1. P A U L O M A T H E U S P E R E I R A N U N E S
ÚLCERAS DE PRESSÃO
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2. DEFINIÇÃO
Áreas localizadas de necrose tecidual que ocorrem
quando o tecido mole é comprimido contra uma
proeminência óssea e uma superfície externa por um
tempo prolongado ou
Qualquer lesão causada por pressão contínua
resultando em danos aos tecidos subjacentes
É um dos maiores problemas médicos encontrados
em idosos hospitalizados ou vivendo em ILP.
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3. EPIDEMIOLOGIA
Estudos distorcidos:
Não considerar a ocorrência razão para notificação
Reconhecimento negativo da qualidade do atendimento.
10 – 14% dos pacientes hospitalizados
24% em ILP
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4. EPIDEMIOLOGIA
2 x probabilidade de morte em paciente acamado e
com UP
Levam até 1 ano para cura em ILP
Mais prevalentes em enfermarias de Geriatria e
Ortopedia
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7. Estágios do desenvolvimento das UPs
Estágio 1: hiperemia
– Ocorre em 30 minutos; some 1 hora após remoção da
pressão
Estágio 2: Isquemia
– Surge após pressão contínua de 2 a 6 horas. Leva no
mínimo 36 horas para desaparecer
Estágio 3: Necrose
– Pressão é mantida por mais de 6 horas; pele azulada e
endurecida. Não desaparece
Estágio 4: Ulceração
– Dentro de 2 semanas a área de necrose pode tornar-se
ulcerada e infectada
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12. DIRETRIZES PARA PREVENÇÃO
1. Identificar e avaliar indivíduos de risco que
necessitam de intervenções para prevenção ( e
identificar os fatores que os expõem a risco)
2. Garantir condições adequadas para manter a
integridade da pele e sua tolerância a sobrecargas a
irritantes
3. Proteger os tecidos contra os efeitos de forças
mecânicas externas (pressão, fricção e
cisalhamento)
4. Reduzir a incidência de úlceras por meio de
programas educacionais
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14. MEDIDAS PREVENTIVAS/EDUCATIVAS
MUDANÇA DE DECÚBITO
1. Rodízio de decúbito de 2/2h
2. Almofadas em proeminências ósseas
3. Cabeceira do leito inferior a 30º
4. Reposicionar na cadeira de h/h
5. Utilizar lençol móvel ou trapézio para transferência
do leito
6. Manter alinhamento corporal
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15. MEDIDAS PREVENTIVAS/EDUCATIVAS
CUIDADOS COM A PELE
1. Inspecionar a pele diariamente
2. Manter a pele limpa e seca
3. Utilizar sabonete suave, água morna e minimizar a fricção à
pele
4. Manter a pele hidratada com o uso de hidratantes e
emolientes
5. Utilizar barreiras protetoras contra a umidade, quando não
for possível fazer a imediata higiene após as eliminações
6. Manter lençóis secos e esticados, livre de restos alimentares
ou objetos estranhos
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16. MEDIDAS PREVENTIVAS/EDUCATIVAS
SUPERFÍCIES DE APOIO
1. Utilizar almofadas de apoio associadas a mudança
de decúbito e cuidados com a pele
2. Solicitar e indicar um colchonete e/ou almofada
que propicie conforto e que reduzam a pressão
exercida pela poltrona ou colchão
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18. AVALIAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO
1. Localização anatômica e estadiamento
2. Dimensão (comprimento, largura e profundidade)
3. Existência de trajetos fistulósos, cavitação
4. Aspecto do leito da úlcera: tecido granulação e
necrótico, sinais inflamatórios, exsudado e suas
características (quantidade, consistência, odor e
coloração)
5. Aparência da pele circundante
O registo fotográfico inicial e nas reavaliações é especialmente útil
na monitorização da resposta às medidas terapêuticas
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20. Classificação -
Estágio 1
Pele intacta;
Alteração de cor
(vermelhidão,
hematoma);
Alteração de
Temperatura
(quente ou frio)
Sensação de
dor, irritação
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21. Classificação -
Estágio 2
Derme e/ou
epiderme
afetadas
Apresenta-se
em forma de
cavidade
(cratera) rasa
ou fístulas
Úlcera
Superficial
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22. Classificação -
Estagio 3
Dano em toda
espessura da
pele;
Necrose do
tecido
subcutâneo;
Pode atingir a
fáscia;
Cavidade
profunda
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23. Classificação -
Estagio 4
Dano em toda
espessura da
pele;
Necrose tecidual;
Dano em
músculos, ossos,
tendões;
Formação de
escavações e
áreas ou
cavidades
sinusais
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25. A A B O R D A G E M T E R A P Ê U T I C A D E U M A Ú L C E R A
D E P R E S S Ã O D E V E I N C L U I R :
1 . M E D I D A S P A R A A R E D U Ç Ã O O U E L I M I N A Ç Ã O
D O S F A T O R E S D E S E N C A D E A N T E S
2 . O T I M I Z A Ç Ã O D O E S T A D O G E R A L E
N U T R I C I O N A L D O D O E N T E
3 . T R A T A M E N T O L O C A L ( C O N S E R V A D O R O U
C I R Ú R G I C O )
ABORDAGEM TERAPEUTICA
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26. Medidas para a redução/eliminação dos
fatores desencadeantes
26
30. Otimização do estado geral e nutricional
do doente
A estabilidade clínica e hemodinâmica do doente é
fundamental para otimizar a perfusão e oxigenação
tissular, essenciais para a cicatrização
O tratamento dietoterápico é baseado em:
Alta oferta calórica: 20 a 35 kcal/kg/dia;
Alta oferta protéica: 1,2 a 1,5 g/kg/dia;
Atenção aos nutrientes envolvidos no processo de
cicatrização:como exemplos vitamina A, C e zinco.
Suplementos específicos???
Cubison, Cubitan
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31. Manejo da Dor
Alívio da pressão extrínseca no local da ferida
Aplicação de curativos e coberturas protetoras
Administração de analgésicos
Administrar analgésicos sistêmicos procedendo as trocas de
curativos
Anestesia local antes do debridamento mecânico ou cirúrgico
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32. Tratamento local (conservador ou cirúrgico)
Debridamento
Limpeza
Curativos
Abordagem da colonização e infecção
Agentes Físicos
Tratamento cirúrgico
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33. DESBRIDAMENTO
A remoção de tecido necrótico ou desvitalizado
estimula a angiogênese e a formação de colágeno,
reduz o risco de infecção, e permite o correto
estadiamento e avaliação da resposta ao tratamento.
1) Mecânico com lâmina/bisturi (cirúrgico)
2) Mecânico (gaze salina; irrigação direta com solução salina,
turbilhão)
3) Enzimático (colagenase, papaína)
4) Autolítico (revestimentos oclusivos/suboclusivos como
hidrofilme, hidrogele, hidrocolóide )
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34. LIMPEZA
A solução salina (soro fisiológico) é o agente de
limpeza ideal em todo o tipo de úlceras de pressão
A utilização de anti-sépticos locais demonstrou
efeitos citotóxicos diretos in vitro sobre os
fibroblastos, podendo retardar a re-epitelização
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36. ABORDAGEM DA
COLONIZAÇÃO E
INFECÇÃO
A contaminação
bacteriana das úlceras
crônicas é universal e
inevitável. A distinção
entre os conceitos de
contaminação,
colonização,
colonização crítica,
infecção local e
infecção sistêmica são
determinantes na
decisão da instituição
de tratamento
antimicrobiano tópico
e/ou sistêmico
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39. TRATAMENTO CIRÚRGICO
Indicações:
doentes com úlceras grau III/IV que não respondem ao
tratamento conservador otimizado, situação médica e nutricional
estabilizada, programa de esvaziamento vesical e intestinal
adequado, suspensão de hábitos tabágicos, e aceitação dos riscos e
da necessidade de um programa de reabilitação pós-operatória
prolongado para redução das recorrências
Taxa de recorrência: 13-56%
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40. E T I O L O G I A E F A T O R E S D E R I S C O
A V A L I A Ç Ã O D O R I S C O
A V A L I A Ç Ã O D A P E L E
S E L E Ç Ã O D E S U P O R T E S P A R A A L Í V I O D A
P R E S S Ã O
D E M O N S T R A Ç Ã O D O S P O S I C I O N A M E N T O S
I N S T R U Ç Ã O Q U A N T O À D O C U M E N T A Ç Ã O
Programas Educacionais
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