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MAQUININHAS LTDA
ONataldasMaquininhasLtda.
Como está o ensaio da apresentação de
Natal? — Perguntou o vovô Juca quando
Toninho chegou em casa.
— A dona Clara está nos ensinando uma
nova canção de Natal — disse Toninho.
— Ela disse que eu vou poder cantar parte
da música sozinho.
— Que legal! — exclamou o vovô.
— É, eu tenho a melhor voz — gabou-se
Toninho. — Nenhuma outra criança canta
tão bem quanto eu.
— É mesmo? — perguntou o vovô
olhando de lado para o Toninho.
— Mas é claro. Escute só.
Toninho começou a cantar a canção que
dona Clara estava lhes ensinado.
— Muito bem — disse o vovô Juca.
— Você tem mesmo uma linda voz. Mas é
melhor tomar cuidado quando começa a
se gabar dos dons que Deus lhe deu. Pode
magoar os outros ao se gabar, porque faz
as pessoas acharem que não são tão boas
quanto você.
— Mas, e se eu for mesmo melhor que os
outros?
— Ainda assim deveria encorajar as pes-
soas, porque aí vai incentivá-las a fazer o
melhor que puderem. Nem todos têm os mes-
mos talentos, mas cada pessoa tem algo
muito especial para oferecer. Como na histó-
ria do Natal das Maquininhas Ltda.
◆ ◆ ◆
A empresa Maquininhas Ltda. foi convi-
dada para trabalhar no cenário de um filme
sobre o Natal. Todos estavam animados com
o novo trabalho. Todas as máquinas tinha pas-
sado por uma manutenção e algumas foram
até pintadas para ficarem novinhas em folha.
— Estou dependendo de cada um de
vocês para fazer o bom trabalho que sabem
fazer — disse o sr. Supervisor. — Vocês são
a melhor equipe com que já trabalhei e pre-
ciso que façam o melhor que podem. Divir-
tam-se e mãos à obra!
— Eu nunca imaginei que seria chamado
para construir um cenário de filmagem
— disse Escavito à Escavinha. — Nunca fiz
nada assim.
— Nem eu, — disse Escavinha — mas
sabemos trabalhar bem juntos e formar uma
boa equipe. Acho que é por isso que nos
chamaram para fazer esse trabalho. Então,
não se preocupe. É só fazer o seu trabalho
como sempre fez e vai dar tudo certo.
— Obrigado, Escavito — disse Escavinha.
— Foi você quem me ensinou a trabalhar.
Gostei muito de aprender com você.
— O prazer foi todo meu.
Tudo correu bem nos primeiros dias, e
fizeram muito progresso. Mas logo começa-
ram os problemas com algumas máquinas.
No intervalo do almoço, Guindaste estava
de mau humor.
— Não consigo mais trabalhar com a
Natasha — disse. — Ela está sempre que-
rendo mandar em todo o mundo e acha
que sabe tudo só porque ganhou uma pin-
tura nova. E cada vez que vou colocar uma
carga nela, fica reclamando dizendo que
vou arranhar sua pintura nova. Acho melhor
eu trabalhar sozinho.
— É, sei como é — disse Planador. — O
Escavito fica o dia inteiro dizendo que sabe
tudo sobre construção. Ele se acha mais útil
do que eu. Vou procurar outra coisa para
fazer na obra para não ter que ficar perto
dele.
Em outro canto da obra, Escavito dizia a
Pinta Faixa e Rolo Compressor que achava
que Cargo era muito preguiçoso.
— Sem falar nos irmãos Betoneira e
Cimento Bomba — acrescentou Escavito.
— Nem sei porque estão trabalhando nessa
obra.
— Estou esperando por vocês — disse
Cargo de mau humor. — Acham que estamos
de férias? Preciso trabalhar, podem vir logo?
E Cargo foi embora.
— Cargo “Carrancudo” voltou — obser-
vou Escavito. — Não fizeram nenhum con-
certo nele como na gente, por isso está tão
carrancudo.
— Mas é melhor a gente voltar a traba-
lhar, — sugeriu Rolo Compressor — senão
ele vai ficar ainda mais chateado.
— Ora, não acho que a gente precisa
dele — retrucou Escavito. — Deixem ele
reclamando o quanto quiser.
Naquela tarde, sr. Supervisor veio ver
como andavam as coisas na obra.
Algo não está bem, pensou.
Muitas das máquinas que ele mandou
trabalhar em equipe não estavam juntas.
Outras pareciam muito infelizes. Todos esta-
vam discutindo e o trabalho não estava
sendo feito da maneira certa.
Isso não está bem, pensou. Algo tem que
ser feito ou não terminaremos o trabalho a
tempo.
— Oi, sr. Supervisor — disse uma voz
animada. Era o Escavinha.
— Olá, Escavinha — respondeu o sr.
Supervisor. — Fico feliz de ver alguém
fazendo o que pedi. Você sabe o que está
acontecendo?
— Não sei, não. Eu estava ocupado tra-
balhando.
De repente, ouviram um estrondo muito
alto. Sr. Supervisor e Escavinha se viraram
para ver o que era.
— Olhe o que você me fez fazer! —
gritou Guindaste.
Um enorme tubo de metal que Guindaste
carregava tinha caído no chão. Felizmente,
não estava pendurado muito alto e não acer-
tou em ninguém.
— Não me culpe pelo seu erro — respon-
deu Natasha berrando. — Imagine o estrago
que isso teria feito na minha pintura nova!
Aquela foi a última gota para o Sr. Super-
visor.
— Calem-se, todos! — disse pelo alto-
falante.
Todos na obra ficaram quietos.
— Não estou nada feliz com o que está
acontecendo hoje — continuou. — Estava
andando pela obra e só ouvi discussões,
brigas, máquinas se gabando e outras con-
versas feias. Não é assim que se trabalha,
é?
Ninguém disse nada.
— Posso dizer uma coisa? — perguntou
Escavinha.
— Claro — respondeu o sr. Supervisor.
— O Escavinha era o único fazendo o seu
trabalho como deveria, enquanto o resto de
vocês discutiam.
C A
BUM!
— Oi, pessoal — disse Escavinha.
— Essa manhã eu estava pensando no traba-
lho maravilhoso que temos para fazer aqui.
Quero dizer, eu nunca imaginei que ajudaria
a construir um cenário de filmagem. Mas o
que é mais especial ainda é que neste cená-
rio vão fazer um filme sobre o Natal. Isso é
muito legal, se querem saber.
— Sabem, Jesus veio à Terra de um jeito
muito simples — continuou Escavinha — Ele
era o Rei de todo o universo, mas nasceu
num estábulo pequenininho e fedorento.
— Mesmo sendo tão importante e especial,
e com tudo o que podia fazer, Jesus não se
gabou de quem era, ou do que podia fazer,
mesmo tendo feito tantas coisas que ninguém
mais sabia fazer. E eu estava pensando, se
todos tentássemos ser assim, mais mansos e
humildes, conseguiríamos fazer muito mais.
— Você tem razão — disse o sr. Supervi-
sor. — Escavinha entendeu direitinho. Cada
um de vocês foi feito para uma função espe-
cífica, com certas habilidades, mas ainda
assim precisam trabalhar juntos. Precisamos
de cada um de vocês e é por isso que estão
na equipe. Talvez possam pedir desculpas
uns aos outros, e depois voltar a trabalhar
juntos nas tarefas que receberam.
Depois que todos se desculparam, todas
as máquinas de construção voltaram ao tra-
balho, dessa vez, em união, trabalhando em
equipe, e conseguiram construir um cenário
maravilhoso.
— Obrigado por nos lembrar do sentido
do Natal, — disse Planador à Escavinha
— que é nos amarmos e nos ajudarmos uns
aos outros, como Jesus amava e ajudava
outros.
◆ ◆ ◆
Duas semanas depois, na apresentação
de Natal da escola, Toninho subiu ao palco
para cantar “O Menino do Tambor” com
Pedro e Tuca. Os três cantaram muito bem
a sua parte. Depois, as crianças da escola
cantaram outras músicas e apresentaram
um teatrinho. Todos adoraram a apresenta-
ção.
— Muito bem, Toninho! — disse o vovô
Juca. — Você se apresentou muito bem.
— Obrigado. Eu contei aos outros a his-
tória que o senhor me contou. Nós trabalha-
mos em equipe e funcionou.
— É, funcionou mesmo — exclamou o
vovô. — Foi uma linda apresentação de
Natal. Estou muito orgulhoso de você.
— Feliz Natal, vovô! — disse Toninho,
enquanto dava um abraço em seu avô.
— Feliz Natal para você também, Toni-
nho!
MORAL : O Natal é uma época de
amor, de se importar com os outros e
ajudá-los. Quando celebrar o Natal
lembre-se de pensar nos outros mais do
que em si mesmo, e assim será mais feliz.

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O Natal das Maquininhas Ltda

  • 2. Como está o ensaio da apresentação de Natal? — Perguntou o vovô Juca quando Toninho chegou em casa. — A dona Clara está nos ensinando uma nova canção de Natal — disse Toninho. — Ela disse que eu vou poder cantar parte da música sozinho. — Que legal! — exclamou o vovô. — É, eu tenho a melhor voz — gabou-se Toninho. — Nenhuma outra criança canta tão bem quanto eu. — É mesmo? — perguntou o vovô olhando de lado para o Toninho. — Mas é claro. Escute só. Toninho começou a cantar a canção que dona Clara estava lhes ensinado. — Muito bem — disse o vovô Juca. — Você tem mesmo uma linda voz. Mas é melhor tomar cuidado quando começa a se gabar dos dons que Deus lhe deu. Pode magoar os outros ao se gabar, porque faz as pessoas acharem que não são tão boas quanto você. — Mas, e se eu for mesmo melhor que os outros? — Ainda assim deveria encorajar as pes- soas, porque aí vai incentivá-las a fazer o melhor que puderem. Nem todos têm os mes- mos talentos, mas cada pessoa tem algo
  • 3.
  • 4. muito especial para oferecer. Como na histó- ria do Natal das Maquininhas Ltda. ◆ ◆ ◆ A empresa Maquininhas Ltda. foi convi- dada para trabalhar no cenário de um filme sobre o Natal. Todos estavam animados com o novo trabalho. Todas as máquinas tinha pas- sado por uma manutenção e algumas foram até pintadas para ficarem novinhas em folha. — Estou dependendo de cada um de vocês para fazer o bom trabalho que sabem fazer — disse o sr. Supervisor. — Vocês são a melhor equipe com que já trabalhei e pre- ciso que façam o melhor que podem. Divir- tam-se e mãos à obra! — Eu nunca imaginei que seria chamado para construir um cenário de filmagem — disse Escavito à Escavinha. — Nunca fiz nada assim. — Nem eu, — disse Escavinha — mas sabemos trabalhar bem juntos e formar uma boa equipe. Acho que é por isso que nos chamaram para fazer esse trabalho. Então, não se preocupe. É só fazer o seu trabalho como sempre fez e vai dar tudo certo. — Obrigado, Escavito — disse Escavinha. — Foi você quem me ensinou a trabalhar. Gostei muito de aprender com você.
  • 5.
  • 6. — O prazer foi todo meu. Tudo correu bem nos primeiros dias, e fizeram muito progresso. Mas logo começa- ram os problemas com algumas máquinas. No intervalo do almoço, Guindaste estava de mau humor. — Não consigo mais trabalhar com a Natasha — disse. — Ela está sempre que- rendo mandar em todo o mundo e acha que sabe tudo só porque ganhou uma pin- tura nova. E cada vez que vou colocar uma carga nela, fica reclamando dizendo que vou arranhar sua pintura nova. Acho melhor eu trabalhar sozinho. — É, sei como é — disse Planador. — O Escavito fica o dia inteiro dizendo que sabe tudo sobre construção. Ele se acha mais útil do que eu. Vou procurar outra coisa para fazer na obra para não ter que ficar perto dele. Em outro canto da obra, Escavito dizia a Pinta Faixa e Rolo Compressor que achava que Cargo era muito preguiçoso. — Sem falar nos irmãos Betoneira e Cimento Bomba — acrescentou Escavito. — Nem sei porque estão trabalhando nessa obra. — Estou esperando por vocês — disse Cargo de mau humor. — Acham que estamos de férias? Preciso trabalhar, podem vir logo?
  • 7.
  • 8. E Cargo foi embora. — Cargo “Carrancudo” voltou — obser- vou Escavito. — Não fizeram nenhum con- certo nele como na gente, por isso está tão carrancudo. — Mas é melhor a gente voltar a traba- lhar, — sugeriu Rolo Compressor — senão ele vai ficar ainda mais chateado. — Ora, não acho que a gente precisa dele — retrucou Escavito. — Deixem ele reclamando o quanto quiser. Naquela tarde, sr. Supervisor veio ver como andavam as coisas na obra. Algo não está bem, pensou. Muitas das máquinas que ele mandou trabalhar em equipe não estavam juntas. Outras pareciam muito infelizes. Todos esta- vam discutindo e o trabalho não estava sendo feito da maneira certa. Isso não está bem, pensou. Algo tem que ser feito ou não terminaremos o trabalho a tempo. — Oi, sr. Supervisor — disse uma voz animada. Era o Escavinha. — Olá, Escavinha — respondeu o sr. Supervisor. — Fico feliz de ver alguém fazendo o que pedi. Você sabe o que está acontecendo? — Não sei, não. Eu estava ocupado tra- balhando.
  • 9.
  • 10. De repente, ouviram um estrondo muito alto. Sr. Supervisor e Escavinha se viraram para ver o que era. — Olhe o que você me fez fazer! — gritou Guindaste. Um enorme tubo de metal que Guindaste carregava tinha caído no chão. Felizmente, não estava pendurado muito alto e não acer- tou em ninguém. — Não me culpe pelo seu erro — respon- deu Natasha berrando. — Imagine o estrago que isso teria feito na minha pintura nova! Aquela foi a última gota para o Sr. Super- visor. — Calem-se, todos! — disse pelo alto- falante. Todos na obra ficaram quietos. — Não estou nada feliz com o que está acontecendo hoje — continuou. — Estava andando pela obra e só ouvi discussões, brigas, máquinas se gabando e outras con- versas feias. Não é assim que se trabalha, é? Ninguém disse nada. — Posso dizer uma coisa? — perguntou Escavinha. — Claro — respondeu o sr. Supervisor. — O Escavinha era o único fazendo o seu trabalho como deveria, enquanto o resto de vocês discutiam.
  • 12. — Oi, pessoal — disse Escavinha. — Essa manhã eu estava pensando no traba- lho maravilhoso que temos para fazer aqui. Quero dizer, eu nunca imaginei que ajudaria a construir um cenário de filmagem. Mas o que é mais especial ainda é que neste cená- rio vão fazer um filme sobre o Natal. Isso é muito legal, se querem saber. — Sabem, Jesus veio à Terra de um jeito muito simples — continuou Escavinha — Ele era o Rei de todo o universo, mas nasceu num estábulo pequenininho e fedorento. — Mesmo sendo tão importante e especial, e com tudo o que podia fazer, Jesus não se gabou de quem era, ou do que podia fazer, mesmo tendo feito tantas coisas que ninguém mais sabia fazer. E eu estava pensando, se todos tentássemos ser assim, mais mansos e humildes, conseguiríamos fazer muito mais. — Você tem razão — disse o sr. Supervi- sor. — Escavinha entendeu direitinho. Cada um de vocês foi feito para uma função espe- cífica, com certas habilidades, mas ainda assim precisam trabalhar juntos. Precisamos de cada um de vocês e é por isso que estão na equipe. Talvez possam pedir desculpas uns aos outros, e depois voltar a trabalhar juntos nas tarefas que receberam. Depois que todos se desculparam, todas as máquinas de construção voltaram ao tra-
  • 13.
  • 14. balho, dessa vez, em união, trabalhando em equipe, e conseguiram construir um cenário maravilhoso. — Obrigado por nos lembrar do sentido do Natal, — disse Planador à Escavinha — que é nos amarmos e nos ajudarmos uns aos outros, como Jesus amava e ajudava outros. ◆ ◆ ◆ Duas semanas depois, na apresentação de Natal da escola, Toninho subiu ao palco para cantar “O Menino do Tambor” com Pedro e Tuca. Os três cantaram muito bem a sua parte. Depois, as crianças da escola cantaram outras músicas e apresentaram um teatrinho. Todos adoraram a apresenta- ção. — Muito bem, Toninho! — disse o vovô Juca. — Você se apresentou muito bem. — Obrigado. Eu contei aos outros a his- tória que o senhor me contou. Nós trabalha- mos em equipe e funcionou. — É, funcionou mesmo — exclamou o vovô. — Foi uma linda apresentação de Natal. Estou muito orgulhoso de você. — Feliz Natal, vovô! — disse Toninho, enquanto dava um abraço em seu avô. — Feliz Natal para você também, Toni- nho!
  • 15.
  • 16. MORAL : O Natal é uma época de amor, de se importar com os outros e ajudá-los. Quando celebrar o Natal lembre-se de pensar nos outros mais do que em si mesmo, e assim será mais feliz.