Este documento resume uma pesquisa que isolou bactérias acéticas de frutas e flores na Tailândia para produzir compostos biotecnológicos. Duas bactérias se destacaram: Gluconobacter frateurii produziu 39,68 g/L de L-sorbose em 24h a partir de D-sorbitol e G. oxydans produziu 44,1 g/L de diidroxiacetona em 4 dias a partir de glicerol, demonstrando potencial para produção industrial destes compostos de alto valor agregado.
2. Identification and Oxidation
Products of Gluconobacter Strains
Isolated from Fruits and Flowers in
Thailand
International Journal of Biology Vol. 4, No. 1; January
2012
Published by Canadian Center of Science and Education
Received: October 20, 2011 Accepted: November 4, 2011 Published: January 1, 2012
www.ccsenet.org/ijb
3. INTRODUÇÃO
Bactérias Promotoras de Crescimento em Plantas (BPCPs): Pseudomonas, Bacillus,
Burkholderia, Streptomyces, Rhizobium, Bradyrhizobium, Acetobacter e Herbaspirilum, Agrobacterium
radiobacter e Enterobacter cloacae
Bacillus sp. –melancia-promoção do crescimento
Produção de auxina, citocinina e etileno por Gluconobacter
Paenibacillus macerans e Bacillus pumilus biocontrole sobre Xanthomonas vesicatoria e Alternaria solani no
tomate
Antimicrobiano de Bacillus sobre M. luteus e A. niger (antagonismo)
4. BACTÉRIAS ACÉTICAS
Família Acetobacteriaceae são catalase +, oxidase –
Produtoras de ácido a partir de glicose
Colônias opacas de crescimentos 25-30°C e pH 5.5
Glicólise ausente devido à ausência de fosfofrutoquinase
As desidrogenases ligadas à membrana funcionam
melhor para oxidação do substrato entre pH 3.0 – 6.0
O pH ótimo para desidrogenases citosólicas está entre
pH 8.0-11.00
São insuperáveis na OXIDAÇÃO incompleta de
vários hidratos de carbono
5. ACETOBACTER X GLUCONOBACTER
ACETOBACTER
Superoxidantes
Álcool Cetona e Ácidos CO2 e H2O
Não produz pigmentos
GLUCONOBACTER
Sub-oxidante
Álcool Cetona e Ácidos
Produz pigmento marrom
6.
7. O Gênero Gluconobacter
5 espécies: G.japonicus, G.oxydans, G.frateurii, G.albidus e G.thailandicus
• Gram negativas
• Sozinhas ou pares
• Não formam esporos
• Móveis ou não
• Aeróbias
• Colônias pálidas
• 25-30ºC
• pH 3,6..5,5-6,5
• Catalase +
• Oxidase –
• Não há liquefação
• Não produz Indol a partir de triptofano
• Oxida etanol em ác. Acético e não reoxida o ácido por faltar succinato desidrogenase
• Não oxida acetato em lactato pra H2O e CO2 (falta enzima Ciclo ác. Tricarboxílico)
• O ácido é formado a partir da D-glicose e da D- xilose pela via fosfato-pentose
• Prefere açúcar ao álcool
• Fontes de carbono: D-manitol>Sorbol>Glicerol>D-frutose>D-Glicose
• Meio padrão de isolamento: Etanol de Frateur
• Precisam de vitaminas do complexo B (tiamina, ácido pantotênico e nicotínico)
8. INTERESSE BIOTECNOLÓGICO
BIO-AROMÁTICO 2-
FENIL-ALDEÍDO
ÁCIDO ACÉTICO
Concentrações de substrato
DIIDROXIACETONA
alta poderia provavelmente
L-SORBOSE ser tolerados devido ao
L-RIBOSE (droga anti-viral) desenvolvimento de
MIGLITOL mecanismos de adaptação
celular durante a fase
DEXTRAN- exponencial lag e mais cedo
DEXTRINASE
D-TAGATOSE
ALDEÍDOS QUIRAIS
9. DIIDROXIACETONA
A PARTIR DO GLICEROL
AÇÚCAR SIMPLES DE 3
CARBONOS
CONHECIDO COMO
GLICERONA
REAÇÃO DE MAILLARD ENTRE O
GRUPO AMINO DA QUERATINA
E O GRUPO HIDROXILA DA DHA
11. L -SORBOSE
Hexo-CETOSE
A PARTIR DO D-SORBITOL
OXIDAÇÃO REGIOSELETIVA
D-GLUCOSE—HIDROGENAÇÃO QUÍMICA—D-SORBITOL—
G.OXYDANS-- L-SORBOSE + ACETONA--DIACETONA L-
SORBOSE—OXIDAÇÃO--
ÁCIDO 2-CETO-L GULÔNICO
ÁCIDO ASCÓRBICO TEM VÁRIOS ISÔMEROS
(CARBONOS C4 E C5 ASSIMÉTRICOS)
APENAS O ISÔMERO L É ATIVO.
12.
13.
14. ISOLAMENTO DE
BACTÉRIAS ACÉTICAS
22 AMOSTRAS DE FRUTAS NATIVAS DA TAILÂNDIA
2 AMOSTRAS DE FLORES (PETÚNIAS)
3-5 DIAS EM MEIO GEY LÍQUIDO
(GLICOSE/ETANOL/ EXTRATO DE
LEVEDURA) pH 4.0
MEIO GEY ÁGAR + 0,3% CaCO
AAB PRODUZEM HALO
15. CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA
2 DIAS EM MEIO ÁGAR GYPG
(glicose/peptona/glicerol)
pH 6.8 30°C
GRAM NEGATIVOS
CARACTERIZAÇÃO FISIOLÓGICA E BIOQUÍMICA
CARACTERIZAÇÃO QUIMIOTAXONÔMICA
16.
17. CARACTERIZAÇÃO GENOTÍPICA
AMPLIFICAÇÃO DO GENE ITS
16S-23S rRNA POR PCR
PRIMERS:
(1522F-16S)
(posição 1522-1540 no 16S rRNA
E.coli)
(38R-23S)
(posição 38-22 no 23S rRNA
E.coli)
(715 Bp)
ENDONUCLEASES DE RESTRIÇÃO:
BstNI, MboII e MboI
SEQUENCIAMENTO:
PRIMERS:
1522F, 38R, Talaf, Talar
21. PRODUÇÃO DA L-SORBOSE A PARTIR
DO D-SORBITOL
pH 6.3-4.7
24 h-200rpm 30°C 39,68 g/L
30°C-48H
Meio Batata líq
ANÁLISE QUANTITATIVA DE PRODUÇÃO DE L-SORBOSE FEITA PELA
REAÇÃO DO RESORCINOL
REAÇÃO SIMPLES OBSERVADA PELA PRESENÇA DE CETOSE IDENTIFICADA
PELO DESENVOLVIMENTO DA COLORAÇÃO VERMELHO-CEREJA NO MEIO
22. PRODUÇÃO DE L-SORBOSE POR G. frateurii
Notícia boa:
100% do D-sorbitol biotransformado em L-sorbose em
24 horas, das 48 horas padrão, em 30°C chegando a
produzir 39.68 g/L de L-sorbose
Notícia má:
Em estudo anterior (2000) da mesma equipe, outra
cepa de G. frateurii (CHM 54) produziu em 48 horas
50 g/L de L-sorbose
23. PRODUÇÃO DE DHA A PARTIR DO
GLICEROL
5% glicerol e ANÁLISE QUANTITATIVA
1% extrato de DE PRODUÇÃO DE DHA:
levedura pH5.0 REAÇÃO DA
DIFENILAMINA 1 ML
30°C /4 dias
Melhor:42,52 g/L
Batata 10ML/
Shaker pH ideal favorece ativação BATATA
30°C de enzimas e impede que 24HR
24hr outras degradem o produto
formado
50G/L
GLICEROL
DESENVOLVIMENTO ANÁLISE QUANTITATIVA
DE PRODUÇÃO DE DHA: 200 mL
DA COR AZUL NO REAÇÃO DA
MEIO DIFENILAMINA
24. PRODUÇÃO DE DHA POR G.oxydans –PHD27
Concentração g/L DHA 44,1g/L
OD 600(nm)
Hora de bioconversão
Crescimento celular
DHA
25.
26. CONCLUSÃO
Dos isolados selvagens de Gluco no bacte r obtidos em frutas e petúnias da
Tailândia para produção de L-sorbose e Diidroxiacetona (DHA), os mais
produtivos foram G. frate urii para L-Sorbose e G. o xydans para DHA,
ambos isolados da fruta Longan. Apesar da produção em bancada do L-
sorbose se mostrar pouco rentável, a produção de DHA se mostrou
satisfatória, indicando nível máximo durante a fase estacionária de
crescimento da cultura.
Na produção do L-Sorbose houve uma alteração grande de pH do meio e
como a enzima D-Sorbitol desidrogenase ligada a membrana, que funciona
melhor em pH alcalino, é crucial para a biotransformação, talvez tenha sido
um dos fatores que limitou a concentração do produto. Apesar do
rendimento ter sido de 100%, há na literatura dados que comprovam que o
aumento da L-Sorbose no meio impede o consumo de O2 pelas células de
Gluco no bacte r.
Na produção de DHA o valor de 44,1 g/L na capacidade da cepa PHD27 em
transformar o glicerol sob condições ótimas de crescimento na escala
laboratorial pode indicar uma cepa selvagem candidata à produção eficiente
e competitiva comparada às atualmente utilizadas em escala industrial.
29. Este trabalho foi escolhido por
apresentar pesquisa de novos
microrganismos selvagens
voltados à produção de
compostos com valor agregado
no mercado e substratos
baratos.
OBRIGADA