Este documento discute o capítulo 14 do Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec. Ele aborda os temas da piedade filial, família espiritual versus corporal e os deveres dos pais em educar os filhos. Também alerta sobre os perigos da ingratidão dos filhos e como as relações familiares podem ser afetadas por vínculos espirituais de vidas passadas.
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Honrar pai e mãe
1. CAPÍTULO XIV
EVANGELHO SEGUNDO
O ESPIRITISMO
EduardoOttonelli Pithan
Vagalumes – Novo Hamburgo
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Honrar Pai e Mãe!
2. Referências Bibliográficas
EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO, Allan Kardec, Cap. XIV.
LIVRO DOS ESPIRITOS, Allan Kardec, questões 203, 204, 208, 385, 582, 583 e 892
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4. Temas do capítulo
Piedade Filial
Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?
Parentesco Corporal e parentesco Espiritual
5. Leitura Evangelho
• Jesus disse para aqueles que O escutavam: "Vocês conhecem os
mandamentos: Não cometer adultério, não matar, não roubar, não
prestar falso testemunho, não fazer mal a ninguém, honrar o pai e a
mãe". (Marcos, 10:19, Lucas, 18:20, Mateus, 19: 18)
• 2 — Honrem o pai a mãe, afim de viverem muito tempo naTerra que
Deus dará a vocês. (Decálogo, Êxodo, 20:12.)
6. LEI MOISÉS– Dez mandamentos
1. NÃO terás outros deuses estrangeiros diante de mim. Não farás imagem talhada, nem figura
nenhuma de tudo o que está no Céu e na Terra, nem de tudo o que está nas águas e debaixo da
terra. Não os adorarás, nem lhes renderás cultos soberanos.
2. NÃO tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus.
3. Lembra-te de santificar o dia de sábado.
4. HONRA A TEU PAI E À TUA MÃE, A FIM DE VIVERES MUITO TEMPO NA TERRA QUE O
SENHOR TEU DEUS TE DARÁ.
5. NÃO matarás.
6. NÃO cometerás adultério.
7. NÃO roubarás.
8. NÃO prestarás falso testemunho contra o teu próximo.
9. NÃO desejarás a mulher de teu próximo.
10. NÃO desejarás a casa de teu próximo, nem seu servo, ou serva,
nem seu boi, seu asno, ou qualquer outra coisa que lhe pertença.
7. E.S.E. Piedade Filial
• O mandamento "honrar o pai e a mãe" é uma consequência da Lei da Caridade e de
Amor ao próximo, porque não se pode amar o próximo sem amar o pai e a mãe.
• O termo "honrar' encerra um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Deus quer
que ao amor que se deve ter pelos pais se junte o RESPEITO, a ATENÇÃO, a OBEDIÊNCIA
e a PACIÊNCIA.
• Assim, é preciso ser mais caridoso e atencioso para com os pais do que para com o
próximo em geral. Deve-se ter também o mesmo CARINHO e ATENÇÃO para com
aqueles que assumem o papel de pai e mãe.
• Honrar pai e mãe não é somente respeitá-los, é também ajudá-los em suas
necessidades. É proporcionar a eles o repouso na velhice, cercando-os de cuidados
como eles fizeram conosco na infância.
8. E.S.E. Piedade Filial - advertência
• Existem filhos que julgam estar cumprindo o mandamento "honrar pai e mãe" dando-lhes
apenas o necessário para que não morram de fome, ENQUANTO ELES não se privam de nada.
• Colocam seus pais nos piores cômodos da casa, só para não deixá-los na rua, reservando para si
o que há de melhor e mais confortável. Menos mal, quando não o fazem de má vontade,
obrigando os pais a fazerem os trabalhos domésticos pelo resto de suas vidas!
• Caberá aos pais velhos e fracos servirem aos filhos jovens e fortes? Quando eles ainda estavam
no berço, sua mãe cobrou-lhes o leite com que os alimentava? Contou quantas vezes deixou de
dormir quando estavam doentes? Contou quantos passos deu para lhes proporcionar os
cuidados necessários? Não.
• O que os filhos devem a seus pais pobres não é só o estritamente necessário. Devem dar a eles
as pequenas alegrias do supérfluo, as atenções, os cuidados carinhosos, pois estarão apenas
retribuindo o amor que receberam e pagando uma divida sagrada! ESSA É A ÚNICA PIEDADE
FILIAL ACEITA POR DEUS.
9. E.S.E. Piedade Filial - advertência
• INFELIZ daquele que esquece sua dívida para com aqueles que o sustentaram na
infância, aqueles que com a vida material lhe deram também a vida moral e que, muitas
vezes, se submeteram a duras privações para lhe assegurar o bem-estar.
• INFELIZ DO INGRATO, porque será punido com a ingratidão e o abandono. Será
atingido em suas afeições mais caras, algumas vezes já na vida presente, mas
certamente em outras existências em que sofrerá o que fez os outros sofrerem.
• É bem verdade que alguns pais descuidam-se de seus filhos e não são para eles o que
deveriam ser. Cabe a Deus puni-los. Não cabe aos filhos censurá-los, porque talvez eles
mesmos fizessem por merecer pais assim.
• O erro que se comete em relação a estranhos pode ser considerado apenas uma FALTA
LEVE, mas o mesmo erro cometido em relação aos pais pode ser considerado UM
CRIME, pois nesse caso existe falta de CARIDADE e INGRATIDÃO.
10. E.S.E. Quem é minha mãe e que são meus
Irmãos
• Quando Jesus chegou em casa, lá reuniu-se uma multidão tão grande de pessoas que
nem mesmo puderam completar sua refeição. Ao saberem disso, seus parentes saíram
para prendê-Lo, pois diziam: "Ele perdeu o Espírito ". Sua mãe e Seus irmãos chegaram,
e, ficando do lado de fora, mandaram chama-Lo. O povo que estava sentado ao seu
redor lhe disse: "Sua mãe e seus irmãos estão lá fora e chamam por Você". Jesus então
respondeu: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E olhando para aqueles que
estavam ao Seu redor, disse: "Eis aqui Minha mãe e Meus irmãos, pois quem quer que
faça a vontade de Deus, é Meu Irmão, Minha irmã e Minha mãe". (Marcos, 3:20, 21 e 31
a 35, Mateus, 12:46 a 50.)
A FAMÍLIA SE IDENTIFICA PELO TRABALHO! PELA MISSÃO!
11. E.S.E. Parentesco Corporal e Parentesco
Espiritual – Dever dos Pais
• Não são os pais que criam o Espírito do filho, eles apenas lhes fornecem o corpo de
carne. Além de gerar o corpo, os pais são os responsáveis pelo desenvolvimento
intelectual e moral dos filhos, AJUDANDO-OS A PROGREDIR.
• Os Espíritos que encarnam numa mesma família, como parentes próximos, são quase
sempre espíritos simpáticos entre si e unidos por relações anteriores. Essas relações se
manifestam pela afeição que existe entre eles durante a vida terrena.
• Pode acontecer também que os Espíritos sejam completamente estranhos uns aos outros
ou separados por antipatias igualmente anteriores, e que se manifestam por aversões
mútuas. Enquanto estiverem encarnados na Terra, essas aversões serão para eles uma
grande provação.
• Os verdadeiros laços de família não são os laços de sangue, mas sim os laços de simpatia
e afinidade de pensamentos, que unem os Espíritos.
12. E.S.E. Parentesco Corporal e Parentesco
Espiritual – Tipos de famílias
• Existem, portanto, duas espécies de famílias: as famílias por Laços Espirituais e as
famílias por Laços Corporais.
• As famílias que se unem por Laços Espirituais possuem um relacionamento duradouro e
se fortalecem pela purificação de seus membros. Assim, elas continuarão se relacionando
no Mundo dos Espíritos e na Terra, por meio das inúmeras encarnações da alma.
• A união das famílias por Laços Corporais é frágil como a própria matéria e termina com o
tempo. Muitas vezes essa união se desfaz moralmente já na existência atual.
• Foi isto o que Jesus quis ensinar quando disse a seus discípulos: "Eis aqui Minha mãe e
Meus irmãos", ou seja, minha família pelos Laços do Espírito, “Pois quem quer que faça
a vontade de Meu Pai que está nos Céus, é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe".
16. E.S.E. A ingratidão dos filhos e os laços de
família
• A INGRATIDÃO é um dos frutos mais imediatos do egoísmo e revolta sempre os
corações honestos. Entretanto, a ingratidão dos filhos em relação aos pais tem um
caráter ainda mais odioso. E particularmente sob o ponto de vista da ingratidão dos
filhos para com os pais, que faremos a análise de suas causas e de seus efeitos.
• Quando o Espírito deixa a Terra, leva consigo as paixões e as virtudes próprias de sua
natureza. Retorna ao Plano Espiritual para se aperfeiçoar ou permanecer estacionário
até que deseje se esclarecer. Os que estão mais evoluídos conseguem perceber uma
parte da verdade. Compreendem então os efeitos danosos de suas paixões e procuram
se melhorar, reconhecendo que para chegar até Deus só existe um caminho: a caridade.
Porém, NÃO EXISTE CARIDADE SEM O ESQUECIMENTO DAS OFENSAS E DAS INJÚRIAS,
NÃO EXISTE CARIDADE COM ÓDIO NO CORAÇÃO, E NÃO EXISTE CARIDADE SEM
PERDÃO.
17. E.S.E. A ingratidão dos filhos e os laços de
família
• Após anos de meditação e prece, o Espírito aproveita-se de um corpo que está em
preparo e pede aos Espíritos encarregados de transmitir as ordens superiores permissão
para reencarnar na família daquele a quem detestou. Realizará na Terra o destino
daquele corpo que acaba de se formar. QUAL SERÁ ENTÃO SUA CONDUTA NESSA
FAMÍLIA? Ela dependerá da maior ou menor persistência em cumprir as resoluções
tomadas antes de reencarnar.
• O contato incessante com aqueles a quem odiou é uma prova terrível, e muitas vezes o
Espírito fracassa se não tiver uma vontade bastante forte. Assim, conforme prevaleçam
ou não as boas decisões que tomou, ele será amigo ou permanecerá inimigo daqueles
em cujo meio veio viver. E desse modo que se explicam os ódios, as repulsas instintivas
que se notam em certas crianças e que nenhum ato anterior consegue justificar.
18. E.S.E. A ingratidão dos filhos e os laços de
família
• Espiritas! Compreendam o grande papel da humanidade, compreendam que quando se
gera um corpo A ALMA QUE NELE REENCARNA VEM DO PLANO ESPIRITUAL PARA
PROGREDIR.
• DEUS NÃO DÁ PROVAS ACIMA DAS FORÇAS DAQUELE QUE A PEDE. Ele apenas permite
aquelas que podem ser cumpridas. Se fracassamos, não é por falta de condições, mas
por falta de vontade.
19. E.S.E. A ingratidão dos filhos e os laços de
família – advertência aos Pais
• A cada pai e a cada mãe, Deus perguntará: "O que fizeram do filho que lhes foi confiado?". Se
permaneceu atrasado por culpa de vocês, seu castigo será vê-lo entre os Espíritos sofredores,
pois sua felicidade dependia da dedicação que dispensariam a ele. Então, atormentados pelo
remorso, pedirão uma oportunidade para repararem a falta. Solicitarão uma nova encarnação
para ambos, na qual irão criá-lo com o maior cuidado, e ele, cheio de reconhecimento, irá
retribuí-los com seu amor.
• Não rejeitem, portanto, o filho que no berço repele a mãe, nem aquele que só sabe pagar com a
ingratidão o que recebe. Não foi o acaso que o fez assim, como também não foi o acaso que o
enviou para que dele cuidasse.
• Mães! Abracem o filho que lhes causa desgosto e digam para vocês mesmas: “um de nós é
culpado”.
• Muitas mães, em vez de combaterem pela educação, os maus princípios de nascença
provenientes de existências anteriores, mantem e desenvolvem esses mesmos princípios por
serem fracas no agir ou por serem negligentes. Mais tarde, como coração amargurado pela
ingratidão dos filhos, sofrerão, já nesta vida, o começo das suas expiações.
20. E.S.E. A ingratidão dos filhos e os laços de
família – advertência aos Pais
• A tarefa não é tão difícil quanto podem pensar, pois ela não exige cultura. Tanto o
ignorante quanto o sábio podem cumpri-la. O espiritismo vem facilitá-la, ensinando-os a
causa das imperfeições humanas.
• Desde o nascimento, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de suas
existências anteriores. É preciso aplicar-se em estudá-los. Todos os males tem origem no
egoísmo e no orgulho. Cabe aos pais observar e combater os menores sinais de
manifestação desses vícios, sem esperar que criem raízes profundas.
• Quando os pais fazem tudo o que podem para o adiantamento moral dos filhos, e
ainda assim não alcançam êxito, suas consciências devem ficar tranquilas e o desgosto
que sentem por verem todos seus esforços fracassados é natural. Deus lhes reserva uma
imensa consolação, na certeza de que isso é apenas um atraso momentâneo desse
espírito.
22. Livro dos Espíritos
203. Transmitem os pais aos filhos uma parcela de suas almas, ou se limitam a lhes dar a vida
animal a que, mais tarde, outra alma vem adicionar a vida moral?
“Dão-lhes apenas a vida animal, pois que a alma é indivisível. Um pai obtuso pode ter filhos
inteligentes e vice-versa.”
204. Uma vez que temos tido muitas existências, a nossa parentela vai além da que a existência
atual nos criou?
“Não pode ser de outra maneira. A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos
ligações que remontam às vossas existências anteriores. Daí, muitas vezes, a simpatia que vem a
existir entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.”
208. Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento deste?
“Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos têm que
contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão
desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão
culpados, se vierem a falir no seu desempenho.”
23. Livro dos Espíritos
385. Que é o que motiva a mudança que se opera no caráter do indivíduo em certa idade,
especialmente ao sair da adolescência? É que o Espírito se modifica?
“É que o Espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era”
“A infância ainda tem outra utilidade. Os Espíritos só entram na vida corporal para se
aperfeiçoarem, para se melhorarem. A delicadeza da idade infantil os torna brandos,
acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devam fazê-los progredir. Nessa fase é
que se lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores. Tal o dever que
Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão de dar contas. “Assim, portanto, a
infância é não só útil, necessária, indispensável, mas também consequência natural das leis
que Deus estabeleceu e que regem o Universo.”
24. Livro dos Espíritos
582. Pode-se considerar como missão a paternidade?
“É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo
dever e que envolve, mais do que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao
futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda
do bem, e lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o
torna propício a todas as impressões. Muitos há, no entanto, que mais cuidam de aprumar
as árvores do seu jardim e de fazê-las dar bons frutos em abundância, do que de formar o
caráter de seu filho. Se este vier a sucumbir por culpa deles, suportarão os desgostos
resultantes dessa queda e partilharão dos sofrimentos do filho na vida futura, por não
terem feito o que lhes estava ao alcance para que ele avançasse na estrada do bem.”
25. Livro dos Espíritos
583. São responsáveis os pais pelo transviamento de um filho que envereda pelo
caminho do mal, apesar dos cuidados que lhe dispensaram?
“Não; porém, quanto piores forem as propensões do filho, tanto mais pesada é a tarefa e
tanto maior o mérito dos pais, se conseguirem desviá-lo do mau caminho.”
892. Quando os filhos causam desgostos aos pais, não têm estes desculpa para o fato de
lhes não dispensarem a ternura de que os fariam objeto, em caso contrário?
“Não, porque isso representa um encargo que lhes é confiado e a missão deles consiste em
se esforçarem por encaminhar os filhos para o bem (582-583). Demais, esses desgostos
são, amiúde, a consequência do mau feitio que os pais deixaram que seus filhos
tomassem desde o berço. Colhem o que semearam.”