Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
O período democrático ou populista
1. (1945-1964)
O PERÍODO DEMOCRÁTICO
OU POPULISTA
POPULISMO: doutrina e prática política, de esquerda ou de
direita, que prega a defesa dos interesses das camadas não
privilegiadas da população, mas que frequentemente se limita a
ações de cunho paternalista, angariando dessa forma o apoio
popular. Frequentemente o povo aglutina-se em torno da figura de
um líder carismático. (Dicionário Houaiss)
2. O FIM DO ESTADO NOVO
Participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial: apesar
do governo de Vargas ter certa simpatia pela
ideologia nazista e manter relações comerciais com a
Alemanha, o Brasil entra na guerra ao lado dos
Aliados.
Contradição: Getúlio Vargas posicionou-se
externamente ao lado das democracias, ao mesmo
tempo em que mantinha um governo não-
democrático no Brasil.
Pressões populares e da oposição pediam pelo
restabelecimento da democracia no Brasil.
3. O FIM DO ESTADO NOVO
Reorganização da vida partidária:
União Democrática Nacional (UDN): oposição liberal a Getúlio
Vargas.
Partido Social Democrático (PSD): criado por Vargas e formado pela
elite econômica.
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB): criado por Vargas com o apoio
dos trabalhadores.
Partido Comunista Brasileiro (PCB): reorganizado em 1943.
Queremismo: movimento que queria a continuidade de
Vargas na presidência.
Com boatos de um novo golpe de Vargas, as forças
armadas obrigaram o presidente a renunciar.
Eleições foram realizadas no final do ano de 1945.
4. O GOVERNO DUTRA (1946-1951)
Criação de uma nova Constituição
em 1946: mistura de princípios
liberais com outros de caráter
centralizador.
O PCB foi colocado na
ilegalidade em 1947 por
ser considerado “antidemocrático”.
Desarticulação do movimento
operário.
Rompimento de relações com
a União Soviética e alinhamento
aos Estados Unidos na Guerra Fria.
5. O GOVERNO DUTRA (1946-1951)
Política liberal: reintegração do Brasil ao livre
comércio internacional.
Grande aumento no volume de importações,
diminuindo as reservas econômicas e mergulhando o
país em uma grande crise.
Plano SALTE: plano de recuperação econômica
baseado em investimentos do governo nas áreas:
saúde, alimentação, transporte e energia.
7. O SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951-1954)
Reordenação de uma política de caráter trabalhista e
nacionalista.
Projeto de industrialização acelerada e desenvolvimento
do país baseado no nacionalismo.
Plano Lafer: investimentos na criação de novas fontes
de energia, na ampliação da indústria de base, em
transportes, e em técnicas de agricultura, com base no
capital nacional.
Criação da Eletrobrás e da Petrobrás (monopólio da
perfuração e da maior parte das refinarias de petróleo do
país).
8. O SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951-1954)
Apoio político estratégico aos Estados Unidos buscando
auxílio para o desenvolvimento econômico, ao mesmo
tempo em que mantinha relações com outros países.
Campanha popular “O petróleo é nosso” (1952-53):
caráter nacionalista e anti-imperialista que desagradou o
governo americano.
Crise econômica: inflação, falta de investimentos
externos no setor industrial e declínio nos preços do café.
Greve dos 300 mil: organizada pelo PCB, reivindicava
aumento salarial e controle inflacionário.
9. O SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951-1954)
Vargas passou a reprimir os protestos, e a classe média
passou a temer por um novo golpe.
Forte oposição, grave crise econômica e política: pressões
para renunciar e tentativas de impeachment.
Crime da Rua Toneleros: o chefe da guarda pessoal de
Vargas encomendou o assassinato do jornalista e
oposicionistas de Vargas, Carlos Lacerda. Lacerda tomou
um tiro no pé, e a suspeita pela tentativa de assassinato
recaiu sobre Vargas.
Em meio à crise, Getúlio Vargas suicidou-se em 1954.
16. E aos que pensam que me derrotaram respondo com
a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto
para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não
mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para
sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu
resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a
espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio,
as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos
dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada
receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da
eternidade e saio da vida para entrar na História."
(Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)
Trecho da Carta Testamento do Presidente Getúlio
Vargas.
19. O GOVERNO CAFÉ FILHO (1954-1955)
Implantação do liberalismo econômico exacerbado,
abrindo portas ao capital estrangeiro.
Ficou no poder por pouco mais de um ano, e foi
substituído pelo presidente da Câmara dos Deputados
(Carlos Luz) e depois pelo presidente do Senado
(Nereu Ramos).
Instrução 113 da SUMOC (Superintendência da
Moeda e do Crédito): garantia a importação de máquinas
e equipamentos no exterior, sem impostos, desde que os
empresários estrangeiros tivessem sócio nacional.
21. O GOVERNO JUSCELINO KUBITSCHECK (1956-1961)
Tentativa de um golpe militar após a sua eleição, por ser
considerado da linha getulista.
Política de Boa Vizinhança: através de sua habilidade
política, JK conseguiu neutralizar as oposições mais duras e
fez um mandato com bastante tranquilidade.
Surgimento das Ligas Camponesas: defesa dos
interesses do homem do campo e luta por um projeto de
reforma agrária.
Internacionalização do mercado interno com
investimentos nas indústrias de bens de consumo duráveis
(automobilística, caminhões e eletrodomésticos).
Contratação de altos empréstimos públicos externos.
22. O GOVERNO JUSCELINO KUBITSCHECK (1956-1961)
Utilização da Instrução 113 da SUMOC: entrada de
investimentos estrangeiros no país.
Plano de Metas - “50 anos em 5”: promover o
desenvolvimento e modernização do país, com o foco em
energia, transporte, indústria pesada e alimentação, a partir
de capital estrangeiro.
Construção da nova capital do país (Brasília), marcando a
ocupação sistemática da região Centro-Oeste.
Consequências do governo de JK: desnacionalização da
economia brasileira, crescimento significativo da dívida
externa e aumento da dependência da tecnologia estrangeira.
A modernização do Brasil não resolveu os problemas de
concentração de renda e desigualdade social no Brasil.
35. O GOVERNO JÂNIO QUADROS (1961)
Político personalista, carismático e moralista.
Política de contenção dos gastos públicos e de combate à
inflação.
Tinha como símbolo de seu governo a vassoura, para varrer
a corrupção do governo.
Adotou uma política externa independente, aproximando-
se dos países de Terceiro Mundo e também com a URSS e
Cuba.
Preocupação com problemas menores, proibições de: brigas
de galo, corridas de cavalo em dias úteis, maiôs indecentes
nos concursos de misses, uso de minissaias nas repartições
públicas etc.
36. O GOVERNO JÂNIO QUADROS (1961)
Renunciou com 7 meses de governo sem razões
convincentes.
Acreditava-se que Jânio queria comover o povo, que pediria
o seu retorno, dando-lhe poder para impor um governo
autoritário.
49. O GOVERNO JOÃO GOULART (1961-1964)
Após a renuncia de Jânio, o governo deveria ser entregue
ao seu vice João Goulart, entretanto, alguns setores
militares da sociedade não aceitavam a sua posse, por ser
herdeiro da política trabalhista de Vargas.
Solução parlamentarista: João Goulart assumiu o
governo, mas com os poderes limitados. Para governar
junto a ele, Tancredo Neves foi designado Primeiro-
Ministro.
Política externa independente: reatamento de relações com
a URSS, e adoção de posição contrária à expulsão de Cuba
da OEA.
50. O GOVERNO JOÃO GOULART (1961-1964)
Cancelamento das autorizações de funcionamento da
empresa de mineração americana Hanna Corporation em
Minas Gerais.
Reformas de Base: Jango iniciou um projeto de
reformas educacional, agrária e administrativa.
Após votação de plebiscito em 1963 a população escolheu
o retorno ao presidencialismo.
Plano Trienal: com o objetivo de reduzir a inflação e
manter o crescimento econômico.
Setores conservadores da sociedade combatiam as reformas
de base.
51. O GOVERNO JOÃO GOULART (1961-1964)
No campo as lutas das Ligas Camponesas pela reforma
agrária se radicalizavam.
As medidas defendidas por Jango eram barradas pelo
Congresso, e os movimentos de esquerda passaram a
comandar manifestações, greves e invasões de terras.
Marcha da Família com Deus pela Liberdade: 500
mil pessoas manifestaram-se contra a possibilidade de uma
revolução socialista no Brasil.
Em 1º de Abril de 1964, militares apoiados pela classe
média e conservadores, por meio de um golpe tomaram o
poder.