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Filosofia 10º Ano
Professora Isaura Silva
Immanuel Kant (Königsberg, 1724 -1804)
O que é que faz com que , segundo Kant, uma
acção seja moralmente boa?
Qual é o critério para avaliar as acções?
Ser humano e acção moral
Ser Humano

Natureza com os seus
fenómenos – âmbito da
necessidade

Mundo da acção humana
– âmbito da liberdade

Sensibilidade

Razão

•Domínio dos prazeres
•Realização de desejos
•Influência dos seus impulsos

•Determinação de leis morais
•Cumprimento de deveres
•Manifestação de autonomia
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Respeito absoluto
absoluto
pela
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lei moral;
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imperativo/ordem a
imperativo/ordem a
que o indivíduo se
que o indivíduo se
terá de submeter
terá de submeter

Intenção

Vontade

Determina
a
Determina
a
moralidade
da
moralidade
da
acção; somente o
acção; somente o
sujeito a conhece
sujeito a conhece

Faculdade do espírito
Faculdade do espírito
humano capaz de
humano capaz de
contrariar a força dos
contrariar a força dos
desejos e inclinações
desejos e inclinações
sensíveis
e
de
sensíveis
e
de
determinar a acção
determinar a acção
de acordo com o
de acordo com o
imperativo moral
imperativo moral
 O corpo e a razão não têm as mesmas inclinações
 A vontade fica sujeita a conflitos entre disposições

A vontade fica dividida entre o dever (motivações racionais) e o
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

 A vontade pode escolher (é o livre-arbítrio)
 Nem sempre escolhe o dever (a moralidade)
Devido aos conflitos entre as disposições a vida ética é uma luta
Kant propõe como ideal moral o esforço para transformar a
vontade dividida e imperfeita numa vontade boa, isto é, numa
vontade que se determine a agir por dever
Só a escolha do dever por dever permite transformar a vontade
numa vontade boa
(págs. 154 a 156)
O dilema moral de Pedro
O dilema moral de Pedro
Dizer a verdade e
trair o amigo

Mentir e ajudar o
amigo

Ou
Qual o motivo de Pedro?

•Não quer ser visto pelos outros como
mentiroso
•Tem medo da polícia

•Tem pena do amigo
•Quer receber algo em troca
(favores, dinheiro, etc.)
Vontade

Intenção não é pura
ACÇÃO incorrecta
Só seria correcta se a vontade de Pedro não se deixasse influenciar pelas
inclinações sensíveis e se orientasse exclusivamente pela razão
Como descobrir a validade moral de uma acção?
Pelo motivo que está na sua origem
Diferentes tipos de acções:
Acções contrárias ao
dever
Acções imorais, que não
cumprem as regras ou
normas morais e que
surgem sempre por
inclinação sensível
IMORALIDADE
ILEGALIDADE

Acções conformes ao dever
movidas por inclinações
sensíveis
Acções que cumprem as
regras ou normas morais,
mas que ocorrem por
interesse ou vantagem
pessoal ou por qualquer
sentimento

LEGALIDADE

Acções conformes ao dever
realizadas por puro respeito
pelo dever
(Ação por Dever)
Acções que cumprem as
regras ou normas morais e
que ocorrem por total
respeito pela lei moral;
decorrem de uma exigência
puramente racional

MORALIDADE
Kant caracteriza o domínio da moralidade e apresenta um critério
para avaliar a moralidade das acções (Fundamentação da Metafísica
dos Costumes)
 Em que circunstâncias uma acção é boa?
 Basta respeitar as regras?
 Se o depositário de um bem (dinheiro) o devolve por ter medo de ser

descoberto, a acção ainda é moralmente boa?

 Devolver o dinheiro será suficiente para se poder falar em moralidade?

(pág. 156)
Legalidade

Moralidade

Carácter das acções
simplesmente boas,
i.e., em conformidade
com a norma

Carácter das acções
realizadas não só em
conformidade com a
norma, mas também
por respeito ao dever
O que é agir por dever?
É orientar-se pela disposição para a personalidade, e consiste na
elaboração de leis racionais a que a própria Razão se submete
(autonomia)
O dever é o respeito pela lei moral
As leis naturais são descritivas
dizem como a natureza
funciona

As leis morais são prescritivas
(normativas)
prescrevem um
comportamento;
são incondicionais e
absolutas;
são um imperativo categórico
(uma ordem incondicional).
Texto 4, pág.157
HIPOTÉTICO
Ordena

CATEGÓRICO

que se cumpra É um mandamento que nos
determinada
acção
em indica universalmente como
concreto
para
atingir proceder, como devemos agir
determinado fim desejado
Diz respeito à forma e ao
“se queres A, deves fazer B”
princípio de que a acção deriva
(a lei moral)
“Se queres ser atleta, treina.”


Significa a determinação de uma acção como
necessária em si mesma, i. é, absolutamente
desinteressada.



É uma espécie de mandamento que “obriga” o sujeito
moral a submeter-se ao dever.
(págs.158/9)
Age unicamente de acordo com a máxima que te faça
simultaneamente desejar a sua transformação em lei
universal
Ou
Age como se a máxima da tua acção devesse ser
instituída pela tua vontade como LEI UNIVERSAL DA
NATUREZA
MÁXIMA
(pág.156)


Princípio subjectivo de
acção, i. é, princípios
concretos que o sujeito
toma como válidos para a
sua vontade

LEI MORAL


Princípio objectivo, i. é,
válido para a vontade de
todos os seres racionais,
indicando a forma como
deve agir

Só possui valor moral a máxima que
puder ser universalizável
A

máxima ou princípio que orienta a minha
acção deve converter-se em lei universal?

 Devem

todos os seres humanos aderir a essa
lei, caso estejam em circunstâncias
semelhantes?
Texto Kant (1)
Age de tal forma que trates a humanidade, tanto na tua
pessoa como na de qualquer outro, sempre
simultaneamente como um fim, e nunca como um meio.

Texto Kant (2)


É a vontade que
escolhe agir em
função do dever.



Disposição para a
racionalidade, pois
enquanto
ser
racional
o
ser
humano
tem
exigências
autoimpostas pela razão:

Exigência
de
desprendimento
das
necessidades
e
inclinações sensíveis e
dos interesses pessoais;
 Autonomia.

Propriedade da vontade

de se constituir como a sua
própria lei;
A razão deve ser

autónoma, i. é, criar as leis
a que deverá, depois,
submeter-se: só assim
haverá liberdade.



A autonomia da vontade
é o princípio supremo da
moralidade e o
fundamento da
dignidade e do respeito
devido ao ser moral ou
pessoa.
Perguntas
 qual o

fundamento da
moralidade das
acções?
 qual o critério

para avaliar a
moralidade das
acções?

Segundo Kant
O fundamento da moralidade é a
racionalidade, i.e. , a autonomia da
vontade
Isso implica:
 cumprimento do dever por dever
independência face às disposições
sensíveis




opção pela personalidade
O critério para identificar uma acção como boa é o carácter
incondicional e universalizável da máxima que determina a
escolha, ou seja, o carácter racional da lei moral
Organograma conceptual
A ética racional de KANT

Ser Humano
Disposição para a Disposição para a
animalidade ►

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humanidade

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cumpre a lei
o móbil são as inclinações sensíveis
acção por interesse, não por dever

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Disposição para a
personalidade

lei moral racional
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A filosofia moral de kant

  • 3. O que é que faz com que , segundo Kant, uma acção seja moralmente boa? Qual é o critério para avaliar as acções?
  • 4. Ser humano e acção moral Ser Humano Natureza com os seus fenómenos – âmbito da necessidade Mundo da acção humana – âmbito da liberdade Sensibilidade Razão •Domínio dos prazeres •Realização de desejos •Influência dos seus impulsos •Determinação de leis morais •Cumprimento de deveres •Manifestação de autonomia Vontade Acção
  • 5. CONCEITOS Dever Respeito Respeito absoluto absoluto pela pela lei lei moral; moral; imperativo/ordem a imperativo/ordem a que o indivíduo se que o indivíduo se terá de submeter terá de submeter Intenção Vontade Determina a Determina a moralidade da moralidade da acção; somente o acção; somente o sujeito a conhece sujeito a conhece Faculdade do espírito Faculdade do espírito humano capaz de humano capaz de contrariar a força dos contrariar a força dos desejos e inclinações desejos e inclinações sensíveis e de sensíveis e de determinar a acção determinar a acção de acordo com o de acordo com o imperativo moral imperativo moral
  • 6.  O corpo e a razão não têm as mesmas inclinações  A vontade fica sujeita a conflitos entre disposições A vontade fica dividida entre o dever (motivações racionais) e o prazer (inclinações sensíveis)   A vontade pode escolher (é o livre-arbítrio)  Nem sempre escolhe o dever (a moralidade)
  • 7. Devido aos conflitos entre as disposições a vida ética é uma luta Kant propõe como ideal moral o esforço para transformar a vontade dividida e imperfeita numa vontade boa, isto é, numa vontade que se determine a agir por dever Só a escolha do dever por dever permite transformar a vontade numa vontade boa (págs. 154 a 156)
  • 8. O dilema moral de Pedro
  • 9. O dilema moral de Pedro Dizer a verdade e trair o amigo Mentir e ajudar o amigo Ou Qual o motivo de Pedro? •Não quer ser visto pelos outros como mentiroso •Tem medo da polícia •Tem pena do amigo •Quer receber algo em troca (favores, dinheiro, etc.) Vontade Intenção não é pura ACÇÃO incorrecta Só seria correcta se a vontade de Pedro não se deixasse influenciar pelas inclinações sensíveis e se orientasse exclusivamente pela razão
  • 10.
  • 11. Como descobrir a validade moral de uma acção? Pelo motivo que está na sua origem Diferentes tipos de acções: Acções contrárias ao dever Acções imorais, que não cumprem as regras ou normas morais e que surgem sempre por inclinação sensível IMORALIDADE ILEGALIDADE Acções conformes ao dever movidas por inclinações sensíveis Acções que cumprem as regras ou normas morais, mas que ocorrem por interesse ou vantagem pessoal ou por qualquer sentimento LEGALIDADE Acções conformes ao dever realizadas por puro respeito pelo dever (Ação por Dever) Acções que cumprem as regras ou normas morais e que ocorrem por total respeito pela lei moral; decorrem de uma exigência puramente racional MORALIDADE
  • 12. Kant caracteriza o domínio da moralidade e apresenta um critério para avaliar a moralidade das acções (Fundamentação da Metafísica dos Costumes)  Em que circunstâncias uma acção é boa?  Basta respeitar as regras?  Se o depositário de um bem (dinheiro) o devolve por ter medo de ser descoberto, a acção ainda é moralmente boa?  Devolver o dinheiro será suficiente para se poder falar em moralidade? (pág. 156)
  • 13. Legalidade Moralidade Carácter das acções simplesmente boas, i.e., em conformidade com a norma Carácter das acções realizadas não só em conformidade com a norma, mas também por respeito ao dever
  • 14. O que é agir por dever? É orientar-se pela disposição para a personalidade, e consiste na elaboração de leis racionais a que a própria Razão se submete (autonomia) O dever é o respeito pela lei moral
  • 15. As leis naturais são descritivas dizem como a natureza funciona As leis morais são prescritivas (normativas) prescrevem um comportamento; são incondicionais e absolutas; são um imperativo categórico (uma ordem incondicional).
  • 17. HIPOTÉTICO Ordena CATEGÓRICO que se cumpra É um mandamento que nos determinada acção em indica universalmente como concreto para atingir proceder, como devemos agir determinado fim desejado Diz respeito à forma e ao “se queres A, deves fazer B” princípio de que a acção deriva (a lei moral) “Se queres ser atleta, treina.”
  • 18.  Significa a determinação de uma acção como necessária em si mesma, i. é, absolutamente desinteressada.  É uma espécie de mandamento que “obriga” o sujeito moral a submeter-se ao dever. (págs.158/9)
  • 19. Age unicamente de acordo com a máxima que te faça simultaneamente desejar a sua transformação em lei universal Ou Age como se a máxima da tua acção devesse ser instituída pela tua vontade como LEI UNIVERSAL DA NATUREZA
  • 20. MÁXIMA (pág.156)  Princípio subjectivo de acção, i. é, princípios concretos que o sujeito toma como válidos para a sua vontade LEI MORAL  Princípio objectivo, i. é, válido para a vontade de todos os seres racionais, indicando a forma como deve agir Só possui valor moral a máxima que puder ser universalizável
  • 21. A máxima ou princípio que orienta a minha acção deve converter-se em lei universal?  Devem todos os seres humanos aderir a essa lei, caso estejam em circunstâncias semelhantes? Texto Kant (1)
  • 22. Age de tal forma que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na de qualquer outro, sempre simultaneamente como um fim, e nunca como um meio. Texto Kant (2)
  • 23.  É a vontade que escolhe agir em função do dever.  Disposição para a racionalidade, pois enquanto ser racional o ser humano tem exigências autoimpostas pela razão: Exigência de desprendimento das necessidades e inclinações sensíveis e dos interesses pessoais;  Autonomia. 
  • 24. Propriedade da vontade de se constituir como a sua própria lei; A razão deve ser autónoma, i. é, criar as leis a que deverá, depois, submeter-se: só assim haverá liberdade.  A autonomia da vontade é o princípio supremo da moralidade e o fundamento da dignidade e do respeito devido ao ser moral ou pessoa.
  • 25. Perguntas  qual o fundamento da moralidade das acções?  qual o critério para avaliar a moralidade das acções? Segundo Kant O fundamento da moralidade é a racionalidade, i.e. , a autonomia da vontade Isso implica:  cumprimento do dever por dever independência face às disposições sensíveis   opção pela personalidade
  • 26. O critério para identificar uma acção como boa é o carácter incondicional e universalizável da máxima que determina a escolha, ou seja, o carácter racional da lei moral
  • 27. Organograma conceptual A ética racional de KANT Ser Humano Disposição para a Disposição para a animalidade ► ◄ humanidade acção legal ↓ cumpre a lei o móbil são as inclinações sensíveis acção por interesse, não por dever ► ◄ ↓ Disposição para a personalidade lei moral racional imperativo categórico dever acção moral (por dever) autonomia vontade boa Ser Humano (pessoa) fim em si mesmo