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Projeto conceitual da Vila Residencial da
USINA HIDRELÉTRICA DE SALTO OSÓRIO
Projeto conceitual da Vila Residencial da
USINA HIDRELÉTRICA DE SALTO OSÓRIO
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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Escola de Criatividade
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APRESENTAÇÃO
Transformar um espaço é sempre um desafio. Muitas vezes essa transformação faz parte do ciclo de vida de
uma localidade. Ou simplesmente chegou a hora de mudança. Para a Tractebel o momento é de repensar
em suas prioridades. Ter uma área com diversas instalações não faz mais parte de sua necessidade. Com
isso, chegou a hora de pensar no processo de desligamento desta área de sua estrutura funcional, que é a
Usina Hidrelétria de Salto Osório. No entanto, este momento é também um tempo de reflexão sobre o des-
tino desta área.
Pensar numa boa estratégia para esta área não mais aproveitada pela Usina e empresa Tractebel precisa de
tempo e um olhar diferenciado. Por esta razão, o trabalho da Escola de Criatividade é criar um projeto con-
ceitual para o espaço, com o objetivo de encontrar uma alternativa de atração de negócio e investimento,
sem esquecer de toda história e importância da área para a cidade.
A área da Usina tem uma ligação sensível com a cidade de Quedas do Iguaçu. Não tem uma dependência di-
reta, uma vez que possui uma estrutura urbana própria. Entretanto, sem o uso adequado e merecido. Dentro
desta realidade, acreditamos ter um grande desafio pela frente.
O início de tudo é achar o seu conceito. O quê de diferente esta área tem que possa desenrolar todo o pro-
jeto? As primeiras ideias para a área tinha a água como conceito - água como solução e desenvolvimento.
Trabalhamos diversas intervenções em cima deste tema, pensando na água como elemento integrador de
todas as ideias para a área. Mas dentro da metodologia de trabalho, continuamos sempre buscando novas
referências e conversando com diferentes profissionais. Isto nos levou a algumas conversas interessantes
que não estavam em acordo com o conceito inicial. Todos foram certos em afirmar que há uma ligação mui-
to forte da área trabalhada com o tema. No entanto, não era o tema que tivesse apelo suficiente.
Esse choque de realidade nos fez mudar o rumo do trabalho. Como dito inicialmente, transformar é parte
importante de um trabalho. Mudanças de rumo fazem parte do processo.  
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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METODOLOGIA DE TRABALHO
• Destinos Criativos
A criatividade é uma habilidade inata ao ser humano e a partir dela grandes inovações fizeram e fazem parte
da história do mundo. E em grandes momentos de crise, guerras, conflitos e circunstâncias difíceis esta
habilidade permitiu que o homem pudesse se reinventar, criar e inovar. Acreditamos que por meio da cria-
tividade podemos desenvolver projetos e possibilidades em quaisquer áreas de negócios e educação para o
desenvolvimento pessoal e profissional. Mesmo aqueles projetos considerados difíceis onde as circunstân-
cias não nos favorecem a todo instante.
Grandes invenções da humanidade surgiram a partir do potencial criativo humano e em circunstâncias des-
favoráveis. Cidades se reergueram, empresas ressurgiram, destinos se refizeram a partir de inovações e a
coragem de fazer algo novo. Por isso desenvolvemos a metodologia chamada Destinos Criativos - onde a
equipe da Escola de Criatividade desenvolve o trabalho a partir do novo olhar, da observação, da busca de
histórias e o encontro das vocações do destino. Acreditamos que destinos mais criativos podem não apenas
atrair mais turistas, mas principalmente desenvolvimento econômico, social, humano, colaboração e novos
negócios – essa é a essência da metodologia Destino Criativo.
Em todo o país há grandes carências em destinos e regiões no que diz respeito à diversificação de produtos,
novas ideias, conceitos e oportunidades para o desenvolvimento. Estratégias dessa metodologia são neces-
sárias para a compreensão da situação atual e o planejamento de linhas de ações baseadas nas caracterís-
ticas e vocações das regiões e na pretensão de utilização do seu potencial.
Além do “o que fazer”, valorizamos o “como fazer”. Por isso o que pregamos no passo a passo desse projeto
conceitual é: Não me diga o quê fazer, me diga como fazer?
Escola de Criatividade
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CONCEITO DO TRABALHO
• Conexão para conhecimento e formação
Espaços de conexão, colaboração e produção de conhecimento são tendências cada vez mais presentes
em todo o mundo e também no Brasil. Espaços que conectam pessoas, projetos, possibilidades e saberes.
Incubadoras, aceleradoras, espaços coworking, casas abertas e outros, são formas atuais de produzir co-
nhecimento e também gerar possibilidades a partir da colaboração e produção coletiva.
Centros de geração de conhecimento como universidades, faculdades, centros profissionalizantes, polos de
tecnologia, entre outros, sempre fizeram parte do crescimento das grande e médias cidades e formação de
seus habitantes. A concentração de pessoas nos grandes centros urbanos, das mais diferentes habilidades e
experiências, fez com que a produção de conhecimento se concentrasse também nesses locais, permitindo
grande desenvolvimento e fazendo das cidades os motores da inovação, como citou Edward Glaser. Grandes
centros se beneficiaram dessa produção de conhecimento desde os tempos da Escola Grega, a Atenas de
Sócrates e a Academia das Ideias de Platão. Ou da Florença renascentista de Da Vinci, Michelangelo e tantos
outros artistas que se misturavam para produzir arte. Ou a Paris dos filósofos e a Nova York dos músicos.
Mas essa produção de conhecimento nas últimas décadas começou a se expandir além das divisas urbanas
dos grandes centros e chegou a diversas regiões. O Vale do Silício é talvez o maior e mais conhecido exemplo
de descentralização do conhecimento e oportunidades, mas regiões similares localizadas em destinos com
menores densidades populacionais em todo o mundo também têm apostado na formação de pessoas e
produção de conhecimento atraindo a atenção de universidades, investidores e empresas.
Por essa razão, entendemos após diversas análises, visitas e pesquisas, que o local nos arredores da Usina
Hidrelétrica de Salto Osório da Tractebel, possa se transformar aos poucos em uma região propícia a atrair
conhecimento, oportunidades e investimentos diversos. Os espaços e áreas construídas no entorno da usi-
na, podem possibilitar que centros de ensino, empresas e outros parceiros investidores possam se interessar
em adotá-los para desenvolver projetos educacionais, empreendedores e produção de conhecimento.
A região do sudoeste e oeste onde estão as áreas hoje pertencentes a Tractebel, possui universidades, in-
dústrias e forte desenvolvimento do agronegócio. Fatos que justificariam a criação de novos centros para
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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estudos, pesquisas, ciência, fomento ao empreendedorismo e educação. Enxergamos que esse pode ser o
conceito base do projeto, onde áreas podem ser aproveitadas para se transformarem em centros de co-
nhecimento e conexão de projetos, pesquisas e capacitação de pessoas e empreendedores. Espaços de
aprendizagem, de conexão de ideias, de colaboração e de investimento em pessoas. Um projeto que pode
beneficiar não apenas o entorno, mas também a região, o estado e outras regiões do país, já que amplia pos-
sibilidade de investimentos em uma região com pouco potencial turístico, acessibilidade restrita, mas que
pode atrair estudantes, profissionais das mais variadas áreas, professores e investidores que podem apostar
em geração de conhecimento.
Escola de Criatividade
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IDEIA GERAL
Desde o início, nas primeiras reuniões e visitas à Usina, percebemos o grande desafio que existia pela frente.
O que fazer com uma área que já teve sua importância social e econômica para a usina hidrelétria, cidade
de Quedas do Iguaçu e região? Além de analisarmos a região para avaliar sua importância atual e pensando
num recorte urbano, como um projeto poderia ser viável à região? Este foi o que sempre esteve em nossas
mentes, como transformar esta área em um projeto de interesse comercial.
Em todo processo ficou muito claro que pensar em um projeto único para toda área teria sua factibilidade
colocada à prova. Isso nos fez pensar em diversos projetos espalhados pela área e integrados mediante ao
conceito geral. Pensando assim, cada área teria sua independência em se viabilizar, buscando parceiros in-
teressados em contribuir com investimentos financeiros ou econômicos. Essa estratégia facilitaria a busca
de diferentes parceiros.
Dessa forma, dividimos a planta geral em diversas áreas de investimento. Cada qual com um interesse es-
pecífico que poderá buscar seus parceiros sem impactar na área total. Isso inclusive facilitaria a implantação
de cada projeto, não dependendo que tudo esteja “vendido” para se viabilizar.
Face ao desinteresse da Tractebel em continuar com a manutenção da área no estado atual, entendemos
que seu desligamento não se dará de forma imediata. O projeto que se apresenta necessita de um gestor
para que se possa dar os primeiros passos. Este gestor naturalmente seria a Tractebel ou seu instituto, que
deverá ser o agente fomentador do processo. Num futuro, depois de implantado parte do projeto, é possível
criar uma nova instituição que poderá assumir toda responsabilidade técnica.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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ONDE ESTAMOS
Escola de Criatividade
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INTERVENÇÕES NA ÁREA
Pensamos nessa área com as seguintes seis divisões temáticas para gerar intervenções e estratégias e de-
senvolver o conceito de conhecimento e formação: Educação, Empreendedorismo, Saúde e Bem Estar, Es-
porte, Eventos e Urbano e Lúdico.
Como mencionado anteriormente, estas temáticas poderão ser trabalhadas em áreas distintas, em projetos
factíveis e com a integração entre elas ou independentes. O interessante é apresentar diferentes temas que
atendam diferentes necessidades e demandas para termos mais diversidade e opções.
• Estratégias essenciais para as intervenções
Pequenas vitórias, pequenos sucessos pra ganhar confiança. Fazendo as coisas passo a passo, conforme o
projeto avança e conforme viabilidade financeira e apoio. A região não está preparada para investir tanto. Por
isso, partir para o simples e buscando parcerias estratégicas.
• EDUCAÇÃO
Os espaços a serem aproveitados da área da Usina poderão ser utilizados para capacitação, pesquisa e co-
nhecimento.
• Museu da Água
A água é um dos principais atributos desta região de Quedas do Iguaçu. O Paraná é um estado privilegiado
por seu recursos hídricos e seu potencial energético. Bacias importantes e o aquífero guarani são destaques
que fazem do Paraná um potencial no tema água. E o rio Iguaçu, que em guarani significa água grande, é um
símbolo do Paraná. O tema água é atualmente um dos mais debatidos em todo o mundo. Nos Estados Uni-
dos, parques tecnológicos de estudos e negócios da água estão em crescimento. Em Israel a aposta recen-
temente está em um projeto ousado chamado “Water City” - Cidade da Água - implantado em uma cidade
chinesa onde tecnologias israelenses voltadas ao uso e soluções para a água serão desenvolvidas na cidade
de Shouguang. Segundo as relações China e Israel, esse acordo prevê a implantação de várias soluções de-
senvolvidas na Water City para pelo menos 600 cidades chinesas que precisam desesperadamente de ações
voltadas ao bom uso da água para sua economia.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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E por essas razões sugerimos o aproveitamento e a criação de um espaço de educação para pessoas de todas
as regiões, principalmente crianças e jovens, que poderão aprender sobre a importância da água, os desafios
desse milênio, novas tecnologias, ideias criativas para o uso da água e sua reutilização, geração de energia
limpa pelas hidreléticas. Neste caso, a Tractebel teria um espaço de destaque com visitação na própria usina
e educação para o uso sustentável da água e preservação dos recursos hídricos.
Um museu com este apelo, centros e espaços variados pode atrair grande quantidade de instituições de
ensino que utilizariam o centro para educação, capacitação, visitação, pesquisa e práticas. Para aproveita-
mento do contra-turno escolar e capacitação de educadores para o tema água e qualquer outro tema. Um
centro que se destaca pela interatividade e práticas onde empresas e instituições nacionais que trabalham
direta ou indiretamente com o temas relacionados, poderiam patrocinar e investir.
Uma referência interessante ao conceito do museu seriam os trabalhos realizados por diferentes espaços
interativos. Tem-se a Associação dos Centros e Museus de Ciência que pode auxiliar coma troca de infor-
mações e experiências.
Escola de Criatividade
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Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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• Centro de Criatividade
Dentro do Museu da Água é possível criar pequenos espaços específicos como Centro de Criatividade – onde
crianças e jovens aprenderiam na prática sobre o uso da água como recurso renovável, mas finito, tecno-
logias para o uso sustentável da água, exercícios, desafios e capacitação sobre o tema água. Além também
de servir para espaços interativos educacionais para práticas criativas em diversas áreas. Este espaço teria
como objetivo transmitir de forma lúdica esses usos da água e permitir a interação dos visitantes com o
elemento água, em seus diversos estados físicos.
O Centro de Criatividade não precisa ser um grande espaço com altos investimentos. Ter uma ala do museu
destinada a ludicidade pode ser simples, utilizando elementos inovadores para compor seu espaço. Um bom
exemplo de espaço lúdico que mistura conhecimento com brincadeira é o Exploratorium, espaço destinado
à ciência na cidade de São Francisco (Califórnia, Estados Unidos). É uma referência de espaços interativos,
pois se trata de um centro de exploração científica, que incentiva pessoas a entender sobre física e ciência
de uma maneira muito simples, prática e interativa expondo uma linha do tempo sobre a evolução da ciência
com base na física e como funcionam as coisas, desde um pêndulo ao uso da água.
Escola de Criatividade
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• Espaço da Inventividade
Outro espaço que poderia fazer parte do Museu da Água, seria Espaço da Inventividade com base em inven-
ções geradas pelo público jovem ou de qualquer idade para novas tecnologias e produtos voltados ao bom
uso da água e inovação. Da mesma forma que o centro de criatividade, o espaço pode ser aberto para outras
áreas relacionadas ao meio ambiente, pesquisa e da ciência.
Este espaço também teria como prioridade a interação do público com o tema, tendo diversos pontos que
fossem desafiados a refletir e imaginar uma nova realidade com o elemento água, ou mesmo com todo ecos-
sistema em que fazemos parte. Aqui cada um teria seu tempo de imaginação e prototipia, onde colocaria
todas as ideias em prática (ou tentaria) buscando soluções e inovações para a vida.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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• Espaços multiuso
Nesse museu é possível criar alguns espaços para capacitação, treinamentos e imersão, para que se tenha
uso periódico e programado com calendário para instituições de ensino, empresas, e entidades. Para isso es-
ses espaços devem ser pensados com salas em composição flexível e multiuso para receber diferentes tipos
de público e quantidades. Salas que se moldam conforme as necessidades, com aproveitamento de espaços
e mobiliário adaptável. Inicialmente estes espaços não seriam necessários, pois poderia ser utilizado o espaço
da Casa de Visita para realizar algumas das atividades educacionais sugeridas.
Exemplos
- Laboratório dos cursos técnicos e de graduação da região
Espaços do museu e dos seus centros poderão ser utilizados para laboratórios práticos para estudantes das
diferentes instituições de ensino de toda a região, do Paraná e de outras localidades do país. Convênios com
as instituições podem ser realizados para receber alunos e professores que participariam de capacitações
práticas em diversas áreas nos espaços específicos para o conhecimento e trocas de ideias. Aproveitamento
dos cursos do campus de Dois Vizinhos da UTFPR – agronomia, engenharia de bio-processos e biotecnologia,
engenharia florestal, engenharia de software, zootecnia, tecnologia em horticultura.
- Cursos intensivos variados
Cursos intensivos em diversas áreas poderão ser realizados nos espaços do museu. Áreas de relevância para
cursos intensivos em meio ambiente, tecnologia, empreendedorismo, entre outros poderão ser ofertados
mediante um calendário conforme a demanda e interesse. Cursos e treinamentos de imersão em vários te-
mas podem ser realizados. Empresas poderão locar os espaços para desenvolver suas capacitações e cursos,
ou provedores de cursos poderão estabelecer parcerias com o espaço.
- Treinamentos para tecnologias voltadas ao desenvolvimento do agronegócio
Pela vocação da região oeste paranaense ao agronegócio, é interessante destacar cursos e treinamentos
voltados a esta área, sejam para instituições de ensino, cursos técnicos e profissionalizantes. Oportunidade
para grandes empresas de agronegócios, como Nelore Hetty, CNH, Caterpilar, Nelorey para criar centros de
pesquisa na proximidade da região oeste.
- Centro de treinamento e capacitação de professores
Aproveitando o grande volume de educadores no entorno, sugerimos a oferta de cursos para treinamento e
atualização de professores para diversas frentes. Por meio de convênios com instituições de ensino e centros
profissionalizantes, juntamente com empresas, pode-se suprir uma demanda existente e deixada pelo espa-
Escola de Criatividade
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ço não mais existente em Faxinal do Céu. Um modelo similar ao que foi implantado em Faxinal do Céu, poderá
ser vir como estudo para implantação e outros que mostram que independente da localidade e distância é
possível criar espaços que atraiam investimentos e sejam utilizados.
- Cursos imersivos em temas de tendências – games, softwares, tecnologia.
Cursos curtos em formato intensivo utilizando-se dos espaços e facilidades que poderão existir. Em parceria
com empresas ou centros de referência em determinados temas, pode-se criar e ofertar cursos de imersão
(fim de semana, uma semana ou até mais tempo) para que os participantes tenham oportunidade para se
dedicarem à construção de conhecimento em um espaço isolado dos grandes centros e interrupções.
- Laboratórios de conhecimento temático e técnico
Empresas podem utilizar o espaço como ambiente imersivo para desenvolver novos negócios, tecnologias,
produtos, etc. Preparar o espaço para que consiga receber grupos de empresas que buscam locais isolados
para desenvolvimento de produtos ou planejamento com caráter mais sigiloso. A distância e acessibilidade
da área da usina propicia esta característica.
- Praça de águas
Uma praça de águas poderá fazer parte do entorno do Museu da Água para compor um ambiente lúdico e
atrativo.
- Compartilhe uma história ou uma ideia
Dentro do museu, pessoas relatam histórias, ideias, soluções e projetos sobre o uso da água. Esse conteúdo
será registrado e compartilhado.
Como fazer
•	 Elaborar o projeto conceitual do Museu da Água, criando todos os espaços necessários e in-
teressantes. Ter um apelo criativo e inovador em todas as interações a serem previstas no
museu, cuidando para que não se torne um museu meramente expositivo e informativo.
•	 Elaborar o projeto executivo do museu, juntamente com seu estudo de viabilidade econômi-
co-financeiro para também buscar apoiadores e patrocinadores.
•	 Levantar e pesquisar os editais do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), que podem financiar
o projeto do museu e suas diferentes atividades.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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•	 Utilizando tema água, empresas de água mineral, filtros, entre outros até organizações que
tratam do tema água como WTT – World Tranforming Technologies, órgãos ambientais como
SPVS poderão representar, apoiar e ceder materiais para formar o acervo, conteúdo e orien-
tações sobre o uso do tema.
•	 Da mesma forma que empresas de agronegócio poderão patrocinar os espaços para cursos
e diversas atividades. Empresas e entidades setoriais representativas dos temas do museu e
dos centros podem investir em cotas de participação e apoios técnicos para compor o conte-
údo e práticas em troca de exposição das marcas e contrapartidas.
•	 Parcerias público privadas podem ser realizadas para viabilizar o museu e seus espaços. Um
parceiro público pode adotar formas de financiamento em parceria com o setor privado até
por meio de matchfunding, onde a cada real investido pelo setor privado, o setor público in-
veste 1 real.
•	 Buscar desenvolver um projeto objetivo e completo para a criação desse museu e desses
espaços e centros de capacitação, exposição e treinamentos, pois há recurso disponível em
diversas frentes mas faltam projetos consistentes para serem apresentados.
•	 Alguns recursos possíveis estão nas seguintes instituições - Finep, BNDES, Ibram, Fundação
Bradesco – Projetos de educação, parcerias com empresas na região - Araupel, Cooperativas,
bancos de fomento e desenvolvimento da região.
•	 O projeto nascentes pode servir como base para projetos maiores e atração de investidores
locais e regionais. Mostrar os trabalhos já desenvolvidos na região pode fortalecer o projeto do
museu, mostrando que existe o potencial e este já é trabalhado.
•	 Projeto inicial – uma sala com interações simples, sem investimento em tecnologia. Trabalhar
com conceitos inovadores e educativos com peças de marcenaria e adesivagem.
•	 Projeto de ampliação – prever as demais salas e estruturas do museu, que podem ser implan-
tadas por etapas e de acordo com a captação de recursos.
Escola de Criatividade
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Um espaço de fomento ao empreendedorismo regional, local que tenha diversos estímulos para a educação
empreendedora. Na região não existe espaço neste formato. Inicialmente pode-se criar pequenos estímulos
como a sensibilização de grupos acadêmicos e profissionais que necessitam orientações quanto aos pri-
meiros passos para abertura de novos negócios, identificação de oportunidades de mercado, criatividade e
inovação nos negócios.
Como fazer:
•	 Destinar a Casa de Visitas para esta área de Empreendedorismo, transformando sua sala de
estar em espaço para pequenos eventos.
•	 Identificar e mapear os profissionais e acadêmicos que poderiam participar das ações de sen-
sibilização na cidade e região.
•	 Criar um mapa de cursos e oficinas práticas de geracão de ideias, prototipia, desenho de mo-
delos de negócios, estratégias comerciais, desafios de criar e vender, elaboração de projetos,
entre outros que poderão ser adequados para cada nível de amadurecimento do profissional
e empreendedor.
•	 Realizar clínicas monitoradas para o desenho dos negócios que poderão ser desenvolvidos.
•	 Identificar junto às diferentes entidades como Cnpq, Finep, Secretarias de Ciência e Tecnolo-
gias, Fundações e institutos ligados a grandes empresas possibilidades de apoio e patrocínio
para a realização destas ações.
•	 Definir um cronograma de sensibilização e qualificação, identificando os prazos para a elabo-
ração dos projetos dos negócios e seu plano de implementação.
EMPREENDEDORISMO
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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• Polo de conexão
Com um grupo de profissionais e empresas capacitadas, sugerimos como um passo de consolidação do es-
paço, a criação do projeto de uma incubadora e aceleradora de empresas que trabalhem em diversas áreas
e segmentos, tenham incentivo à pesquisa e desenvolvimento de projetos e tecnologias e, principalmente,
que tenha, muito incentivo ao espírito colaborativo e de conexão. Este é um avanço da temática de empre-
endedorismo.
Este espaço também pode ser instalado na Casa de Visitas, concentrando esta temática num ambiente
adequado para instalação de algumas empresas e grupos de pesquisa. Pode-se inclusive incentivar a criação
de laboratório de empresas regionais para que tenham um espaço de experimentação, prototipia, conexão e
colaboração. Uma estratégia importante é pensar na atração de empresas que financiem projetos e pesqui-
sas como solução e desenvolvimento.
Como fazer:
•	 Identificar e mapear empresas inovadoras ou com potencial na região que possam se instalar
na Casa de Visitas com o objetivo de desenvolver projetos específico de forma aberta e cola-
borativa, sem se importar com o envolvimento de outros profissionais.
•	 Montar o projeto da Casa de Visitas para se transformar em um espaço de conexão entre pro-
fissionais e empresas. Transformar o espaço físico da Casa de Visitas em um ambiente aberto
e com estrutura para desenvolvimento de pesquisas e projetos dos profissionais e empresas
incubadas.
•	 Pensar num projeto inicial para esta etapa desta temática com um ou dois profissionais que
cuidem da parte executiva, buscando projetos entre profissionais e empresas que estejam
dentro do perfil para se incubar, criar projetos de captação de recursos com editais e leis de
incentivo para apoiar projetos e empresas a serem incubadas, conhecer a realidade de dife-
rentes incubadoras e aceleradoras, montar o modelo de negócio em que este espaço possa
funcionar e ter sua sustentabilidade.
•	 Montar um plano de execução com o passo a passo que os projetos e empresas precisam
cumprir para se estabelecerem durante um determinado espaço de tempo na Casa Polo de
Conexão.
•	 Desenhar o formato do incentivo à conexão e colaboração dos profissionais e empresas,
Escola de Criatividade
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criando atividades que possam ser realizados com todo grupo, dentro de dinâmicas que es-
timulem este espírito. As pessoas não estão acostumadas a colaborar com ideias dos outros.
Para que isso se torne natural alguns exercícios podem ser realizados periodicamente.
•	 Pensar sobre atividades de qualificação deste grupo que esteja fora da realidade regional, evi-
denciando o diferencial de se fazer parte deste grupo. Atraindo cursos, oficinas, atendimentos
e consultorias que estimulem o desenvolvimento de seus projetos e empresas.
Polo de conexão
Com um grupo de profissionais e empresas capacitadas, sugerimos como um passo de consolidação do es-
paço, a criação do projeto de uma incubadora e aceleradora de empresas que trabalhem em diversas áreas
e segmentos, tenham incentivo à pesquisa e desenvolvimento de projetos e tecnologias e, principalmente,
que tenha, muito incentivo ao espírito colaborativo e de conexão. Este é um avanço da temática de empre-
endedorismo.
Este espaço também pode ser instalado na Casa de Visitas, concentrando esta temática num ambiente
adequado para instalação de algumas empresas e grupos de pesquisa. Pode-se inclusive incentivar a criação
de laboratório de empresas regionais para que tenham um espaço de experimentação, prototipia, conexão e
colaboração. Uma estratégia importante é pensar na atração de empresas que financiem projetos e pesqui-
sas como solução e desenvolvimento.
Como fazer:
•	 Identificar e mapear empresas inovadoras ou com potencial na região que possam se instalar
na Casa de Visitas com o objetivo de desenvolver projetos específico de forma aberta e cola-
borativa, sem se importar com o envolvimento de outros profissionais.
•	 Montar o projeto da Casa de Visitas para se transformar em um espaço de conexão entre pro-
fissionais e empresas. Transformar o espaço físico da Casa de Visitas em um ambiente aberto
e com estrutura para desenvolvimento de pesquisas e projetos dos profissionais e empresas
incubadas.
•	 Pensar num projeto inicial para esta etapa desta temática com um ou dois profissionais que
cuidem da parte executiva, buscando projetos entre profissionais e empresas que estejam
dentro do perfil para se incubar, criar projetos de captação de recursos com editais e leis de
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incentivo para apoiar projetos e empresas a serem incubadas, conhecer a realidade de dife-
rentes incubadoras e aceleradoras, montar o modelo de negócio em que este espaço possa
funcionar e ter sua sustentabilidade.
•	 Montar um plano de execução com o passo a passo que os projetos e empresas precisam
cumprir para se estabelecerem durante um determinado espaço de tempo na Casa Polo de
Conexão.
•	 Desenhar o formato do incentivo à conexão e colaboração dos profissionais e empresas,
criando atividades que possam ser realizados com todo grupo, dentro de dinâmicas que es-
timulem este espírito. As pessoas não estão acostumadas a colaborar com ideias dos outros.
Para que isso se torne natural alguns exercícios podem ser realizados periodicamente.
•	 Pensar sobre atividades de qualificação deste grupo que esteja fora da realidade regional, evi-
denciando o diferencial de se fazer parte deste grupo. Atraindo cursos, oficinas, atendimentos
e consultorias que estimulem o desenvolvimento de seus projetos e empresas.
Escola de Criatividade
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Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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• Eventos de empreendedorismo
A mudança de cultura e comportamento de uma sociedade é um grande desafio. Este é o desejo de muitas
marcas e empresas, para que passem a consumir o que produzem. Para pensar numa transformação que
gere um desenvolvimento, é ainda maior. Ter um espaço diferenciado com estímulos ao empreendedorismo é
um avanço para a região. Inicialmente pode existir uma resistência, o que pode ser quebrada com diferentes
atividades que fomentem a necessidade de um ambiente estimulador.
Para se conseguir atingir um grande objetivo com êxito, nada melhor que obter pequenas vitórias adjacentes
ao grande desafio. Neste caso, a realização de eventos para o público potencial é uma forma de aproximação.
Cada curso, palestra ou bate papo será uma pequena vitória no longo caminho de consolidação do projeto
total.
Como fazer:
•	 Estabelecer uma rede se contatos regionais que envolvam as instituições de ensino, tanto do
nível médio quanto de graduação e pós-graduação, entidades setoriais e comerciais, empre-
sas estratégicas e os líderes de comunidade.
•	 Montar um calendário de atividades que tenham objetivos específicos como conexão, for-
mação e trabalho em redes, ações de colaboração, educação empreendedora, elaboração de
projetos, busca e captação de recursos, prototipia de ideias e projetos, modelação de negó-
cios, análise de mercado e oportunidades.
•	 Buscar parceiros estratégicos como as instituições de ensino, associações comerciais, sindi-
catos, entidades setoriais, sistema S, para colaborarem com tecnologia e conhecimento para
a realização e cumprimento das atividades.
•	 Estabelecer contrapartidas dos participantes das atividades em cumprir com pequenos tra-
balhos ou projetos para sua localidade ou região, ou com a multiplicação do conhecimento
com outros grupos profissionais.
•	 Criar um sistema de fidelização e recompensas aos envolvidos, para criar um grupo de inte-
resse pelas atividades.
Escola de Criatividade
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• Aproveitamento de estruturas existentes
Considerar as demais estruturas existentes para a temática empreendedorismo, leva a pensar no uso de
algumas edificações. Caso o espaço na Casa de Visitas fique pequeno, pode-se transformar o antigo hotel
em espaços de alojamento para residências temporárias, como apart-hotéis para pesquisadores e grupos
de empreendedores. Como o uso inicial da Casa de Visitas seria para os espaços das empresas incubadas
e realização dos eventos para o público empreendedor, as outras pessoas que passarão pelo espaço não
terão estrutura de hospedagem. Assim, como já existe o antigo hotel, poderia transformar o espaço num
alojamento ao estilo de apart-hotel, em que cada unidade tenha equipamentos de cozinha e hospedagem.
Inicialmente este investimento não é necessário, uma vez que sua reforma exige investimento de mobiliário
e reforma. Sugere-se deixar para uma terceira etapa, quando as atividades de empreendedorismo estiverem
consolidadas e gerando um fluxo de visitantes significativo e relevante que justifique o investimento.
Outra estrutura que poderá ser aproveitado é o restaurante e a área de estar e lazer. Após a desativação
do restaurante, esta área também perderá o movimento e uso. Revitalizar a hospedagem e o restaurante,
transformar em área de lazer e entretenimento como salas de jogos, sala de estar, sala de TV, biblioteca, sala
de descanso, sala de meditação. Pensar em uma estrutura modular que possa se adaptar a diversas neces-
sidades. Instalação de equipamentos de vending machines para otimizar na estrutura funcional do espaço.
Indústria limpa
Ainda dentro da temática de empreendedorismo, pode-se pensar numa área destinada às indústrias limpas.
As indústrias tradicionais não terão liberação para sua instalação na área, em razão da proximidade com as
áreas verdes e habitacionais. No entanto, pode-se pensar numa estratégia de atração de indústrias consi-
deradas limpas, aquelas que valorizam o aumento da eficiência no uso de matérias-primas, água e energia,
através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados, com benefícios ambientais e eco-
nômicos para os processos produtivos.
Para tanto, é importante traçar o perfil dessas empresas, criando uma carta de parâmetros de atuação da
indústria, exigindo qual os procedimentos aceitáveis para a área. A tendência atual é que as empresas, inde-
pendente do seu porte, repensem em seus processos industriais. A área poderia se beneficiar com esta nova
realidade e ir em busca daqueles que se encaixam neste perfil.
A área para implantação desses empreendimentos pode ser identificada próxima da área residencial, no sen-
tido da Casa de Visitas para facilitar a disponibilização de infraestrutura urbana. Caso haja dificuldade com a
ocupação da área residencial, pode-se pensar em destinar uma porção da mesma para a instalação destas
indústrias.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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Como fazer:
•	 Analisar a possibilidade de instalação de empreendimentos industriais na área, verificar se
existe algum impedimento ou norma restritiva.
•	 Levantar o perfil das indústrias limpas de interesse para atração ao projeto.
•	 Criar o manual de parâmetros para instalação de indústria limpa na área.
•	 Pesquisar a possibilidade de benefícios, isenções ou descontos em impostos municipais, com
articulação junto a prefeitura e a Câmera dos Vereadores.
•	 Definir a estratégia comercial para atração e busca das indústrias.
•	 Avaliar a viabilidade de instalação das indústrias no local sugerido.
•	 Considerar a ameaça do assentamento durante a atração destas indústrias para a área. Esta
situação pode pesar contra esse interesse.
Escola de Criatividade
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Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
28
SAÚDE E BEM ESTAR
O tema saúde e bem estar merece destaque para esse projeto em função das oportunidades que identifica-
mos para compor os temas do projeto. Além de se tratar de áreas em expansão no estado e no país, poderá
servir como opção para diversificar negócios, atrair investidores e gerar conhecimento.
• Encontros e congressos e saúde
Tema saúde é uma referência regional, onde se destacam médicos, laboratórios e centros de saúde com
vários profissionais. Este tema poderá ser desenvolvido e estimulado com cursos, atividades, projetos e en-
contros do setor médico, farmacêutico, e outros setores relacionados à saúde e bem estar. Pode-se usar os
centros do museu ou Casa de Visitas para atrair investimentos e encontros técnicos. É possível desenvolver
ações de comunicação e marketing para atrair investimentos nesta área diversificando possibilidades, como
atração de temas como: qualidade de vida, novas tendências para saúde e bem estar, apresentação de novas
tecnologias e eventos variados.
Como fazer:
•	 Pesquisar sobre encontros regionais e a demanda para eventos e congressos na área de saúde
e bem estar.
•	 Em um raio de 500km, observar o mercado e verificar o potencial de prospecção de clientes
e parceiros para o projeto e desenvolver ações comerciais.
•	 Realizar convênios com instituições de ensino e entidades setoriais da área de saúde e bem
estar.
•	 Pesquisar sobre novas tendências para capacitação e estudos para a área e aplicação regional
conforme os potenciais de mercado da região.
•	 Verificar empresas promotoras de eventos e congressos de saúde para desenvolver estraté-
gias específicas para a região e atrair centros importantes da região com oportunidade para
congressos e encontros pequenos, mas exclusivos.
•	 Desenvolver uma ação de marketing voltada a oferecer espaços exclusivo para encontros e
imersões.
Escola de Criatividade
29
• Necessidade de prospecção da região para águas termais
Sabe-se que a área da usina pode ter potencial de exploração de água termal e por essa razão, sugerimos
uma prospecção e uma vez constatado, o projeto poderá sofrer alterações mais uma vez. No entanto, inde-
pendente de se confirmar águas termais na área, precisamos deixar claro que isso não significa que será a
prioridade de investimento para a área. Haja vista que vários empreendimentos termais da região não tem
apelo para atração de fluxos turísticos significativos. Portanto, caso se detecte potencial de águas termais,
obviamente que sua exploração poderá agregar muito ao projeto. Consideramos mais uma vez que a diver-
sificação de produtos, ideias e intervenções na área é que poderá aos poucos atrair investimentos variados
e trazer sustentabilidade.
Como fazer:
•	 Identificar as entidades que realizam essa prospecção de água termal.
•	 Realizar análise e levantamento de custo para exploração de água termal - análise de custo de
prospecção e análise do projeto para viabilidade financeira e aplicações.
•	 Levantar as possibilidades para o uso de água termal.
Hotel ou pousada com vista para o lago (represa)
Ideia para o futuro, depois da consolidação do projeto e identificação de demanda. O hotel é um dos subpro-
dutos a serem colocados no projeto, para um momento futuro e não de aplicação imediata. Precisamos
aguardar que alguns produtos e investimentos iniciais estejam num momento de maturação. Para tanto,
sugerimos a construção de um cronograma de implantação com os tempos para cada intervenção e projeto.
Este hotel se localizaria na parte de trás da área residencial, local que teria uma visão do lago (represa), uma
bela vista e cenário da região. Este hotel poderá servir de estrutura de apoio aos visitantes das intervenções e
projetos que já estiverem em funcionamento na área da usina. Também poderá oferecer espaços para saúde
e bem estar a todos os seus hóspedes como spas com foco em hidroterapia aproveitando o tema água e o
potencial da região.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
30
Como fazer:
•	 Montar o cronograma de implantação de todo projeto da área da usina, identificando qual o
momento ideal para iniciar o projeto.
•	 Avaliar a viabilidade de mercado de implantação do hotel.
•	 Elaborar o projeto executivo e operacional, e estudo de viabilidade econômico-financeiro do
hotel.
•	 Analisar a situação do mercado na região.
Escola de Criatividade
31
DESPORTIVO
Se você tem metas para um ano, plante arroz
Se você tem metas para 10 anos, plante uma arvore
Se você tem metas para 100 anos, então eduque uma criança
Se você tem metas para 1000 anos, então preserve o meio Ambiente. ”
								 	Confúcio
Uma vertente da educação seria a educação esportiva. Ainda estamos caminhando em passos lentos neste
incentivo, principalmente aliado à educação tradicional e formal. Como dito no início deste documento, se
quisermos uma transformação da área ou mais, pretensiosamente, dos valores e comportamentos da socie-
dade da região, a educação realmente pode ser um dos elementos a serem considerados. E a proximidade da
área trabalhada com a água favorece no potencial para as práticas esportivas náuticas.
• Centro de treinamento e escolinha de canoagem
Aproveitamento do balneário para atividades náuticas. Ao lado do clube pode-se criar um centro de treina-
mento desportivo náutico, incentivando a formação de novos atletas. Pode-se iniciar o projeto com escolhi-
nhas que tenham atendimento às crianças, trabalhando o contra-turno escolar. E posteriormente abranger
os jovens e adultos, formando o centro de treinamento.
Trabalhar as modalidades náuticas como remo e canoagem. Existem várias modalidades das quais se desta-
cam a canoagem oceânica, caiaque-polo, maratonas, canoagem velocidade, canoagem slalom. A canoagem
é um esporte que vem se destacando no mundo desportivo olímpico e o atualmente o Paraná, em específico
a cidade de Curitiba, está servindo de centro de treinamento da seleção brasileira de canoagem.
O potencial hídrico da região para incentivar escolinhas de canoagem e futuro centro de treinamento e for-
mação de atletas é muito grande. Pode-se criar um elo de ligação para transferência de tecnologia que a ca-
pital do estado está desenvolvendo com o Centro de Desenvolvimento da Canoagem Brasileira e a Academia
Brasileira de Canoagem.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
32
Precisa criar a cultura do esporte na região. Um exemplo é a cidade de Tibagi e Ribeirão Claro, que também
tiverem seus primeiros passos com a formação de atletas mirins e jovens em escolinhas. Com o tempo, con-
seguiram criar a cultura dos esportes náuticos, canoagem e suas modalidades, formando atletas olímpicos.
Outra consideração interessante quanto ao incentivo à canoagem seria a possível oportunidade de mercado
e negócio de produção de equipamentos e acessórios para sua prática. Obviamente que o fomento para tal
realidade deve acontecer numa etapa posterior, quando o esporte já estiver consolidado e tiver um público
de praticantes significativos. Neste futuro, poderá inclusive considerar a formação de um arranjo produtivo
local (APL) da canoagem, com empresas de construção dos diferentes barcos, remos, vestuários, acessórios
em geral.
Como fazer:
•	 Realizar avaliação técnica do potencial hídrico da região (balneário, represa e o rio) junto com
a Confederação Brasileira de Canoagem (Cbca), que está instalada na cidade de Curitiba e tem
uma regional em Foz do Iguaçu.
•	 Pesquisar o formato de escolinhas de canoagem para a região, seguindo orientações da pró-
pria Cbca, detentora do conhecimento para tal.
•	 Sensibilizar o público sobre esta modalidade esportiva com exposição de imagens dessa prá-
tica, conversas com atletas e praticantes amadores, evidenciar o apelo saudável da prática e
seus benefícios.
•	 Formação ou contratação de professores e/ou profissionais com conhecimento sobre técni-
cas de canoagem.
•	 Elaboração de projetos para criação de escolinhas desportivas e centros de treinamento náu-
ticos.
•	 Realização de eventos e competições locais e regionais.
•	 Definir estratégia de formação de atletas, com incentivo a sua formação adequada e foco no
desporto de rendimento.
Escola de Criatividade
33
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
34
• Pista de skate
Seguindo a linha da canoagem, o skate é outra modalidade esportiva que pode ser incentivada na região.
Infelizmente ainda temos certo preconceito aos praticantes de skate, não sendo visto como uma atividade
saudável ou praticada por atletas. No entanto, o skate é sim considerado um esporte, tendo inclusive uma
Confederação Brasileira de Skate (CBSk), que busca este reconhecimento, qualificação, formação de atletas
e organiza os campeonatos.
Em muitas situações, o skate é praticado de forma lúdica, sem a preocupação ou interesse desportivo. A área
da usina pode ter os dois destinos, tanto para prática amadora quanto a profissional.
No primeiro caso, muitas crianças, jovens e adultos já devem ter o skate como um de seus passatempos. O
incentivo que se pode dar aqui é a construção de pistas de diferentes níveis de dificuldade, aluguel de skates,
aulas com outros praticantes e atletas profissionais, oficinas de criação de shapes e modelagem, encontros e
eventos de entretenimento, campeonatos entre os praticantes amadores, entre outros.
Já para o público profissional, podemos pensar no mesmo formato que para a canoagem, com a criação de
escolinhas com intuito de formação de potenciais e futuros atletas, com o acompanhamento técnico e par-
ticipação em campeonatos. As diferentes pistas de skate podem servir para os dois públicos. Dependendo do
nível de dificuldade, pode-se pensar em atrair os eventos regionais para a área da usina.
Para dar a caracterização de negócio, também podemos estimular, num segundo momento, o ponto de vista
comercial, com a produção de equipamentos e acessórios para o esporte. Isso pode ser estimulado com a
realização de oficinas práticas de criação e produção, pesquisas de oportunidades de negócios, conversas
com profissionais que já estejam neste nível de avanço, disseminando experiências semelhantes com o skate
e outras modalidades esportivas.
Como fazer:
•	 Sensibilizar a sociedade sobre a prática do skate, principalmente como esporte.
•	 Aproximação com a CBSk para identificar as potencialidades e oportunidades de negócio.
•	 Planejamento de pequenos encontros e eventos para o público em geral, com apresentação
das práticas, oficinas e aulas de técnicas e remodelagem de shapes, espaço para a prática.
•	 Desenho de como poderia funcionar a escolinha de skate, que pode ter como público os alu-
nos das escolas públicas municipais e estaduais, realizando trabalhos no contra-turno escolar.
Escola de Criatividade
35
•	 Elaboração de projeto de construção de pistas, considerando materiais alternativos para faci-
litar sua viabilidade e execução.
•	 Formação ou contração de professores e/ou profissionais com conhecimento sobre técnicas
de skate.
•	 Elaboração de projetos para criação de escolinhas de skate.
•	 Realização de eventos e competições locais e regionais.
•	 Definir estratégia de formação de atletas, com incentivo a sua formação adequada e foco no
desporto de rendimento.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
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• Clube de Tiro
Já é uma demanda real para a área da usina, a instalação de um clube de tiro. A solicitação é para o uso de
uma área próxima ao clube, com a construção de pistas de tiro.
Em conversa com a Federação Paranaense de Tiro, entende-se que esta prática esportiva tem uma carac-
terística bem diferente das duas modalidades esportivas apresentadas anteriormente. Não se tem o objetivo
de formação e socialização do esporte. É uma prática mais restritiva, até porque sua exigência é diferenciada,
com avaliação de sua capacidade do porte de arma, entre outros detalhes.
A instalação do clube teria algumas consequências positivas e negativas para a área. O aspecto que precisaria
ser pensado é com relação à poluição sonora causada durante a prática do tiro. Como a área de interesse é
próxima da mata, tem-se que avaliar qual o seu real impacto à fauna local. Isso poderia se agravar durante a
realização dos eventos locais regionais, por causa da intensidade de tiros realizados.
O lado benéfico seria a ocupação da área e sua consequente segurança, uma vez que há um grande problema
com a movimentação de caçadores pela área de mata da usina. Além disso, o clube de tiro local realizará
alguns eventos locais e regionais que gerarão um fluxo de visitantes. Com a consolidação destes eventos, é
possível avaliar a reativação do hotel para atender a necessidade de hospedagem.
Como fazer:
•	 Realizar avaliação técnica dos impactos sonoros para a fauna local.
•	 Analisar o formato do acordo ideal para ser firmado entre a Tractebel e o Clube de Tiro, consi-
derando as diversas modalidades.
•	 Pensar nas regras de uso do espaço pelos participantes e frequentadores do clube.
•	 Escrever o termo de acordo de cessão da área para o Clube de Tiro.
•	 Mapear os eventos locais e regionais que poderão acontecer dentro de um período específico,
identificando os resultados positivos que poderão gerar para a área da usina.
Escola de Criatividade
37
EVENTOS GERAIS
O espaço de eventos já existente na área da usina também pode ser aproveitado, como local para abrigar e
promover eventos de vários segmentos e formatos. Mais uma vez procuramos diversificar ações para trazer
novas oportunidades e ao mesmo tempo segmentar o uso da área.
• Aproveitamento do espaço de eventos para formatos multiuso
Entidades têm a oportunidade de utilizar o espaço para capacitação, desenvolvimento de redes e setores.
Eventos para a área do agronegócio, possível APL de skate e canoagem, e várias outras áreas de destaque
regional poderão utilizar esse espaço de eventos. Pequenos eventos, multi-formatos para que o local possa
receber eventos de todos os tamanhos.
Há a necessidade de dimensionar e otimizar o espaço pra uso variado e conforme demanda pra que seja
autossustentável e exija manutenção e administração com contenção de custos. O espaço poderá ser admi-
nistrado por investidores, ou cedido por convênio para uso e manutenção de uma parceria entre entidades
multi-setoriais, academia, governo e iniciativa privada.
Alguns exemplos de encontros e pequenos eventos no local, que poderá receber são as reuniões do Sebrae
da regional oeste e sudoeste, reunião da Associação dos Poloneses, reunião técnica e pequenos congressos,
feiras regionais – ACQI, feiras de Quedas do Iguaçu trazendo produtores locais para encontros e venda de
produtos, feira de estudantes, escoteiros e outros encontros variados. Eventos que já acontecem e podem
ser atraídos para um espaço diferente e em localização diferenciada. Organizar eventos de tamanho factível
que vai se ajustando conforme as demandas. Pode-se fazer um esforço para atrair e aproveitar os pequenos
eventos que gostariam de ser realizados em Foz do Iguaçu, e que tenham o perfil para a área da usina. Im-
portante saber aproveitar a demanda de Foz do Iguaçu para eventos, pois a cidade já está em sua capacidade
máxima.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
38
Exemplos de espaços para multiuso e flexíveis
Escola de Criatividade
39
Como fazer:
•	 Criar eventos próprios da região para atração da atenção local.
•	 Pode-se dar concessão para uma empresa promotora e organizadora de eventos.
•	 Criar um calendário para uso e aluguel do espaço.
•	 Oferecer os espaços e gerar um plano de uso dos mesmos, junto ao plano de marketing estra-
tégico e relacionamento com empresas e entidades.
•	 Definir os tipos de eventos possíveis de realização no espaço - corporativos para treinamen-
tos, convenções, reuniões estratégicas, lançamento de produtos; acadêmicos; entreteni-
mento e cultural.
•	 Pensar em espaços alternativos com design diferenciado e criativo e mobiliário sustentável e
flexível.
•	 Buscar referências criativas, de baixo custo e manutenção que possam atrair diferentes even-
tos.
•	 Locação do espaço para gerar renda e atrair eventos diversos.
•	 Desenvolver um planejamento comercial para o uso do espaço e estabelecer parceria com
universidades, empresas dos mais diversos setores e entidades setoriais.
•	 Pesquisar sobre espaços multi-funcionais, flexíveis e modulares.
Arranjo produtivo local
Como sugerido a algumas modalidades esportivas, poderia ser desenvolvido o projeto do arranjo produtivo
local para a área de eventos. Como o mercado de eventos tem uma característica heterogênea, acaba por
trabalhar e envolver diferentes fornecedores. Um determinado tipo de evento exige fornecedores específicos.
Assim, o espaço de eventos da área da usina precisa pesquisar e definir quais os tipos de eventos que realizará
e atenderá inicialmente. Essa disponibilidade será resultante dos fornecedores já existentes no mercado local
e regional.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
40
Para poder ampliar este leque de tipos de eventos, o mercado regional como um todo precisa estar prepa-
rado. Assim, com um projeto de APL de eventos, pode-se criar ações de incentivo e fomento para abertura
de novos negócios de eventos (como empresas de vídeo, áudio, floricultura, locação de mobiliário, buffet de
diferentes tipos, organizador de evento, produtor de eventos, iluminação, limpeza, produção e confecção
de lembranças, locação de roupas, entre outros), capacitação e qualificação da mão de obra com cursos e
treinamentos.
Escola de Criatividade
41
URBANO E LÚDICO
Um dos elementos integradores de toda área da usina, seria o mobiliário e sinalização distribuídos no es-
paço. Pensamos num mobiliário urbano criativo e inovador que siga uma mesma linha de comunicação em
todo espaço, usando elementos como madeira para se aproximar mais ao espaço e colorido para que tenha
um destaque inovador. Além da sinalização, outros elementos de mobiliário também podem proporcionar o
aspecto lúdico e de entretenimento. Este item está integrado intimamente com os elementos de educação,
principalmente quando abordamos as estruturas físicas das intervenções sugeridas na temática anterior-
mente abordada.
Como fazer:
•	 Identificar as necessidades de sinalização e comunicação da área da usina, definindo a prio-
rização de sua implantação.
•	 Levantar diferentes referências de sinalização e mobiliário urbano para orientar o trabalho da
equipe que criará o projeto de design.
•	 Elaborar os projetos executivos dessa sinalização e mobiliário urbano.
•	 Analisar as fontes de recursos para sua implantação.
•	 Apropriar as regras da sinalização para as regras de uso e implantação da área geral.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
42
Escola de Criatividade
43
• Percurso de ciclovia por todo espaço
Cada etapa implantada pode ter sua ciclovia criada. Como o espaço não tem um grande movimento de carro,
pode-se ter este modal de transporte mais incentivado. O plano de uso e ocupação da área deve prever áreas
restritas aos veículos automotores e os limites de velocidade em cada área. Seria interessante se a ciclovia
estivesse integrada ao projeto urbano, servindo de elemento integrador entre as diferentes áreas.
• Praça de Águas
A água é como elemento indutor do projeto, podendo-se implementar algumas áreas que tenham sua valo-
rização, como as praças de água. A ideia é ter um espaço, que não precisa ser grande, para estruturas dife-
rentes e que exijam pouco investimento em tecnologia. Basta usar a imaginação. E com concreto, madeira
tratada, pedras e canos pode-se ter diferentes desenhos para as praças. As praças também podem servir
como elemento integrador do projeto.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
44
• Área de expressão cultural
Juntamente com as praças de água, pode-se criar espaços para expressão cultural da região. Estes espaços
podem ser pequenos anfiteatros a céu aberto ou concha acústica. Estímulo às apresentações das escolas e
grupos artísticos. Também pode-se incentivar a criação de grupos artísticos com cursos e workshops, utili-
zando os espaços como do Polo de Conexão.
 
Escola de Criatividade
45
CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA A ÁREA
A área de intervenção da Usina de Salto Osório da Tractebel não precisa ter uma ligação direta com as histó-
rias da cidade de Quedas do Iguaçu, que dão ênfase à colonização polonesa. Não precisa se relacionar direta-
mente com a cidade que tem pouco potencial de crescimento e grande ameaça com as invasões dos assen-
tados nas áreas próximas e de entorno. Essa relação pode intervir na atração de investidores para o projeto.
No entanto, pode-se pensar em ter um Memorial Polonês ou da Imigração que conta a história da coloniza-
ção da cidade ou da região. Já existe o interesse desse projeto pela paróquia local, que tem um padre que é
um grande articulador e sonha em ter um uso educacional da igreja.
O sonho é que o espaço existente sirva de memorial sobre as principais imigrações da região, contendo de-
poimentos dos primeiros colonizadores, o que ainda se preserva da cultura, curiosidades como o programa
de rádio em polonês, como foi a minicidade de Salto Osório, gastronomia. Seguindo o formato sugerido nos
outros espaços da Vila, este memorial também poderá priorizar o formato mais interativo, possibilitando que
novos conteúdos sejam criados pelos visitantes, e principalmente que haja uma participação mais ativa, não
apenas contemplativa. Alguns exemplos seriam: gravação de histórias sobre a vinda das famílias imigrantes
ao Brasil; mural em que cada um possa desenhar sua árvore genealógica; exposição de croquis de como era
a arquitetura e desenho das cidades colonizadas, permitindo que os visitantes possam copiar os desenhos;
exposições temporárias sobre as histórias das famílias de imigrantes, estimulando a valorização da história e
uma visitação contínua ao espaço; espaço com brinquedos dos países dos imigrantes para interação dos vi-
sitantes; mural com palavras nos idiomas estrangeiros em que cada visitante tenta adivinhar seu significado
em português; criação de calendário de cursos de gastronomia de comidas típicas dos países estrangeiros e
outras atividades culturais.
Aproveitando essa relação com a colonização polonesa, pode-se pensar em incentivar negócios com empre-
sas e universidades polonesas para intercâmbio e transferência de tecnologia, com incentivo, patrocínio ou
instalação de centros de pesquisa e treinamento em áreas de interesse do mercado polonês. Sabe-se que a
Polônia é um grande mercado produtor de cosméticos – o país tem curso de cosmetologia como graduação,
pois é um grande produtor e consumidor de itens de cosmética. Tem o Programa Polish Cosmetics, política
pública para incentivar o mercado de cosmética. Tem interesse em entrar no mercado brasileiro. Isso pode
ser um grande argumento para a aproximação com o país europeu.
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
46
Possibilidades no Brasil
O mercado brasileiro é um alvo para as marcas polonesas. Afinal, é natural que o terceiro
maior mercado do mundo esteja no radar de todo e qualquer fabricante de cosméticos,
não importa a sua origem. E é justamente no setor que a Polônia é mais forte, o setor
de Skincare que podem residir as maiores oportunidades. Eu posso imaginar que é um
bom local para estarmos. Os cosméticos poloneses tem ótima qualidade, com um preço
competitivo quando você compara com produtos equivalentes produzidos na Alemanha,
na França, ou na Espanha, por exemplo. Eu posso imaginar que no mercado brasileiro
muitos consumidores estão em busca de produtos de qualidade, sofisticados, mas por um
preço razoável, e isso é o que as marcas de cosméticos polonesas podem oferecer, conclui
Roland Sprung, presidente da SPC House of Media, empresa responsável pela gestão do
projeto.
 
Escola de Criatividade
47
PRIORIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES
Para seguir com a ideia geral de projetos independentes pela área da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica
de Salto Osório, cada projeto também tem um tempo certo para implementação dentro de um cronograma
geral. Sugerimos um cronograma de implantação conforme a priorização das intervenções apresentadas no
presente documento.
ANO 1
•	 Museu da Água – primeira sala
•	 Polo de Conexão – calendário de cursos e pales-
tras sobre empreendedorismo
•	 Escolinha de Canoagem
ANO 2
•	 Eventos em geral
•	 Memorial da Imigração
•	 Pistas de Skate
•	 Clube de Tiro
ANO 3
•	 Ampliação do Museu da Água – Centro de Cria-
tividade
•	 Eventos regionais de canoagem
•	 Eventos regionais de skate
•	 Escolinha de skate
•	 Eventos de saúde e bem estar
ANO 4
•	 Indústria Limpa
•	 Polo de Conexão – incubadora de projetos e em-
presas
ANO 5
•	 Ampliação do Museu da Água – Espaço de Inven-
tividade
•	 APL de canoagem e skate
ANO 6
•	 Hotel/pousada com vista para o lago
 
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
48
ESTRATÉGIA OPERACIONAL GERAL
• Geração inicial de fluxo de visitantes à área
Para dar um start ao projeto, o interessante é que se tenha um movimento constante de visitantes. Alguns
pequenos estímulos podem ser dados para que se inicie este fluxo como a realização de missa quinzenal ou
mensal na igreja existente na área, ou os pequenos eventos de empreendedorismo, ou as visitas guiadas ao
Museu da Água com alunos da região – escolas públicas e privadas. O aumento gradativo do movimento de-
penderá da consolidação de cada espaço e projeto existente.
• Implantação gradativa
Para conseguirmos a consolidação dos espaços e projetos, é preciso ter em mente que o projeto não será
implantado tudo ao mesmo tempo. Quando se executa por etapas, sempre terá algo novo a ser lançado. Isso
serve de pretexto para se mostrar ao mercado, virar notícia na imprensa e convidar os mesmos visitantes a
retornarem para conhecer o que há de novo.
• Gestão executiva
Ter um responsável pela implantação de todo projeto - coordenando cada uma das etapas, acompanhando
a elaboração dos projetos executivos de cada projeto, identificando as oportunidades e novos investimen-
tos – é imprescindível para o sucesso do projeto. Essa gestão executiva e profissional deve ser feita por uma
instituição terceira com capacidade técnica para elaboração de projetos, captação de recursos, gestão de
negócios, planejamento e coordenação de eventos.
• Projetos executivos
O projeto conceitual levantou diversas intervenções a serem implementadas no espaço. A etapa seguinte é
a identificação e priorização das intervenções que forem mais adequadas às expectativas da Tractebel, para
então ter a elaboração dos projetos executivos de cada uma dessas intervenções. E em seguida, ter o estudo
de viabilidade econômico-financeiro de cada uma delas.
Escola de Criatividade
49
AGRADECIMENTOS
Sebrae/PR
Vitor Roberto Tioqueta – Diretor Superintendente
Júlio Cezar Agostini – Diretor de Operações
José Gava Neto – Diretor de Administração e Finanças
Orestes Hotz – Gerente Regional Oeste
Edson Braga da Silva – Consultor Regional Oeste
Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório
50
EQUIPE TÉCNICA
Jean Sigel – comunicação, criatividade e inovação
Livia Kohiyama – turismo, eventos e criatividade
 
Rua Ubaldino do Amaral, 1191 | Alto da XV | Curitiba | PR | escoladecriatividade.com.br

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Projeto Conexão

  • 1. Projeto conceitual da Vila Residencial da USINA HIDRELÉTRICA DE SALTO OSÓRIO
  • 2.
  • 3. Projeto conceitual da Vila Residencial da USINA HIDRELÉTRICA DE SALTO OSÓRIO
  • 4. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 4
  • 5. Escola de Criatividade 5 APRESENTAÇÃO Transformar um espaço é sempre um desafio. Muitas vezes essa transformação faz parte do ciclo de vida de uma localidade. Ou simplesmente chegou a hora de mudança. Para a Tractebel o momento é de repensar em suas prioridades. Ter uma área com diversas instalações não faz mais parte de sua necessidade. Com isso, chegou a hora de pensar no processo de desligamento desta área de sua estrutura funcional, que é a Usina Hidrelétria de Salto Osório. No entanto, este momento é também um tempo de reflexão sobre o des- tino desta área. Pensar numa boa estratégia para esta área não mais aproveitada pela Usina e empresa Tractebel precisa de tempo e um olhar diferenciado. Por esta razão, o trabalho da Escola de Criatividade é criar um projeto con- ceitual para o espaço, com o objetivo de encontrar uma alternativa de atração de negócio e investimento, sem esquecer de toda história e importância da área para a cidade. A área da Usina tem uma ligação sensível com a cidade de Quedas do Iguaçu. Não tem uma dependência di- reta, uma vez que possui uma estrutura urbana própria. Entretanto, sem o uso adequado e merecido. Dentro desta realidade, acreditamos ter um grande desafio pela frente. O início de tudo é achar o seu conceito. O quê de diferente esta área tem que possa desenrolar todo o pro- jeto? As primeiras ideias para a área tinha a água como conceito - água como solução e desenvolvimento. Trabalhamos diversas intervenções em cima deste tema, pensando na água como elemento integrador de todas as ideias para a área. Mas dentro da metodologia de trabalho, continuamos sempre buscando novas referências e conversando com diferentes profissionais. Isto nos levou a algumas conversas interessantes que não estavam em acordo com o conceito inicial. Todos foram certos em afirmar que há uma ligação mui- to forte da área trabalhada com o tema. No entanto, não era o tema que tivesse apelo suficiente. Esse choque de realidade nos fez mudar o rumo do trabalho. Como dito inicialmente, transformar é parte importante de um trabalho. Mudanças de rumo fazem parte do processo.  
  • 6. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 6 METODOLOGIA DE TRABALHO • Destinos Criativos A criatividade é uma habilidade inata ao ser humano e a partir dela grandes inovações fizeram e fazem parte da história do mundo. E em grandes momentos de crise, guerras, conflitos e circunstâncias difíceis esta habilidade permitiu que o homem pudesse se reinventar, criar e inovar. Acreditamos que por meio da cria- tividade podemos desenvolver projetos e possibilidades em quaisquer áreas de negócios e educação para o desenvolvimento pessoal e profissional. Mesmo aqueles projetos considerados difíceis onde as circunstân- cias não nos favorecem a todo instante. Grandes invenções da humanidade surgiram a partir do potencial criativo humano e em circunstâncias des- favoráveis. Cidades se reergueram, empresas ressurgiram, destinos se refizeram a partir de inovações e a coragem de fazer algo novo. Por isso desenvolvemos a metodologia chamada Destinos Criativos - onde a equipe da Escola de Criatividade desenvolve o trabalho a partir do novo olhar, da observação, da busca de histórias e o encontro das vocações do destino. Acreditamos que destinos mais criativos podem não apenas atrair mais turistas, mas principalmente desenvolvimento econômico, social, humano, colaboração e novos negócios – essa é a essência da metodologia Destino Criativo. Em todo o país há grandes carências em destinos e regiões no que diz respeito à diversificação de produtos, novas ideias, conceitos e oportunidades para o desenvolvimento. Estratégias dessa metodologia são neces- sárias para a compreensão da situação atual e o planejamento de linhas de ações baseadas nas caracterís- ticas e vocações das regiões e na pretensão de utilização do seu potencial. Além do “o que fazer”, valorizamos o “como fazer”. Por isso o que pregamos no passo a passo desse projeto conceitual é: Não me diga o quê fazer, me diga como fazer?
  • 7. Escola de Criatividade 7 CONCEITO DO TRABALHO • Conexão para conhecimento e formação Espaços de conexão, colaboração e produção de conhecimento são tendências cada vez mais presentes em todo o mundo e também no Brasil. Espaços que conectam pessoas, projetos, possibilidades e saberes. Incubadoras, aceleradoras, espaços coworking, casas abertas e outros, são formas atuais de produzir co- nhecimento e também gerar possibilidades a partir da colaboração e produção coletiva. Centros de geração de conhecimento como universidades, faculdades, centros profissionalizantes, polos de tecnologia, entre outros, sempre fizeram parte do crescimento das grande e médias cidades e formação de seus habitantes. A concentração de pessoas nos grandes centros urbanos, das mais diferentes habilidades e experiências, fez com que a produção de conhecimento se concentrasse também nesses locais, permitindo grande desenvolvimento e fazendo das cidades os motores da inovação, como citou Edward Glaser. Grandes centros se beneficiaram dessa produção de conhecimento desde os tempos da Escola Grega, a Atenas de Sócrates e a Academia das Ideias de Platão. Ou da Florença renascentista de Da Vinci, Michelangelo e tantos outros artistas que se misturavam para produzir arte. Ou a Paris dos filósofos e a Nova York dos músicos. Mas essa produção de conhecimento nas últimas décadas começou a se expandir além das divisas urbanas dos grandes centros e chegou a diversas regiões. O Vale do Silício é talvez o maior e mais conhecido exemplo de descentralização do conhecimento e oportunidades, mas regiões similares localizadas em destinos com menores densidades populacionais em todo o mundo também têm apostado na formação de pessoas e produção de conhecimento atraindo a atenção de universidades, investidores e empresas. Por essa razão, entendemos após diversas análises, visitas e pesquisas, que o local nos arredores da Usina Hidrelétrica de Salto Osório da Tractebel, possa se transformar aos poucos em uma região propícia a atrair conhecimento, oportunidades e investimentos diversos. Os espaços e áreas construídas no entorno da usi- na, podem possibilitar que centros de ensino, empresas e outros parceiros investidores possam se interessar em adotá-los para desenvolver projetos educacionais, empreendedores e produção de conhecimento. A região do sudoeste e oeste onde estão as áreas hoje pertencentes a Tractebel, possui universidades, in- dústrias e forte desenvolvimento do agronegócio. Fatos que justificariam a criação de novos centros para
  • 8. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 8 estudos, pesquisas, ciência, fomento ao empreendedorismo e educação. Enxergamos que esse pode ser o conceito base do projeto, onde áreas podem ser aproveitadas para se transformarem em centros de co- nhecimento e conexão de projetos, pesquisas e capacitação de pessoas e empreendedores. Espaços de aprendizagem, de conexão de ideias, de colaboração e de investimento em pessoas. Um projeto que pode beneficiar não apenas o entorno, mas também a região, o estado e outras regiões do país, já que amplia pos- sibilidade de investimentos em uma região com pouco potencial turístico, acessibilidade restrita, mas que pode atrair estudantes, profissionais das mais variadas áreas, professores e investidores que podem apostar em geração de conhecimento.
  • 9. Escola de Criatividade 9 IDEIA GERAL Desde o início, nas primeiras reuniões e visitas à Usina, percebemos o grande desafio que existia pela frente. O que fazer com uma área que já teve sua importância social e econômica para a usina hidrelétria, cidade de Quedas do Iguaçu e região? Além de analisarmos a região para avaliar sua importância atual e pensando num recorte urbano, como um projeto poderia ser viável à região? Este foi o que sempre esteve em nossas mentes, como transformar esta área em um projeto de interesse comercial. Em todo processo ficou muito claro que pensar em um projeto único para toda área teria sua factibilidade colocada à prova. Isso nos fez pensar em diversos projetos espalhados pela área e integrados mediante ao conceito geral. Pensando assim, cada área teria sua independência em se viabilizar, buscando parceiros in- teressados em contribuir com investimentos financeiros ou econômicos. Essa estratégia facilitaria a busca de diferentes parceiros. Dessa forma, dividimos a planta geral em diversas áreas de investimento. Cada qual com um interesse es- pecífico que poderá buscar seus parceiros sem impactar na área total. Isso inclusive facilitaria a implantação de cada projeto, não dependendo que tudo esteja “vendido” para se viabilizar. Face ao desinteresse da Tractebel em continuar com a manutenção da área no estado atual, entendemos que seu desligamento não se dará de forma imediata. O projeto que se apresenta necessita de um gestor para que se possa dar os primeiros passos. Este gestor naturalmente seria a Tractebel ou seu instituto, que deverá ser o agente fomentador do processo. Num futuro, depois de implantado parte do projeto, é possível criar uma nova instituição que poderá assumir toda responsabilidade técnica.
  • 10. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 10 ONDE ESTAMOS
  • 11. Escola de Criatividade 11 INTERVENÇÕES NA ÁREA Pensamos nessa área com as seguintes seis divisões temáticas para gerar intervenções e estratégias e de- senvolver o conceito de conhecimento e formação: Educação, Empreendedorismo, Saúde e Bem Estar, Es- porte, Eventos e Urbano e Lúdico. Como mencionado anteriormente, estas temáticas poderão ser trabalhadas em áreas distintas, em projetos factíveis e com a integração entre elas ou independentes. O interessante é apresentar diferentes temas que atendam diferentes necessidades e demandas para termos mais diversidade e opções. • Estratégias essenciais para as intervenções Pequenas vitórias, pequenos sucessos pra ganhar confiança. Fazendo as coisas passo a passo, conforme o projeto avança e conforme viabilidade financeira e apoio. A região não está preparada para investir tanto. Por isso, partir para o simples e buscando parcerias estratégicas. • EDUCAÇÃO Os espaços a serem aproveitados da área da Usina poderão ser utilizados para capacitação, pesquisa e co- nhecimento. • Museu da Água A água é um dos principais atributos desta região de Quedas do Iguaçu. O Paraná é um estado privilegiado por seu recursos hídricos e seu potencial energético. Bacias importantes e o aquífero guarani são destaques que fazem do Paraná um potencial no tema água. E o rio Iguaçu, que em guarani significa água grande, é um símbolo do Paraná. O tema água é atualmente um dos mais debatidos em todo o mundo. Nos Estados Uni- dos, parques tecnológicos de estudos e negócios da água estão em crescimento. Em Israel a aposta recen- temente está em um projeto ousado chamado “Water City” - Cidade da Água - implantado em uma cidade chinesa onde tecnologias israelenses voltadas ao uso e soluções para a água serão desenvolvidas na cidade de Shouguang. Segundo as relações China e Israel, esse acordo prevê a implantação de várias soluções de- senvolvidas na Water City para pelo menos 600 cidades chinesas que precisam desesperadamente de ações voltadas ao bom uso da água para sua economia.
  • 12. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 12 E por essas razões sugerimos o aproveitamento e a criação de um espaço de educação para pessoas de todas as regiões, principalmente crianças e jovens, que poderão aprender sobre a importância da água, os desafios desse milênio, novas tecnologias, ideias criativas para o uso da água e sua reutilização, geração de energia limpa pelas hidreléticas. Neste caso, a Tractebel teria um espaço de destaque com visitação na própria usina e educação para o uso sustentável da água e preservação dos recursos hídricos. Um museu com este apelo, centros e espaços variados pode atrair grande quantidade de instituições de ensino que utilizariam o centro para educação, capacitação, visitação, pesquisa e práticas. Para aproveita- mento do contra-turno escolar e capacitação de educadores para o tema água e qualquer outro tema. Um centro que se destaca pela interatividade e práticas onde empresas e instituições nacionais que trabalham direta ou indiretamente com o temas relacionados, poderiam patrocinar e investir. Uma referência interessante ao conceito do museu seriam os trabalhos realizados por diferentes espaços interativos. Tem-se a Associação dos Centros e Museus de Ciência que pode auxiliar coma troca de infor- mações e experiências.
  • 14. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 14 • Centro de Criatividade Dentro do Museu da Água é possível criar pequenos espaços específicos como Centro de Criatividade – onde crianças e jovens aprenderiam na prática sobre o uso da água como recurso renovável, mas finito, tecno- logias para o uso sustentável da água, exercícios, desafios e capacitação sobre o tema água. Além também de servir para espaços interativos educacionais para práticas criativas em diversas áreas. Este espaço teria como objetivo transmitir de forma lúdica esses usos da água e permitir a interação dos visitantes com o elemento água, em seus diversos estados físicos. O Centro de Criatividade não precisa ser um grande espaço com altos investimentos. Ter uma ala do museu destinada a ludicidade pode ser simples, utilizando elementos inovadores para compor seu espaço. Um bom exemplo de espaço lúdico que mistura conhecimento com brincadeira é o Exploratorium, espaço destinado à ciência na cidade de São Francisco (Califórnia, Estados Unidos). É uma referência de espaços interativos, pois se trata de um centro de exploração científica, que incentiva pessoas a entender sobre física e ciência de uma maneira muito simples, prática e interativa expondo uma linha do tempo sobre a evolução da ciência com base na física e como funcionam as coisas, desde um pêndulo ao uso da água.
  • 15. Escola de Criatividade 15 • Espaço da Inventividade Outro espaço que poderia fazer parte do Museu da Água, seria Espaço da Inventividade com base em inven- ções geradas pelo público jovem ou de qualquer idade para novas tecnologias e produtos voltados ao bom uso da água e inovação. Da mesma forma que o centro de criatividade, o espaço pode ser aberto para outras áreas relacionadas ao meio ambiente, pesquisa e da ciência. Este espaço também teria como prioridade a interação do público com o tema, tendo diversos pontos que fossem desafiados a refletir e imaginar uma nova realidade com o elemento água, ou mesmo com todo ecos- sistema em que fazemos parte. Aqui cada um teria seu tempo de imaginação e prototipia, onde colocaria todas as ideias em prática (ou tentaria) buscando soluções e inovações para a vida.
  • 16. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 16 • Espaços multiuso Nesse museu é possível criar alguns espaços para capacitação, treinamentos e imersão, para que se tenha uso periódico e programado com calendário para instituições de ensino, empresas, e entidades. Para isso es- ses espaços devem ser pensados com salas em composição flexível e multiuso para receber diferentes tipos de público e quantidades. Salas que se moldam conforme as necessidades, com aproveitamento de espaços e mobiliário adaptável. Inicialmente estes espaços não seriam necessários, pois poderia ser utilizado o espaço da Casa de Visita para realizar algumas das atividades educacionais sugeridas. Exemplos - Laboratório dos cursos técnicos e de graduação da região Espaços do museu e dos seus centros poderão ser utilizados para laboratórios práticos para estudantes das diferentes instituições de ensino de toda a região, do Paraná e de outras localidades do país. Convênios com as instituições podem ser realizados para receber alunos e professores que participariam de capacitações práticas em diversas áreas nos espaços específicos para o conhecimento e trocas de ideias. Aproveitamento dos cursos do campus de Dois Vizinhos da UTFPR – agronomia, engenharia de bio-processos e biotecnologia, engenharia florestal, engenharia de software, zootecnia, tecnologia em horticultura. - Cursos intensivos variados Cursos intensivos em diversas áreas poderão ser realizados nos espaços do museu. Áreas de relevância para cursos intensivos em meio ambiente, tecnologia, empreendedorismo, entre outros poderão ser ofertados mediante um calendário conforme a demanda e interesse. Cursos e treinamentos de imersão em vários te- mas podem ser realizados. Empresas poderão locar os espaços para desenvolver suas capacitações e cursos, ou provedores de cursos poderão estabelecer parcerias com o espaço. - Treinamentos para tecnologias voltadas ao desenvolvimento do agronegócio Pela vocação da região oeste paranaense ao agronegócio, é interessante destacar cursos e treinamentos voltados a esta área, sejam para instituições de ensino, cursos técnicos e profissionalizantes. Oportunidade para grandes empresas de agronegócios, como Nelore Hetty, CNH, Caterpilar, Nelorey para criar centros de pesquisa na proximidade da região oeste. - Centro de treinamento e capacitação de professores Aproveitando o grande volume de educadores no entorno, sugerimos a oferta de cursos para treinamento e atualização de professores para diversas frentes. Por meio de convênios com instituições de ensino e centros profissionalizantes, juntamente com empresas, pode-se suprir uma demanda existente e deixada pelo espa-
  • 17. Escola de Criatividade 17 ço não mais existente em Faxinal do Céu. Um modelo similar ao que foi implantado em Faxinal do Céu, poderá ser vir como estudo para implantação e outros que mostram que independente da localidade e distância é possível criar espaços que atraiam investimentos e sejam utilizados. - Cursos imersivos em temas de tendências – games, softwares, tecnologia. Cursos curtos em formato intensivo utilizando-se dos espaços e facilidades que poderão existir. Em parceria com empresas ou centros de referência em determinados temas, pode-se criar e ofertar cursos de imersão (fim de semana, uma semana ou até mais tempo) para que os participantes tenham oportunidade para se dedicarem à construção de conhecimento em um espaço isolado dos grandes centros e interrupções. - Laboratórios de conhecimento temático e técnico Empresas podem utilizar o espaço como ambiente imersivo para desenvolver novos negócios, tecnologias, produtos, etc. Preparar o espaço para que consiga receber grupos de empresas que buscam locais isolados para desenvolvimento de produtos ou planejamento com caráter mais sigiloso. A distância e acessibilidade da área da usina propicia esta característica. - Praça de águas Uma praça de águas poderá fazer parte do entorno do Museu da Água para compor um ambiente lúdico e atrativo. - Compartilhe uma história ou uma ideia Dentro do museu, pessoas relatam histórias, ideias, soluções e projetos sobre o uso da água. Esse conteúdo será registrado e compartilhado. Como fazer • Elaborar o projeto conceitual do Museu da Água, criando todos os espaços necessários e in- teressantes. Ter um apelo criativo e inovador em todas as interações a serem previstas no museu, cuidando para que não se torne um museu meramente expositivo e informativo. • Elaborar o projeto executivo do museu, juntamente com seu estudo de viabilidade econômi- co-financeiro para também buscar apoiadores e patrocinadores. • Levantar e pesquisar os editais do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), que podem financiar o projeto do museu e suas diferentes atividades.
  • 18. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 18 • Utilizando tema água, empresas de água mineral, filtros, entre outros até organizações que tratam do tema água como WTT – World Tranforming Technologies, órgãos ambientais como SPVS poderão representar, apoiar e ceder materiais para formar o acervo, conteúdo e orien- tações sobre o uso do tema. • Da mesma forma que empresas de agronegócio poderão patrocinar os espaços para cursos e diversas atividades. Empresas e entidades setoriais representativas dos temas do museu e dos centros podem investir em cotas de participação e apoios técnicos para compor o conte- údo e práticas em troca de exposição das marcas e contrapartidas. • Parcerias público privadas podem ser realizadas para viabilizar o museu e seus espaços. Um parceiro público pode adotar formas de financiamento em parceria com o setor privado até por meio de matchfunding, onde a cada real investido pelo setor privado, o setor público in- veste 1 real. • Buscar desenvolver um projeto objetivo e completo para a criação desse museu e desses espaços e centros de capacitação, exposição e treinamentos, pois há recurso disponível em diversas frentes mas faltam projetos consistentes para serem apresentados. • Alguns recursos possíveis estão nas seguintes instituições - Finep, BNDES, Ibram, Fundação Bradesco – Projetos de educação, parcerias com empresas na região - Araupel, Cooperativas, bancos de fomento e desenvolvimento da região. • O projeto nascentes pode servir como base para projetos maiores e atração de investidores locais e regionais. Mostrar os trabalhos já desenvolvidos na região pode fortalecer o projeto do museu, mostrando que existe o potencial e este já é trabalhado. • Projeto inicial – uma sala com interações simples, sem investimento em tecnologia. Trabalhar com conceitos inovadores e educativos com peças de marcenaria e adesivagem. • Projeto de ampliação – prever as demais salas e estruturas do museu, que podem ser implan- tadas por etapas e de acordo com a captação de recursos.
  • 19. Escola de Criatividade 19 Um espaço de fomento ao empreendedorismo regional, local que tenha diversos estímulos para a educação empreendedora. Na região não existe espaço neste formato. Inicialmente pode-se criar pequenos estímulos como a sensibilização de grupos acadêmicos e profissionais que necessitam orientações quanto aos pri- meiros passos para abertura de novos negócios, identificação de oportunidades de mercado, criatividade e inovação nos negócios. Como fazer: • Destinar a Casa de Visitas para esta área de Empreendedorismo, transformando sua sala de estar em espaço para pequenos eventos. • Identificar e mapear os profissionais e acadêmicos que poderiam participar das ações de sen- sibilização na cidade e região. • Criar um mapa de cursos e oficinas práticas de geracão de ideias, prototipia, desenho de mo- delos de negócios, estratégias comerciais, desafios de criar e vender, elaboração de projetos, entre outros que poderão ser adequados para cada nível de amadurecimento do profissional e empreendedor. • Realizar clínicas monitoradas para o desenho dos negócios que poderão ser desenvolvidos. • Identificar junto às diferentes entidades como Cnpq, Finep, Secretarias de Ciência e Tecnolo- gias, Fundações e institutos ligados a grandes empresas possibilidades de apoio e patrocínio para a realização destas ações. • Definir um cronograma de sensibilização e qualificação, identificando os prazos para a elabo- ração dos projetos dos negócios e seu plano de implementação. EMPREENDEDORISMO
  • 20. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 20 • Polo de conexão Com um grupo de profissionais e empresas capacitadas, sugerimos como um passo de consolidação do es- paço, a criação do projeto de uma incubadora e aceleradora de empresas que trabalhem em diversas áreas e segmentos, tenham incentivo à pesquisa e desenvolvimento de projetos e tecnologias e, principalmente, que tenha, muito incentivo ao espírito colaborativo e de conexão. Este é um avanço da temática de empre- endedorismo. Este espaço também pode ser instalado na Casa de Visitas, concentrando esta temática num ambiente adequado para instalação de algumas empresas e grupos de pesquisa. Pode-se inclusive incentivar a criação de laboratório de empresas regionais para que tenham um espaço de experimentação, prototipia, conexão e colaboração. Uma estratégia importante é pensar na atração de empresas que financiem projetos e pesqui- sas como solução e desenvolvimento. Como fazer: • Identificar e mapear empresas inovadoras ou com potencial na região que possam se instalar na Casa de Visitas com o objetivo de desenvolver projetos específico de forma aberta e cola- borativa, sem se importar com o envolvimento de outros profissionais. • Montar o projeto da Casa de Visitas para se transformar em um espaço de conexão entre pro- fissionais e empresas. Transformar o espaço físico da Casa de Visitas em um ambiente aberto e com estrutura para desenvolvimento de pesquisas e projetos dos profissionais e empresas incubadas. • Pensar num projeto inicial para esta etapa desta temática com um ou dois profissionais que cuidem da parte executiva, buscando projetos entre profissionais e empresas que estejam dentro do perfil para se incubar, criar projetos de captação de recursos com editais e leis de incentivo para apoiar projetos e empresas a serem incubadas, conhecer a realidade de dife- rentes incubadoras e aceleradoras, montar o modelo de negócio em que este espaço possa funcionar e ter sua sustentabilidade. • Montar um plano de execução com o passo a passo que os projetos e empresas precisam cumprir para se estabelecerem durante um determinado espaço de tempo na Casa Polo de Conexão. • Desenhar o formato do incentivo à conexão e colaboração dos profissionais e empresas,
  • 21. Escola de Criatividade 21 criando atividades que possam ser realizados com todo grupo, dentro de dinâmicas que es- timulem este espírito. As pessoas não estão acostumadas a colaborar com ideias dos outros. Para que isso se torne natural alguns exercícios podem ser realizados periodicamente. • Pensar sobre atividades de qualificação deste grupo que esteja fora da realidade regional, evi- denciando o diferencial de se fazer parte deste grupo. Atraindo cursos, oficinas, atendimentos e consultorias que estimulem o desenvolvimento de seus projetos e empresas. Polo de conexão Com um grupo de profissionais e empresas capacitadas, sugerimos como um passo de consolidação do es- paço, a criação do projeto de uma incubadora e aceleradora de empresas que trabalhem em diversas áreas e segmentos, tenham incentivo à pesquisa e desenvolvimento de projetos e tecnologias e, principalmente, que tenha, muito incentivo ao espírito colaborativo e de conexão. Este é um avanço da temática de empre- endedorismo. Este espaço também pode ser instalado na Casa de Visitas, concentrando esta temática num ambiente adequado para instalação de algumas empresas e grupos de pesquisa. Pode-se inclusive incentivar a criação de laboratório de empresas regionais para que tenham um espaço de experimentação, prototipia, conexão e colaboração. Uma estratégia importante é pensar na atração de empresas que financiem projetos e pesqui- sas como solução e desenvolvimento. Como fazer: • Identificar e mapear empresas inovadoras ou com potencial na região que possam se instalar na Casa de Visitas com o objetivo de desenvolver projetos específico de forma aberta e cola- borativa, sem se importar com o envolvimento de outros profissionais. • Montar o projeto da Casa de Visitas para se transformar em um espaço de conexão entre pro- fissionais e empresas. Transformar o espaço físico da Casa de Visitas em um ambiente aberto e com estrutura para desenvolvimento de pesquisas e projetos dos profissionais e empresas incubadas. • Pensar num projeto inicial para esta etapa desta temática com um ou dois profissionais que cuidem da parte executiva, buscando projetos entre profissionais e empresas que estejam dentro do perfil para se incubar, criar projetos de captação de recursos com editais e leis de
  • 22. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 22 incentivo para apoiar projetos e empresas a serem incubadas, conhecer a realidade de dife- rentes incubadoras e aceleradoras, montar o modelo de negócio em que este espaço possa funcionar e ter sua sustentabilidade. • Montar um plano de execução com o passo a passo que os projetos e empresas precisam cumprir para se estabelecerem durante um determinado espaço de tempo na Casa Polo de Conexão. • Desenhar o formato do incentivo à conexão e colaboração dos profissionais e empresas, criando atividades que possam ser realizados com todo grupo, dentro de dinâmicas que es- timulem este espírito. As pessoas não estão acostumadas a colaborar com ideias dos outros. Para que isso se torne natural alguns exercícios podem ser realizados periodicamente. • Pensar sobre atividades de qualificação deste grupo que esteja fora da realidade regional, evi- denciando o diferencial de se fazer parte deste grupo. Atraindo cursos, oficinas, atendimentos e consultorias que estimulem o desenvolvimento de seus projetos e empresas.
  • 24. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 24 • Eventos de empreendedorismo A mudança de cultura e comportamento de uma sociedade é um grande desafio. Este é o desejo de muitas marcas e empresas, para que passem a consumir o que produzem. Para pensar numa transformação que gere um desenvolvimento, é ainda maior. Ter um espaço diferenciado com estímulos ao empreendedorismo é um avanço para a região. Inicialmente pode existir uma resistência, o que pode ser quebrada com diferentes atividades que fomentem a necessidade de um ambiente estimulador. Para se conseguir atingir um grande objetivo com êxito, nada melhor que obter pequenas vitórias adjacentes ao grande desafio. Neste caso, a realização de eventos para o público potencial é uma forma de aproximação. Cada curso, palestra ou bate papo será uma pequena vitória no longo caminho de consolidação do projeto total. Como fazer: • Estabelecer uma rede se contatos regionais que envolvam as instituições de ensino, tanto do nível médio quanto de graduação e pós-graduação, entidades setoriais e comerciais, empre- sas estratégicas e os líderes de comunidade. • Montar um calendário de atividades que tenham objetivos específicos como conexão, for- mação e trabalho em redes, ações de colaboração, educação empreendedora, elaboração de projetos, busca e captação de recursos, prototipia de ideias e projetos, modelação de negó- cios, análise de mercado e oportunidades. • Buscar parceiros estratégicos como as instituições de ensino, associações comerciais, sindi- catos, entidades setoriais, sistema S, para colaborarem com tecnologia e conhecimento para a realização e cumprimento das atividades. • Estabelecer contrapartidas dos participantes das atividades em cumprir com pequenos tra- balhos ou projetos para sua localidade ou região, ou com a multiplicação do conhecimento com outros grupos profissionais. • Criar um sistema de fidelização e recompensas aos envolvidos, para criar um grupo de inte- resse pelas atividades.
  • 25. Escola de Criatividade 25 • Aproveitamento de estruturas existentes Considerar as demais estruturas existentes para a temática empreendedorismo, leva a pensar no uso de algumas edificações. Caso o espaço na Casa de Visitas fique pequeno, pode-se transformar o antigo hotel em espaços de alojamento para residências temporárias, como apart-hotéis para pesquisadores e grupos de empreendedores. Como o uso inicial da Casa de Visitas seria para os espaços das empresas incubadas e realização dos eventos para o público empreendedor, as outras pessoas que passarão pelo espaço não terão estrutura de hospedagem. Assim, como já existe o antigo hotel, poderia transformar o espaço num alojamento ao estilo de apart-hotel, em que cada unidade tenha equipamentos de cozinha e hospedagem. Inicialmente este investimento não é necessário, uma vez que sua reforma exige investimento de mobiliário e reforma. Sugere-se deixar para uma terceira etapa, quando as atividades de empreendedorismo estiverem consolidadas e gerando um fluxo de visitantes significativo e relevante que justifique o investimento. Outra estrutura que poderá ser aproveitado é o restaurante e a área de estar e lazer. Após a desativação do restaurante, esta área também perderá o movimento e uso. Revitalizar a hospedagem e o restaurante, transformar em área de lazer e entretenimento como salas de jogos, sala de estar, sala de TV, biblioteca, sala de descanso, sala de meditação. Pensar em uma estrutura modular que possa se adaptar a diversas neces- sidades. Instalação de equipamentos de vending machines para otimizar na estrutura funcional do espaço. Indústria limpa Ainda dentro da temática de empreendedorismo, pode-se pensar numa área destinada às indústrias limpas. As indústrias tradicionais não terão liberação para sua instalação na área, em razão da proximidade com as áreas verdes e habitacionais. No entanto, pode-se pensar numa estratégia de atração de indústrias consi- deradas limpas, aquelas que valorizam o aumento da eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados, com benefícios ambientais e eco- nômicos para os processos produtivos. Para tanto, é importante traçar o perfil dessas empresas, criando uma carta de parâmetros de atuação da indústria, exigindo qual os procedimentos aceitáveis para a área. A tendência atual é que as empresas, inde- pendente do seu porte, repensem em seus processos industriais. A área poderia se beneficiar com esta nova realidade e ir em busca daqueles que se encaixam neste perfil. A área para implantação desses empreendimentos pode ser identificada próxima da área residencial, no sen- tido da Casa de Visitas para facilitar a disponibilização de infraestrutura urbana. Caso haja dificuldade com a ocupação da área residencial, pode-se pensar em destinar uma porção da mesma para a instalação destas indústrias.
  • 26. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 26 Como fazer: • Analisar a possibilidade de instalação de empreendimentos industriais na área, verificar se existe algum impedimento ou norma restritiva. • Levantar o perfil das indústrias limpas de interesse para atração ao projeto. • Criar o manual de parâmetros para instalação de indústria limpa na área. • Pesquisar a possibilidade de benefícios, isenções ou descontos em impostos municipais, com articulação junto a prefeitura e a Câmera dos Vereadores. • Definir a estratégia comercial para atração e busca das indústrias. • Avaliar a viabilidade de instalação das indústrias no local sugerido. • Considerar a ameaça do assentamento durante a atração destas indústrias para a área. Esta situação pode pesar contra esse interesse.
  • 28. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 28 SAÚDE E BEM ESTAR O tema saúde e bem estar merece destaque para esse projeto em função das oportunidades que identifica- mos para compor os temas do projeto. Além de se tratar de áreas em expansão no estado e no país, poderá servir como opção para diversificar negócios, atrair investidores e gerar conhecimento. • Encontros e congressos e saúde Tema saúde é uma referência regional, onde se destacam médicos, laboratórios e centros de saúde com vários profissionais. Este tema poderá ser desenvolvido e estimulado com cursos, atividades, projetos e en- contros do setor médico, farmacêutico, e outros setores relacionados à saúde e bem estar. Pode-se usar os centros do museu ou Casa de Visitas para atrair investimentos e encontros técnicos. É possível desenvolver ações de comunicação e marketing para atrair investimentos nesta área diversificando possibilidades, como atração de temas como: qualidade de vida, novas tendências para saúde e bem estar, apresentação de novas tecnologias e eventos variados. Como fazer: • Pesquisar sobre encontros regionais e a demanda para eventos e congressos na área de saúde e bem estar. • Em um raio de 500km, observar o mercado e verificar o potencial de prospecção de clientes e parceiros para o projeto e desenvolver ações comerciais. • Realizar convênios com instituições de ensino e entidades setoriais da área de saúde e bem estar. • Pesquisar sobre novas tendências para capacitação e estudos para a área e aplicação regional conforme os potenciais de mercado da região. • Verificar empresas promotoras de eventos e congressos de saúde para desenvolver estraté- gias específicas para a região e atrair centros importantes da região com oportunidade para congressos e encontros pequenos, mas exclusivos. • Desenvolver uma ação de marketing voltada a oferecer espaços exclusivo para encontros e imersões.
  • 29. Escola de Criatividade 29 • Necessidade de prospecção da região para águas termais Sabe-se que a área da usina pode ter potencial de exploração de água termal e por essa razão, sugerimos uma prospecção e uma vez constatado, o projeto poderá sofrer alterações mais uma vez. No entanto, inde- pendente de se confirmar águas termais na área, precisamos deixar claro que isso não significa que será a prioridade de investimento para a área. Haja vista que vários empreendimentos termais da região não tem apelo para atração de fluxos turísticos significativos. Portanto, caso se detecte potencial de águas termais, obviamente que sua exploração poderá agregar muito ao projeto. Consideramos mais uma vez que a diver- sificação de produtos, ideias e intervenções na área é que poderá aos poucos atrair investimentos variados e trazer sustentabilidade. Como fazer: • Identificar as entidades que realizam essa prospecção de água termal. • Realizar análise e levantamento de custo para exploração de água termal - análise de custo de prospecção e análise do projeto para viabilidade financeira e aplicações. • Levantar as possibilidades para o uso de água termal. Hotel ou pousada com vista para o lago (represa) Ideia para o futuro, depois da consolidação do projeto e identificação de demanda. O hotel é um dos subpro- dutos a serem colocados no projeto, para um momento futuro e não de aplicação imediata. Precisamos aguardar que alguns produtos e investimentos iniciais estejam num momento de maturação. Para tanto, sugerimos a construção de um cronograma de implantação com os tempos para cada intervenção e projeto. Este hotel se localizaria na parte de trás da área residencial, local que teria uma visão do lago (represa), uma bela vista e cenário da região. Este hotel poderá servir de estrutura de apoio aos visitantes das intervenções e projetos que já estiverem em funcionamento na área da usina. Também poderá oferecer espaços para saúde e bem estar a todos os seus hóspedes como spas com foco em hidroterapia aproveitando o tema água e o potencial da região.
  • 30. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 30 Como fazer: • Montar o cronograma de implantação de todo projeto da área da usina, identificando qual o momento ideal para iniciar o projeto. • Avaliar a viabilidade de mercado de implantação do hotel. • Elaborar o projeto executivo e operacional, e estudo de viabilidade econômico-financeiro do hotel. • Analisar a situação do mercado na região.
  • 31. Escola de Criatividade 31 DESPORTIVO Se você tem metas para um ano, plante arroz Se você tem metas para 10 anos, plante uma arvore Se você tem metas para 100 anos, então eduque uma criança Se você tem metas para 1000 anos, então preserve o meio Ambiente. ” Confúcio Uma vertente da educação seria a educação esportiva. Ainda estamos caminhando em passos lentos neste incentivo, principalmente aliado à educação tradicional e formal. Como dito no início deste documento, se quisermos uma transformação da área ou mais, pretensiosamente, dos valores e comportamentos da socie- dade da região, a educação realmente pode ser um dos elementos a serem considerados. E a proximidade da área trabalhada com a água favorece no potencial para as práticas esportivas náuticas. • Centro de treinamento e escolinha de canoagem Aproveitamento do balneário para atividades náuticas. Ao lado do clube pode-se criar um centro de treina- mento desportivo náutico, incentivando a formação de novos atletas. Pode-se iniciar o projeto com escolhi- nhas que tenham atendimento às crianças, trabalhando o contra-turno escolar. E posteriormente abranger os jovens e adultos, formando o centro de treinamento. Trabalhar as modalidades náuticas como remo e canoagem. Existem várias modalidades das quais se desta- cam a canoagem oceânica, caiaque-polo, maratonas, canoagem velocidade, canoagem slalom. A canoagem é um esporte que vem se destacando no mundo desportivo olímpico e o atualmente o Paraná, em específico a cidade de Curitiba, está servindo de centro de treinamento da seleção brasileira de canoagem. O potencial hídrico da região para incentivar escolinhas de canoagem e futuro centro de treinamento e for- mação de atletas é muito grande. Pode-se criar um elo de ligação para transferência de tecnologia que a ca- pital do estado está desenvolvendo com o Centro de Desenvolvimento da Canoagem Brasileira e a Academia Brasileira de Canoagem.
  • 32. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 32 Precisa criar a cultura do esporte na região. Um exemplo é a cidade de Tibagi e Ribeirão Claro, que também tiverem seus primeiros passos com a formação de atletas mirins e jovens em escolinhas. Com o tempo, con- seguiram criar a cultura dos esportes náuticos, canoagem e suas modalidades, formando atletas olímpicos. Outra consideração interessante quanto ao incentivo à canoagem seria a possível oportunidade de mercado e negócio de produção de equipamentos e acessórios para sua prática. Obviamente que o fomento para tal realidade deve acontecer numa etapa posterior, quando o esporte já estiver consolidado e tiver um público de praticantes significativos. Neste futuro, poderá inclusive considerar a formação de um arranjo produtivo local (APL) da canoagem, com empresas de construção dos diferentes barcos, remos, vestuários, acessórios em geral. Como fazer: • Realizar avaliação técnica do potencial hídrico da região (balneário, represa e o rio) junto com a Confederação Brasileira de Canoagem (Cbca), que está instalada na cidade de Curitiba e tem uma regional em Foz do Iguaçu. • Pesquisar o formato de escolinhas de canoagem para a região, seguindo orientações da pró- pria Cbca, detentora do conhecimento para tal. • Sensibilizar o público sobre esta modalidade esportiva com exposição de imagens dessa prá- tica, conversas com atletas e praticantes amadores, evidenciar o apelo saudável da prática e seus benefícios. • Formação ou contratação de professores e/ou profissionais com conhecimento sobre técni- cas de canoagem. • Elaboração de projetos para criação de escolinhas desportivas e centros de treinamento náu- ticos. • Realização de eventos e competições locais e regionais. • Definir estratégia de formação de atletas, com incentivo a sua formação adequada e foco no desporto de rendimento.
  • 34. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 34 • Pista de skate Seguindo a linha da canoagem, o skate é outra modalidade esportiva que pode ser incentivada na região. Infelizmente ainda temos certo preconceito aos praticantes de skate, não sendo visto como uma atividade saudável ou praticada por atletas. No entanto, o skate é sim considerado um esporte, tendo inclusive uma Confederação Brasileira de Skate (CBSk), que busca este reconhecimento, qualificação, formação de atletas e organiza os campeonatos. Em muitas situações, o skate é praticado de forma lúdica, sem a preocupação ou interesse desportivo. A área da usina pode ter os dois destinos, tanto para prática amadora quanto a profissional. No primeiro caso, muitas crianças, jovens e adultos já devem ter o skate como um de seus passatempos. O incentivo que se pode dar aqui é a construção de pistas de diferentes níveis de dificuldade, aluguel de skates, aulas com outros praticantes e atletas profissionais, oficinas de criação de shapes e modelagem, encontros e eventos de entretenimento, campeonatos entre os praticantes amadores, entre outros. Já para o público profissional, podemos pensar no mesmo formato que para a canoagem, com a criação de escolinhas com intuito de formação de potenciais e futuros atletas, com o acompanhamento técnico e par- ticipação em campeonatos. As diferentes pistas de skate podem servir para os dois públicos. Dependendo do nível de dificuldade, pode-se pensar em atrair os eventos regionais para a área da usina. Para dar a caracterização de negócio, também podemos estimular, num segundo momento, o ponto de vista comercial, com a produção de equipamentos e acessórios para o esporte. Isso pode ser estimulado com a realização de oficinas práticas de criação e produção, pesquisas de oportunidades de negócios, conversas com profissionais que já estejam neste nível de avanço, disseminando experiências semelhantes com o skate e outras modalidades esportivas. Como fazer: • Sensibilizar a sociedade sobre a prática do skate, principalmente como esporte. • Aproximação com a CBSk para identificar as potencialidades e oportunidades de negócio. • Planejamento de pequenos encontros e eventos para o público em geral, com apresentação das práticas, oficinas e aulas de técnicas e remodelagem de shapes, espaço para a prática. • Desenho de como poderia funcionar a escolinha de skate, que pode ter como público os alu- nos das escolas públicas municipais e estaduais, realizando trabalhos no contra-turno escolar.
  • 35. Escola de Criatividade 35 • Elaboração de projeto de construção de pistas, considerando materiais alternativos para faci- litar sua viabilidade e execução. • Formação ou contração de professores e/ou profissionais com conhecimento sobre técnicas de skate. • Elaboração de projetos para criação de escolinhas de skate. • Realização de eventos e competições locais e regionais. • Definir estratégia de formação de atletas, com incentivo a sua formação adequada e foco no desporto de rendimento.
  • 36. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 36 • Clube de Tiro Já é uma demanda real para a área da usina, a instalação de um clube de tiro. A solicitação é para o uso de uma área próxima ao clube, com a construção de pistas de tiro. Em conversa com a Federação Paranaense de Tiro, entende-se que esta prática esportiva tem uma carac- terística bem diferente das duas modalidades esportivas apresentadas anteriormente. Não se tem o objetivo de formação e socialização do esporte. É uma prática mais restritiva, até porque sua exigência é diferenciada, com avaliação de sua capacidade do porte de arma, entre outros detalhes. A instalação do clube teria algumas consequências positivas e negativas para a área. O aspecto que precisaria ser pensado é com relação à poluição sonora causada durante a prática do tiro. Como a área de interesse é próxima da mata, tem-se que avaliar qual o seu real impacto à fauna local. Isso poderia se agravar durante a realização dos eventos locais regionais, por causa da intensidade de tiros realizados. O lado benéfico seria a ocupação da área e sua consequente segurança, uma vez que há um grande problema com a movimentação de caçadores pela área de mata da usina. Além disso, o clube de tiro local realizará alguns eventos locais e regionais que gerarão um fluxo de visitantes. Com a consolidação destes eventos, é possível avaliar a reativação do hotel para atender a necessidade de hospedagem. Como fazer: • Realizar avaliação técnica dos impactos sonoros para a fauna local. • Analisar o formato do acordo ideal para ser firmado entre a Tractebel e o Clube de Tiro, consi- derando as diversas modalidades. • Pensar nas regras de uso do espaço pelos participantes e frequentadores do clube. • Escrever o termo de acordo de cessão da área para o Clube de Tiro. • Mapear os eventos locais e regionais que poderão acontecer dentro de um período específico, identificando os resultados positivos que poderão gerar para a área da usina.
  • 37. Escola de Criatividade 37 EVENTOS GERAIS O espaço de eventos já existente na área da usina também pode ser aproveitado, como local para abrigar e promover eventos de vários segmentos e formatos. Mais uma vez procuramos diversificar ações para trazer novas oportunidades e ao mesmo tempo segmentar o uso da área. • Aproveitamento do espaço de eventos para formatos multiuso Entidades têm a oportunidade de utilizar o espaço para capacitação, desenvolvimento de redes e setores. Eventos para a área do agronegócio, possível APL de skate e canoagem, e várias outras áreas de destaque regional poderão utilizar esse espaço de eventos. Pequenos eventos, multi-formatos para que o local possa receber eventos de todos os tamanhos. Há a necessidade de dimensionar e otimizar o espaço pra uso variado e conforme demanda pra que seja autossustentável e exija manutenção e administração com contenção de custos. O espaço poderá ser admi- nistrado por investidores, ou cedido por convênio para uso e manutenção de uma parceria entre entidades multi-setoriais, academia, governo e iniciativa privada. Alguns exemplos de encontros e pequenos eventos no local, que poderá receber são as reuniões do Sebrae da regional oeste e sudoeste, reunião da Associação dos Poloneses, reunião técnica e pequenos congressos, feiras regionais – ACQI, feiras de Quedas do Iguaçu trazendo produtores locais para encontros e venda de produtos, feira de estudantes, escoteiros e outros encontros variados. Eventos que já acontecem e podem ser atraídos para um espaço diferente e em localização diferenciada. Organizar eventos de tamanho factível que vai se ajustando conforme as demandas. Pode-se fazer um esforço para atrair e aproveitar os pequenos eventos que gostariam de ser realizados em Foz do Iguaçu, e que tenham o perfil para a área da usina. Im- portante saber aproveitar a demanda de Foz do Iguaçu para eventos, pois a cidade já está em sua capacidade máxima.
  • 38. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 38 Exemplos de espaços para multiuso e flexíveis
  • 39. Escola de Criatividade 39 Como fazer: • Criar eventos próprios da região para atração da atenção local. • Pode-se dar concessão para uma empresa promotora e organizadora de eventos. • Criar um calendário para uso e aluguel do espaço. • Oferecer os espaços e gerar um plano de uso dos mesmos, junto ao plano de marketing estra- tégico e relacionamento com empresas e entidades. • Definir os tipos de eventos possíveis de realização no espaço - corporativos para treinamen- tos, convenções, reuniões estratégicas, lançamento de produtos; acadêmicos; entreteni- mento e cultural. • Pensar em espaços alternativos com design diferenciado e criativo e mobiliário sustentável e flexível. • Buscar referências criativas, de baixo custo e manutenção que possam atrair diferentes even- tos. • Locação do espaço para gerar renda e atrair eventos diversos. • Desenvolver um planejamento comercial para o uso do espaço e estabelecer parceria com universidades, empresas dos mais diversos setores e entidades setoriais. • Pesquisar sobre espaços multi-funcionais, flexíveis e modulares. Arranjo produtivo local Como sugerido a algumas modalidades esportivas, poderia ser desenvolvido o projeto do arranjo produtivo local para a área de eventos. Como o mercado de eventos tem uma característica heterogênea, acaba por trabalhar e envolver diferentes fornecedores. Um determinado tipo de evento exige fornecedores específicos. Assim, o espaço de eventos da área da usina precisa pesquisar e definir quais os tipos de eventos que realizará e atenderá inicialmente. Essa disponibilidade será resultante dos fornecedores já existentes no mercado local e regional.
  • 40. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 40 Para poder ampliar este leque de tipos de eventos, o mercado regional como um todo precisa estar prepa- rado. Assim, com um projeto de APL de eventos, pode-se criar ações de incentivo e fomento para abertura de novos negócios de eventos (como empresas de vídeo, áudio, floricultura, locação de mobiliário, buffet de diferentes tipos, organizador de evento, produtor de eventos, iluminação, limpeza, produção e confecção de lembranças, locação de roupas, entre outros), capacitação e qualificação da mão de obra com cursos e treinamentos.
  • 41. Escola de Criatividade 41 URBANO E LÚDICO Um dos elementos integradores de toda área da usina, seria o mobiliário e sinalização distribuídos no es- paço. Pensamos num mobiliário urbano criativo e inovador que siga uma mesma linha de comunicação em todo espaço, usando elementos como madeira para se aproximar mais ao espaço e colorido para que tenha um destaque inovador. Além da sinalização, outros elementos de mobiliário também podem proporcionar o aspecto lúdico e de entretenimento. Este item está integrado intimamente com os elementos de educação, principalmente quando abordamos as estruturas físicas das intervenções sugeridas na temática anterior- mente abordada. Como fazer: • Identificar as necessidades de sinalização e comunicação da área da usina, definindo a prio- rização de sua implantação. • Levantar diferentes referências de sinalização e mobiliário urbano para orientar o trabalho da equipe que criará o projeto de design. • Elaborar os projetos executivos dessa sinalização e mobiliário urbano. • Analisar as fontes de recursos para sua implantação. • Apropriar as regras da sinalização para as regras de uso e implantação da área geral.
  • 42. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 42
  • 43. Escola de Criatividade 43 • Percurso de ciclovia por todo espaço Cada etapa implantada pode ter sua ciclovia criada. Como o espaço não tem um grande movimento de carro, pode-se ter este modal de transporte mais incentivado. O plano de uso e ocupação da área deve prever áreas restritas aos veículos automotores e os limites de velocidade em cada área. Seria interessante se a ciclovia estivesse integrada ao projeto urbano, servindo de elemento integrador entre as diferentes áreas. • Praça de Águas A água é como elemento indutor do projeto, podendo-se implementar algumas áreas que tenham sua valo- rização, como as praças de água. A ideia é ter um espaço, que não precisa ser grande, para estruturas dife- rentes e que exijam pouco investimento em tecnologia. Basta usar a imaginação. E com concreto, madeira tratada, pedras e canos pode-se ter diferentes desenhos para as praças. As praças também podem servir como elemento integrador do projeto.
  • 44. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 44 • Área de expressão cultural Juntamente com as praças de água, pode-se criar espaços para expressão cultural da região. Estes espaços podem ser pequenos anfiteatros a céu aberto ou concha acústica. Estímulo às apresentações das escolas e grupos artísticos. Também pode-se incentivar a criação de grupos artísticos com cursos e workshops, utili- zando os espaços como do Polo de Conexão.  
  • 45. Escola de Criatividade 45 CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA A ÁREA A área de intervenção da Usina de Salto Osório da Tractebel não precisa ter uma ligação direta com as histó- rias da cidade de Quedas do Iguaçu, que dão ênfase à colonização polonesa. Não precisa se relacionar direta- mente com a cidade que tem pouco potencial de crescimento e grande ameaça com as invasões dos assen- tados nas áreas próximas e de entorno. Essa relação pode intervir na atração de investidores para o projeto. No entanto, pode-se pensar em ter um Memorial Polonês ou da Imigração que conta a história da coloniza- ção da cidade ou da região. Já existe o interesse desse projeto pela paróquia local, que tem um padre que é um grande articulador e sonha em ter um uso educacional da igreja. O sonho é que o espaço existente sirva de memorial sobre as principais imigrações da região, contendo de- poimentos dos primeiros colonizadores, o que ainda se preserva da cultura, curiosidades como o programa de rádio em polonês, como foi a minicidade de Salto Osório, gastronomia. Seguindo o formato sugerido nos outros espaços da Vila, este memorial também poderá priorizar o formato mais interativo, possibilitando que novos conteúdos sejam criados pelos visitantes, e principalmente que haja uma participação mais ativa, não apenas contemplativa. Alguns exemplos seriam: gravação de histórias sobre a vinda das famílias imigrantes ao Brasil; mural em que cada um possa desenhar sua árvore genealógica; exposição de croquis de como era a arquitetura e desenho das cidades colonizadas, permitindo que os visitantes possam copiar os desenhos; exposições temporárias sobre as histórias das famílias de imigrantes, estimulando a valorização da história e uma visitação contínua ao espaço; espaço com brinquedos dos países dos imigrantes para interação dos vi- sitantes; mural com palavras nos idiomas estrangeiros em que cada visitante tenta adivinhar seu significado em português; criação de calendário de cursos de gastronomia de comidas típicas dos países estrangeiros e outras atividades culturais. Aproveitando essa relação com a colonização polonesa, pode-se pensar em incentivar negócios com empre- sas e universidades polonesas para intercâmbio e transferência de tecnologia, com incentivo, patrocínio ou instalação de centros de pesquisa e treinamento em áreas de interesse do mercado polonês. Sabe-se que a Polônia é um grande mercado produtor de cosméticos – o país tem curso de cosmetologia como graduação, pois é um grande produtor e consumidor de itens de cosmética. Tem o Programa Polish Cosmetics, política pública para incentivar o mercado de cosmética. Tem interesse em entrar no mercado brasileiro. Isso pode ser um grande argumento para a aproximação com o país europeu.
  • 46. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 46 Possibilidades no Brasil O mercado brasileiro é um alvo para as marcas polonesas. Afinal, é natural que o terceiro maior mercado do mundo esteja no radar de todo e qualquer fabricante de cosméticos, não importa a sua origem. E é justamente no setor que a Polônia é mais forte, o setor de Skincare que podem residir as maiores oportunidades. Eu posso imaginar que é um bom local para estarmos. Os cosméticos poloneses tem ótima qualidade, com um preço competitivo quando você compara com produtos equivalentes produzidos na Alemanha, na França, ou na Espanha, por exemplo. Eu posso imaginar que no mercado brasileiro muitos consumidores estão em busca de produtos de qualidade, sofisticados, mas por um preço razoável, e isso é o que as marcas de cosméticos polonesas podem oferecer, conclui Roland Sprung, presidente da SPC House of Media, empresa responsável pela gestão do projeto.  
  • 47. Escola de Criatividade 47 PRIORIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES Para seguir com a ideia geral de projetos independentes pela área da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório, cada projeto também tem um tempo certo para implementação dentro de um cronograma geral. Sugerimos um cronograma de implantação conforme a priorização das intervenções apresentadas no presente documento. ANO 1 • Museu da Água – primeira sala • Polo de Conexão – calendário de cursos e pales- tras sobre empreendedorismo • Escolinha de Canoagem ANO 2 • Eventos em geral • Memorial da Imigração • Pistas de Skate • Clube de Tiro ANO 3 • Ampliação do Museu da Água – Centro de Cria- tividade • Eventos regionais de canoagem • Eventos regionais de skate • Escolinha de skate • Eventos de saúde e bem estar ANO 4 • Indústria Limpa • Polo de Conexão – incubadora de projetos e em- presas ANO 5 • Ampliação do Museu da Água – Espaço de Inven- tividade • APL de canoagem e skate ANO 6 • Hotel/pousada com vista para o lago  
  • 48. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 48 ESTRATÉGIA OPERACIONAL GERAL • Geração inicial de fluxo de visitantes à área Para dar um start ao projeto, o interessante é que se tenha um movimento constante de visitantes. Alguns pequenos estímulos podem ser dados para que se inicie este fluxo como a realização de missa quinzenal ou mensal na igreja existente na área, ou os pequenos eventos de empreendedorismo, ou as visitas guiadas ao Museu da Água com alunos da região – escolas públicas e privadas. O aumento gradativo do movimento de- penderá da consolidação de cada espaço e projeto existente. • Implantação gradativa Para conseguirmos a consolidação dos espaços e projetos, é preciso ter em mente que o projeto não será implantado tudo ao mesmo tempo. Quando se executa por etapas, sempre terá algo novo a ser lançado. Isso serve de pretexto para se mostrar ao mercado, virar notícia na imprensa e convidar os mesmos visitantes a retornarem para conhecer o que há de novo. • Gestão executiva Ter um responsável pela implantação de todo projeto - coordenando cada uma das etapas, acompanhando a elaboração dos projetos executivos de cada projeto, identificando as oportunidades e novos investimen- tos – é imprescindível para o sucesso do projeto. Essa gestão executiva e profissional deve ser feita por uma instituição terceira com capacidade técnica para elaboração de projetos, captação de recursos, gestão de negócios, planejamento e coordenação de eventos. • Projetos executivos O projeto conceitual levantou diversas intervenções a serem implementadas no espaço. A etapa seguinte é a identificação e priorização das intervenções que forem mais adequadas às expectativas da Tractebel, para então ter a elaboração dos projetos executivos de cada uma dessas intervenções. E em seguida, ter o estudo de viabilidade econômico-financeiro de cada uma delas.
  • 49. Escola de Criatividade 49 AGRADECIMENTOS Sebrae/PR Vitor Roberto Tioqueta – Diretor Superintendente Júlio Cezar Agostini – Diretor de Operações José Gava Neto – Diretor de Administração e Finanças Orestes Hotz – Gerente Regional Oeste Edson Braga da Silva – Consultor Regional Oeste
  • 50. Projeto conceitual da Vila Residencial da Usina Hidrelétrica de Salto Osório 50 EQUIPE TÉCNICA Jean Sigel – comunicação, criatividade e inovação Livia Kohiyama – turismo, eventos e criatividade  
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