3. Agradecimentos
Ao meu melhor amigo e companheiro, o Senhor
Jesus Cristo, que me chamou para servi-Lo, mesmo
sem merecer.
Aos meus pais que me ensinaram o Caminho em
que eu deveria andar. Apesar dos obstáculos da vida,
eu cresci e não me desviei da estrada estreita rumo ao
céu.
Aos pensadores e teólogos iluminados aos quais
recorri para aprofundar-me no tema: José Antônio
Trasferetti, Troy Perry, Otto Maduro, Márcio
Retamero, Daniel Helminiak, Pedro Apolinário, Yvette
Bertha Dube, Luis Corrêa Lima e Alexandre Feitosa,
ICM, Luiz Gustavo, Eduardo Perez Neto e Karl Barth.
E, principalmente, ao Pr. Victor Orellana, pela
crítica honesta e por abrir-me os olhos a muitas coisas
em que eu não atribuía significados.
Aos meus irmãos de sangue pela proteção,
segurança e amor que me transmitem e aos irmãos de
coração pela amizade, apoio pessoal e moral. E, mais
uma vez ao Vinícius de Souza pela ajuda constante.
Aos leitores que fazem de meus livros, uma
oportunidade de re-encontro com Deus de volta ao
“primeiro amor”.
4. Introdução
Este livro foi elaborado por meio de textos e
reflexões minhas ao longo do tempo, enquanto escritor
inclusivo. Mensagens de Inclusão aos que se sentem
“excluídos” da sociedade e também do amor de Cristo.
Contudo, apesar de retratar o assunto
“Homoafetividade”, as mensagens contidas nesta obra
se aplicam a todas as minorias que durante muito
tempo encontravam-se perdidas. Mas saiba você que
Cristo está deixando as noventa e nove ovelhas para
trás, para ir a sua busca.
Ao longo da escrita decidi ater-me em um dos
campos da homossexualidade – a homoafetividade – a
qual dou significado mais amplo que o próprio sentido
da palavra: homo-convivência, homo-partilha, homo-
cuidado, homo-ternura, homo-realização como ser
humano integral.
A meu ver, tal termo se adequada melhor ao
representar os homossexuais perante o mundo do
Cristianismo por ser as emoções e afetos mais
importantes na vida de muitos homossexuais que as
demais dimensões. Ademais, o que a comunidade
científica chama de orientação sexual deveria ser
antes chamada de “orientação afetiva”.
5. Durante a análise do Cristianismo, abordaremos
principalmente, a conciliação entre os homossexuais e
a religião, a teologia que inclui e a frequência à igreja,
pontos tão importantes para se poder exercer
plenamente a fé e aprender mais do amor do Criador.
A Igreja de Cristo, o sonho de Deus, tem o
propósito de nos elevar à perfeição da imagem e
semelhança do Criador exatamente igual ao momento
inicial, ou seja, antes da queda do homem. Para tanto,
devemos amar ao próximo como Deus nos amou. Ele
nos amou primeiro, desta maneira, apenas devemos
retribuir Àquele imenso amor.
A segregação feita de acordo com a idade,
religião, origem étnica, raça, orientação sexual ou
deficiência deve ser eliminada da sociedade eclesial.
“Trata-se de um comportamento equivocado que pode
inclusive matar. O preconceito quando é agressivo
mata. Mata mais do que balas e tiros, porque fere a
alma”, afirma o teólogo José Antônio Trasferetti1.
A Teologia Inclusiva parte do ponto de estudo
cristológico (estudo sobre Cristo) e soteriológico (a
salvação do mundo por Cristo), e visa assumir uma
perspectiva cristã acolhendo a todos (sem exceção) e
convidando-os a aproximar-se de Cristo a fim de
1 Doutor em Teologia e Filosofia, Diretor da Faculdade de
Filosofia da PUC-Campinas.
6. libertar o ser humano do isolamento social, das
correntes do pecado e, consequentemente, da morte.
Contudo, a Inclusão não deve significar a
tolerância com o erro, justificar o relativismo tão
propagado pelo pós-modernismo e, principalmente,
aceitar o comodismo moral. Mas deve manter-se firme
na batalha contra os enganos do inimigo que tenta
sutilmente enganar até mesmo os próprios escolhidos.
O apelo à mudança de vida, à conversão
individual e coletiva deve nortear o processo de
evangelização inclusivo a fim de assegurar os
comportamentos e ações morais dos que aceita o
convite de Cristo à uma vida plena eternal. A inclusão
dos que vivem à margem da sociedade – excluídos pelo
moderno farisaísmo emergente –, deve servir de base
para o resgate de almas para Cristo.
Por meio do Evangelho Cristão e do poder
guiador do Espírito Santo, as pessoas podem obter o
discernimento para a realização de obras que venham
a testificar de Cristo ao mundo. Líderes inclusivos
devem fazer das estruturas e edifícios erguidos sob
placas religiosas, verdadeiras casas de adoração, de
reverência e submissão, com base nas mensagens
inclusivas de Jesus, para a transformação de vidas.
Fernando Cardoso
Autor
7. SUMÁRIO
1 – Teologia Inclusiva: desmitificando a homoafetividade, 8
2 – A Condenação à homoafetividade: o impasse entre a
Bíblia e a Hermenêutica, 13
3 – A homoafetividade versus o Fundamentalismo Cristão:
uma cultura secular, 17
4 - A tradição histórica e cristã da exclusão às minorias, 23
5 – A homoafetividade e a religião: é possível conciliar?, 28
6 – A Bíblia não condena a homoafetividade, 33
7 – O tema “homoafetividade” diante da fé cega e da fé
racional, 37
8 – A suposta “cura” da homoafetividade sob o contexto
bíblico, 43
9 – Somos o que somos pela Graça de Deus, 49
10 – Recapitulando o Evangelho Inclusivo, 53
11 – Pais de filhos homossexuais e o conflito com o
Cristianismo, 58
12 – A importância da frequência à Igreja pelos
homossexuais, 62
13 – Desvendando a ligação entre o “eunuco” e a
homoafetividade, 70
14 – A homoafetividade e a possessão demoníaca, 74
15 – Responsabilidade moral: a mensagem final, 81