O poema descreve as dificuldades de um estudante com cálculo, se sentindo preso por variáveis matemáticas e fórmulas. O estudante se vê perdido entre coordenadas e equações, sendo forçado a aprender antiderivadas contra sua vontade. No final, ele se suicida com um compasso para escapar dessa prisão mental.
2. Poema do cálculo
Limites, integrais, derivadas parciais. Nada me assusta mais… Nem o volume do parabolóide(que eu nunca encontro, e por isso, creio, sou um debilóide). Surgem X, Y, Z´se também a, b, delta, tetas e pi´sAhhhh!!! Esse monte de alfabetos me dá arrepios. Sou um troiano sob o fio da espada grega… Prisioneiro acorrentado a senos e cossenos, Jogado a um canto escuro da regra da cadeia.
3. Sempre me perco, não tenho as coordenadasPolares, cartesianas, cilíndricas como aliadas. Sou um pobre demente atado a uma cama com correias. Sendo dopado com doses duplas e triplas de antiderivadas. Meu enfermeiro, um vetor unitário em R3, me odeia… E se nem com pontos de máximo e mínimo traço um gráfico. Suicido-me, friamente, com a ponta seca do compasso. Meus colegas contemplam meu corpo e invejam minha paz. Limites, integrais, derivadas parciais. Nada me assusta mais…