PLM2M Assessment e benefícios do CMMI - Como eliminar as incertezas na implementação PLM
Evandro Gama
Chairman Cadware-Technology, MSc UFSCar, pesquisador DMS/EESC-USP
1. PLM-Summit 2014
8-9 abril - PLM e Manufatura Digital para a Cadeia Automotiva
Evandro Gama
Chairman & Advisor para a Cadware-Technology
Engenheiro de Produção Mecânica
MSc Engenharia de Produção UFSCar
Doutorando e Pesquisador para o DMS-EESC/USP
PLM2M ASSESSMENT & BENEFÍCIOS DO CMMI
COMO ELIMINAR INCERTEZAS NA IMPLEMENTAÇÃO PLM
2. Agenda
• PLM o grande desafio
• Cenários de Engenharia e Manufatura
• Nasce o Modelo PLM2M
• PLM2M Assessment - relação CMM/CMMI
• Considerações Finais
3. O PLM integra pessoas, dados, processos e sistemas de negócios e oferece
uma estrutura centralizada de informações do produto de forma colaborativa
dentro do conceito de empresa estendida, ou seja, inclui a empresa como
um todo, clientes, parceiros e fornecedores.
O que é PLM (Product Lifecycle Management)?
Uma abordagem para a integração e colaboração entre as várias
áreas funcionais de uma empresa de manufatura: análise e
planejamento de requisitos; engenharia conceitual e prototipagem; engenharia
do produto, engenharia de manufatura; produção; vendas e distribuição;
manutenção e suporte; descarte do produto e reciclagem.
O PLM proporciona todo o processo de gerenciamento do ciclo de
vida de um produto, desde sua concepção, atravessando as fases de
projeto, manufatura, manutenção e descarte desse produto.
4. Qual o grande desafio?
PLM - integração de áreas que participam do processo de
manufatura através de uma avaliação sistemática (assessment).
• O PLM e a Manufatura Digital propiciam a identificação do atual nível de
maturidade das empresas;
• A avaliação sistemática também auxilia a modelagem de processos de negócios para
decisões de investimentos e ainda na definição do ‘roadmap’ (mapa de fluxo) para a
implementação do PLM e Manufatura Digital de uma forma correta;
• Exemplos visíveis de aplicações PLM e Manufatutra Digital: ferramentas de projeto
de produtos, projeto de fábricas, ferramentas de planejamento e validação de peças e
montagens, ferramentas de ergonomia, robótica, fluxo de materiais, ferramentas de
gerenciamento de qualidade etc.
5. Por que ambientes de negócios dirigidos a PLM?
• Necessidade de melhoria de produtividade;
• Aumento da taxa de inovação;
• Colaboração e qualidade nos processos;
• Obrigação de criar valor para a organização.
6. Cenário Clássico Engenharia e Manufatura
Estrutura
organizacional
tradicional
A comunicação entre
departamentos é feita
de uma forma linear e
muitas vezes existe
ruptura.
Retrabalho:
retroalimentação
constante.
7. Cenário Engenharia Simultânea
Engenharia Simultânea
Cada departamento se esforça para acelerar o
tempo de desenvolvimento. A proposta é fazer
com que todas as etapas envolvidas iniciem mais
cedo de forma simultânea acelerando o início da
produção.
Problemas sérios
• Não induz os departamentos envolvidos a
considerar todos os estágios do ciclo de vida do
produto;
• Não trabalha no modelo de empresa estendida;
• Não consegue considerar todos os aspectos de
solicitação de demanda.
8. Ambientes dirigidos a PLM Engenharia e Manufatura
Foco na melhoria de processos colaborativos de manufatura que
releva as definições de produto ao longo de seu ciclo de vida e
considera a interoperabilidade de informações e do conhecimento.
• Conceituação clara de empresa estendida;
• Conceituação clara de ambientes colaborativos de manufatura.
No contexto: A engenharia colaborativa é uma abordagem sistemática que
sucede a engenharia simultânea (ou concorrente); faz uso da empresa
estendida e considera o uso da tecnologia da informação e comunicação
TIC na implementação de ambientes colaborativos para o desenvolvimento
conjunto de atividades críticas como projeto do produto, planejamento de
processos e manufatura.
Fonte: MAYER, P.; PLAPP, J. Extending PLM to the Shop Floor. Eagan, MN: White-paper Intercim, 2008 (Adaptado).
9. Nasce o Modelo de Produtividade PLM2M
Modelo PLM & Gerenciamento de Programas
Foco na Indústria Automotiva OEMs & Tiers-1
Exemplo: Gestão de Projetos do Produto Automotivo
Fonte: Prof. Engº Heymann A. R. Leite
Gestão de Projeto de Produto: A Excelência da Indústria Automotiva (2007)
10. O que é PLM2M & Gerenciamento de Programas?
O modelo PLM2M - fundamentado na conceituação da manufatura digital.
É um conjunto de procedimentos que está apoiado em estratégias de
modelagem de fluxos de trabalho WfMS (Workflow Management System) e
arquitetura TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação).
O que o Modelo PLM2M explora?
• Modelagem de processos de negócios;
• Definições de produto (especificações de projeto, listas de materiais etc.);
• Layout de plantas industriais;
• Recursos de produção (tempo, máquinas e dispositivos, matéria prima e mão de obra);
• Sequenciamento das operações de produção (demanda, volume, prazos e variedade);
• Informações de chão de fábrica (controle e gerenciamento).
Quando aplicar o Modelo PLM2M?
Para implementar o modelo PLM2M nas
organizações industriais, parte-se da hipótese de
que esse modelo deve ser aplicado no projeto
de planejamento de processos de manufatura
de novos produtos ou no replanejamento de
processos de manufatura de produtos
existentes que, de certa forma, compense sua
aplicação em função da necessidade da
colaboração de informações e do reuso do
conhecimento em ambientes complexos e
dispersos, e que esses projetos de planejamento
de processos de manufatura estejam engajados
dentro de um ‘framework’ de critérios de
desempenho de projetos de produtos, apoiados
pela gestão de portfólio e programas.
11.
12. Visão Funcional Pipeline XML, Cloud, SOA, Serviços (SaaS)
Exemplo: Modelo de Captura do Conhecimento
Fonte: Bosch-Mauchand et.al (2012).
13. Visão Lógica WfMS, BPM/BPMN, PLM2M Assessment
Exemplo: BPMN – Modelo de Fluxo de Trabalho para Planejamento Colaborativo de
Processos na Empresa Estendida – Relação OEMs e Tiers-1
Fonte: Siller et. al (2009)
OEMs
Tier-1
14. Visão de Aplicação Ferramentas PLM para Colaboração
Exemplo: Qual ferramenta escolher,
estou com a aplicação correta?
16. PLM2M Assessment Como conduzir?
Exemplo: PLM Assessment para infraestrutura, sistemas e aplicações em uso, para
pessoas, práticas e processos.
Fonte: Grieves (2006),
Referência: Bordi S. et al. (2011)
17. PLM2M Assessment Relação CMM/CMMI
• Uma vez identificadas as áreas de ‘assessment’ para a implementação do Modelo
PLM2M, é importante estabelecer um ‘framework’ para aplicar as avaliações - coleção de
práticas KPAs (Key Process Area) que representam os níveis de maturidade;
• Um exemplo, no tocante a melhoria de processos, é o modelo de maturidade CMM
(Capability Maturity Model), que proporciona visibilidade do processo em nível gerencial e
para o corpo técnico e operacional (CÔRTES, 1998);
• No caso de processos de software aplicados em projetos de melhoria para as
organizações, maturidade - que significa plenamente desenvolvido - implica no
potencial de um crescimento consistente (sustentável);
• Uma organização ganha maturidade se institucionaliza os processos de software
através de políticas, padrões e estrutura organizacional - Medeiros (2011).
18. O que é CMMI (Capability Maturity Model Integrated)?
• O CMM surgiu no âmbito norte-americano do DoD (United States Department of
Defense), tido como o maior comprador de software por encomenda do mundo;
• Objetivo - entregar o componente funcionando na sua plenitude, no primeiro delivery.
A intenção estava em desenvolver grandes projetos, de gerência altamente complexa,
torneados com escopo imutável e custo definido e, ainda, com altíssima aversão a riscos;
• Como exemplo, os primeiros projetos CMM surgiram para a fabricação de softwares que
visavam naves espaciais, satélites e armamentos inéditos. Para garantir a integridade e a
precisão, em 1987 o DoD criou o SEI (Software Engineering Institute), que funciona até
hoje na Universidade Carnegie Mellon, Pensilvânia – EUA;
• O SEI, como instituto, estabeleceu os modelos CMM e passou a regulamentar suas
práticas em todo o mundo. Na época, a proposta do SEI era - como regra inicial - garantir a
evolução da engenharia de software de uma atividade desordenada e dispendiosa para
uma atividade gerenciada, disciplinada e com qualidade de produto controlada.
Assessment em PLM
De forma geral o CMMI ganhou aceitação na área
de tecnologia da informação e sustenta, do ponto
de vista conjunto de capacidades, os objetivos do
modelo de referência PLM2M quanto à
maturidade de capabilidade de um ‘assessment’
em PLM bem estruturado.
19. CMMI Níveis de Maturidade
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Nível (1) Inicial - O trabalho é feito para um determinado fim (ad hoc), de acordo com o
momento. Existem poucos processos (não repetitivos ou definidos). Resultados pouco
eficientes e conta com a habilidade das pessoas para resolver tarefas.
Nível (2) Repetível - Percebe-se que, pelo menos, as práticas e processos são feitos
do mesmo modo. Atribuem-se os mesmos ‘inputs’ e esperam-se os mesmos ‘outputs’. De
forma simples, as pessoas se concentram em aprender uma única rotina sem opções.
Nível (3) Definido - Através de práticas e processos previamente definidos, existem
informações para selecionar os ‘inputs’ e, consequentemente, ter os ‘outputs’ desejados
para um determinado resultado. Usa-se comparar situações futuras.
Nível (4) Gerenciado - Com o propósito de alcançar metas e objetivos, as práticas e
processos são gerenciados através de métricas que indicam o consumo de recursos e os
resultados obtidos - ‘outputs’ com foco em quantidade e qualidade.
Nível (5) Otimizado - Além das práticas e processos estarem sob a ótica de métricas e
constantes avaliações para que se atinjam as metas e objetivos de forma mais eficiente,
faz-se uso de práticas de melhoria contínua. Práticas, processos e ambientes são
avaliados de forma contínua. Existem ações preventivas (proatividade).
20. CMMI ‘Assessment’ no Modelo PLM – ‘as-is’ Considera-se todas as
recomendações para
identificar práticas,
processos, mapas de
fluxos, infraestrutura de TI,
cultura das pessoas e tudo
o que for necessário.
Conectam-se os pontos
entre os níveis de
maturidade iniciais de tal
forma que se forme uma
área hachurada para
identificar o nível de
maturidade da
organização como um
todo.
Fonte: Grieves (2006),
21. CMMI ‘Assessment’ no Modelo PLM – ‘to-be’ Aqui ficam identificados os
escopos das tarefas de
implementação do PLM
para cada área funcional
(e/ou partes), quais as
intenções e metas a serem
atingidas e melhoradas
com o uso da nova
abordagem.
A proposta, dentro de uma
visão do PLM como
processo de negócios para
melhorias e
transformações, é fechar o
‘gap’ entre a situação
atual (as-is) e a situação
futura (to-be) que se
deseja alcançar.
De preferência, deve-se
elaborar um plano de
ação e identificar as áreas
funcionais de maior
impacto econômico, com
redução de custos e
aumento de lucratividade.
Fonte: Grieves (2006),
22. Algumas considerações finais
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É importante notar que a relação entre maturidade e eficiência entre os níveis um e três, na
probabilidade, é relativamente linear; isso significa que as melhorias, nesses níves, são
graduais e evolutivas traduzidas por tarefas rotineiras (de caráter da instituição), não existem
indicadores para ações de melhoria - a única conotação é observar se o trabalho repetitivo
está sendo bem feito.
A promoção de uma área funcional do nível quatro para o nível cinco pode proporcionar o
maior impacto na eficiência, enquanto que a promoção de uma área funcional do nível um
para o nível dois pode proporcionar o maior impacto econômico, principalmente se a
quantidade de recursos aplicados nessa situação for intensa.
Com base no cenário, para que se possa aplicar o modelo de referência PLM2M
corretamente, o assessment de uma organização - que identifica o estado onde se está para o
estado aonde se quer chegar - deve ser executado não como um todo e sim como a avaliação
das áreas funcionais.
PLM2M Assessment e benefícios do CMMI - Elimina as incertezas na implementação PLM.
Em linhas gerais se deve atribuir indicadores qualitativos e quantitativos para
os diferentes níveis do modelo de maturidade CMM/CMMI.
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