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“Quase todos os homens são capazes
de suportar adversidades, mas se quiser
     por à prova o caráter de um
       homem, dê-lhe poder.”




          Abraham Lincoln
 Historicamente, a atenção à saúde no Brasil tem investido
  na formulação, implementação e concretização de
  políticas de promoção, proteção e recuperação da
  saúde.
 A saúde, como produção social de determinação
  múltipla e complexa, exige a participação ativa de todos
  os sujeitos envolvidos em sua produção –
  usuários, movimentos sociais, trabalhadores da
  Saúde, gestores do setor sanitário e de outros setores –, na
  análise e na formulação de ações que visem à melhoria
  da qualidade de vida. O paradigma promocional vem
  colocar a necessidade de que o processo de produção
  do conhecimento e das práticas no campo da Saúde e
  no campo das políticas públicas faça-se por meio da
  construção e da gestão compartilhadas.
 Neste contexto, a garantia da saúde implica assegurar
  o acesso universal e igualitário dos cidadãos aos
  serviços de saúde, como também à formulação de
  políticas sociais e econômicas que operem na redução
  dos riscos de adoecer.
 A promoção da saúde apresenta-se como um
  mecanismo de fortalecimento e implantação de uma
  política transversal, integrada e intersetorial, que faça
  dialogar as diversas áreas do setor sanitário, os outros
  setores do Governo, o setor privado e não-
  governamental, e a sociedade, compondo redes de
  compromisso e co-responsabilidade quanto à
  qualidade de vida da população em que todos sejam
  partícipes na proteção e no cuidado com a vida.
   O setor saúde sofreu as influências de todo o
    contexto político-social pelo qual o Brasil passou
    ao longo do tempo.
   1500 – A atenção à saúde limitava-se aos próprios
    recursos da terra (plantas, ervas) e, àqueles
    que, por conhecimentos empíricos
    (curandeiros), desenvolviam as suas habilidades
    na arte de curar.
   A vinda da família Real ao Brasil criou a
    necessidade da organização de uma estrutura
    sanitária mínima, capaz de dar suporte ao poder
    que se instalava na cidade do Rio de Janeiro.
   1808 - Dom João VI fundou na Bahia o Colégio
    Médico - Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade
    de Salvador. No mês de novembro do mesmo ano
    foi criada a Escola de Cirurgia do Rio de
    Janeiro, anexa ao real Hospital Militar.
   1889 - Naturalmente, a falta de um modelo sanitário
    para o país, deixavam as cidades brasileiras a mercê
    das epidemias.
   1900 - A cidade do Rio de Janeiro apresentava um
    quadro sanitário caótico caracterizado pela
    presença de diversas doenças graves que
    acometiam à população, o que acabou gerando
    sérias consequências tanto para saúde coletiva
    quanto para outros setores, como o do comércio
    exterior, visto que os navios estrangeiros não mais
    queriam atracar no porto do Rio de Janeiro em
    função da situação sanitária existente na cidade.
 1910 - O governo central, preocupado com a
  insatisfação do operariado urbano, iniciou a
  regulamentação do trabalho, a partir da década de
  10, criando as Caixas de Aposentadoria e Pensões
  (CAPs). É a primeira vez que o Estado interfere para
  criar um mecanismo destinado a garantir ao
  trabalhador algum tipo de assistência. Todavia, o
  direito às CAPs é desigual, pois elas são organizadas
  somente nas empresas que estão ligadas à exportação
  e ao comércio (ferroviárias, marítimas e bancárias).
 1920 - Somente na década de 20 é que se dá a
  primeira medida concreta, em nível nacional, para a
  criação do sistema de saúde pública, com o médico
  sanitarista Oswaldo Cruz, que resolve o problema
  sanitário, implementando, progressivamente, instituiçõe
  s públicas de higiene e saúde. Oswaldo Cruz adotou o
  modelo das 'campanhas sanitárias', destinado a
  combater as epidemias urbanas e, mais tarde, as
  endemias rurais (LUZ,1991).
 As campanhas de saúde pública eram organizadas de tal
  forma que assemelhavam-se a campanhas militares,
  dividindo as cidades em distritos, encarcerando os
  doentes portadores de doenças contagiosas e
  obrigando, pela força, o emprego de práticas sanitaristas.
  Esta situação levou à "Revolta da Vacina", no Rio de
  Janeiro, quando a população revoltou-se com a
  obrigatoriedade da vacina contra a varíola.
 1930 - A partir de 30, o Estado recebe fortes pressões por
  parte de intelectuais e militares para a criação de novos
  serviços na área de Saúde Pública, culminando em 1931
  com a criação do Ministério de Educação e Saúde.
 Considerados o marco da medicina previdenciária no
  Brasil, é criado em 1930 os Institutos de Aposentadoria e
  Pensões (IAPs), os quais, diferentemente das antigas
  Caixas, são organizados por categorias profissionais, não
  mais por empresas.
 1945 à 1964 – Este período caracteriza-se pela crise do
  regime populista e pela tentativa de implantação de
  um projeto de desenvolvimento econômico industrial.
  As condições de saúde da maioria da população
  piorava.
 A influência americana na área da saúde, refletiu-se
  na construção de um modelo semelhante aos padrões
  americanos, no qual a construção de grandes hospitais
  e equipamentos, concentra o atendimento médico de
  toda uma região, colocando em segundo plano a
  rede de postos de saúde, consultórios e
  ambulatórios, cujos custos são bem menores.
 1967 à 1973 - A construção ou reforma de inúmeras
  clínicas e hospitais privados, com financiamento da
  Previdência Social e o enfoque à medicina curativa fez
  com que multiplicassem, por todo o país, as
  faculdades particulares de medicina.
 1980 - Surgiram vários projetos que pretendiam
  estender a cobertura dos serviços de saúde para toda
  a população, com ênfase na saúde pública. Em todos
  eles havia uma idéia de integração da Saúde Pública
  com a assistência médica individual e por isso foram
  combatidos pelos grupos médicos privados e pela
  própria burocracia do INAMPS.
 O SUDS (Sistema Unificado e Descentralizado de
  Saúde), aprovado em 1987, foi o antecessor dos SUS
  (Sistema Único de Saúde). O SUDS surgiu sob a forma
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 1988 - O Nascimento do SUS - Após a VIII Conferência
  Nacional da Saúde é que ocorreu a aprovação da
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  etc., e a instituição do SUS (Sistema Único de Saúde) na
  Constituição de 1988.
   A Carta Magna de 1988 garante a saúde como
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   Uma das etapas para a implementação do SUS no
    Brasil é a municipalização da saúde, ou seja, que o
    município se responsabilize em administrar o dinheiro
    arrecadado e promova ações em saúde.
   A política observa os seguintes princípios e
    diretrizes: universalidade; integralidade;
    participação da comunidade, dos trabalhadores
    e do controle social; descentralização;
    hierarquização; equidade e precaução.
   A política social designa do controle de todas as
    necessidades sócias básicas e valorização das
    pessoas não satisfeitas pelo modo capitalista de
    produção e das formações econômicas-sociais
    capitalistas contemporânea. Considera-se que a
    política social é uma gestão estatal, de todos os
    indivíduos que tem sua força de trabalho para
    garantir sua existência.
   Titmuss, um pensador inglês, discrimina três modelos
    contrastantes de políticas sociais: o modelo residual, o
    modelo meritocrático e o modelo institucional-
    redistributivo. No modelo residual, o Estado só intervém
    quando os dois canais considerados naturais, a família
    e o mercado não conseguem atender as necessidades
    individuais, sendo para poucos e por pouco tempo.
    Segundo o modelo meritocrático, a satisfação das
    necessidades individuais está vinculada ao mérito e ao
    desempenho dos grupos protegidos, é para poucos ou
    muitos, por muito ou todo o tempo. O modelo
    institucional-redistributivo é caracterizado por uma
    política universalista e igualitária, e as políticas de bem
    estar são percebidas como importantes instituições
    sociais, é uma política para todos e por todo o tempo.
   A saúde pública consiste em movimentos que
    surgiram na Europa e nas Américas, afim de
    controlar as endemias que ameaçavam a
    ordem econômica, visando como controle
    social o extermínio da miséria, desnutrição e
    analfabetismo, mas apareceram outros
    modelos que não foram efetivos.
   A saúde coletiva surgiu como um movimento
    na América Latina buscando superar a crise
    do campo da saúde, priorizando as
    necessidades da construção do campo
    teórico conceitual da saúde publica.
   Nicolau Maquiavel foi um importante
    historiador, diplomata, filósofo, estadista e político
    italiano da época do Renascimento. É
    reconhecido como fundador do pensamento e
    da ciência política moderna.

   “ O objetivo não é mais o bem, mas sim o de saber
    manter-se no poder.”
 As políticas de saúde foram criadas com o propósito
  de promover a qualidade de vida e reduzir a
  vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus
  determinantes e condicionantes : modos de
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 A política de saúde sendo também uma política
  pública e uma política social, tem suas ações no que
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  o poder.
 O modelo de política pública de saúde no Brasil
  atualmente é o SUS (Sistema Único de Saúde), que tem
  como finalidade a manutenção e recuperação da
  saúde.
 De acordo com o histórico e os conceitos
  de políticas sociais e de saúde:
 A) Segundo os modelos de Titmuss, qual
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 B) Como se deu a construção das políticas
  de saúde por meio de seu contexto
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   http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/6
    793/162/ms-institui-politica-nacional-de-saude-do-
    trabalhador.html

   http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v3n1_politica.htm

   http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/scol_int.h
    tml


   http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Politica_
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Políticas e práticas em saúde coletiva (2)

  • 1.
  • 2.
  • 3. “Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” Abraham Lincoln
  • 4.  Historicamente, a atenção à saúde no Brasil tem investido na formulação, implementação e concretização de políticas de promoção, proteção e recuperação da saúde.  A saúde, como produção social de determinação múltipla e complexa, exige a participação ativa de todos os sujeitos envolvidos em sua produção – usuários, movimentos sociais, trabalhadores da Saúde, gestores do setor sanitário e de outros setores –, na análise e na formulação de ações que visem à melhoria da qualidade de vida. O paradigma promocional vem colocar a necessidade de que o processo de produção do conhecimento e das práticas no campo da Saúde e no campo das políticas públicas faça-se por meio da construção e da gestão compartilhadas.
  • 5.  Neste contexto, a garantia da saúde implica assegurar o acesso universal e igualitário dos cidadãos aos serviços de saúde, como também à formulação de políticas sociais e econômicas que operem na redução dos riscos de adoecer.  A promoção da saúde apresenta-se como um mecanismo de fortalecimento e implantação de uma política transversal, integrada e intersetorial, que faça dialogar as diversas áreas do setor sanitário, os outros setores do Governo, o setor privado e não- governamental, e a sociedade, compondo redes de compromisso e co-responsabilidade quanto à qualidade de vida da população em que todos sejam partícipes na proteção e no cuidado com a vida.
  • 6. O setor saúde sofreu as influências de todo o contexto político-social pelo qual o Brasil passou ao longo do tempo.  1500 – A atenção à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas, ervas) e, àqueles que, por conhecimentos empíricos (curandeiros), desenvolviam as suas habilidades na arte de curar.  A vinda da família Real ao Brasil criou a necessidade da organização de uma estrutura sanitária mínima, capaz de dar suporte ao poder que se instalava na cidade do Rio de Janeiro.
  • 7. 1808 - Dom João VI fundou na Bahia o Colégio Médico - Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador. No mês de novembro do mesmo ano foi criada a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro, anexa ao real Hospital Militar.  1889 - Naturalmente, a falta de um modelo sanitário para o país, deixavam as cidades brasileiras a mercê das epidemias.  1900 - A cidade do Rio de Janeiro apresentava um quadro sanitário caótico caracterizado pela presença de diversas doenças graves que acometiam à população, o que acabou gerando sérias consequências tanto para saúde coletiva quanto para outros setores, como o do comércio exterior, visto que os navios estrangeiros não mais queriam atracar no porto do Rio de Janeiro em função da situação sanitária existente na cidade.
  • 8.  1910 - O governo central, preocupado com a insatisfação do operariado urbano, iniciou a regulamentação do trabalho, a partir da década de 10, criando as Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs). É a primeira vez que o Estado interfere para criar um mecanismo destinado a garantir ao trabalhador algum tipo de assistência. Todavia, o direito às CAPs é desigual, pois elas são organizadas somente nas empresas que estão ligadas à exportação e ao comércio (ferroviárias, marítimas e bancárias).  1920 - Somente na década de 20 é que se dá a primeira medida concreta, em nível nacional, para a criação do sistema de saúde pública, com o médico sanitarista Oswaldo Cruz, que resolve o problema sanitário, implementando, progressivamente, instituiçõe s públicas de higiene e saúde. Oswaldo Cruz adotou o modelo das 'campanhas sanitárias', destinado a combater as epidemias urbanas e, mais tarde, as endemias rurais (LUZ,1991).
  • 9.  As campanhas de saúde pública eram organizadas de tal forma que assemelhavam-se a campanhas militares, dividindo as cidades em distritos, encarcerando os doentes portadores de doenças contagiosas e obrigando, pela força, o emprego de práticas sanitaristas. Esta situação levou à "Revolta da Vacina", no Rio de Janeiro, quando a população revoltou-se com a obrigatoriedade da vacina contra a varíola.  1930 - A partir de 30, o Estado recebe fortes pressões por parte de intelectuais e militares para a criação de novos serviços na área de Saúde Pública, culminando em 1931 com a criação do Ministério de Educação e Saúde.  Considerados o marco da medicina previdenciária no Brasil, é criado em 1930 os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), os quais, diferentemente das antigas Caixas, são organizados por categorias profissionais, não mais por empresas.
  • 10.  1945 à 1964 – Este período caracteriza-se pela crise do regime populista e pela tentativa de implantação de um projeto de desenvolvimento econômico industrial. As condições de saúde da maioria da população piorava.  A influência americana na área da saúde, refletiu-se na construção de um modelo semelhante aos padrões americanos, no qual a construção de grandes hospitais e equipamentos, concentra o atendimento médico de toda uma região, colocando em segundo plano a rede de postos de saúde, consultórios e ambulatórios, cujos custos são bem menores.  1967 à 1973 - A construção ou reforma de inúmeras clínicas e hospitais privados, com financiamento da Previdência Social e o enfoque à medicina curativa fez com que multiplicassem, por todo o país, as faculdades particulares de medicina.
  • 11.  1980 - Surgiram vários projetos que pretendiam estender a cobertura dos serviços de saúde para toda a população, com ênfase na saúde pública. Em todos eles havia uma idéia de integração da Saúde Pública com a assistência médica individual e por isso foram combatidos pelos grupos médicos privados e pela própria burocracia do INAMPS.  O SUDS (Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde), aprovado em 1987, foi o antecessor dos SUS (Sistema Único de Saúde). O SUDS surgiu sob a forma de convênios do INAMPS com as Secretarias Estaduais de Saúde.  1988 - O Nascimento do SUS - Após a VIII Conferência Nacional da Saúde é que ocorreu a aprovação da Reforma Sanitária, depois de recursos, abaixo-assinados etc., e a instituição do SUS (Sistema Único de Saúde) na Constituição de 1988.
  • 12. A Carta Magna de 1988 garante a saúde como direito de todos e um dever do Estado, tendo os usuários acesso igualitário e universal às ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. As instituições privadas têm sua participação de forma a complementar os serviços do SUS.  Uma das etapas para a implementação do SUS no Brasil é a municipalização da saúde, ou seja, que o município se responsabilize em administrar o dinheiro arrecadado e promova ações em saúde.
  • 13.
  • 14.
  • 15. A política observa os seguintes princípios e diretrizes: universalidade; integralidade; participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; descentralização; hierarquização; equidade e precaução.  A política social designa do controle de todas as necessidades sócias básicas e valorização das pessoas não satisfeitas pelo modo capitalista de produção e das formações econômicas-sociais capitalistas contemporânea. Considera-se que a política social é uma gestão estatal, de todos os indivíduos que tem sua força de trabalho para garantir sua existência.
  • 16. Titmuss, um pensador inglês, discrimina três modelos contrastantes de políticas sociais: o modelo residual, o modelo meritocrático e o modelo institucional- redistributivo. No modelo residual, o Estado só intervém quando os dois canais considerados naturais, a família e o mercado não conseguem atender as necessidades individuais, sendo para poucos e por pouco tempo. Segundo o modelo meritocrático, a satisfação das necessidades individuais está vinculada ao mérito e ao desempenho dos grupos protegidos, é para poucos ou muitos, por muito ou todo o tempo. O modelo institucional-redistributivo é caracterizado por uma política universalista e igualitária, e as políticas de bem estar são percebidas como importantes instituições sociais, é uma política para todos e por todo o tempo.
  • 17. A saúde pública consiste em movimentos que surgiram na Europa e nas Américas, afim de controlar as endemias que ameaçavam a ordem econômica, visando como controle social o extermínio da miséria, desnutrição e analfabetismo, mas apareceram outros modelos que não foram efetivos.  A saúde coletiva surgiu como um movimento na América Latina buscando superar a crise do campo da saúde, priorizando as necessidades da construção do campo teórico conceitual da saúde publica.
  • 18.
  • 19. Nicolau Maquiavel foi um importante historiador, diplomata, filósofo, estadista e político italiano da época do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna.  “ O objetivo não é mais o bem, mas sim o de saber manter-se no poder.”
  • 20.  As políticas de saúde foram criadas com o propósito de promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes : modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultur a, acesso a bens e serviços essenciais.  A política de saúde sendo também uma política pública e uma política social, tem suas ações no que diz respeito a conquistar, manter, exercer ou influenciar o poder.  O modelo de política pública de saúde no Brasil atualmente é o SUS (Sistema Único de Saúde), que tem como finalidade a manutenção e recuperação da saúde.
  • 21.
  • 22.  De acordo com o histórico e os conceitos de políticas sociais e de saúde:  A) Segundo os modelos de Titmuss, qual dos seus modelos se encaixa no Brasil atualmente? Justifique.  B) Como se deu a construção das políticas de saúde por meio de seu contexto histórico?
  • 23. http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/6 793/162/ms-institui-politica-nacional-de-saude-do- trabalhador.html  http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v3n1_politica.htm  http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/scol_int.h tml  http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Politica_ nacional_%20saude_nv.pdf