1. O documento descreve o período entre o Velho e o Novo Testamento, marcado por mudanças políticas, culturais e religiosas.
2. Durante esse período, os judeus estavam sob domínio de diferentes impérios como os persas, gregos e romanos.
3. Surgiram novas instituições e seitas religiosas como a sinagoga, o Sinédrio, fariseus, saduceus e essênios, que influenciaram o cenário do Novo Testamento.
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Uma breve introdução ao período inter-bíblico
1. INTRODUÇÃO AO NT
• Um estudo adequado da Bíblia não pode ser feito sem uma
consciência aguda das diferenças nas atitudes e estruturas
políticas, culturais e religiosas que existem entre o Velho e
o Novo Testamentos. Suporse-ia, logicamente, um certo
desenvolvimento durante os 400 anos que decorreram
entre os dois livros; mas as várias mudanças observáveis
devem ser explicadas. É necessário, portanto, voltar-se, na
história, até o tempo entre os dois Testamentos, a fim de
se apreciar mais completamente a situação pressuposta no
Novo Testamento.
2. Algumas coisas que são aceitas como verdadeiras, no Novo Testamento,
para as quais é necessária uma explicação, são as seguintes:
1. A situação política (domínio romano, as divisões da Palestina).
2. A dispersão judaica (judeus em cada cidade principal do Império
Romano).
3. Uma sociedade urbana.
4. A língua (grego e aramaico; hebraico limitado aos eruditos).
5. Exclusivismo judaico.
6. Ênfase sobre a Tora.
7. O sinédrio.
8. A sinagoga e a escola.
9. Seitas religioso-políticas (saduceus, fariseus, essênios, escribas, zelotes,
herodianos, zadoqueus).
10. Literatura extra-canônica (apócrifos e pseudo-epígrafos).
11. Tradição oral,etc.
3. A abordagem a ser feita, neste estudo do fundo histórico, será
ao longo de três linhas: a história política, as instituições e as
seitas religiosas, e a literatura do período.
HISTÓRIA
O Velho Testamento encerra-se com os filhos de Israel
sob a dominação dos persas. No Novo Testamento, a Palestina
é subserviente aos romanos. A história política que denota esta
mudança incide em quatro partes: O PERÍODO PERSA, o
PERÍODO GREGO, o PERÍODO MACABEU ou hasmoneu (o
período da independência) e o PERÍODO ROMANO.
9. INFORMAÇÕES SOBRE O PERÍODO
INTER-BÍBLICO
• Nenhum estudo do Novo Testamento pode ser completo sem que se tome em
consideração os acontecimentos dos 400 anos que se passaram entre a
profecia de Malaquias e o nascimento do Senhor Jesus.
• Esse período, também é chamado de período Inter-bíblico ou de período
silencioso, é na verdade um período de grande ATUAÇÃO DO NOSSO DEUS NA
HISTÓRIA.
• Deus estava preparando tudo, para que vindo a plenitude do tempo Gl
4.4,5.
12. 1-PERÍODO PERSA 430 a 331 a. C.
• Os persas dominaram o mundo desde 536 até 331 a. C. Ao contrario do que
fizeram os assírios e babilônios, que retiravam os povos conquistados de sua
terra espalhando-os por regiões do império, os persas procuravam repatriar
estes povos.
• Foi assim que Ciro permitiu aos judeus que voltassem para Jerusalém e
reconstruíssem o Templo ( 2 Cr 36.22,23; Ed 1.1-4). Com isso cumpriu-se a
profecia de Isaías 44, 28; 45.1,13 proclamada 150 anos antes.
• Durante todo este período foi permitido aos judeus observar as ordenanças
religiosas sem INTERFERÊNCIAS.
16. 1- PERÍODO PERSA
• Governo da Judéia era exercido pelo sumo sacerdote que prestava conta ao
governo persa. Havia bastante liberdade e autonomia. Por outro lado o cargo
de sumo sacerdote passou a ser político, o que posteriormente gerou muitos
problemas. As lutas para ocupa-lo eram marcadas por inveja, intriga e até
assassinato.
• A Pérsia e o Egito, nessa época passaram a envolver-se em conflitos
constantes, e como a Judéia estava geograficamente situada entre esses dois
impérios, não teve como se eximir de envolvimento. Foi assim que, durante o
reinado de Artaxerxes III, muitos judeus se engajaram numa rebelião contra
os seus dominadores persa, tendo sido deportados(novamente), para
Babilônia ou para as margens do Mar Cáspio.
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18. 2- O PERÍODO GREGO 331 a 167 a. C.
• Até a segunda metade do IV século a.C. os grandes impérios tinham suas
bases na Ásia ou na África.
• Em 333 a.C. Alexandre da Macedônia, discípulo de Aristóteles
completamente convencido que a cultura grega era a força que iria unificar
o mundo, derrotou os exércitos persas estacionados na Ásia Menor.
• Sua Meta era implantar a cultura helênica, levando o mundo conhecido a
experimentar uma globalização. Em cada país conquistado, determinava a
construção de uma cidade, que deveria servir de modelo para as demais.
Eram construídos bons prédios,
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20. 2 – O PERÍODO GREGO 331 a 167 a.C.
• Eram construídos bons prédios públicos, um ginásio(para os jogos), um
teatro, etc.
• As pessoas eram estimuladas a adotarem nomes gregos, vestir-se como os
gregos e falar a língua grega. Aos poucos se ia estabelecendo uma língua
mundialmente falada.
• Alexandre tornou-se amigo dos judeus, preservou a cidade de Jerusalém,
permitiu-lhes observar as sua próprias leis e lhes ofereceu facilidades para
se fixarem em Alexandria(construída por ele no Egito em 331.
• Se a idolatria foi a pedra de tropeço no período pré-exílico, a cultura
helênica o foi neste período.
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23. 2-PERÍODO GREGO 331 a 167 a.C.
• Alexandre morreu em 323 a.C. aos 33 anos de idade, na Babilônia. Depois de
vinte anos de lutas incertezas, seus generais ividiram o império em cinco
regiões, mantendo porém a mesma conduta de helenização dos povos.
• A) Lisímaco recebeu a Trácia e a Asia Menor;
• B)Cassandro a Macedônia e a Grécia;
• C)Ptolomeu recebeu o Egito e o norte da África;
• D)Seleuco a Síria e vasta região a leste desta;
• E)Antigo Monoftalmos Judéia e Ásia, depois Ptolomeu I
26. 2.1 – SUB-PERÍDO GREGO: OS PTOLOMEUS
• Os judeus viveram em Paz. Os que moravam no Egito construíram sinagogas.
Alexandria foi definida por Ptolomeu I com capital e tornou-se um centro
influente do judaísmo.
• Na época de Ptolomeu II(Filadlefo) 285 a.C. os judeus traduziram para o
grego o V.T. essa tradução ficou conhecida como a Septuaginta.
• Os sumos sacerdotes continuaram governando a terra como no Período
Persa.
• O grande personagem dessa época: o Sumo Sacerdote Simão, o Justo.
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28. 2.2 SUB-PERÍODO GREGO: OS
SELÊUCIDAS
• Os governadores Sírios são chamados Selêucidas, porque o seu reino
coube a Selêuco. Antioco III o Grande conquistou a Palestina em 198 a.C.
ao vencer Ptolomeu IV na batalha de Panéias.
• Inicialmente os selêucidas permitiram que o Sumo sacerdote continuasse
governando os judeus, de acordo com as leis deles.
• Porém surgiram conflitos entre o partido helenista e os judeus ortodoxo,
o que levou Antíoco IV a nomear um homem que mudou o seu nome de
Josué para Jason.
• Antíoco assumiu uma postura violenta, em 167 a.C. levou consigo o altar
e o candelabro de ouro, e profanou o templo. Construiu um altar ao deus
Zeus, etc.Gerou a revolta dos Macabeus.
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31. 3- PERÍODO MACABEU – 167 A 63 a.C.
• Não demorou muito para que os judeus oprimidos
pelos Selêucidas encontrassem um líder para
defender a sua causa.
• Certo emissário de Antíoco Epifânio
• Judas Macabeu encampou a autoridade sacerdotal
e civil.
34. PERÍODO ROMANO
• 4.1 – Governo Estável
• 4.2-BOAS ESTRADAS E ROTAS MARÍTIMAS
• 4.3-UMA LÍNGUA UNIVERSAL
• 4.4- GRANDE CORRUPÇÃO MORAL
• 4.5 – CONFUSÃO ESPIRITUAL
36. 1- SINAGOGA
• 1. SINAGOGA. Diz a tradição que, tendo perdido a Pátria e o Templo quando da
invasão babilônica, não tendo mais nem rei nem Estado nacional, deportados
para a Babilônia, exilados no Egito (grupo que foi com Jeremias, o profeta), ou
dispersos entre estrangeiros, os judeus passaram a ter sua religião como único
traço de união entre si e, com vistas a manter essa união, foram organizadas as
sinagogas. Estas, portanto, teriam surgido durante o Exílio Babilônico (ou seja,
antes do Período Inter-Bíblico). (Tornou-se costume entre os judeus que onde
quer que houvesse dez famílias judias, estas deveriam unir-se e fundar uma
sinagoga!). Assim, após a destruição do Templo, em 587 a.C., os locais de reunião
para oração e estudo da Escritura se tornaram o centro da vida dos judeus. (Essas
reuniões aconteciam, anteriormente, nos lares - Ez 8.1; 20.1-3). Quando possível,
as sinagogas eram construídas com a face voltada para Jerusalém, no local mais
alto da cidade, e perto da água (usada em certas cerimônias).
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38. 2-SINÉDRIO
• 2. SINÉDRIO (transcrição de uma palavra grega que significa “assembléia”). Era
a suprema corte dos judeus. É de origem incerta. A primeira referência
documentada, vem do Período dos Selêucidas. Só podiam fazer parte dele
judeus de nascimento. Seus 71 membros exerciam mandato vitalício. Era
presidido pelo sumo sacerdote, que, nos dias de Jesus, era nomeado pelo
governador romano. A jurisdição do Sinédrio limitava-se à Judéia. Dava a
palavra final nos assuntos de interpretação da Lei. Tomava decisões em
questões criminais, sujeitando-as à aprovação do governo romano. O Senhor
Jesus foi levado perante o Sinédrio (Mc 14. 53-55), assim como também os
apóstolos (At 4.15-18; 22.30).
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41. 3-OS FARISEUS
• Nas tentativas de responder a problemas levantados por religiões intrusas,
muitas idéias dormentes no Velho Testamento foram desenvolvidas e
aumentadas. Entre essas doutrinas desenvolvidas durante esses 400 anos
estão a ressurreição dos mortos, os demônios, os anjos e a esperança
messiânica.
• Eles também colocavam uma forte ênfase sobre a providência divina nos
assuntos do homem.
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45. 4-OS SADUCEUS
• Pode ter vindo da palavra hebraica "zoddikim", que significa "os justos".
Os saduceus gabavam-se de sua fidelidade à letra da lei mosaica, em
contradição à tradição oral. Este era o partido da aristocracia e dos
sacerdotes abastados.
• Eles controlavam o sinédrio e qualquer resquício de poder político que
restava.
• Teologicamente conservadores (diziam),limitavam o cânon à Torah ou
Pentateuco. Rejeitavam as doutrinas da ressurreição, demônios, anjos,
espíritos, e advogavam a vontade livre, em lugar da providência divina.
Este grupo não sobreviveu à Guerra Judaico-Romana de 66-70.
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50. 5-OS ESCRIBAS
• . OS ESCRIBAS. Estritamente falando, estes judeus não constituíam um
partido político, mas eram membros de uma “corporação de profissionais”.
Eram, antes de mais nada, os copistas da Lei. Inicialmente, os escribas
eram sacerdotes (Esdras foi sacerdote e escriba). Considerados autoridades
quanto às Escrituras Sagradas, exerciam função de ensino. Sua linha de
pensamento era semelhante à dos fariseus, com quem aparecem associados
freqüentemente nas páginas do Novo Testamento. O valor do seu trabalho
está na preservação dos escritos divinos, bem como na defesa dos
princípios da Lei. Por outro lado, quando passaram a defender a lei oral*,
passaram a valorizá-la mais do que a escrita (tal como o faziam os fariseus).
Não são mencionados no Quarto Evangelho.
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54. 6-OS ZELOTES
• Os zelotes representavam o desenvolvimento na extrema esquerda
entre os fariseus. Estavam interessados na independência da nação e sua
autonomia, ao ponto de negligenciarem toda outra preocupação.
Segundo Josefo, o fundador foi Judas de Gamala, que iniciou a revolta
sobre o censo da taxação, em 6 d.C. Seu alvo era sacudir o jugo
romano e anunciar o reino messiânico. Eles precipitaram a revolta em
66 d.C, que levou à destruição de Jerusalém em 70. Simão, o zelote, foi
um dos apóstolos.
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57. 7-OS ESSÊNIOS
*Estes representavam o desenvolvimento na extrema direita entre os
fariseus.
*Sendo o elemento mais conservador dos fariseus, eles enfatizavam a
observação minuciosa da lei. Formavam uma comunidade ascética ao redor
do Mar Morto, e viviam uma vida rigidamente devota. *A partir dos
documentos de Qumram, parece que eles aguardavam um messias que
iria combinar as linhagens real e sacerdotal, numa estrutura
escatológica. Este grupo não é mencionado em o Novo Testamento.
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61. 8-OS HERODIANOS
• Os saduceus da extrema esquerda eram conhecidos como os
herodianos. Tirando o nome da família de Herodes, eles baseavam suas
esperanças nacionais nessa família e olhavam para ela com respeito ao
cumprimento das profecias acerca do Messias. Eles surgiram em 6 d.C,
quando Arquelau, filho de Herodes, o Grande, foi deposto, e Augusto
César enviou um procurador, Copônico. Os judeus que favoreciam a
dinastia herodiana eram chamados "herodianos". Este grupo é
mencionado em Mateus 22:16 e Marcos 3:6; 12:13.
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63. 9-OS SAMARITANOS
• OS SAMARITANOS. Descendentes da união de colonos trazidos
para a Palestina por Sargão, com judeus pobres que
permaneceram após a queda do Reino do Norte. [A Samaria era
parte da região que constituía o Reino do Norte, também chamado
de Israel, após a divisão da nação, nos dias de Roboão, e que foi
tomado pelos assírios em 722 a.C.]. Por algum tempo, cultuaram
num templo erguido no Monte Gerizim, baseando sua religião numa
tradução própria do Pentateuco (2 Rs 17). Os samaritanos eram
monoteístas, observavam a Lei, guardavam as festas judaicas, e
esperavam um Messias. Os judeus não se davam com os
samaritanos (Ne 4.1,2; Jo 4.8).
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66. III-PEQUENA CRONOLOGIA DO PERÍODO
INTER-BÍBLICO
Ano (a.C.) Acontecimento
430 Os persas já estão dominando
399 Morre Sócrates
384 Nasce Aristóteles
356 Nasce Alexandre, o Grande
347 Morre Platão
334 a 323 Alexandre realiza suas conquistas
323 Morre Alexandre
306 O reino de Alexandre é dividido
301 Inicia-se o Período dos Ptolomeus
285 Inicia-se a tradução da Septuaginta
198 Os Selêucidas começam a controlar a Palestina
175 Grande perseguição de Epifâneo
168/7 Dá-se a profanação do Templo, por Epifâneo
167 Matatias e seus filhos se rebelam contra Epifânio
164 Os Macabeus conquistam Jerusalém
63 Pompeu toma Jerusalém
40 Antipas é apontado rei dos judeus
37 Herodes, o Grande, é apontado rei da Judéia
17 Herodes, o Grande, começa a reconstrução do Templo
4 Nascimento do SENHOR JESUS CRISTO
67. IV-PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PENSAMENTO
JUDAICO NOS DIAS DO SENHOR JESUS
• É importante destacar, ainda, alguns dos princípios básicos que norteavam – ou
fundamentavam – o pensamento do povo judeu (de modo geral) nos dias do Senhor
Jesus:
•
• 1. convicção absoluta de que há um só Deus;
•
• 2. convicção absoluta de que esse Deus, que é único, os escolhera para ser o Seu
povo particular;
•
• 3. super-valorização da “pureza ritual” (o que comer, como comer, lavar-se,
circuncisão, guarda do sábado, etc). Para o judeu daqueles dias, idéias e convicções
teológicas não eram tão importantes quanto uma vida de obediência aos padrões de
pureza ritual;
•
68. IV-PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PENSAMENTO
JUDAICO NOS DIAS DO SENHOR JESUS
• 4. convicção absoluta de que Deus lhes dera aquela terra – a Palestina –
e essa terra deveria lhes pertencer para sempre. E Jerusalém era o único
lugar onde se poderia adorar ao SENHOR de modo aceitável. Cabia,
portanto, a eles, os judeus, a responsabilidade de, como único povo
escolhido de Deus, defender a Terra Santa;
•
• 5. esperança generalizada de que Deus enviaria um Escolhido – o
MESSIAS – que viria libertar o Seu povo (também escolhido) das garras do
domínio estrangeiro, estabelecendo a paz universal e mantendo
Jerusalém como centro da verdadeira adoração.
69. V-OITO RAZÕES PELAS QUAIS OS LÍDERES
JUDEUS SE OPUSERAM AO SENHOR JESUS
• Finalizando esta parte introdutória, gostaria de apresentar oito possíveis razões que
elucidam o antagonismo dos líderes judeus para com o Senhor Jesus:
•
• 01. Inveja . Ele era aceito prontamente pelas pessoas, e multidões chegavam a viajar
para ouvi-Lo!
• 02. Seu comportamento social antipreconceituoso. Ele Se associava a pessoas
erradas (samaritanos, publicanos, pecadores).
• 03. Suas atitudes “fora do padrão”. Ele simplificava a Lei e rejeitava regras humanas
de interpretação.
• 04. Por não ter recebido uma educação formal. Ele não tinha credenciais humanas
que Lhe conferissem autoridade em assuntos religiosos.
• 05. Seu poder. Ele fazia sinais e maravilhas que eram inquestionáveis, e ninguém
conseguia imitar!
70. V-OITO RAZÕES PELAS QUAIS OS LÍDERES
JUDEUS SE OPUSERAM AO SENHOR JESUS
• 06. O embaraço que lhes causava. Ele vencia debates, citando as Escrituras
com absoluta maestria, e os expunha ao ridículo de sua própria condição. Ele Se
apresentava como o Messias, e não havia como refutá-Lo!
• 07. Sua autoridade. Os rabinos daqueles dias tinham o hábito de citarem-se
uns aos outros, ou de citarem ensinamentos rabínicos do passado. O Senhor
Jesus jamais fez isso! Ele sempre falava com base nas Escrituras, -
reconhecendo que a autoridade delas era final e não estava aberta a discussão –
ou com base na Sua própria autoridade inerente, iniciando suas falas com
expressões do tipo Em verdade, em verdade vos digo, consciente de que o
que dizia tinha a aprovação do Pai. No geral, as pessoas percebiam isso, e
testemunhavam dizendo: “Jamais alguém falou como este homem” (Jo 7.46).
• 08. A maneira como Ele tratava o pecado. Mostrava que a justiça de Deus só
pode ser aplicada a corações arrependidos, e não a corações satisfeitos consigo
mesmos, que se baseavam em sua religiosidade e auto-justiça.
71. VI-UM POUCO DA GEOGRAFIA DA
PALESTINA
• A extensão do território da Palestina, se compararmos com a do imenso território
brasileiro, é insignificante: mede cerca de 80 km em sua largura máxima (sentido
oeste-leste) por 240 km de comprimento (sentido sul-norte). De acordo com suas
características, podemos dividi-lo em cinco regiões longitudinais a partir do
Mediterrâneo e indo em direção ao Jordão (sentido oeste-leste):
•
• 1. a planície costeira;
• 2. as campinas (também chamadas de Sefelá);
• 3. a cadeia central de montanhas;
• 4. o deserto;
• 5. o vale do Jordão (à leste do vale do Jordão fica a cadeia oriental de
montanhas).
•
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73. VI-UM POUCO DA GEOGRAFIA DA
PALESTINA
• É interessante notar que, apesar de tudo ser tão próximo, há mudanças mui profundas
entre uma região e outra, especialmente no que diz respeito ao clima. Assim, pode-se
encontrar neve num lugar, enquanto a alguns poucos quilômetros sente-se o sol brilhar com
toda a sua força e calor!
•
• Nos dias do Senhor Jesus esse território compreendia vários distritos administrativos,
governados todos eles pelos romanos. A oeste do Jordão havia três distritos:
•
• 1. ao norte, a GALILÉIA, em cuja planície de Genezaré (à beira do lago do mesmo nome)
havia abundante produção de frutas e legumes durante o ano todo;
• 2. no centro, a SAMARIA, região montanhosa onde eram criados grandes rebanhos de
cabras e ovelhas, e com planícies férteis onde se produzia frutas e grãos de toda espécie;
• 3. ao sul, a JUDÉIA, cujo lado ocidental (planície costeira e campinas) é também
extremamente fértil, contrastando com o lado oriental, formado especialmente pelo inóspito e
estéril deserto da Judéia. Era na Judéia que ficava situada Jerusalém*.
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85. VI-UM POUCO DA GEOGRAFIA DA PALESTINA
• Já a leste do Jordão, havia:
•
• 1. um conjunto de pequenos distritos governados por Herodes Filipe,
filho de Herodes, o Grande. Esses distritos eram: Batanéia, Traconites,
Auranites, Gaulanites e a região de Panéias, cidade reconstruída por
Herodes Filipe e que recebeu o nome de Cesaréia de Filipe (foi lá que o
Senhor Jesus ouviu a confissão de Pedro a respeito da Sua divindade – Mt
16.13-28);
• 2. a região extensa, formada por dez cidades gregas “quase” autônomas,
chamada DECÁPOLIS, muito conhecida na antiguidade pela produção de
derivados de leite. Foi lá que o Senhor Jesus libertou um endemoninhado
(Mc 5.1-20);
86. VI-UM POUCO DA GEOGRAFIA DA
PALESTINA
• 3. e a PERÉIA que, juntamente com a Galiléia, foi governada por
Herodes Antipas. Na maior parte, um grande deserto. Mesmo assim,
havia regiões férteis onde se cultivavam oliveiras, parreiras e palmeiras.
Segundo o historiador Josefo, João Batista foi aprisionado e morto lá, na
cidade fortificada de Maquero, onde Herodes Antipas tinha um dos seus
palácios.
•
• Quanto à hidrografia, vamos citar apenas o mais importante: ao norte,
o Mar da Galiléia; ao sul, o Mar Morto (o lugar natural de menor
altitude em todo o planeta – cerca de 400 metros abaixo do nível do
mar!); e o rio Jordão, que nasce nas montanhas ao norte, atravessa o
Mar da Galiléia, e vai desaguar na região sul, no Mar Morto