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Metrologia
Capítulo 12
RUGOSIDADE
Um problema
O supervisor de uma empresa verificou que os trabalhos
de usinagem não estavam em condições de atender aos
requisitos do projeto. Por isso, contratou um técnico
para explicar ao seu pessoal as normas e aparelhos
utilizados para a verificação do acabamento superficial
das peças.
Vamos acompanhar as explicações?
Rugosidade das superfícies
As superfícies dos componentes mecânicos devem ser adequadas
ao tipo de função que exercem.
Por esse motivo, a importância do estudo do acabamento
superficial aumenta à medida que crescem as exigências do
projeto.
As superfícies dos componentes deslizantes, como o eixo de um
mancal, devem ser lisas para que o atrito seja o menor possível.
Já as exigências de acabamento das superfícies externas da tampa
e da base do mancal são menores.
A produção das superfícies lisas exige, em geral, custo de
fabricação mais elevado.
Os diferentes processos de fabricação de componentes
mecânicos determinam acabamentos diversos nas suas
superfícies.
As superfícies, por mais perfeitas que sejam, apresentam
irregularidades. E essas irregularidades compreendem
dois grupos de erros: erros macrogeométricos e erros
microgeométricos.
Erros macrogeométricos
São os erros de forma, verificáveis por meio de
instrumentos convencionais de medição, como
micrômetros, relógios comparadores, projetores de
perfil etc.
Entre esses erros, incluem-se divergências de
ondulações, ovalização, retilineidade, planicidade,
circularidade etc.
Durante a usinagem, as principais causas dos erros
macrogeométricos são:
 defeitos em guias de máquinas-ferramenta;
 desvios da máquina ou da peça;
 fixação errada da peça;
 distorção devida ao tratamento térmico.
Erros microgeométricos
São os erros conhecidos como rugosidade.
Rugosidade
É o conjunto de irregularidades, isto é, pequenas
saliências e reentrâncias que caracterizam uma
superfície. Essas irregularidades podem ser avaliadas
com aparelhos eletrônicos, a exemplo do rugosímetro. A
rugosidade desempenha um papel importante no
comportamento dos componentes mecânicos.
Ela influi na:
 qualidade de deslizamento;
 resistência ao desgaste;
 possibilidade de ajuste do acoplamento forçado;
 resistência oferecida pela superfície ao escoamento de
fluidos e lubrificantes;
 qualidade de aderência que a estrutura oferece às
camadas protetoras;
 resistência à corrosão e à fadiga;
 vedação;
 aparência.
A grandeza, a orientação e o grau de irregularidade da
rugosidade podem indicar suas causas que, entre outras, são:
 imperfeições nos mecanismos das máquinas-ferramenta;
 vibrações no sistema peça-ferramenta;
 desgaste das ferramentas;
 o próprio método de conformação da peça.
Conceitos básicos
Para estudar e criar sistemas de avaliação do estado da
superfície, é necessário definir previamente diversos
termos e conceitos que possam criar uma linguagem
apropriada. Com essa finalidade utilizaremos as
definições da norma NBR 6405/1988.
Superfície geométrica
Superfície ideal prescrita no projeto, na qual não
existem erros de forma e acabamento. Por exemplo:
superfícies plana, cilíndrica etc., que sejam, por
definição, perfeitas. Na realidade, isso não existe; trata-
se apenas de uma referência.
Superfície real
Superfície que limita o corpo e o separa do meio que o
envolve. É a superfície que resulta do método
empregado na sua produção. Por exemplo:
torneamento, retífica, ataque químico etc. Superfície
que podemos ver e tocar.
Superfície efetiva
Superfície avaliada pela técnica de medição, com forma
aproximada da superfície real de uma peça. É a
superfície apresentada e analisada pelo aparelho de
medição. É importante esclarecer que existem
diferentes sistemas e condições de medição que
apresentam diferentes superfícies efetivas.
Perfil geométrico
Interseção da superfície geométrica com um plano
perpendicular. Por exemplo: uma superfície plana
perfeita, cortada por um plano perpendicular, originará
um perfil geométrico que será uma linha reta.
Perfil real
Intersecção da superfície real com um plano
perpendicular. Neste caso, o plano perpendicular
(imaginário) cortará a superfície que resultou do
método de usinagem e originará uma linha irregular.
Perfil efetivo
Imagem aproximada do perfil real, obtido por um meio
de avaliação ou medição. Por exemplo: o perfil
apresentado por um registro gráfico, sem qualquer
filtragem e com as limitações atuais da eletrônica.
Perfil de rugosidade
Obtido a partir do perfil efetivo, por um instrumento de
avaliação, após filtragem. É o perfil apresentado por um
registro gráfico, depois de uma filtragem para eliminar a
ondulação à qual se sobrepõe geralmente a rugosidade.
Composição da superfície
Tomando-se uma pequena porção da superfície,
observam-se certos elementos que a compõem.
A figura representa um perfil efetivo de uma superfície,
e servirá de exemplo para salientar os elementos que
compõem a textura superficial, decompondo o perfil.
(A) Rugosidade ou textura primária é o conjunto das
irregularidades causadas pelo processo de produção,
que são as impressões deixadas pela ferramenta (fresa,
pastilha, rolo laminador, etc.).
Lembrete: a rugosidade é também chamada de erro
microgeométrico.
(B) Ondulação ou textura secundária é o conjunto
das irregularidades causadas por vibrações ou deflexões
do sistema de produção ou do tratamento térmico.
(C) Orientação das irregularidades é a direção geral dos
componentes da textura, e são classificados como:
 orientação ou perfil periódico - quando os sulcos têm
direções definidas;
 orientação ou perfil aperiódico - quando os sulcos
não têm direções definidas.
(D) Passo das irregularidades é a média das distâncias entre as
saliências.
D1: passo das irregularidades da textura primária;
D2: passo das irregularidades da textura secundária.
O passo pode ser designado pela freqüência das irregularidades.
(E) Altura ou amplitude das irregularidades. Examinamos
somente as irregularidades da textura primária.
Critérios para avaliar a rugosidade
Comprimento de amostragem (Cut off)
Toma-se o perfil efetivo de uma superfície num comprimento lm,
comprimento total de avaliação. Chama-se o comprimento le de
comprimento de amostragem (NBR 6405/1988).
O comprimento de amostragem nos aparelhos eletrônicos,
chamado de cut-off (le), não deve ser confundido com a distância
total (lt) percorrida pelo apalpador sobre a superfície.
É recomendado pela norma ISO que os rugosímetros
devam medir 5 comprimentos de amostragem e devem
indicar o valor médio.
A distância percorrida pelo apalpador deverá ser igual a
5 le mais a distância para atingir a velocidade de
medição lv e para a parada do apalpador lm.
Como o perfil apresenta rugosidade e ondulação, o
comprimento de amostragem filtra a ondulação.
A rugosidade H2 é maior, pois le2 incorpora ondulação.
A rugosidade H1 é menor, pois, como o comprimento le1 é menor, ele
filtra a ondulação.
Sistemas de medição da rugosidade
superficial
São usados dois sistemas básicos de medida: o da linha
média M e o da envolvente E. O sistema da linha média
é o mais utilizado. Alguns países adotam ambos os
sistemas. No Brasil - pelas Normas ABNT NBR
6405/1988 e NBR 8404/1984 -, é adotado o sistema M.
Sistema M
No sistema da linha média, ou sistema M, todas as
grandezas da medição da rugosidade são definidas a
partir do seguinte conceito de linha média:
Linha média é a linha paralela à direção geral do perfil,
no comprimento da amostragem, de tal modo que a
soma das áreas superiores, compreendidas entre ela e o
perfil efetivo, seja igual à soma das áreas inferiores, no
comprimento da amostragem (le).
A1 e A2 áreas acima da linha média = A3 área abaixo da
linha média.

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  • 2. Um problema O supervisor de uma empresa verificou que os trabalhos de usinagem não estavam em condições de atender aos requisitos do projeto. Por isso, contratou um técnico para explicar ao seu pessoal as normas e aparelhos utilizados para a verificação do acabamento superficial das peças. Vamos acompanhar as explicações?
  • 3. Rugosidade das superfícies As superfícies dos componentes mecânicos devem ser adequadas ao tipo de função que exercem. Por esse motivo, a importância do estudo do acabamento superficial aumenta à medida que crescem as exigências do projeto. As superfícies dos componentes deslizantes, como o eixo de um mancal, devem ser lisas para que o atrito seja o menor possível. Já as exigências de acabamento das superfícies externas da tampa e da base do mancal são menores.
  • 4. A produção das superfícies lisas exige, em geral, custo de fabricação mais elevado. Os diferentes processos de fabricação de componentes mecânicos determinam acabamentos diversos nas suas superfícies. As superfícies, por mais perfeitas que sejam, apresentam irregularidades. E essas irregularidades compreendem dois grupos de erros: erros macrogeométricos e erros microgeométricos.
  • 5. Erros macrogeométricos São os erros de forma, verificáveis por meio de instrumentos convencionais de medição, como micrômetros, relógios comparadores, projetores de perfil etc. Entre esses erros, incluem-se divergências de ondulações, ovalização, retilineidade, planicidade, circularidade etc.
  • 6. Durante a usinagem, as principais causas dos erros macrogeométricos são:  defeitos em guias de máquinas-ferramenta;  desvios da máquina ou da peça;  fixação errada da peça;  distorção devida ao tratamento térmico.
  • 7. Erros microgeométricos São os erros conhecidos como rugosidade.
  • 8. Rugosidade É o conjunto de irregularidades, isto é, pequenas saliências e reentrâncias que caracterizam uma superfície. Essas irregularidades podem ser avaliadas com aparelhos eletrônicos, a exemplo do rugosímetro. A rugosidade desempenha um papel importante no comportamento dos componentes mecânicos.
  • 9. Ela influi na:  qualidade de deslizamento;  resistência ao desgaste;  possibilidade de ajuste do acoplamento forçado;  resistência oferecida pela superfície ao escoamento de fluidos e lubrificantes;
  • 10.  qualidade de aderência que a estrutura oferece às camadas protetoras;  resistência à corrosão e à fadiga;  vedação;  aparência.
  • 11. A grandeza, a orientação e o grau de irregularidade da rugosidade podem indicar suas causas que, entre outras, são:  imperfeições nos mecanismos das máquinas-ferramenta;  vibrações no sistema peça-ferramenta;  desgaste das ferramentas;  o próprio método de conformação da peça.
  • 12. Conceitos básicos Para estudar e criar sistemas de avaliação do estado da superfície, é necessário definir previamente diversos termos e conceitos que possam criar uma linguagem apropriada. Com essa finalidade utilizaremos as definições da norma NBR 6405/1988.
  • 13. Superfície geométrica Superfície ideal prescrita no projeto, na qual não existem erros de forma e acabamento. Por exemplo: superfícies plana, cilíndrica etc., que sejam, por definição, perfeitas. Na realidade, isso não existe; trata- se apenas de uma referência.
  • 14.
  • 15. Superfície real Superfície que limita o corpo e o separa do meio que o envolve. É a superfície que resulta do método empregado na sua produção. Por exemplo: torneamento, retífica, ataque químico etc. Superfície que podemos ver e tocar.
  • 16.
  • 17. Superfície efetiva Superfície avaliada pela técnica de medição, com forma aproximada da superfície real de uma peça. É a superfície apresentada e analisada pelo aparelho de medição. É importante esclarecer que existem diferentes sistemas e condições de medição que apresentam diferentes superfícies efetivas.
  • 18.
  • 19. Perfil geométrico Interseção da superfície geométrica com um plano perpendicular. Por exemplo: uma superfície plana perfeita, cortada por um plano perpendicular, originará um perfil geométrico que será uma linha reta.
  • 20.
  • 21. Perfil real Intersecção da superfície real com um plano perpendicular. Neste caso, o plano perpendicular (imaginário) cortará a superfície que resultou do método de usinagem e originará uma linha irregular.
  • 22.
  • 23. Perfil efetivo Imagem aproximada do perfil real, obtido por um meio de avaliação ou medição. Por exemplo: o perfil apresentado por um registro gráfico, sem qualquer filtragem e com as limitações atuais da eletrônica.
  • 24.
  • 25. Perfil de rugosidade Obtido a partir do perfil efetivo, por um instrumento de avaliação, após filtragem. É o perfil apresentado por um registro gráfico, depois de uma filtragem para eliminar a ondulação à qual se sobrepõe geralmente a rugosidade.
  • 26.
  • 27. Composição da superfície Tomando-se uma pequena porção da superfície, observam-se certos elementos que a compõem. A figura representa um perfil efetivo de uma superfície, e servirá de exemplo para salientar os elementos que compõem a textura superficial, decompondo o perfil.
  • 28.
  • 29. (A) Rugosidade ou textura primária é o conjunto das irregularidades causadas pelo processo de produção, que são as impressões deixadas pela ferramenta (fresa, pastilha, rolo laminador, etc.). Lembrete: a rugosidade é também chamada de erro microgeométrico.
  • 30. (B) Ondulação ou textura secundária é o conjunto das irregularidades causadas por vibrações ou deflexões do sistema de produção ou do tratamento térmico.
  • 31. (C) Orientação das irregularidades é a direção geral dos componentes da textura, e são classificados como:  orientação ou perfil periódico - quando os sulcos têm direções definidas;  orientação ou perfil aperiódico - quando os sulcos não têm direções definidas.
  • 32. (D) Passo das irregularidades é a média das distâncias entre as saliências. D1: passo das irregularidades da textura primária; D2: passo das irregularidades da textura secundária. O passo pode ser designado pela freqüência das irregularidades. (E) Altura ou amplitude das irregularidades. Examinamos somente as irregularidades da textura primária.
  • 33. Critérios para avaliar a rugosidade Comprimento de amostragem (Cut off) Toma-se o perfil efetivo de uma superfície num comprimento lm, comprimento total de avaliação. Chama-se o comprimento le de comprimento de amostragem (NBR 6405/1988). O comprimento de amostragem nos aparelhos eletrônicos, chamado de cut-off (le), não deve ser confundido com a distância total (lt) percorrida pelo apalpador sobre a superfície.
  • 34. É recomendado pela norma ISO que os rugosímetros devam medir 5 comprimentos de amostragem e devem indicar o valor médio.
  • 35. A distância percorrida pelo apalpador deverá ser igual a 5 le mais a distância para atingir a velocidade de medição lv e para a parada do apalpador lm. Como o perfil apresenta rugosidade e ondulação, o comprimento de amostragem filtra a ondulação.
  • 36. A rugosidade H2 é maior, pois le2 incorpora ondulação. A rugosidade H1 é menor, pois, como o comprimento le1 é menor, ele filtra a ondulação.
  • 37. Sistemas de medição da rugosidade superficial São usados dois sistemas básicos de medida: o da linha média M e o da envolvente E. O sistema da linha média é o mais utilizado. Alguns países adotam ambos os sistemas. No Brasil - pelas Normas ABNT NBR 6405/1988 e NBR 8404/1984 -, é adotado o sistema M.
  • 38. Sistema M No sistema da linha média, ou sistema M, todas as grandezas da medição da rugosidade são definidas a partir do seguinte conceito de linha média: Linha média é a linha paralela à direção geral do perfil, no comprimento da amostragem, de tal modo que a soma das áreas superiores, compreendidas entre ela e o perfil efetivo, seja igual à soma das áreas inferiores, no comprimento da amostragem (le).
  • 39. A1 e A2 áreas acima da linha média = A3 área abaixo da linha média.

Hinweis der Redaktion

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