SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 4
Downloaden Sie, um offline zu lesen
   Facebook _ Debates recentes_ a propósito de caciquismo e
    da (des)concertação social (17-18 de jan. de 2012)




           Elisio Estanque

    (DES)Concertação: O nervosismo do Dr João Proença, ao lado de Passos Coelho (talvez
    depois de um pesadelo onde lhe apareceu Angela Merkel toda desgrenhada, a descer de
    uma vassoura e a tentar abraçá-lo...) deixou cair a caneta e apagou-se a luz... Realmente, o
    guião já está escrito (já se sabe por quem) e a escuridão é o que nos espera durante um
    futuro longo, demasiado longo. A UGT tornou-se a metáfora do país: uma concertação a
    fingir, um programa já escrito e uma asfixiante falta de luz ao fundo túnel...

    Gosto · · Partilhar · há 6 horas

       o
       o   João Carlos Rodrigues Branco, Gil Ferreira, João Francisco e 11 outras pessoas
           gostam disto.
               o



               

                   Óscar Lourenço Falta de luz ao fundo do túnel? Eu diria que há uma luz
                   muito brilhante ao fundo do túnel, e vem a grande velocidade!

                   há 6 horas · Gosto · 1



               

                   João Carlos Rodrigues Branco e um amen a acordos que já estão
                   preparados de antecedência à sua apresentação a órgãos de discussão
                   social. arriscar-me ia a dizer o que um amigo meu me disse: joão proença,
                   comido de cebolada. concertação social? mais me parece o movimento dos
                   alinhados.

                   há 29 minutos · Gosto





           Elisio Estanque
A minha luta é para que: em vez de "caciquismo" haja mais ideias; em vez de manipulação
mais debate aberto; em vez de resignação, mais busca de informação; em vez de medo ou
idolatria, mais questionamento e ousadia; em vez de ambição ou desejo de protagonismo
pessoal, mais aposta no bem-estar da comunidade; em vez de consumismo/ alienação, mais
solidariedade; em vez de tecnocracia, mais reflexão política; em vez de ignorância, mais
conhecimento; em vez de populismo mais democracia. E se estes princípios estivessem
presentes no seio das associações, das "jotas", dos partidos e das instituições; e se nas
estruturas organizadas (todas elas) houvesse uma genuina vontade de as voltar para fora,
para irem ao encontro das comunidades e da sociedade mais geral, certamentente que
teriamos uma juventude mais consciente, mais informada e politicamente activa; e,
portanto, em melhores condições de lutar por uma sociedade (Portugal e Europa) e um
mundo melhores, mais coesos e mais solidários. Não se trata de procurar o "culpado", mas
apenas de aprender com os erros e a experiência colectiva (e histórica). O mercantilismo e o
neoliberalismo conduziram-nos a isto e a social-democracia, infelizmente, esqueceu o seu
velho legado, não se actualizou e não tem sido capaz de romper com esse paradigma.
Duvido que os actuais partidos consigam (ou queiram) dar a volta a isto. Tenho a profunda
convicção de que jamais o farão sem uma rebelião de massas mais generalizada e
ideologicamente informada. Espero, portanto, que, apesar de tudo, a juventude actual --
organizada -- saiba "virar a agulha" e afastar-se do carreirismo que a vem aliciando; e que
a juventude não organizada que comece a organizar-se e a mostrar o seu potencial criativo e
de irreverência. (um dias destes vou escrever sobre lideranças e renovação das elites...).

Gosto · · Partilhar · há 22 horas

    o   6 partilhas
            o



            

                 António Viriato Caro Elísio : Rebelião de massas, com ou sem ideologia a
                 esclarecê-la é coisa pouco provável, hoje como ontem. Mais depressa acreditaria
                 numa acção concertada de elites verdadeiras, no saber, na competência técnica,
                 na ética e no carácter, capazes de suscitar o apoio dessas mesmas massas. Mas
                 primeiro haveria que encontrá-las, a essas elites, ou formá-las e esperar que o seu
                 comportamento criasse adeptos, para depois aspirar à mudança. Isto exige tempo
                 e paciência, coisas que vão escasseando... Perigosamente, diria. Um abraço.

                 há 17 horas · Gosto




            

                 Marcelo Nuno Gonçalves Pereira Subscrevo inteiramente até à parte em que
                 parece que a democracia se faz na rua! Os partidos políticos são essenciais à
                 democracias, porque é neles que esta assenta. A participação cívica dos cidadãos
                 é fundamental, incluindo a que se expressa “na rua”. Mas a democracia não pode
assentar nos movimentos de rua, sob pena de a substituirmos pela anarquia.

    O caminho só pode ser o da requalificação dos partidos, abrindo-os à
    participação dos cidadãos sob as mais diversas formas. Fazer com que, como diz
    no seu post, se preocupem mais com o que se passa à sua volta e que tenham
    capacidade para liderar uma sociedade cada vez mais perdida no turbilhão de
    acontecimentos que a estão a mudar de forma tão profunda e “inesperada”.

    O repensar do papel dos partidos e das suas lideranças é uma das principais
    preocupações que temos que trazer para dentro dos partidos e que, no caso do
    PSD, dão razão de ser à moção que, em Coimbra, estamos a preparar. É o mote
    de um conjunto de conversas/conferências/debates que estamos a organizar com
    personalidades nem sempre “alinhadas” com os partidos e, em especial, com o
    meu, mas que nos ajudam a pensar melhor a mudança do “paradigma social” e,
    sobretudo, o nosso papel nesse contexto.

    Em todo o caso, reafirmo: importa requalificar os partidos, melhorá-los na sua
    forma de proceder, de pensar, de actuar em função do interesse colectivo. Não
    abandoná-los à sua sorte e à crescente desqualificação dos seus “activos” e da sua
    intervenção cívica.

    há 8 horas · Gosto · 2





    Elisio Estanque António: o problema é que as elites não caem do céu. o que tu
    chamas elites eu chamo intelectuais; porque são sobretudo estes que, se estiverem
    atentos aos processos de mudança (que se constroem a partir do
    descontentamento e do protesto) e neles intervierem activamente, poderão colher
    aí a inspiração para traçar os caminhos da mudança numa perspectiva
    progressista. Porém, a transformação social e cultural, ou seja, das mentalidades,
    dos valores e dos comportamentos, não se desenha na paz dos deuses de um
    qualquer gabinete, para depois se apresentar ao povo. Também não defendo que a
    solução seja "a rua" em si mesma. Simplesmente acredito que sem rebelião e
    indignação (a noção de «massas» já não tem o mesmo sentido de há 4 décadas...)
    não haverá pensamento novo, ou seja, renovação das elites. Precisamos de novas
    elites, sim. Mas para serem «novas» terão, primeiro, de ocorrer rupturas sociais.
    E estas não serão certamente promovidas pelas actuais elites, já que, a sua visão
    raramente sai dos parâmetros do seu próprio «elitismo». Sempre foi assim na
    história: é o descontentamento e as revoluções (ou as reformas) que obrigam à
    mudança. E as revoluções surgem quando as instituições reformistas (inclusive
    os partidos) deixam de ser capazes de cumprir esse papel, prisioneiros de
    interesses e oligarquias instaladas. Por isso, a pressão para a mudança só pode vir
    da RUA!! (protestos, petições, debate público, abaixo-assinados, manifestações,
    denuncias das ilegalidades, democracia participativa, projectos alternativos, etc.,
    etc., é isto que chamo «rua»).

    há 7 horas · Gosto
         Elisio Estanque

Resposta ao Marcelo Nuno (comentário seu em baixo, onde argumenta em favor dos partidos, da
sua renovação e abertura, referindo os debates que estão a preparar no PSD):
Caro Marcelo, dou-lhe inteira razão no que se refere à defesa dos partidos em democracia. No
abstrato isso é inegável e qualquer democrata o subscreve. Também concordo consigo quanto à
necessidade de mais debate interno e mais abertura à sociedade. Mas estou convencido que os vícios
instalados são já demasiado poderosos para que isso tenha consequências significativas. Vejamos:
Como escrevi em comentário anterior (em resposta ao António), não defendo que "a rua" seja uma
solução em si mesma. O problema é que eu, pessoalmente, depois de algum beneficio da dúvida,
durante anos, que dei aos partidos..., deixei de acreditar que eles estejam dispostos ou sejam
capazes de proceder às reformas que o Marcelo refere e que eu subscrevo. Também concordo,
naturalmente, com o papel decisivo que os partidos ocupam numa democracia. Não quero
substituir os partidos por uma qualquer "união nacional". Mas se os atuais partidos não forem
capazes de se abrir à sociedade e de mudarem as suas PRÁTICAS (porque o discurso é sempre
muito bonito, claro, mas não bastam as intenções), serão eles próprios -- e não quem avisa e critica
o carreirismo, o caciquismo e o oportunismo reinantes -- que objetivamente estão a criar as
condições para matar a democracia. A democracia participativa deve ser, portanto, um
«complemento» importante para revitalizar a democracia representativa. Isto parece uma coisa
simples, e tem sido um principio facilmente aceite, nas palavras, por muitos dirigentes partidários
(e até repetido há décadas), mas que não tem tido nenhuma tradução concreta na vida interna dos
partidos (em especial dos dois grandes). O que acontece é exatamente o oposto: o aumento do
manobrismo, da fraude, do tráfico de influencias e dos negócios ilegitimos à custa do eleitor... E,
como toda a gente sabe, para que as agendas e intenções de mudança tenham realmente efeito
prático é preciso que haja coerência entre as palavras e os atos. E isso não é nada fácil, como se vê...

Gosto · · Partilhar · há 6 horas

    
       José Pinto Correia, Marcelo Nuno Gonçalves Pereira, Miguel Cardina e 6 outras pessoas
        gostam disto.
       1 partilha

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Comunicação Oficial/Comercial
Comunicação Oficial/ComercialComunicação Oficial/Comercial
Comunicação Oficial/ComercialINSTITUTO GENS
 
Em torno da vigência do socialismo libertário & definições de um companheiro ...
Em torno da vigência do socialismo libertário & definições de um companheiro ...Em torno da vigência do socialismo libertário & definições de um companheiro ...
Em torno da vigência do socialismo libertário & definições de um companheiro ...moratonoise
 
Ambivalências da sociologia ee 14.04.14
Ambivalências da sociologia ee 14.04.14Ambivalências da sociologia ee 14.04.14
Ambivalências da sociologia ee 14.04.14Elisio Estanque
 
O Indivíduo na Sociedade - Emma Goldman
O Indivíduo na Sociedade - Emma GoldmanO Indivíduo na Sociedade - Emma Goldman
O Indivíduo na Sociedade - Emma GoldmanBlackBlocRJ
 
As multidões de junho diante da bifurcação
As multidões de junho diante da bifurcaçãoAs multidões de junho diante da bifurcação
As multidões de junho diante da bifurcaçãoaugustodefranco .
 
Clastres arqueologia violencia
Clastres arqueologia violenciaClastres arqueologia violencia
Clastres arqueologia violenciatextosantropologia
 
Psicologia das multidões - Gustave Le Bon
Psicologia das multidões - Gustave Le BonPsicologia das multidões - Gustave Le Bon
Psicologia das multidões - Gustave Le BonFabinho Lima
 
Pierre joseph proudhon sobre o princípio da associação
Pierre joseph proudhon sobre o princípio da associaçãoPierre joseph proudhon sobre o princípio da associação
Pierre joseph proudhon sobre o princípio da associaçãomoratonoise
 
Rccs 103 rebeliao de classe media_pp53-80_ee
Rccs 103 rebeliao de classe media_pp53-80_eeRccs 103 rebeliao de classe media_pp53-80_ee
Rccs 103 rebeliao de classe media_pp53-80_eeElisio Estanque
 

Was ist angesagt? (11)

Desafios do mundo no século xxi 2
Desafios do mundo no século xxi   2Desafios do mundo no século xxi   2
Desafios do mundo no século xxi 2
 
Comunicação Oficial/Comercial
Comunicação Oficial/ComercialComunicação Oficial/Comercial
Comunicação Oficial/Comercial
 
Em torno da vigência do socialismo libertário & definições de um companheiro ...
Em torno da vigência do socialismo libertário & definições de um companheiro ...Em torno da vigência do socialismo libertário & definições de um companheiro ...
Em torno da vigência do socialismo libertário & definições de um companheiro ...
 
Ambivalências da sociologia ee 14.04.14
Ambivalências da sociologia ee 14.04.14Ambivalências da sociologia ee 14.04.14
Ambivalências da sociologia ee 14.04.14
 
O Indivíduo na Sociedade - Emma Goldman
O Indivíduo na Sociedade - Emma GoldmanO Indivíduo na Sociedade - Emma Goldman
O Indivíduo na Sociedade - Emma Goldman
 
As multidões de junho diante da bifurcação
As multidões de junho diante da bifurcaçãoAs multidões de junho diante da bifurcação
As multidões de junho diante da bifurcação
 
Clastres arqueologia violencia
Clastres arqueologia violenciaClastres arqueologia violencia
Clastres arqueologia violencia
 
Psicologia das multidões - Gustave Le Bon
Psicologia das multidões - Gustave Le BonPsicologia das multidões - Gustave Le Bon
Psicologia das multidões - Gustave Le Bon
 
Artigo final
Artigo finalArtigo final
Artigo final
 
Pierre joseph proudhon sobre o princípio da associação
Pierre joseph proudhon sobre o princípio da associaçãoPierre joseph proudhon sobre o princípio da associação
Pierre joseph proudhon sobre o princípio da associação
 
Rccs 103 rebeliao de classe media_pp53-80_ee
Rccs 103 rebeliao de classe media_pp53-80_eeRccs 103 rebeliao de classe media_pp53-80_ee
Rccs 103 rebeliao de classe media_pp53-80_ee
 

Andere mochten auch

Acordo concertação social_2012
Acordo concertação social_2012Acordo concertação social_2012
Acordo concertação social_2012pedroribeiro1973
 
Mecanismo despositivo da concertação social
Mecanismo despositivo da concertação socialMecanismo despositivo da concertação social
Mecanismo despositivo da concertação socialstcnsaidjv
 
Refexão Dr1-Dr2-Dr3-Dr4
Refexão Dr1-Dr2-Dr3-Dr4Refexão Dr1-Dr2-Dr3-Dr4
Refexão Dr1-Dr2-Dr3-Dr4mega
 

Andere mochten auch (7)

Acordo concertação social_2012
Acordo concertação social_2012Acordo concertação social_2012
Acordo concertação social_2012
 
Mecanismo despositivo da concertação social
Mecanismo despositivo da concertação socialMecanismo despositivo da concertação social
Mecanismo despositivo da concertação social
 
Processos Identitários
Processos IdentitáriosProcessos Identitários
Processos Identitários
 
Reflexão - CP4
Reflexão - CP4Reflexão - CP4
Reflexão - CP4
 
Reflexão - CP5
Reflexão - CP5Reflexão - CP5
Reflexão - CP5
 
CP5
CP5CP5
CP5
 
Refexão Dr1-Dr2-Dr3-Dr4
Refexão Dr1-Dr2-Dr3-Dr4Refexão Dr1-Dr2-Dr3-Dr4
Refexão Dr1-Dr2-Dr3-Dr4
 

Ähnlich wie Facebook concertação social, caciquismo, partidos...

98203195 occupy-parte-2
98203195 occupy-parte-298203195 occupy-parte-2
98203195 occupy-parte-2Rclv Velloso
 
Canção de protesto
Canção de protestoCanção de protesto
Canção de protestoJonas Freitas
 
Série FLUZZ Volume 6 A NOVA POLÍTICA
Série FLUZZ Volume 6 A NOVA POLÍTICASérie FLUZZ Volume 6 A NOVA POLÍTICA
Série FLUZZ Volume 6 A NOVA POLÍTICAaugustodefranco .
 
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...Aniervson Santos
 
A publicização da política
A publicização da políticaA publicização da política
A publicização da políticaaugustodefranco .
 
Norberto bobbio
Norberto bobbioNorberto bobbio
Norberto bobbioAnna Trina
 
FRANCO, Augusto - Fluzz e Partido
FRANCO, Augusto - Fluzz e PartidoFRANCO, Augusto - Fluzz e Partido
FRANCO, Augusto - Fluzz e PartidoFabio Pedrazzi
 
Democracia: um programa autodidático de aprendizagem
Democracia: um programa autodidático de aprendizagemDemocracia: um programa autodidático de aprendizagem
Democracia: um programa autodidático de aprendizagemaugustodefranco .
 
Não é possível tratar de redes sociais sem tratar de democracia v2
Não é possível tratar de redes sociais sem tratar de democracia v2Não é possível tratar de redes sociais sem tratar de democracia v2
Não é possível tratar de redes sociais sem tratar de democracia v2augustodefranco .
 
Democracia em tempo de transição
Democracia em tempo de transiçãoDemocracia em tempo de transição
Democracia em tempo de transiçãoLuis Nassif
 
Moção Sectorial - Renovação Política
Moção Sectorial - Renovação PolíticaMoção Sectorial - Renovação Política
Moção Sectorial - Renovação Políticajsribatejo
 
Pilulas Democráticas Epílogo
Pilulas Democráticas EpílogoPilulas Democráticas Epílogo
Pilulas Democráticas Epílogoaugustodefranco .
 
Filosofia na Cidade 11º ano
Filosofia na Cidade 11º anoFilosofia na Cidade 11º ano
Filosofia na Cidade 11º anoAna Isabel
 
Clc 5 OpiniãOpublica
Clc 5 OpiniãOpublicaClc 5 OpiniãOpublica
Clc 5 OpiniãOpublicaLuís Costa
 
2⪠apresentaã‡ãƒo formaã‡ãƒo espiritual e politica
2⪠apresentaã‡ãƒo formaã‡ãƒo espiritual e politica2⪠apresentaã‡ãƒo formaã‡ãƒo espiritual e politica
2⪠apresentaã‡ãƒo formaã‡ãƒo espiritual e politicaEnio Brito
 
Pilulas democraticas 11 Opiniao publica
Pilulas democraticas 11  Opiniao publicaPilulas democraticas 11  Opiniao publica
Pilulas democraticas 11 Opiniao publicaaugustodefranco .
 
Como seria a verdadeira democracia
Como seria a verdadeira democraciaComo seria a verdadeira democracia
Como seria a verdadeira democraciaDante Napoli
 
Por um olhar sociológico
Por um olhar sociológicoPor um olhar sociológico
Por um olhar sociológicoEvandro Batista
 

Ähnlich wie Facebook concertação social, caciquismo, partidos... (20)

98203195 occupy-parte-2
98203195 occupy-parte-298203195 occupy-parte-2
98203195 occupy-parte-2
 
Canção de protesto
Canção de protestoCanção de protesto
Canção de protesto
 
Série FLUZZ Volume 6 A NOVA POLÍTICA
Série FLUZZ Volume 6 A NOVA POLÍTICASérie FLUZZ Volume 6 A NOVA POLÍTICA
Série FLUZZ Volume 6 A NOVA POLÍTICA
 
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
Política Pública e Movimentos Sociais: uma discussão do povo, com o povo e pa...
 
A publicização da política
A publicização da políticaA publicização da política
A publicização da política
 
Norberto bobbio
Norberto bobbioNorberto bobbio
Norberto bobbio
 
Fluzz & Partido
Fluzz & PartidoFluzz & Partido
Fluzz & Partido
 
FRANCO, Augusto - Fluzz e Partido
FRANCO, Augusto - Fluzz e PartidoFRANCO, Augusto - Fluzz e Partido
FRANCO, Augusto - Fluzz e Partido
 
Democracia: um programa autodidático de aprendizagem
Democracia: um programa autodidático de aprendizagemDemocracia: um programa autodidático de aprendizagem
Democracia: um programa autodidático de aprendizagem
 
Não é possível tratar de redes sociais sem tratar de democracia v2
Não é possível tratar de redes sociais sem tratar de democracia v2Não é possível tratar de redes sociais sem tratar de democracia v2
Não é possível tratar de redes sociais sem tratar de democracia v2
 
Democracia em tempo de transição
Democracia em tempo de transiçãoDemocracia em tempo de transição
Democracia em tempo de transição
 
Moção Sectorial - Renovação Política
Moção Sectorial - Renovação PolíticaMoção Sectorial - Renovação Política
Moção Sectorial - Renovação Política
 
Pilulas Democráticas Epílogo
Pilulas Democráticas EpílogoPilulas Democráticas Epílogo
Pilulas Democráticas Epílogo
 
Filosofia na Cidade 11º ano
Filosofia na Cidade 11º anoFilosofia na Cidade 11º ano
Filosofia na Cidade 11º ano
 
Frases Nepô 2015
Frases Nepô 2015Frases Nepô 2015
Frases Nepô 2015
 
Clc 5 OpiniãOpublica
Clc 5 OpiniãOpublicaClc 5 OpiniãOpublica
Clc 5 OpiniãOpublica
 
2⪠apresentaã‡ãƒo formaã‡ãƒo espiritual e politica
2⪠apresentaã‡ãƒo formaã‡ãƒo espiritual e politica2⪠apresentaã‡ãƒo formaã‡ãƒo espiritual e politica
2⪠apresentaã‡ãƒo formaã‡ãƒo espiritual e politica
 
Pilulas democraticas 11 Opiniao publica
Pilulas democraticas 11  Opiniao publicaPilulas democraticas 11  Opiniao publica
Pilulas democraticas 11 Opiniao publica
 
Como seria a verdadeira democracia
Como seria a verdadeira democraciaComo seria a verdadeira democracia
Como seria a verdadeira democracia
 
Por um olhar sociológico
Por um olhar sociológicoPor um olhar sociológico
Por um olhar sociológico
 

Mehr von Elisio Estanque

O outro lado da revol (ii) publico20180215
O outro lado da revol (ii) publico20180215O outro lado da revol (ii) publico20180215
O outro lado da revol (ii) publico20180215Elisio Estanque
 
O outro lado da reovol (i) publico 20180214
O outro lado da reovol (i) publico 20180214O outro lado da reovol (i) publico 20180214
O outro lado da reovol (i) publico 20180214Elisio Estanque
 
Uma 'geringonça' para o Brasil?
Uma 'geringonça' para o Brasil?Uma 'geringonça' para o Brasil?
Uma 'geringonça' para o Brasil?Elisio Estanque
 
Entre o populismo e o euroceticismo
Entre o populismo e o euroceticismo Entre o populismo e o euroceticismo
Entre o populismo e o euroceticismo Elisio Estanque
 
Ee juventude bloqueada (ii) publico_2017.05
Ee juventude bloqueada (ii) publico_2017.05Ee juventude bloqueada (ii) publico_2017.05
Ee juventude bloqueada (ii) publico_2017.05Elisio Estanque
 
Ee juventude bloqueada (i) publico_18.05.17
Ee juventude bloqueada (i) publico_18.05.17Ee juventude bloqueada (i) publico_18.05.17
Ee juventude bloqueada (i) publico_18.05.17Elisio Estanque
 
Passado e futuro do trabalho (II)
Passado e futuro do trabalho (II)Passado e futuro do trabalho (II)
Passado e futuro do trabalho (II)Elisio Estanque
 
Passado e futuro do trabalho (I)
Passado e futuro do trabalho (I)Passado e futuro do trabalho (I)
Passado e futuro do trabalho (I)Elisio Estanque
 
Os 'lambe cus', público_27.10.2016
Os 'lambe cus', público_27.10.2016Os 'lambe cus', público_27.10.2016
Os 'lambe cus', público_27.10.2016Elisio Estanque
 
Ee_publico_entrevista-1
  Ee_publico_entrevista-1  Ee_publico_entrevista-1
Ee_publico_entrevista-1Elisio Estanque
 
Praxe vs comandos_publico_2016.09.20
  Praxe vs comandos_publico_2016.09.20  Praxe vs comandos_publico_2016.09.20
Praxe vs comandos_publico_2016.09.20Elisio Estanque
 
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016Elisio Estanque
 
Des globalização do trabalho ee
Des globalização do trabalho eeDes globalização do trabalho ee
Des globalização do trabalho eeElisio Estanque
 
Alentejo ee público_11.03.2016
Alentejo ee público_11.03.2016Alentejo ee público_11.03.2016
Alentejo ee público_11.03.2016Elisio Estanque
 
03_english_rccs annual review_e_estanque_rev2
  03_english_rccs annual review_e_estanque_rev2  03_english_rccs annual review_e_estanque_rev2
03_english_rccs annual review_e_estanque_rev2Elisio Estanque
 
(Des)globalização do trabalho publico 2016.07.14
(Des)globalização do trabalho publico 2016.07.14(Des)globalização do trabalho publico 2016.07.14
(Des)globalização do trabalho publico 2016.07.14Elisio Estanque
 
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016Elisio Estanque
 
Alentejo ee público_11.03.2016
Alentejo ee público_11.03.2016Alentejo ee público_11.03.2016
Alentejo ee público_11.03.2016Elisio Estanque
 
Uma critica construtiva ao sindicalismo
Uma critica construtiva ao sindicalismoUma critica construtiva ao sindicalismo
Uma critica construtiva ao sindicalismoElisio Estanque
 
Rebeliao de classe media_precariedade de movimentos sociais
Rebeliao de classe media_precariedade de movimentos sociaisRebeliao de classe media_precariedade de movimentos sociais
Rebeliao de classe media_precariedade de movimentos sociaisElisio Estanque
 

Mehr von Elisio Estanque (20)

O outro lado da revol (ii) publico20180215
O outro lado da revol (ii) publico20180215O outro lado da revol (ii) publico20180215
O outro lado da revol (ii) publico20180215
 
O outro lado da reovol (i) publico 20180214
O outro lado da reovol (i) publico 20180214O outro lado da reovol (i) publico 20180214
O outro lado da reovol (i) publico 20180214
 
Uma 'geringonça' para o Brasil?
Uma 'geringonça' para o Brasil?Uma 'geringonça' para o Brasil?
Uma 'geringonça' para o Brasil?
 
Entre o populismo e o euroceticismo
Entre o populismo e o euroceticismo Entre o populismo e o euroceticismo
Entre o populismo e o euroceticismo
 
Ee juventude bloqueada (ii) publico_2017.05
Ee juventude bloqueada (ii) publico_2017.05Ee juventude bloqueada (ii) publico_2017.05
Ee juventude bloqueada (ii) publico_2017.05
 
Ee juventude bloqueada (i) publico_18.05.17
Ee juventude bloqueada (i) publico_18.05.17Ee juventude bloqueada (i) publico_18.05.17
Ee juventude bloqueada (i) publico_18.05.17
 
Passado e futuro do trabalho (II)
Passado e futuro do trabalho (II)Passado e futuro do trabalho (II)
Passado e futuro do trabalho (II)
 
Passado e futuro do trabalho (I)
Passado e futuro do trabalho (I)Passado e futuro do trabalho (I)
Passado e futuro do trabalho (I)
 
Os 'lambe cus', público_27.10.2016
Os 'lambe cus', público_27.10.2016Os 'lambe cus', público_27.10.2016
Os 'lambe cus', público_27.10.2016
 
Ee_publico_entrevista-1
  Ee_publico_entrevista-1  Ee_publico_entrevista-1
Ee_publico_entrevista-1
 
Praxe vs comandos_publico_2016.09.20
  Praxe vs comandos_publico_2016.09.20  Praxe vs comandos_publico_2016.09.20
Praxe vs comandos_publico_2016.09.20
 
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016
 
Des globalização do trabalho ee
Des globalização do trabalho eeDes globalização do trabalho ee
Des globalização do trabalho ee
 
Alentejo ee público_11.03.2016
Alentejo ee público_11.03.2016Alentejo ee público_11.03.2016
Alentejo ee público_11.03.2016
 
03_english_rccs annual review_e_estanque_rev2
  03_english_rccs annual review_e_estanque_rev2  03_english_rccs annual review_e_estanque_rev2
03_english_rccs annual review_e_estanque_rev2
 
(Des)globalização do trabalho publico 2016.07.14
(Des)globalização do trabalho publico 2016.07.14(Des)globalização do trabalho publico 2016.07.14
(Des)globalização do trabalho publico 2016.07.14
 
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016
Queima das fitas alcoolizada publico 14.05.2016
 
Alentejo ee público_11.03.2016
Alentejo ee público_11.03.2016Alentejo ee público_11.03.2016
Alentejo ee público_11.03.2016
 
Uma critica construtiva ao sindicalismo
Uma critica construtiva ao sindicalismoUma critica construtiva ao sindicalismo
Uma critica construtiva ao sindicalismo
 
Rebeliao de classe media_precariedade de movimentos sociais
Rebeliao de classe media_precariedade de movimentos sociaisRebeliao de classe media_precariedade de movimentos sociais
Rebeliao de classe media_precariedade de movimentos sociais
 

Facebook concertação social, caciquismo, partidos...

  • 1. Facebook _ Debates recentes_ a propósito de caciquismo e da (des)concertação social (17-18 de jan. de 2012)  Elisio Estanque (DES)Concertação: O nervosismo do Dr João Proença, ao lado de Passos Coelho (talvez depois de um pesadelo onde lhe apareceu Angela Merkel toda desgrenhada, a descer de uma vassoura e a tentar abraçá-lo...) deixou cair a caneta e apagou-se a luz... Realmente, o guião já está escrito (já se sabe por quem) e a escuridão é o que nos espera durante um futuro longo, demasiado longo. A UGT tornou-se a metáfora do país: uma concertação a fingir, um programa já escrito e uma asfixiante falta de luz ao fundo túnel... Gosto · · Partilhar · há 6 horas o o João Carlos Rodrigues Branco, Gil Ferreira, João Francisco e 11 outras pessoas gostam disto. o  Óscar Lourenço Falta de luz ao fundo do túnel? Eu diria que há uma luz muito brilhante ao fundo do túnel, e vem a grande velocidade! há 6 horas · Gosto · 1  João Carlos Rodrigues Branco e um amen a acordos que já estão preparados de antecedência à sua apresentação a órgãos de discussão social. arriscar-me ia a dizer o que um amigo meu me disse: joão proença, comido de cebolada. concertação social? mais me parece o movimento dos alinhados. há 29 minutos · Gosto   Elisio Estanque
  • 2. A minha luta é para que: em vez de "caciquismo" haja mais ideias; em vez de manipulação mais debate aberto; em vez de resignação, mais busca de informação; em vez de medo ou idolatria, mais questionamento e ousadia; em vez de ambição ou desejo de protagonismo pessoal, mais aposta no bem-estar da comunidade; em vez de consumismo/ alienação, mais solidariedade; em vez de tecnocracia, mais reflexão política; em vez de ignorância, mais conhecimento; em vez de populismo mais democracia. E se estes princípios estivessem presentes no seio das associações, das "jotas", dos partidos e das instituições; e se nas estruturas organizadas (todas elas) houvesse uma genuina vontade de as voltar para fora, para irem ao encontro das comunidades e da sociedade mais geral, certamentente que teriamos uma juventude mais consciente, mais informada e politicamente activa; e, portanto, em melhores condições de lutar por uma sociedade (Portugal e Europa) e um mundo melhores, mais coesos e mais solidários. Não se trata de procurar o "culpado", mas apenas de aprender com os erros e a experiência colectiva (e histórica). O mercantilismo e o neoliberalismo conduziram-nos a isto e a social-democracia, infelizmente, esqueceu o seu velho legado, não se actualizou e não tem sido capaz de romper com esse paradigma. Duvido que os actuais partidos consigam (ou queiram) dar a volta a isto. Tenho a profunda convicção de que jamais o farão sem uma rebelião de massas mais generalizada e ideologicamente informada. Espero, portanto, que, apesar de tudo, a juventude actual -- organizada -- saiba "virar a agulha" e afastar-se do carreirismo que a vem aliciando; e que a juventude não organizada que comece a organizar-se e a mostrar o seu potencial criativo e de irreverência. (um dias destes vou escrever sobre lideranças e renovação das elites...). Gosto · · Partilhar · há 22 horas o 6 partilhas o  António Viriato Caro Elísio : Rebelião de massas, com ou sem ideologia a esclarecê-la é coisa pouco provável, hoje como ontem. Mais depressa acreditaria numa acção concertada de elites verdadeiras, no saber, na competência técnica, na ética e no carácter, capazes de suscitar o apoio dessas mesmas massas. Mas primeiro haveria que encontrá-las, a essas elites, ou formá-las e esperar que o seu comportamento criasse adeptos, para depois aspirar à mudança. Isto exige tempo e paciência, coisas que vão escasseando... Perigosamente, diria. Um abraço. há 17 horas · Gosto  Marcelo Nuno Gonçalves Pereira Subscrevo inteiramente até à parte em que parece que a democracia se faz na rua! Os partidos políticos são essenciais à democracias, porque é neles que esta assenta. A participação cívica dos cidadãos é fundamental, incluindo a que se expressa “na rua”. Mas a democracia não pode
  • 3. assentar nos movimentos de rua, sob pena de a substituirmos pela anarquia. O caminho só pode ser o da requalificação dos partidos, abrindo-os à participação dos cidadãos sob as mais diversas formas. Fazer com que, como diz no seu post, se preocupem mais com o que se passa à sua volta e que tenham capacidade para liderar uma sociedade cada vez mais perdida no turbilhão de acontecimentos que a estão a mudar de forma tão profunda e “inesperada”. O repensar do papel dos partidos e das suas lideranças é uma das principais preocupações que temos que trazer para dentro dos partidos e que, no caso do PSD, dão razão de ser à moção que, em Coimbra, estamos a preparar. É o mote de um conjunto de conversas/conferências/debates que estamos a organizar com personalidades nem sempre “alinhadas” com os partidos e, em especial, com o meu, mas que nos ajudam a pensar melhor a mudança do “paradigma social” e, sobretudo, o nosso papel nesse contexto. Em todo o caso, reafirmo: importa requalificar os partidos, melhorá-los na sua forma de proceder, de pensar, de actuar em função do interesse colectivo. Não abandoná-los à sua sorte e à crescente desqualificação dos seus “activos” e da sua intervenção cívica. há 8 horas · Gosto · 2  Elisio Estanque António: o problema é que as elites não caem do céu. o que tu chamas elites eu chamo intelectuais; porque são sobretudo estes que, se estiverem atentos aos processos de mudança (que se constroem a partir do descontentamento e do protesto) e neles intervierem activamente, poderão colher aí a inspiração para traçar os caminhos da mudança numa perspectiva progressista. Porém, a transformação social e cultural, ou seja, das mentalidades, dos valores e dos comportamentos, não se desenha na paz dos deuses de um qualquer gabinete, para depois se apresentar ao povo. Também não defendo que a solução seja "a rua" em si mesma. Simplesmente acredito que sem rebelião e indignação (a noção de «massas» já não tem o mesmo sentido de há 4 décadas...) não haverá pensamento novo, ou seja, renovação das elites. Precisamos de novas elites, sim. Mas para serem «novas» terão, primeiro, de ocorrer rupturas sociais. E estas não serão certamente promovidas pelas actuais elites, já que, a sua visão raramente sai dos parâmetros do seu próprio «elitismo». Sempre foi assim na história: é o descontentamento e as revoluções (ou as reformas) que obrigam à mudança. E as revoluções surgem quando as instituições reformistas (inclusive os partidos) deixam de ser capazes de cumprir esse papel, prisioneiros de interesses e oligarquias instaladas. Por isso, a pressão para a mudança só pode vir da RUA!! (protestos, petições, debate público, abaixo-assinados, manifestações, denuncias das ilegalidades, democracia participativa, projectos alternativos, etc., etc., é isto que chamo «rua»). há 7 horas · Gosto
  • 4. Elisio Estanque Resposta ao Marcelo Nuno (comentário seu em baixo, onde argumenta em favor dos partidos, da sua renovação e abertura, referindo os debates que estão a preparar no PSD): Caro Marcelo, dou-lhe inteira razão no que se refere à defesa dos partidos em democracia. No abstrato isso é inegável e qualquer democrata o subscreve. Também concordo consigo quanto à necessidade de mais debate interno e mais abertura à sociedade. Mas estou convencido que os vícios instalados são já demasiado poderosos para que isso tenha consequências significativas. Vejamos: Como escrevi em comentário anterior (em resposta ao António), não defendo que "a rua" seja uma solução em si mesma. O problema é que eu, pessoalmente, depois de algum beneficio da dúvida, durante anos, que dei aos partidos..., deixei de acreditar que eles estejam dispostos ou sejam capazes de proceder às reformas que o Marcelo refere e que eu subscrevo. Também concordo, naturalmente, com o papel decisivo que os partidos ocupam numa democracia. Não quero substituir os partidos por uma qualquer "união nacional". Mas se os atuais partidos não forem capazes de se abrir à sociedade e de mudarem as suas PRÁTICAS (porque o discurso é sempre muito bonito, claro, mas não bastam as intenções), serão eles próprios -- e não quem avisa e critica o carreirismo, o caciquismo e o oportunismo reinantes -- que objetivamente estão a criar as condições para matar a democracia. A democracia participativa deve ser, portanto, um «complemento» importante para revitalizar a democracia representativa. Isto parece uma coisa simples, e tem sido um principio facilmente aceite, nas palavras, por muitos dirigentes partidários (e até repetido há décadas), mas que não tem tido nenhuma tradução concreta na vida interna dos partidos (em especial dos dois grandes). O que acontece é exatamente o oposto: o aumento do manobrismo, da fraude, do tráfico de influencias e dos negócios ilegitimos à custa do eleitor... E, como toda a gente sabe, para que as agendas e intenções de mudança tenham realmente efeito prático é preciso que haja coerência entre as palavras e os atos. E isso não é nada fácil, como se vê... Gosto · · Partilhar · há 6 horas   José Pinto Correia, Marcelo Nuno Gonçalves Pereira, Miguel Cardina e 6 outras pessoas gostam disto.  1 partilha