PNAIC 2015 - Texto 02 A criança no ciclo de alfabetização
1. A CRIANÇA NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO:
LUDICIDADE NOS ESPAÇOS/TEMPOS ESCOLARES
Kellen Cristina Costa Alves Bernardelli
2. Objetivos
• Compreender a importância do lúdico desenvolvimento
da criança e no seu processo educativo.
• Reconhecer a ludicidade como ação necessária à
fruição infantil.
• Reforçar a importância da formação lúdica do professor.
• Reconhecer espaços escolares como espaços lúdicos
por excelência.
3. Lúdico = ludus (brincadeira, jogo,divertimento)
Friedmann (1992,p.12)
Brincadeira refere-se à ação de brincar,
comportamento espontâneo que
resulta numa atividade não estruturada.
O jogo é uma brincadeira que envolve
regras.
O brinquedo designa o sentido do objeto
de brincar, atividade lúdica de forma
mais ampla.
Huizinga(2007,p.33-34)
Atividade lúdica é uma atividade
de entretenimento que dá prazer,
induz à motivação e à diversão.
Jogo é uma atividade exercida dentro
de certos limites de tempo e de espaço,
com regras livremente consentidas,
mas obrigatórias, dotado de um fim em
si mesmo, acompanhando de um
sentimento de tensão e alegria e de
uma consciência diferente da vida
quotidiana.
4. O lúdico promove o desenvolvimento
nas seguintes áreas
Físico
CognitivoSocial
AUTONOMIA
5. No campo didático, a brincadeira possibilita:
- aprender conceitos atitudes e desenvolver
habilidades diversas;
- interagir aspectos cognitivos, sociais e físicos;
- motiva as crianças para se envolverem nas atividades;
- desperta o interesse delas pelos conteúdos
curriculares.
6. A ludicidade é um recurso facilitador para uma
educação inclusiva.
• O lúdico é um facilitador
da aprendizagem.
• Temos que garantir às
crianças o direito de
brincar.
8. Docência e ludicidade (ANDRADE, 2008)
O brincar não tem poderes mágicos. Ao vivenciar o lúdico, o professor
também se beneficiará no âmbito social.
É necessário inserir o lúdico nos cursos de formação, para ampliar o
repertório de brinquedos e brincadeiras na vida do professor.
Cursos de formação desconsideram a experiência cultural dos adultos
acreditando que o professor foi um brincante somente na infância.
O lúdico é o espaço de estar com as crianças e também com
os adultos.
Quando um professor inicia um trabalho com propostas
lúdicas, ele também deve brincar.
11. Sobre a infância...
• Para Corsino (2008), a noção de infância não é
categoria natural, mas sim histórica e cultural.
• Borba(2006) apresenta orientações para a
inclusão de crianças de seis anos no 1º Ano
do Ensino Fundamental e constata que elas
reproduzem e recriam, encarnam
possibilidades da experiência humana.
12. Diferentes percepções sobre a brincadeira
No ocidente: é considerada oposição ao trabalho, à
produtividade e ao lucro. É desvalorizada em relação a
outras atividades.
Para a psicologia, é considerada uma atividade humana
criadora, na qual a imaginação e a realidade interagem na
produção de novas possibilidades de ação.
As teorias não convenceram os professores que as
brincadeiras são espaços de aprendizagem.
13. organizar rotinas;
criar espaços de jogos e brincadeiras,
compartilhando-os;
colocar-se à disposição das crianças;
observar as brincadeiras das crianças;
perceber alianças e amizades no ato da brincadeira;
estabelecer pontes e centrar a ação pedagógica no
diálogo.
A brincadeira requer comunicações
específicas e ações planejadas (BORBA, 2006):
14. A ludicidade nos espaços e tempos escolares
“A preocupação com a
apropriação do SEA, a
leitura e produção de
textos no Ciclo da
Alfabetização, pode levar
ao esquecimento de que
os alunos precisam de
alguns estímulos para que
se envolvam efetivamente
com o que a escola
selecionou para eles e
assim se desenvolvam
intelectualmente” (BRASIL
2012b, p.06)
15. É necessário:
fazer uso dos espaços escolares educativos além da
sala de aula;
estimular o uso dos acervo de materiais pedagógicos,
jogos e livros que a escola possui;
elaborar jogos para desenvolver o currículo de maneira
significativa para a criança;
dar visibilidade (identidade) ao trabalho desenvolvido
na brinquedoteca, considerando-a como um espaço de
produção e fruição de cultura;
conceber o pátio como espaço de produção cultural
espontâneo e despertar o olhar sensível do professor
para esses momentos lúdicos que auxiliam sua ação
pedagógica.
16. A brincadeira, o brinquedo, o jogo, os materiais pedagógicos e os
livros de literatura carregam um saber em potencial. Portanto, o
docente desempenha papel fundamental mediando as situações
que envolvem esses elementos para sistematização dos
conhecimentos. A forma como trabalhará é que denotará o
desenvolvimento cognitivo sociorrelacional da criança. É nesse
processo que ocorre a aprendizagem que se dá por construção do
sujeito na interação com o outro e com o conhecimento
(KISHIMOTO,2008)