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A INTERTEXTUALIDADE E A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
POLIFÔNICA: UM ESTUDO DO POEMA “PARA CANTAR COM O
SALTÉRIO”
Valdice Gomes de Souza Monção (UNEB)
valzinha_apx@hotmail.com
Orientadora: Profa Dr.ª Maria Noêmia Côrtez dos Anjos
INTRODUÇÃO
A linguagem pode ser compreendida como a representação do pensamento por meio de
sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Ela pode ser expressa de
diversas formas como gestos, desenhos, movimentos, símbolos e palavras. No entanto, a
palavra parece ser o instrumento mais frequentemente usado na comunicação.
Remetendo-nos às trocas nas situações comunicativas é importante ressaltar o aspecto
interacional da linguagem. Pode-se tentar restringir a linguagem humana à palavra, mas,
segundo Benveniste (1995), “para que a palavra assegure a ‘comunicação’, é preciso que
esteja habilitada a isso pela linguagem, da qual é apenas a atualização”. O último termo
salienta o aspecto contextual das situações comunicativas. A palavra atualiza a linguagem
quando é adequada ao contexto de forma que favoreça da maneira mais conveniente a eficácia
da comunicação no momento em que foi usada. Portanto, pode-se perceber que por emanar do
homem, a linguagem integra o cotidiano de forma tão trivial que há o risco de ser concebida
como automática. No entanto, não se trata simplesmente de uma função biológica inerente ao
homem. Apesar da visível tendência humana para a linguagem, ela se dá em virtude de o
homem conviver no âmbito social. Assim, pode-se observar a linguagem em sua perspectiva
interacional.
TEXTO E TEXTUALIDADE
A língua e o texto se constituem lugares de interação e o sujeito se constitui uma
entidade psicossocial. A compreensão é uma complexa atividade em que se unem os
elementos lingüísticos do texto e os saberes do sujeito, bem como sua reconstrução no interior
do evento comunicativo. O texto é um lugar de constituição e de interação de sujeitos sociais,
“evento comunicativo no qual convergem ações lingüísticas, cognitivas e sociais”,
Beaugrande (1986), citado por Koch (2002). Essas ações constroem interativamente os
1
objetos de discurso e as múltiplas propostas de sentido, como função de escolhas operadas
pelos coenunciadores entre as inumeráveis possibilidades de organização textual que cada
língua lhes oferece.
A textualidade é o conjunto de características que fazem que um texto seja conhecido
como tal e não como um montante de palavras ou frases desconexas. A compreensão de um
texto ocorre quando, na interação autor-leitor, há a construção dos sentidos. Isso depende de
uma intrincada rede de fatores de ordem semântica, lingüística, cognitiva, pragmática e
interacional, que não podem ser isolados, antes funcionam em conjunto e ao mesmo tempo no
texto. Para esta compreensão, a coesão e a coerência textuais são de fundamental importância.
Coesão e coerência não podem ser dissociadas, estão intimamente ligadas ao ponto de a
coesão ser considerada a manifestação lingüística da coerência. No entanto, este trabalho se
deterá apenas em um dos aspectos da coerência textual.
COERÊNCIA TEXTUAL
A coerência é o princípio de interpretabilidade do texto, refere-se a sua boa formação
em termos de interlocução comunicativa e não à noção de gramaticalidade. Ela diz respeito à
capacidade que o receptor do texto tem para calcular o seu sentido. Diversos aspectos
colaboram para o estabelecimento da coerência e podem ser apreendidos da interação entre
locutor e interlocutor intermediados pelo texto. Koch e Travaglia (2002) destacam onze
fatores indispensáveis para o estabelecimento da coerência textual, aos quais chamam de
“princípios de coerência”. São eles o conhecimento linguístico, conhecimento de mundo,
conhecimento partilhado, inferências, fatores pragmáticos, situacionalidade, intencionalidade
e aceitabilidade, informatividade, focalização, intertextualidade e relevância. Destacar-se-á a
intertextualidade, principal objeto de estudo deste trabalho, – que trata das diversas maneiras
pelas quais a interpretação de um texto depende do conhecimento de um ou mais textos que o
precedem – essa possui grande relevância na construção de sentidos, pois a habilidade para
identificar os diálogos que os textos efetuam entre si é fundamental para viabilizar uma leitura
mais abrangente que desperte para as diversas possibilidades de um texto, possibilitando uma
leitura eficaz.
É importante esclarecer um pouco mais a respeito da leitura. Detendo-se no seu
sentido mais amplo, considerando-a como “atribuição de sentidos”, deve-se refletir sobre o
conceito de legibilidade de um texto. Para ORLANDI (1996), “é a natureza da relação que
2
alguém estabelece com o texto que está na base da caracterização da legibilidade”. Segundo a
mesma autora, a legibilidade deve ser observada como uma questão de graus e de condições e
não como essência e absoluta. Na interação autor e leitor, mediada pelo texto, não se pode
conceber um autor onipotente que obtenha todo o controle da significação do texto; um texto
transparente com sentido uno; ou um leitor onisciente com capacidade de compreensão que
domine as múltiplas determinações de sentido. Essas variações determinam os diversos
modos de leitura e estabelecem o que ORLANDI (1996) chama de “tensa relação entre
paráfrase e polissemia”:
... a atribuição de sentidos a um texto pode variar amplamente desde o que
denominamos leitura parafrástica, que se caracteriza pelo reconhecimento
(reprodução) de um sentido que se supõe ser o do texto (dado pelo autor), e o que
denominamos leitura polissêmica, que se define pela atribuição de múltiplos
sentidos ao texto. (ORLANDI, 1996, p.12)
É a leitura polissêmica que nos interessa, pois ela possibilita ao leitor a ampliação do
universo da leitura, diversificando as possibilidades que o texto lhe oferece. É neste ponto que
há de se observar a intertextualidade.
INTERTEXTUALIDADE
A intertextualidade é um conceito aplicável ao conjunto de relações implícitas ou
explícitas que um texto ou um grupo de textos mantém com outros textos (intertexto)
previamente existentes e com os quais houve contato. Atualmente é consenso que não existem
textos que não mantenham algum aspecto intertextual. A lingüística textual absorveu o
postulado dialógico de Bakhtin de que um texto não existe nem pode ser compreendido
isoladamente, antes relaciona-se constantemente com “outros textos que lhe dão origem, que
o predeterminam, com os quais dialoga, que ele retoma, a que alude ou aos quais se opõe”
(KOCH, 2007). Sob o ponto de vista estrito, Koch (2007) observa que é necessário que o
texto remeta a outros textos ou fragmentos de textos efetivamente produzidos, com os quais
estabelece algum tipo de relação.
Diversos tipos de intertextualidade têm sido relacionados, mas apenas a
intertextualidade implícita será evidenciada, uma vez que é através desta tipologia que se
estabelecem os diálogos entre os textos bíblicos e o poema analisado neste trabalho. A
intertextualidade implícita pode ser identificada ao perceber a introdução de um intertexto
3
alheio, sem qualquer referência explícita a fonte. Essa introdução pode acontecer no sentido
de seguir a orientação argumentativa de dado texto ou de apropriar-se do mesmo para
contraditá-lo. Nesse tipo de intertextualidade é fundamental que o leitor/ouvinte seja capaz de
reconhecer a presença do texto prévio com o qual aquele texto dialoga, caso contrário o
cálculo do sentido será gravemente comprometido. Essa necessidade fica clara na análise do
poema em estudo, “Para cantar com o saltério”, de Adélia Prado, proposta do presente
trabalho.
AANÁLISE DO POEMA
Para cantar com o saltério
Te espero desde o acre mel de marimbondos da minha juventude.
Desde quando falei, vou ser cruzado, acompanhar bandeiras,
ser Maria Bonita no bando de Lampião, Anita ou Joana,
desde as brutalidades da minha fé sem dúvidas.
Te espero e não me canso, desde, até agora e para sempre,
amado que virá para pôr sua mão na minha testa
e inventar com sua boca de verdade
o meu nome para mim
(PRADO, 2010, p.98.)
Em um texto, sempre existem diversas possibilidades de diálogo. Porém, a
intertextualidade implícita é a tipologia mais abundantemente encontrada no poema ora
analisado. Nela, em virtude de não haver referência explícita à fonte, faz-se ainda mais
necessário que o leitor saiba identificar a presença do texto prévio com o qual o texto em
questão dialoga. Para Orlandi (1996):
... podemos dizer que há relações de sentido que se estabelecem entre o que o texto
diz (...), e o que outros textos dizem. Essas relações de sentido atestam, pois, a
intertextualidade, isto é, a relação de um texto com outros (existentes, possíveis, ou
imaginários).
Os sentidos que podem ser lidos, então, em um texto não estão
necessariamente ali, nele. O(s) sentido(s) de um texto passa(m) pela relação dele
com outros textos. (ORLANDI, 1996, p.11)
4
Segundo a mesma autora, o leitor polissêmico não enxerga apenas o que está dito, mas
possui bagagem para preencher os vazios do texto e discernir o implícito, aquilo que não está
dito no texto, mas que também está significando. Portanto, torna-se indispensável repousar o
olhar sobre os diálogos possíveis com outros textos, possibilitando maior variedade de leituras
e enriquecendo a atribuição dos sentidos.
O poema tem como elemento principal a espera por um “amado”. A escolha de
vocábulos específicos bem como os detalhes descritos pelo eu lírico a respeito dessa relação e
espera levam a crer que o poema dialoga com a Bíblia trazendo como uma alternativa de
leitura coerente a referência ao retorno de Jesus. A própria expectativa na chegada de um
suposto “amado” é algo vastamente abordado na Bíblia quando trata do retorno de Jesus
Cristo: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se
lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande
glória.” (MATEUS 24:30, Almeida Corrigida e Revisada); “Sede vós também pacientes,
fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.” (TIAGO 5:7,
Almeida Corrigida e Revisada); “... vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,
aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso
Salvador Jesus Cristo” (TITO 2:12,13, Almeida Corrigida e Revisada).
Os diálogos começam desde o título. Saltério é um instrumento de cordas usado por
Davi, personagem bíblico, conhecido como poeta e músico que registrou muitos dos seus
cânticos de louvor a Deus no livro de Salmos. Ele faz referência ao próprio instrumento em
seus poemas: “Também eu te louvarei com o saltério, bem como à tua verdade, ó meu Deus;
cantarei com harpa a ti...” (SALMOS 71:22, Almeida Corrigida e Revisada). Assim, o eu
lírico aguardaria o retorno do amado para louvá-lo. Outro diálogo possível é a referência no
poema ao elemento “fé” – “desde as brutalidades da minha fé sem dúvidas” (v.4) – que condiz
com a definição bíblica do livro de Hebreus: “Ora, a fé é a certeza das coisas que não se vêem
e a convicção do que se espera” (HEBREUS 11:1, Almeida Revista e Atualizada).
A característica de uma espera incansável – “te espero e não me canso...” (v.5) –
também está fundamentada na Bíblia em cujo livro de autoria remetida ao profeta Isaías, fala-
se daqueles que esperam em Deus: “Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças,
subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.”
(ISAÍAS 40:31, Almeida Corrigida e Revisada). Essa esperança seria em alguém que voltaria,
ou seja, já havia vindo e prometera retornar. Por isso, “... desde, até agora e para sempre”
(v.5). A vinda desse Messias é citada na Bíblia em diversos textos do Velho Testamento (parte
5
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus,
e o Verbo era Deus.
[...]
da história narrada antes da vinda de Jesus): “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos
deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (ISAÍAS 9:6, Almeida
Corrigida e Revisada). Segundo a história narrada, tratava-se do próprio Deus que resolvera
vir à terra por saber ser essa a única forma de resgatar os homens:
Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para
o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-
lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;
[...]
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”
(JOÃO 1:1,10,11,12,14, Almeida Corrigida e Revisada)
“Cristo Jesus, sendo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus, coisa a que
se devia aferrar. Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo,
tornando-se em semelhança de homens e reconhecido em figura humana, a si
mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”.
(FILIPENSES 2.5-8, Almeida Revisada Imprensa Bíblica
A história narra que após a sua vida e morte, houve a sua ressurreição: “Ao qual Deus
ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que fosse retido por ela”
(ATOS 2:24, Almeida Corrigida e Revisada). Ainda em vida, Jesus anunciara esse retorno
para buscar aqueles que o amassem, selando, inclusive, pactos com aqueles que o
aguardassem:
E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que
o beba novo convosco no reino de meu Pai. (MATEUS 26:29, Almeida Corrigida e
Revisada)
Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de
meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos
lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim
mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (JOÃO 14:1-3, Almeida
Corrigida e Revisada)
A própria referência a um amado é uma idéia bastante recorrente no livro de Cânticos:
“Eu sou do meu amado, e ele me tem afeição.” (CÂNTICOS 7:10, Almeida Corrigida e
Revisada). Este livro traça constantes paralelos entre um romance entre dois amantes e o
romance entre Jesus Cristo e a sua amada Igreja, que, na Bíblia, foge completamente ao
conceito institucional ou estrutura física, antes seria formada por todos aqueles que o
amassem e cumprissem seus mandamentos.
A referência do eu lírico à invenção de um nome exclusivo através de uma “boca de
verdade” – “e inventar com sua boca de verdade o meu nome para mim” (v.7,8) – é uma idéia
6
marcardamente bíblica. Jesus referiu-se a si mesmo como “A verdade” ou aquele que dizia a
verdade. Assim, o poema dialoga com os fragmentos do evangelho de João e do livro de
Apocalipse:
Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão
por mim.
[...]
Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho
da verdade.” (JOÃO 14:6; 18:37 Almeida Corrigida e Revisada)
Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma
pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém
conhece senão aquele que o recebe.” (APOCALIPSE 2:17, Almeida
Corrigida e Revisada)
A análise do poema esclarece a respeito da intertextualidade entre o texto poético e os
textos bíblicos. Pode-se perceber a importância da intertextualidade para que o leitor tenha
uma maior gama de leituras possíveis e, consequentemente, que seu universo textual seja
ampliado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observa-se, assim, a importância da intertextualidade para um cálculo mais completo
dos sentidos do texto. Ela está vinculada ao conhecimento de mundo que deve ser
compartilhado entre o autor e o leitor. Trata-se de um dos fatores mais relevantes para o
estabelecimento da coerência de um texto, pois o diálogo entre os textos já traz consigo,
necessariamente, o aspecto interacional da linguagem, fundamental na comunicação.
A percepção desses diálogos entre os textos, a habilidade para discernir as diversas
vozes que ele traz, capacitam o leitor para uma leitura mais abrangente, tornando-o atento às
diversas possibilidades que um texto lhe oferece. Esse leitor não se limita a decodificar o que
está na superfície textual em uma leitura parafrástica, mas consegue ler o implícito, o que não
foi dito, mas que está carregado de significação em uma leitura polifônica. Essa capacidade de
calcular os sentidos do texto não é absoluta, antes acontece em diversos níveis. Ressalta-se
que a compreensão e interpretação dos sentidos do texto não dependem apenas do leitor, visto
que este trabalho destaca o aspecto interacional da linguagem e a interação implica na
participação de mais de um indivíduo. Entretanto, a bagagem de leituras anteriores certamente
ampliará o universo do leitor uma vez que ele poderá perceber os diálogos entre o texto e o
7
intertexto. Isso acrescentará significativamente às possibilidades que o texto pode lhe oferecer
em sua interpretação.
REFERÊNCIAS
BENVENISTE, Émile. Problemas de lingüística geral I. Maria da Glória Novak, Maria
Luisa Neri (trad.); Isaac Nicolau Salum (rev.). 4 ed. Campinas, SP: Pontes, 1995.
Bíblia de Estudo Almeida. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. 8. ed. São
Paulo: Cortez, 2002.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça; BENTES, Anna Christina; CAVALCANTE, Mônica
Magalhães. Intertextualidade: diálogos possíveis. São Paulo: Cortez, 2007.
ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e leitura. 3. ed. Campinas: Cortez, 1996.
PRADO, Adélia. Bagagem. 29. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.
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Intertextualidade e a importância da leitura valdice

  • 1. A INTERTEXTUALIDADE E A IMPORTÂNCIA DA LEITURA POLIFÔNICA: UM ESTUDO DO POEMA “PARA CANTAR COM O SALTÉRIO” Valdice Gomes de Souza Monção (UNEB) valzinha_apx@hotmail.com Orientadora: Profa Dr.ª Maria Noêmia Côrtez dos Anjos INTRODUÇÃO A linguagem pode ser compreendida como a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Ela pode ser expressa de diversas formas como gestos, desenhos, movimentos, símbolos e palavras. No entanto, a palavra parece ser o instrumento mais frequentemente usado na comunicação. Remetendo-nos às trocas nas situações comunicativas é importante ressaltar o aspecto interacional da linguagem. Pode-se tentar restringir a linguagem humana à palavra, mas, segundo Benveniste (1995), “para que a palavra assegure a ‘comunicação’, é preciso que esteja habilitada a isso pela linguagem, da qual é apenas a atualização”. O último termo salienta o aspecto contextual das situações comunicativas. A palavra atualiza a linguagem quando é adequada ao contexto de forma que favoreça da maneira mais conveniente a eficácia da comunicação no momento em que foi usada. Portanto, pode-se perceber que por emanar do homem, a linguagem integra o cotidiano de forma tão trivial que há o risco de ser concebida como automática. No entanto, não se trata simplesmente de uma função biológica inerente ao homem. Apesar da visível tendência humana para a linguagem, ela se dá em virtude de o homem conviver no âmbito social. Assim, pode-se observar a linguagem em sua perspectiva interacional. TEXTO E TEXTUALIDADE A língua e o texto se constituem lugares de interação e o sujeito se constitui uma entidade psicossocial. A compreensão é uma complexa atividade em que se unem os elementos lingüísticos do texto e os saberes do sujeito, bem como sua reconstrução no interior do evento comunicativo. O texto é um lugar de constituição e de interação de sujeitos sociais, “evento comunicativo no qual convergem ações lingüísticas, cognitivas e sociais”, Beaugrande (1986), citado por Koch (2002). Essas ações constroem interativamente os 1
  • 2. objetos de discurso e as múltiplas propostas de sentido, como função de escolhas operadas pelos coenunciadores entre as inumeráveis possibilidades de organização textual que cada língua lhes oferece. A textualidade é o conjunto de características que fazem que um texto seja conhecido como tal e não como um montante de palavras ou frases desconexas. A compreensão de um texto ocorre quando, na interação autor-leitor, há a construção dos sentidos. Isso depende de uma intrincada rede de fatores de ordem semântica, lingüística, cognitiva, pragmática e interacional, que não podem ser isolados, antes funcionam em conjunto e ao mesmo tempo no texto. Para esta compreensão, a coesão e a coerência textuais são de fundamental importância. Coesão e coerência não podem ser dissociadas, estão intimamente ligadas ao ponto de a coesão ser considerada a manifestação lingüística da coerência. No entanto, este trabalho se deterá apenas em um dos aspectos da coerência textual. COERÊNCIA TEXTUAL A coerência é o princípio de interpretabilidade do texto, refere-se a sua boa formação em termos de interlocução comunicativa e não à noção de gramaticalidade. Ela diz respeito à capacidade que o receptor do texto tem para calcular o seu sentido. Diversos aspectos colaboram para o estabelecimento da coerência e podem ser apreendidos da interação entre locutor e interlocutor intermediados pelo texto. Koch e Travaglia (2002) destacam onze fatores indispensáveis para o estabelecimento da coerência textual, aos quais chamam de “princípios de coerência”. São eles o conhecimento linguístico, conhecimento de mundo, conhecimento partilhado, inferências, fatores pragmáticos, situacionalidade, intencionalidade e aceitabilidade, informatividade, focalização, intertextualidade e relevância. Destacar-se-á a intertextualidade, principal objeto de estudo deste trabalho, – que trata das diversas maneiras pelas quais a interpretação de um texto depende do conhecimento de um ou mais textos que o precedem – essa possui grande relevância na construção de sentidos, pois a habilidade para identificar os diálogos que os textos efetuam entre si é fundamental para viabilizar uma leitura mais abrangente que desperte para as diversas possibilidades de um texto, possibilitando uma leitura eficaz. É importante esclarecer um pouco mais a respeito da leitura. Detendo-se no seu sentido mais amplo, considerando-a como “atribuição de sentidos”, deve-se refletir sobre o conceito de legibilidade de um texto. Para ORLANDI (1996), “é a natureza da relação que 2
  • 3. alguém estabelece com o texto que está na base da caracterização da legibilidade”. Segundo a mesma autora, a legibilidade deve ser observada como uma questão de graus e de condições e não como essência e absoluta. Na interação autor e leitor, mediada pelo texto, não se pode conceber um autor onipotente que obtenha todo o controle da significação do texto; um texto transparente com sentido uno; ou um leitor onisciente com capacidade de compreensão que domine as múltiplas determinações de sentido. Essas variações determinam os diversos modos de leitura e estabelecem o que ORLANDI (1996) chama de “tensa relação entre paráfrase e polissemia”: ... a atribuição de sentidos a um texto pode variar amplamente desde o que denominamos leitura parafrástica, que se caracteriza pelo reconhecimento (reprodução) de um sentido que se supõe ser o do texto (dado pelo autor), e o que denominamos leitura polissêmica, que se define pela atribuição de múltiplos sentidos ao texto. (ORLANDI, 1996, p.12) É a leitura polissêmica que nos interessa, pois ela possibilita ao leitor a ampliação do universo da leitura, diversificando as possibilidades que o texto lhe oferece. É neste ponto que há de se observar a intertextualidade. INTERTEXTUALIDADE A intertextualidade é um conceito aplicável ao conjunto de relações implícitas ou explícitas que um texto ou um grupo de textos mantém com outros textos (intertexto) previamente existentes e com os quais houve contato. Atualmente é consenso que não existem textos que não mantenham algum aspecto intertextual. A lingüística textual absorveu o postulado dialógico de Bakhtin de que um texto não existe nem pode ser compreendido isoladamente, antes relaciona-se constantemente com “outros textos que lhe dão origem, que o predeterminam, com os quais dialoga, que ele retoma, a que alude ou aos quais se opõe” (KOCH, 2007). Sob o ponto de vista estrito, Koch (2007) observa que é necessário que o texto remeta a outros textos ou fragmentos de textos efetivamente produzidos, com os quais estabelece algum tipo de relação. Diversos tipos de intertextualidade têm sido relacionados, mas apenas a intertextualidade implícita será evidenciada, uma vez que é através desta tipologia que se estabelecem os diálogos entre os textos bíblicos e o poema analisado neste trabalho. A intertextualidade implícita pode ser identificada ao perceber a introdução de um intertexto 3
  • 4. alheio, sem qualquer referência explícita a fonte. Essa introdução pode acontecer no sentido de seguir a orientação argumentativa de dado texto ou de apropriar-se do mesmo para contraditá-lo. Nesse tipo de intertextualidade é fundamental que o leitor/ouvinte seja capaz de reconhecer a presença do texto prévio com o qual aquele texto dialoga, caso contrário o cálculo do sentido será gravemente comprometido. Essa necessidade fica clara na análise do poema em estudo, “Para cantar com o saltério”, de Adélia Prado, proposta do presente trabalho. AANÁLISE DO POEMA Para cantar com o saltério Te espero desde o acre mel de marimbondos da minha juventude. Desde quando falei, vou ser cruzado, acompanhar bandeiras, ser Maria Bonita no bando de Lampião, Anita ou Joana, desde as brutalidades da minha fé sem dúvidas. Te espero e não me canso, desde, até agora e para sempre, amado que virá para pôr sua mão na minha testa e inventar com sua boca de verdade o meu nome para mim (PRADO, 2010, p.98.) Em um texto, sempre existem diversas possibilidades de diálogo. Porém, a intertextualidade implícita é a tipologia mais abundantemente encontrada no poema ora analisado. Nela, em virtude de não haver referência explícita à fonte, faz-se ainda mais necessário que o leitor saiba identificar a presença do texto prévio com o qual o texto em questão dialoga. Para Orlandi (1996): ... podemos dizer que há relações de sentido que se estabelecem entre o que o texto diz (...), e o que outros textos dizem. Essas relações de sentido atestam, pois, a intertextualidade, isto é, a relação de um texto com outros (existentes, possíveis, ou imaginários). Os sentidos que podem ser lidos, então, em um texto não estão necessariamente ali, nele. O(s) sentido(s) de um texto passa(m) pela relação dele com outros textos. (ORLANDI, 1996, p.11) 4
  • 5. Segundo a mesma autora, o leitor polissêmico não enxerga apenas o que está dito, mas possui bagagem para preencher os vazios do texto e discernir o implícito, aquilo que não está dito no texto, mas que também está significando. Portanto, torna-se indispensável repousar o olhar sobre os diálogos possíveis com outros textos, possibilitando maior variedade de leituras e enriquecendo a atribuição dos sentidos. O poema tem como elemento principal a espera por um “amado”. A escolha de vocábulos específicos bem como os detalhes descritos pelo eu lírico a respeito dessa relação e espera levam a crer que o poema dialoga com a Bíblia trazendo como uma alternativa de leitura coerente a referência ao retorno de Jesus. A própria expectativa na chegada de um suposto “amado” é algo vastamente abordado na Bíblia quando trata do retorno de Jesus Cristo: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” (MATEUS 24:30, Almeida Corrigida e Revisada); “Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.” (TIAGO 5:7, Almeida Corrigida e Revisada); “... vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo” (TITO 2:12,13, Almeida Corrigida e Revisada). Os diálogos começam desde o título. Saltério é um instrumento de cordas usado por Davi, personagem bíblico, conhecido como poeta e músico que registrou muitos dos seus cânticos de louvor a Deus no livro de Salmos. Ele faz referência ao próprio instrumento em seus poemas: “Também eu te louvarei com o saltério, bem como à tua verdade, ó meu Deus; cantarei com harpa a ti...” (SALMOS 71:22, Almeida Corrigida e Revisada). Assim, o eu lírico aguardaria o retorno do amado para louvá-lo. Outro diálogo possível é a referência no poema ao elemento “fé” – “desde as brutalidades da minha fé sem dúvidas” (v.4) – que condiz com a definição bíblica do livro de Hebreus: “Ora, a fé é a certeza das coisas que não se vêem e a convicção do que se espera” (HEBREUS 11:1, Almeida Revista e Atualizada). A característica de uma espera incansável – “te espero e não me canso...” (v.5) – também está fundamentada na Bíblia em cujo livro de autoria remetida ao profeta Isaías, fala- se daqueles que esperam em Deus: “Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” (ISAÍAS 40:31, Almeida Corrigida e Revisada). Essa esperança seria em alguém que voltaria, ou seja, já havia vindo e prometera retornar. Por isso, “... desde, até agora e para sempre” (v.5). A vinda desse Messias é citada na Bíblia em diversos textos do Velho Testamento (parte 5 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. [...]
  • 6. da história narrada antes da vinda de Jesus): “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (ISAÍAS 9:6, Almeida Corrigida e Revisada). Segundo a história narrada, tratava-se do próprio Deus que resolvera vir à terra por saber ser essa a única forma de resgatar os homens: Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu- lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; [...] E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (JOÃO 1:1,10,11,12,14, Almeida Corrigida e Revisada) “Cristo Jesus, sendo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus, coisa a que se devia aferrar. Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”. (FILIPENSES 2.5-8, Almeida Revisada Imprensa Bíblica A história narra que após a sua vida e morte, houve a sua ressurreição: “Ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que fosse retido por ela” (ATOS 2:24, Almeida Corrigida e Revisada). Ainda em vida, Jesus anunciara esse retorno para buscar aqueles que o amassem, selando, inclusive, pactos com aqueles que o aguardassem: E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai. (MATEUS 26:29, Almeida Corrigida e Revisada) Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. (JOÃO 14:1-3, Almeida Corrigida e Revisada) A própria referência a um amado é uma idéia bastante recorrente no livro de Cânticos: “Eu sou do meu amado, e ele me tem afeição.” (CÂNTICOS 7:10, Almeida Corrigida e Revisada). Este livro traça constantes paralelos entre um romance entre dois amantes e o romance entre Jesus Cristo e a sua amada Igreja, que, na Bíblia, foge completamente ao conceito institucional ou estrutura física, antes seria formada por todos aqueles que o amassem e cumprissem seus mandamentos. A referência do eu lírico à invenção de um nome exclusivo através de uma “boca de verdade” – “e inventar com sua boca de verdade o meu nome para mim” (v.7,8) – é uma idéia 6
  • 7. marcardamente bíblica. Jesus referiu-se a si mesmo como “A verdade” ou aquele que dizia a verdade. Assim, o poema dialoga com os fragmentos do evangelho de João e do livro de Apocalipse: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. [...] Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade.” (JOÃO 14:6; 18:37 Almeida Corrigida e Revisada) Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.” (APOCALIPSE 2:17, Almeida Corrigida e Revisada) A análise do poema esclarece a respeito da intertextualidade entre o texto poético e os textos bíblicos. Pode-se perceber a importância da intertextualidade para que o leitor tenha uma maior gama de leituras possíveis e, consequentemente, que seu universo textual seja ampliado. CONSIDERAÇÕES FINAIS Observa-se, assim, a importância da intertextualidade para um cálculo mais completo dos sentidos do texto. Ela está vinculada ao conhecimento de mundo que deve ser compartilhado entre o autor e o leitor. Trata-se de um dos fatores mais relevantes para o estabelecimento da coerência de um texto, pois o diálogo entre os textos já traz consigo, necessariamente, o aspecto interacional da linguagem, fundamental na comunicação. A percepção desses diálogos entre os textos, a habilidade para discernir as diversas vozes que ele traz, capacitam o leitor para uma leitura mais abrangente, tornando-o atento às diversas possibilidades que um texto lhe oferece. Esse leitor não se limita a decodificar o que está na superfície textual em uma leitura parafrástica, mas consegue ler o implícito, o que não foi dito, mas que está carregado de significação em uma leitura polifônica. Essa capacidade de calcular os sentidos do texto não é absoluta, antes acontece em diversos níveis. Ressalta-se que a compreensão e interpretação dos sentidos do texto não dependem apenas do leitor, visto que este trabalho destaca o aspecto interacional da linguagem e a interação implica na participação de mais de um indivíduo. Entretanto, a bagagem de leituras anteriores certamente ampliará o universo do leitor uma vez que ele poderá perceber os diálogos entre o texto e o 7
  • 8. intertexto. Isso acrescentará significativamente às possibilidades que o texto pode lhe oferecer em sua interpretação. REFERÊNCIAS BENVENISTE, Émile. Problemas de lingüística geral I. Maria da Glória Novak, Maria Luisa Neri (trad.); Isaac Nicolau Salum (rev.). 4 ed. Campinas, SP: Pontes, 1995. Bíblia de Estudo Almeida. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2002. KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça; BENTES, Anna Christina; CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Intertextualidade: diálogos possíveis. São Paulo: Cortez, 2007. ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e leitura. 3. ed. Campinas: Cortez, 1996. PRADO, Adélia. Bagagem. 29. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. 8