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História -Capítulo 3
Os Primeiros Habitantes da América
Neste capitulo 3, você vai estudar as diferentes descobertas do povoamento da América, algumas
sociedades, que milhares de anos atrás viveram nas terras que hoje formam o território brasileiro.
As transformaçõesdas
teoriascientíficas
Em 2013, cientistas encontraram, na Etiópia
uma mandíbula fossilizada. Esse fóssil se
tratava de uma espécie do gênero Homo essa
espécie teria vivido 2,8 milhões de anos atrás.
A análise das evidências permitiu à maioria
dos cientistas chegar a um consenso sobre
uma nova data quanto a vida do gênero Homo
recuando sua aparição na Terra em pelo
menos 300 mil anos.
Algumas vezes não há um consenso entre os
cientistas quanto se tenta explicar de que
maneira teve início o povoamento da América.
A chegada à América
Descobertas de fosseis muitos antigos na
região africana levaram á afirmação de que a
África é o berço da humanidade.
Antes observe o mapa:
Percebe que a Sibéria e o Alasca estão
separados por uma pequena faixa de mar: o
Estreito de Bering.
Por volta de 20.000 A.C, o planeta viviao auge
da Era Glacial, a temperatura na Terra teria
baixado e enormes camadas de gelo teriam se
formada em boa parte de gelo teriam se
formado em boa parte da América do Norte,
Europa e da Ásia.
O nível do mar teria diminuído tanto que as
águas do Estreito de Bering haveriam
desaparecidos, e assim, as duas regiões
estariam ligadas por uma faixa de terra.
Essa faixa ligando Ásia e América teria
permitido que grupos humanos saíssem do
continente asiático e chegassem ao continente
americano.
Teoria de Clóvis
A Teoria de Clóvis tem esse nome, pois duas
pontas de lanças foram encontradas em um
sitio arqueológico na cidade de Clóvis, nos
EUA.
Até final da década de 1990, os cientistas
defendiam a ideia de que a América teria sido
povoada apenas por povos de origem
mongoloide, ou seja, vindo da Ásia e teriam
atravessado a pé o Estreito de Bering.
Esse grupo seriam especializados na caça de
grandes mamíferos como o já extinto mamute
e bisão, confeccionavam instrumentos de
pedra lascada, como pontas de lanças que
eram fixadas em hastes de madeira.
Luzia
Em 1975 no Brasil foi encontrado em uma
caverna na região de Lagoa Santa, Minas
Gerais, um crânio de uma mulher com
aproximadamente 20 anos de idade. Os
cientistas a batizaram de Luzia.
Após analises, cientistas avaliaram que ela
teria vivido 11.500 anos atrás. Luzia revelou
uma característica importante: os traços
físicos. Em 1999, o crânio de Luzia foi levado
para Inglaterra, onde fizeram a reconstituição
de seu rosto e Luzia teria traços negroides, ou
seja, seu rosto seria parecido com o de
africanos ou de nativos australianos do que
com asiáticos (japoneses, chineses) ou
indígenas.
Pelos traços físicos de Luzia seus ancestrais
dificilmente teriam vindo da Ásia, contestando
a Teoria de Clóvis.
O Estreito de Bering, pode não ter sido o único
meio de se chegar a América para ocupa-la.
Teoria Pré-Clóvis e outras
Teoria Pré-Clóvis tem esse nome porque
defende que o povoamento da América teria
ocorrido antes da data estipulada pela Teoria
de Clóvis. Os seres humanos teriam chegado à
América há cerca de 14 mil anos, teriam
ocorridos duas levas de grupos de origens
distintas. A primeira, a dos não mongoloides,
teria ocorrido há cerca de 14 mil anos (o povo
de Luzia): a segunda, a dos que apresentavam
traços mongoloides, teriam ocorrido há pouco
de 11 mil anos.
A Hipótese de Niède Guidon
Niède Guidon arqueóloga brasileira
pesquisando um sitio no Piauí encontrou
vestígios que supôs serem restos de fogueira
datados de 50 mil anos. Se a pesquisa estiver
certa a chegada dos humanos a América teria
ocorrido, há mais tempo.
Para Niède Guidon, os primeiros humanos a
chegar à América podem ter vindo de
diferentes rotas: pela África, através do
Oceano Atlântico ou pela Ásia, por volta de 12
mil anos atrás, todo atual território brasileiro
já estaria povoado, mas muitos arqueólogos
argumentam que as fogueiras analisadas por
Guidon seriam de combustão espontâneas e
não feitas por humanos, o que invalida a data
apontada pela pesquisadora.
Evidências de Santa Elina
Pesquisadores franceses Denis Vialou e
Águeda Vilhena Vialou, entenderam que o
povoamento da América do Sul se iniciou há
25 mil anos, baseando essa hipótese na análise
de evidencias arqueológicas encontradas em
Santa Elina, Mato Grosso.
Novos Vestígios em Lagoa Santa
Em 2018, um estudo de DNA de ossos
humanos de Lagoa Santa, onde Luzia foi
encontrada, sugere que seu povo teria mais
semelhanças do que imaginado com os
mongoloides. As novas descobertas
resgataram a ideia de que os antigos
americanos poderiam ser descendentes de um
único grupo, mas a possibilidade de eles terem
chegado antes do que acreditava.
O assunto permanece incerto.
Curiosidade
Nas últimas décadas, pesquisadores encontraram outros fosseis que
teriam vivido há mais tempo que Luzia: Eva de Naharon e Naia no
México. O esqueletode Evafoi encontrado em 2001, e o de Naia2011.
Ev a teria vividohácerca de 13,6 mil anose teria20 e 25 anosquando
m orreu. O esqueletode Naia datade 12 mil a 13mil anos, ela teria por
v olta dos 1 5 anos qu ando m orreu .
No Brasil, diferentes povos
Os primeiros habitantes das terras que hoje
fazem parte do brasil teriam pertencidso
tantos aos grupos humanos de origem
mongoloide, quanto a de outras origens. Com
o passar dos séculos, as populações de origem
não mongoloide teriam desaparecido.
Esses dois grupos povoaram o território
brasileiro, e os vestígios de sua presença -
ferramentas, pinturas nas cavernas, restos de
fogueiras, urnas funerárias etc.- são
encontrados nos mais de 20 mil sítios
arqueológicos do Brasil.
Na Serra da Capivara
A Serra da Capivara fica no Piau é uma região
de clima semiárido, uma estação seca, com
vegetação da Caatinga.
A cerca de 12 mil anos, essa região era bem
diferente, tinha clima tropical úmido e uma
grande variedade de animais e vegetação,
como capivaras e veados e animais já extintos
como tatu gigante que poderia ter o tamanho
de um Fusca.
Na Serra da Capivara antigos grupos humanos
povoaram as terras, esse grupo eram de
nômades, de feição mongoloide, formado por
poucas pessoas, viviam da caça de animais
pequenos, da pesca, da coleta de alimentos,
como mel, frutos, raízes e ficavam próximos a
fonte de águia, como rios ou córregos.
Por volta de 3 mil anos atrás, os habitantes da
Serra da Capivara já tinham fixado residência
e dominavam a produção de objetos de
cerâmica. Viviam em aldeias com cerca de 10
casas, uma praça central, praticavam
agricultura de milho, feijão, cabeça e
amendoim.
Uma das principais características desse grupo
era os desenhos nas paredes chamados de
pinturas rupestres.
O povo de Luzia
O povode Luzia era nômade, vivia na regiãode
Lagoa Santa em Minas Gerais, há cerca de
11500 anos. Viviam em grupos de 25 pessoas e
quando o numero de indivíduos crescia, o
povo formava um novo grupo.
Não havia hierarquia, os bens como
ferramentas, eram de acesso a todos, viviam
da caça de animais e da coleta de frutas.
As atividades eram divididas entre os
membros: os homens caçavam e as mulheres e
crianças cuidavam das coletas dos frutos. A
comida era compartilhada com todos.
Moravamem cavernase também utilizavam as
cavernas como local para enterrar seus
mortos. Quando uma pessoa morria, o
sepultamento era realizado em dois
momentos. O corpo era enterrado na posição
fetal, meses depois os ossos eram retirados,
passavam por um ritual que incluía pinta-los
de ocre e enterra-los novamente numa cova
menor.
Os moradores dos Sambaquis
Há cerca de 7 mil anos os povos que viviam do
Maranhão ao Piauí e da Bahia ao Rio Grande
do Sul se especializaram na construção de
sambaquis.
Sambaqui é uma palavra de origem indígena
que significa “amontoado de mariscos”. Esses
sambaquis eram amontoados de conchas,
ostras, cascas de siri e caranguejos, alimentos
que faziam parte da alimentação desse povo.
Os sambaquis era o espaço de convívio social.
No centro dos sambaquis, os sambaquieiros
construíam suas cabanas, que eram ocupadas
por famílias de 2 a 6 pessoas.
Na região central era utilizada também como
área para enterrar seus mortos. No entorno
servia para outras atividades como descarte de
lixo, fabricação de instrumentos de pedra.
Como moravam em uma região bastante farta
de comida e água, permaneciam muito tempo
na mesma área chegando a formar sambaquis
de ate 10 metros de altura o que levaria mais
de 500 anos para atingir esse tamanho.
Essa sociedade desapareceu por volta do ano
de 1500.
Povos sedentários da Amazônia
Arqueólogos indicam que há cerca de 12 mil
anos, povos caçadores-coletores já viviam na
Região Amazônica.
São conhecidos como Civilização Marajoara,
cultura tapajônica e a civilização do Alto do
Xingu.
Civilização Marajoara
Se estabeleceu por volta do ano 200, na região
do atual estado do Pará. Para fugir dos
alagamentos construíam aterros artificiais,
chamados tesos. Os tesos tinham entre 5
metros de altura e podiam alcançar até 200
metros onde os marajoaras construíam suas
habitações.
Eles produziam cerâmicas, confeccionavam
vasos, urnas, estatuetas etc. Essas peças
geralmente tinham fundo branco eram
pintadas nas cores preta e vermelha.
Essa civilização teria durado até o século XIV
(1301 a 1400).
Cultura tapajônica
Surgiu as margens do Rio Tapajós na região de
Santarém, no atual estado do Pará.
Sua principal característica foi a produção de
objetos de cerâmica – estatuetas, vãos,
cachimbos e urnas decoradas com
representações de animais e humanos.
Floresceu por volta do ano 900 e existiu até o
século XVII (1601-1700).
Civilização do Alto Xingu
Região do alto Xingu localizado no norte do
estado do Mato Grosso, entre os anos de 1200
e 1600 teria existido na região uma civilização
complexa, seria composta de 19 alteias no
formato circular, interligadas umas à outras
por uma rede de estradas, cercada por poços e
paliçadas (conjunto de estacas ou varas
fincadas no solo formando uma cerca).
Teria uma população de 2,5 mil a 5 mil
pessoas, nessa civilização havia uma divisão
social hierárquica, era uma sociedade que era
dividida em grupos com posição social mais
elevada do que outros.

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  • 1. História -Capítulo 3 Os Primeiros Habitantes da América Neste capitulo 3, você vai estudar as diferentes descobertas do povoamento da América, algumas sociedades, que milhares de anos atrás viveram nas terras que hoje formam o território brasileiro. As transformaçõesdas teoriascientíficas Em 2013, cientistas encontraram, na Etiópia uma mandíbula fossilizada. Esse fóssil se tratava de uma espécie do gênero Homo essa espécie teria vivido 2,8 milhões de anos atrás. A análise das evidências permitiu à maioria dos cientistas chegar a um consenso sobre uma nova data quanto a vida do gênero Homo recuando sua aparição na Terra em pelo menos 300 mil anos. Algumas vezes não há um consenso entre os cientistas quanto se tenta explicar de que maneira teve início o povoamento da América. A chegada à América Descobertas de fosseis muitos antigos na região africana levaram á afirmação de que a África é o berço da humanidade. Antes observe o mapa: Percebe que a Sibéria e o Alasca estão separados por uma pequena faixa de mar: o Estreito de Bering. Por volta de 20.000 A.C, o planeta viviao auge da Era Glacial, a temperatura na Terra teria baixado e enormes camadas de gelo teriam se formada em boa parte de gelo teriam se formado em boa parte da América do Norte, Europa e da Ásia. O nível do mar teria diminuído tanto que as águas do Estreito de Bering haveriam desaparecidos, e assim, as duas regiões estariam ligadas por uma faixa de terra. Essa faixa ligando Ásia e América teria permitido que grupos humanos saíssem do continente asiático e chegassem ao continente americano. Teoria de Clóvis A Teoria de Clóvis tem esse nome, pois duas pontas de lanças foram encontradas em um sitio arqueológico na cidade de Clóvis, nos EUA. Até final da década de 1990, os cientistas defendiam a ideia de que a América teria sido povoada apenas por povos de origem mongoloide, ou seja, vindo da Ásia e teriam atravessado a pé o Estreito de Bering. Esse grupo seriam especializados na caça de grandes mamíferos como o já extinto mamute e bisão, confeccionavam instrumentos de pedra lascada, como pontas de lanças que eram fixadas em hastes de madeira. Luzia Em 1975 no Brasil foi encontrado em uma caverna na região de Lagoa Santa, Minas Gerais, um crânio de uma mulher com aproximadamente 20 anos de idade. Os cientistas a batizaram de Luzia. Após analises, cientistas avaliaram que ela teria vivido 11.500 anos atrás. Luzia revelou uma característica importante: os traços
  • 2. físicos. Em 1999, o crânio de Luzia foi levado para Inglaterra, onde fizeram a reconstituição de seu rosto e Luzia teria traços negroides, ou seja, seu rosto seria parecido com o de africanos ou de nativos australianos do que com asiáticos (japoneses, chineses) ou indígenas. Pelos traços físicos de Luzia seus ancestrais dificilmente teriam vindo da Ásia, contestando a Teoria de Clóvis. O Estreito de Bering, pode não ter sido o único meio de se chegar a América para ocupa-la. Teoria Pré-Clóvis e outras Teoria Pré-Clóvis tem esse nome porque defende que o povoamento da América teria ocorrido antes da data estipulada pela Teoria de Clóvis. Os seres humanos teriam chegado à América há cerca de 14 mil anos, teriam ocorridos duas levas de grupos de origens distintas. A primeira, a dos não mongoloides, teria ocorrido há cerca de 14 mil anos (o povo de Luzia): a segunda, a dos que apresentavam traços mongoloides, teriam ocorrido há pouco de 11 mil anos. A Hipótese de Niède Guidon Niède Guidon arqueóloga brasileira pesquisando um sitio no Piauí encontrou vestígios que supôs serem restos de fogueira datados de 50 mil anos. Se a pesquisa estiver certa a chegada dos humanos a América teria ocorrido, há mais tempo. Para Niède Guidon, os primeiros humanos a chegar à América podem ter vindo de diferentes rotas: pela África, através do Oceano Atlântico ou pela Ásia, por volta de 12 mil anos atrás, todo atual território brasileiro já estaria povoado, mas muitos arqueólogos argumentam que as fogueiras analisadas por Guidon seriam de combustão espontâneas e não feitas por humanos, o que invalida a data apontada pela pesquisadora. Evidências de Santa Elina Pesquisadores franceses Denis Vialou e Águeda Vilhena Vialou, entenderam que o povoamento da América do Sul se iniciou há 25 mil anos, baseando essa hipótese na análise de evidencias arqueológicas encontradas em Santa Elina, Mato Grosso. Novos Vestígios em Lagoa Santa Em 2018, um estudo de DNA de ossos humanos de Lagoa Santa, onde Luzia foi encontrada, sugere que seu povo teria mais semelhanças do que imaginado com os mongoloides. As novas descobertas resgataram a ideia de que os antigos americanos poderiam ser descendentes de um único grupo, mas a possibilidade de eles terem chegado antes do que acreditava. O assunto permanece incerto. Curiosidade Nas últimas décadas, pesquisadores encontraram outros fosseis que teriam vivido há mais tempo que Luzia: Eva de Naharon e Naia no México. O esqueletode Evafoi encontrado em 2001, e o de Naia2011. Ev a teria vividohácerca de 13,6 mil anose teria20 e 25 anosquando m orreu. O esqueletode Naia datade 12 mil a 13mil anos, ela teria por v olta dos 1 5 anos qu ando m orreu . No Brasil, diferentes povos Os primeiros habitantes das terras que hoje fazem parte do brasil teriam pertencidso tantos aos grupos humanos de origem mongoloide, quanto a de outras origens. Com o passar dos séculos, as populações de origem não mongoloide teriam desaparecido. Esses dois grupos povoaram o território brasileiro, e os vestígios de sua presença - ferramentas, pinturas nas cavernas, restos de fogueiras, urnas funerárias etc.- são encontrados nos mais de 20 mil sítios arqueológicos do Brasil. Na Serra da Capivara A Serra da Capivara fica no Piau é uma região de clima semiárido, uma estação seca, com vegetação da Caatinga. A cerca de 12 mil anos, essa região era bem diferente, tinha clima tropical úmido e uma grande variedade de animais e vegetação, como capivaras e veados e animais já extintos como tatu gigante que poderia ter o tamanho de um Fusca.
  • 3. Na Serra da Capivara antigos grupos humanos povoaram as terras, esse grupo eram de nômades, de feição mongoloide, formado por poucas pessoas, viviam da caça de animais pequenos, da pesca, da coleta de alimentos, como mel, frutos, raízes e ficavam próximos a fonte de águia, como rios ou córregos. Por volta de 3 mil anos atrás, os habitantes da Serra da Capivara já tinham fixado residência e dominavam a produção de objetos de cerâmica. Viviam em aldeias com cerca de 10 casas, uma praça central, praticavam agricultura de milho, feijão, cabeça e amendoim. Uma das principais características desse grupo era os desenhos nas paredes chamados de pinturas rupestres. O povo de Luzia O povode Luzia era nômade, vivia na regiãode Lagoa Santa em Minas Gerais, há cerca de 11500 anos. Viviam em grupos de 25 pessoas e quando o numero de indivíduos crescia, o povo formava um novo grupo. Não havia hierarquia, os bens como ferramentas, eram de acesso a todos, viviam da caça de animais e da coleta de frutas. As atividades eram divididas entre os membros: os homens caçavam e as mulheres e crianças cuidavam das coletas dos frutos. A comida era compartilhada com todos. Moravamem cavernase também utilizavam as cavernas como local para enterrar seus mortos. Quando uma pessoa morria, o sepultamento era realizado em dois momentos. O corpo era enterrado na posição fetal, meses depois os ossos eram retirados, passavam por um ritual que incluía pinta-los de ocre e enterra-los novamente numa cova menor. Os moradores dos Sambaquis Há cerca de 7 mil anos os povos que viviam do Maranhão ao Piauí e da Bahia ao Rio Grande do Sul se especializaram na construção de sambaquis. Sambaqui é uma palavra de origem indígena que significa “amontoado de mariscos”. Esses sambaquis eram amontoados de conchas, ostras, cascas de siri e caranguejos, alimentos que faziam parte da alimentação desse povo. Os sambaquis era o espaço de convívio social. No centro dos sambaquis, os sambaquieiros construíam suas cabanas, que eram ocupadas por famílias de 2 a 6 pessoas. Na região central era utilizada também como área para enterrar seus mortos. No entorno servia para outras atividades como descarte de lixo, fabricação de instrumentos de pedra. Como moravam em uma região bastante farta de comida e água, permaneciam muito tempo na mesma área chegando a formar sambaquis de ate 10 metros de altura o que levaria mais de 500 anos para atingir esse tamanho. Essa sociedade desapareceu por volta do ano de 1500. Povos sedentários da Amazônia Arqueólogos indicam que há cerca de 12 mil anos, povos caçadores-coletores já viviam na Região Amazônica. São conhecidos como Civilização Marajoara, cultura tapajônica e a civilização do Alto do Xingu. Civilização Marajoara
  • 4. Se estabeleceu por volta do ano 200, na região do atual estado do Pará. Para fugir dos alagamentos construíam aterros artificiais, chamados tesos. Os tesos tinham entre 5 metros de altura e podiam alcançar até 200 metros onde os marajoaras construíam suas habitações. Eles produziam cerâmicas, confeccionavam vasos, urnas, estatuetas etc. Essas peças geralmente tinham fundo branco eram pintadas nas cores preta e vermelha. Essa civilização teria durado até o século XIV (1301 a 1400). Cultura tapajônica Surgiu as margens do Rio Tapajós na região de Santarém, no atual estado do Pará. Sua principal característica foi a produção de objetos de cerâmica – estatuetas, vãos, cachimbos e urnas decoradas com representações de animais e humanos. Floresceu por volta do ano 900 e existiu até o século XVII (1601-1700). Civilização do Alto Xingu Região do alto Xingu localizado no norte do estado do Mato Grosso, entre os anos de 1200 e 1600 teria existido na região uma civilização complexa, seria composta de 19 alteias no formato circular, interligadas umas à outras por uma rede de estradas, cercada por poços e paliçadas (conjunto de estacas ou varas fincadas no solo formando uma cerca). Teria uma população de 2,5 mil a 5 mil pessoas, nessa civilização havia uma divisão social hierárquica, era uma sociedade que era dividida em grupos com posição social mais elevada do que outros.