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• Quando dois átomos similares se ligam, nenhum deles quer
perder ou ganhar um elétron para formar um octeto.
• Em se tratando de ligação entre átomos similares , eles
compartilham pares de elétrons para que cada um atinja o
octeto.
• Cada par de elétrons compartilhado constitui uma ligação
química.
• Por exemplo: H + H  H2 tem 2 elétrons conectando os
dois núcleos de H.
Ligação Covalente
Ligação Covalente na Molécula H2
(a)Atrações e repulsões entre
elétrons e núcleo na molécula
de hidrogênio.
(b) Distribuição eletrônica na
molécula de hidrogênio. A
concentração de densidade
eletrônica entre os núcleos leva
a uma força de atração líquida
que constitui a ligação covalente
que mantém a molécula unida.
Estruturas de Lewis
• As ligações covalentes podem ser representadas pelos símbolos de
Lewis dos elementos:
• Nas estruturas de Lewis, cada par de elétrons em uma ligação é
representado por uma única linha:
Cl + Cl Cl Cl
Cl Cl H F
H O
H
H N H
H
C
H
H
H
H
Ligação Covalente em Várias Moléculas
Ligações Múltiplas
• É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado entre
dois átomos (ligações múltiplas):
• Um par de elétrons compartilhado = ligação simples (H2);
• Dois pares de elétrons compartilhados = ligação dupla (CO2);
• Três pares de elétrons compartilhados = ligação tripla (N2).
• Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à medida que o
número de pares de elétrons compartilhados aumenta.
H H O O N N
Ligação Covalente Simples e Múltipla
N-N N=N N≡N
1,47Å 1,24Å 1,10Å
O=C=O
1. Some os elétrons de valência de todos os átomos.
2. Escreva os símbolos para os átomos a fim de mostrar quais
átomos estão ligados entre si e una-os com uma ligação
simples.
3. Complete o octeto dos átomos ligados ao átomo central.
4. Coloque os elétrons que sobrarem no átomo central.
5. Se não existem elétrons suficientes para dar ao átomo
central um octeto, tente ligações múltiplas.
Desenhando as Estruturas
de Lewis
1-Some os elétrons de valência de todos os átomos. (Detalhes)
Use a tabela periódica quando necessário para ajudá-lo a
determinar o número de elétrons de valência em cada átomo.
Para um ânion adicione um elétron para cada carga negativa.
Para um cátion, subtraia um elétron para cada carga positiva.
Não se preocupe em lembrar a origem dos elétrons.
Apenas o nº total de elétrons é importante.
Desenhando as Estruturas de Lewis
2- Escreva os símbolos para os átomos a fim de mostrar
quais átomos estão ligados entre si e una-os com uma
ligação simples
As fórmulas químicas são geralmente escritas na ordem nas
quais os átomos estão ligados na molécula ou íon como o
HCN.
Quando um átomo central tem um grupo de outros átomos
ligados a ele, átomo central normalmente é escrito primeiro,
como em [CO3]2- e SF4.
Lembre-se que o átomo central é, em geral, menos
eletronegativo que os átomos ao seu redor.
Em outros casos maiores informações são necessárias.
Desenhando as Estruturas de Lewis
Carga Formal
• É possível desenhar mais de uma estrutura de Lewis
obedecendo-se a regra do octeto para todos os
átomos.
• Para determinar qual estrutura é mais razoável,
usamos a carga formal.
• A carga formal é a carga que um átomo teria em
uma molécula se todos os outros átomos tivessem a
mesma eletronegatividade.
Desenhando as Estruturas de Lewis
Carga Formal
• Para calcular a carga formal:
• Todos os elétrons não compartilhados (não-ligantes) são
atribuídos ao átomo no qual estão localizados.
• Metade dos elétrons ligantes é atribuída a cada átomo
em uma ligação.
• A carga formal (CF) é:
CF = elétrons de valência – elétrons atribuídos ao átomo na estrutura de
Lewis
Desenhando as Estruturas
de Lewis
Carga formal
• Considere:
• Para o C:
• Existem 4 elétrons de valência (pela tabela periódica).
• Na estrutura de Lewis, existem 2 elétrons não-ligantes e
3 da ligação tripla. Há 5 elétrons pela estrutura de
Lewis.
• Carga formal: 4 - 5 = -1.
C N
Desenhando as Estruturas
de Lewis
Carga formal
• Considere:
• Para o N:
• Existem 5 elétrons de valência.
• Na estrutura de Lewis, existem 2 elétrons não-ligantes e
3 da ligação tripla. Há 5 elétrons pela estrutura de
Lewis.
• Carga formal = 5 - 5 = 0.
• Escrevemos:
C N
C N
Desenhando as Estruturas
de Lewis
Assim, as carga formais nos átomos, na estrutura de
Lewis, do ânion cianeto são:
C N
Carga Formal
-1 0
Escrevemos
• A estrutura mais estável tem:
• a carga formal mais baixa em cada átomo,
• a carga formal mais negativa nos átomos mais eletronegativos.
O = C = O O – C ≡ O
e- valência: 6 4 6 6 4 6
e- atr. ao átomo 6 4 6 7 4 5
Carga formal: 0 0 0 -1 0 +1
Carga Formal
:
..
..
..
..
..
.. :
• Algumas moléculas não são bem representadas
pelas estruturas de Lewis.
• Exemplo: experimentalmente, o ozônio tem duas ligações
idênticas, ao passo que a estrutura de Lewis requer uma
simples (mais longa) e uma ligação dupla (mais curta).
O
O
O
Estruturas de Ressonância
Estrutura Molecular à esquerda e Diagrama de
Distribuição Eletrônica do Ozônio à direita
Estrutura Molecular e Diagrama de
Distribuição Eletrônica do Ozônio
• As estruturas de ressonância são tentativas de representar
uma estrutura real, que é uma mistura entre várias
possibilidades extremas.
Estruturas de Ressonância
• Exemplo: no ozônio, as possibilidades extremas têm uma
ligação dupla e uma simples. A estrutura de ressonância
tem duas ligações idênticas de caráter intermediário.
• Exemplos comuns: O3, NO3
-, SO4
2-, NO2 e benzeno.
O
O
O
O
O
O
Estruturas de Ressonância
• Outro exemplo de estruturas de ressonância é o
ânion nitrato para o qual podemos propor três
estruturas de Lewis equivalentes.
• Observe que o arranjo dos átomos é o mesmo nas
três estruturas, apenas a disposição dos elétrons é
diferente.
Estruturas de Ressonância do Ânion
Nitrato
Estruturas de Ressonância do Ânion
Nitrato
..
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..
.. ..
..
.. ..
..
..
Híbrido de Ressonância
• Destacamos que ao desenhar as estruturas de
ressonância os mesmos átomos devem estar ligados
a outros em todas as estruturas, de modo que as
únicas diferenças estejam no arranjo dos átomos.
Estruturas de Ressonância do Ânion
Nitrato
• No ânion nitrato todas as três ligações N-O tem o
mesmo comprimento de ligação. Ainda mais o
comprimento da ligação é intermediário entre o
comprimento de uma ligação dupla e o de uma
ligação simples. Isso reforça o fato de que a
estrutura real do ânion é o híbrido de ressonância.
Estruturas de Ressonância do Ânion
Nitrato
• O benzeno consiste de seis átomos de carbono em um anel
hexagonal. Cada átomo de C está ligado a dois outros
átomos de C e um átomo de hidrogênio.
• Existem ligações simples e duplas alternadas entre os
átomos de C.
• A estrutura experimental do benzeno mostra que todas as
ligações C-C têm o mesmo comprimento.
• Da mesma forma, sua estrutura mostra que o benzeno é
plano.
Ressonância no Benzeno
• Escrevemos as estruturas de ressonância para o benzeno de
tal forma que haja ligações simples entre cada par de
átomos de C e os seis elétrons adicionais estejam
deslocalizados por todo o anel:
Ressonância no Benzeno
• Existem três classes de exceções à regra do octeto:
• moléculas com número ímpar de elétrons;
• moléculas nas quais um átomo tem menos de um octeto,
ou seja, moléculas deficientes em elétrons;
• moléculas nas quais um átomo tem mais do que um
octeto, ou seja, moléculas com expansão de octeto.
Número ímpar de elétrons
• Poucos exemplos. Geralmente, moléculas como ClO2, NO
e NO2 têm um número ímpar de elétrons.
N O N O
Exceções à Regra do Octeto
Número ímpar de elétrons
Logo como não é possível emparelhar um número
ímpar de elétrons, um octeto ao redor de cada átomo
não pode ser atingido.
No caso do NO temos 11 elétrons de valência sendo 5
do nitrogênio e 6 do oxigênio.
N O N O
Exceções à Regra do Octeto
Deficiência em elétrons
Relativamente raro. Mais encontrado em compostos de B e Be
• As moléculas com menos de um octeto são típicas para
compostos dos Grupos 1, 2 e 3 da tabela periódica.
• Um exemplo típico é o BF3.
• As estruturas de Lewis nas quais existe uma ligação dupla
B—F são menos importantes que aquela na qual existe
deficiência de elétrons.
Exceções à Regra do Octeto
B
F
F
F
B
F
F
F
0
0
+1
-1
Expansão do octeto
• Esta é a maior classe de exceções.
• Os átomos do 3º período em diante podem acomodar mais de um
octeto (os do 2° período não têm orbital “2d ”)
• Além do terceiro período, os orbitais d são baixos o suficiente em
energia para participarem de ligações e receberem a densidade
eletrônica extra.
• PCl5 __ __ __ __ __ __ __ __ __
3s 3p 3d
__ __ __ __ __ __ __ __ __  hibridação sp3d
3s 3p 3d
s p p p d
Exceções à regra do octeto
Exceções à regra do octeto
Pentacloreto de Fósforo
Todas as ligações podem ser vistas como híbridos de
ressonância de estruturas puramente iônicas ou
puramente covalentes.
Assim a molécula de cloro pode ser descrita como:
↔ ↔
Correção do Modelo Covalente:
Eletronegatividade
+ -
- +
Correção do Modelo Covalente:
Eletronegatividade
Neste caso, as estruturas iônicas
contribuem muito pouco para o híbrido de
ressonância e podemos descrever a ligação
como quase puramente covalente.
Todavia numa molécula composta de elementos
diferentes, como o HCl, a ressonância é importante
porque há contribuições diferentes das duas
estruturas iônicas (estruturas de ressonância II e III )
↔ ↔
Correção do Modelo Covalente:
Eletronegatividade
- + + -
(I) (II) (III)
A estrutura iônica de ressonância de menor energia é
+_
Como o átomo de cloro tem uma eletronegatividade maior
que o hidrogênio a estrutura com uma carga negativa no
átomo de cloro (estrutura acima) contribui mais
efetivamente do que a estrutura com uma carga negativa
no átomo de hidrogênio (estrutura II).
Correção do Modelo Covalente:
Eletronegatividade
+
Em síntese, como resultado, existe uma pequena carga
residual negativa no átomo de cloro e uma pequena
carga residual positiva no átomo de hidrogênio.
As cargas nos átomos são chamadas de cargas parciais.
Mostramos que existem cargas parciais nos átomos
escrevendo:
Correção do Modelo Covalente:
Eletronegatividade
Todas as ligações entre átomos de elementos diferentes
são, até certo ponto, polares.
As ligações de moléculas diatômicas do mesmo
elemento e íons são não polares.
Correção do Modelo Covalente:
Eletronegatividade
Quando dois átomos de uma ligação tem uma
pequena diferença de eletronegatividade, as cargas
parciais são muito pequenas. Ex. BrCl
Quando a diferença de eletronegatividade aumenta,
também crescem as cargas parciais. Ex. HF
Correção do Modelo Covalente:
Eletronegatividade
Se as eletronegatividades são muito diferentes, um
dos átomos pode ficar mais associado com o par de
elétrons e a estrutura de ressonância iônica (II)
contribui mais apreciavelmente para a a ressonância
em comparação com a estrutura de ressonância
covalente (I)
ressonância covalente ressonância iônica
(I) (II)
Correção do Modelo Covalente:
Eletronegatividade
+ -
Como o elemento mais eletronegativo se apropriou
mais do par de elétrons compartilhado, ele tem uma
carga parcial negativa e pode ser correlacionado a
um ânion e, o elemento mais eletropositivo, que
tem uma carga parcial positiva, pode ser
correlacionado a um cátion.
Dizemos que a ligação desse tipo tem caráter iônico
apreciável.
Correção do Modelo Covalente:
Eletronegatividade
Se a diferença de eletronegatividade é muito grande,
como no KF, a contribuição iônica domina em
relação a contribuição covalente e a ligação é
considerada iônica.
Em resumo não há uma linha divisória nítida entre a
ligação iônica e covalente.
Assim podemos dizer que o HI é 4% iônico, o HBr é
11% iônico, o HCl é 19% iônico e o HF é 45%
iônico.
Correção do Modelo Covalente:
Eletronegatividade
Todas as ligações iônicas têm algum caráter
covalente.
Analisando-se como o caráter covalente pode se
manifestar consideremos um ânion monoatômico
(como o Cl¯ ) próximo de um cátion (como o Na+).
Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
Como as cargas positivas do cátion atraem os elétrons
do ânion , a nuvem eletrônica esférica do ânion
distorce-se na direção do cátion.
Podemos entender esta distorção como uma tendência
do par de elétrons de deslocar-se para a região entre
os núcleos e formar uma ligação covalente.
Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
As ligações iônicas adquirem progressivamente maior
caráter covalente quando a distorção da nuvem
eletrônica do ânion aumenta.
Íons que sofrem distorção são ditos polarizáveis.
Íons capazes de provocar distorções em seus vizinhos
são ditos polarizantes.
Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
Em síntese, os cátions são polarizantes e os ânions
são polarizáveis.
Ex: No composto NaCl o cátion sódio (Na+) tem um
poder polarizante. O ânion Cl¯ (cloreto) é uma
espécie polarizável.
Na+ o cátion é polarizante
Cl¯ o ânion é polarizável
Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
Quanto maior a carga do cátion mais polarizante ele
será.
Ex. O poder polarizante cresce na ordem
Na+ < Be2+ < Al3+
Quanto maior a carga do ânion mais polarizável ele será:
F¯ < O2¯
O ânion óxido é mais polarizável que o ânion fluoreto.
Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
No grupos de cima para baixo diminui o poder
polarizante dos cátions.
Li+ > Na+ > K+ > Rb+ > Cs+ > Fr+
Nos períodos quanto o menor o cátion e maior a sua
carga cresce o poder polarizante dos mesmos.
Ex. Na+ < Be2+ < Al3+
Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
Por derradeiro cargas elevadas em ambos os íons
favorecem a covalência.
A carga elevada no cátion favorece o poder polarizante
e também a covalência.
A carga elevada no ânion favorece a polarizabilidade e
portanto a covalência.
Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
Em que composto, NaBr ou MgBr2 as ligações devem
ter maior caráter covalente?
Resp. MgBr2
Em que composto, CaS ou CaO as ligações devem ter
maior caráter covalente?
Resp. CaS
Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade

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Ligação Covalente entre Átomos Similares

  • 1. • Quando dois átomos similares se ligam, nenhum deles quer perder ou ganhar um elétron para formar um octeto. • Em se tratando de ligação entre átomos similares , eles compartilham pares de elétrons para que cada um atinja o octeto. • Cada par de elétrons compartilhado constitui uma ligação química. • Por exemplo: H + H  H2 tem 2 elétrons conectando os dois núcleos de H. Ligação Covalente
  • 2. Ligação Covalente na Molécula H2 (a)Atrações e repulsões entre elétrons e núcleo na molécula de hidrogênio. (b) Distribuição eletrônica na molécula de hidrogênio. A concentração de densidade eletrônica entre os núcleos leva a uma força de atração líquida que constitui a ligação covalente que mantém a molécula unida.
  • 3. Estruturas de Lewis • As ligações covalentes podem ser representadas pelos símbolos de Lewis dos elementos: • Nas estruturas de Lewis, cada par de elétrons em uma ligação é representado por uma única linha: Cl + Cl Cl Cl Cl Cl H F H O H H N H H C H H H H Ligação Covalente em Várias Moléculas
  • 4. Ligações Múltiplas • É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado entre dois átomos (ligações múltiplas): • Um par de elétrons compartilhado = ligação simples (H2); • Dois pares de elétrons compartilhados = ligação dupla (CO2); • Três pares de elétrons compartilhados = ligação tripla (N2). • Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à medida que o número de pares de elétrons compartilhados aumenta. H H O O N N Ligação Covalente Simples e Múltipla N-N N=N N≡N 1,47Å 1,24Å 1,10Å O=C=O
  • 5. 1. Some os elétrons de valência de todos os átomos. 2. Escreva os símbolos para os átomos a fim de mostrar quais átomos estão ligados entre si e una-os com uma ligação simples. 3. Complete o octeto dos átomos ligados ao átomo central. 4. Coloque os elétrons que sobrarem no átomo central. 5. Se não existem elétrons suficientes para dar ao átomo central um octeto, tente ligações múltiplas. Desenhando as Estruturas de Lewis
  • 6. 1-Some os elétrons de valência de todos os átomos. (Detalhes) Use a tabela periódica quando necessário para ajudá-lo a determinar o número de elétrons de valência em cada átomo. Para um ânion adicione um elétron para cada carga negativa. Para um cátion, subtraia um elétron para cada carga positiva. Não se preocupe em lembrar a origem dos elétrons. Apenas o nº total de elétrons é importante. Desenhando as Estruturas de Lewis
  • 7. 2- Escreva os símbolos para os átomos a fim de mostrar quais átomos estão ligados entre si e una-os com uma ligação simples As fórmulas químicas são geralmente escritas na ordem nas quais os átomos estão ligados na molécula ou íon como o HCN. Quando um átomo central tem um grupo de outros átomos ligados a ele, átomo central normalmente é escrito primeiro, como em [CO3]2- e SF4. Lembre-se que o átomo central é, em geral, menos eletronegativo que os átomos ao seu redor. Em outros casos maiores informações são necessárias. Desenhando as Estruturas de Lewis
  • 8. Carga Formal • É possível desenhar mais de uma estrutura de Lewis obedecendo-se a regra do octeto para todos os átomos. • Para determinar qual estrutura é mais razoável, usamos a carga formal. • A carga formal é a carga que um átomo teria em uma molécula se todos os outros átomos tivessem a mesma eletronegatividade. Desenhando as Estruturas de Lewis
  • 9. Carga Formal • Para calcular a carga formal: • Todos os elétrons não compartilhados (não-ligantes) são atribuídos ao átomo no qual estão localizados. • Metade dos elétrons ligantes é atribuída a cada átomo em uma ligação. • A carga formal (CF) é: CF = elétrons de valência – elétrons atribuídos ao átomo na estrutura de Lewis Desenhando as Estruturas de Lewis
  • 10. Carga formal • Considere: • Para o C: • Existem 4 elétrons de valência (pela tabela periódica). • Na estrutura de Lewis, existem 2 elétrons não-ligantes e 3 da ligação tripla. Há 5 elétrons pela estrutura de Lewis. • Carga formal: 4 - 5 = -1. C N Desenhando as Estruturas de Lewis
  • 11. Carga formal • Considere: • Para o N: • Existem 5 elétrons de valência. • Na estrutura de Lewis, existem 2 elétrons não-ligantes e 3 da ligação tripla. Há 5 elétrons pela estrutura de Lewis. • Carga formal = 5 - 5 = 0. • Escrevemos: C N C N Desenhando as Estruturas de Lewis
  • 12. Assim, as carga formais nos átomos, na estrutura de Lewis, do ânion cianeto são: C N Carga Formal -1 0 Escrevemos
  • 13. • A estrutura mais estável tem: • a carga formal mais baixa em cada átomo, • a carga formal mais negativa nos átomos mais eletronegativos. O = C = O O – C ≡ O e- valência: 6 4 6 6 4 6 e- atr. ao átomo 6 4 6 7 4 5 Carga formal: 0 0 0 -1 0 +1 Carga Formal : .. .. .. .. .. .. :
  • 14. • Algumas moléculas não são bem representadas pelas estruturas de Lewis. • Exemplo: experimentalmente, o ozônio tem duas ligações idênticas, ao passo que a estrutura de Lewis requer uma simples (mais longa) e uma ligação dupla (mais curta). O O O Estruturas de Ressonância
  • 15. Estrutura Molecular à esquerda e Diagrama de Distribuição Eletrônica do Ozônio à direita Estrutura Molecular e Diagrama de Distribuição Eletrônica do Ozônio
  • 16. • As estruturas de ressonância são tentativas de representar uma estrutura real, que é uma mistura entre várias possibilidades extremas. Estruturas de Ressonância
  • 17. • Exemplo: no ozônio, as possibilidades extremas têm uma ligação dupla e uma simples. A estrutura de ressonância tem duas ligações idênticas de caráter intermediário. • Exemplos comuns: O3, NO3 -, SO4 2-, NO2 e benzeno. O O O O O O Estruturas de Ressonância
  • 18. • Outro exemplo de estruturas de ressonância é o ânion nitrato para o qual podemos propor três estruturas de Lewis equivalentes. • Observe que o arranjo dos átomos é o mesmo nas três estruturas, apenas a disposição dos elétrons é diferente. Estruturas de Ressonância do Ânion Nitrato
  • 19. Estruturas de Ressonância do Ânion Nitrato .. : : : : : : : : : : : : : : .. .. .. .. .. .. .. .. Híbrido de Ressonância
  • 20. • Destacamos que ao desenhar as estruturas de ressonância os mesmos átomos devem estar ligados a outros em todas as estruturas, de modo que as únicas diferenças estejam no arranjo dos átomos. Estruturas de Ressonância do Ânion Nitrato
  • 21. • No ânion nitrato todas as três ligações N-O tem o mesmo comprimento de ligação. Ainda mais o comprimento da ligação é intermediário entre o comprimento de uma ligação dupla e o de uma ligação simples. Isso reforça o fato de que a estrutura real do ânion é o híbrido de ressonância. Estruturas de Ressonância do Ânion Nitrato
  • 22. • O benzeno consiste de seis átomos de carbono em um anel hexagonal. Cada átomo de C está ligado a dois outros átomos de C e um átomo de hidrogênio. • Existem ligações simples e duplas alternadas entre os átomos de C. • A estrutura experimental do benzeno mostra que todas as ligações C-C têm o mesmo comprimento. • Da mesma forma, sua estrutura mostra que o benzeno é plano. Ressonância no Benzeno
  • 23. • Escrevemos as estruturas de ressonância para o benzeno de tal forma que haja ligações simples entre cada par de átomos de C e os seis elétrons adicionais estejam deslocalizados por todo o anel: Ressonância no Benzeno
  • 24. • Existem três classes de exceções à regra do octeto: • moléculas com número ímpar de elétrons; • moléculas nas quais um átomo tem menos de um octeto, ou seja, moléculas deficientes em elétrons; • moléculas nas quais um átomo tem mais do que um octeto, ou seja, moléculas com expansão de octeto. Número ímpar de elétrons • Poucos exemplos. Geralmente, moléculas como ClO2, NO e NO2 têm um número ímpar de elétrons. N O N O Exceções à Regra do Octeto
  • 25. Número ímpar de elétrons Logo como não é possível emparelhar um número ímpar de elétrons, um octeto ao redor de cada átomo não pode ser atingido. No caso do NO temos 11 elétrons de valência sendo 5 do nitrogênio e 6 do oxigênio. N O N O Exceções à Regra do Octeto
  • 26. Deficiência em elétrons Relativamente raro. Mais encontrado em compostos de B e Be • As moléculas com menos de um octeto são típicas para compostos dos Grupos 1, 2 e 3 da tabela periódica. • Um exemplo típico é o BF3. • As estruturas de Lewis nas quais existe uma ligação dupla B—F são menos importantes que aquela na qual existe deficiência de elétrons. Exceções à Regra do Octeto B F F F B F F F 0 0 +1 -1
  • 27. Expansão do octeto • Esta é a maior classe de exceções. • Os átomos do 3º período em diante podem acomodar mais de um octeto (os do 2° período não têm orbital “2d ”) • Além do terceiro período, os orbitais d são baixos o suficiente em energia para participarem de ligações e receberem a densidade eletrônica extra. • PCl5 __ __ __ __ __ __ __ __ __ 3s 3p 3d __ __ __ __ __ __ __ __ __  hibridação sp3d 3s 3p 3d s p p p d Exceções à regra do octeto
  • 28. Exceções à regra do octeto Pentacloreto de Fósforo
  • 29. Todas as ligações podem ser vistas como híbridos de ressonância de estruturas puramente iônicas ou puramente covalentes. Assim a molécula de cloro pode ser descrita como: ↔ ↔ Correção do Modelo Covalente: Eletronegatividade + - - +
  • 30. Correção do Modelo Covalente: Eletronegatividade Neste caso, as estruturas iônicas contribuem muito pouco para o híbrido de ressonância e podemos descrever a ligação como quase puramente covalente.
  • 31. Todavia numa molécula composta de elementos diferentes, como o HCl, a ressonância é importante porque há contribuições diferentes das duas estruturas iônicas (estruturas de ressonância II e III ) ↔ ↔ Correção do Modelo Covalente: Eletronegatividade - + + - (I) (II) (III)
  • 32. A estrutura iônica de ressonância de menor energia é +_ Como o átomo de cloro tem uma eletronegatividade maior que o hidrogênio a estrutura com uma carga negativa no átomo de cloro (estrutura acima) contribui mais efetivamente do que a estrutura com uma carga negativa no átomo de hidrogênio (estrutura II). Correção do Modelo Covalente: Eletronegatividade +
  • 33. Em síntese, como resultado, existe uma pequena carga residual negativa no átomo de cloro e uma pequena carga residual positiva no átomo de hidrogênio. As cargas nos átomos são chamadas de cargas parciais. Mostramos que existem cargas parciais nos átomos escrevendo: Correção do Modelo Covalente: Eletronegatividade
  • 34. Todas as ligações entre átomos de elementos diferentes são, até certo ponto, polares. As ligações de moléculas diatômicas do mesmo elemento e íons são não polares. Correção do Modelo Covalente: Eletronegatividade
  • 35. Quando dois átomos de uma ligação tem uma pequena diferença de eletronegatividade, as cargas parciais são muito pequenas. Ex. BrCl Quando a diferença de eletronegatividade aumenta, também crescem as cargas parciais. Ex. HF Correção do Modelo Covalente: Eletronegatividade
  • 36. Se as eletronegatividades são muito diferentes, um dos átomos pode ficar mais associado com o par de elétrons e a estrutura de ressonância iônica (II) contribui mais apreciavelmente para a a ressonância em comparação com a estrutura de ressonância covalente (I) ressonância covalente ressonância iônica (I) (II) Correção do Modelo Covalente: Eletronegatividade + -
  • 37. Como o elemento mais eletronegativo se apropriou mais do par de elétrons compartilhado, ele tem uma carga parcial negativa e pode ser correlacionado a um ânion e, o elemento mais eletropositivo, que tem uma carga parcial positiva, pode ser correlacionado a um cátion. Dizemos que a ligação desse tipo tem caráter iônico apreciável. Correção do Modelo Covalente: Eletronegatividade
  • 38. Se a diferença de eletronegatividade é muito grande, como no KF, a contribuição iônica domina em relação a contribuição covalente e a ligação é considerada iônica. Em resumo não há uma linha divisória nítida entre a ligação iônica e covalente. Assim podemos dizer que o HI é 4% iônico, o HBr é 11% iônico, o HCl é 19% iônico e o HF é 45% iônico. Correção do Modelo Covalente: Eletronegatividade
  • 39. Todas as ligações iônicas têm algum caráter covalente. Analisando-se como o caráter covalente pode se manifestar consideremos um ânion monoatômico (como o Cl¯ ) próximo de um cátion (como o Na+). Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
  • 40. Como as cargas positivas do cátion atraem os elétrons do ânion , a nuvem eletrônica esférica do ânion distorce-se na direção do cátion. Podemos entender esta distorção como uma tendência do par de elétrons de deslocar-se para a região entre os núcleos e formar uma ligação covalente. Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
  • 41. As ligações iônicas adquirem progressivamente maior caráter covalente quando a distorção da nuvem eletrônica do ânion aumenta. Íons que sofrem distorção são ditos polarizáveis. Íons capazes de provocar distorções em seus vizinhos são ditos polarizantes. Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
  • 42. Em síntese, os cátions são polarizantes e os ânions são polarizáveis. Ex: No composto NaCl o cátion sódio (Na+) tem um poder polarizante. O ânion Cl¯ (cloreto) é uma espécie polarizável. Na+ o cátion é polarizante Cl¯ o ânion é polarizável Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
  • 43. Quanto maior a carga do cátion mais polarizante ele será. Ex. O poder polarizante cresce na ordem Na+ < Be2+ < Al3+ Quanto maior a carga do ânion mais polarizável ele será: F¯ < O2¯ O ânion óxido é mais polarizável que o ânion fluoreto. Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
  • 44. No grupos de cima para baixo diminui o poder polarizante dos cátions. Li+ > Na+ > K+ > Rb+ > Cs+ > Fr+ Nos períodos quanto o menor o cátion e maior a sua carga cresce o poder polarizante dos mesmos. Ex. Na+ < Be2+ < Al3+ Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
  • 45. Por derradeiro cargas elevadas em ambos os íons favorecem a covalência. A carga elevada no cátion favorece o poder polarizante e também a covalência. A carga elevada no ânion favorece a polarizabilidade e portanto a covalência. Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade
  • 46. Em que composto, NaBr ou MgBr2 as ligações devem ter maior caráter covalente? Resp. MgBr2 Em que composto, CaS ou CaO as ligações devem ter maior caráter covalente? Resp. CaS Correção do Modelo Iônico: Polarizabilidade