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XIX CONGRESSO MUNDIAL DA REHABILITATION INTERNATIONAL Diálogo Interamericano sobre Deficiência e Desenvolvimento
FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOS CLÉLIA REGINA RAMOS
QUANDO OS SURDOS COMEÇARAM A SE ENCONTRAR? ,[object Object],[object Object]
SURDOS: IGUAIS OU DIFERENTES? ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
NORMALIZAÇÃO DO SURDO ,[object Object],[object Object]
POR QUE ENSINAR O SURDO A FALAR? ,[object Object]
COMO ENSINAR O SURDO A FALAR? ,[object Object]
PRIMEIROS TEXTOS EM INGLÊS SOBRE LÍNGUA DE SINAIS ,[object Object],[object Object]
    Em 1775 uma data marcante: a fundação do  Instituto de Surdos e Mudos de Paris, onde o abade l’Epée (1712-1789) desenvolve a descrição da Língua de Sinais utilizada pelos Surdos de Paris,  produzindo uma espécie de “dicionário” língua francesa/língua de sinais. Seu trabalho educacional com essa língua de sinais, desenvolvido desde 1760 até sua morte,  será conhecido e difundido por todo o mundo  como o  “método manual” ou “francês   ”.
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DE L’EPÉE ,[object Object],[object Object]
ALGUNS PROBLEMAS DO TRABALHO DE L’EPÉE ,[object Object]
NASCIMENTO DO ORALISMO ,[object Object],[object Object]
1880:  NO CONGRESSO DE MILÃO DECIDE-SE EXPURGAR A LÍNGUA DE SINAIS DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS EM UM ENCONTRO  ONDE APENAS UM PROFESSOR SURDO PARTICIPOU.
CONSEQÜÊNCIAS DO ORALISMO ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
NASCIMENTO DA COMUNICAÇÃO TOTAL ,[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],HISTÓRIA DA ORGANIZAÇÃO DOS SURDOS NO MUNDO
BANQUETES SURDOS: UMA FORMA ALTERNATIVA DE ORGANIZAÇÃO ,[object Object],[object Object]
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DOS BANQUETES SURDOS   ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
A  ORGANIZAÇÃO DOS SURDOS BRASILEIROS ,[object Object],[object Object]
A ORGANIZAÇÃO DOS SURDOS BRASILEIROS ,[object Object],[object Object]
A ORGANIZAÇÃO DOS SURDOS BRASILEIROS ,[object Object]
A ORGANIZAÇÃO DOS SURDOS BRASILEIROS ,[object Object]
NASCIMENTO DA FENEIDA ORIGENS DA FENEIS ,[object Object]
Segundo as atas das reuniões, o encontro que teria dado origem ao desejo de se fundar uma associação a nível nacional aconteceu no INES, em uma reunião do então chamado  Projeto Integração , no dia 23 de junho de 1977, com a presença do professor americano Steve Mathis.
REUNIÃO DO PROJETO INTEGRAÇÃO: 29/08/1977 ,[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object]
Desde sua fundação, em 16 maio de 1987, no mesmo momento em que se encerravam as atividades da FENEIDA, a  FENEIS luta, em primeiro lugar,  pelo direito de autodeterminação dos surdos.
As entidades fundadoras da FENEIS foram: Associação de Pais e Amigos do Deficiente da Audição- APADA/Niterói-RJ, Associação dos Surdos  de Minas Gerais-MG, Associação dos Surdos do Rio de Janeiro- RJ, Associação Alvorada Congregadora de Surdos-RJ, Associação dos Surdos de Cuiabá-MT, Associação dos Surdos de Mato Grosso do Sul-MS, Instituto Londrinense de Educação de Surdos –PR, Escola Estadual Francisco Salles-MG, Instituto Nossa Senhora de Lourdes-RJ, Associação de Pais e Amigos dos Surdos –APAS-PR, Associação de Pais e Amigos do Deficiente da Audiocomunicação- APADA/ Marília-SP, Centro Educacional de Audição e Fala-DF, Associação do Deficiente Auditivo do Distrito Federal- DF, Centro Verbo-Tonal Suvag/ Recife-PE, Associação Bem Amado dos Surdos do Rio de Janeiro- RJ e Associação de Pais e Amigos do Deficiente Auditivo/ APADA- DF.
A FENEIS nasceu com caráter estritamente político.  “Consideramos da maior importância as colaborações que recebemos e queremos continuar recebendo das pessoas que ouvem. Mas consideramos também que devemos assumir a liderança de nossos problemas de forma direta e decisiva à despeito das dificuldades que possam existir relacionadas à comunicação.”
A FENEIS, desde sua fundação, demonstra ter plena consciência do papel que quer desempenhar na sociedade e exige da mesma sua aceitação. Acredito que,  por ter sido originada de uma entidade de ouvintes, a FENEIS já tenha iniciado suas atividades com a experiência obtida com os desacertos e contatos efetivados pela FENEIDA. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o fato de a FENEIS ter sido “fruto” da FENEIDA lhe trouxe mais ganhos que perdas.
OS PRIMEIROS ANOS DA FENEIS ,[object Object],[object Object]
I Encontro Municipal do Deficiente Auditivo ( Cabo  Frio/RJ) I Encontro do Deficiente Auditivo (Resende/RJ) IV Encontro Comunitário de Deficientes (Itaúna/RJ) I Encontro de Pais e Professores de Surdos (Ituiutaba/MG) I Encontro Brasileiro de Surdos (Recife/PE) I Encontro  de  Professores de Língua de Sinais  (Recife/PE) II Encontro de Pais e Professores de Surdos (Curitiba/PR) I Encontro de Entidades de Deficientes do estado de Minas Gerais (Belo Horizonte/MG) II Simpósio de Deficiência Auditiva (Belo Horizonte/MG) I Seminário Estadual de Educação Especial  (Brasília/DF) IV Seminário Estadual de Educação Especial (Rio de Janeiro/RJ)
SEGUNDO ANO DE ATIVIDADES: 1988 ,[object Object],[object Object]
I  Encontro dos Profissionais de Comunicação Total (Rio de Janeiro, 1 e 2 de julho, 148 participantes). I Encontro dos Surdos de Mato Grosso do Sul (Campo Grande, 28/30 de julho, 64 participantes). I Encontro Nacional dos Intérpretes em Língua de Sinais (Rio de Janeiro, 5 e 6 de agosto, 68 participantes). I Ciclo Estadual de Palestras na Área dos Surdos (Porto Alegre, 19 de novembro, 57 participantes). III Simpósio de Deficiência Auditiva (Belo Horizonte, 25/26 de novembro, 235 participantes). I Encontro dos Surdos do Centro-Oeste (Goiânia, 2/4 de dezembro, 247 participantes).
VISITAS OFICIAIS ,[object Object]
UMA VISÃO DA FENEIS SOBRE A HISTÓRIA DE SUA FUNDAÇÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Surdos são deficientes?  Por Liisa Kauppinen (Presidente da Federação Mundial dos Surdos/World Federation of the Deaf e diretora-executiva da Associação Finlandesa dos Surdos). WFD NEWS, vol.12  n° 2, july 1999.
A perspectiva da Federação Mundial dos Surdos (World Federation of the Deaf) sobre as pessoas surdas está definida nos estatutos da WFD:  “O termo ‘Surdo’  refere-se a qualquer pessoa com perda auditiva, especialmente aquela que faz uso da língua de sinais como sua língua natural.” (Artigo 2, Seção 2); e “Língua de sinais tem sido universalmente aceita com o status de uma língua indígena e a cultura Surda como participante da herança cultural nacional de cada país.”( Artigo 2, Seção 1) (…)

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FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOS

  • 1. XIX CONGRESSO MUNDIAL DA REHABILITATION INTERNATIONAL Diálogo Interamericano sobre Deficiência e Desenvolvimento
  • 2. FENEIS: FUNDAÇÃO E PRIMEIROS ANOS CLÉLIA REGINA RAMOS
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Em 1775 uma data marcante: a fundação do Instituto de Surdos e Mudos de Paris, onde o abade l’Epée (1712-1789) desenvolve a descrição da Língua de Sinais utilizada pelos Surdos de Paris, produzindo uma espécie de “dicionário” língua francesa/língua de sinais. Seu trabalho educacional com essa língua de sinais, desenvolvido desde 1760 até sua morte, será conhecido e difundido por todo o mundo como o “método manual” ou “francês ”.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. 1880: NO CONGRESSO DE MILÃO DECIDE-SE EXPURGAR A LÍNGUA DE SINAIS DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS EM UM ENCONTRO ONDE APENAS UM PROFESSOR SURDO PARTICIPOU.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Segundo as atas das reuniões, o encontro que teria dado origem ao desejo de se fundar uma associação a nível nacional aconteceu no INES, em uma reunião do então chamado Projeto Integração , no dia 23 de junho de 1977, com a presença do professor americano Steve Mathis.
  • 25.
  • 26.
  • 27. Desde sua fundação, em 16 maio de 1987, no mesmo momento em que se encerravam as atividades da FENEIDA, a FENEIS luta, em primeiro lugar, pelo direito de autodeterminação dos surdos.
  • 28. As entidades fundadoras da FENEIS foram: Associação de Pais e Amigos do Deficiente da Audição- APADA/Niterói-RJ, Associação dos Surdos de Minas Gerais-MG, Associação dos Surdos do Rio de Janeiro- RJ, Associação Alvorada Congregadora de Surdos-RJ, Associação dos Surdos de Cuiabá-MT, Associação dos Surdos de Mato Grosso do Sul-MS, Instituto Londrinense de Educação de Surdos –PR, Escola Estadual Francisco Salles-MG, Instituto Nossa Senhora de Lourdes-RJ, Associação de Pais e Amigos dos Surdos –APAS-PR, Associação de Pais e Amigos do Deficiente da Audiocomunicação- APADA/ Marília-SP, Centro Educacional de Audição e Fala-DF, Associação do Deficiente Auditivo do Distrito Federal- DF, Centro Verbo-Tonal Suvag/ Recife-PE, Associação Bem Amado dos Surdos do Rio de Janeiro- RJ e Associação de Pais e Amigos do Deficiente Auditivo/ APADA- DF.
  • 29. A FENEIS nasceu com caráter estritamente político. “Consideramos da maior importância as colaborações que recebemos e queremos continuar recebendo das pessoas que ouvem. Mas consideramos também que devemos assumir a liderança de nossos problemas de forma direta e decisiva à despeito das dificuldades que possam existir relacionadas à comunicação.”
  • 30. A FENEIS, desde sua fundação, demonstra ter plena consciência do papel que quer desempenhar na sociedade e exige da mesma sua aceitação. Acredito que, por ter sido originada de uma entidade de ouvintes, a FENEIS já tenha iniciado suas atividades com a experiência obtida com os desacertos e contatos efetivados pela FENEIDA. Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o fato de a FENEIS ter sido “fruto” da FENEIDA lhe trouxe mais ganhos que perdas.
  • 31.
  • 32. I Encontro Municipal do Deficiente Auditivo ( Cabo Frio/RJ) I Encontro do Deficiente Auditivo (Resende/RJ) IV Encontro Comunitário de Deficientes (Itaúna/RJ) I Encontro de Pais e Professores de Surdos (Ituiutaba/MG) I Encontro Brasileiro de Surdos (Recife/PE) I Encontro de Professores de Língua de Sinais (Recife/PE) II Encontro de Pais e Professores de Surdos (Curitiba/PR) I Encontro de Entidades de Deficientes do estado de Minas Gerais (Belo Horizonte/MG) II Simpósio de Deficiência Auditiva (Belo Horizonte/MG) I Seminário Estadual de Educação Especial (Brasília/DF) IV Seminário Estadual de Educação Especial (Rio de Janeiro/RJ)
  • 33.
  • 34. I Encontro dos Profissionais de Comunicação Total (Rio de Janeiro, 1 e 2 de julho, 148 participantes). I Encontro dos Surdos de Mato Grosso do Sul (Campo Grande, 28/30 de julho, 64 participantes). I Encontro Nacional dos Intérpretes em Língua de Sinais (Rio de Janeiro, 5 e 6 de agosto, 68 participantes). I Ciclo Estadual de Palestras na Área dos Surdos (Porto Alegre, 19 de novembro, 57 participantes). III Simpósio de Deficiência Auditiva (Belo Horizonte, 25/26 de novembro, 235 participantes). I Encontro dos Surdos do Centro-Oeste (Goiânia, 2/4 de dezembro, 247 participantes).
  • 35.
  • 36. UMA VISÃO DA FENEIS SOBRE A HISTÓRIA DE SUA FUNDAÇÃO
  • 37.  
  • 38.  
  • 39.  
  • 40.  
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  • 44.  
  • 45.  
  • 46.  
  • 47.  
  • 48.  
  • 49. Os Surdos são deficientes? Por Liisa Kauppinen (Presidente da Federação Mundial dos Surdos/World Federation of the Deaf e diretora-executiva da Associação Finlandesa dos Surdos). WFD NEWS, vol.12 n° 2, july 1999.
  • 50. A perspectiva da Federação Mundial dos Surdos (World Federation of the Deaf) sobre as pessoas surdas está definida nos estatutos da WFD: “O termo ‘Surdo’ refere-se a qualquer pessoa com perda auditiva, especialmente aquela que faz uso da língua de sinais como sua língua natural.” (Artigo 2, Seção 2); e “Língua de sinais tem sido universalmente aceita com o status de uma língua indígena e a cultura Surda como participante da herança cultural nacional de cada país.”( Artigo 2, Seção 1) (…)