2. Definições – Disposição final
A técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos
no solo em aterros sanitários pode ser executada
de diversas maneiras: lixão, aterro controlado,
aterro sanitário, valas etc.
Definições iniciais para cada uma destas disposições.
3. Definições - Lixão
Lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos
sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem
nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o
chorume (líquido preto que escorre dos resíduos). Este
penetra pela terra levando substancias contaminantes
para o solo e para o lençol freático. Moscas, pássaros
e ratos convivem com os resíduos livremente no lixão a
céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e
adultos catam comida e materiais recicláveis para
vender. No lixão os resíduos ficam expostos sem
nenhum procedimento que evite as conseqüências
ambientais e sociais negativas
5. Definição – Aterro Controlado
Aterro controlado é uma fase intermediária entre o lixão e o
aterro sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao
lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu cobertura de
argila, e grama (idealmente selado com manta
impermeável para proteger a pilha da água de chuva) e
captação de chorume e gás. Esta célula adjacente é
preparada
para
receber
resíduos
com
uma
impermeabilização com manta e tem uma operação que
procura dar conta dos impactos negativos tais como a
cobertura diária da pilha de resíduos com terra ou outro
material disponível como forração ou saibro. Tem também
recirculação do chorume que é coletado e levado para
cima da pilha de resíduos, diminuindo a sua absorção pela
terra ou eventuamente outro tipo de tratamento para o
chorume como uma estação de tratamento para este
efluente.
7. Definição – Aterro Sanitário
Aterro sanitário que antes de iniciar a disposição dos resíduos
teve o terreno preparado previamente com o nivelamento
de terra e com o selamento da base com argila e mantas
de PVC, esta extremamente resistente. Desta forma, com
essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será
contaminado pelo chorume. Este é coletado através de
drenos de PEAD, encaminhados para o poço de acumulação
de onde, nos seis primeiros meses de operação é
recirculado sobre a massa de resíduos aterrada. Depois
desses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são
adequados para tratamento, o chorume acumulado será
encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. A
operação do aterro sanitário, assim como a do aterro
controlado prevê a cobertura diária dos resíduos, não
ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição
visual.
9. Definição - Aterro sanitário em valas
O aterro sanitário em valas é uma técnica para a
disposição de resíduos urbanos no solo, em
municípios de pequeno porte, onde a produção
diária de resíduos não deve ultrapassar 10 (dez)
toneladas.
O confinamento dos resíduos sem compactação
impede o aproveitamento integral da área a ser
aterrada.
11. Os resíduos no Brasil e no Mundo
Estima-se que a população mundial, hoje é de mais
de 6,6 bilhões de habitantes, esteja gerando entre
2 e 3 bilhões de toneladas de resíduos por ano.
A composição e a quantidade de resíduos urbano
gerado
variam
conforme
o
nível
de
desenvolvimento dos países. Em média, por
exemplo, o brasileiro produz cerca da metade de
resíduos gerado pelos britânicos, pelos alemães e
pelos italianos.
12. Os resíduos no Brasil e no Mundo
Nos países desenvolvidos, é maior a taxa global de
reciclagem. Enquanto a Suécia, por exemplo,
recupera 43,6% do resíduo gerado e os Estados
Unidos recicla 32%, o índice no Brasil é de 12% e
na Colômbia e Argentina, de apenas 5%.
adolescentes.pbworks.com
13. Os resíduos no Brasil e no Mundo
Nas nações desenvolvidas, embora os aterros
sanitários sejam importantes na solução de
destinação final dos resíduos, parte considerável
dos resíduos é incinerada com recuperação
energética ou encaminhado para compostagem e
reciclagem. Na Alemanha, por exemplo, apenas
4kg por habitantes vão anualmente para aterros.
Na Suécia essa quantidade é de 25Kg. No Brasil,
os aterros e lixões recebem 251kg de resíduos
gerado por habitante ao ano.
14. Geração de Resíduos no Brasil
A geração de resíduos sólidos domiciliares no Brasil é de
cerca de 0,6kg/hab./dia e mais 0,3kg/hab./dia de
resíduos de varrição, limpeza de logradouros e
entulhos.
Algumas cidades, especialmente nas regiões Sul e Sudeste
– como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba –,
alcançam índices de produção mais elevados, podendo
chegar a 1,3kg/hab./dia, considerando todos os
resíduos manipulados pelos serviços de limpeza urbana
(domiciliares, comerciais, de limpeza de logradouros,
de serviços de saúde e entulhos).
15. Coleta de Resíduos no Brasil
Devido à pressão exercida pela população e pelo
comércio em muitas localidades a coleta dos resíduos é
executada com regularidade. Porém, essa pressão tem
geralmente um efeito seletivo, prioriza os setores
comerciais, as unidades de saúde e o atendimento à
população de renda mais alta.
A expansão da cobertura dos serviços raramente alcança
as áreas realmente carentes, até porque a ausência de
infraestrutura viária exige a adoção de sistemas
alternativos, que apresentam baixa eficiência e,
portanto, custo mais elevado
16. Coleta de Resíduos
A coleta de resíduos é o segmento que:
- Mais se desenvolveu dentro do sistema de limpeza
urbana;
- É
o que apresenta maior abrangência de
atendimento junto à população;
- É a atividade do sistema que demanda maior
percentual
de
recursos
por
parte
da
municipalidade.
17. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – RSU
A geração de RSU no Brasil registrou crescimento de
1,8%, de 2010 para 2011, índice percentual que é
superior à taxa de crescimento populacional urbano do
país, que foi de 0,9% no mesmo período. O aumento
observado, segue tendência constatada nos anos
anteriores, porém em ritmo menor.
A comparação entre a quantidade total gerada e a
quantidade total coletada, mostra que 6,4 milhões de
toneladas de RSU deixaram de ser coletadas no ano
de 2011 e, por consequência, tiveram destino
impróprio.
19. Coleta de RSU no Brasil
Na comparação entre o índice de crescimento da
geração de RSU com o índice de crescimento da
coleta, percebe-se que este último foi ligeiramente
maior do que o primeiro, o que demonstra um
discreto aumento na cobertura dos serviços de
coleta de RSU no país.
22. Destinação final dos RSU coletados no
Brasil
Conforme observado, em termos percentuais houve uma singela evolução na
destinação final ambientalmente adequada de RSU, em comparação ao ano de
2010. No entanto, em termos quantitativos, a destinação inadequada cresceu
1,4%, o que representa 23,3 milhões de toneladas de RSU dispostos em lixões e
aterros controlados.
23. Recursos Aplicados na Coleta de RSU e Demais
Serviços de Limpeza Urbana
A análise dos dados nos permite constatar uma
variação na aplicação de recursos nas diferentes
regiões do país e demonstram uma pequena
evolução na média nacional.
24. Coleta de Resíduos de Construção e
Demolição (RCD)
Os municípios coletaram mais de 33 milhões de
toneladas de RCD em 2011, um aumento de 7,2%
em relação a 2010. As quantidades apresentadas
são expressivas, o que ratifica a situação já
evidenciada em anos anteriores, demandando
atenção especial dos municípios na gestão desses
resíduos, visto que as quantidades reais são ainda
maiores já que a responsabilidade para com os
RCD é dos respectivos geradores, que nem
sempre informam às autoridades os volumes de
resíduos sob sua gestão.
25. Total de RCD Coletados por Região e
Brasil em 2010 e 2011
26. Resíduos De Serviços De Saúde – RSS
As Resoluções federais atribuem aos geradores a
responsabilidade pelo tratamento e destinação
final dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS). Por
esta razão, a maior parte dos municípios
brasileiros, que possuem unidades públicas de
saúde, coleta e dá destinação final apenas para os
resíduos gerados por tais estabelecimentos.
27. Quantidade de RSS Coletadas pelos Municípios
Distribuídos por Região e Brasil
28. Destinação Final dos RSS Coletados
pelos Municípios
Como os municípios destinam os resíduos coletados em
2011, o que deve servir de alerta aos organismos
responsáveis pela saúde pública e à própria
sociedade sobre esta importante revelação, porém
preocupante questão de saúde pública.
29. Coleta Seletiva e Reciclagem
Em 2011, dos 5.565 municípios, 3.263 (58,6%)
indicaram a existência de iniciativas de coleta
seletiva. Embora a quantidade de municípios com
atividades de coleta seletiva seja expressiva, é
importante considerar que muitas vezes tais
atividades resumem-se na disponibilização de
pontos de entrega voluntária à população ou na
simples
formalização
de
convênios
com
cooperativas de catadores para a execução dos
serviços.
30. Quantidades / Percentuais de Municípios por Região e Brasil em
que Existem Iniciativas de Coleta Seletiva em 2011
31. Reciclagem de Alumínio, Papel, Plástico
e Vidro
Alumínio, papel, plástico e vidro, são os quatro
setores industriais que abrigam as principais
atividades de reciclagem pós consumo no país. As
Figuras seguintes apresentam series históricas que
permitem uma visão holística da evolução ocorrida
nas atividades de reciclagem pertinentes a estes
setores.
33. Geração de RSU no Brasil
A comparação entre os dados de 2011 e 2012
apresentados na tabela a seguir revela um
aumento de 5,3% no índice per capita de geração
de RSU do Brasil como um todo e um acréscimo de
6,8% na quantidade total gerada.
38. Resíduos da Região Metropolitana de
Campinas
38
O Plano Diretor de RS foi desenvolvido em conjunto com os
agentes responsáveis pela gestão dos Resíduos da RMC, por
meio da articulação propiciada pela Câmara Temática de
Saneamento e Meio Ambiente da Região Metropolitana de
Campinas, com ações de gerenciamento operacionais para o
desenvolvimento do trabalho realizado por meio da
coordenação da Agemcamp e com o apoio técnico da
EMPLASA e da equipe de consultoria especializada e, em
especial, com a contribuição decisiva dos agentes municipais
representados na Câmara Temática de Saneamento e Meio
Ambiente do Conselho de Desenvolvimento da Região
Metropolitana de Campinas.
39. Geração de RS na RMC - 2009
39
Forma de hierarquização
40. Tabela de Geração
De Resíduos por
Município
RMC
Boa
Razoável
Ruim
40
PDRS – Agemcamp, 2009
44. Síntese do Diagnóstico RMC / 2009
44
• 715,6 ton/dia (34,4%) dos resíduos produzidos na região
são tratados em aterro sanitário privado localizado em
Paulínia, pela empresa Estre Ambiental S/A
• Campinas destina 1000 ton/dia (Segunda a Sábado) em
torno de 50% da RMC– 2009.
• 496 ton/dia, ou seja, 23,88 % do total de dispostos
diariamente na RMC são dispostos nos próprios municípios:
Holambra, Engenheiro Coelho, Pedreira, Monte Mor,
Cosmópolis, Itatiba, Indaiatuba, Paulínia e Santa Bárbara
d’Oeste. Ou seja, os municípios de menor população; Se
considerado o Municípios de Campinas, essa quantidade vai
para 72%.
45. Síntese do Diagnóstico RMC
• Devido a carência de áreas adequadas para
tratamento e disposição é fundamental a busca de
políticas sustentáveis para o manejo e o tratamento
final em bases sustentáveis.
• A tendência é que o número de municípios venha a
crescer (destinação para o Estre) porque as demais
cidades têm dificuldades de encontrar áreas para a
deposição de resíduos sólidos
46. Estimativa de Geração de Resíduos Sólidos Domésticos X Crescimento Populacional
(horizonte 2014)
46
47. Quantidades que poderiam ser reduzidas com a implantação da
reciclagem e utilização dos Resíduos Sólidos Urbanos
47
48. Redução
48
A redução obtida com a execução total da
reciclagem e utilização significa uma redução de
78,8% nas quantidades a serem depositadas nos
aterros sanitários, assim como no total a ser pago
por sua disposição final. Considerando um valor de
R$40,00 por tonelada para a disposição, teríamos
uma redução de R$83.072,00 por dia para
R$17.611,20 diários. Além dessa redução dos
gastos com disposição final, pode ser somado
ainda o montante a ser obtido com a venda e
beneficiamento desse material.
!
49. Metas para Redução
49
Para as estimativas deste Cenário, idealizou-se uma
meta de redução na quantidade a ser disposta nos
aterros de 6% em massa a cada cinco anos com
início no ano de 2010, e sendo esse aumento
acumulativo, onde a meta de redução de 12% para
o ano de 2020 tem como quantidade base as massas
já reduzidas de 2015.
50. Metas para Redução
Para isso, quantificando essa redução a partir da
reciclagem de materiais, os seguintes materiais
serão responsáveis pelas seguintes reduções:
• Materiais recicláveis – 2% a cada 5 anos;
• RCC – 1% a cada 5 anos;
• Compostagem (Restos de alimento) – 2% a cada 5
anos;
• Compostagem (poda e varrição) – 1% a cada 5
anos.
51. Metas para Redução
51
Meta para 2012 - Municípios com geração per capta acima da média
recomendada
?
PDRS – Agemcamp, 2009
52. Inventário Estadual – CETESB
Os dados apurados permitem expressar as condições
ambientais dos locais de disposição de resíduos por
meio dos Índices:
Qualidade de Aterro de Resíduos – IQR
Qualidade de Aterro de Resíduos em Vala – IQRValas
Qualidade de Usinas de Compostagem – IQC
Com variação de 0 a 10, e classificá-los em três
faixas de enquadramento: Inadequado, Controlado
e Adequado.
53. Inventário Estadual – CETESB
Nos 572 municípios com até 100.000 habitantes,
responsáveis pela geração de 14% da quantidade
diária de resíduos do Estado, o IQR médio de 2010 é
igual a 8,3% o que representa o enquadramento em
condições adequadas.
Nos 35 municípios com população entre 100.001 a
200.000 habitantes, responsáveis pela geração de 9%
da quantidade diária de resíduos do estado, o IQR
médio de 2010 é igual a 8,6%o que representa o
enquadramento em condições adequadas
54. Inventário Estadual – CETESB
Nos 29 municípios com população entre 200.001 e
500.000 habitantes, responsáveis pela geração de
19% da quantidade diária de resíduos do Estado, o
IQR médio de 2010 é igual a 8,8, o que representa o
enquadramento em condições adequadas; e,
Nos 9 municípios com mais de 500.000 habitantes,
responsáveis pela geração de 58% da quantidade
diária de resíduos do Estado, o IQR médio de 2010 é
igual a 9,2, o que representa o enquadramento em
condições adequadas.
55.
56.
57. Enquadramento das condições das instalações
de tratamento e ou destinação final do Resíduo
IQR, IQR-valas, IQC
0,0 a 6,0
6,1 a 8,0
8,1 a 10,0
Enquadramento
Condições Inadequadas (I)
Condições Controladas (C)
Condições Adequadas (A)
CAMPINAS
SANTA BÁRBARA D'OESTE
ÍNDICE DA QUALIDADE DE
ATERROS DE RESÍDUOS –IQR
8,9
6,5
PAULÍNIA
9,6
Cidade
60. Sugestão de Vídeo
Surplus - (Surplus: Terrorized Into Being Consumers, 2003)
• Direção: Erik Gandini
• Roteiro: Erik Gandini
• Gênero: Documentário
• Origem: Suécia
• Duração: 54 minutos
• Tipo: Média-metragemSurplus
Sinopse
O documentário “Surplus”, inicialmente, mostra os problemas ambientais que vivemos hoje em dia:
queimadas, desmatamentos, emissão de gases poluentes (carro, moto, maquinas agrícolas,
industrias e etc.), aquecimento global e a falta de água. No segundo instante ataca o sistema
capitalista. Como se o capitalismo fosse o grande vilão do desastre social e ecológico na
terra, baseando-se na onda de consumismo onde as grandes redes de lojas ou multinacionais
são mal vistas pelos ambientalistas e socialistas. Que levantaram as seguintes questões: - O
poder de lavagem cerebral que as propagandas de televisão nos submetem; - Multinacionais
que exploram trabalhadores em países de terceiro mundo; - As grandes industrias que
poluem o meio ambiente. Por fim uma terceira idéia que seria a “solução”, onde é usado até
Cuba como exemplo de governabilidade (socialista), radicais fazendo manifestações onde
destruíam patrimônios alheios em busca do fechamento das industrias.
61. Leitura
Perspectivas para o setor de resíduos após a Rio+20. Por David
Newman, Vice-Presidente da ISWA - "ISWA delegation at Rio+20:
ISWA Vice President David Newman draws a balance http://www.abrelpe.org.br/noticias_detalhe.cfm?NoticiasID=1237
Antonis Mavropoulos, Diretor Técnico-científico da ISWA, já escreveu
muito sobre a gestão de resíduos no Brasil e as perspectivas do país
depois que a nova e ambiciosa lei de resíduos foi aprovada em
2010. Aqui estão algumas notas após uma semana de extensas
discussões durante a Rio+20. Os principais objetivos da lei são de
eliminar lixões e enviar para aterros apenas resíduos tratados até
2014. Além disso, os planos têm como objetivo estender a Coleta
Seletiva de RSU em todo o país. Estas são metas inatingíveis dentro
desse prazo, mas é melhor ter metas ambiciosas do que objetivos
amplos e fracos que não criam a tensão necessária.
62. Leitura
Considere que o Brasil recicla menos de 7% do RSU e
envia o restante para aterros controlados e lixões em
qualquer lugar. Apenas cerca de 89% dos RSU são
realmente recolhidos. Lixões são abundantes, o que
aflige a paisagem e polui o meio ambiente em um
cenário clássico do Inferno de Dante.
Nas sessões excelentes que a ISWA participou,
organizadas pela IPLA e ABRELPE, falei principalmente
da necessidade de colocar dinheiro no sistema. Sem
financiamento, os serviços de coleta de RSU não vão
progredir. Mas quem vai pagar?
63. Leitura
Em primeiro lugar, a aplicação da EPR (responsabilidade estendida do produtor) para
a indústria de embalagens é um passo inteligente que, naturalmente, a indústria de
embalagens faz campanha contra. Estes fundos irão trazer recursos para os
municípios para organizar uma coleta seletiva de fluxos determinados, como papel.
Latas e garrafas de plástico já são recolhidos pelo setor informal, com taxas de
recuperação muito altas. O Brasil já tem sistemas de EPR de pneumáticos e óleo
usados, além de sistemas para embalagens de agrotóxicos. Eles funcionam bem,
provando que tais sistemas podem ser realizados mesmo em um país tão grande,
embora a um custo - o programa indústria de óleo recupera apenas 45% dos óleos
usados com um custo de investimento de US$ 175 milhões, financiado em parte
pelo
óleo
recuperado.
Em segundo lugar, taxas sobre os aterros, se introduzidas (o governo está discutindo
isso) podem financiar a coleta e a compostagem de orgânicos que compõem 60%
dos resíduos sólidos urbanos do Brasil. A compostagem fará enormes contribuições
para a redução das emissões de GEE no país. Os custos de aterros ainda são muito
baixos para os padrões europeus, a exemplo das US$ 19/ton no novo e moderno
aterro da cidade do Rio de Janeiro. Uma taxa sobre os aterros será certamente um
estímulo para a reciclagem como vimos na Europa, disponibilizando recursos
financeiros aos municípios.
64. Leitura
Em terceiro lugar, a ajuda internacional e os métodos do mercado de carbono
podem fornecer recursos. Apenas 0,25% dos fundos de ajuda ao
desenvolvimento existentes no mundo vai para projetos da indústria de
resíduos e até mesmo investimentos em MDL são de valor limitado.
Aqui, o trabalho de ISWA e da ABRELPE na campanha para obtenção de
recursos para um financiamento efetivo das atividades de coleta,
destinação e reciclagem através dos organismos financiadores, liderados
pelo Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil, será crucial.
E esta questão do financiamento de infraestrutura de resíduos nos países em
desenvolvimento é a campanha chave que a ISWA vai assumir ao longo
dos próximos anos. A consciência está crescendo, graças ao nosso alcance
internacional e a um recente relatório do Banco Mundial que declarou a
gestão de resíduos como uma emergência comparável à mudança
climática. Temos que tomar partido nisto para influenciar os processos
internacionais de tomada de decisão, mostrando e comprovando como uma
boa gestão de resíduos leva a diversos benefícios sustentáveis.
66. Referências
66
Instituto de Pesquisa Tecnológicas do Estado de São
Paulo – IPT.Lixo municipal: Manual de gerenciamento
integrado. São Paulo, 2000 IPT/Cempre.
Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2010ABRELPE Associação das Empresas de Limpeza Pública
e Resíduos Especiais
Cartilha de Limpeza Urbana. Bahia, Sergio (org).
Centro de Estudos Urbanos do IBAM
Agência Metropolitana De Campinas – Agemcamp
Plano Diretor De Gestão Dos Resíduos Sólidos Da
Região Metropolitana De Campinas – Rmc - Produto 3
- Julho 2009 (Revisão Outubro 2009)
67. Referências
Agência Metropolitana De Campinas – Agemcamp
Plano Diretor De Gestão Dos Resíduos Sólidos Da
Região Metropolitana De Campinas – Rmc Produto 3 - Julho 2009 (Revisão Outubro 2009)
CETESB (São Paulo) Manual de operação de aterro
sanitário em valas / CETESB ; Aruntho Savastano
Neto ... [et al.]. – São Paulo : CETESB, 2010.
CETESB (São Paulo) Inventário Estadual de Resíduos
Sólidos Domiciliares / CETESB Aruntho Savastano
Neto ... [et al.]. 2010
68. Objetivo da aula
Ao final dessa aula, você deverá conhecer:
Tem um panorama geral sobre a situação dos
resíduos sólidos no Brasil e na Região
Metropolitana de campinas.
Conhecer os desafios a serem enfrentados sobre os
Resíduos Sólidos no Brasil.
Fazer uma reflexão crítica sobre tendências de
geração de resíduos e metas de redução.
Aprender algumas definições básicas sobre aterros.