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AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL




             Maria Fernanda d´Ávila Coelho
             Mestranda em Educação/UNIVALI
OBJETIVO

    Discutir sobre os aspectos do processo
vivido pelas crianças que são relevantes
para serem acompanhados e registrados
pelo professor e que trarão tanto à criança
quanto ao próprio professor, subsídios para
seguir em frente e avançar no processo
educativo.
LEITURAS - AVALIAÇÃO

•   HADJI, 2001.
•   BONDIOLI, 2003.
•   FARIA E SALLES, 2007.
•   BALLESTER, 2003.
•   KRAMER, 2006.
•   HOHMANN E WEIKART, 1997.
•   HOFFMANN, 1999.
•   DEMO, 2006.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM


Sua função é acompanhar, orientar,
 regular e redirecionar o processo
     educativo como um todo.
AVALIAÇÃO NA
        EDUCAÇÃO INFANTIL

• A ênfase da Educação infantil é o
  processo e não o produto final: isto é,
  devemos descrever os processos pelos quais
  as     crianças     passam,      vivenciam,
  experimentam, conversam, ao invés de
  darmos maior importância a um produto final
Na Educação Infantil, a avaliação
       precisa ser entendida como:

          O Acompanhamento da
              aprendizagem
•   É preciso que o professore direcione o seu olhar, para
    contribuir na   organização de objetivos e critérios que
    auxiliem a sua observação (olhar atento), na coleta de dados
    (como registrar) e na construção de um documento mais
    significativo (o que registrar) que represente este processo
    educativo. Espera-se que neste registro apareçam vivências
    sobre as aprendizagens e o desenvolvimento da criança.
Conceituada por HADJI, 2001 como:

        AVALIAÇÃO FORMATIVA
     “A avaliação formativa implica por parte do professor,
flexibilidade e vontade de adaptação, de ajuste. Este é sem dúvida
um dos únicos indicativos capazes de fazer com que se
reconheça de fora uma avaliação formativa: o aumento da
variabilidade didática. Uma avaliação que não é seguida por uma
modificação das práticas do professor tem poucas chances de ser
formativa! Por outro lado, compreende-se por que, que se diz
freqüentemente que avaliação formativa é, antes, contínua”.
HADJI, 2001
POR QUÊ ACOMPANHAMENTO?
•   Para que uma avaliação aconteça de forma coerente, que
    atenda as necessidades tanto das crianças quanto do
    professor, é preciso uma disponibilidade e aproximidade dos
    envolvidos.
•   A avaliação deve ser entendida como elemento indissociável
    do processo educativo, possibilitando, ao professor, definir
    critérios para planejar e replanejar as suas atividades.


•   A avaliação precisa ser realizada de forma sistemática e
    contínua, visando à melhoria da ação diária educativa.
Ao acompanhar,              observar        e
registrar a ação da         criança, ele reúne
dados significativos do processo de
desenvolvimento e aprendizagem da criança
e (re)significa a sua prática docente.
AVALIAÇÃO NA
    EDUCAÇÃO INFANTIL É...
    Priorizar o acompanhamento estreito do professor às
    ações das crianças. Neste caminho a ser seguido, o
    professor pode certificar, interagir e prospectar como
    aponta HADJI (2001) a cada momento deste processo,
    interagindo e intervindo quando necessário.


•   ACOMPANHAMENTO
•   OBSERVAÇÃO
•   REGISTRO
1.ACOMPANHAMENTO

  Avaliar é estar perto,
  disponível, acessível.
          DEMO,2006
ACOMPANHAMENTO

     Durante a observação diária, enquanto
as   crianças    realizam   as   atividades,   o
professor encoraja a livre expressão, criando
oportunidades,     permitindo-lhes    conhecer
melhor os seus interesses e compreender os
processos de aprendizagem.
2.OBSERVAÇÃO
     OLHAR ATENTO
     O ato de observar contribui tanto para que o(a)
professor(a) possa perceber a singularidade e a
integralidade das crianças, quanto para que possa
realizar propostas de trabalho de acordo com suas
necessidades.
OBSERVAÇÃO - PARCERIA

• O   professor   é    um   “observador-participante”,
 interessado em registrar cuidadosamente as
 várias informações, a fim de construir um
 entendimento     das   crianças,   que   possa   ser
 compartilhado        com    seus    pares,    outros
 profissionais e com os pais.
A preocupação da Educação Infantil precisa estar centrada no
desenvolvimento e na aprendizagem da criança, considerando que
    a aprendizagem pela ação é uma condição necessária para a
             reestruturação cognitiva e para o desenvolvimento.
                                        HOHMANN; WEIKART, 1997.



      SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS DE OBSERVAÇÂO
  •   Tabelas que facilitem o registro rápido e preciso do
      professor;
  •   Fichas individuais para o registro de cada criança;
  •   Quadros para o registro das ações coletivas;
  •   Pranchetas penduradas em lugares estratégico;
3.REGISTRO

   O professor apóia a sua prática,
registrando    os  processos    de
aprendizagem das crianças com
base na qualidade das interações
estabelecidas.
                   HOHMANN E WEIKART, 1997
Sugestão para o roteiro das
      avaliações das crianças
•   Extrair os eventos que são representativos tanto da prática
    pedagógica como do processo de desenvolvimento das crianças;

•   Contextualizar as ações das crianças, individualmente e coletivas;

•   Dar visibilidade ao trabalho desenvolvido no CEI;

•   Registrar a ação das crianças e das professoras no dia-a-dia das
    turmas e das ações do CEI ressaltando as atividades de grupo;

•   Indicar as ações que serão desencadeadas a partir da reflexão
    que fizemos de cada criança e do grupo todo;
•   Enfatizar as aprendizagens individuais;
AS FALAS DAS CRIANÇAS
• É preciso considerar nos processos avaliativos das
  crianças pequenas também aquilo que elas apontam,
  ou seja, é preciso considerá-las também como
  sujeitos do processo e, conseqüentemente, como
  atores competentes para reorientar a prática de sua
  avaliação.

• As reações das crianças, suas contribuições,
  participações, falas, conclusões, sugestões e
  socializações precisam ser descritas e salientadas
  compartilhando com os pais e equipe. As falas das
  crianças    ilustram  e   confirmam     as    suas
  aprendizagens no CEI.
*DOCUMENTO FINAL
•   PARECER;
•   AVALIAÇÃO;
•   DIAGNÓSTICO;
•   RELATÓRIO;
DOCUMENTO FINAL

    Geralmente     estes    documentos   são    feitos
pensando somente nos pais, mas eles servem para
orientar toda a equipe pedagógica e principalmente
orientar as ações dos professores com relação ao
planejamento diário, e a médio e longo prazo.
Por isso, quando escrevemos essa avaliação, temos
que manter em mente que várias pessoas poderão
ler e que servirá a vários propósitos.
EXERCÍCIO
   FAÇA DE CONTA QUE VOCÊ É
UMA MÃE OU UM PAI E ESTÁ
RECEBENDO A AVALIAÇÃO DE SEU
FILHO(A).
Avaliação 1ºTrimestre
     Neste período muitas foram as atividades e vivências que
experimentei e senti no espaço em diferentes momentos do
CEI juntamente com minhas professoras.
     Brinquei com os movimentos do corpo, ouvi músicas,
também, já consigo expressar minhas vontades, apesar de
chorar para conseguir o que quero(...)
     Já brinquei com bolas, balões e bolinha de sabão, todos
estão sempre preocupados com meu desenvolvimento e
aprendizagens significativas das coisas. Tudo no CEI é
pensado para mim, preocupam-se com o meu bem estar
também, pois me mantém sempre limpinha e bem alimentada.
Por isso, vocês podem confiar em mim, pois neste lugar tenho
o melhor atendimento possível.
     Sobre minhas características posso dizer que a cada dia
cresço e me torno diferente, pois aprendo coisas novas e sei
que isso os orgulha. (...) assim sou eu a Maria.
AVALIAÇÃO 1º TRIMESTRE:
      No grupo A, Maria começa uma nova história. Ela compartilha
diariamente, descobertas, vivências, aprendizagens com: João, Arthur,
Gabriel, Fábia, Elisa, Luana, Ana,, a estagiária ... e a professora ....
      No período de adaptação Maria, pedia algumas vezes a presença dos
pais, mas com o meu apoio, logo foi se envolvendo com o grupo,
demonstrando maior segurança.
      A minha intenção é promover o bem estar das crianças, através de
momentos      significativos,   que   respeitem    o   interesse   de      cada   uma,
relacionados aos objetivos propostos.(...) Conheça a rotina do grupo A:
      Acolhida (13h30min.) – Recebo as crianças, convidando-as para uma
brincadeira e enquanto aguardamos a chegada das demais crianças para
iniciarmos a tarde. Maria prefere brincar na área da casa neste tempo,
convidando outras crianças para formar uma família e criar histórias
interessantes para as suas brincadeiras. “Gabi, você quer casar com uma
princesa? É muito legal o pirata casar com a princesa”. (Fala Maria vestida de
princesa para Gabriel que está vestido de pirata).Este ano iremos realizar
muitas atividades que envolvam o faz-de-conta através da literatura infantil
que será explorada com as crianças.
ELABORAÇÃO DO
        DOCUMENTO FINAL

• A INTRODUÇÃO serve para apresentar as
  características da criança e ela no grupo – e
  o grupo em relação a ela! Falem de seu
  trabalho enquanto professor –         que se
  preocupa com o bem estar de todos, com a
  aprendizagem significativa, que recebe as
  crianças e tudo que elas trazem em suas
  vivências e experiências.
• O grupo – quem é, como são, qual é a rotina deles,
  atividades preferidas, característica(s) do grupo;

• A criança no grupo – como ela se situa no coletivo
  – como se destaca e/ou como se coloca nele; como
  reage frente as atividades coletivas;
• As características da criança – como ela é;

• A criança e as atividades – suas preferências, suas
  reações, suas contribuições,

• A dinâmica da criança em sala – ela e a rotina –
  ela reclama, adere, participa do que? Seu
  temperamento e escolhas;
• Suas relações com os outros - ênfase na parte
  afetiva – seus relacionamentos fazendo uma ligação
  com suas características pessoais;

• Desempenho no dia-a-dia – nas atividades – como
  ela se envolve nas atividades, seu progresso, seu
  envolvimento com as atividades e pessoas;

• Curiosidades dos comportamentos das crianças
  que ilustram seu desenvolvimento – suas falas,
  gracinhas,   surpresas,    insights, contribuições,
  perguntas, observações, etc.

• Planos para futuro próximo – o que você pensa
  que a criança precisa para continuar se
  desenvolvendo de maneira progressiva e positiva, o
  que em particular você planejaria para ela. Revele o
  seu olhar particular para ela e suas projeções.
• As OBSERVAÇÕES FINAIS servem para indicar
 como o professor irá continuar o trabalho com a
 criança    em     questão,    RESSALTANDO         A
 PREOCUPAÇÃO INDIVIDUAL, MAS INTEGRANDO-
 A NO GRUPO!



DICA: Fale do grupo também, das suas intenções para
  o grupo, para o planejamento e recursos que usará.
LEMBRE-SE...
• Abordando todos estes itens, o professor
 estará   falando   tanto   das   áreas   do
 desenvolvimento infantil, como das áreas do
 currículo, trazendo a tona os quatro focos
 principais da Educação Infantil – criança,
 professor, currículo/planejamento e as
 relações.
IMPORTANTE!
• O professor deve escrever como se estivesse
  escrevendo para alguém que não conhece as
  crianças e, portanto vão revelar as dificuldades com
  moderação.

• Neste documento é o lugar do professor falar na sua
  própria    voz   revelando    suas     observações,
  planejamentos, reflexões e planos futuros. A voz da
  criança será para exemplificar aquilo que vocês
  estão falando sobre elas!
Temas delicados
• Tente não colocar panos quentes nos fatos mas sem ocultar a
  verdade lidando com o problema/questão de forma profissional;
  revelar as possibilidades, conquistas, falas, pensamentos da
  criança de maneira realista, etc.


• Prepare-se para falar das dificuldades de maneira profissional e
  ponderada, isto é, apontando as partes positivas e aquelas que
  merecem atenção.
SUGESTÕES
          para temas delicados
1. No período de adaptação, Maria sentiu-se um pouco insegura, pedindo
a presença da mãe, chorando bastante. Estes momentos ainda acontecem,
porém a posição firme de sua mãe e a minha acolhida, auxiliam a Maria a
ficar e a participar das brincadeiras deste primeiro momento.


2. Tempo de grande grupo - É um momento de grande desafio para esta
faixa etária, pois aqui as crianças precisam conviver com a espera, a
partilha, o ouvir, o falar, respeitando o ritmo de cada um. Gabriel gosta do
trabalho coletivo, no início do ano chateava-se muito quando não era
ouvido, agora já consegue se posicionar, pedindo que o escutem, mesmo
que ás vezes tenha que aumentar seu tom de voz. Algumas vezes ele se
irrita com a espera gritando e desistindo de participar.
OBSERVAÇÕES FINAIS

    TRECHO:
    (...) Tenho elaborado ações que despertem na
Maria maiores desafios quanto à alimentação,
expressão de escolhas, coordenação motora ampla,
linguagem, cuidados com o corpo, para assim,
vivenciar situações de aprendizagem ativa por meio
de um ambiente rico em interações, onde amplie seu
contato com outras crianças, adultos e objetos,
percebendo as diferentes formas de sentir, expressar
e comunicar.
Para a avaliação torna-se
 verdadeiramente útil em uma situação
   pedagógica, deve ser informativa
  (comunicativa), mostrar caminhos,
  auxiliando tanto a criança quanto o
professor, permitindo guiar e otimizar as
     aprendizagens em andamento.
                                   HADJI, 2001.
OBRIGADA!
Maria Fernanda d´Ávila Coelho
mariafernandadavila@terra.com.br

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Avaliação na educação infantil

  • 1. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Maria Fernanda d´Ávila Coelho Mestranda em Educação/UNIVALI
  • 2. OBJETIVO Discutir sobre os aspectos do processo vivido pelas crianças que são relevantes para serem acompanhados e registrados pelo professor e que trarão tanto à criança quanto ao próprio professor, subsídios para seguir em frente e avançar no processo educativo.
  • 3. LEITURAS - AVALIAÇÃO • HADJI, 2001. • BONDIOLI, 2003. • FARIA E SALLES, 2007. • BALLESTER, 2003. • KRAMER, 2006. • HOHMANN E WEIKART, 1997. • HOFFMANN, 1999. • DEMO, 2006.
  • 4. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Sua função é acompanhar, orientar, regular e redirecionar o processo educativo como um todo.
  • 5. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL • A ênfase da Educação infantil é o processo e não o produto final: isto é, devemos descrever os processos pelos quais as crianças passam, vivenciam, experimentam, conversam, ao invés de darmos maior importância a um produto final
  • 6. Na Educação Infantil, a avaliação precisa ser entendida como: O Acompanhamento da aprendizagem • É preciso que o professore direcione o seu olhar, para contribuir na organização de objetivos e critérios que auxiliem a sua observação (olhar atento), na coleta de dados (como registrar) e na construção de um documento mais significativo (o que registrar) que represente este processo educativo. Espera-se que neste registro apareçam vivências sobre as aprendizagens e o desenvolvimento da criança.
  • 7. Conceituada por HADJI, 2001 como: AVALIAÇÃO FORMATIVA “A avaliação formativa implica por parte do professor, flexibilidade e vontade de adaptação, de ajuste. Este é sem dúvida um dos únicos indicativos capazes de fazer com que se reconheça de fora uma avaliação formativa: o aumento da variabilidade didática. Uma avaliação que não é seguida por uma modificação das práticas do professor tem poucas chances de ser formativa! Por outro lado, compreende-se por que, que se diz freqüentemente que avaliação formativa é, antes, contínua”. HADJI, 2001
  • 8. POR QUÊ ACOMPANHAMENTO? • Para que uma avaliação aconteça de forma coerente, que atenda as necessidades tanto das crianças quanto do professor, é preciso uma disponibilidade e aproximidade dos envolvidos. • A avaliação deve ser entendida como elemento indissociável do processo educativo, possibilitando, ao professor, definir critérios para planejar e replanejar as suas atividades. • A avaliação precisa ser realizada de forma sistemática e contínua, visando à melhoria da ação diária educativa.
  • 9. Ao acompanhar, observar e registrar a ação da criança, ele reúne dados significativos do processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança e (re)significa a sua prática docente.
  • 10. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL É... Priorizar o acompanhamento estreito do professor às ações das crianças. Neste caminho a ser seguido, o professor pode certificar, interagir e prospectar como aponta HADJI (2001) a cada momento deste processo, interagindo e intervindo quando necessário. • ACOMPANHAMENTO • OBSERVAÇÃO • REGISTRO
  • 11. 1.ACOMPANHAMENTO Avaliar é estar perto, disponível, acessível. DEMO,2006
  • 12. ACOMPANHAMENTO Durante a observação diária, enquanto as crianças realizam as atividades, o professor encoraja a livre expressão, criando oportunidades, permitindo-lhes conhecer melhor os seus interesses e compreender os processos de aprendizagem.
  • 13. 2.OBSERVAÇÃO OLHAR ATENTO O ato de observar contribui tanto para que o(a) professor(a) possa perceber a singularidade e a integralidade das crianças, quanto para que possa realizar propostas de trabalho de acordo com suas necessidades.
  • 14. OBSERVAÇÃO - PARCERIA • O professor é um “observador-participante”, interessado em registrar cuidadosamente as várias informações, a fim de construir um entendimento das crianças, que possa ser compartilhado com seus pares, outros profissionais e com os pais.
  • 15. A preocupação da Educação Infantil precisa estar centrada no desenvolvimento e na aprendizagem da criança, considerando que a aprendizagem pela ação é uma condição necessária para a reestruturação cognitiva e para o desenvolvimento. HOHMANN; WEIKART, 1997. SUGESTÕES DE INSTRUMENTOS DE OBSERVAÇÂO • Tabelas que facilitem o registro rápido e preciso do professor; • Fichas individuais para o registro de cada criança; • Quadros para o registro das ações coletivas; • Pranchetas penduradas em lugares estratégico;
  • 16. 3.REGISTRO O professor apóia a sua prática, registrando os processos de aprendizagem das crianças com base na qualidade das interações estabelecidas. HOHMANN E WEIKART, 1997
  • 17. Sugestão para o roteiro das avaliações das crianças • Extrair os eventos que são representativos tanto da prática pedagógica como do processo de desenvolvimento das crianças; • Contextualizar as ações das crianças, individualmente e coletivas; • Dar visibilidade ao trabalho desenvolvido no CEI; • Registrar a ação das crianças e das professoras no dia-a-dia das turmas e das ações do CEI ressaltando as atividades de grupo; • Indicar as ações que serão desencadeadas a partir da reflexão que fizemos de cada criança e do grupo todo; • Enfatizar as aprendizagens individuais;
  • 18. AS FALAS DAS CRIANÇAS • É preciso considerar nos processos avaliativos das crianças pequenas também aquilo que elas apontam, ou seja, é preciso considerá-las também como sujeitos do processo e, conseqüentemente, como atores competentes para reorientar a prática de sua avaliação. • As reações das crianças, suas contribuições, participações, falas, conclusões, sugestões e socializações precisam ser descritas e salientadas compartilhando com os pais e equipe. As falas das crianças ilustram e confirmam as suas aprendizagens no CEI.
  • 19. *DOCUMENTO FINAL • PARECER; • AVALIAÇÃO; • DIAGNÓSTICO; • RELATÓRIO;
  • 20. DOCUMENTO FINAL Geralmente estes documentos são feitos pensando somente nos pais, mas eles servem para orientar toda a equipe pedagógica e principalmente orientar as ações dos professores com relação ao planejamento diário, e a médio e longo prazo. Por isso, quando escrevemos essa avaliação, temos que manter em mente que várias pessoas poderão ler e que servirá a vários propósitos.
  • 21. EXERCÍCIO FAÇA DE CONTA QUE VOCÊ É UMA MÃE OU UM PAI E ESTÁ RECEBENDO A AVALIAÇÃO DE SEU FILHO(A).
  • 22. Avaliação 1ºTrimestre Neste período muitas foram as atividades e vivências que experimentei e senti no espaço em diferentes momentos do CEI juntamente com minhas professoras. Brinquei com os movimentos do corpo, ouvi músicas, também, já consigo expressar minhas vontades, apesar de chorar para conseguir o que quero(...) Já brinquei com bolas, balões e bolinha de sabão, todos estão sempre preocupados com meu desenvolvimento e aprendizagens significativas das coisas. Tudo no CEI é pensado para mim, preocupam-se com o meu bem estar também, pois me mantém sempre limpinha e bem alimentada. Por isso, vocês podem confiar em mim, pois neste lugar tenho o melhor atendimento possível. Sobre minhas características posso dizer que a cada dia cresço e me torno diferente, pois aprendo coisas novas e sei que isso os orgulha. (...) assim sou eu a Maria.
  • 23. AVALIAÇÃO 1º TRIMESTRE: No grupo A, Maria começa uma nova história. Ela compartilha diariamente, descobertas, vivências, aprendizagens com: João, Arthur, Gabriel, Fábia, Elisa, Luana, Ana,, a estagiária ... e a professora .... No período de adaptação Maria, pedia algumas vezes a presença dos pais, mas com o meu apoio, logo foi se envolvendo com o grupo, demonstrando maior segurança. A minha intenção é promover o bem estar das crianças, através de momentos significativos, que respeitem o interesse de cada uma, relacionados aos objetivos propostos.(...) Conheça a rotina do grupo A: Acolhida (13h30min.) – Recebo as crianças, convidando-as para uma brincadeira e enquanto aguardamos a chegada das demais crianças para iniciarmos a tarde. Maria prefere brincar na área da casa neste tempo, convidando outras crianças para formar uma família e criar histórias interessantes para as suas brincadeiras. “Gabi, você quer casar com uma princesa? É muito legal o pirata casar com a princesa”. (Fala Maria vestida de princesa para Gabriel que está vestido de pirata).Este ano iremos realizar muitas atividades que envolvam o faz-de-conta através da literatura infantil que será explorada com as crianças.
  • 24. ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO FINAL • A INTRODUÇÃO serve para apresentar as características da criança e ela no grupo – e o grupo em relação a ela! Falem de seu trabalho enquanto professor – que se preocupa com o bem estar de todos, com a aprendizagem significativa, que recebe as crianças e tudo que elas trazem em suas vivências e experiências.
  • 25. • O grupo – quem é, como são, qual é a rotina deles, atividades preferidas, característica(s) do grupo; • A criança no grupo – como ela se situa no coletivo – como se destaca e/ou como se coloca nele; como reage frente as atividades coletivas; • As características da criança – como ela é; • A criança e as atividades – suas preferências, suas reações, suas contribuições, • A dinâmica da criança em sala – ela e a rotina – ela reclama, adere, participa do que? Seu temperamento e escolhas;
  • 26. • Suas relações com os outros - ênfase na parte afetiva – seus relacionamentos fazendo uma ligação com suas características pessoais; • Desempenho no dia-a-dia – nas atividades – como ela se envolve nas atividades, seu progresso, seu envolvimento com as atividades e pessoas; • Curiosidades dos comportamentos das crianças que ilustram seu desenvolvimento – suas falas, gracinhas, surpresas, insights, contribuições, perguntas, observações, etc. • Planos para futuro próximo – o que você pensa que a criança precisa para continuar se desenvolvendo de maneira progressiva e positiva, o que em particular você planejaria para ela. Revele o seu olhar particular para ela e suas projeções.
  • 27. • As OBSERVAÇÕES FINAIS servem para indicar como o professor irá continuar o trabalho com a criança em questão, RESSALTANDO A PREOCUPAÇÃO INDIVIDUAL, MAS INTEGRANDO- A NO GRUPO! DICA: Fale do grupo também, das suas intenções para o grupo, para o planejamento e recursos que usará.
  • 28. LEMBRE-SE... • Abordando todos estes itens, o professor estará falando tanto das áreas do desenvolvimento infantil, como das áreas do currículo, trazendo a tona os quatro focos principais da Educação Infantil – criança, professor, currículo/planejamento e as relações.
  • 29. IMPORTANTE! • O professor deve escrever como se estivesse escrevendo para alguém que não conhece as crianças e, portanto vão revelar as dificuldades com moderação. • Neste documento é o lugar do professor falar na sua própria voz revelando suas observações, planejamentos, reflexões e planos futuros. A voz da criança será para exemplificar aquilo que vocês estão falando sobre elas!
  • 30. Temas delicados • Tente não colocar panos quentes nos fatos mas sem ocultar a verdade lidando com o problema/questão de forma profissional; revelar as possibilidades, conquistas, falas, pensamentos da criança de maneira realista, etc. • Prepare-se para falar das dificuldades de maneira profissional e ponderada, isto é, apontando as partes positivas e aquelas que merecem atenção.
  • 31. SUGESTÕES para temas delicados 1. No período de adaptação, Maria sentiu-se um pouco insegura, pedindo a presença da mãe, chorando bastante. Estes momentos ainda acontecem, porém a posição firme de sua mãe e a minha acolhida, auxiliam a Maria a ficar e a participar das brincadeiras deste primeiro momento. 2. Tempo de grande grupo - É um momento de grande desafio para esta faixa etária, pois aqui as crianças precisam conviver com a espera, a partilha, o ouvir, o falar, respeitando o ritmo de cada um. Gabriel gosta do trabalho coletivo, no início do ano chateava-se muito quando não era ouvido, agora já consegue se posicionar, pedindo que o escutem, mesmo que ás vezes tenha que aumentar seu tom de voz. Algumas vezes ele se irrita com a espera gritando e desistindo de participar.
  • 32. OBSERVAÇÕES FINAIS TRECHO: (...) Tenho elaborado ações que despertem na Maria maiores desafios quanto à alimentação, expressão de escolhas, coordenação motora ampla, linguagem, cuidados com o corpo, para assim, vivenciar situações de aprendizagem ativa por meio de um ambiente rico em interações, onde amplie seu contato com outras crianças, adultos e objetos, percebendo as diferentes formas de sentir, expressar e comunicar.
  • 33. Para a avaliação torna-se verdadeiramente útil em uma situação pedagógica, deve ser informativa (comunicativa), mostrar caminhos, auxiliando tanto a criança quanto o professor, permitindo guiar e otimizar as aprendizagens em andamento. HADJI, 2001.
  • 34. OBRIGADA! Maria Fernanda d´Ávila Coelho mariafernandadavila@terra.com.br