA NUNES CULTI
                                JULIANA DUTRA MARTINS
                                LIVIA FERREIRA SANTANA




     UTILIZAÇÃO DO CLORIDRATO DE METFORMINA E LIRAGLUTIDA EM
PACIENTES PORTADORES DE OBESIDADE E DO DIABETES MELLITUS TIPO 2




                                   Trabalho de conclusão de curso aprovado como
                                   requisito parcial para obtenção do título de bacharel
                                   em farmácia.

                                   Aprovado em: 20 de novembro de 2012.




           Banca examinadora                     Assinatura               Conceito
Prof. MSc. Giovanni Carlos de
Oliveira
Profa. Vanessa Maira Rizzato
Silveira
Prof. Dr. Anisio Storti




                          Prof. MSc. Giovanni Carlos de Oliveira
                            Presidente da Banca Examinadora
AGRADECIMENTOS


      Agradecemos este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele, nada seria
possível, e nossos sonhos não seriam concretizados.
      Aos nossos pais, que sempre nos deram apoio, e estiveram presentes
acreditando em nosso potencial, nos incentivando na busca de novas realizações e
descobertas.
Dedico este trabalho essencialmente aos meus pais, Aureo
Sebastião Morais dos Santos e Eli Aparecida Ferreira dos
Santos ao meu irmão Lucas Morais dos Santos, pois depositou
em mim toda a sua confiança, por ter me proporcionado a
realização de um sonho não só pra mim mais que se tornou um
sonho de todos nos, por ter renunciado alguns de seus sonhos
para que eu realizasse o meu. Foi com muito esforço e
sacrifício que hoje estamos realizados. Sem eles nada disso
seria possível, a eles dedico não só esta monografia e sim a
minha vida por ter me passado todo o ensinamento e por ter
me feito uma pessoa do bem, melhores pais que poderia ter.
Dedico aos meus familiares e meus amigos por ter me ajudado
em fases difíceis de desânimo, estresse, angústias, tristezas e
alegrias, me deram ânimo para que continuasse.
Agradeço aos meus entes queridos, que já não se encontram
aqui, meus avós, tios e a um grande amigo - sempre me
incentivaram. A estes, expresso a minha eterna saudade.
Agradeço ao meu amigo Danilo Neris que colaborou para a
elaboração deste trabalho com muita dedicação.
Dedico também, ao nosso orientador Professor MSc. Giovanni
C. de Oliveira que tanto nos ajudou e colaborou para
elaboração deste trabalho e para a nossa formação, as minhas
colegas de grupo pelo desempenho.
                                    Bruna Morais dos Santos

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por me
proporcionar estar onde estou hoje, apesar das muitas
dificuldades que enfrentei, e por nunca deixar desistir de meus
objetivos. Dedico aos meus pais Dalton Culti e Marli Nunes
Marcolino Arruda Culti por sempre me incentivarem, dando
apoio nas horas difíceis e por serem as pessoas mais
importantes da minha vida, sem eles não estaria onde estou.
Dedico às meninas: Bruna Morais, Juliana Dutra e Lívia
Ferreira e ao meu irmão Guilherme Nunes Culti, também
Farmacêutico, por saciar minhas duvidas, quando necessitei, e
me auxiliar sempre que fosse solicitado. Ao meu namorado
muito amado Danilo Neris da Cruz por ter feito do meu
trabalho, o seu, por se preocupar junto comigo, me ajudar no
que fosse preciso e no que desse ate no que não desse, sou
muito grata a ele, por fazer desse momento difícil de muitas
pesquisas e desafios, um momento mais maleável. Uma
dedicação especial a todos os professores do curso de
Farmácia, por me passar todo aprendizado de que necessito,
em especial ao Professor MSc. Giovanni Carlos de Oliveira,
pela paciência e atenção e conhecimento oferecidos durante
todo o tempo de orientação em que esteve com nós. Enfim
todas essas pessoas que citei, fazem parte da conquista desse
Trabalho, e o sucesso que eu conseguir, será também sucesso
deles!
                                            Bruna Nunes Culti


Dedico esta, bem como todas as minhas demais conquistas,
em primeiro lugar a DEUS, que iluminou o meu caminho
durante esta caminhada, aos meus preciosos pais (Antônio
José Martins e Célia Dutra de Oliveira Martins), ao meu amado
namorado (João Paulo Hidalgo Cerzósimo), e a toda minha
família, que com muito carinho e apoio, não mediram esforços
para que eu chegasse até esta etapa de minha vida, a o
professor MSc. Giovanni C. de Oliveira pela paciência na
orientação e incentivo que tomaram possível a conclusão desta
monografia e a todos os professores do curso, que foram tão
importantes em minha vida acadêmica e no desenvolvimento
deste trabalho e aos amigos, pelo incentivo e apoio constantes.
Muito Obrigado por tudo!
                                         Juliana Dutra Martins

À Deus por tudo que me proporciona na vida. À minha mãe
Valdina Ferreira, que sempre me fez acreditar na realização
dos meus sonhos. À minhas amigas de trabalho Bruna Morais,
Bruna Nunes e Juliana Dutra que juntas trabalharam muito
para a realização deste. Ao Prof. MSc. Giovanni Carlos de
Oliveira pela orientação e pelo constante estímulo transmitido
durante todo o trabalho.
                                       Lívia Ferreira Santana
“Jamais   considere    seus   estudos   como   uma
obrigação, mas como uma oportunidade invejável
para aprender a conhecer a influência libertadora da
beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer
pessoal e para proveito da comunidade à qual seu
futuro trabalho pertencer.”
                                  Albert Einstein
RESUMO

A obesidade é uma doença que produz grande acúmulo de gordura nos tecidos
adiposos, é caracterizada por vários fatores, podendo ocasionar outras
doenças, como o Diabetes Mellitus tipo 2, sendo caracterizada por dois fatores: os
fatores genéticos e os fatores ambientais. Serão abordados dois medicamentos para
o tratamento do Diabetes Mellitus e para um possível tratamento da obesidade, o
cloridrato de metformina e a liraglutida. Estes medicamentos são registrados com a
indicação somente para o tratamento do Diabetes Mellitus, mas estão sendo
utilizados para a redução de peso, devido a grande repercussão da mídia. Pacientes
com sobre peso vem utilizando estes medicamentos de forma inadequada,
realizando a automedicação, sem consultar um médico para que ele dê um maior
esclarecimento sobre a utilização destes, e aconselhando se caso fosse necessário
à utilização referente a estes quadros clínicos. O cloridrato de metformina é um
dos medicamentos mais conhecido, pois vem sendo comercializado no Brasil há
muito tempo, já a liraglutida é um medicamento novo no mercado, que começou a
ser comercializado em 2010 no Brasil e teve um enfoque muito grande em revistas
como o medicamento milagroso para a redução de peso, por isso, o seu uso
abusivo. O objetivo deste trabalho foi analisar a utilização de cloridrato de
metformina e de liraglutida para o tratamento de pacientes portadores de Diabetes
Mellitus tipo 2 e de obesidade, verificando as vantagens e as desvantagens destes
medicamentos para estas doenças. Com base nestes estudos relatamos que houve
uma perca de peso em pacientes tanto em diabéticos obesos, como também em
obesos não diabéticos, que utilizaram o cloridrato de metformina e a liraglutida para
o tratamento da obesidade, porém pacientes que se tem como objetivo a perda de
grande quantidade de peso, não obtiveram muito sucesso, já para pacientes que
utilizaram para Diabetes Mellitus alcançaram efeitos eficazes, sendo comprovado a
sua indicação, no caso do tratamento para obesidade, se encontra em andamento
estudos para que se tenha uma maior garantia da eficácia, analisando possíveis
reações adversas para estes pacientes.

Palavras-chave:    Diabetes    Mellitus.   Obesidade.   Cloridrato   de   Metformina.
Liraglutida.
ABSTRACT

Obesity is a disease that produces big fat accumulation in adipose tissue, is
characterized by several factors, which may cause other diseases such as diabetes
mellitus type 2 is characterized by two factors: genetic factors and environmental
factors. Two will be addressed medicaments for the treatment of Diabetes Mellitus
and a possible treatment of obesity, metformin hydrochloride and liraglutide. These
medicines are registered with the only indication for the treatment of diabetes
mellitus, but are being used for weight reduction, due to the large impact of the
media. Patients with weight comes about using these drugs inappropriately,
performing self-medication without consulting a doctor to give a greater insight into
the use of these, and if counseling if necessary regarding the use of these clinical
pictures. Metformin hydrochloride is a drug better known as has been
commercialized in Brazil for a long time, since liraglutide is a new drug on the market,
which began to be marketed in Brazil in 2010 and had a very big focus in magazines
like miracle drug for weight reduction, therefore, its abuse. The objective of this study
was to analyze the use of metformin and liraglutide for the treatment of patients with
Type 2 Diabetes Mellitus and Obesity, verifying the advantages and disadvantages of
these drugs for these diseases. Based on these studies reported that there was a
loss of weight in both obese diabetic patients as well as in non obese diabetic
patients who used the metformin hydrochloride and liraglutide for the treatment of
obesity, but patients who aims the loss of large amount of weight not achieved much
success, since for patients who used to effect achieved Diabetes Mellitus effective for
the indication being shown in the case of obesity treatment, is ongoing studies in
order to have a better guarantee of effectiveness, analyzing possible adverse
reactions to those patients.


Keywords: Diabetes Mellitus. Obesity. Metformin Hydrochloride. Liraglutide.
LISTA DE FIGURAS


Figura 1 -   Regulação da concentração da glicose no sangue            17


Figura 2 -   Complicações de saúde associadas à Diabetes Mellitus      20


Figura 3 -   Planta Galega Officinalis                                 23


Figura 4 -   Esquema da estrutura molecular da molécula de biguanida   24


Figura 5 -   Estrutura molecular do cloridrato de metformina           25


Figura 6 -   Modelo do mecanismo de ação do cloridrato de metformina
             referente ao metabolismo dos lipídios e glicose           32


Figura 7 -   Estrutura da liraglutida                                  34


Figura 8 -   Mecanismo do GLP-1 natural                                35


Figura 9 -   Mecanismo de ação liraglutida                             36


Figura 10 - Sistema de aplicação da liraglutida                        38


Figura 11 - Reações adversas da liraglutida                            40
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


AMP – Adenosine Monofosfato
AMPc - Monofosfato de Adenosina Cíclico
AMPK – Proteina Quianse Ativada
ATP - Adenosine Trifosfato
CAMP - Proteínas Quinases Dependentes de AMP Cíclico
CMAX - Concentração Máxima
DM - Diabetes Mellitus
DPP-IV - Dipeptidilptidase 4
GLP1 – Glucagon-Like Peptide-1
GLUT4 - Proteínas Facilitadoras de Transporte de Glucose
IMC - Índice de Massa Corporal
LDL - Lipoproteina de Baixa Densidade.
NEP - Endopeptidase Neutro
NIDDM – Diabetes Mellitus Não Insulino Dependente.
PKA – Constante de Acidez
SNC – Sistema Nervoso Central
TGI - Trato Gastrointestinal
TGO - Transaminase Glutâmico Oxalacética
TGP - Transaminase Glutâmico Pirúvica
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO.......................................................................................................          14



1 DESENVOLVIMENTO TEORICO.......................................................................                           17

1.1 ETIOLOGIA DO DIABETES MELLITUS..........................................................                               17

1.2 ETIOLOGIA DA OBESIDADE..........................................................................                       18

1.3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO DAS PATOLOGIAS...........................                                                 19

1.3.1 Quadro clínico do Diabetes Mellitus tipo 2 ............................................                              19

1.3.2 Diagnóstico da Diabetes Mellitus tipo 2 ..................................................                           20

1.3.3 Quadro clínico de obesidade...................................................................                       21

1.3.4 Diagnóstico da obesidade.......................................................................                      22

1.4 MEDICAMENTOS............................................................................................               22

1.4.1 Cloridrato de metformina............................................................................ 22

1.4.1.1 Histórico....................................................................................................      22

1.4.1.2 Definição..................................................................................................        25

1.4.1.3 Fatores fisiológicos que predispõem a utilização do cloridrato de
                                                                                                                           26
metformina..............................................................................................................

1.4.1.4 Mudanças orgânicas que restringem a utilização do cloridrato de
metformina.............................................................................................................. 28

1.4.1.5 Medicamentos cuja utilização exerce interações com o cloridrato de                                                 30
metformina..............................................................................................................

1.4.1.6 Mecanismo de ação...................................................................................               31

1.4.2 Caracterização do fármaco liraglutida......................................................                          33

1.4.2. Histórico......................................................................................................     33
1.4.2.2 Mecanismo de ação...................................................................................             34

1.4.2.3 Indicação....................................................................................................    37

1.4.2.4 Métodos de administração.........................................................................                37

1.4.2.5 Interações medicamentosas....................................................................... 38

1.4.2.6 Questões relacionadas com a segurança..................................................                          39

1.4.2.7 Farmacocinética ........................................................................................         41

1.5 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO................................................................ 41

1.5.1 Tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2..................................................... 41

1.5.1.1 Cloridrato de metformina............................................................................             42

1.5.1.2 Liraglutida...................................................................................................   42

1.5.2 - Tratamento da obesidade com medicamentos......................................                                   43

1.5.2.1 Cloridrato de metformina............................................................................             44

1.5.2.2 Liraglutida...................................................................................................   44

1.6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MEDICAMENTOS..........................                                                  45

1.6.1 Cloridrato de metformina............................................................................ 45

1.6.2 Liraglutida....................................................................................................    46




2 MÉTODOS..........................................................................................................      47

2.1 TIPO DE PESQUISA........................................................................................ 47

2.2 SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA......................................................................... 47



3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................                   48
REFERÊNCIAS......................................................................................................   49
14




                                  INTRODUÇÃO


       O organismo humano mantém diariamente contato com mudanças ocorridas
no meio externo como também alterações desencadeadas no meio interno, seja por
fatores genéticos, ou por causas conhecidas, como e o caso da síndrome
metabólica, esta síndrome surge através de alterações metabólicas desencadeando
o surgimento de outras patologias, dentre elas, Diabetes Mellitus tipo 2 como
também doenças de âmbito cardiovascular, acredita-se que a Obesidade tenha
grande participação, pelo fato de caracterizar um acumulo de tecido adiposo na
região abdominal ocasionando assim dessa maneira a capacidade do organismo em
obter resistência insulínica, o que se tornam pontos significativos na manifestação
desta síndrome.
       A obesidade é uma condição complexa com sérias dimensões sociais e
psicológicas, que afeta virtualmente todas as idades e grupos socioeconômicos
tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Ela pode ser definida
como um acúmulo de gordura generalizada ou localizada que se associa a prejuízos
à saúde do indivíduo.
       Os adultos obesos são considerados mais expostos a riscos para o
desenvolvimento de comorbidades, ou seja, para o desenvolvimento de outras
doenças crônicas. Um aumento de apenas 20% do peso corpóreo eleva
significativamente o risco de hipertensão arterial, doença coronariana, dislipidemias
e Diabetes Mellitus tipo 2. A doença Diabetes Mellitus do tipo 2 possui
características próprias de etiologia, sendo elas a resistência insulínica e a
deficiência na liberação de insulina para que alcance a corrente sanguínea e facilite
a entrada de glicose no interior celular, dessa maneira ocasionando uma
hiperglicemia, ou seja, grande acumulo de glicose no plasma.
       Com o aumento significativo dessas patologias, o mercado farmacêutico se
encontra sempre em constante atualização, sempre buscando a melhora de vida do
paciente, seja qual for à doença. Com esse intuito houve a inserção de um
medicamento com perspectivas inovadoras, chamado liraglutida, obtendo muita
atenção por parte de pacientes portadores da Diabetes Mellitus tipo 2 e Obesidade,
patogenias estas que vem se agravando devido às mudanças no estilo de vida,
sedentarismo,     com   alimentação   debilitada,   relacionadas   também   com   as
15




modernidades que possibilitam uma vida cômoda, e levando em consideração ainda
os fatores genéticos que variam de um organismo para outro.
        Medicamento este que foi produzido com intuito de suprir uma deficiência do
próprio organismo, pois a doença Diabetes Mellitus tipo 2 é caracterizada por não
possuir total eficiência da insulina produzida pelo organismo, desse modo os tecidos
se tornam incapazes de reconhecer esse hormônio por falhas nos seus receptores
que não permitem sua passagem para o interior das células.
        Pelo fato deste medicamento ocasionar a demora do esvaziamento gástrico,
diminuir o ritmo das contrações intestinais, proporcionando assim um maior tempo
de saciedade, modificando dessa forma o modo em que a pessoa se relaciona com
seu tipo de alimentação e o tempo em que se alimenta, ocasionando uma
considerável perda de peso.
        Outro fármaco igualmente utilizado para as ambas as doenças e o cloridrato
de metformina, pertencente à classe das biguanidas, um dos medicamentos mais
prescritos para Diabetes Mellitus tipo 2, onde ocasiona a diminuição dos níveis
plasmáticos da insulina, auxilia na remoção das moléculas de glicose da corrente
sanguínea,    encaminhando-os       para   os   tecidos,   além   de   ser   utilizada
concomitantemente como tratamento complementar da obesidade, reduzindo peso,
causando efeitos anoréxicos, e o seu uso previne o risco do aparecimento da
Diabetes Mellitus tipo 2.
        O conteúdo desse trabalho é dividido em tópicos, sendo subdivididos em
seções, no primeiro tópico se dá o desenvolvimento, onde em suas seções está
relatado a etiologia do Diabetes Mellitus tipo 2, sendo a primeira seção, e a segunda
seção aborda a etiologia da Obesidade. Na terceira seção será relatado o quadro
clínico, como também o diagnóstico das patologias, já na seção seguinte, quarta
seção, é discutido os medicamentos utilizados como pesquisas, incluindo parte
histórica, definição, indicações, contra indicações, interações medicamentosas, e
mecanismos de ação dos medicamentos cloridrato de metformina e liraglutida.
        Dando continuidade, a quinta seção aborda assuntos relacionados ao
tratamento medicamentoso do Diabetes Mellitus tipo 2 com o cloridrato de
metformina e liraglutida, também o tratamento da Obesidade com os mesmos
medicamentos. Na sexta seção observa-se as vantagens e desvantagens dos
medicamentos.
16




        O segundo tópico é composto por duas seções, à primeira refere-se aos
tipos de pesquisa, e a segunda seção é referente à seleção da bibliografia. Terceiro
tópico é composto pelas considerações finais do grupo.
        O objetivo geral desse trabalho é investigar com base na literatura, a
utilização dos fármacos cloridrato de metformina e liraglutida no tratamento do
Diabetes Mellitus tipo 2 e da Obesidade e como objetivos específicos analisar os
conceitos através do histórico; o meio de obtenção dos fármacos; suas indicações;
contra indicações; mecanismo de ação e interações com outros medicamentos.
      A escolha deste tema foi devido a grande repercussão da mídia em relação à
utilização da liraglutida e o cloridrato de metformina no tratamento da Obesidade,
porém estes medicamentos tem como sua indicação o tratamento de Diabetes
Mellitus tipo 1 e Diabetes Mellitus tipo 2. Devido a esta repercussão, pacientes vem
fazendo a utilização destes medicamentos sem prescrições médica, com uso errado
sem mesmo saber os problemas que podem acarretar.
      Nos medicamentos cloridrato de metformina e liraglutida, conforme pesquisa
deste trabalho foi verificado que realmente tem uma redução de peso corporal,
porém a mídia elabora reportagens abusivas, citando que são medicamentos
milagrosos para a redução de peso.
        Deixando evidenciadas algumas dúvidas em relação a sua utilização para
outras finalidades.
17




1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO


1.1 ETIOLOGIA DO DIABETES MELLITUS


       O Diabetes Mellitus é uma patologia provocada por fatores genéticos e
ambientais, o fator genético se caracteriza pelo fato de a ingestão de alimentos
resultarem na transformação de açúcares ao atingir nosso organismo, estes por sua
vez são denominados de glicose que são absorvidas para o sangue, a glicose e
utilizada como energia para os tecidos, e quando se tem a Diabetes Mellitus tipo 2,
que é uma doença crônica se tem dificuldades desses açucares penetrarem no
interior das células sendo assim, não produzindo energia e nem armazenando as
mesmas por ser insulinorresistente, deixando de produzir o hormônio (DIABETES
TIPO 2, 2012).
       No nosso organismo à produção de um hormônio denominado insulina
produzida nas células beta nas Ilhotas de Langerhans localizadas no interior do
pâncreas, sua função e ativar os receptores localizadas na membrana celular para
que se haja a entrada de glicose no interior celular, caso este mecanismo não ocorra
corretamente, nota-se um significativo acúmulo de açúcar no plasma, originando
uma hiperglicemia (O QUE É DIABETES TIPO 2, 2012).


            Figura 1: Regulação da concentração da glicose no sangue




      Fonte: SISTEMA ENDÓCRINO, 2012.
18




         Falamos dos fatores genéticos envolvidos na Diabetes Mellitus tipo 2 , agora
falaremos um pouco mais sobre os valores ambientais que estão associados aos
fatores genéticos. Os fatores mais agravantes são o consumo de alimentos
hipercalóricos, e a ausência de atividades físicas, sedentarismo, idade e
hereditariedade (CONCEITOS BÁSICOS SOBRE O DIABETES, 2012).


1.2 ETIOLOGIA DA OBESIDADE


          A obesidade e estimada uma doença com múltiplos fatores. As causas da
obesidade estão separadas por várias condições genéticas, a falta de atividades
físicas, idade, motivos metabólicos e endócrinos, sexo, padrões de vida da
sociedade e aspectos alimentares (FERREIRA, 2006).
           Com todos estes fatores que ocasiona a obesidade, ela desenvolve varias
doenças tais como: hipertensão arterial, Diabetes Mellitus tipo 2, riscos de doenças
cardiovascular, etc. (CHARA; ZANELLA, 2007).
           A Concepção da obesidade pode qualificar como deposito de tecido
adiposo     encontrado   em    todo   o   corpo,   ocasionando   por   caracteres   de
hereditariedade anatômicos, metabólicos e razão nutricional e endócrino, a
obesidade e uma enfermidade de desenvolvimento lento (SOARES; PETROSKI,
2003).
           Nos tempos de hoje com a modernização das indústrias e do cotidiano das
pessoas elas passam a fazerem menos esforços fisicos, pois tudo oque antes
tínhamos que executar por nos mesmos, atualmente existe tudo mais facilitado,
tanto no trabalho quanto em casa, pois um simples gesto de lavar roupas, cortar
grama que antes se era feito tudo manualmente e si tinha uma valor energético
bastante relativo atualmente e feito tudo mecanizado com auxílio de maquinas e que
si tem um baixo índice de gasto energético. Os componentes mais específicos do
gasto energético são: efeito térmico dos alimentos, exercício físico e taxa metabólica
basal (PEREIRA; FRANCISCHI; LANCHA JR, 2003).
         Avanços genéticos na obesidade foram possíveis graças à descoberta do
gene ob, que codifica o hormônio peptídeo leptina, este por sua vez condensa-se
nos tecidos adiposos que interfere diretamente na sensação de saciedade e na
extensão do gasto energético, porém a falha pode estar ocorrendo no receptor ou
19




pode haver uma redução dos efeitos da leptina no corpo pela susceptibilidade deste
hormônio (FERREIRA, 2006).

         E essencial afirmar que a causa da obesidade não e definida em único fator
e sim de associações com caráter genético ou ambiental que incentive o aumento de
risco para a obesidade (FERREIRA, 2006).


1.3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNOSTICO DAS PATOLOGIAS


1.3.1 Quadro clínico do Diabetes Mellitus tipo 2


        O quadro clínico pode ser qualificado em aparecimentos mais frequentes e
em extenso prazo; e mais, característicos e inespecíficos. Os sintomas de Diabetes
Mellitus tipo 2 alteram muito de pessoa para pessoa, podendo ser bastante discretos
ou bastante rigorosos (SILVA, 2012).
         Os sintomas mais frequentes, antigos e particulares para o Diabetes
Mellitus são problemas periodontais, poliúria, ou seja, urina- se muito, polidipsia,
polifagia e dano involuntário do peso; seguido de outros sintomas que induzem à
suposição clínica como hiperglicemia, glicosúria, infecções cutâneas e genitais
recidivantes, impotência sexual, alterações visuais, renais ou neurológicas; e
inespecíficos, como sonolência, cansaço físico e mental, dores generalizadas,
abatimento, perda de peso, cãibras e sensações de adormecimento nas terminações
(SILVA, 2012).
        Ao analisar as revelações em longo prazo, o Diabetes Mellitus pode
ocasionar em alterações micro e macrovasculares que induzem a disfunção, lesão
ou colapso de múltiplos órgãos vitais. Em meio às complicações tardias estão a
retinopatia   diabética,   problemas   cardiovasculares,   alterações   circulatórias,
nefropatias e problemas neurológicos. Ainda em indivíduos assintomáticos poderá
acontecer hiperglicemia discreta com medida satisfatória para acarretar alterações
funcionais ou morfológicas por um longo tempo antes que o check-up seja formado
(SILVA, 2010).
        Fato não possua o domínio dos índices glicêmicos, além dos sintomas
mencionados, o paciente pode evolucionar para uma cetoacidose Diabética e Coma
Hiperosmolar.    Cerca de cinquenta por cento dos portadores de diabetes tipo 2
20




ignoram seu diagnóstico, pois o Diabetes Mellitus se exibe de maneira silenciosa,
especialmente, no início da doença. Isso é um caso preocupante, pois sem o
tratamento apropriado, tais indivíduos estão sujeitos a desenvolver as complicações
tardas do Diabetes Mellitus (SILVA, 2012).
       Perante esta circunstância, é complacente referir que determinados
episódios serão admitidos como portadores de Diabetes, outros exibirão alteração
na regulação glicêmica, ou seja, tolerância à glicose diminuída ou ainda glicemia de
jejum alterada, o que impõe maior risco de desenvolver diabetes. A diferenciação do
grau de risco embora não está uniformizada. Para fazer jus à avaliação laboratorial e
depositar um paciente assintomático sob suposição, alguns autores aconselham a
apresentação de diversos dos fatores de risco. A disposição crescente é a de se
utilizar um esteie de fatores de risco, parecido aos utilizados na avaliação do risco
cardiovascular (MÜLLER, 2008).
         Figura 2: Complicações de saúde associadas à Diabetes Mellitus




         Fonte: WHAT IS DIABETES, 2012.



1.3.2 Diagnóstico da diabetes Mellitus tipo 2


      Na maioria dos pacientes, o diagnóstico ou o rastreamento do Diabetes
Mellitus tipo 2 é examinado por meio das manifestações clínicas, no andamento da
21




doença, histórico familiar e dos fatores de risco, como por exemplo, o sedentarismo,
tabagismo, obesidade, entre outros, além dos exames laboratoriais, realizados, que
são o de glicemia de jejum e sumário de urina (SILVA, 2012).
         O progresso para o Diabetes Mellitus tipo 2 acontece ao longo de um
período de tempo alterável, acontecendo por estágios intermediários que ganham as
denominações de glicemia de jejum transformada e tolerância à glicose diminuída,
concebendo ênfases precoces de disfunção de célula beta pancreática; bem como
quadro de resistência insulínica. Na apresentação de ambos os estágios, um quadro
composto, com máximo risco para progredimento para diabetes e doença
cardiovascular (SILVA, 2012).
         As percepções diagnósticas sobrepostas são a verificação da glicose
plasmática de jejum de oito a doze horas e o teste de tolerância à glicose após
administração de setenta e cinco miligramas de glicose, com verificação da glicemia
plasmática nos períodos de zero a cento e vinte minutos após a ingestão (SILVA,
2012).
         Assim sendo, uma análise precedente e concisa acerca do Diabetes Mellitus
tipo II e das alterações da tolerância à glicose alude em medidas profilática e
terapêutica que podem impedir o surgimento de Diabetes Mellitus tipo II nas pessoas
com tolerância diminuída e retardar o começo das complicações crônicas nos
pacientes diagnosticados com diabetes (SILVA, 2012).


1.3.3 Quadro clínico de obesidade


         A obesidade tem como avaliação do quadro clínico o acúmulo exagerado de
gordura corporal, agregada a problemas de saúde, ou seja, que ocasiona lesões à
saúde do indivíduo (MOREIRA, 2012).
         A mesma pode ser gerada por uma disfunção hormonal, necessitando deste
modo de um acompanhamento endocrinológico, por algum distúrbio psicológico, e
na maior parte das vezes por uma má alimentação seguida por carência de
atividades físicas, vida sedentária (MOREIRA, 2012).
         A demasia de gordura corporal não gera sinais e sintomas diretos, salvo
quando alcança valores extremos. Independente da rigorosidade, o paciente expõe
importantes restrições estéticas, exacerbadas pelo modelo contemporâneo de
22




beleza, que determina um peso corporal até menor do que o admissível como
normal (MOREIRA, 2012).
1.3.4 Diagnóstico da obesidade


          O diagnóstico da obesidade se produz pelo cálculo do IMC e pelo índice
abdômen/quadril. Os valores estão incidindo por uma revisão e mudam de acordo
com a etnia, mas nas mulheres esse número não deve incidir de oitenta e oito
centímetros e, nos homens, de cento e dois. Acima disso indicam a presença de
obesidade central, também chamada de abdominal ou visceral. Este armazém de
gordura é individualmente maléfico para o coração, pois essas células gordurosas
são exatamente as primeiras a serem quebradas para sustentar o metabolismo
corporal. E dessa reação sobram moléculas que originam um aumento das gorduras
na corrente sanguínea (DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE, 2012).
          As medidas antropométricas, devido à sua naturalidade de alcance, baixo
custo e encadeamento com a gordura corporal, como a altura, o peso relativo, a
massa muscular, estrutura óssea, o perímetro da cintura conexo com o perímetro do
peito, o padrão de classificação da gordura subcutânea, as dobras adiposas e os
múltiplos índices que incluem o peso e a altura são determinadas medidas que
podem relacionar-se com o risco de surgimento de confusões metabólicas e de
doenças do coração, entre outras (DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE, 2012).


1.4 MEDICAMENTOS


1.4.1 Cloridrato Metformina


1.4.1.1 Histórico


          É de grande importância à extração de princípios ativos derivados de partes
animais ou vegetais como também de fontes minerais, e ainda princípios produzidos
sinteticamente em laboratórios através de compostos já existentes (METFORMINA,
2012a).
          Com base em medicamentos hipoglicemiantes orais e de origem vegetal,
destaca-se a planta Galega Officinalis, a extração de seus princípios localizados nas
partes aéreas da planta, veio demonstrando significativos efeitos na terapia da
23




doença    Diabetes   Mellitus   reduzindo     seus   sinais    e   sintomas   clássicos
(METFORMINA, 2012a).
                         Figura 3: Planta Galega Officinalis




                          Fonte: GALEGA, 2012.


         Os estudos realizados com os extratos da Galega Officinalis demonstraram
ser rica em guanidina, substância altamente tóxica que não poderia ser utilizada
diariamente como terapêutica, já em 1920 conseguiram sintetizar dois compostos,
dado eles como decametilene biguanida (Sintalina A) e dodecametilene biguanida
(Sintalina B), estas duas se mostraram eficientes e eficazes para o tratamento da
Diabetes Mellitus e não se caracterizavam com alto nível toxico. Alguns anos após
esta descoberta, na Alemanha, foram sintetizados a dimetil-biguanida, conhecidos
como cloridrato de metformina (GIJS, 2010).
         A obtenção do cloridrato de metformina é conseguida através da junção de
duas moléculas de guanidina e a retirada da molécula de amônio (FILIZOLA;
SOUZA JUNIOR; NASCIMENTO, 1995).
         Como forma de aumentar sua estabilidade houve a substituição de duas
moléculas de hidrogênio por grupos metila, dessa maneira evita-se a formação de
metabolitos com potencial tóxico (HOLLENBECK et al., 1991).
         Todos os medicamentos são diferenciados entre si de acordo com sua
classe terapêutica, o cloridrato de metformina se inclui na classe das biguanidas
(estrutura molecular demonstrada na Figura 4), classe esta dedicada a
hipoglicemiantes orais utilizados no tratamento do Diabetes Mellitus não insulino
24




dependente (NIDDM), as biguanidas tem como característica clássica reduzir a
hiperglicemia, evitando assim o risco de hipoglicemia, além de seus efeitos
benéficos na redução da hiperglicemia ela é muito eficiente no declínio da
hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia, ocasionando uma pequena e leve perda
de peso em pacientes que sofrem com a obesidade. Um efeito muitas vezes
negativos da utilização desta classe medicamentosa é a formação de lactato,
conhecido como acidose láctica (produção de lactato e consequente concentração
no plasma acima de 5 mmol/l), este mecanismo ocorre pelo fato de as biguanidas
levarem ao metabolismo anaeróbico da glicose, resultando na formação do piruvato
em lactato, ele é rapidamente absorvido pelo fígado em pessoa sadia, caso contrario
haverá acumulo dessa substancia, ocasionando a acidose láctica perigosa, dando
inicio a múltiplas disfunções dos órgãos envolvidos (STOELTING, DIERDORF,
2003).


             Figura 4: Esquema da estrutura molecular da molécula de biguanida




                      Fonte: ZACARELLI, 1987.


         Dois pesquisadores conhecidos por nome de Slotta e Tschesche, no ano de
1929, tomaram conhecimento da ação da biguanida cloridrato de metformina em
diminuir o açúcar do sangue em coelhos, mais devido aos poucos conhecimentos
desta droga estes dados ficaram esquecidos, sendo trocada pelo uso de insulina,
ate que em 1950, um médico das Filipinas conhecido como Eusebio Y. Garcia, fez
uso do cloridrato de metformina como terapêutica para se tratar a gripe, conforme o
paciente foi fazendo uso deste medicamento, em estudos ele notou que havia
ocorrida a queda de açúcar no sangue a nível fisiológico, e o mais interessante é
que não havia ocorrido nenhum indicio de efeito toxico, com estudos mais
aprofundados sobre este medicamente ele relatou que além de ter o poder de
baixar o açúcar no sangue, o cloridrato de metformina possuía funções como
bacteriostático, antiviral, antimalárico, antitérmico e analgésico, mais ate o momento
25




não havia nada que comprovasse realmente sua utilidade em relação a essas
patologias (HISTÓRIA DA METFORMINA, 2012).
        Em sequencia com os muitos estudos e pesquisas realizadas sobre esta
classe medicamentosa, no ano de 1957, Jean Sterne, realizou pesquisas sobre a
atividade anti-hiperglicemiante de um alcaloide isolado da planta Galega Officinalis,
que é um dos compostos presentes na estrutura química do cloridrato de
metformina, e também constatou diminuição de açúcar no sangue, foi quando no
mesmo ano Sterne foi o primeiro a realizar testes, utilizando o cloridrato de
metformina em seres humanos, dando ao medicamento o nome de Glucophage, que
tem como sinônimo “comedor de glicose”, os resultados obtidos foram publicados no
mesmo ano de 1957 (HISTÓRIA DA METFORMINA, 2012).


1.4.1.2 Definição


        O cloridrato de metformina é uma droga anti-hiperglicemiante, não
hipoglicemiante, que se encontra inserida na classe das biguanidas, atualmente vem
sendo o medicamento mais utilizado seja em monoterapia ou em associação com
diferentes hipoglicemiantes para o tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2
(insulinoindependente), tem grande número de prescrição principalmente para
diabéticos   com sobrepeso ou já em estado grave de obesidade, devido sua
característica em não ocasionar acumulo de gordura e sim facilitar a perca de peso,
mesmo que discretamente, sua utilização deve ser cautelosa em pacientes com
histórico de disfunções renais, devido sua facilidade de formação de lactato, gerando
a acidose láctica, pode-se observar sua estrutura molecular na figura 5 (BRASIL,
2012a ; METFORMINA; 2012a).


                    Figura 5: Estrutura molecular do cloridrato de metformina.




                    Fonte: Farmacopéia Brasileira, 2010.
26




          Medicamento este constantemente presente na lista de Medicamentos
Essenciais da Organização Mundial de Saúde, e no Brasil é também encontrada no
programa Farmácia Popular do Ministério da Saúde, por ser uma droga que possui
poucos efeitos indesejáveis, auxilia no reduzimento de lipoproteínas de baixa
densidade (LDL), e por ser muitas vezes classificada como normoglicemiante, ou
seja, não causa hipoglicemia. O cloridrato de metformina é totalmente associada a
Diabetes Mellitus tipo 2, essencialmente em pessoas com resistência a insulina,
amplamente utilizada por reduzir as complicações do diabetes prevenindo futuros
problemas cardiovasculares, sendo o medicamento de escolha em relação ao risco
- beneficio para o paciente por ser mais eficaz, até mesmo do que os medicamentos
produzidos atualmente    (BRASIL, 2012c; METFORMINA, 2012a; METFORMINA,
2012b).


1.4.1.3 Fatores fisiológicos que predispõem a utilização do cloridrato metformina


          O desenvolvimento de algumas patologias esta correlacionado a alguns
tipos de síndromes que se manifestam no organismo, atualmente a síndrome
metabólica vem sendo estudada com mais especificidade devido sua capacidade de
alterações fisiológicas capazes de proporcionar o surgimento do Diabetes Mellitus
tipo 2, como também doenças de âmbito cardiovascular, a causa desse surgimento
não se tem apenas um responsável, acredita-se que o acumulo de tecido adiposo na
região abdominal e a capacidade do organismo em obter resistência insulínica são
pontos significativos na manifestação desta síndrome (METFORMINA, 2012b;
PENALVA, 2008).
          Esta síndrome tem como funcionalidade aumentar a capacidade no tecido
adiposo de produção de angiotensiogênio, ao mesmo tempo em que promove a
ativação do sistema nervoso simpático ocasionando a reabsorção de moléculas de
sódio     através   da   insulina,   aumentando     assim     consideravelmente     o
desencadeamento de hipertensão arterial no indivíduo cuja síndrome está
implantada. A mesma deve ser tratada com medicamentos cuja função seja de
ativação da insulina, ou seja, diminuir em considerável proporção a resistência
insulínica, deste modo proporcionando o equilíbrio a nível fisiológico da glicemia
sanguínea, e também conferir beneficio reduzindo a pressão exercida nos vasos
sanguíneos, ou seja, pressão arterial (FERREIRA et al., 2009).
27




          A obesidade caracteriza-se pelo aumento significativo de massa corporal,
amplamente associada à vida sedentária, falta de exercícios físicos, e péssimos
hábitos alimentares, desse modo com o acréscimo de tecido adiposo o organismo se
torna resistente à insulina dando origem á outras patologias entre elas o surgimento
da hipertensão arterial (FARIA et al., 2002).
          De acordo com a sociedade brasileira de hipertensão, calcula-se que 30
milhões de pessoas sejam portadores desta doença, individualizada por haver
grande pressão sanguínea nos vasos, associada às modificações metabólicas,
hormônios e musculaturas vasculares (HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2012).
         Esta adjunta com o aumento da resistência insulínica e a hiperinsulinemia,
portanto a utilização do cloridrato de metformina para os dois tipos de patologia
citados (obesidade, hipertensão arterial), teria a capacidade de diminuir esta
resistência, aumentar sua atividade, reduzindo ate que significativamente a pressão
exercida nos vasos sanguíneos e colaborando com uma significativa perda de
gordura visceral (FELLIPE JUNIOR, 2005; FERREIRA et al., 2009).
          A doença Diabetes Mellitus tipo 2 é caracterizada por acometer em maior
freqüência pessoas adultas e com índice de obesidade, neste tipo de patologia há
presença de insulina no sangue, ou seja, o pâncreas tem sua função normal de
produção deste hormônio, mais devido a elevada quantidade de tecido adiposo a
insulina de torna ineficaz, caracterizando a resistência insulínica no organismo, onde
a mesma não consegue ativar os receptores específicos facilitando a entrada de
glicose para o interior celular, deste modo a glicose se encontra acumulada na parte
extracelular, fica circulante no sangue, ocasionando a hiperglicemia, denominação
dada pelo aumento a níveis fisiológicos de glicose no sangue (DIABETES TIPO 2,
2012).
          Em alguns casos apenas com uma normalização da alimentação, e com a
prática regular de exercícios físicos, a glicemia se mantém controlada, caso
contrario, se mesmo com a mudança de hábitos alimentares e exercícios o paciente
não consegue conservar sua glicemia nem seu peso adequados, o cloridrato de
metformina é então prescrita como adjuvante, seja em monoterapia ou em
associações com demais antidiabeticos orais (METFORMINA: TUDO SOBRE
METFORMINA, 2012).
          O Diabetes Mellitus do tipo 1 é comumente diagnosticada em pacientes
infanto-juvenil, e ao contrario do tipo 2, esses pacientes são considerados
28




insulinodependentes, ou seja, se faz necessário a utilização de insulina através de
aplicações diárias em doses controladas, essa doença é caracterizada por
disfunções no pâncreas, onde suas células sofrem de destruição autoimune,
prejudicando em grande parte na produção de insulina deixando que seus níveis
fisiológicos estejam muito baixos, por este fato se faz necessário a aplicação desse
hormônio com a intenção de repor seus níveis no organismo, nesse caso o cloridrato
de metformina também pode ser indicada para ser utilizada em associação á
insulina, permitindo que haja redução nas doses utilizadas de insulina e contribuindo
para que se tenha melhor equilíbrio dos níveis glicêmicos no sangue,
complementando o tratamento de insulinoterapia (BRASIL, 2012b; DIABETES TIPO
1, 2012).
        Atualmente 5 a 10% da população feminina sofrem com uma patologia
denominada Síndrome dos Ovários Policísticos, caracterizada por disfunção no
período menstrual e ao mesmo tempo pelo hiperandrogenismo e anovulaçao
crônica, onde no hiperandrogenismo se acentua a presença de acnes, seborréia, e a
anovulaçao crônica é a falta de óvulos férteis nas fases menstruais, essa doença é
capaz de causar ao organismo a resistência insulínica, originando a hiperinsulinemia
onde a mesma realiza a estimulação de hormônios andrógenos através dos ovários,
o aumento de andrógenos se torna responsável pelo aparecimento de pequenos
cistos, por ser uma doença que tem como foco proporcionar ao organismo que ele
seja resistente a ação da insulina, o cloridrato de metformina que tem ação já
conhecida como ativadora de insulina, vem sendo a biguanida utilizada para o
tratamento desta patologia, onde sua finalidade terapêutica esta adjunta a redução
de insulina periférica (BAILEY, 1992) e o aumento nos receptores carreadores deste
hormônio (BAILEY, 1993; JUNQUEIRA; FONSECA; ALDRIGHI, 2003; LEGRO;
CASTRACANE; KAUFFMAN, 2004).


1.4.1.4 Mudanças orgânicas que restringem a utilização do cloridrato de metformina


        Os rins são órgãos responsáveis por varias atividades em um organismo,
dentre eles realiza o controle da pressão arterial, de suma importância quando
relacionado a índices pressóricos, mantém constante sua atividade eritropoiética, ou
seja, produção de células vermelhas no sangue desempenha a excreção de
substancias tóxica ao organismo, principalmente os nitrogenados e muitos
29




medicamentos, seu fundamental encargo é manter o equilíbrio entre substancias
acidas e básicas presentes no organismo (FORTINI, 2012).
         Insuficiência renal é o nome atribuído á uma patologia que se caracterize
com qualquer tipo de disfunção no desempenho orgânico normal dos rins induzindo
sua mortalidade com o passar do tempo, seja de particularidade aguda ou ate
mesmo crônica (PECOITS FILHO, 2004).
         Quando não devidamente diagnosticada e tratada, ocorre agravamento de
seu quadro clínico, perdendo a capacidade na manutenção de acido-base,
originando uma acidemia (aumento de [H+]), devido sua retenção, acarretando
acidose (FORTINI, 2012).
         A acidose láctica como é conhecida pelo aumento de acidemia devido a
elevada concentração de lactato nos rins, originada geralmente em pacientes com
histórico de insuficiência renal, tem como causas dois fatores consideravelmente
importantes, a falta de oxigenação necessária, metabolização de lactato na ausência
da hipoxia, sendo fator ocasionado por acumulo de substancias medicamentoso
devido a inadequada excreção das mesmas (MACIAS-ROBLES et al., 2011).
         Essa acidemia traz consigo alguns efeitos nos quais se deve ter muito
cuidado e precaução, quando já se encontra em pH 7,1, predispõem que o paciente
sofra com arritmia, diminua o transporte de oxigênio através das hemoglobinas
devido   enfraquecer   sua   afinidade,   promove   vasodilatação   em   artérias   e
vasoconstrição no sistema venoso, alem de proporcionar inúmeras modificações em
sistemas eletrolíticos, hormonais, e também metabólicos, devido a esses e alguns
mais efeitos, o índice de morbidade e mortalidade tem aumento quando por
acidemia (ANDRADE; IHARA; TROSTER, 2007).
         Caso o paciente tenha necessidade em realizar algum tipo de exame por
radiocontraste com a utilização de compostos iodados, antecedentemente a este
exame, o cloridrato de metformina tem que ser retirada de uso com tempo suficiente
para o organismo poder excreta-la por completo, se esse procedimento não for
realizado ocorre o risco, que por sinal grande de se lesionar os rins e
subsequentemente ocasionar a acidose láctica em regiões coronarianas, após o
exame, o paciente pode normalmente retornar sua utilização (SERRANO JUNIOR;
HEINISCH; NICOLAU, 2012).
         Quando o paciente possui Diabetes Mellitus do tipo 2, ao mesmo tempo que
possui alguma disfunção renal, alguns nos quais citados acima, não se deve fazer
30




uso do cloridrato de metformina mesmo que seja como tratamento da doença,
especialmente em casos de exames onde a creatinina esteja constando valores
abaixo da referencia, valores de creatinina são utilizados em exames para se
constar a situação da filtração glomerular, com intuito de verificar se o rim esta
filtrando adequadamente as substancias do plasma sanguíneo, caso esse resultado
obtido for relativamente baixo, significa que o rim se encontra incapaz de realizar a
filtração e consequentemente haverá acumulação do cloridrato de metformina
originando o aparecimento de grande quantidade de lactato (MARCHENA et al.,
2008; PECOITS FILHO, 2004).
        Insuficiência hepática é caracterizada pela perca das funções orgânicas do
fígado, proporcionado por alguns tipos de distúrbios, seja hepatites, cirrose, ate
mesmo por fazer muita utilização medicamentosa acarretando a hepatopatia
medicamentosa.      O   fígado   é   responsável      por   metabolismo   de    colesterol,
consequentemente com a diminuição de suas atividades origina a diminuição dos
níveis de colesterol a nível plasmático (GODOY et al., 2011).
        Através de exames laboratoriais utilizando sangue, se podem ter noção de
como se encaminha sua funcionalidade, por meio das transaminases, são enzimas
que se encontram dentro das células hepáticas, caso o órgão esteja passando por
alguma disfunção, essas enzimas deixaram as células e ganharam a corrente
sanguínea, constando assim de maneira significativa em exames denominados
TGP, TGO. Fatores que possibilitam este aumento é a necrose hepática (morte
celular), e também por intoxicação medicamentosa (GRUPO OTIMISMO DE APOIO
A PORTADORES DE HEPATITE C, 2012).
        Deste modo o uso do cloridrato de metformina em pacientes constando
valores de transaminases de 2 a 3 vezes maiores que os valores referenciais não
esta indicado com total segurança terapêutica (ARAÚJO; BRITTO; PORTO DA
CRUZ, 2000).


1.4.1.5 Medicamentos cuja utilização exerce interações com o cloridrato de
metformina


        Medicamentos conhecidos como inibidores de ECA realizam a diminuição da
glicemia sanguínea exigindo dessa maneira o reajuste posológico do cloridrato de
metformina,    os   corticosteroides,   tiazidicos,   contraceptivos   orais,   hormônios
31




tireoidianos, acido nicotínico e bloqueadores de canal de cálcio, possuem a
capacidade de modificar a evolução do diabetes fazendo-se necessário o ajuste
terapêutico do cloridrato de metformina, alguns diuréticos principalmente os de alça
conseguem ocasionar falência renal, o que colabora com o aumento da
concentração do cloridrato de metformina. Quando é associada com insulina ou com
outros hipoglicemiantes, por exemplo, da classe das sulfonilureias, comumente
realizado em Diabetes Mellitus do tipo 1, nota-se a potencializarão do efeito
hipoglicemiante, essa associação deve ser feita com cautela (BRASIL, 2012a;
METFORMINA, 2012b).
       Ao    se   fazer   uso    do   cloridrato   de   metformina   e    cimetidina
concomitantemente, corre-se o risco de haver diminuição do clearance do cloridrato
de metformina, ou seja, redução da depuração renal, resultando na diminuição de
tempo para o medicamento ser eliminado do organismo, dessa maneira não
realizando os efeitos desejados, quando utilizada com anticoagulantes cumarínicos,
proporciona elevado nível na excreção dos mesmos. Também se mostra capaz de
dificultar a absorção de alguns fármacos, especialmente da vitamina B12
(METFORMINA, 2012b).


1.4.1.6 Mecanismo de ação


      Basicamente o cloridrato de metformina consegue sua ação hipoglicemiante
através da ativação dos receptores de insulina nas partes periféricas do organismo,
ao mesmo tempo em que reduz a produção hepática de glicose (LERARIO, 2012).
      A queda da glicose sanguínea ocorre devido ações hepáticas e musculares
por demonstrarem efeito sensibilizador de insulina. No hepatócito, célula localizada
no fígado, ela inibi a gliconeogênese (formação de açúcar) e glicogenólise
(transformação de glicogênio em glicose), ao mesmo tempo em que estimula a
glicogênese (síntese do glicogênio) nos tecidos periféricos, com grande aumento na
absorção de glicose pelos músculos esqueléticos, o que indicara significativa
diminuição na glicemia plasmática, ao mesmo tempo em que não ocasiona
hipoglicemia, nem mesmo em altas doses (SANTOMAURO JUNIOR et al., 2008).
      Apresenta certa importância na alteração de níveis lipídicos, reduzindo os
triglicérides no plasma e também os ácidos graxos livres, resultante da restrição da
lipólise. Melhorando, além disso, a parte endotelial, com expressiva redução da
32




pressão arterial, contribuindo com a perca de peso do paciente pelo fato de possuir
algumas propriedades anorexígenas, o cloridrato de metformina alcança seus efeitos
por meio da ativação de AMP e consequente acionamento de uma enzima
denominada AMPK, conforme mostrado na figura a seguir (SANTOMAURO JUNIOR
et al., 2008).

            Figura 6 – Modelo do mecanismo de ação do cloridrato de metformina
                     referente ao Metabolismo dos lipídios e glicose.

                                        Metformina




                                     Ativação e Fosforilação
                                              AMP

                                             AMP AMP


                                                                              ↑transporte de
    ↓atividade AcetilCoA                  ↓Expressão SREBP-1               glicose no músculo
         carboxilase
                                          ↓Atividade SREBP-1


                                      ↓genes lipogênicos FAZ,
                                            L-PK, S14


      ↓hepática FA, síntese                                            ↓produção da glicose
              VLDL                                                           hepática

     (↑oxidação hepática FA)




    ↓esteatose hepática ↑ sensibilidade a insulina no fígado




                            ↓glicose no plasma ↓ triglicérides no plasma

Fonte: ZHOU et al., 2001.


         AMPK é uma enzima que tem por finalidade a catalisação e formação de
AMP a partir de adenina e fosforribosilpirofosfato, agindo também realizando a
33




reciclagem de adenina nos ácidos nucléicos. É uma enzima responsável por muitos
eventos intracelulares como resposta a mudanças energéticas, sua função é a
regularização      do   equilíbrio    energético,    ou   seja,   pequenas   diferenciações
relacionadas aos níveis de AMP colaboram com um significativo aumento na
atividade da AMPK, podendo ser principalmente uma situação de estresse, tanto de
forma que estimule a produção de ATP como aumentar seu consumo. Logo que
ativada, visa o metabolismo da glicose e dos lipídios, operando em diversos órgãos
seja o fígado, músculo esquelético, coração, tecido adiposo e pâncreas
(SANTOMAURO JUNIOR et al., 2008).
          Sua atuação no fígado é realizando a diminuição da síntese de lipídios e
gerando maior queima de gordura, notadamente inibindo a produção de glicose. Já
na musculatura esquelética, proporciona maior absorção de glicose, mantendo
assim o equilíbrio da glicemia sanguínea, além disso, contribui com o transporte da
mesma através do GLUT4 aumentando a sensibilidade á insulina. Atua também na
região do hipotálamo mantendo equilíbrio entre fome e saciedade (SANTOMAURO
JUNIOR et al., 2008).
       Para que o cloridrato de metformina exerça redução do perfil lipídico é
necessário que haja ativação desta enzima, procedendo em positivo aumento da
oxidação de ácidos graxos pelos hepatócitos, gerando recaída na esteatose
hepática e melhorando no fígado a sensibilidade insulínica (SANTOMAURO JUNIOR
et al., 2008).


1.4.2 Caracterização do fármaco liraglutida


1.4.2.1 Histórico


       A liraglutida se trata de um fármaco novo que se da por uma molécula de alta
complexidade, e um medicamento utilizado como anti diabético de uso subcutânea ,
e análogo do hormônio GPL-1 que produzido no nosso organismo, administrada em
pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 (CAFFATARATTI; REAL, 2012).
          Foi    sintetizado   pelo    laboratório   dinamarquês     Novo    Nordisk,   este
medicamento foi distribuído pela primeira vez nos Estados Unidos e na Europa em
2009 e 2010, mas no Brasil só foi comercializado em março de 2010 (BRASIL,
2011b).
34




         O hormônio natural GLP-1 e constituído de 30 aminoácidos, o que o
laboratório Dinamarquês fez foi transformar um aminoácido em outro se tirou a
arginina e depositou a lisina no lugar, colocando também um grupamento de cadeia
graxa de 16 átomos na disposição do peptídeo 16, devido uma ponte composta por
glutamato (NOTHENBERG, 2009).
         O aumento da lipofilicidade atribuída pelo alargamento da cadeia facilita mais
agregação da molécula com a albumina, tecidos e a circulação proporcionando a
ampliação da terapêutica do medicamento, pelo desempenho da liberação pela
proteína plasmática e pela sua eliminação mais branda (NOTHENBERG, 2009).


                           Figura 7: Estrutura da liraglutida




                    Fonte: NOTHENBERG, 2009.



1.4.2.2 Mecanismo de ação


         A liraglutida e um hormônio sintetizado em laboratório, de um hormônio já
existente no nosso organismo, chamado GLP-1 (glucagon-like peptídeo). O GLP-1 e
produzido no ílio, porção final do intestino delgado pela célula L, portanto só começa
a fazer o seu efeito quando o alimento atinge este parte do intestino delgado (GLP-1,
2012).
         O hormônio GLP-1tem ações em vários locais, na secreção da insulina,
fazendo com que este hormônio se acople com os receptores nas células betas e se
ativam, a concentração do cAMP e PKA se eleva. A elevação da glicose nas células
faz com que tenha uma significativa elevação na ATP com isso os canais de cálcio
se fecham, Com este fechamento ocorre uma despolarização da membrana,
35




fazendo com que as vesículas de insulina exerçam sua ação no organismo (GLP-1,
2012).
         Portanto ao estimular a ação da insulina o hormônio GPL-1 ela abaixa a
concentração de glicose no sangue e expande a produção da insulina, por isso com
concentração sintetizadas deste hormônio e utilizado para o tratamento da Diabetes
Mellitus tipo 2 (GLP-1, 2012).
         Outra ação deste hormônio e a sua atuação no SNC aumentando a
sensação de saciedade e diminuindo a fome, age também no trato digestivo,
fazendo com que se tenha uma mobilidade intestinal (ajuda maior sensação de
saciedade), e a esvaziamento gástrico, o hormônio GLP-1 faz esta ação por pouco
tempo     apenas   três     minutos   (VICTOZA:   REMÉDIO    PODE   SER     NOVO
EMAGRECEDOR DA MODA, 2012; BRASIL, 2011b).


                          Figura 8: Mecanismo do GLP-1 Natural




         Fonte: VICTOZA: REMÉDIO PODE SER NOVO EMAGRECEDOR DA MODA, 2012.



          O hormônio GLP-1 precisa que o alimento chegue ao intestino para que
faça efeito esperado, enquanto o fármaco liraglutida possui características mais
relevantes considerando sua farmacocinética e suas farmacodinâmicas que são
adequadamente elaboradas para que sua administração em humanos seja suficiente
36




apenas uma única vez ao dia, pois o hormônio natural precisa que o alimento
chegue ao intestino delgado para que faça efeito, já a liraglutida não necessita deste
mecanismo, pois quando administrada ela já começa com ação semelhante ao
hormônio natural. Logo após o medicamento ser administrado, de forma subcutânea,
ação de maneira demorada e relacionada a três tipos de mecanismos: primeiro e a
autossociacao, que determina que ocorra absorção de maneira lenta, também
ocorre ligação com albumina e conferindo grande estabilidade enzimática
relacionada as enzimas dipeptidilptidase IV (DPPIV) e endopeptidase neutro (NEP) o
que confere maior meia vida plasmática (LIRAGLUTIDA, 2011b).




                      Figura 9: Mecanismo de ação liraglutida
37




              Fonte: VICTOZA VOLTA A SER COMERCIALIZADO, 2012.
          O mecanismo de ação da liraglutida e intercedida através de influencia
exclusiva com receptores de GLP-1, induzindo ao aumento no monofosfato de
adenosina cíclico (AMPc).Este medicamento instiga a secreção da insulina de
maneira dependente de glicose e alivia a função das células beta. Ao mesmo tempo,
a liraglutida restringe a secreção inconvenientemente alta de glucagon também de
maneira glicose-dependente. O mecanismo de diminuição da glicose sanguínea
ainda abrange uma baixa redução do esvaziamento gástrico (LIRAGLUTIDA,
2011b).




1.4.2.3 Indicação
38




      A liraglutida e utilizada como adjuvante para o tratamento de Diabetes Mellitus
tipo 2, para que não se tenha elevação da glicemia nestes pacientes , e
administrada juntamente com outros antidiabéticos orais tais como: cloridrato de
metformina, sulfonilureias ou uma tiazollidinediona, e administrada uma vez ao dia
denominada como monoterapia ou como tratamento combinado com estes outros
fármacos (BRASIL, 2011b).
        Este fármaco tem o seu tempo de meia vida longo de aproximadamente 13
horas, e sua absorção e lenta, por isso o paciente tem mais comodidade ao
tratamento, pois há sua administração e uma vez ao dia, diferentes de outros
fármacos (LIRAGLUTIDA, 2011b).
        A liraglutida por ser associadas a outros fármacos como, por exemplo, o
cloridrato de metformina para o melhor controle glicêmico e a sulfonilureias utilizadas
como monoterapias pra controle insuficiente da glicemia (LIRAGLUTIDA, 2011b).
        Este medicamento foi constatado que auxilia a diminuição da pressão
arterial sistólica e provocado antes que se tenha alguma redução de peso
(LIRAGLUTIDA, 2011b).


1.4.2.4 Métodos de administração


        A administração de liraglutida se faz uma vez ao dia, e aconselhável que se
administre todos os dias no mesmo horário independente se for perto das refeições,
e uma fármaco injetável de aplicação subcutânea nas seguintes partes do corpo:
coxa, parte superior do braço e no abdômen. E proibido a administração por via
intramuscular ou intravenosa (LIRAGLUTIDA, 2011b).
        Para que a liraglutida seja utilizada não pode estar congelada e a sua
aparência tem que ser necessariamente límpida e incolor.
        De acordo com as exigências deve-se ter atenção para que se descarte as
agulhas de aplicação toda vez que se administrar uma dose, pois cada aplicação
deve-se ter uma agulha para que não haja contaminação ou vazamento para que
não corra o risco de que a dose esteja errada (LIRAGLUTIDA, 2011b).
        O aparelho de aplicação da liraglutida vem com 18mg do fármaco, as doses
alteram com a necessidade do paciente, começando com 0,6mg mais se a dose não
surtir efeito necessário dentro de uma semana, deve se ajustar a dose para 1,2mg
39




nesta dosagem a maioria dos pacientes não se tem necessidade de se ajustar para
uma outra dose, mesmo porque a dosagem de 1,8mg não e aconselhável a sua
utilização mais se for de necessidade do paciente deve ter muita cautela (BULA
VICTOZA, 2012; LIRAGLUTIDA, 2012b).


                   Figura 10: Sistema de aplicação da liraglutida




     Fonte: BULA VICTOZA, 2012.


1.4.2.5 Interações medicamentosas


       A liraglutida apresentou percentual de interações medicamentosas menor
com fármacos que tenham em sua composição substancias relacionada ao cito
cromo P450 e que são ligadas as proteínas plasmáticas.
        Com a ação da liraglutida no esvaziamento gástrico faz com que contribuir
na absorção de fármacos administrados associado por via oral. Com relação a
fatores que prejudique a absorção da liraglutida, foi relatada a diarreia aguda, com
isso a eliminação do fármaco seria mais rápida prejudicando a absorção
(LIRAGLUTIDA, 2011b).
        Quando a liraglutida e utilizada concomitantemente com o paracetamol,
atorvastatina, griseofulvina, digoxina, lisinopril e contraceptivos orais, não e
diagnosticado interações significativa de ambas as partes, porem há diminuição
relacionando ao seu tempo máximo (tmax) de permanência desses fármacos no
organismo como também sua concentração máxima (cmax), mesmo com essas
40




alterações, não se há diagnostico de efeitos malefício, nem diminuição da eficácia
de nenhum fármaco citado (LIRAGLUTIDA, 2011b).


1.4.2.6 Questões relacionadas com a segurança


          Os efeitos adversos mais corriqueiros observados foram náuseas, vômitos,
diarreias, dor abdominal, dispepsia, prisão de ventre, doenças gastro intestinais,
dores de cabeça, tontura, dores nas costas e hipertensão (LIRAGLUTIDA, 2012).
          Pancreatite: A utilização de hormônios com características parecidas ao
GLP-1 esta correlacionado com o surgimento de pancreatite, foi relatado em
pacientes à pancreatite aguda e hemorragias necrotizantes (LIRAGLUTIDA, 2012a);
(LIRAGLUTIDA, 2011b).
          Tireoide: A utilização de liraglutida em pacientes que já tem a tireoide e que
eleva o bócio, neoplasmas tireoidianas e aumento calcitonina sanguínea
(LIRAGLUTIDA, 2011b).
          Hipoglicemia: Os pacientes que utiliza a liraglutida em associação com as
sulfonilureias pode ocasionar grande elevação de açúcar no sangue, fazendo com
que o paciente tenha uma hipoglicemia, o paciente que tiver uma hipoglicemia não e
aconselhado a dirigir e nem operar qualquer outro tipo de maquinas (LIRAGLUTIDA,
2011b).
      Imunogenicidade: Por agentes característicos imogenicos dos fármacos que
contem peptídeos ou proteínas, os pacientes aumentaram o desenvolvimento de
anticorpos anti-liraglutida depois da terapêutica empregada.
          Com relação aos anticorpos aumentados, não quer dizer que se prejudique a
eficiência do fármaco, pode ser devido a contaminações como resultados
secundários muito comuns, injeções urinaria, nasofaringite, sinusite (LIRAGLUTIDA,
2011b).
          Renal: O fármaco liraglutida não e aconselhável a sua utilização para
pacientes com incapacidade renal aguda e crônica, pois poderá agravar o seu
quadro clínico (LIRAGLUTIDA, 2011).
41




                      Figura 11: Reações adversas da liraglutida
             Reação Adversa                                        Incidência
             SNC
             Cefaléias                                                    9%
             Tonturas                                                     6%
             Gastrintestinais
             Náusea                                                       28%
             Diarréia                                                     17%
             Vômitos                                                      11%
             Constipação                                                  10%
             Respiratórios
             Infecção do trato respiratório superior                      10%
             Sinusite                                                     6%
             Nasofaringite                                                5%
             Diversos
             Influenza                                                    7%
             Infecções do trato urinário                                  6%
             Dor nas costas                                               5%
             Hipertensão                                                  3%
             Testes laboratoriais
             Bilirrubina elevada                                          4%


 Fonte: LIRAGLUTIDA, 2011b.


1.4.2.7 Farmacocinética


        A liraglutida tem o seu tempo de permanência de 24 h, atuando no controle
glicêmico, na glicemia em jejum fazendo com que ela diminui e em pacientes com
Diabetes Mellitus tipo 2, atuando na pós- prandial (LIRAGLUTIDA, 2011b).
        A liraglutida contribui para um alargamento na secreção de insulina
semelhante ao aumento das concentrações de glicose. Utilizando uma infusão de
42




glicose escalonada gradual, a taxa de secreção de insulina aumentou após uma
exclusiva dose de liraglutida tanto em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 quando
em pacientes saudáveis (LIRAGLUTIDA, 2011b).
       Absorção: O absorvimento da liraglutida depois de ser administrada alcança
o tempo Maximo de 8-12 h no organismo, este fármaco tem ação lenta.
       Distribuição: Com a administração da liraglutida ela atinge uma distribuição
de 11 a 17 litros, por via subcutânea, enquanto se fosse administrada por via
intravenosa teria uma distribuição de apenas 0,07 L/kg. A liraglutida tem uma vasta
ligação a proteínas plasmáticas (LIRAGLUTIDA, 2011b).
       Metabolismo: O metabolismo da liraglutida e endógena de forma análoga
as proteínas maiores, mais não tem um órgão especifico de eliminação
(LIRAGLUTIDA, 2011b).
       Eliminação: A liraglutida e excretada pela urina e nas fezes tem uma
depuração plasmática de aproximadamente de 1,2 L/h, o seu tempo de meia-vida e
de 13 h no organismo (LIRAGLUTIDA, 2011b).


1.5. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO


1.5.1 Tratamento do diabetes Mellitus tipo 2


      O uso de medicações está sendo indicado para o tratamento da Diabetes
Mellitus tipo 2, quando a dieta e o aumento da atividade física não estiverem sendo
suficientes para um bom resultado, ou seja, não está havendo controle glicêmico
(ARAÚJO; BRITTO; PORTO DA CRUZ, 2000).
      O tratamento da Diabetes Mellitus com o cloridrato de metformina já é antigo.
Recentemente é que foram lançados novos medicamentos, como a liraglutida, que
tem um novo mecanismo de ação (ALFONSO; ARIZA, 2008)


1.5.1.1 Cloridrato de Metformina


      O cloridrato de metformina é um medicamento da classe das biguanidas,
sendo esta a classe mais utilizada para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2, por
43




ser uma classe que apresenta menor número de efeitos colaterais (ARAÚJO;
BRITTO; PORTO DA CRUZ, 2000).
         Tem como mecanismo de ação a inibição da gliconeogênese hepática, que é
decorrente da redução da resistência à insulina no fígado, onde reduz
principalmente a glicemia de jejum. Por estimular uma captação de glicose nos
tecidos periféricos, esta medicação não eleva os níveis séricos de insulina e não se
associa à hipoglicemia (WEINERT; CHEUICHE; SILVEIRO, 2011).
         Estudos mostram que o controle glicêmico feito pelo uso do cloridrato de
metformina reduz os riscos de doenças cardiovasculares e também a mortalidade
que esta relacionada com a DM (Diabetes Mellitus). O cloridrato de metformina é
encontrado em forma de comprimidos de 500mg a 800mg, e deve ser administrada
após as refeições para que assim se reduza os efeitos gastrointestinais. Seus efeitos
colaterais consistem em diarreias, gosto metálico na boca e náuseas (ARAÚJO;
BRITTO; PORTO DA CRUZ, 2000).
         Há relatos, de que o cloridrato de metformina pode causar uma deficiência de
absorção da vitamina B12 (WEINERT; CHEUICHE; SILVEIRO, 2011).
         Quanto aos efeitos antagônicos graves, a acidose lática é um episódio raro e
sucede quase excepcionalmente em pacientes de risco, tais como portadores de
insuficiência renal grave, insuficiência cardíaca congestiva descompensada e
insuficiência hepática e pulmonar (ARAÚJO; BRITTO; PORTO DA CRUZ, 2000).


1.5.1.2 Liraglutida


         Os glucagon-like peptídeo 1 (GLP-1) é um dos peptídeos que se encontram
no intestino, que tem como função aumentar a secreção de insulina em resposta á
ingestão de nutrientes (ALFONSO; ARIZA, 2008).
         O GLP-1 faz o estimulo da secreção de insulina, retarda o esvaziamento
gástrico e reduz o apetite, e seu principal efeito ocorre na glicemia pós-prandial
(WEINERT; CHEUICHE; SILVEIRO, 2011).
         Estas suas ações são produzidas quando ligado a sua proteína G do receptor
acoplado (GLP-1R), que está localizado em vários tecidos (ALFONSO; ARIZA,
2008).
44




      Contudo, a meia-vida do GLP-1 é muito curta, chega a ser menor do que 3
minutos devido ser deteriorado pela enzima dipeptidilpeptidase 4 (DPP-IV)
(ENTENDENDO A LIRAGLUTIDA, 2012).
      A liraglutida é um análogo de GLP-1, e é resistente à inativação pela DPP-IV
(ALFONSO; ARIZA, 2008).
      A liraglutida é usada para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2. Tem
mecanismo de ação parecido ao GLP-1, porém com máxima potência e maior tempo
de meia vida (ENTENDENDO A LIRAGLUTIDA, 2012).
      Apresenta meia-vida de aproximadamente 13 horas (FARIA et al., 2010).
      Esta medicação tem como vantagem a sua posologia, que é de apenas uma
aplicação ao dia (WEINERT; CHEUICHE; SILVEIRO, 2011).
      Tem como efeito adverso casos intestinais, como diarreias e náuseas
(ALFONSO; ARIZA, 2008).
      Um enorme benefício do seu uso é o desempenho glicose-dependente, ou
seja, ele age exclusivamente quando os níveis de glicose no sangue ficam acima do
habitual (ENTENDENDO A LIRAGLUTIDA, 2012).


1.5.2 Tratamento da obesidade com medicamentos


      Ultimamente, o tratamento farmacológico para obesidade tem passado por
uma grande transformação, onde ocorre o surgimento de várias novas drogas com
diferentes mecanismos de ação (FARIA et al., 2010).
      A obesidade também aumenta o risco de incidência da Diabetes Mellitus tipo
2 (FUJISHIMA, 2012).


1.5.2.1 Cloridrato de Metformina


      O   cloridrato   de   metformina   se   tornou   uma   novidade   no   arsenal
medicamentoso contra a obesidade. É um medicamento que promove tanto a perda
de peso quanto a redução da gordura visceral (BUCHALLA, 2006).
      Ela é comumente utilizada como um tratamento primário ou adjuvante em
obesos. Porém ainda não ficou evidente o real efeito desta droga que faça com que
o peso corporal seja reduzido. Não se sabe ao certo, se esta ação esta associada
45




com alterações na composição corporal ou a sensibilidade à insulina (BUCHALLA,
2006).
         A perda de peso proporcionada pelo cloridrato de metformina varia de 5% a
7% do peso inicial, e a redução da circunferência abdominal pode chegar a 3
centímetros. Por mais que o cloridrato de metformina não apresente efeitos
adversos tão severos, ainda é necessário verificar sua segurança em pacientes que
não tem diabetes. De acordo com os endocrinologistas a insulina é um dos fatores
mais importantes para o desenvolvimento da obesidade (BUCHALLA, 2006).
         Foi observado que a adição do cloridrato de metformina, juntamente com
dieta e exercícios físicos, resulta em uma melhoria significativa do IMC (Índice de
massa corporal) (WILSON, 2010).


1.5.2.2 Liraglutida


         A   liraglutida   tem   propriedades   farmacêuticas   como   antidiabético   e
anorexiante. É um composto que facilita o controle do peso corporal, sendo então
útil no tratamento da obesidade (HALPERN; MANCINI, 2006).
         Além de ser uma agente promissora no tratamento de Diabetes Mellitus tipo
2, a liraglutida também é considerada como um ótimo tratamento para a obesidade
(FUJISHIMA, 2012).
         Analisando a potencialidade da medicação como adjuvante no tratamento da
obesidade, mesmo em pacientes não diabéticos, ampliou-se o número de análises
para avaliar a eficácia, garantia e tolerância da liraglutida na terapêutica de
pacientes obesos não diabéticos. A perda de peso que ocorre com o uso da
liraglutida está provavelmente relacionada a uma combinação de efeitos no trato
gastrointestinal (TGI) e no cérebro. O GLP-1 quando ativo inibe o apetite, tanto em
pessoas normais quanto em obesos, além de retardar o esvaziamento gástrico
(FARIA et al., 2010).
         Em estudos realizados, a liraglutida utilizada em longo prazo, reduziu
significativamente o peso corporal e a adiposidade visceral de gordura, tanto de uma
forma direta quanto indiretamente. Além de tudo, a liraglutida reduz a necessidade
de ingestão de gordura (FUJISHIMA, 2012).
46




1.6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MEDICAMENTOS


1.6.1 Cloridrato de Metformina


          Como fato primordial dentre as vantagens do cloridrato de metformina, esta
seu baixo custo para obtenção, além de sua capacidade em aumentar
significativamente a sensibilidade do hormônio insulina nos tecidos periféricos, como
foco principal no fígado, o fato de ela conseguir diminuir a glicemia sanguínea se da
pelo evento da diminuição na produção hepática da glicose, dentre suas
significativas vantagens ainda se pode destacar que esta biguanida não causa
hipoglicemia, além de reduzir à insulinêmica. É geralmente indicada para pacientes
já obesos, por não se associar a ganho de peso, e sim ao contrario, a perda de
peso, mesmo que em baixa quantidade, e com isso ajudar na redução relacionada
ao perfil lipídico, como também nos índices pressóricos, sendo a única medicação
capaz de abaixar significativamente as chances de complicações cardiovasculares
em pacientes já obesos, além do infarto do miocárdio (DIAGNÓSTICO, 2012; SILVA,
2012).
          Suas únicas desvantagens esta em efeitos adversos, tais como desconforto
gastrointestinal, incluindo diarreia, vômitos, desconforto abdominal, mais apenas 5%
dos pacientes não fazem uso desta medicação por não tolerar sua composição,
incluindo também pacientes com disfunção renal, o que facilita a formação de
acidose láctica, mais em muitas vezes rara, pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva, e com doença hepática crônica (DIAGNÓSTICO, 2012; SILVA, 2012).




1.6.2 Liraglutida


         A primeira e mais especifica vantagem em relação a liraglutida, é por ser um
análogo de um hormônio já produzido no corpo humano, com características 97%
idênticas, o que facilita sua ação através do reconhecimento pelos receptores das
membranas celulares (KNUDSEN et al., 2003).
47




      Sua administração é necessária apenas uma vez ao dia, através de injeção
subcutânea, seu tempo de ação perdura por mais tempo, ate mesmo que o
hormônio já produzido pelo corpo, sua duração é entorno de 12 horas, devido a
alterações estruturais, que a tornam resistente à inibição pela enzima DDP-IV,
devido à adição de um acido gordo, permitindo à ligação não covalente a albumina
(HUUSFELDT et al., 2002).
       Auxilia ainda na perda de peso, através da demora do esvaziamento
gástrico, o que produz uma maior saciedade, refletindo na diminuição da massa
visceral e subcutânea, e grande aumento na massa magra, melhora controle
glicêmico, e auxilia o aumento da secreção de insulina. Dentre suas desvantagens
pode-se destacar principalmente seu elevado custo, além de que sua melhora como
terapêutica no controle glicêmico se obtém através de combinação com outros
hipoglicemiantes orais, especialmente com o cloridrato de metformina, o que deduz
que como monoterapia obtém benefícios, mais não grandiosos como em
associação. Seus efeitos adversos persistem durante as 8 primeiras semanas de
tratamento, e 5% dos pacientes abandonam o tratamento devido a eles (KNUDSEN
et al., 2003; HUUSFELDT et al., 2002; ANDREANI et al., 2009).
48




2 MÉTODOS


2.1 TIPO DE PESQUISA


        O método da pesquisa utilizada neste trabalho é caracterizado como
pesquisa bibliográfica. Esta pesquisa representa a “coleta e armazenagem de dados
de entrada para a revisão, processando-se mediante levantamento das publicações
existentes sobre o assunto ou problema em estudo, seleção, leitura e fechamento
das informações relevantes”.


2.2 SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA


        O conteúdo bibliográfico foi selecionado em bibliotecas através de livros,
obras de referência, periódicos científicos, na Internet através das seguintes bases
de dados como Scielo, Pubmed e Google Acadêmico com as palavras-chave
cloridrato de metformina, liraglutida, Diabetes Mellitus tipo 2 e Obesidade.
49




3 CONSIDERAÇÕES FINAIS


       Através das pesquisas e estudos realizados neste trabalho, e fato de que os
medicamentos, tanto o cloridrato de metformina quanto a liraglutida, tem
especificado em suas indicações, como medicamentos específicos para o
tratamento da doença Diabetes Mellitus, no caso da liraglutida somente para o tipo 2
e já o cloridrato de metformina seja do tipo 1 como coadjuvante no tratamento com a
insulina, ou no tipo 2, utilizadas em monoterapia ou juntamente com outros anti-
hipoglicemiantes orais, não havendo em lugar alguma indicação absoluta ou própria
para tratamento da obesidade.
       Pelo fato de estes medicamentos, ocasionarem efeitos colaterais, dentre
eles a demora do esvaziamento gástrico, mantendo desta maneira o paciente que
faz utilização desta medicação, saciado por um período maior de tempo, sendo
assim o paciente obtém um beneficio uma pequena mais considerável perda de
peso, o que vem ajudando para que as pessoas os confundam com medicamentos
anoréticos.
       Os meios de comunicação, em especial a televisão e revistas têm infinitos
poderes de cativar seus consumidores, ao ponto de incentivar a compra de produtos
demonstrados em suas dependências, o que se torna maléficos em relação ao
medicamento liraglutida com propagandas não verídicas em relação ao “potencial
anorético”, o que incentivou pessoas obesas a se automedicarem, com esperança
de que o medicamento resolvesse seu problema, não procurando nem mesmo a
orientação medica, fazendo a automedicação.
      Com base nos materiais estudados neste trabalho, constatamos que há uma
perda de peso com a utilização destes medicamentos, porém com pouca eficiência
como citados nas propagandas mencionando que são medicamentos milagrosos.
Esses perde de peso se tem, pois estes medicamentos atuam no SNC no centro da
saciedade fazendo que o paciente tenha uma redução do apetite, atuam também no
trato digestivo fazendo que se tenha um retardamento no esvaziamento gástrico.
      Com isso concluímos que estes medicamentos são eficazes para uma
pequena perda de peso, para pacientes que pretendem ter uma perda de peso muito
grande não ter muita eficácia com estes medicamentos, e se deve ter uma cautela,
pois a indicação destes medicamentos não é pra este tipo de tratamento podendo
ocasionar problemas indesejáveis.
50




                                  REFERÊNCIAS


ALFONSO, J. E. F.; ARIZA, I. D. S. Nuevas terapias en diabetes: más allá de la
insulina inyectable y de los antidiabéticos orales. Revista da Associação Médica
Brasileira.[online]. 2008, v.54, n.5, p. 447-454. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
42302008000500020&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso em: 24 out. 2012.

ANDRADE, O. V. B.; IHARA, F. O.; TROSTER, E. J. Acidose metabólica na infância:
por que, quando e como tratá-la?. Jornal de Pediatria (Rio J.), Porto Alegre, v. 83,
n.2, Maio 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-
75572007000300003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 out. 2012.

ANDREANI, T. et al. Miméticos do “Glucagon-Like Peptide-1” (GLP-1) e o seu
Potencial Farmacêutico no Controlo da Diabetes Tipo 2 e da Obesidade. Revista da
Faculdade de Ciências da Saúde. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa,
n.9, p.102, 2009.

ARAÚJO, L. M. B.; BRITTO, M. M. S.; PORTO DA CRUZ, T. R. Tratamento do
diabetes mellitus do tipo 2: novas opções. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia
& Metabólica, São Paulo, v.44, n.6, Dec. 2000 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
27302000000600011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 out. 2012.

BAILEY, C. J. Biguanides and NIDDM. Diabetes Care, v.15, p.755-772, 1992.

BAILEY, C. J. Metformin: an update. General Pharmacology, v.24, p.1299-1309,
1993.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Bula Glifage® XR.
2012a. Disponível em: < http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/BM/BM[25887-1-
0].PDF> . Acesso em: 15 out. 2012.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA - Risco de acidose
lática com o uso da metformina, principalmente na presença de contra-
indicações absolutas tais como: Insuficiência Cardíaca Congestiva e
Disfunção Renal. 2012b. Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/busca/!ut/p/c5/jZDJboNADIafhQ
eIxqFhKEcyLMMSlhTCckEQAkUQoCVqRzx9QOo1qPbJ-
vXZ8odStHSf_zR1_miGPu9QjFKcWT41dABecoN3BYxDcKaSRVxtv1_yBGfwomRYa
aLL9CDay4yPBAxdcLDguwDuH_0y5_9ze2P7Nm2itO6GYvkxUq4tUwa5VlTlPM1H6
GjBm-6gN6pJCv-
UeLZw8t7aqpRYIIoDkRNghZdO9az4bHcZfe2760mFx6aPXFX7KvmYlz5CWpYX9gt
OGcBjZ0-
qY8kdte0r83CRfdKQQ9Hqe9vAmm_4dehwv6HxHobxfGsrmeOeNybe4g!!/?1dmy&uri
le=wcm%3apath%3a//Anvisa%20Portal/Anvisa/Pos%20-%20Comercializacao%20-
%20Pos%20-
%20Uso/Farmacovigilancia/Publicacoes%20Farmacovigilancia/Informe%20SNVS%2
51




0Anvisa%20UFARM%20n%208%20de%2022%20de%20julho%20de%202002>.
Acesso em: 09 set. 2012.

BRASIL. Portal Saúde. Anvisa reforça esclarecimentos sobre medicamento
Victoza. 2012c. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/clipping_101112092011.pdf>. Acesso
em: 08 ago. 2012.

BRASIL. Portal Saúde. Farmácia Popular: mais um medicamento gratuito para
diabéticos. 2012d. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoti
cia&id_area=124&CO_NOTICIA=12204>. Acesso em: 05 set. 2012.

BUCHALLA, A. P. Remédio tradicional contra o diabetes, a metformina agora é
usada para emagrecer. 1961 ed. Revista VEJA, 2006. Disponível em:
<http://veja.abril.com.br/210606/p_103.html>. Acesso em: 24 out. 2012.

BULA VICTOZA. Mundo do Diabetes. Disponível em:
<http://www.mudandodiabetes.com.br/mudandodiabetes/download/Victoza-bula-
paciente.pdf>. Acesso em: 18 set. 2012.

CAFFATARATTI, M.; REAL, J. P.; Eficácia e segurança da liraglutide. El Boletín
CIME-UNC és una publicación del Centro de Información de Medicamentos.
Disponível em:
<http://www.colfacor.org.ar/cien/Documentacion/LIRAGLUTIDA%20FINAL%20FEBR
ERO%2015-02-2012.pdf>. Acesso em: 18 set. 2012.

CHARA, A. R.; ZANELLA, M. T. Atualização terapêutica, manual pratico de
diagnostico. Durval Rosa Borges Hannaa, 2007.
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE O DIABETES. Novo Nordisk. Disponível em:
<www.novonordisk.com.br/documents/ariclepage/document/midiaconceitosbasicosdi
abetessobre.asp>. Acessado em: 18 set. 2012.

DIABETES TIPO 1. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: <
http://www.diabetes.org.br/diabetes-tipo-1>. Acesso em: 15 out. 2012.

DIABETES TIPO 2. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: <
http://www.diabetes.org.br/diabetes-tipo-2>. Acesso em: 15 out. 2012.

DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE. Minha Vida. Disponível em:
<http://www.minhavida.com.br/saude/materias/1556-diagnostico-da-obesidade>.
Acesso em: 16 set. 2012.

DIAGNÓSTICO e Classificação do Diabetes Mellitus e Tratamento do Diabetes
Mellitus Tipo 2.Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: <
http://www.pncq.org.br/participantes/doc/consenso.pdf>. Acesso em: 16 out. 2012.
52




ENTENDENDO A LIRAGLUTIDA, o princípio ativo do fármaco victoza. Bioquímica
da Obesidade. Disponível em:
<http://obesidade2012.wordpress.com/2012/06/17/entendendo-a-liraglutida-o-
principio-ativo-do-farmaco-victoza/>. Acesso em: 24 out. 2012.

FARIA, A. M. et al. Progressos recentes e novas perspectivas em farmacoterapia da
obesidade. São Paulo: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v.
54, 2010.

FARIA, A. N. et al. Tratamento de Diabetes e Hipertensão no Paciente Obeso.
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabólica v.46 n.2 São Paulo, 2002.
Disponível em:
<http://www.andsonmenezes.com.br/artigos/Tratamento_Diabetes_Hipertensao.pdf>
. Acesso em: 05 set. 2012.

FARMACOPÉIA Brasileira. 5. ed. Brasília: 2010. 845 p. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/farmacopeia_volume_2_2803.
pdf>. Acesso em: 09 out. 2012.

FELLIPE JUNIOR, J. O tratamento da hipertensão arterial com metformina reduz a
pressão arterial sem o emprego de antihipertensivos, porque ocorre diminuição da
resistência periférica à insulina. Associação Brasileira de Medicina Biomolecular
e Nutrigenômica. 2005. Disponível em:
<http://www.medicinabiomolecular.com.br/biblioteca/pdfs/Doencas/do-0403.pdf>.
Acesso em: 09 out. 2012.

FERREIRA, C. B. N. D. et al . Efeitos da administração de metformina sobre a
pressão arterial e o metabolismo glicídico de ratos espontaneamente hipertensos
tornados obesos pela injeção neonatal de glutamato monossódico. Arquivos
Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 53, n. 4, June
2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-
27302009000400004&script=sci_arttext>. Acesso em: 13 ago. 2012.

FERREIRA, S. Sobrepeso e Obesidade em escolares de 7 a 10 anos de idade em
Uba-MG, Universidade Federal de Viçoca, Minas Gerais, Brasil, 2006. Disponível
em: <http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/34/TDE-2007-04-
18T082059Z-454/Publico/texto%20completo.pdf> Acessado em: 14 de ago. de 2012.

FILIZOLA, R. G; SOUZA JUNIOR, E. L.; NASCIMENTO, A. X. Metformina –
caracterização bioquímica, mecanismo de ação, indicações e contra-indicações na
síndrome diabética. Ciência Cultura Saúde, v.14, p.14-19, 1995.

FORTINI, A. S. Avaliação da Função Renal. Universidade de São Paulo.
Disponível em: < http://www5.usp.br/?s=fun%E7ao%20dos%20rins&busca=g>.
Acesso em: 10 out. 2012.
53




FUJISHIMA, Y. et al. Efficacy of liraglutide, a glucagon-like peptide-1 (GLP-1)
analogue, on body weight, eating behavior, and glycemic control, in Japanese obese
type 2 diabetes. 14 Setembro de 2012. Artigos de Diabetologia Cardiovascular.
Disponível em: <
http://europepmc.org/articles/PMC3459720/reload=0;jsessionid=DepfvF1pMbF5WwL
EVJzx.6>. Acesso em: 13 ago. 2012.

GALEGA. BioPix - Fotos de fauna y naturaleza. Disponível em:
<http://www.biopix.es/galega-galega-officinalis_photo-70116.aspx>. Acesso em: 10
set. 2012.

GIJS, W. D. Metformin associated with lower cancer mortality in type 2 diabetes.
Diabetes Care, v.33, p.322-326, 2010.

GLP-1 (GLUCAGON-LIKE PEPTIDE 1). Obesidade. Disponível em:
<http://obesidadeblog.blogspot.com.br/2011/11/glp-1-glucagon-like-peptide-1.html>.
Acesso em: 22 out. 2012.

GRUPO OTIMISMO DE APOIO A PORTADORES DE HEPATITE C. As
transaminases. Disponível em:
<http://hepato.com/p_transaminases/transaminases_20010512.html>. Acesso em:
10 out. 2012.

GODOY, M. F. et al. Doença coronária obstrutiva em hepatopatas crônicos que
aguardam transplante hepático. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo,
v.96, n.1, Jan. 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2011000100006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 out. 2012.

HALPERN, A.; MANCINI, M. C. Perspectivas no tratamento medicamentoso da
obesidade. São Paulo: Einstein, p.66-70, 2006.

HIPERTENSÃO ARTERIAL. abc.med.br. Disponível em:
<http://www.abc.med.br/p/hipertensao-arterial/22140/hipertensao+arterial.htm>.
Acesso em: 05 set. 2012.

HISTÓRIA DA METFORMINA. News medical. Disponível em: http://www.news-
medical.net/health/Metformin-History-%28Portuguese%29.aspx>. Acesso em: 10 set.
2012

HOLLENBECK, C. B. et al. Effects of metformin on glucose, insulin andlipid
metabolism in patients with mild hypertriglyceridemia and non-insulin dependent
diabetes by glucose tolerance test criteria. Diabetes Metabolica, v.17, p.483-489,
1991.

HUUSFELDT, P. O. et al. The pharmacokinetics, pharmacodynamics, safety and
tolerability of NN2211, a new longacting GLP-1 derivative, in healthy men.
Diabetologia. v.45, p.195-202, 2002.
Tcc liraglutida metformina
Tcc liraglutida metformina
Tcc liraglutida metformina

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Sífilis Congênita - Rodrigo Mont'Alverne
Sífilis Congênita - Rodrigo Mont'AlverneSífilis Congênita - Rodrigo Mont'Alverne
Sífilis Congênita - Rodrigo Mont'AlverneRodrigo Mont'Alverne
 
Casos clínicos de síndrome metabólica - Professor Robson
Casos clínicos de síndrome metabólica - Professor RobsonCasos clínicos de síndrome metabólica - Professor Robson
Casos clínicos de síndrome metabólica - Professor RobsonProfessor Robson
 
Anti-hipertensivos
Anti-hipertensivosAnti-hipertensivos
Anti-hipertensivosresenfe2013
 
Diabetes tipo 1 tipo 2 e gestacional
Diabetes tipo 1 tipo 2 e gestacionalDiabetes tipo 1 tipo 2 e gestacional
Diabetes tipo 1 tipo 2 e gestacionalIsabellagr
 
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e HipertireoidismoHipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e HipertireoidismoTaillany Caroline
 
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98Farmacêutico Digital
 
Carboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasCarboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasMario Gandra
 
Sindrome Pos COVID e Sequelas do SARS-COV-2
Sindrome Pos COVID e Sequelas do SARS-COV-2Sindrome Pos COVID e Sequelas do SARS-COV-2
Sindrome Pos COVID e Sequelas do SARS-COV-2Alexandre Naime Barbosa
 
Aula Síndrome Metabólica Paab VI
Aula Síndrome Metabólica Paab VIAula Síndrome Metabólica Paab VI
Aula Síndrome Metabólica Paab VIProfessor Robson
 
Revisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes MellitusRevisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes MellitusCassyano Correr
 
Anamnese
AnamneseAnamnese
Anamneselacmuam
 
Atenção a saúde do recém nascido - Volume 1
Atenção a saúde do recém nascido - Volume 1Atenção a saúde do recém nascido - Volume 1
Atenção a saúde do recém nascido - Volume 1Letícia Spina Tapia
 
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)João Marcos
 
Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericulturablogped1
 

Was ist angesagt? (20)

Sífilis Congênita
Sífilis CongênitaSífilis Congênita
Sífilis Congênita
 
Sífilis Congênita - Rodrigo Mont'Alverne
Sífilis Congênita - Rodrigo Mont'AlverneSífilis Congênita - Rodrigo Mont'Alverne
Sífilis Congênita - Rodrigo Mont'Alverne
 
Casos clínicos de síndrome metabólica - Professor Robson
Casos clínicos de síndrome metabólica - Professor RobsonCasos clínicos de síndrome metabólica - Professor Robson
Casos clínicos de síndrome metabólica - Professor Robson
 
Anti-hipertensivos
Anti-hipertensivosAnti-hipertensivos
Anti-hipertensivos
 
Diabetes tipo 1 tipo 2 e gestacional
Diabetes tipo 1 tipo 2 e gestacionalDiabetes tipo 1 tipo 2 e gestacional
Diabetes tipo 1 tipo 2 e gestacional
 
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e HipertireoidismoHipotireoidismo e Hipertireoidismo
Hipotireoidismo e Hipertireoidismo
 
Bpmf Slide Share
Bpmf Slide ShareBpmf Slide Share
Bpmf Slide Share
 
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
Tabela de Tipos de Receitas Port-344/98
 
Carboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicasCarboidratos e correlações clínicas
Carboidratos e correlações clínicas
 
PRM caso clinico.pdf
PRM caso clinico.pdfPRM caso clinico.pdf
PRM caso clinico.pdf
 
Sindrome Pos COVID e Sequelas do SARS-COV-2
Sindrome Pos COVID e Sequelas do SARS-COV-2Sindrome Pos COVID e Sequelas do SARS-COV-2
Sindrome Pos COVID e Sequelas do SARS-COV-2
 
Aula Síndrome Metabólica Paab VI
Aula Síndrome Metabólica Paab VIAula Síndrome Metabólica Paab VI
Aula Síndrome Metabólica Paab VI
 
Revisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes MellitusRevisão sobre Diabetes Mellitus
Revisão sobre Diabetes Mellitus
 
Aula - SNC - Ansiolíticos e Hipnóticos
Aula - SNC - Ansiolíticos e HipnóticosAula - SNC - Ansiolíticos e Hipnóticos
Aula - SNC - Ansiolíticos e Hipnóticos
 
Anamnese
AnamneseAnamnese
Anamnese
 
Diabetes Tipo 1
Diabetes Tipo 1Diabetes Tipo 1
Diabetes Tipo 1
 
Atenção a saúde do recém nascido - Volume 1
Atenção a saúde do recém nascido - Volume 1Atenção a saúde do recém nascido - Volume 1
Atenção a saúde do recém nascido - Volume 1
 
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
 
Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericultura
 
Carências Nutricionais: Anemia Ferropriva
Carências Nutricionais: Anemia FerroprivaCarências Nutricionais: Anemia Ferropriva
Carências Nutricionais: Anemia Ferropriva
 

Andere mochten auch

Andere mochten auch (6)

Liraglutide 1
Liraglutide 1Liraglutide 1
Liraglutide 1
 
O uso de esteroides anabolizantes por praticantes de academias
O uso de esteroides anabolizantes por praticantes de academiasO uso de esteroides anabolizantes por praticantes de academias
O uso de esteroides anabolizantes por praticantes de academias
 
Saxenda (Liraglutide en el tratamiento de la obesidad)
Saxenda (Liraglutide en el tratamiento de la obesidad)Saxenda (Liraglutide en el tratamiento de la obesidad)
Saxenda (Liraglutide en el tratamiento de la obesidad)
 
Metformina
MetforminaMetformina
Metformina
 
Análogos de GLP-1 e inhibidores de SLGT-2.
Análogos de GLP-1 e inhibidores de SLGT-2.Análogos de GLP-1 e inhibidores de SLGT-2.
Análogos de GLP-1 e inhibidores de SLGT-2.
 
Liraglutida. Revisión de la evidencia
Liraglutida. Revisión de la evidenciaLiraglutida. Revisión de la evidencia
Liraglutida. Revisión de la evidencia
 

Ähnlich wie Tcc liraglutida metformina

Obesidade e o uso de anorexígenos.pdf
Obesidade e o uso de anorexígenos.pdfObesidade e o uso de anorexígenos.pdf
Obesidade e o uso de anorexígenos.pdfGiovanni Oliveira
 
Obesidade e o uso de anorexígenos.pdf
Obesidade e o uso de anorexígenos.pdfObesidade e o uso de anorexígenos.pdf
Obesidade e o uso de anorexígenos.pdfTCC_FARMACIA_FEF
 
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)Componente especializado da assistência farmacêutica (1)
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)TCC_FARMACIA_FEF
 
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)Componente especializado da assistência farmacêutica (1)
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)Giovanni Oliveira
 
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosa
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosaHanseníase efetividade da terapia medicamentosa
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosaTCC_FARMACIA_FEF
 
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosa
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosaHanseníase efetividade da terapia medicamentosa
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosaTCC_FARMACIA_FEF
 
Aspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantilAspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantilTCC_FARMACIA_FEF
 
Aspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantilAspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantilTCC_FARMACIA_FEF
 
Aspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantilAspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantilTCC_FARMACIA_FEF
 
Conhecimento dos usuário de uma ubs sobre o papel e a importância do nutricio...
Conhecimento dos usuário de uma ubs sobre o papel e a importância do nutricio...Conhecimento dos usuário de uma ubs sobre o papel e a importância do nutricio...
Conhecimento dos usuário de uma ubs sobre o papel e a importância do nutricio...Mariane Küter
 
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressaoAspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressaoTCC_FARMACIA_FEF
 
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressaoAspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressaoTCC_FARMACIA_FEF
 
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressaoAspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressaoTCC_FARMACIA_FEF
 
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...TCC_FARMACIA_FEF
 
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...Giovanni Oliveira
 
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunosAnálise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunosTCC_FARMACIA_FEF
 
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunosAnálise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunosTCC_FARMACIA_FEF
 

Ähnlich wie Tcc liraglutida metformina (20)

Obesidade e o uso de anorexígenos.pdf
Obesidade e o uso de anorexígenos.pdfObesidade e o uso de anorexígenos.pdf
Obesidade e o uso de anorexígenos.pdf
 
Obesidade e o uso de anorexígenos.pdf
Obesidade e o uso de anorexígenos.pdfObesidade e o uso de anorexígenos.pdf
Obesidade e o uso de anorexígenos.pdf
 
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)Componente especializado da assistência farmacêutica (1)
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)
 
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)Componente especializado da assistência farmacêutica (1)
Componente especializado da assistência farmacêutica (1)
 
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosa
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosaHanseníase efetividade da terapia medicamentosa
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosa
 
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosa
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosaHanseníase efetividade da terapia medicamentosa
Hanseníase efetividade da terapia medicamentosa
 
Obesidade infantil.pdf
Obesidade infantil.pdfObesidade infantil.pdf
Obesidade infantil.pdf
 
Obesidade infantil.pdf
Obesidade infantil.pdfObesidade infantil.pdf
Obesidade infantil.pdf
 
Aspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantilAspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantil
 
Aspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantilAspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantil
 
Aspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantilAspectos gerais da obesidade infantil
Aspectos gerais da obesidade infantil
 
Conhecimento dos usuário de uma ubs sobre o papel e a importância do nutricio...
Conhecimento dos usuário de uma ubs sobre o papel e a importância do nutricio...Conhecimento dos usuário de uma ubs sobre o papel e a importância do nutricio...
Conhecimento dos usuário de uma ubs sobre o papel e a importância do nutricio...
 
A organização da produção em uan
A organização da produção em uanA organização da produção em uan
A organização da produção em uan
 
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressaoAspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
 
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressaoAspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
 
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressaoAspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
Aspectos farmacogeneticos relacionados a depressao
 
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...
 
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...
Análise dos estoques domiciliares de medicamentos no municipio de fernandópol...
 
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunosAnálise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos
 
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunosAnálise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos
Análise do grau de sobrepeso e obesidade em alunos
 

Mehr von Giovanni Oliveira

Dermatite seborréica e caspa
Dermatite seborréica e caspaDermatite seborréica e caspa
Dermatite seborréica e caspaGiovanni Oliveira
 
Automedicação por universitarios da fundação educacional de fernandopolis
Automedicação por universitarios da fundação educacional de fernandopolisAutomedicação por universitarios da fundação educacional de fernandopolis
Automedicação por universitarios da fundação educacional de fernandopolisGiovanni Oliveira
 
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladas
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladasA importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladas
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladasGiovanni Oliveira
 
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADEA UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADEGiovanni Oliveira
 
USO DO METOTREXATO E INFLIXIMAB NO TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE: uma revisão
USO DO METOTREXATO E INFLIXIMAB NO TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE: uma revisãoUSO DO METOTREXATO E INFLIXIMAB NO TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE: uma revisão
USO DO METOTREXATO E INFLIXIMAB NO TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE: uma revisãoGiovanni Oliveira
 
Tcc ASPECTOS RELEVANTES DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
Tcc   ASPECTOS RELEVANTES DAS  INFECÇÕES HOSPITALARES Tcc   ASPECTOS RELEVANTES DAS  INFECÇÕES HOSPITALARES
Tcc ASPECTOS RELEVANTES DAS INFECÇÕES HOSPITALARES Giovanni Oliveira
 
TCC EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MEDICAMENTO GENÉRICO: intercambialidade e aceitabil...
TCC EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MEDICAMENTO GENÉRICO: intercambialidade e aceitabil...TCC EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MEDICAMENTO GENÉRICO: intercambialidade e aceitabil...
TCC EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MEDICAMENTO GENÉRICO: intercambialidade e aceitabil...Giovanni Oliveira
 
Perfil do paciente hipertenso.pdf
Perfil do paciente hipertenso.pdfPerfil do paciente hipertenso.pdf
Perfil do paciente hipertenso.pdfGiovanni Oliveira
 
Paciente com esquizofrenia.pdf
Paciente com esquizofrenia.pdfPaciente com esquizofrenia.pdf
Paciente com esquizofrenia.pdfGiovanni Oliveira
 
Perfil da dispensação da hidroquinona nas fármacias de manipulação magistral ...
Perfil da dispensação da hidroquinona nas fármacias de manipulação magistral ...Perfil da dispensação da hidroquinona nas fármacias de manipulação magistral ...
Perfil da dispensação da hidroquinona nas fármacias de manipulação magistral ...Giovanni Oliveira
 
Estudo do uso de anti inflamatórios em drogarias de
Estudo do uso de anti inflamatórios em drogarias deEstudo do uso de anti inflamatórios em drogarias de
Estudo do uso de anti inflamatórios em drogarias deGiovanni Oliveira
 
O uso de anticoncepcionais revisão bibliográfica
O uso de anticoncepcionais revisão bibliográficaO uso de anticoncepcionais revisão bibliográfica
O uso de anticoncepcionais revisão bibliográficaGiovanni Oliveira
 
Levantamento de medicamentos anti hipertensivos mais utilizados nos município...
Levantamento de medicamentos anti hipertensivos mais utilizados nos município...Levantamento de medicamentos anti hipertensivos mais utilizados nos município...
Levantamento de medicamentos anti hipertensivos mais utilizados nos município...Giovanni Oliveira
 
Levantamento de casos de carcinoma basocelular.pdf
Levantamento de casos de carcinoma basocelular.pdfLevantamento de casos de carcinoma basocelular.pdf
Levantamento de casos de carcinoma basocelular.pdfGiovanni Oliveira
 

Mehr von Giovanni Oliveira (20)

Obesidade em pauta
Obesidade em pautaObesidade em pauta
Obesidade em pauta
 
Dermatite seborréica e caspa
Dermatite seborréica e caspaDermatite seborréica e caspa
Dermatite seborréica e caspa
 
Automedicação por universitarios da fundação educacional de fernandopolis
Automedicação por universitarios da fundação educacional de fernandopolisAutomedicação por universitarios da fundação educacional de fernandopolis
Automedicação por universitarios da fundação educacional de fernandopolis
 
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladas
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladasA importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladas
A importância do controle de qualidade nas cápsulas manipuladas
 
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADEA UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
A UTILIZAÇÃO DA SIBUTRAMINA E DO ORLISTAT NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
 
USO DO METOTREXATO E INFLIXIMAB NO TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE: uma revisão
USO DO METOTREXATO E INFLIXIMAB NO TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE: uma revisãoUSO DO METOTREXATO E INFLIXIMAB NO TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE: uma revisão
USO DO METOTREXATO E INFLIXIMAB NO TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATOIDE: uma revisão
 
Tcc Helicobacter pylori
Tcc Helicobacter pyloriTcc Helicobacter pylori
Tcc Helicobacter pylori
 
Tcc ASPECTOS RELEVANTES DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
Tcc   ASPECTOS RELEVANTES DAS  INFECÇÕES HOSPITALARES Tcc   ASPECTOS RELEVANTES DAS  INFECÇÕES HOSPITALARES
Tcc ASPECTOS RELEVANTES DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
 
TCC EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MEDICAMENTO GENÉRICO: intercambialidade e aceitabil...
TCC EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MEDICAMENTO GENÉRICO: intercambialidade e aceitabil...TCC EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MEDICAMENTO GENÉRICO: intercambialidade e aceitabil...
TCC EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MEDICAMENTO GENÉRICO: intercambialidade e aceitabil...
 
Relação médico paciente
Relação médico pacienteRelação médico paciente
Relação médico paciente
 
Perfil do paciente hipertenso.pdf
Perfil do paciente hipertenso.pdfPerfil do paciente hipertenso.pdf
Perfil do paciente hipertenso.pdf
 
Paciente com esquizofrenia.pdf
Paciente com esquizofrenia.pdfPaciente com esquizofrenia.pdf
Paciente com esquizofrenia.pdf
 
Herpes simples labial.pdf
Herpes simples labial.pdfHerpes simples labial.pdf
Herpes simples labial.pdf
 
Exposiçâo solar.pdf
Exposiçâo solar.pdfExposiçâo solar.pdf
Exposiçâo solar.pdf
 
Perfil da dispensação da hidroquinona nas fármacias de manipulação magistral ...
Perfil da dispensação da hidroquinona nas fármacias de manipulação magistral ...Perfil da dispensação da hidroquinona nas fármacias de manipulação magistral ...
Perfil da dispensação da hidroquinona nas fármacias de manipulação magistral ...
 
Herpes simples labial.pdf
Herpes simples labial.pdfHerpes simples labial.pdf
Herpes simples labial.pdf
 
Estudo do uso de anti inflamatórios em drogarias de
Estudo do uso de anti inflamatórios em drogarias deEstudo do uso de anti inflamatórios em drogarias de
Estudo do uso de anti inflamatórios em drogarias de
 
O uso de anticoncepcionais revisão bibliográfica
O uso de anticoncepcionais revisão bibliográficaO uso de anticoncepcionais revisão bibliográfica
O uso de anticoncepcionais revisão bibliográfica
 
Levantamento de medicamentos anti hipertensivos mais utilizados nos município...
Levantamento de medicamentos anti hipertensivos mais utilizados nos município...Levantamento de medicamentos anti hipertensivos mais utilizados nos município...
Levantamento de medicamentos anti hipertensivos mais utilizados nos município...
 
Levantamento de casos de carcinoma basocelular.pdf
Levantamento de casos de carcinoma basocelular.pdfLevantamento de casos de carcinoma basocelular.pdf
Levantamento de casos de carcinoma basocelular.pdf
 

Kürzlich hochgeladen

Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxLeonardoGabriel65
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptPedro Luis Moraes
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffNarlaAquino
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 

Tcc liraglutida metformina

  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS BRUNA MORAIS DOS SANTOS BRUNA NUNES CULTI JULIANA DUTRA MARTINS LIVIA FERREIRA SANTANA UTILIZAÇÃO DO CLORIDRATO DE METFORMINA E LIRAGLUTIDA EM PACIENTES PORTADORES DE OBESIDADE E DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 FERNANDÓPOLIS 2012
  • 2. BRUNA MORAIS DOS SANTOS BRUNA NUNES CULTI JULIANA DUTRA MARTINS LIVIA FERREIRASANTANA UTILIZAÇÃO DO CLORIDRATO DE METFORMINA E LIRAGLUTIDA EM PACIENTES PORTADORES DE OBESIDADE E DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Graduação em Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como exigência parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Orientador: Prof. MSc. Giovanni Carlos de Oliveira FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FERNANDÓPOLIS – SP 2012
  • 3. BRUNA MORAIS DOS SANTOS BRUNA NUNES CULTI JULIANA DUTRA MARTINS LIVIA FERREIRA SANTANA UTILIZAÇÃO DO CLORIDRATO DE METFORMINA E LIRAGLUTIDA EM PACIENTES PORTADORES DE OBESIDADE E DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em farmácia. Aprovado em: 20 de novembro de 2012. Banca examinadora Assinatura Conceito Prof. MSc. Giovanni Carlos de Oliveira Profa. Vanessa Maira Rizzato Silveira Prof. Dr. Anisio Storti Prof. MSc. Giovanni Carlos de Oliveira Presidente da Banca Examinadora
  • 4. AGRADECIMENTOS Agradecemos este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele, nada seria possível, e nossos sonhos não seriam concretizados. Aos nossos pais, que sempre nos deram apoio, e estiveram presentes acreditando em nosso potencial, nos incentivando na busca de novas realizações e descobertas.
  • 5. Dedico este trabalho essencialmente aos meus pais, Aureo Sebastião Morais dos Santos e Eli Aparecida Ferreira dos Santos ao meu irmão Lucas Morais dos Santos, pois depositou em mim toda a sua confiança, por ter me proporcionado a realização de um sonho não só pra mim mais que se tornou um sonho de todos nos, por ter renunciado alguns de seus sonhos para que eu realizasse o meu. Foi com muito esforço e sacrifício que hoje estamos realizados. Sem eles nada disso seria possível, a eles dedico não só esta monografia e sim a minha vida por ter me passado todo o ensinamento e por ter me feito uma pessoa do bem, melhores pais que poderia ter. Dedico aos meus familiares e meus amigos por ter me ajudado em fases difíceis de desânimo, estresse, angústias, tristezas e alegrias, me deram ânimo para que continuasse. Agradeço aos meus entes queridos, que já não se encontram aqui, meus avós, tios e a um grande amigo - sempre me incentivaram. A estes, expresso a minha eterna saudade. Agradeço ao meu amigo Danilo Neris que colaborou para a elaboração deste trabalho com muita dedicação. Dedico também, ao nosso orientador Professor MSc. Giovanni C. de Oliveira que tanto nos ajudou e colaborou para elaboração deste trabalho e para a nossa formação, as minhas colegas de grupo pelo desempenho. Bruna Morais dos Santos Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por me proporcionar estar onde estou hoje, apesar das muitas dificuldades que enfrentei, e por nunca deixar desistir de meus objetivos. Dedico aos meus pais Dalton Culti e Marli Nunes Marcolino Arruda Culti por sempre me incentivarem, dando apoio nas horas difíceis e por serem as pessoas mais importantes da minha vida, sem eles não estaria onde estou. Dedico às meninas: Bruna Morais, Juliana Dutra e Lívia Ferreira e ao meu irmão Guilherme Nunes Culti, também Farmacêutico, por saciar minhas duvidas, quando necessitei, e me auxiliar sempre que fosse solicitado. Ao meu namorado muito amado Danilo Neris da Cruz por ter feito do meu trabalho, o seu, por se preocupar junto comigo, me ajudar no que fosse preciso e no que desse ate no que não desse, sou muito grata a ele, por fazer desse momento difícil de muitas pesquisas e desafios, um momento mais maleável. Uma dedicação especial a todos os professores do curso de Farmácia, por me passar todo aprendizado de que necessito, em especial ao Professor MSc. Giovanni Carlos de Oliveira, pela paciência e atenção e conhecimento oferecidos durante todo o tempo de orientação em que esteve com nós. Enfim todas essas pessoas que citei, fazem parte da conquista desse Trabalho, e o sucesso que eu conseguir, será também sucesso deles! Bruna Nunes Culti Dedico esta, bem como todas as minhas demais conquistas, em primeiro lugar a DEUS, que iluminou o meu caminho durante esta caminhada, aos meus preciosos pais (Antônio José Martins e Célia Dutra de Oliveira Martins), ao meu amado namorado (João Paulo Hidalgo Cerzósimo), e a toda minha família, que com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida, a o professor MSc. Giovanni C. de Oliveira pela paciência na
  • 6. orientação e incentivo que tomaram possível a conclusão desta monografia e a todos os professores do curso, que foram tão importantes em minha vida acadêmica e no desenvolvimento deste trabalho e aos amigos, pelo incentivo e apoio constantes. Muito Obrigado por tudo! Juliana Dutra Martins À Deus por tudo que me proporciona na vida. À minha mãe Valdina Ferreira, que sempre me fez acreditar na realização dos meus sonhos. À minhas amigas de trabalho Bruna Morais, Bruna Nunes e Juliana Dutra que juntas trabalharam muito para a realização deste. Ao Prof. MSc. Giovanni Carlos de Oliveira pela orientação e pelo constante estímulo transmitido durante todo o trabalho. Lívia Ferreira Santana
  • 7. “Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer.” Albert Einstein
  • 8. RESUMO A obesidade é uma doença que produz grande acúmulo de gordura nos tecidos adiposos, é caracterizada por vários fatores, podendo ocasionar outras doenças, como o Diabetes Mellitus tipo 2, sendo caracterizada por dois fatores: os fatores genéticos e os fatores ambientais. Serão abordados dois medicamentos para o tratamento do Diabetes Mellitus e para um possível tratamento da obesidade, o cloridrato de metformina e a liraglutida. Estes medicamentos são registrados com a indicação somente para o tratamento do Diabetes Mellitus, mas estão sendo utilizados para a redução de peso, devido a grande repercussão da mídia. Pacientes com sobre peso vem utilizando estes medicamentos de forma inadequada, realizando a automedicação, sem consultar um médico para que ele dê um maior esclarecimento sobre a utilização destes, e aconselhando se caso fosse necessário à utilização referente a estes quadros clínicos. O cloridrato de metformina é um dos medicamentos mais conhecido, pois vem sendo comercializado no Brasil há muito tempo, já a liraglutida é um medicamento novo no mercado, que começou a ser comercializado em 2010 no Brasil e teve um enfoque muito grande em revistas como o medicamento milagroso para a redução de peso, por isso, o seu uso abusivo. O objetivo deste trabalho foi analisar a utilização de cloridrato de metformina e de liraglutida para o tratamento de pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 e de obesidade, verificando as vantagens e as desvantagens destes medicamentos para estas doenças. Com base nestes estudos relatamos que houve uma perca de peso em pacientes tanto em diabéticos obesos, como também em obesos não diabéticos, que utilizaram o cloridrato de metformina e a liraglutida para o tratamento da obesidade, porém pacientes que se tem como objetivo a perda de grande quantidade de peso, não obtiveram muito sucesso, já para pacientes que utilizaram para Diabetes Mellitus alcançaram efeitos eficazes, sendo comprovado a sua indicação, no caso do tratamento para obesidade, se encontra em andamento estudos para que se tenha uma maior garantia da eficácia, analisando possíveis reações adversas para estes pacientes. Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Obesidade. Cloridrato de Metformina. Liraglutida.
  • 9. ABSTRACT Obesity is a disease that produces big fat accumulation in adipose tissue, is characterized by several factors, which may cause other diseases such as diabetes mellitus type 2 is characterized by two factors: genetic factors and environmental factors. Two will be addressed medicaments for the treatment of Diabetes Mellitus and a possible treatment of obesity, metformin hydrochloride and liraglutide. These medicines are registered with the only indication for the treatment of diabetes mellitus, but are being used for weight reduction, due to the large impact of the media. Patients with weight comes about using these drugs inappropriately, performing self-medication without consulting a doctor to give a greater insight into the use of these, and if counseling if necessary regarding the use of these clinical pictures. Metformin hydrochloride is a drug better known as has been commercialized in Brazil for a long time, since liraglutide is a new drug on the market, which began to be marketed in Brazil in 2010 and had a very big focus in magazines like miracle drug for weight reduction, therefore, its abuse. The objective of this study was to analyze the use of metformin and liraglutide for the treatment of patients with Type 2 Diabetes Mellitus and Obesity, verifying the advantages and disadvantages of these drugs for these diseases. Based on these studies reported that there was a loss of weight in both obese diabetic patients as well as in non obese diabetic patients who used the metformin hydrochloride and liraglutide for the treatment of obesity, but patients who aims the loss of large amount of weight not achieved much success, since for patients who used to effect achieved Diabetes Mellitus effective for the indication being shown in the case of obesity treatment, is ongoing studies in order to have a better guarantee of effectiveness, analyzing possible adverse reactions to those patients. Keywords: Diabetes Mellitus. Obesity. Metformin Hydrochloride. Liraglutide.
  • 10. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Regulação da concentração da glicose no sangue 17 Figura 2 - Complicações de saúde associadas à Diabetes Mellitus 20 Figura 3 - Planta Galega Officinalis 23 Figura 4 - Esquema da estrutura molecular da molécula de biguanida 24 Figura 5 - Estrutura molecular do cloridrato de metformina 25 Figura 6 - Modelo do mecanismo de ação do cloridrato de metformina referente ao metabolismo dos lipídios e glicose 32 Figura 7 - Estrutura da liraglutida 34 Figura 8 - Mecanismo do GLP-1 natural 35 Figura 9 - Mecanismo de ação liraglutida 36 Figura 10 - Sistema de aplicação da liraglutida 38 Figura 11 - Reações adversas da liraglutida 40
  • 11. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMP – Adenosine Monofosfato AMPc - Monofosfato de Adenosina Cíclico AMPK – Proteina Quianse Ativada ATP - Adenosine Trifosfato CAMP - Proteínas Quinases Dependentes de AMP Cíclico CMAX - Concentração Máxima DM - Diabetes Mellitus DPP-IV - Dipeptidilptidase 4 GLP1 – Glucagon-Like Peptide-1 GLUT4 - Proteínas Facilitadoras de Transporte de Glucose IMC - Índice de Massa Corporal LDL - Lipoproteina de Baixa Densidade. NEP - Endopeptidase Neutro NIDDM – Diabetes Mellitus Não Insulino Dependente. PKA – Constante de Acidez SNC – Sistema Nervoso Central TGI - Trato Gastrointestinal TGO - Transaminase Glutâmico Oxalacética TGP - Transaminase Glutâmico Pirúvica
  • 12. SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................................... 14 1 DESENVOLVIMENTO TEORICO....................................................................... 17 1.1 ETIOLOGIA DO DIABETES MELLITUS.......................................................... 17 1.2 ETIOLOGIA DA OBESIDADE.......................................................................... 18 1.3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO DAS PATOLOGIAS........................... 19 1.3.1 Quadro clínico do Diabetes Mellitus tipo 2 ............................................ 19 1.3.2 Diagnóstico da Diabetes Mellitus tipo 2 .................................................. 20 1.3.3 Quadro clínico de obesidade................................................................... 21 1.3.4 Diagnóstico da obesidade....................................................................... 22 1.4 MEDICAMENTOS............................................................................................ 22 1.4.1 Cloridrato de metformina............................................................................ 22 1.4.1.1 Histórico.................................................................................................... 22 1.4.1.2 Definição.................................................................................................. 25 1.4.1.3 Fatores fisiológicos que predispõem a utilização do cloridrato de 26 metformina.............................................................................................................. 1.4.1.4 Mudanças orgânicas que restringem a utilização do cloridrato de metformina.............................................................................................................. 28 1.4.1.5 Medicamentos cuja utilização exerce interações com o cloridrato de 30 metformina.............................................................................................................. 1.4.1.6 Mecanismo de ação................................................................................... 31 1.4.2 Caracterização do fármaco liraglutida...................................................... 33 1.4.2. Histórico...................................................................................................... 33
  • 13. 1.4.2.2 Mecanismo de ação................................................................................... 34 1.4.2.3 Indicação.................................................................................................... 37 1.4.2.4 Métodos de administração......................................................................... 37 1.4.2.5 Interações medicamentosas....................................................................... 38 1.4.2.6 Questões relacionadas com a segurança.................................................. 39 1.4.2.7 Farmacocinética ........................................................................................ 41 1.5 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO................................................................ 41 1.5.1 Tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2..................................................... 41 1.5.1.1 Cloridrato de metformina............................................................................ 42 1.5.1.2 Liraglutida................................................................................................... 42 1.5.2 - Tratamento da obesidade com medicamentos...................................... 43 1.5.2.1 Cloridrato de metformina............................................................................ 44 1.5.2.2 Liraglutida................................................................................................... 44 1.6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MEDICAMENTOS.......................... 45 1.6.1 Cloridrato de metformina............................................................................ 45 1.6.2 Liraglutida.................................................................................................... 46 2 MÉTODOS.......................................................................................................... 47 2.1 TIPO DE PESQUISA........................................................................................ 47 2.2 SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA......................................................................... 47 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 48
  • 15. 14 INTRODUÇÃO O organismo humano mantém diariamente contato com mudanças ocorridas no meio externo como também alterações desencadeadas no meio interno, seja por fatores genéticos, ou por causas conhecidas, como e o caso da síndrome metabólica, esta síndrome surge através de alterações metabólicas desencadeando o surgimento de outras patologias, dentre elas, Diabetes Mellitus tipo 2 como também doenças de âmbito cardiovascular, acredita-se que a Obesidade tenha grande participação, pelo fato de caracterizar um acumulo de tecido adiposo na região abdominal ocasionando assim dessa maneira a capacidade do organismo em obter resistência insulínica, o que se tornam pontos significativos na manifestação desta síndrome. A obesidade é uma condição complexa com sérias dimensões sociais e psicológicas, que afeta virtualmente todas as idades e grupos socioeconômicos tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Ela pode ser definida como um acúmulo de gordura generalizada ou localizada que se associa a prejuízos à saúde do indivíduo. Os adultos obesos são considerados mais expostos a riscos para o desenvolvimento de comorbidades, ou seja, para o desenvolvimento de outras doenças crônicas. Um aumento de apenas 20% do peso corpóreo eleva significativamente o risco de hipertensão arterial, doença coronariana, dislipidemias e Diabetes Mellitus tipo 2. A doença Diabetes Mellitus do tipo 2 possui características próprias de etiologia, sendo elas a resistência insulínica e a deficiência na liberação de insulina para que alcance a corrente sanguínea e facilite a entrada de glicose no interior celular, dessa maneira ocasionando uma hiperglicemia, ou seja, grande acumulo de glicose no plasma. Com o aumento significativo dessas patologias, o mercado farmacêutico se encontra sempre em constante atualização, sempre buscando a melhora de vida do paciente, seja qual for à doença. Com esse intuito houve a inserção de um medicamento com perspectivas inovadoras, chamado liraglutida, obtendo muita atenção por parte de pacientes portadores da Diabetes Mellitus tipo 2 e Obesidade, patogenias estas que vem se agravando devido às mudanças no estilo de vida, sedentarismo, com alimentação debilitada, relacionadas também com as
  • 16. 15 modernidades que possibilitam uma vida cômoda, e levando em consideração ainda os fatores genéticos que variam de um organismo para outro. Medicamento este que foi produzido com intuito de suprir uma deficiência do próprio organismo, pois a doença Diabetes Mellitus tipo 2 é caracterizada por não possuir total eficiência da insulina produzida pelo organismo, desse modo os tecidos se tornam incapazes de reconhecer esse hormônio por falhas nos seus receptores que não permitem sua passagem para o interior das células. Pelo fato deste medicamento ocasionar a demora do esvaziamento gástrico, diminuir o ritmo das contrações intestinais, proporcionando assim um maior tempo de saciedade, modificando dessa forma o modo em que a pessoa se relaciona com seu tipo de alimentação e o tempo em que se alimenta, ocasionando uma considerável perda de peso. Outro fármaco igualmente utilizado para as ambas as doenças e o cloridrato de metformina, pertencente à classe das biguanidas, um dos medicamentos mais prescritos para Diabetes Mellitus tipo 2, onde ocasiona a diminuição dos níveis plasmáticos da insulina, auxilia na remoção das moléculas de glicose da corrente sanguínea, encaminhando-os para os tecidos, além de ser utilizada concomitantemente como tratamento complementar da obesidade, reduzindo peso, causando efeitos anoréxicos, e o seu uso previne o risco do aparecimento da Diabetes Mellitus tipo 2. O conteúdo desse trabalho é dividido em tópicos, sendo subdivididos em seções, no primeiro tópico se dá o desenvolvimento, onde em suas seções está relatado a etiologia do Diabetes Mellitus tipo 2, sendo a primeira seção, e a segunda seção aborda a etiologia da Obesidade. Na terceira seção será relatado o quadro clínico, como também o diagnóstico das patologias, já na seção seguinte, quarta seção, é discutido os medicamentos utilizados como pesquisas, incluindo parte histórica, definição, indicações, contra indicações, interações medicamentosas, e mecanismos de ação dos medicamentos cloridrato de metformina e liraglutida. Dando continuidade, a quinta seção aborda assuntos relacionados ao tratamento medicamentoso do Diabetes Mellitus tipo 2 com o cloridrato de metformina e liraglutida, também o tratamento da Obesidade com os mesmos medicamentos. Na sexta seção observa-se as vantagens e desvantagens dos medicamentos.
  • 17. 16 O segundo tópico é composto por duas seções, à primeira refere-se aos tipos de pesquisa, e a segunda seção é referente à seleção da bibliografia. Terceiro tópico é composto pelas considerações finais do grupo. O objetivo geral desse trabalho é investigar com base na literatura, a utilização dos fármacos cloridrato de metformina e liraglutida no tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2 e da Obesidade e como objetivos específicos analisar os conceitos através do histórico; o meio de obtenção dos fármacos; suas indicações; contra indicações; mecanismo de ação e interações com outros medicamentos. A escolha deste tema foi devido a grande repercussão da mídia em relação à utilização da liraglutida e o cloridrato de metformina no tratamento da Obesidade, porém estes medicamentos tem como sua indicação o tratamento de Diabetes Mellitus tipo 1 e Diabetes Mellitus tipo 2. Devido a esta repercussão, pacientes vem fazendo a utilização destes medicamentos sem prescrições médica, com uso errado sem mesmo saber os problemas que podem acarretar. Nos medicamentos cloridrato de metformina e liraglutida, conforme pesquisa deste trabalho foi verificado que realmente tem uma redução de peso corporal, porém a mídia elabora reportagens abusivas, citando que são medicamentos milagrosos para a redução de peso. Deixando evidenciadas algumas dúvidas em relação a sua utilização para outras finalidades.
  • 18. 17 1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO 1.1 ETIOLOGIA DO DIABETES MELLITUS O Diabetes Mellitus é uma patologia provocada por fatores genéticos e ambientais, o fator genético se caracteriza pelo fato de a ingestão de alimentos resultarem na transformação de açúcares ao atingir nosso organismo, estes por sua vez são denominados de glicose que são absorvidas para o sangue, a glicose e utilizada como energia para os tecidos, e quando se tem a Diabetes Mellitus tipo 2, que é uma doença crônica se tem dificuldades desses açucares penetrarem no interior das células sendo assim, não produzindo energia e nem armazenando as mesmas por ser insulinorresistente, deixando de produzir o hormônio (DIABETES TIPO 2, 2012). No nosso organismo à produção de um hormônio denominado insulina produzida nas células beta nas Ilhotas de Langerhans localizadas no interior do pâncreas, sua função e ativar os receptores localizadas na membrana celular para que se haja a entrada de glicose no interior celular, caso este mecanismo não ocorra corretamente, nota-se um significativo acúmulo de açúcar no plasma, originando uma hiperglicemia (O QUE É DIABETES TIPO 2, 2012). Figura 1: Regulação da concentração da glicose no sangue Fonte: SISTEMA ENDÓCRINO, 2012.
  • 19. 18 Falamos dos fatores genéticos envolvidos na Diabetes Mellitus tipo 2 , agora falaremos um pouco mais sobre os valores ambientais que estão associados aos fatores genéticos. Os fatores mais agravantes são o consumo de alimentos hipercalóricos, e a ausência de atividades físicas, sedentarismo, idade e hereditariedade (CONCEITOS BÁSICOS SOBRE O DIABETES, 2012). 1.2 ETIOLOGIA DA OBESIDADE A obesidade e estimada uma doença com múltiplos fatores. As causas da obesidade estão separadas por várias condições genéticas, a falta de atividades físicas, idade, motivos metabólicos e endócrinos, sexo, padrões de vida da sociedade e aspectos alimentares (FERREIRA, 2006). Com todos estes fatores que ocasiona a obesidade, ela desenvolve varias doenças tais como: hipertensão arterial, Diabetes Mellitus tipo 2, riscos de doenças cardiovascular, etc. (CHARA; ZANELLA, 2007). A Concepção da obesidade pode qualificar como deposito de tecido adiposo encontrado em todo o corpo, ocasionando por caracteres de hereditariedade anatômicos, metabólicos e razão nutricional e endócrino, a obesidade e uma enfermidade de desenvolvimento lento (SOARES; PETROSKI, 2003). Nos tempos de hoje com a modernização das indústrias e do cotidiano das pessoas elas passam a fazerem menos esforços fisicos, pois tudo oque antes tínhamos que executar por nos mesmos, atualmente existe tudo mais facilitado, tanto no trabalho quanto em casa, pois um simples gesto de lavar roupas, cortar grama que antes se era feito tudo manualmente e si tinha uma valor energético bastante relativo atualmente e feito tudo mecanizado com auxílio de maquinas e que si tem um baixo índice de gasto energético. Os componentes mais específicos do gasto energético são: efeito térmico dos alimentos, exercício físico e taxa metabólica basal (PEREIRA; FRANCISCHI; LANCHA JR, 2003). Avanços genéticos na obesidade foram possíveis graças à descoberta do gene ob, que codifica o hormônio peptídeo leptina, este por sua vez condensa-se nos tecidos adiposos que interfere diretamente na sensação de saciedade e na extensão do gasto energético, porém a falha pode estar ocorrendo no receptor ou
  • 20. 19 pode haver uma redução dos efeitos da leptina no corpo pela susceptibilidade deste hormônio (FERREIRA, 2006). E essencial afirmar que a causa da obesidade não e definida em único fator e sim de associações com caráter genético ou ambiental que incentive o aumento de risco para a obesidade (FERREIRA, 2006). 1.3 QUADRO CLÍNICO E DIAGNOSTICO DAS PATOLOGIAS 1.3.1 Quadro clínico do Diabetes Mellitus tipo 2 O quadro clínico pode ser qualificado em aparecimentos mais frequentes e em extenso prazo; e mais, característicos e inespecíficos. Os sintomas de Diabetes Mellitus tipo 2 alteram muito de pessoa para pessoa, podendo ser bastante discretos ou bastante rigorosos (SILVA, 2012). Os sintomas mais frequentes, antigos e particulares para o Diabetes Mellitus são problemas periodontais, poliúria, ou seja, urina- se muito, polidipsia, polifagia e dano involuntário do peso; seguido de outros sintomas que induzem à suposição clínica como hiperglicemia, glicosúria, infecções cutâneas e genitais recidivantes, impotência sexual, alterações visuais, renais ou neurológicas; e inespecíficos, como sonolência, cansaço físico e mental, dores generalizadas, abatimento, perda de peso, cãibras e sensações de adormecimento nas terminações (SILVA, 2012). Ao analisar as revelações em longo prazo, o Diabetes Mellitus pode ocasionar em alterações micro e macrovasculares que induzem a disfunção, lesão ou colapso de múltiplos órgãos vitais. Em meio às complicações tardias estão a retinopatia diabética, problemas cardiovasculares, alterações circulatórias, nefropatias e problemas neurológicos. Ainda em indivíduos assintomáticos poderá acontecer hiperglicemia discreta com medida satisfatória para acarretar alterações funcionais ou morfológicas por um longo tempo antes que o check-up seja formado (SILVA, 2010). Fato não possua o domínio dos índices glicêmicos, além dos sintomas mencionados, o paciente pode evolucionar para uma cetoacidose Diabética e Coma Hiperosmolar. Cerca de cinquenta por cento dos portadores de diabetes tipo 2
  • 21. 20 ignoram seu diagnóstico, pois o Diabetes Mellitus se exibe de maneira silenciosa, especialmente, no início da doença. Isso é um caso preocupante, pois sem o tratamento apropriado, tais indivíduos estão sujeitos a desenvolver as complicações tardas do Diabetes Mellitus (SILVA, 2012). Perante esta circunstância, é complacente referir que determinados episódios serão admitidos como portadores de Diabetes, outros exibirão alteração na regulação glicêmica, ou seja, tolerância à glicose diminuída ou ainda glicemia de jejum alterada, o que impõe maior risco de desenvolver diabetes. A diferenciação do grau de risco embora não está uniformizada. Para fazer jus à avaliação laboratorial e depositar um paciente assintomático sob suposição, alguns autores aconselham a apresentação de diversos dos fatores de risco. A disposição crescente é a de se utilizar um esteie de fatores de risco, parecido aos utilizados na avaliação do risco cardiovascular (MÜLLER, 2008). Figura 2: Complicações de saúde associadas à Diabetes Mellitus Fonte: WHAT IS DIABETES, 2012. 1.3.2 Diagnóstico da diabetes Mellitus tipo 2 Na maioria dos pacientes, o diagnóstico ou o rastreamento do Diabetes Mellitus tipo 2 é examinado por meio das manifestações clínicas, no andamento da
  • 22. 21 doença, histórico familiar e dos fatores de risco, como por exemplo, o sedentarismo, tabagismo, obesidade, entre outros, além dos exames laboratoriais, realizados, que são o de glicemia de jejum e sumário de urina (SILVA, 2012). O progresso para o Diabetes Mellitus tipo 2 acontece ao longo de um período de tempo alterável, acontecendo por estágios intermediários que ganham as denominações de glicemia de jejum transformada e tolerância à glicose diminuída, concebendo ênfases precoces de disfunção de célula beta pancreática; bem como quadro de resistência insulínica. Na apresentação de ambos os estágios, um quadro composto, com máximo risco para progredimento para diabetes e doença cardiovascular (SILVA, 2012). As percepções diagnósticas sobrepostas são a verificação da glicose plasmática de jejum de oito a doze horas e o teste de tolerância à glicose após administração de setenta e cinco miligramas de glicose, com verificação da glicemia plasmática nos períodos de zero a cento e vinte minutos após a ingestão (SILVA, 2012). Assim sendo, uma análise precedente e concisa acerca do Diabetes Mellitus tipo II e das alterações da tolerância à glicose alude em medidas profilática e terapêutica que podem impedir o surgimento de Diabetes Mellitus tipo II nas pessoas com tolerância diminuída e retardar o começo das complicações crônicas nos pacientes diagnosticados com diabetes (SILVA, 2012). 1.3.3 Quadro clínico de obesidade A obesidade tem como avaliação do quadro clínico o acúmulo exagerado de gordura corporal, agregada a problemas de saúde, ou seja, que ocasiona lesões à saúde do indivíduo (MOREIRA, 2012). A mesma pode ser gerada por uma disfunção hormonal, necessitando deste modo de um acompanhamento endocrinológico, por algum distúrbio psicológico, e na maior parte das vezes por uma má alimentação seguida por carência de atividades físicas, vida sedentária (MOREIRA, 2012). A demasia de gordura corporal não gera sinais e sintomas diretos, salvo quando alcança valores extremos. Independente da rigorosidade, o paciente expõe importantes restrições estéticas, exacerbadas pelo modelo contemporâneo de
  • 23. 22 beleza, que determina um peso corporal até menor do que o admissível como normal (MOREIRA, 2012). 1.3.4 Diagnóstico da obesidade O diagnóstico da obesidade se produz pelo cálculo do IMC e pelo índice abdômen/quadril. Os valores estão incidindo por uma revisão e mudam de acordo com a etnia, mas nas mulheres esse número não deve incidir de oitenta e oito centímetros e, nos homens, de cento e dois. Acima disso indicam a presença de obesidade central, também chamada de abdominal ou visceral. Este armazém de gordura é individualmente maléfico para o coração, pois essas células gordurosas são exatamente as primeiras a serem quebradas para sustentar o metabolismo corporal. E dessa reação sobram moléculas que originam um aumento das gorduras na corrente sanguínea (DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE, 2012). As medidas antropométricas, devido à sua naturalidade de alcance, baixo custo e encadeamento com a gordura corporal, como a altura, o peso relativo, a massa muscular, estrutura óssea, o perímetro da cintura conexo com o perímetro do peito, o padrão de classificação da gordura subcutânea, as dobras adiposas e os múltiplos índices que incluem o peso e a altura são determinadas medidas que podem relacionar-se com o risco de surgimento de confusões metabólicas e de doenças do coração, entre outras (DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE, 2012). 1.4 MEDICAMENTOS 1.4.1 Cloridrato Metformina 1.4.1.1 Histórico É de grande importância à extração de princípios ativos derivados de partes animais ou vegetais como também de fontes minerais, e ainda princípios produzidos sinteticamente em laboratórios através de compostos já existentes (METFORMINA, 2012a). Com base em medicamentos hipoglicemiantes orais e de origem vegetal, destaca-se a planta Galega Officinalis, a extração de seus princípios localizados nas partes aéreas da planta, veio demonstrando significativos efeitos na terapia da
  • 24. 23 doença Diabetes Mellitus reduzindo seus sinais e sintomas clássicos (METFORMINA, 2012a). Figura 3: Planta Galega Officinalis Fonte: GALEGA, 2012. Os estudos realizados com os extratos da Galega Officinalis demonstraram ser rica em guanidina, substância altamente tóxica que não poderia ser utilizada diariamente como terapêutica, já em 1920 conseguiram sintetizar dois compostos, dado eles como decametilene biguanida (Sintalina A) e dodecametilene biguanida (Sintalina B), estas duas se mostraram eficientes e eficazes para o tratamento da Diabetes Mellitus e não se caracterizavam com alto nível toxico. Alguns anos após esta descoberta, na Alemanha, foram sintetizados a dimetil-biguanida, conhecidos como cloridrato de metformina (GIJS, 2010). A obtenção do cloridrato de metformina é conseguida através da junção de duas moléculas de guanidina e a retirada da molécula de amônio (FILIZOLA; SOUZA JUNIOR; NASCIMENTO, 1995). Como forma de aumentar sua estabilidade houve a substituição de duas moléculas de hidrogênio por grupos metila, dessa maneira evita-se a formação de metabolitos com potencial tóxico (HOLLENBECK et al., 1991). Todos os medicamentos são diferenciados entre si de acordo com sua classe terapêutica, o cloridrato de metformina se inclui na classe das biguanidas (estrutura molecular demonstrada na Figura 4), classe esta dedicada a hipoglicemiantes orais utilizados no tratamento do Diabetes Mellitus não insulino
  • 25. 24 dependente (NIDDM), as biguanidas tem como característica clássica reduzir a hiperglicemia, evitando assim o risco de hipoglicemia, além de seus efeitos benéficos na redução da hiperglicemia ela é muito eficiente no declínio da hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia, ocasionando uma pequena e leve perda de peso em pacientes que sofrem com a obesidade. Um efeito muitas vezes negativos da utilização desta classe medicamentosa é a formação de lactato, conhecido como acidose láctica (produção de lactato e consequente concentração no plasma acima de 5 mmol/l), este mecanismo ocorre pelo fato de as biguanidas levarem ao metabolismo anaeróbico da glicose, resultando na formação do piruvato em lactato, ele é rapidamente absorvido pelo fígado em pessoa sadia, caso contrario haverá acumulo dessa substancia, ocasionando a acidose láctica perigosa, dando inicio a múltiplas disfunções dos órgãos envolvidos (STOELTING, DIERDORF, 2003). Figura 4: Esquema da estrutura molecular da molécula de biguanida Fonte: ZACARELLI, 1987. Dois pesquisadores conhecidos por nome de Slotta e Tschesche, no ano de 1929, tomaram conhecimento da ação da biguanida cloridrato de metformina em diminuir o açúcar do sangue em coelhos, mais devido aos poucos conhecimentos desta droga estes dados ficaram esquecidos, sendo trocada pelo uso de insulina, ate que em 1950, um médico das Filipinas conhecido como Eusebio Y. Garcia, fez uso do cloridrato de metformina como terapêutica para se tratar a gripe, conforme o paciente foi fazendo uso deste medicamento, em estudos ele notou que havia ocorrida a queda de açúcar no sangue a nível fisiológico, e o mais interessante é que não havia ocorrido nenhum indicio de efeito toxico, com estudos mais aprofundados sobre este medicamente ele relatou que além de ter o poder de baixar o açúcar no sangue, o cloridrato de metformina possuía funções como bacteriostático, antiviral, antimalárico, antitérmico e analgésico, mais ate o momento
  • 26. 25 não havia nada que comprovasse realmente sua utilidade em relação a essas patologias (HISTÓRIA DA METFORMINA, 2012). Em sequencia com os muitos estudos e pesquisas realizadas sobre esta classe medicamentosa, no ano de 1957, Jean Sterne, realizou pesquisas sobre a atividade anti-hiperglicemiante de um alcaloide isolado da planta Galega Officinalis, que é um dos compostos presentes na estrutura química do cloridrato de metformina, e também constatou diminuição de açúcar no sangue, foi quando no mesmo ano Sterne foi o primeiro a realizar testes, utilizando o cloridrato de metformina em seres humanos, dando ao medicamento o nome de Glucophage, que tem como sinônimo “comedor de glicose”, os resultados obtidos foram publicados no mesmo ano de 1957 (HISTÓRIA DA METFORMINA, 2012). 1.4.1.2 Definição O cloridrato de metformina é uma droga anti-hiperglicemiante, não hipoglicemiante, que se encontra inserida na classe das biguanidas, atualmente vem sendo o medicamento mais utilizado seja em monoterapia ou em associação com diferentes hipoglicemiantes para o tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2 (insulinoindependente), tem grande número de prescrição principalmente para diabéticos com sobrepeso ou já em estado grave de obesidade, devido sua característica em não ocasionar acumulo de gordura e sim facilitar a perca de peso, mesmo que discretamente, sua utilização deve ser cautelosa em pacientes com histórico de disfunções renais, devido sua facilidade de formação de lactato, gerando a acidose láctica, pode-se observar sua estrutura molecular na figura 5 (BRASIL, 2012a ; METFORMINA; 2012a). Figura 5: Estrutura molecular do cloridrato de metformina. Fonte: Farmacopéia Brasileira, 2010.
  • 27. 26 Medicamento este constantemente presente na lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde, e no Brasil é também encontrada no programa Farmácia Popular do Ministério da Saúde, por ser uma droga que possui poucos efeitos indesejáveis, auxilia no reduzimento de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), e por ser muitas vezes classificada como normoglicemiante, ou seja, não causa hipoglicemia. O cloridrato de metformina é totalmente associada a Diabetes Mellitus tipo 2, essencialmente em pessoas com resistência a insulina, amplamente utilizada por reduzir as complicações do diabetes prevenindo futuros problemas cardiovasculares, sendo o medicamento de escolha em relação ao risco - beneficio para o paciente por ser mais eficaz, até mesmo do que os medicamentos produzidos atualmente (BRASIL, 2012c; METFORMINA, 2012a; METFORMINA, 2012b). 1.4.1.3 Fatores fisiológicos que predispõem a utilização do cloridrato metformina O desenvolvimento de algumas patologias esta correlacionado a alguns tipos de síndromes que se manifestam no organismo, atualmente a síndrome metabólica vem sendo estudada com mais especificidade devido sua capacidade de alterações fisiológicas capazes de proporcionar o surgimento do Diabetes Mellitus tipo 2, como também doenças de âmbito cardiovascular, a causa desse surgimento não se tem apenas um responsável, acredita-se que o acumulo de tecido adiposo na região abdominal e a capacidade do organismo em obter resistência insulínica são pontos significativos na manifestação desta síndrome (METFORMINA, 2012b; PENALVA, 2008). Esta síndrome tem como funcionalidade aumentar a capacidade no tecido adiposo de produção de angiotensiogênio, ao mesmo tempo em que promove a ativação do sistema nervoso simpático ocasionando a reabsorção de moléculas de sódio através da insulina, aumentando assim consideravelmente o desencadeamento de hipertensão arterial no indivíduo cuja síndrome está implantada. A mesma deve ser tratada com medicamentos cuja função seja de ativação da insulina, ou seja, diminuir em considerável proporção a resistência insulínica, deste modo proporcionando o equilíbrio a nível fisiológico da glicemia sanguínea, e também conferir beneficio reduzindo a pressão exercida nos vasos sanguíneos, ou seja, pressão arterial (FERREIRA et al., 2009).
  • 28. 27 A obesidade caracteriza-se pelo aumento significativo de massa corporal, amplamente associada à vida sedentária, falta de exercícios físicos, e péssimos hábitos alimentares, desse modo com o acréscimo de tecido adiposo o organismo se torna resistente à insulina dando origem á outras patologias entre elas o surgimento da hipertensão arterial (FARIA et al., 2002). De acordo com a sociedade brasileira de hipertensão, calcula-se que 30 milhões de pessoas sejam portadores desta doença, individualizada por haver grande pressão sanguínea nos vasos, associada às modificações metabólicas, hormônios e musculaturas vasculares (HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2012). Esta adjunta com o aumento da resistência insulínica e a hiperinsulinemia, portanto a utilização do cloridrato de metformina para os dois tipos de patologia citados (obesidade, hipertensão arterial), teria a capacidade de diminuir esta resistência, aumentar sua atividade, reduzindo ate que significativamente a pressão exercida nos vasos sanguíneos e colaborando com uma significativa perda de gordura visceral (FELLIPE JUNIOR, 2005; FERREIRA et al., 2009). A doença Diabetes Mellitus tipo 2 é caracterizada por acometer em maior freqüência pessoas adultas e com índice de obesidade, neste tipo de patologia há presença de insulina no sangue, ou seja, o pâncreas tem sua função normal de produção deste hormônio, mais devido a elevada quantidade de tecido adiposo a insulina de torna ineficaz, caracterizando a resistência insulínica no organismo, onde a mesma não consegue ativar os receptores específicos facilitando a entrada de glicose para o interior celular, deste modo a glicose se encontra acumulada na parte extracelular, fica circulante no sangue, ocasionando a hiperglicemia, denominação dada pelo aumento a níveis fisiológicos de glicose no sangue (DIABETES TIPO 2, 2012). Em alguns casos apenas com uma normalização da alimentação, e com a prática regular de exercícios físicos, a glicemia se mantém controlada, caso contrario, se mesmo com a mudança de hábitos alimentares e exercícios o paciente não consegue conservar sua glicemia nem seu peso adequados, o cloridrato de metformina é então prescrita como adjuvante, seja em monoterapia ou em associações com demais antidiabeticos orais (METFORMINA: TUDO SOBRE METFORMINA, 2012). O Diabetes Mellitus do tipo 1 é comumente diagnosticada em pacientes infanto-juvenil, e ao contrario do tipo 2, esses pacientes são considerados
  • 29. 28 insulinodependentes, ou seja, se faz necessário a utilização de insulina através de aplicações diárias em doses controladas, essa doença é caracterizada por disfunções no pâncreas, onde suas células sofrem de destruição autoimune, prejudicando em grande parte na produção de insulina deixando que seus níveis fisiológicos estejam muito baixos, por este fato se faz necessário a aplicação desse hormônio com a intenção de repor seus níveis no organismo, nesse caso o cloridrato de metformina também pode ser indicada para ser utilizada em associação á insulina, permitindo que haja redução nas doses utilizadas de insulina e contribuindo para que se tenha melhor equilíbrio dos níveis glicêmicos no sangue, complementando o tratamento de insulinoterapia (BRASIL, 2012b; DIABETES TIPO 1, 2012). Atualmente 5 a 10% da população feminina sofrem com uma patologia denominada Síndrome dos Ovários Policísticos, caracterizada por disfunção no período menstrual e ao mesmo tempo pelo hiperandrogenismo e anovulaçao crônica, onde no hiperandrogenismo se acentua a presença de acnes, seborréia, e a anovulaçao crônica é a falta de óvulos férteis nas fases menstruais, essa doença é capaz de causar ao organismo a resistência insulínica, originando a hiperinsulinemia onde a mesma realiza a estimulação de hormônios andrógenos através dos ovários, o aumento de andrógenos se torna responsável pelo aparecimento de pequenos cistos, por ser uma doença que tem como foco proporcionar ao organismo que ele seja resistente a ação da insulina, o cloridrato de metformina que tem ação já conhecida como ativadora de insulina, vem sendo a biguanida utilizada para o tratamento desta patologia, onde sua finalidade terapêutica esta adjunta a redução de insulina periférica (BAILEY, 1992) e o aumento nos receptores carreadores deste hormônio (BAILEY, 1993; JUNQUEIRA; FONSECA; ALDRIGHI, 2003; LEGRO; CASTRACANE; KAUFFMAN, 2004). 1.4.1.4 Mudanças orgânicas que restringem a utilização do cloridrato de metformina Os rins são órgãos responsáveis por varias atividades em um organismo, dentre eles realiza o controle da pressão arterial, de suma importância quando relacionado a índices pressóricos, mantém constante sua atividade eritropoiética, ou seja, produção de células vermelhas no sangue desempenha a excreção de substancias tóxica ao organismo, principalmente os nitrogenados e muitos
  • 30. 29 medicamentos, seu fundamental encargo é manter o equilíbrio entre substancias acidas e básicas presentes no organismo (FORTINI, 2012). Insuficiência renal é o nome atribuído á uma patologia que se caracterize com qualquer tipo de disfunção no desempenho orgânico normal dos rins induzindo sua mortalidade com o passar do tempo, seja de particularidade aguda ou ate mesmo crônica (PECOITS FILHO, 2004). Quando não devidamente diagnosticada e tratada, ocorre agravamento de seu quadro clínico, perdendo a capacidade na manutenção de acido-base, originando uma acidemia (aumento de [H+]), devido sua retenção, acarretando acidose (FORTINI, 2012). A acidose láctica como é conhecida pelo aumento de acidemia devido a elevada concentração de lactato nos rins, originada geralmente em pacientes com histórico de insuficiência renal, tem como causas dois fatores consideravelmente importantes, a falta de oxigenação necessária, metabolização de lactato na ausência da hipoxia, sendo fator ocasionado por acumulo de substancias medicamentoso devido a inadequada excreção das mesmas (MACIAS-ROBLES et al., 2011). Essa acidemia traz consigo alguns efeitos nos quais se deve ter muito cuidado e precaução, quando já se encontra em pH 7,1, predispõem que o paciente sofra com arritmia, diminua o transporte de oxigênio através das hemoglobinas devido enfraquecer sua afinidade, promove vasodilatação em artérias e vasoconstrição no sistema venoso, alem de proporcionar inúmeras modificações em sistemas eletrolíticos, hormonais, e também metabólicos, devido a esses e alguns mais efeitos, o índice de morbidade e mortalidade tem aumento quando por acidemia (ANDRADE; IHARA; TROSTER, 2007). Caso o paciente tenha necessidade em realizar algum tipo de exame por radiocontraste com a utilização de compostos iodados, antecedentemente a este exame, o cloridrato de metformina tem que ser retirada de uso com tempo suficiente para o organismo poder excreta-la por completo, se esse procedimento não for realizado ocorre o risco, que por sinal grande de se lesionar os rins e subsequentemente ocasionar a acidose láctica em regiões coronarianas, após o exame, o paciente pode normalmente retornar sua utilização (SERRANO JUNIOR; HEINISCH; NICOLAU, 2012). Quando o paciente possui Diabetes Mellitus do tipo 2, ao mesmo tempo que possui alguma disfunção renal, alguns nos quais citados acima, não se deve fazer
  • 31. 30 uso do cloridrato de metformina mesmo que seja como tratamento da doença, especialmente em casos de exames onde a creatinina esteja constando valores abaixo da referencia, valores de creatinina são utilizados em exames para se constar a situação da filtração glomerular, com intuito de verificar se o rim esta filtrando adequadamente as substancias do plasma sanguíneo, caso esse resultado obtido for relativamente baixo, significa que o rim se encontra incapaz de realizar a filtração e consequentemente haverá acumulação do cloridrato de metformina originando o aparecimento de grande quantidade de lactato (MARCHENA et al., 2008; PECOITS FILHO, 2004). Insuficiência hepática é caracterizada pela perca das funções orgânicas do fígado, proporcionado por alguns tipos de distúrbios, seja hepatites, cirrose, ate mesmo por fazer muita utilização medicamentosa acarretando a hepatopatia medicamentosa. O fígado é responsável por metabolismo de colesterol, consequentemente com a diminuição de suas atividades origina a diminuição dos níveis de colesterol a nível plasmático (GODOY et al., 2011). Através de exames laboratoriais utilizando sangue, se podem ter noção de como se encaminha sua funcionalidade, por meio das transaminases, são enzimas que se encontram dentro das células hepáticas, caso o órgão esteja passando por alguma disfunção, essas enzimas deixaram as células e ganharam a corrente sanguínea, constando assim de maneira significativa em exames denominados TGP, TGO. Fatores que possibilitam este aumento é a necrose hepática (morte celular), e também por intoxicação medicamentosa (GRUPO OTIMISMO DE APOIO A PORTADORES DE HEPATITE C, 2012). Deste modo o uso do cloridrato de metformina em pacientes constando valores de transaminases de 2 a 3 vezes maiores que os valores referenciais não esta indicado com total segurança terapêutica (ARAÚJO; BRITTO; PORTO DA CRUZ, 2000). 1.4.1.5 Medicamentos cuja utilização exerce interações com o cloridrato de metformina Medicamentos conhecidos como inibidores de ECA realizam a diminuição da glicemia sanguínea exigindo dessa maneira o reajuste posológico do cloridrato de metformina, os corticosteroides, tiazidicos, contraceptivos orais, hormônios
  • 32. 31 tireoidianos, acido nicotínico e bloqueadores de canal de cálcio, possuem a capacidade de modificar a evolução do diabetes fazendo-se necessário o ajuste terapêutico do cloridrato de metformina, alguns diuréticos principalmente os de alça conseguem ocasionar falência renal, o que colabora com o aumento da concentração do cloridrato de metformina. Quando é associada com insulina ou com outros hipoglicemiantes, por exemplo, da classe das sulfonilureias, comumente realizado em Diabetes Mellitus do tipo 1, nota-se a potencializarão do efeito hipoglicemiante, essa associação deve ser feita com cautela (BRASIL, 2012a; METFORMINA, 2012b). Ao se fazer uso do cloridrato de metformina e cimetidina concomitantemente, corre-se o risco de haver diminuição do clearance do cloridrato de metformina, ou seja, redução da depuração renal, resultando na diminuição de tempo para o medicamento ser eliminado do organismo, dessa maneira não realizando os efeitos desejados, quando utilizada com anticoagulantes cumarínicos, proporciona elevado nível na excreção dos mesmos. Também se mostra capaz de dificultar a absorção de alguns fármacos, especialmente da vitamina B12 (METFORMINA, 2012b). 1.4.1.6 Mecanismo de ação Basicamente o cloridrato de metformina consegue sua ação hipoglicemiante através da ativação dos receptores de insulina nas partes periféricas do organismo, ao mesmo tempo em que reduz a produção hepática de glicose (LERARIO, 2012). A queda da glicose sanguínea ocorre devido ações hepáticas e musculares por demonstrarem efeito sensibilizador de insulina. No hepatócito, célula localizada no fígado, ela inibi a gliconeogênese (formação de açúcar) e glicogenólise (transformação de glicogênio em glicose), ao mesmo tempo em que estimula a glicogênese (síntese do glicogênio) nos tecidos periféricos, com grande aumento na absorção de glicose pelos músculos esqueléticos, o que indicara significativa diminuição na glicemia plasmática, ao mesmo tempo em que não ocasiona hipoglicemia, nem mesmo em altas doses (SANTOMAURO JUNIOR et al., 2008). Apresenta certa importância na alteração de níveis lipídicos, reduzindo os triglicérides no plasma e também os ácidos graxos livres, resultante da restrição da lipólise. Melhorando, além disso, a parte endotelial, com expressiva redução da
  • 33. 32 pressão arterial, contribuindo com a perca de peso do paciente pelo fato de possuir algumas propriedades anorexígenas, o cloridrato de metformina alcança seus efeitos por meio da ativação de AMP e consequente acionamento de uma enzima denominada AMPK, conforme mostrado na figura a seguir (SANTOMAURO JUNIOR et al., 2008). Figura 6 – Modelo do mecanismo de ação do cloridrato de metformina referente ao Metabolismo dos lipídios e glicose. Metformina Ativação e Fosforilação AMP AMP AMP ↑transporte de ↓atividade AcetilCoA ↓Expressão SREBP-1 glicose no músculo carboxilase ↓Atividade SREBP-1 ↓genes lipogênicos FAZ, L-PK, S14 ↓hepática FA, síntese ↓produção da glicose VLDL hepática (↑oxidação hepática FA) ↓esteatose hepática ↑ sensibilidade a insulina no fígado ↓glicose no plasma ↓ triglicérides no plasma Fonte: ZHOU et al., 2001. AMPK é uma enzima que tem por finalidade a catalisação e formação de AMP a partir de adenina e fosforribosilpirofosfato, agindo também realizando a
  • 34. 33 reciclagem de adenina nos ácidos nucléicos. É uma enzima responsável por muitos eventos intracelulares como resposta a mudanças energéticas, sua função é a regularização do equilíbrio energético, ou seja, pequenas diferenciações relacionadas aos níveis de AMP colaboram com um significativo aumento na atividade da AMPK, podendo ser principalmente uma situação de estresse, tanto de forma que estimule a produção de ATP como aumentar seu consumo. Logo que ativada, visa o metabolismo da glicose e dos lipídios, operando em diversos órgãos seja o fígado, músculo esquelético, coração, tecido adiposo e pâncreas (SANTOMAURO JUNIOR et al., 2008). Sua atuação no fígado é realizando a diminuição da síntese de lipídios e gerando maior queima de gordura, notadamente inibindo a produção de glicose. Já na musculatura esquelética, proporciona maior absorção de glicose, mantendo assim o equilíbrio da glicemia sanguínea, além disso, contribui com o transporte da mesma através do GLUT4 aumentando a sensibilidade á insulina. Atua também na região do hipotálamo mantendo equilíbrio entre fome e saciedade (SANTOMAURO JUNIOR et al., 2008). Para que o cloridrato de metformina exerça redução do perfil lipídico é necessário que haja ativação desta enzima, procedendo em positivo aumento da oxidação de ácidos graxos pelos hepatócitos, gerando recaída na esteatose hepática e melhorando no fígado a sensibilidade insulínica (SANTOMAURO JUNIOR et al., 2008). 1.4.2 Caracterização do fármaco liraglutida 1.4.2.1 Histórico A liraglutida se trata de um fármaco novo que se da por uma molécula de alta complexidade, e um medicamento utilizado como anti diabético de uso subcutânea , e análogo do hormônio GPL-1 que produzido no nosso organismo, administrada em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 (CAFFATARATTI; REAL, 2012). Foi sintetizado pelo laboratório dinamarquês Novo Nordisk, este medicamento foi distribuído pela primeira vez nos Estados Unidos e na Europa em 2009 e 2010, mas no Brasil só foi comercializado em março de 2010 (BRASIL, 2011b).
  • 35. 34 O hormônio natural GLP-1 e constituído de 30 aminoácidos, o que o laboratório Dinamarquês fez foi transformar um aminoácido em outro se tirou a arginina e depositou a lisina no lugar, colocando também um grupamento de cadeia graxa de 16 átomos na disposição do peptídeo 16, devido uma ponte composta por glutamato (NOTHENBERG, 2009). O aumento da lipofilicidade atribuída pelo alargamento da cadeia facilita mais agregação da molécula com a albumina, tecidos e a circulação proporcionando a ampliação da terapêutica do medicamento, pelo desempenho da liberação pela proteína plasmática e pela sua eliminação mais branda (NOTHENBERG, 2009). Figura 7: Estrutura da liraglutida Fonte: NOTHENBERG, 2009. 1.4.2.2 Mecanismo de ação A liraglutida e um hormônio sintetizado em laboratório, de um hormônio já existente no nosso organismo, chamado GLP-1 (glucagon-like peptídeo). O GLP-1 e produzido no ílio, porção final do intestino delgado pela célula L, portanto só começa a fazer o seu efeito quando o alimento atinge este parte do intestino delgado (GLP-1, 2012). O hormônio GLP-1tem ações em vários locais, na secreção da insulina, fazendo com que este hormônio se acople com os receptores nas células betas e se ativam, a concentração do cAMP e PKA se eleva. A elevação da glicose nas células faz com que tenha uma significativa elevação na ATP com isso os canais de cálcio se fecham, Com este fechamento ocorre uma despolarização da membrana,
  • 36. 35 fazendo com que as vesículas de insulina exerçam sua ação no organismo (GLP-1, 2012). Portanto ao estimular a ação da insulina o hormônio GPL-1 ela abaixa a concentração de glicose no sangue e expande a produção da insulina, por isso com concentração sintetizadas deste hormônio e utilizado para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2 (GLP-1, 2012). Outra ação deste hormônio e a sua atuação no SNC aumentando a sensação de saciedade e diminuindo a fome, age também no trato digestivo, fazendo com que se tenha uma mobilidade intestinal (ajuda maior sensação de saciedade), e a esvaziamento gástrico, o hormônio GLP-1 faz esta ação por pouco tempo apenas três minutos (VICTOZA: REMÉDIO PODE SER NOVO EMAGRECEDOR DA MODA, 2012; BRASIL, 2011b). Figura 8: Mecanismo do GLP-1 Natural Fonte: VICTOZA: REMÉDIO PODE SER NOVO EMAGRECEDOR DA MODA, 2012. O hormônio GLP-1 precisa que o alimento chegue ao intestino para que faça efeito esperado, enquanto o fármaco liraglutida possui características mais relevantes considerando sua farmacocinética e suas farmacodinâmicas que são adequadamente elaboradas para que sua administração em humanos seja suficiente
  • 37. 36 apenas uma única vez ao dia, pois o hormônio natural precisa que o alimento chegue ao intestino delgado para que faça efeito, já a liraglutida não necessita deste mecanismo, pois quando administrada ela já começa com ação semelhante ao hormônio natural. Logo após o medicamento ser administrado, de forma subcutânea, ação de maneira demorada e relacionada a três tipos de mecanismos: primeiro e a autossociacao, que determina que ocorra absorção de maneira lenta, também ocorre ligação com albumina e conferindo grande estabilidade enzimática relacionada as enzimas dipeptidilptidase IV (DPPIV) e endopeptidase neutro (NEP) o que confere maior meia vida plasmática (LIRAGLUTIDA, 2011b). Figura 9: Mecanismo de ação liraglutida
  • 38. 37 Fonte: VICTOZA VOLTA A SER COMERCIALIZADO, 2012. O mecanismo de ação da liraglutida e intercedida através de influencia exclusiva com receptores de GLP-1, induzindo ao aumento no monofosfato de adenosina cíclico (AMPc).Este medicamento instiga a secreção da insulina de maneira dependente de glicose e alivia a função das células beta. Ao mesmo tempo, a liraglutida restringe a secreção inconvenientemente alta de glucagon também de maneira glicose-dependente. O mecanismo de diminuição da glicose sanguínea ainda abrange uma baixa redução do esvaziamento gástrico (LIRAGLUTIDA, 2011b). 1.4.2.3 Indicação
  • 39. 38 A liraglutida e utilizada como adjuvante para o tratamento de Diabetes Mellitus tipo 2, para que não se tenha elevação da glicemia nestes pacientes , e administrada juntamente com outros antidiabéticos orais tais como: cloridrato de metformina, sulfonilureias ou uma tiazollidinediona, e administrada uma vez ao dia denominada como monoterapia ou como tratamento combinado com estes outros fármacos (BRASIL, 2011b). Este fármaco tem o seu tempo de meia vida longo de aproximadamente 13 horas, e sua absorção e lenta, por isso o paciente tem mais comodidade ao tratamento, pois há sua administração e uma vez ao dia, diferentes de outros fármacos (LIRAGLUTIDA, 2011b). A liraglutida por ser associadas a outros fármacos como, por exemplo, o cloridrato de metformina para o melhor controle glicêmico e a sulfonilureias utilizadas como monoterapias pra controle insuficiente da glicemia (LIRAGLUTIDA, 2011b). Este medicamento foi constatado que auxilia a diminuição da pressão arterial sistólica e provocado antes que se tenha alguma redução de peso (LIRAGLUTIDA, 2011b). 1.4.2.4 Métodos de administração A administração de liraglutida se faz uma vez ao dia, e aconselhável que se administre todos os dias no mesmo horário independente se for perto das refeições, e uma fármaco injetável de aplicação subcutânea nas seguintes partes do corpo: coxa, parte superior do braço e no abdômen. E proibido a administração por via intramuscular ou intravenosa (LIRAGLUTIDA, 2011b). Para que a liraglutida seja utilizada não pode estar congelada e a sua aparência tem que ser necessariamente límpida e incolor. De acordo com as exigências deve-se ter atenção para que se descarte as agulhas de aplicação toda vez que se administrar uma dose, pois cada aplicação deve-se ter uma agulha para que não haja contaminação ou vazamento para que não corra o risco de que a dose esteja errada (LIRAGLUTIDA, 2011b). O aparelho de aplicação da liraglutida vem com 18mg do fármaco, as doses alteram com a necessidade do paciente, começando com 0,6mg mais se a dose não surtir efeito necessário dentro de uma semana, deve se ajustar a dose para 1,2mg
  • 40. 39 nesta dosagem a maioria dos pacientes não se tem necessidade de se ajustar para uma outra dose, mesmo porque a dosagem de 1,8mg não e aconselhável a sua utilização mais se for de necessidade do paciente deve ter muita cautela (BULA VICTOZA, 2012; LIRAGLUTIDA, 2012b). Figura 10: Sistema de aplicação da liraglutida Fonte: BULA VICTOZA, 2012. 1.4.2.5 Interações medicamentosas A liraglutida apresentou percentual de interações medicamentosas menor com fármacos que tenham em sua composição substancias relacionada ao cito cromo P450 e que são ligadas as proteínas plasmáticas. Com a ação da liraglutida no esvaziamento gástrico faz com que contribuir na absorção de fármacos administrados associado por via oral. Com relação a fatores que prejudique a absorção da liraglutida, foi relatada a diarreia aguda, com isso a eliminação do fármaco seria mais rápida prejudicando a absorção (LIRAGLUTIDA, 2011b). Quando a liraglutida e utilizada concomitantemente com o paracetamol, atorvastatina, griseofulvina, digoxina, lisinopril e contraceptivos orais, não e diagnosticado interações significativa de ambas as partes, porem há diminuição relacionando ao seu tempo máximo (tmax) de permanência desses fármacos no organismo como também sua concentração máxima (cmax), mesmo com essas
  • 41. 40 alterações, não se há diagnostico de efeitos malefício, nem diminuição da eficácia de nenhum fármaco citado (LIRAGLUTIDA, 2011b). 1.4.2.6 Questões relacionadas com a segurança Os efeitos adversos mais corriqueiros observados foram náuseas, vômitos, diarreias, dor abdominal, dispepsia, prisão de ventre, doenças gastro intestinais, dores de cabeça, tontura, dores nas costas e hipertensão (LIRAGLUTIDA, 2012). Pancreatite: A utilização de hormônios com características parecidas ao GLP-1 esta correlacionado com o surgimento de pancreatite, foi relatado em pacientes à pancreatite aguda e hemorragias necrotizantes (LIRAGLUTIDA, 2012a); (LIRAGLUTIDA, 2011b). Tireoide: A utilização de liraglutida em pacientes que já tem a tireoide e que eleva o bócio, neoplasmas tireoidianas e aumento calcitonina sanguínea (LIRAGLUTIDA, 2011b). Hipoglicemia: Os pacientes que utiliza a liraglutida em associação com as sulfonilureias pode ocasionar grande elevação de açúcar no sangue, fazendo com que o paciente tenha uma hipoglicemia, o paciente que tiver uma hipoglicemia não e aconselhado a dirigir e nem operar qualquer outro tipo de maquinas (LIRAGLUTIDA, 2011b). Imunogenicidade: Por agentes característicos imogenicos dos fármacos que contem peptídeos ou proteínas, os pacientes aumentaram o desenvolvimento de anticorpos anti-liraglutida depois da terapêutica empregada. Com relação aos anticorpos aumentados, não quer dizer que se prejudique a eficiência do fármaco, pode ser devido a contaminações como resultados secundários muito comuns, injeções urinaria, nasofaringite, sinusite (LIRAGLUTIDA, 2011b). Renal: O fármaco liraglutida não e aconselhável a sua utilização para pacientes com incapacidade renal aguda e crônica, pois poderá agravar o seu quadro clínico (LIRAGLUTIDA, 2011).
  • 42. 41 Figura 11: Reações adversas da liraglutida Reação Adversa Incidência SNC Cefaléias 9% Tonturas 6% Gastrintestinais Náusea 28% Diarréia 17% Vômitos 11% Constipação 10% Respiratórios Infecção do trato respiratório superior 10% Sinusite 6% Nasofaringite 5% Diversos Influenza 7% Infecções do trato urinário 6% Dor nas costas 5% Hipertensão 3% Testes laboratoriais Bilirrubina elevada 4% Fonte: LIRAGLUTIDA, 2011b. 1.4.2.7 Farmacocinética A liraglutida tem o seu tempo de permanência de 24 h, atuando no controle glicêmico, na glicemia em jejum fazendo com que ela diminui e em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2, atuando na pós- prandial (LIRAGLUTIDA, 2011b). A liraglutida contribui para um alargamento na secreção de insulina semelhante ao aumento das concentrações de glicose. Utilizando uma infusão de
  • 43. 42 glicose escalonada gradual, a taxa de secreção de insulina aumentou após uma exclusiva dose de liraglutida tanto em pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 quando em pacientes saudáveis (LIRAGLUTIDA, 2011b). Absorção: O absorvimento da liraglutida depois de ser administrada alcança o tempo Maximo de 8-12 h no organismo, este fármaco tem ação lenta. Distribuição: Com a administração da liraglutida ela atinge uma distribuição de 11 a 17 litros, por via subcutânea, enquanto se fosse administrada por via intravenosa teria uma distribuição de apenas 0,07 L/kg. A liraglutida tem uma vasta ligação a proteínas plasmáticas (LIRAGLUTIDA, 2011b). Metabolismo: O metabolismo da liraglutida e endógena de forma análoga as proteínas maiores, mais não tem um órgão especifico de eliminação (LIRAGLUTIDA, 2011b). Eliminação: A liraglutida e excretada pela urina e nas fezes tem uma depuração plasmática de aproximadamente de 1,2 L/h, o seu tempo de meia-vida e de 13 h no organismo (LIRAGLUTIDA, 2011b). 1.5. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 1.5.1 Tratamento do diabetes Mellitus tipo 2 O uso de medicações está sendo indicado para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2, quando a dieta e o aumento da atividade física não estiverem sendo suficientes para um bom resultado, ou seja, não está havendo controle glicêmico (ARAÚJO; BRITTO; PORTO DA CRUZ, 2000). O tratamento da Diabetes Mellitus com o cloridrato de metformina já é antigo. Recentemente é que foram lançados novos medicamentos, como a liraglutida, que tem um novo mecanismo de ação (ALFONSO; ARIZA, 2008) 1.5.1.1 Cloridrato de Metformina O cloridrato de metformina é um medicamento da classe das biguanidas, sendo esta a classe mais utilizada para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2, por
  • 44. 43 ser uma classe que apresenta menor número de efeitos colaterais (ARAÚJO; BRITTO; PORTO DA CRUZ, 2000). Tem como mecanismo de ação a inibição da gliconeogênese hepática, que é decorrente da redução da resistência à insulina no fígado, onde reduz principalmente a glicemia de jejum. Por estimular uma captação de glicose nos tecidos periféricos, esta medicação não eleva os níveis séricos de insulina e não se associa à hipoglicemia (WEINERT; CHEUICHE; SILVEIRO, 2011). Estudos mostram que o controle glicêmico feito pelo uso do cloridrato de metformina reduz os riscos de doenças cardiovasculares e também a mortalidade que esta relacionada com a DM (Diabetes Mellitus). O cloridrato de metformina é encontrado em forma de comprimidos de 500mg a 800mg, e deve ser administrada após as refeições para que assim se reduza os efeitos gastrointestinais. Seus efeitos colaterais consistem em diarreias, gosto metálico na boca e náuseas (ARAÚJO; BRITTO; PORTO DA CRUZ, 2000). Há relatos, de que o cloridrato de metformina pode causar uma deficiência de absorção da vitamina B12 (WEINERT; CHEUICHE; SILVEIRO, 2011). Quanto aos efeitos antagônicos graves, a acidose lática é um episódio raro e sucede quase excepcionalmente em pacientes de risco, tais como portadores de insuficiência renal grave, insuficiência cardíaca congestiva descompensada e insuficiência hepática e pulmonar (ARAÚJO; BRITTO; PORTO DA CRUZ, 2000). 1.5.1.2 Liraglutida Os glucagon-like peptídeo 1 (GLP-1) é um dos peptídeos que se encontram no intestino, que tem como função aumentar a secreção de insulina em resposta á ingestão de nutrientes (ALFONSO; ARIZA, 2008). O GLP-1 faz o estimulo da secreção de insulina, retarda o esvaziamento gástrico e reduz o apetite, e seu principal efeito ocorre na glicemia pós-prandial (WEINERT; CHEUICHE; SILVEIRO, 2011). Estas suas ações são produzidas quando ligado a sua proteína G do receptor acoplado (GLP-1R), que está localizado em vários tecidos (ALFONSO; ARIZA, 2008).
  • 45. 44 Contudo, a meia-vida do GLP-1 é muito curta, chega a ser menor do que 3 minutos devido ser deteriorado pela enzima dipeptidilpeptidase 4 (DPP-IV) (ENTENDENDO A LIRAGLUTIDA, 2012). A liraglutida é um análogo de GLP-1, e é resistente à inativação pela DPP-IV (ALFONSO; ARIZA, 2008). A liraglutida é usada para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2. Tem mecanismo de ação parecido ao GLP-1, porém com máxima potência e maior tempo de meia vida (ENTENDENDO A LIRAGLUTIDA, 2012). Apresenta meia-vida de aproximadamente 13 horas (FARIA et al., 2010). Esta medicação tem como vantagem a sua posologia, que é de apenas uma aplicação ao dia (WEINERT; CHEUICHE; SILVEIRO, 2011). Tem como efeito adverso casos intestinais, como diarreias e náuseas (ALFONSO; ARIZA, 2008). Um enorme benefício do seu uso é o desempenho glicose-dependente, ou seja, ele age exclusivamente quando os níveis de glicose no sangue ficam acima do habitual (ENTENDENDO A LIRAGLUTIDA, 2012). 1.5.2 Tratamento da obesidade com medicamentos Ultimamente, o tratamento farmacológico para obesidade tem passado por uma grande transformação, onde ocorre o surgimento de várias novas drogas com diferentes mecanismos de ação (FARIA et al., 2010). A obesidade também aumenta o risco de incidência da Diabetes Mellitus tipo 2 (FUJISHIMA, 2012). 1.5.2.1 Cloridrato de Metformina O cloridrato de metformina se tornou uma novidade no arsenal medicamentoso contra a obesidade. É um medicamento que promove tanto a perda de peso quanto a redução da gordura visceral (BUCHALLA, 2006). Ela é comumente utilizada como um tratamento primário ou adjuvante em obesos. Porém ainda não ficou evidente o real efeito desta droga que faça com que o peso corporal seja reduzido. Não se sabe ao certo, se esta ação esta associada
  • 46. 45 com alterações na composição corporal ou a sensibilidade à insulina (BUCHALLA, 2006). A perda de peso proporcionada pelo cloridrato de metformina varia de 5% a 7% do peso inicial, e a redução da circunferência abdominal pode chegar a 3 centímetros. Por mais que o cloridrato de metformina não apresente efeitos adversos tão severos, ainda é necessário verificar sua segurança em pacientes que não tem diabetes. De acordo com os endocrinologistas a insulina é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da obesidade (BUCHALLA, 2006). Foi observado que a adição do cloridrato de metformina, juntamente com dieta e exercícios físicos, resulta em uma melhoria significativa do IMC (Índice de massa corporal) (WILSON, 2010). 1.5.2.2 Liraglutida A liraglutida tem propriedades farmacêuticas como antidiabético e anorexiante. É um composto que facilita o controle do peso corporal, sendo então útil no tratamento da obesidade (HALPERN; MANCINI, 2006). Além de ser uma agente promissora no tratamento de Diabetes Mellitus tipo 2, a liraglutida também é considerada como um ótimo tratamento para a obesidade (FUJISHIMA, 2012). Analisando a potencialidade da medicação como adjuvante no tratamento da obesidade, mesmo em pacientes não diabéticos, ampliou-se o número de análises para avaliar a eficácia, garantia e tolerância da liraglutida na terapêutica de pacientes obesos não diabéticos. A perda de peso que ocorre com o uso da liraglutida está provavelmente relacionada a uma combinação de efeitos no trato gastrointestinal (TGI) e no cérebro. O GLP-1 quando ativo inibe o apetite, tanto em pessoas normais quanto em obesos, além de retardar o esvaziamento gástrico (FARIA et al., 2010). Em estudos realizados, a liraglutida utilizada em longo prazo, reduziu significativamente o peso corporal e a adiposidade visceral de gordura, tanto de uma forma direta quanto indiretamente. Além de tudo, a liraglutida reduz a necessidade de ingestão de gordura (FUJISHIMA, 2012).
  • 47. 46 1.6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MEDICAMENTOS 1.6.1 Cloridrato de Metformina Como fato primordial dentre as vantagens do cloridrato de metformina, esta seu baixo custo para obtenção, além de sua capacidade em aumentar significativamente a sensibilidade do hormônio insulina nos tecidos periféricos, como foco principal no fígado, o fato de ela conseguir diminuir a glicemia sanguínea se da pelo evento da diminuição na produção hepática da glicose, dentre suas significativas vantagens ainda se pode destacar que esta biguanida não causa hipoglicemia, além de reduzir à insulinêmica. É geralmente indicada para pacientes já obesos, por não se associar a ganho de peso, e sim ao contrario, a perda de peso, mesmo que em baixa quantidade, e com isso ajudar na redução relacionada ao perfil lipídico, como também nos índices pressóricos, sendo a única medicação capaz de abaixar significativamente as chances de complicações cardiovasculares em pacientes já obesos, além do infarto do miocárdio (DIAGNÓSTICO, 2012; SILVA, 2012). Suas únicas desvantagens esta em efeitos adversos, tais como desconforto gastrointestinal, incluindo diarreia, vômitos, desconforto abdominal, mais apenas 5% dos pacientes não fazem uso desta medicação por não tolerar sua composição, incluindo também pacientes com disfunção renal, o que facilita a formação de acidose láctica, mais em muitas vezes rara, pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, e com doença hepática crônica (DIAGNÓSTICO, 2012; SILVA, 2012). 1.6.2 Liraglutida A primeira e mais especifica vantagem em relação a liraglutida, é por ser um análogo de um hormônio já produzido no corpo humano, com características 97% idênticas, o que facilita sua ação através do reconhecimento pelos receptores das membranas celulares (KNUDSEN et al., 2003).
  • 48. 47 Sua administração é necessária apenas uma vez ao dia, através de injeção subcutânea, seu tempo de ação perdura por mais tempo, ate mesmo que o hormônio já produzido pelo corpo, sua duração é entorno de 12 horas, devido a alterações estruturais, que a tornam resistente à inibição pela enzima DDP-IV, devido à adição de um acido gordo, permitindo à ligação não covalente a albumina (HUUSFELDT et al., 2002). Auxilia ainda na perda de peso, através da demora do esvaziamento gástrico, o que produz uma maior saciedade, refletindo na diminuição da massa visceral e subcutânea, e grande aumento na massa magra, melhora controle glicêmico, e auxilia o aumento da secreção de insulina. Dentre suas desvantagens pode-se destacar principalmente seu elevado custo, além de que sua melhora como terapêutica no controle glicêmico se obtém através de combinação com outros hipoglicemiantes orais, especialmente com o cloridrato de metformina, o que deduz que como monoterapia obtém benefícios, mais não grandiosos como em associação. Seus efeitos adversos persistem durante as 8 primeiras semanas de tratamento, e 5% dos pacientes abandonam o tratamento devido a eles (KNUDSEN et al., 2003; HUUSFELDT et al., 2002; ANDREANI et al., 2009).
  • 49. 48 2 MÉTODOS 2.1 TIPO DE PESQUISA O método da pesquisa utilizada neste trabalho é caracterizado como pesquisa bibliográfica. Esta pesquisa representa a “coleta e armazenagem de dados de entrada para a revisão, processando-se mediante levantamento das publicações existentes sobre o assunto ou problema em estudo, seleção, leitura e fechamento das informações relevantes”. 2.2 SELEÇÃO DA BIBLIOGRAFIA O conteúdo bibliográfico foi selecionado em bibliotecas através de livros, obras de referência, periódicos científicos, na Internet através das seguintes bases de dados como Scielo, Pubmed e Google Acadêmico com as palavras-chave cloridrato de metformina, liraglutida, Diabetes Mellitus tipo 2 e Obesidade.
  • 50. 49 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através das pesquisas e estudos realizados neste trabalho, e fato de que os medicamentos, tanto o cloridrato de metformina quanto a liraglutida, tem especificado em suas indicações, como medicamentos específicos para o tratamento da doença Diabetes Mellitus, no caso da liraglutida somente para o tipo 2 e já o cloridrato de metformina seja do tipo 1 como coadjuvante no tratamento com a insulina, ou no tipo 2, utilizadas em monoterapia ou juntamente com outros anti- hipoglicemiantes orais, não havendo em lugar alguma indicação absoluta ou própria para tratamento da obesidade. Pelo fato de estes medicamentos, ocasionarem efeitos colaterais, dentre eles a demora do esvaziamento gástrico, mantendo desta maneira o paciente que faz utilização desta medicação, saciado por um período maior de tempo, sendo assim o paciente obtém um beneficio uma pequena mais considerável perda de peso, o que vem ajudando para que as pessoas os confundam com medicamentos anoréticos. Os meios de comunicação, em especial a televisão e revistas têm infinitos poderes de cativar seus consumidores, ao ponto de incentivar a compra de produtos demonstrados em suas dependências, o que se torna maléficos em relação ao medicamento liraglutida com propagandas não verídicas em relação ao “potencial anorético”, o que incentivou pessoas obesas a se automedicarem, com esperança de que o medicamento resolvesse seu problema, não procurando nem mesmo a orientação medica, fazendo a automedicação. Com base nos materiais estudados neste trabalho, constatamos que há uma perda de peso com a utilização destes medicamentos, porém com pouca eficiência como citados nas propagandas mencionando que são medicamentos milagrosos. Esses perde de peso se tem, pois estes medicamentos atuam no SNC no centro da saciedade fazendo que o paciente tenha uma redução do apetite, atuam também no trato digestivo fazendo que se tenha um retardamento no esvaziamento gástrico. Com isso concluímos que estes medicamentos são eficazes para uma pequena perda de peso, para pacientes que pretendem ter uma perda de peso muito grande não ter muita eficácia com estes medicamentos, e se deve ter uma cautela, pois a indicação destes medicamentos não é pra este tipo de tratamento podendo ocasionar problemas indesejáveis.
  • 51. 50 REFERÊNCIAS ALFONSO, J. E. F.; ARIZA, I. D. S. Nuevas terapias en diabetes: más allá de la insulina inyectable y de los antidiabéticos orales. Revista da Associação Médica Brasileira.[online]. 2008, v.54, n.5, p. 447-454. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 42302008000500020&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso em: 24 out. 2012. ANDRADE, O. V. B.; IHARA, F. O.; TROSTER, E. J. Acidose metabólica na infância: por que, quando e como tratá-la?. Jornal de Pediatria (Rio J.), Porto Alegre, v. 83, n.2, Maio 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021- 75572007000300003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 out. 2012. ANDREANI, T. et al. Miméticos do “Glucagon-Like Peptide-1” (GLP-1) e o seu Potencial Farmacêutico no Controlo da Diabetes Tipo 2 e da Obesidade. Revista da Faculdade de Ciências da Saúde. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa, n.9, p.102, 2009. ARAÚJO, L. M. B.; BRITTO, M. M. S.; PORTO DA CRUZ, T. R. Tratamento do diabetes mellitus do tipo 2: novas opções. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabólica, São Paulo, v.44, n.6, Dec. 2000 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004- 27302000000600011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 out. 2012. BAILEY, C. J. Biguanides and NIDDM. Diabetes Care, v.15, p.755-772, 1992. BAILEY, C. J. Metformin: an update. General Pharmacology, v.24, p.1299-1309, 1993. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Bula Glifage® XR. 2012a. Disponível em: < http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/BM/BM[25887-1- 0].PDF> . Acesso em: 15 out. 2012. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA - Risco de acidose lática com o uso da metformina, principalmente na presença de contra- indicações absolutas tais como: Insuficiência Cardíaca Congestiva e Disfunção Renal. 2012b. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/busca/!ut/p/c5/jZDJboNADIafhQ eIxqFhKEcyLMMSlhTCckEQAkUQoCVqRzx9QOo1qPbJ- vXZ8odStHSf_zR1_miGPu9QjFKcWT41dABecoN3BYxDcKaSRVxtv1_yBGfwomRYa aLL9CDay4yPBAxdcLDguwDuH_0y5_9ze2P7Nm2itO6GYvkxUq4tUwa5VlTlPM1H6 GjBm-6gN6pJCv- UeLZw8t7aqpRYIIoDkRNghZdO9az4bHcZfe2760mFx6aPXFX7KvmYlz5CWpYX9gt OGcBjZ0- qY8kdte0r83CRfdKQQ9Hqe9vAmm_4dehwv6HxHobxfGsrmeOeNybe4g!!/?1dmy&uri le=wcm%3apath%3a//Anvisa%20Portal/Anvisa/Pos%20-%20Comercializacao%20- %20Pos%20- %20Uso/Farmacovigilancia/Publicacoes%20Farmacovigilancia/Informe%20SNVS%2
  • 52. 51 0Anvisa%20UFARM%20n%208%20de%2022%20de%20julho%20de%202002>. Acesso em: 09 set. 2012. BRASIL. Portal Saúde. Anvisa reforça esclarecimentos sobre medicamento Victoza. 2012c. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/clipping_101112092011.pdf>. Acesso em: 08 ago. 2012. BRASIL. Portal Saúde. Farmácia Popular: mais um medicamento gratuito para diabéticos. 2012d. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoti cia&id_area=124&CO_NOTICIA=12204>. Acesso em: 05 set. 2012. BUCHALLA, A. P. Remédio tradicional contra o diabetes, a metformina agora é usada para emagrecer. 1961 ed. Revista VEJA, 2006. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/210606/p_103.html>. Acesso em: 24 out. 2012. BULA VICTOZA. Mundo do Diabetes. Disponível em: <http://www.mudandodiabetes.com.br/mudandodiabetes/download/Victoza-bula- paciente.pdf>. Acesso em: 18 set. 2012. CAFFATARATTI, M.; REAL, J. P.; Eficácia e segurança da liraglutide. El Boletín CIME-UNC és una publicación del Centro de Información de Medicamentos. Disponível em: <http://www.colfacor.org.ar/cien/Documentacion/LIRAGLUTIDA%20FINAL%20FEBR ERO%2015-02-2012.pdf>. Acesso em: 18 set. 2012. CHARA, A. R.; ZANELLA, M. T. Atualização terapêutica, manual pratico de diagnostico. Durval Rosa Borges Hannaa, 2007. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE O DIABETES. Novo Nordisk. Disponível em: <www.novonordisk.com.br/documents/ariclepage/document/midiaconceitosbasicosdi abetessobre.asp>. Acessado em: 18 set. 2012. DIABETES TIPO 1. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: < http://www.diabetes.org.br/diabetes-tipo-1>. Acesso em: 15 out. 2012. DIABETES TIPO 2. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: < http://www.diabetes.org.br/diabetes-tipo-2>. Acesso em: 15 out. 2012. DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE. Minha Vida. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/materias/1556-diagnostico-da-obesidade>. Acesso em: 16 set. 2012. DIAGNÓSTICO e Classificação do Diabetes Mellitus e Tratamento do Diabetes Mellitus Tipo 2.Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: < http://www.pncq.org.br/participantes/doc/consenso.pdf>. Acesso em: 16 out. 2012.
  • 53. 52 ENTENDENDO A LIRAGLUTIDA, o princípio ativo do fármaco victoza. Bioquímica da Obesidade. Disponível em: <http://obesidade2012.wordpress.com/2012/06/17/entendendo-a-liraglutida-o- principio-ativo-do-farmaco-victoza/>. Acesso em: 24 out. 2012. FARIA, A. M. et al. Progressos recentes e novas perspectivas em farmacoterapia da obesidade. São Paulo: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 54, 2010. FARIA, A. N. et al. Tratamento de Diabetes e Hipertensão no Paciente Obeso. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabólica v.46 n.2 São Paulo, 2002. Disponível em: <http://www.andsonmenezes.com.br/artigos/Tratamento_Diabetes_Hipertensao.pdf> . Acesso em: 05 set. 2012. FARMACOPÉIA Brasileira. 5. ed. Brasília: 2010. 845 p. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/farmacopeia_volume_2_2803. pdf>. Acesso em: 09 out. 2012. FELLIPE JUNIOR, J. O tratamento da hipertensão arterial com metformina reduz a pressão arterial sem o emprego de antihipertensivos, porque ocorre diminuição da resistência periférica à insulina. Associação Brasileira de Medicina Biomolecular e Nutrigenômica. 2005. Disponível em: <http://www.medicinabiomolecular.com.br/biblioteca/pdfs/Doencas/do-0403.pdf>. Acesso em: 09 out. 2012. FERREIRA, C. B. N. D. et al . Efeitos da administração de metformina sobre a pressão arterial e o metabolismo glicídico de ratos espontaneamente hipertensos tornados obesos pela injeção neonatal de glutamato monossódico. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, São Paulo, v. 53, n. 4, June 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004- 27302009000400004&script=sci_arttext>. Acesso em: 13 ago. 2012. FERREIRA, S. Sobrepeso e Obesidade em escolares de 7 a 10 anos de idade em Uba-MG, Universidade Federal de Viçoca, Minas Gerais, Brasil, 2006. Disponível em: <http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/34/TDE-2007-04- 18T082059Z-454/Publico/texto%20completo.pdf> Acessado em: 14 de ago. de 2012. FILIZOLA, R. G; SOUZA JUNIOR, E. L.; NASCIMENTO, A. X. Metformina – caracterização bioquímica, mecanismo de ação, indicações e contra-indicações na síndrome diabética. Ciência Cultura Saúde, v.14, p.14-19, 1995. FORTINI, A. S. Avaliação da Função Renal. Universidade de São Paulo. Disponível em: < http://www5.usp.br/?s=fun%E7ao%20dos%20rins&busca=g>. Acesso em: 10 out. 2012.
  • 54. 53 FUJISHIMA, Y. et al. Efficacy of liraglutide, a glucagon-like peptide-1 (GLP-1) analogue, on body weight, eating behavior, and glycemic control, in Japanese obese type 2 diabetes. 14 Setembro de 2012. Artigos de Diabetologia Cardiovascular. Disponível em: < http://europepmc.org/articles/PMC3459720/reload=0;jsessionid=DepfvF1pMbF5WwL EVJzx.6>. Acesso em: 13 ago. 2012. GALEGA. BioPix - Fotos de fauna y naturaleza. Disponível em: <http://www.biopix.es/galega-galega-officinalis_photo-70116.aspx>. Acesso em: 10 set. 2012. GIJS, W. D. Metformin associated with lower cancer mortality in type 2 diabetes. Diabetes Care, v.33, p.322-326, 2010. GLP-1 (GLUCAGON-LIKE PEPTIDE 1). Obesidade. Disponível em: <http://obesidadeblog.blogspot.com.br/2011/11/glp-1-glucagon-like-peptide-1.html>. Acesso em: 22 out. 2012. GRUPO OTIMISMO DE APOIO A PORTADORES DE HEPATITE C. As transaminases. Disponível em: <http://hepato.com/p_transaminases/transaminases_20010512.html>. Acesso em: 10 out. 2012. GODOY, M. F. et al. Doença coronária obstrutiva em hepatopatas crônicos que aguardam transplante hepático. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.96, n.1, Jan. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066- 782X2011000100006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 out. 2012. HALPERN, A.; MANCINI, M. C. Perspectivas no tratamento medicamentoso da obesidade. São Paulo: Einstein, p.66-70, 2006. HIPERTENSÃO ARTERIAL. abc.med.br. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/hipertensao-arterial/22140/hipertensao+arterial.htm>. Acesso em: 05 set. 2012. HISTÓRIA DA METFORMINA. News medical. Disponível em: http://www.news- medical.net/health/Metformin-History-%28Portuguese%29.aspx>. Acesso em: 10 set. 2012 HOLLENBECK, C. B. et al. Effects of metformin on glucose, insulin andlipid metabolism in patients with mild hypertriglyceridemia and non-insulin dependent diabetes by glucose tolerance test criteria. Diabetes Metabolica, v.17, p.483-489, 1991. HUUSFELDT, P. O. et al. The pharmacokinetics, pharmacodynamics, safety and tolerability of NN2211, a new longacting GLP-1 derivative, in healthy men. Diabetologia. v.45, p.195-202, 2002.