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Terapia Hormonal
                          no Climatério


Residente de Ginecologia e Obstetrícia do HUCFF (R1)
Ana Alice Marques Ferraz de Andrade
Orientadora: Dra. Juraci Ghiaroni de Albuquerque e Silva
   Maioria dos estudos não são aplicáveis no Brasil;


   Maior expectativa de vida feminina – maior exposição ao esgotamento folicular
    ovariano;


   Mensurar qualidade de vida : subjetividade e multidimensionalidade;


            “A atitude frente a menopausa, em particular, parece ser um fator que influencia,
    inclusive, a severidade da sintomatologia climatérica.”




                                            Jornal SOBRAC – Ano XVI, Número 2 - 2009
Conceito
   Climatério – período fisiológico (transição, duração variável)

   Menopausa –diagnóstico retrospectivo (permanente)
       Aos 51 anos, 10% < 45 anos
       Precoce < 40 anos
       Tardia > 55 anos


   Pós-menopausa ( última menstruação – 65 anos)

   Perimenopausa ( até 12 meses após menopausa)

   Síndrome Climatérica

   Insuficiência ovariana precoce (1%)




                                        Ginecologia Fundamental. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
Fisiologia Hormonal
   ATRESIA FOLICULAR CONSTANTE
   Apesar de associada a alterações hipotalâmicas e hipofisárias que controlam o ciclo,
    menopausa não é evento central.


           MENOPAUSA =INSUFICIÊNCIA OVARIANA PRIMÁRIA


   Progressivamente ocorre declínio da produção do estradiol pelo ovário, com equilíbrio
    hormonal pela maior produção de androgênios e sua conversão periférica em
    estrogênio. (Manual da FEBRASGO 2010)
DIMINUI                         AUMENTA      CONVERSÃO
 ATRESIA DO                 AUMENTA FSH
               PRODUÇÃO                       PRODUÇÃO DE    PERIFÉRICA
  APARELHO                  (retroação para
              ESTROGÊNIO                      ANDROGÊNIOS
 FOLICULAR                       manter                     (AROMATASE)
                E INIBINA                        (estroma
(GRANULOSA)                 foliculogênese)                   ESTRONA
                                                ovariano)
Fisiologia Hormonal
   Estrogênio
        Conversão periférica – ESTRONA (principalmente)
        Sem oposição de progesterona (cuidado)


   Androgênios
        Maior produção no estroma ovariano – precursor de estrogênio
        Ovários – 20% androstenediona/ 40% testosterona


   Progesterona
        Ausente (fim dos sintomas pré-menstruais)
        Sem proteção ao excesso de estrogênio


   Gonadotrofinas
       FSH aumenta 10 – 20x
       LH aumenta 3x (MV mais curta que FSH)
       Pico 1-3 anos,após declínio progressivo
A Consulta Ginecológica no Climatério

   Objetivos específicos:
       Avaliar sintomatologia
       Identificar e rastrear doenças crônicas metabólicas e degenerativas
       Avaliar riscos e benefícios da TH
       Prevenção de doenças


   Atendimento integral:
       Anamnese
       Exame físico (geral e ginecológico)
Avaliação dos Sintomas
   Avaliação quantitativa intensidade dos sintomas:
       Leve: 19
       Moderada: 20 -35
       Grave: > 35
   Índice Menopáusico de Blatt e Kupperman
Exames Complementares

   1.   Perfil lipídico
   2.   Colpocitologia Oncótica
   3.   USG Transvaginal
   4.   Mamografia
   5.   Densitometria Óssea
Principais sintomas e intercorrências

   Sintomas   vasomotores
   Atrofia urogenital
   Alterações do humor
   Alterações do ciclo menstrual
   Mastalgia
   Doença Cardiovascular
   Osteoporose
   Câncer
Alterações Vasomotoras
FOGACHOS (75%)

    Precoce - maioria persiste 1 – 2 anos após a menopausa,
 25 % dura > 5 anos;
    Mecanismo fisiológico (?) - Teoria da disfunção termorregulatória no
     hipotálamo por declínio de estrogênio;
    Principal indicação e manutenção de TH;
    Consequências:
     - Alteração do sono
     - Dificuldade de concentração
     - Irritabilidade
     - Redução da qualidade de vida
   Objetivo: esclarecer a relação risco-benefício da terapia com estrogênio ( ET)
    versus a combinada, para tratamento de sintomas relacionados à menopausa e
    prevenção de doenças em vários intervalos de tempo desde a menopausa;


ALTERAÇÕES VASOMOTORAS:
   TE com ou sem progesterona é mais eficaz;
   Progesterona isolada também diminui esses sintomas (menor eficácia que TE);
   Tratamento sintomas vasomotores moderados a graves continua a ser principal
    indicação de TH;
   Quase todos menicamentos sistêmicos estão aprovados para o uso,( exceto o
    adesivo trasdermico de baixa dose);
Alterações Urogenitais
NAMS 2012
   Sintomas Vaginais:
       Quando recomendado para apenas sintomas vaginais - usar via vaginal;
       Doses baixas e com administração pouco frequente produz efeitos satisfatórios;
       Falta ensaio clínico para segurança > 1 ano;
       Qualquer sangramento uterino – avaliar endométrio;


   Função sexual:
       Melhora da dispareunia pode melhorar a função sexual;
       Sem evidência de uso do estrogênio para melhora do interesse sexual;
       Baixas doses de estrogênio locais podem melhorar satisfação sexual, lubrificação,
        aumentar o fluxo e sensação em tecidos vaginais;
       TH não deve ser usada como tratamento para diminuição de libido;
Alterações Urogenitais
NAMS 2012
   Trato urinário:
       Estrogênio tópico pode melhorar urge-incontinência;
       Estrogênio tópico diminui o risco de ITU de repetição (epitélio da uretra e flora
        vaginal);
       Nenhum outro produto tem aprovação do governo para essa indicação (apenas
        vaginal);


   Qualidade de vida
       Não há medicamento para melhora da qualidade de vida;
       Efeito secundário a melhora dos sintomas;
       Não há evidência clara de melhora em mulheres assintomáticas;
Osteoporose
NAMS 2012
    Durante a TH ocorre redução de fraturas na pós-menopausa;
    Baixas doses de TH são eficazes para manter ou melhorar a densidade
     mineral óssea;
    Prevenção da osteoporose pós-menopausa e não tratamento;
    Descontinuidade do tratamento – redução do benefício;
    Menopausa precoce não aumentou o risco de fraturas após 65 anos;
Sintomas Cognitivos
   DOENÇA DE ALZHEIMER
   Forma mais comum de demência (        > risco que   );
   Estudo WHIMS (Memory Study)
       Efeito da TH sobre a função cognitiva
       Mulheres sem demência e > 65 anos
       Resultados:
           2x risco de demência (DA)
           Menor número no MEEM em pacientes em uso de TH
           Devido mínimos infartos ocasionados pela TH (?)


   Humor e depressão (NAMS 2012)
       TH não é antidepressivo;
       Melhora qualidade de vida indiretamente;
Doença Cardiovascular




                 Menor que 10% - baixo risco
                 10 – 20% - intermediário risco
                 Maior que 20% -alto risco
Doença Cardiovascular
   Principal causa de mortalidade no mundo - Brasil causa 300.000 óbitos/ano;
   Fatores de risco:
       Não modificáveis: idade e história familiar
       Modificáveis:tabagismo, obesidade, sedentarismo
       Distúrbios associados a maior cardiopatia: DM, HAS, hipercolesterolemia


   Hipostrogenismo:
     ↑ LDL, VLDL, Colesterol total, TGC
       ↓ HDL e Apoproteína A


   Estudos observacionais x WHI e HERS
Doença Cardiovascular
    Estudo WHI (Women´s Health Initiative)
      TH X placebo
      Não previne DCV em mulheres saudáveis, aumenta o risco;


        16.000 após 5 anos (50- 79 anos) - usuárias de TH:
            ↑29% doença cardíaca e ↑ 41% AVC


        11.000 sem útero após 7 anos – TE apenas:
            não ↑ doença cardíaca, ↑ 39% AVC E ↑ 33% TEV


    HERS ( Heart and Estrogen/Progestin Replacement Study)
      Não evidenciou redução de DCV
      Fator tempo: mais eventos DCV no 1º ano e menos no 4 º- 5º ano
NAMS 2012
   Doença Arterial Coronariana:
       TE iniciada recentemente após a menopausa e com duração maior de 5 anos
        pode retardar o desenvolvimento de placa aterosclerótica calcificada – diminui
        cálcio na artéria coronária.
       TH até 10 anos após a menopausa para tratar sintomas menopausais parece não
        aumentar o risco de eventos coronarianos.
       TH NÃO está recomendada apenas para proteção coronariana em qualquer idade;



   Acidente Vascular (Stroke):
       Análise recente, TH em mulheres jovens (50 – 59anos) sem efeito significativo
        risco de AVC. [RR = 1,13] IC= 95% ( O,73 – 1,76)
       Estudos inconsistentes;
       TH não recomendar para prevenção primária ou secundária de AVC;
NAMS 2012
   Tromboembolismo venoso:
       TH oral aumenta TEV 2-3x
       Risco surge no início (1º - 2º ano) e diminui com o tempo;
       Maior risco:
           Início após 60 anos
           IMC > 30 kg/m2
           História prévia de TEV
           Mutação no fator V de Leiden
       Dar preferência a doses menores de hormônios e via parenteral ( transdérmica) –
        estudo ESTHER ( Impact of the Route of Estrogen Administration and Progestens)
Câncer - NAMS 2012
   Endométrio
       Estrogenioterapia sistêmica sem oposição (pós –menopausa com útero) – aumenta o
        risco relacionado a dose e duração → usar TH;
           Estrogênio por 3 anos aumenta risco em 5x e por 10 anos em 10x;
       Permanece risco mesmo após descontinuar o uso de TE;
       TH não recomendado para pacientes com história de CA de endométrio;


   Ovário
       Dentre os tumores genitais é o que mais mata;
       Dados conflitantes - TE maior risco que TH;
       Após 5,6 anos (WHI) – sem aumento significativo
         4,2 casos/10.000 por ano - TH
         2,7 casos/ 10.000 por ano - placebo



   Pulmão
       TH agrava tumor pré-existente em fumantes;
       WHI aumento de casos graves em fumantes com > 60 anos;
Câncer de Mama
   Mais comum em        (2ª maior causa de morte por CA)


   Fatores de risco: exposição prolongada ao estrogênio;

             Idade avançada                   HF CA mama parentes 1º grau
             Menarca precoce (<12 anos)       Mutação do BRCA 1e BRCA 2
             Menopausa tardia(>50anos)        Tratada de CA de mama
             Hormonioterapia prolongada       Biópsia de mama com atipias
             Nulíparas
             Gestação após 30 anos



   WHI
       ↑ 26% risco de CA de mama invasivo após 5 anos de TH
       Paciente com TE (histerectomia) não aumentou o risco após 7 anos.
Câncer Mama- NAMS 2012
   E + P:
       ↑ risco com uso >3-5 anos (uso a longo prazo)
       WHI (↑8 CA de mama adicionais/10.000 ≥5 anos de TH)
       Questões: esquema combinado contínuo ou sequencial, qual progestágeno
        utilizado, progesterona micronizada pode ser melhor;
       “Gap time” - > risco com início logo após a menopausa (< 5 anos);


   Estrogênio isolado:
       WHI: não aumenta risco de CA de mama após 7,1 ano de uso;
       Permite estender duração do tratamento;
       Risco x benefício mais favorável;


   TH após CA de mama(controverso)
       Pode estar associado a recorrência;
Terapia Hormonal: quando
   Avaliar benefícios x riscos;
   Técnicas educativo-preventivas:
           Controle de peso corpóreo (IMC 20 -25 kg/m2)
           Atividade física ( reduz peso e altera perfil lipídico)
           Combate ao tabagismo
           Alimentação saudável


   Parâmetros fundamentais:
           Janela de oportunidade para início de TH
                Não é por tempo indeterminado ( 5 anos)
           Vias de administração de TH
           Esquema de TH propriamente dito
                Usar menor dose possível
                Menopausa precoce ( dose maior)
Terapia Hormonal: contraindicações

    Sangramento vaginal de etiologia desconhecida

    História de Acidente Vascular ou Infarto do Miocárdio

    História de Tromboembolismo

    Câncer estrogênio-dependente

    Doença hepática em atividade
Terapia Hormonal: esquemas

     Estrogênio isolado

     Combinada ( E+ P)

     Tibolona

     Fitohormônios

     Hormônios Bioidênticos
Terapia Hormonal: vias de administração
   Via oral: E ou E+P
       Primeira passagem no fígado
       Altera fatores de coagulação ( fenômenos tromboembólicos) → Risco de TEV –
        evitar VO ( transdérmica –ESTHER)
       Melhora perfil lipídico( ↑ HDL e ↓ LDL)
       ↑ TGC (exceto : tibolona)
       Estimula SRAA( HAS)
           Paciente com HAS: não usar via oral


   Vaginal: Estriol e promestriene


   Implante Subcutâneo, intranasal, transdérmicos (adesivos e gel)
           Dose menor - mesmo efeito que via oral ( sem efeito primeira passagem)
TH: Somente Estrogênio
    Histerectomizadas

    Contínuo

    Menor dose para tratar os sintomas
TH Combinada

   Tipos
       Contínua:
           E contínuo
           Metade da dose de P da sequencial
           Maior sangramento irregular


       Cíclica ou sequencial:
           E contínuos ou cíclicos
           P 12 – 14 dias por ciclo
               P 14 dias a cada 3-4 meses ( maior risco de hiperplasia endometrial e CA de
                endométrio que o mensal – Revisão da Cochrane Library 2009)


   DIU de levonorgestrel
TH: Drogas utilizadas

   Estrogênios:
       Valerato de Estradiol
           Oral: Primogyna*, Estrofem*, Merimono, Natifa, Estradot
           Transdérmico: Systen
       17 Beta Estradiol


   Progestogênios
       Progesterona Micronizada: Utrogestan, Evocanil,
       Acetato de Medroxiprogesterona, Noretisterona, Levonorgestrel, Drospirenona,
Tratamento


 Tibolona        (1,25 – 2,5 mg/dia)
    Esteróide sintético estruturalmente semelhante as progestinas derivadas da
     19-nortestosterona;
    Ação como P no útero: proteção endometrial
    Não tem efeito estimulante no tecido mamário
    Efeito protetor ósseo ( menor risco de fraturas)
    Efeito androgênico ( efeito positivo no libido – atividade direta ou aumento da
     testosterona livre)
    Ação menos favorável nas lipoproteínas ( ↓TCG e HDL)
    Million Women Study ( RR 1,45 CA mama)
Alternativas à TH (NAMS, 2012)
            Avaliação dos sintomas vasomotores
   Mesmo resultado que placebos:
     Mais estudados: Extratos de soja, Isoflavonas, Black
      cohosh, Ervas chinesas


   Resultado superior aos placebos
       Antidepressivos: Venlaflaxina, Paroxetina, Fluoxetina
       Gabapentina (mecanismo de ação desconhecido)
       Clonidina (anti-hipertensivo de ação central)
QUEM DEVE USAR TH? NAMS 2012
   Paciente com sintomas importantes de hipostrogenismo
    que

   não tenha contra-indicações ao uso de TH

   sem perfil de risco para acidente vascular (<10% no
    score de Framingham).
Bibliografia:
   Tratado de Ginecologia,14ª ed.2008.- Novak
   Rotinas em Ginecologia – Fernando Freitas, 5ªed.,2006.
   Consenso sobre terapia hormonal na menopausa – Sociedade Brasileira de
    Climatério( SOBRAC), 2004.
   Manual de orientação: Climatério – Febrasgo 2010.
   Assistência a mulher climatérica: novos paradigmas – Jornal da SOBRAC Ano XVI,
    Número 2 – 2009
   Ginecologia Fundamental , editora Atheneu, 2005.
   The 2012 Hormone Therapy Position Statement of The North American Menopause
    Society, jan/2012.

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TH climaterio

  • 1. Terapia Hormonal no Climatério Residente de Ginecologia e Obstetrícia do HUCFF (R1) Ana Alice Marques Ferraz de Andrade Orientadora: Dra. Juraci Ghiaroni de Albuquerque e Silva
  • 2. Maioria dos estudos não são aplicáveis no Brasil;  Maior expectativa de vida feminina – maior exposição ao esgotamento folicular ovariano;  Mensurar qualidade de vida : subjetividade e multidimensionalidade; “A atitude frente a menopausa, em particular, parece ser um fator que influencia, inclusive, a severidade da sintomatologia climatérica.” Jornal SOBRAC – Ano XVI, Número 2 - 2009
  • 3. Conceito  Climatério – período fisiológico (transição, duração variável)  Menopausa –diagnóstico retrospectivo (permanente)  Aos 51 anos, 10% < 45 anos  Precoce < 40 anos  Tardia > 55 anos  Pós-menopausa ( última menstruação – 65 anos)  Perimenopausa ( até 12 meses após menopausa)  Síndrome Climatérica  Insuficiência ovariana precoce (1%) Ginecologia Fundamental. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
  • 4. Fisiologia Hormonal  ATRESIA FOLICULAR CONSTANTE  Apesar de associada a alterações hipotalâmicas e hipofisárias que controlam o ciclo, menopausa não é evento central. MENOPAUSA =INSUFICIÊNCIA OVARIANA PRIMÁRIA  Progressivamente ocorre declínio da produção do estradiol pelo ovário, com equilíbrio hormonal pela maior produção de androgênios e sua conversão periférica em estrogênio. (Manual da FEBRASGO 2010)
  • 5. DIMINUI AUMENTA CONVERSÃO ATRESIA DO AUMENTA FSH PRODUÇÃO PRODUÇÃO DE PERIFÉRICA APARELHO (retroação para ESTROGÊNIO ANDROGÊNIOS FOLICULAR manter (AROMATASE) E INIBINA (estroma (GRANULOSA) foliculogênese) ESTRONA ovariano)
  • 6. Fisiologia Hormonal  Estrogênio  Conversão periférica – ESTRONA (principalmente)  Sem oposição de progesterona (cuidado)  Androgênios  Maior produção no estroma ovariano – precursor de estrogênio  Ovários – 20% androstenediona/ 40% testosterona  Progesterona  Ausente (fim dos sintomas pré-menstruais)  Sem proteção ao excesso de estrogênio  Gonadotrofinas  FSH aumenta 10 – 20x  LH aumenta 3x (MV mais curta que FSH)  Pico 1-3 anos,após declínio progressivo
  • 7.
  • 8. A Consulta Ginecológica no Climatério  Objetivos específicos:  Avaliar sintomatologia  Identificar e rastrear doenças crônicas metabólicas e degenerativas  Avaliar riscos e benefícios da TH  Prevenção de doenças  Atendimento integral:  Anamnese  Exame físico (geral e ginecológico)
  • 9. Avaliação dos Sintomas  Avaliação quantitativa intensidade dos sintomas:  Leve: 19  Moderada: 20 -35  Grave: > 35  Índice Menopáusico de Blatt e Kupperman
  • 10. Exames Complementares 1. Perfil lipídico 2. Colpocitologia Oncótica 3. USG Transvaginal 4. Mamografia 5. Densitometria Óssea
  • 11. Principais sintomas e intercorrências  Sintomas vasomotores  Atrofia urogenital  Alterações do humor  Alterações do ciclo menstrual  Mastalgia  Doença Cardiovascular  Osteoporose  Câncer
  • 12. Alterações Vasomotoras FOGACHOS (75%)  Precoce - maioria persiste 1 – 2 anos após a menopausa, 25 % dura > 5 anos;  Mecanismo fisiológico (?) - Teoria da disfunção termorregulatória no hipotálamo por declínio de estrogênio;  Principal indicação e manutenção de TH;  Consequências: - Alteração do sono - Dificuldade de concentração - Irritabilidade - Redução da qualidade de vida
  • 13. Objetivo: esclarecer a relação risco-benefício da terapia com estrogênio ( ET) versus a combinada, para tratamento de sintomas relacionados à menopausa e prevenção de doenças em vários intervalos de tempo desde a menopausa; ALTERAÇÕES VASOMOTORAS:  TE com ou sem progesterona é mais eficaz;  Progesterona isolada também diminui esses sintomas (menor eficácia que TE);  Tratamento sintomas vasomotores moderados a graves continua a ser principal indicação de TH;  Quase todos menicamentos sistêmicos estão aprovados para o uso,( exceto o adesivo trasdermico de baixa dose);
  • 14. Alterações Urogenitais NAMS 2012  Sintomas Vaginais:  Quando recomendado para apenas sintomas vaginais - usar via vaginal;  Doses baixas e com administração pouco frequente produz efeitos satisfatórios;  Falta ensaio clínico para segurança > 1 ano;  Qualquer sangramento uterino – avaliar endométrio;  Função sexual:  Melhora da dispareunia pode melhorar a função sexual;  Sem evidência de uso do estrogênio para melhora do interesse sexual;  Baixas doses de estrogênio locais podem melhorar satisfação sexual, lubrificação, aumentar o fluxo e sensação em tecidos vaginais;  TH não deve ser usada como tratamento para diminuição de libido;
  • 15. Alterações Urogenitais NAMS 2012  Trato urinário:  Estrogênio tópico pode melhorar urge-incontinência;  Estrogênio tópico diminui o risco de ITU de repetição (epitélio da uretra e flora vaginal);  Nenhum outro produto tem aprovação do governo para essa indicação (apenas vaginal);  Qualidade de vida  Não há medicamento para melhora da qualidade de vida;  Efeito secundário a melhora dos sintomas;  Não há evidência clara de melhora em mulheres assintomáticas;
  • 16. Osteoporose NAMS 2012  Durante a TH ocorre redução de fraturas na pós-menopausa;  Baixas doses de TH são eficazes para manter ou melhorar a densidade mineral óssea;  Prevenção da osteoporose pós-menopausa e não tratamento;  Descontinuidade do tratamento – redução do benefício;  Menopausa precoce não aumentou o risco de fraturas após 65 anos;
  • 17. Sintomas Cognitivos  DOENÇA DE ALZHEIMER  Forma mais comum de demência ( > risco que );  Estudo WHIMS (Memory Study)  Efeito da TH sobre a função cognitiva  Mulheres sem demência e > 65 anos  Resultados:  2x risco de demência (DA)  Menor número no MEEM em pacientes em uso de TH  Devido mínimos infartos ocasionados pela TH (?)  Humor e depressão (NAMS 2012)  TH não é antidepressivo;  Melhora qualidade de vida indiretamente;
  • 18. Doença Cardiovascular Menor que 10% - baixo risco 10 – 20% - intermediário risco Maior que 20% -alto risco
  • 19. Doença Cardiovascular  Principal causa de mortalidade no mundo - Brasil causa 300.000 óbitos/ano;  Fatores de risco:  Não modificáveis: idade e história familiar  Modificáveis:tabagismo, obesidade, sedentarismo  Distúrbios associados a maior cardiopatia: DM, HAS, hipercolesterolemia  Hipostrogenismo:  ↑ LDL, VLDL, Colesterol total, TGC  ↓ HDL e Apoproteína A  Estudos observacionais x WHI e HERS
  • 20. Doença Cardiovascular  Estudo WHI (Women´s Health Initiative)  TH X placebo  Não previne DCV em mulheres saudáveis, aumenta o risco;  16.000 após 5 anos (50- 79 anos) - usuárias de TH:  ↑29% doença cardíaca e ↑ 41% AVC  11.000 sem útero após 7 anos – TE apenas:  não ↑ doença cardíaca, ↑ 39% AVC E ↑ 33% TEV  HERS ( Heart and Estrogen/Progestin Replacement Study)  Não evidenciou redução de DCV  Fator tempo: mais eventos DCV no 1º ano e menos no 4 º- 5º ano
  • 21. NAMS 2012  Doença Arterial Coronariana:  TE iniciada recentemente após a menopausa e com duração maior de 5 anos pode retardar o desenvolvimento de placa aterosclerótica calcificada – diminui cálcio na artéria coronária.  TH até 10 anos após a menopausa para tratar sintomas menopausais parece não aumentar o risco de eventos coronarianos.  TH NÃO está recomendada apenas para proteção coronariana em qualquer idade;  Acidente Vascular (Stroke):  Análise recente, TH em mulheres jovens (50 – 59anos) sem efeito significativo risco de AVC. [RR = 1,13] IC= 95% ( O,73 – 1,76)  Estudos inconsistentes;  TH não recomendar para prevenção primária ou secundária de AVC;
  • 22. NAMS 2012  Tromboembolismo venoso:  TH oral aumenta TEV 2-3x  Risco surge no início (1º - 2º ano) e diminui com o tempo;  Maior risco:  Início após 60 anos  IMC > 30 kg/m2  História prévia de TEV  Mutação no fator V de Leiden  Dar preferência a doses menores de hormônios e via parenteral ( transdérmica) – estudo ESTHER ( Impact of the Route of Estrogen Administration and Progestens)
  • 23. Câncer - NAMS 2012  Endométrio  Estrogenioterapia sistêmica sem oposição (pós –menopausa com útero) – aumenta o risco relacionado a dose e duração → usar TH;  Estrogênio por 3 anos aumenta risco em 5x e por 10 anos em 10x;  Permanece risco mesmo após descontinuar o uso de TE;  TH não recomendado para pacientes com história de CA de endométrio;  Ovário  Dentre os tumores genitais é o que mais mata;  Dados conflitantes - TE maior risco que TH;  Após 5,6 anos (WHI) – sem aumento significativo  4,2 casos/10.000 por ano - TH  2,7 casos/ 10.000 por ano - placebo  Pulmão  TH agrava tumor pré-existente em fumantes;  WHI aumento de casos graves em fumantes com > 60 anos;
  • 24. Câncer de Mama  Mais comum em (2ª maior causa de morte por CA)  Fatores de risco: exposição prolongada ao estrogênio; Idade avançada HF CA mama parentes 1º grau Menarca precoce (<12 anos) Mutação do BRCA 1e BRCA 2 Menopausa tardia(>50anos) Tratada de CA de mama Hormonioterapia prolongada Biópsia de mama com atipias Nulíparas Gestação após 30 anos  WHI  ↑ 26% risco de CA de mama invasivo após 5 anos de TH  Paciente com TE (histerectomia) não aumentou o risco após 7 anos.
  • 25. Câncer Mama- NAMS 2012  E + P:  ↑ risco com uso >3-5 anos (uso a longo prazo)  WHI (↑8 CA de mama adicionais/10.000 ≥5 anos de TH)  Questões: esquema combinado contínuo ou sequencial, qual progestágeno utilizado, progesterona micronizada pode ser melhor;  “Gap time” - > risco com início logo após a menopausa (< 5 anos);  Estrogênio isolado:  WHI: não aumenta risco de CA de mama após 7,1 ano de uso;  Permite estender duração do tratamento;  Risco x benefício mais favorável;  TH após CA de mama(controverso)  Pode estar associado a recorrência;
  • 26. Terapia Hormonal: quando  Avaliar benefícios x riscos;  Técnicas educativo-preventivas:  Controle de peso corpóreo (IMC 20 -25 kg/m2)  Atividade física ( reduz peso e altera perfil lipídico)  Combate ao tabagismo  Alimentação saudável  Parâmetros fundamentais:  Janela de oportunidade para início de TH  Não é por tempo indeterminado ( 5 anos)  Vias de administração de TH  Esquema de TH propriamente dito  Usar menor dose possível  Menopausa precoce ( dose maior)
  • 27. Terapia Hormonal: contraindicações  Sangramento vaginal de etiologia desconhecida  História de Acidente Vascular ou Infarto do Miocárdio  História de Tromboembolismo  Câncer estrogênio-dependente  Doença hepática em atividade
  • 28. Terapia Hormonal: esquemas  Estrogênio isolado  Combinada ( E+ P)  Tibolona  Fitohormônios  Hormônios Bioidênticos
  • 29. Terapia Hormonal: vias de administração  Via oral: E ou E+P  Primeira passagem no fígado  Altera fatores de coagulação ( fenômenos tromboembólicos) → Risco de TEV – evitar VO ( transdérmica –ESTHER)  Melhora perfil lipídico( ↑ HDL e ↓ LDL)  ↑ TGC (exceto : tibolona)  Estimula SRAA( HAS)  Paciente com HAS: não usar via oral  Vaginal: Estriol e promestriene  Implante Subcutâneo, intranasal, transdérmicos (adesivos e gel)  Dose menor - mesmo efeito que via oral ( sem efeito primeira passagem)
  • 30. TH: Somente Estrogênio  Histerectomizadas  Contínuo  Menor dose para tratar os sintomas
  • 31. TH Combinada  Tipos  Contínua:  E contínuo  Metade da dose de P da sequencial  Maior sangramento irregular  Cíclica ou sequencial:  E contínuos ou cíclicos  P 12 – 14 dias por ciclo  P 14 dias a cada 3-4 meses ( maior risco de hiperplasia endometrial e CA de endométrio que o mensal – Revisão da Cochrane Library 2009)  DIU de levonorgestrel
  • 32. TH: Drogas utilizadas  Estrogênios:  Valerato de Estradiol  Oral: Primogyna*, Estrofem*, Merimono, Natifa, Estradot  Transdérmico: Systen  17 Beta Estradiol  Progestogênios  Progesterona Micronizada: Utrogestan, Evocanil,  Acetato de Medroxiprogesterona, Noretisterona, Levonorgestrel, Drospirenona,
  • 33. Tratamento  Tibolona (1,25 – 2,5 mg/dia)  Esteróide sintético estruturalmente semelhante as progestinas derivadas da 19-nortestosterona;  Ação como P no útero: proteção endometrial  Não tem efeito estimulante no tecido mamário  Efeito protetor ósseo ( menor risco de fraturas)  Efeito androgênico ( efeito positivo no libido – atividade direta ou aumento da testosterona livre)  Ação menos favorável nas lipoproteínas ( ↓TCG e HDL)  Million Women Study ( RR 1,45 CA mama)
  • 34. Alternativas à TH (NAMS, 2012) Avaliação dos sintomas vasomotores  Mesmo resultado que placebos:  Mais estudados: Extratos de soja, Isoflavonas, Black cohosh, Ervas chinesas  Resultado superior aos placebos  Antidepressivos: Venlaflaxina, Paroxetina, Fluoxetina  Gabapentina (mecanismo de ação desconhecido)  Clonidina (anti-hipertensivo de ação central)
  • 35. QUEM DEVE USAR TH? NAMS 2012  Paciente com sintomas importantes de hipostrogenismo que  não tenha contra-indicações ao uso de TH  sem perfil de risco para acidente vascular (<10% no score de Framingham).
  • 36. Bibliografia:  Tratado de Ginecologia,14ª ed.2008.- Novak  Rotinas em Ginecologia – Fernando Freitas, 5ªed.,2006.  Consenso sobre terapia hormonal na menopausa – Sociedade Brasileira de Climatério( SOBRAC), 2004.  Manual de orientação: Climatério – Febrasgo 2010.  Assistência a mulher climatérica: novos paradigmas – Jornal da SOBRAC Ano XVI, Número 2 – 2009  Ginecologia Fundamental , editora Atheneu, 2005.  The 2012 Hormone Therapy Position Statement of The North American Menopause Society, jan/2012.