LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
Guerraspunicas
1. Guerras Púnicas
• 1a. Guerra Púnica (264 a 241 a.C.)
– Com esta guerra, a Córsega, a Sardenha e a maior parte da
Sicília caíram em poder dos romanos
• 2a. Guerra Púnica (218 a 201 a.C.)
– No seu final, a cidade africana deixou de ser uma potência
rival, grande parte da península ibérica caiu e suas riquezas
minerais ficaram em poder de Roma
• 3a. Guerra Púnica (149 a 146 a.C.)
– Esta guerra terminou com a destruição definitiva de
Cartago que foi incorporada a Roma
2. Origens
• O termo púnico, do latim punicus, vem da
palavra poeni, nome que os romanos davam
aos cartagineses, descendentes dos fenícios
(em latim, phoenician)
• Era inevitável o confronto de Roma com
Cartago, um poderoso inimigo
• O conflito estendeu-se por mais de 100 anos
(264 a 146 a.C.), em três guerras
3. Lenda da Fundação de Cartago
• Toda cidade tem lenda de fundação. Cartago também !
• Pela lenda, uma expedição de Tiro liderada pela rainha Dido
(ou Elisa) chegou perto de Tunis para fundar uma cidade. Ela
solicitou terras ao rei local que concedeu apenas o que a pele
de um touro pudesse ocupar
• Engenhosa, Dido cortou a pele em fíníssimas tiras e cercou
uma grande extensão de terras onde iniciou a construção de
Cartago. A lenda é bonita mas é lenda e só traduz a astúcia
própria dos cartagineses
• Dido era bela e o rei a quis como esposa. Ela recusou !
5. Local de Fundação
• Os pontilhados mostram a
costa de 2.200 anos
• W-W - a muralha tripla que
protegia a cidade dos
ataques por terra
• A partir desta linha a cidade
era totalmente protegida por
uma muralha.
• H-H são os dois portos
Cartago foi fundada em um
ístmo e o perímetro da
cidade foi totalmente
fortificado. Na ilustração
de Peter Connolly pode-se
ver esse ístmo hoje
7. Expansão de Cartago
• O nome Cartago em latim, deriva do fenício Kart-
Hadasht, que significa “cidade nova”
– A rendição da cidade fenícia de Tiro a Nabucodonosor em
574 a.C., e depois, com a derrota da Babilônia (539 a.C.),
os fenícios foram absorvidos pelo império persa mas,
grande número de refugiados chegaram a Cartago com a
poderosa frota que conseguiu salvar-se
– Depois, na competição comercial e colonial com as cidades
gregas, os cartagineses expandiram suas rotas comerciais
até o Mediterrâneo ocidental
8. Expansão de Cartago
• O primeiro choque entre potências teve lugar quando Cartago
enfrentou as colônias gregas na batalha de Alalía em 540 a.C.,
ficando dona da parte oeste da Sicília. Depois expandiu seu
poder até a Córsega e a Sardenha. Agora, Cartago era potência
no Mediterrânio ocidental e seu poder era inquestionável
• O crescimento da cidade foi enorme, a partir de então, e
Cartago passou a dominar um extenso império comercial que
incluía o norte da África, o sul da península ibérica, a Córsega,
a Sardenha e a maior parte da Sicília
• O porto natural tornou-se pequeno e foram construidos dois
novos portos, tidos como autêntica maravilha da engenharia
9. Os Portos e a Frota Cartaginesa
• Os portos de Cartago eram seu maior orgulho e foram os mais
famosos da antigüidade. A cidade baseava sua existência no
mar e no comércio marítimo e necessitava portos adequados
• O historiador grego Apiano, testemunha ocular da destruição
de Cartago, descreveu seus dois portos unidos por um canal:
– Um porto retangular de uso civil
– O outro porto, circular de uso militar
• O porto militar tinha diques individuais para 200 naves e havia
uma ilha central circular com a mansão do almirante
• Por séculos, isso pareceu fantasia, porém, as escavações dos
restos visíveis da cidade, mostraram sinais que levaram os
arqueólogos a considerar verdadeira a descrição de Apiano
10. Base naval cartaginesa
Segundo Apiano, este era o aspecto dos portos de Cartago até a
sua destruição em 146 a.C., em magnífica reconstrução
11. Localização provável dos Portos de Cartago
• As famosas "lagunas" de
Cartago, em seu aspecto
moderno, que na descrição
de Apiano, seria o local dos
portos
• Hurst encontrou a base dos
diques descritos por Apiano
com largura de 5,9 metros.
No perímetro do porto havia
uns 160 diques e na ilha, 30.
A exata descrição de Apiano
12. Os Cartagineses e sua força
• Derrotaram os gregos em Focea impedindo, seu comércio com
o sul da Espanha e, em 514 a.C., também derrotaram um rei
espartano que tencionava criar uma colônia onde hoje é a
Líbia. Sua rivalidade com gregos e etruscos no comércio gerou
vários conflitos durante os séculos VI e V a.C.
• Estabeleceram rotas na costa de Portugal, Inglaterra e Irlanda -
ricos em estanho - e nas costas africanas, ricas em marfim e
madeiras preciosas
• Era potência marítima com base naval e uma frota de velozes
barcos construídos com técnica muito especial, para tripulação
de 300 homens em cada barco:
– Utilizavam componentes pré-fabricados, com peças numeradas, o que
permitia a construção de grande número de barcos em pouco tempo
14. A Frota Cartaginesa
• Um exemplo da capacidade cartaginesa na construção
de barcos ocorreu durante a última guerra púnica. Em
menos de três meses construiram mais de 200 barcos
para tentar romper o bloqueio naval romano
• A técnica de combate era o ataque do esporão e logo
remar para trás, deixando a água entrar no barco
inimigo. Com esta técnica os cartagineses tiveram
importantes vitórias navais contra gregos e romanos
16. Mas, Surgia uma Nova Potência !
• Roma já se livrara do domínio etrusco e controlava a
itália. Ainda era desconhecida e sua única referência
internacional era a expedição de Pirro, o rei de Épiro
• Era uma cidade "subdesenvolvida“. A sua maior obra
arquitetônica era a Cloaca Máxima. Seus edifícios
eram de estilo etrusco com podium de pedra, paredes
de ladrilho e colunas de madeira. Copiava mal a arte
etrusca porque não tinha arte própria. Também não
tinha literatura nem filosofia e não havia historiadores
ou poetas que cantassem seus versos
17. • Comparar a Roma do século III a.C. com Cartago é comparar
a capital do Marrocos com Nova York
• Porém, os romanos tinham duas coisas muito próprias:
– Força de vontade como jamais nação alguma já teve em toda a história
– Um exército que, daquela época até os próximos 500 anos iria dominar
por completo a arte da guerra
• O espaço que separava Roma de Cartago era cada vez menor e
a chama que iniciou as guerras começou na Sicília, exatamente
o ponto limite dos interesses dessas potências em 264 a.C.
A Roma do Século III a.C.
20. Os Exércitos
• O exército cartaginês espelhava-se no de Alexandre Magno. A
falange macedônia havia revolucionado a arte da guerra um
século antes mas, mantinha-se em uso no mundo helenístico e
também em Cartago
• Roma, nunca havia utilizado tal sistema de combate. Apostava
numa unidade tática chamada legião, muito flexível e nascida
da necessidade romana de obter vitórias frente aos seus
numerosos inimigos
• Os romanos estiveram em guerra quase contínua por séculos e
isto permitiu uma organização militar que, embora ainda
desconhecida no “mundo civilizado” de então, era muito
superior a falange macedônia
21. A Base dos Exércitos Cartagineses
• Os soldados profissionais de Cartago integravam a
falange macedônica armada com a sarissa, ou lança
de 6 metros de tamanho. Em combate, eles formavam
um bloqueio compacto com as cinco primeiras filas
de lanças na frente, e as demais filas mantinham as
lanças para o alto para aparar os projéteis
22. A Cavalaria Cartaginesa
• Os jinetes montavam sem sela e
com uma corda em volta do
pescoço do cavalo
• Armados com lança e escudo
formaram a cavalaria mais
temida do mundo por sua
legendária destreza, disciplina e
valor em combate
• Eles destroçaram a cavalaria
pesada romana em Cannas mas,
em Zama, permitiram a vitória
romana de Cipião, o Africano
23. A Base dos Exércitos Romanos
• As legiões romanas: cifra em torno de 5.500 homens em cada legião
– As legiões tinham 60 centúrias de 80 homens
– Duas centúrias formavam um manípulo
– 30 manípulos de 160 legionários cada, formava uma legião
• Eram acrescidas às legiões:
– Tropas ligeiras
– Cavalaria com 300 soldados divididos em 10 grupos de 30 jinetes
• O número de legiões alistadas dependia sempre da necessidade
• Também as cidades italianas tinham a obrigação de aportar por cada legião
romana um contingente igual de tropas
• Cada Cônsul podia alistar duas legiões e mais dois contingentes aliados
• Assim, um exército romano "normal" constava de uns 22.000 homens
– A metade desses eram romanos
– A outra, das cidades aliadas italianas, submetidas a vontade militar de Roma
24. Os Romanos e sua força
• Roma era potência terrestre e
não naval. Para vencer essa
diferença, com Cartago, os
romanos copiaram um navio
cartaginês avariado que aportou
em Óstia após uma tempestade.
Construiram a frota, equipando
os barcos com garfos, que
travavam os barcos inimigos no
momento da abordagem,
facilitando o ataque
26. Os Romanos e sua força
A tática dava aos romanos um prolongamento das ações em terra,
em que não importava a qualidade dos barcos e sim a das
tropas. Com essa frota, derrotaram os cartagineses na batalha
naval de Mila, em 260 a.C.
27. Prenúncio Belicoso
• Os cartagineses dominavam a Córsega, a Sardenha e parte da
Sicília. Os romanos tinham concluído a unificação da itália. As
colônias cartaginesas eram um obstáculo a expansão romana
no mar Tirreno e tornou-se inevitável um choque com Cartago
• A oportunidade surgiu em 264 a.C. quando Roma e Cartago
foram chamadas para ajudar a cidade de Messina (na Sicília),
ameaçada por Hieron II, rei de Siracusa, aliada de Cartago. As
tropas de Cartago chegaram primeiro, tomaram Messina e se
reconciliaram com Hiéron
• Pouco depois chegaram as tropas romanas, atacaram e
capturaram o almirante cartaginês e o obrigaram a retirar-se
29. Prenúncio Belicoso
• Nesse episódio deflagrou-se a guerra de Roma contra Siracusa
e Cartago, que se lançaram contra Messina, mas foram
repelidos. Em 263 a.C., os romanos invadiram os territórios de
Hiéron e o forçaram a assinar uma paz em separado
• Em 262 a.C., tomaram a fortaleza cartaginesa de Agrigentum
e, dois anos mais tarde, inflingiram uma grande derrota naval a
Cartago, em Mila, norte da Sicília
• Em 259 a.C., os romanos expulsaram os cartagineses da
Córsega e três anos depois obtiveram nova vitória, repelindo o
avanço de uma esquadra na região do cabo Ecnomus, próximo
da área em que seria localizada a atual Licata
31. 1a. Guerra Púnica (264 a 241 a.C.)
• Depois, o Cônsul Atílio Régulo com uma frota de 230 navios,
desembarcou um exército na África, estabelecendo uma
cabeça de ponte em Clypea - atual Kelibia, na Tunísia - e
Cartago aceitou negociar, mas recuou ante as rigorosas
condições impostas por aquele Cônsul
• Com a chegada do inverno, a frota romana foi chamada de
volta ficando apenas 2 legiões. Os cartagineses aproveitaram-
se e, em 255 a.C., a frota de Cartago, comandada por um
mercenário (Xantipo), derrotou e aprisionou Régulo que foi
enviado a Roma para conseguir a paz
• Em Roma, ele incentivou a continuidade da guerra
32. Os Romanos e sua força
• Cumprindo a palavra
dada, Régulo retornou a
Cartago e, como castigo,
foi posto numa barrica
com pontas agudas e
atirado ao mar do alto de
uma colina
33. 1a. Guerra Púnica (264 a 241 a.C.)
• Uma nova expedição romana combateu a frota cartaginesa no
cabo Hermaeum (Bon) e libertou as tropas encurraladas em
Clypea, iniciando uma guerra de desgaste que se prolongou até
249 a.C., quando, em represália a um ataque romano, Cartago
atacou Drepanum (Trapani) por mar e destruiu 93 navios do
almirante P. Cláudio Pulcher
• Interrompidas as batalhas, havia apenas ações de guerrilheiros
liderados por Amílcar Barca, baseados em Erecte e Eryx,
montes quase inexpugnáveis na costa ocidental da Sicília
34. 1a. Guerra Púnica (264 a 241 a.C.)
• Roma construiu uma nova esquadra e em 241 a.C., com 200
barcos, destruiu a frota cartaginesa liderada pelo general
Amílcar Barca, nas ilhas Egates
• Cartago, que já enfrentava uma revolta de seus mercenários, se
rendeu, perdeu a Sicília e foi obrigada a pagar 3.200 talentos
de ouro a Roma em 10 anos, como indenização de guerra
• Em 238 a.C., Roma, invadiu a Córsega e a Sardenha e exigiu
uma indenização extra de 1.200 talentos
35. Os Cartagineses na Península Ibérica
• Cartago não estava vencida e fez planos de conquista. Em 238
a.C., o senado cartaginês mandou Amílcar Barca explorar o
Levante (península Ibérica), onde ocupou as minas de Sierra
Morena, para obter recursos para saldar as dívidas de guerra
• Amílcar Barca morreu em 228 a.C. num ataque noturno ao seu
acampamento situado em Helice (Albacete), por um guerreiro
oretano chamado Orisón e foi sucedido pelo genro Asdrúbal
• Iniciando política pacificadora, Asdrúbal assinou com os
romanos o Tratado do Ebro em 226 a.C. no qual se definiu o
rio Ebro como fronteira limite ao avanço cartaginês. Em troca,
os romanos reconheceriam a soberania cartaginesa ao sul
deste rio, onde ficava Sagunto, cidade aliada de Roma
36. • Em 225 a.C. Asdrúbal fundou Nova Cartago (Cartagena), ao
sul de Alicante e em 221 a.C. Asdrúbal morreu assassinado por
um escravo celta, vingando a morte do seu senhor
• Sucedendo Asdrúbal, o jovem Aníbal -filho de Amílcar - foi
enviado para a península em 220 a.C. e, menos conservador,
iniciou uma política militarista idêntica a do pai
• Com apenas 25 anos, Aníbal assumiu o comando dos exércitos
cartagineses e deu início a novas guerras com os romanos,
lançando já no primeiro ano suas primeiras campanhas
Os Cartagineses na Península Ibérica
37. Aníbal Barca
Amílcar tinha seus
motivos para odiar os
romanos e fez Aníbal
jurar, ainda criança,
também um ódio eterno
a Roma
38. • Em 219 a.C., Aníbal conquistou a cidade vaccea de Salmantica
(Salamanca) e da capital, Urbocola (Zamora) e no final da
primavera desse ano, Aníbal derrotou os carpetanos, a leste de
Toledo, dominando parte da zona do Tejo
• Para garantir seu domínio, Aníbal atacou Sagunto (aliada de
Roma), com o pretexto de defendê-la. Esperando a ajuda
pedida a Roma, Sagunto resistiu ao poderoso exército
cartaginês por oito meses e no outono de 219 a.C., Aníbal
Barca ordenou o assalto definitivo da Acrópole de Sagunto
• Os habitantes, abandonados pelas suas próprias forças,
preferiram o suicídio coletivo na fogueira, a se renderem
• Este conflito originou a Segunda Guerra Púnica
Os Cartagineses na Península Ibérica
40. II Guerra Púnica - (218 – 201 a.C.)
• Em agosto de 218 a.C., Cneo Cipião desembarca em Empório
(Golfo das Rosas) e ocupa a zona costeira para cortar o
abastecimento aos exércitos de Aníbal na Itália
• Deixando seu irmão Asdrúbal no comando ibérico, Aníbal se
dirige à Itália, mantendo a guerra em duas frentes
• Aníbal decidiu conduzir suas tropas através da Espanha e da
Gália, iniciando uma penosa travessia pelos Pireneus e Alpes
na primavera de 218 a.C. com 50.000 homens da infantaria
(muitos deles mercenários hispanos), 9.000 cavaleiros e 37
elefantes. Nos seis meses de travessia, as lutas, o frio e os
acidentes reduziram os efetivos a 26.000 soldados
42. As Dificuldades para Transpor os Alpes
A marcha pelos Alpes custou muitas perdas em vidas e
materiais ao exército de Aníbal. Primeiro foi em
decorrência das hostilidades encontradas no trajeto e
depois pelo precipícios e pelo inverno rigoroso
43. II Guerra Púnica - (218 – 201 a.C.)
• O gênio militar de Aníbal e os erros dos generais romanos
permitiu-lhe vencer as 3 batalhas logo após cruzar os Alpes
• Foram aquelas travadas no Vale do Pó, junto aos rios Tesino e
Trébia (218 a.C.) e, junto ao lago Trasimeno, um ano depois,
quando conquistou as cidades do norte da Itália
• A batalha de Trébia – mais de 20.000 baixas romanas
– Contra os cônsules romanos Cipião e Sempronio
• A batalha do Lago Trasimeno – 15.000 mortos e 10.000
prisioneiros e mais 4.000 mortos da cavalaria Gémino
– Contra o cônsul Flamínio e Gémino
44.
45. II Guerra Púnica
• Em 218 a.C., às margens do
rio Ticino, os romanos
sofreram grande derrota e o
próprio Públio Cornélio
Cipião ferido, teria caído
prisioneiro, não fosse salvo
pelo filho
• Cipião retirou-se para perto
do rio Trébia, esperando a
chegada de Semprônio da
Sicília
46. A Batalha de Trebia
• O comando era por turnos diários. Semprônio era impulsivo,
ao contrário de Cipião. Aníbal conhecia bem a sua forma de
comando e o temperamento dos dois cônsules
• Logo ao amanhecer, Aníbal atacou com a cavalaria númida, no
turno de Semprônio. Este reagiu e os númidas retrocederam.
Pensando estar em vantagem, Semprônio mandou todo o
exército atravessar o rio para atacar o acampamento púnico
• Aníbal atacou no centro com a infantaria e nas laterais com a
cavalaria númida. Derrotando a cavalaria romana, os númidas
atacaram os flancos das legiões e Mago (irmão de Aníbal)
fechou por trás com seus 2.000 homens
• Morreram mais de 20.000 romanos nessa batalha
48. • Com reforços de tribos gaulesas após a batalha de
Trébia, veio o inverno, morreram muitos cavalos e
sobrou só um dos elefantes sobreviventes dos alpes
• Durante esse inverno, alistaram em Roma onze novas
legiões com 100.000 homens, sob o comando dos
novos cônsules Flamínio e Gêmino. Aníbal via mais
facilidade em enganar o impulsivo Flamínio
• Aníbal transpõe os apeninos e marcha pelos pântanos
para enganar Flamínio e fica cego de um olho
49. Batalha do Lago Trasimeno – Junho de 217 a.C.
• Aníbal armou uma emboscada, atraindo Flamínio, que o
seguia de perto, a um terreno estreito em forma de garganta,
perto do lago. Seguiu-se uma verdadeira chacina
• Morreram quase 30.000 romanos e o próprio Flamínio. Os
poucos sobreviventes foram presos e Aníbal só perdeu 1.500
homens, a maior parte gauleses
• Algumas fontes referem a morte de 15.000 homens do Cônsul
Flamínio com 10.000 ficando prisioneiros e a morte de 4.000
cavaleiros do Cônsul Gémino
• Essa derrota desprotegeu Roma mas Aníbal não a atacou
• O novo ditador, Quinto Fábio Máximo, recrutou às pressas um
exército e iniciou uma hábil guerra de desgaste contra as
tropas de Aníbal
52. Batalha de Cannas – 2 de agosto de 216 a.C.
• Outra batalha seria ainda mais cruel para os romanos
cujo efetivo já chegava a 90.000 homens, contra os
50.000 de Aníbal. Eram cônsules, Lúcio Emílio Paulo
e Caio Terêncio Varrão que também alternavam o
comando
• Atraídos para campo aberto, a luta ocorreu em terreno
escolhido por Aníbal
• Foi a maior derrota da história de Roma onde, além
do próprio Cônsul Lúcio Emílio Paulo, morreram 80
senadores
54. Batalha de Cannas – Fase 1
• Aníbal enviou os homens e piqueiros como força de cobertura
e formou o resto do exército atrás
• Colocou 6.000 celtas e ibéricos como força de cavalaria frente
aos 1.500 romanos
• Na outra ala dispôs os seus 4.000 númidas
• No centro formou 16.000 celtas e ibéricos em companhias
alternadas, em uma formação de meia lua, mais profunda no
centro que nas alas
• Formou os seus piqueiros em duas colunas atrás da cavalaria.
55. Batalha de Cannas – Fase 2
• A batalha começou com a intervenção das tropas ligeiras que
logo se retiraram para a retaguarda
• A cavalaria ibérica e celta lançou-se contra os cavaleiros
romanos, fazendo-os retroceder para as margens do rio
• Na outra ala, os númidas fustigavam a cavalaria romana
tentando separá-la das legiões
• No centro, as legiões lançaram-se contra os celtas e ibéricos
reduzindo a cabeça da formação inimiga
56. Batalha de Cannas – Fase 3
• A cavalaria romana foi dispersa e a maioria dos cavaleiros
celtas e ibéricos cruzaram por trás das legiões e lançaram-se
contra a retaguarda da cavalaria romana que cedeu no ataque
• As legiões seguiram pressionando para a frente até rebaixar os
piqueiros por ambas as alas; estas envolveram-se então no
centro e lançaram-se contra o flanco das legiões
57. • A cavalaria celta e ibérica
voltou outra vez pela
retaguarda das legiões
• Nas alas, os piqueiros
caíram sobre a infantaria
romana e extenderam-se as
suas linhas para cercar uma
vez mais as alas
• As tropas ligeiras mudaram-
se para a retaguarda e as
legiões começaram a cair,
eliminando a pressão que
faziam sobre os celtas e
ibéricos no centro
No final da batalha 50.000
romanos morreram na luta,
20.000 foram capturados e
só uns poucos escaparam
Onze legiões foram
exterminadas sem nenhuma
piedade no campo de
batalha antes do fim do dia
Batalha de Cannas – Fase 4
58. A Batalha de Cannas
O exército romano foi
aniquilado. Morreram
50.000 soldados e
foram aprisionados
outros 20.000 homens.
Essa vitória custou a
Aníbal somente 6.000
homens
59. Aníbal em Cápua
• Depois dessa batalha,
Aníbal retirou-se para
a Campânia (Cápua)
para passar o inverno,
esperar reforços e
fazer alianças com
outros povos
contrários a Roma
60. Outras Campanhas de Aníbal
Anibal conquistou a
Sicília e Siracusa e fez
uma aliança com Filipo
V, rei da Macedônia na
guerra contra a Ilíria,
que resultou em
fracasso
61. A Guerra após Cannas
• A batalha de Cannas foi uma obra prima de tática e, a
partir daí, só se manteve a guerra de desgaste
• No comando romano, o general Marcelo - “o gládio
de Roma” - conseguiu pequenas, mas significativas
vitórias nas guerras de desgaste
• Aníbal dependia de reforços que nunca chegavam
• Em 214 a.C. Marcelo partiu para a Sicília para tentar
reconquistar Siracusa
62. O Cerco de Siracusa
• Grandes espelhos, invenção de
Arquimedes, permitiram de terra
incendiar barcos romanos que
bloqueavam a saída da cidade
• Mesmo assim, a orgulhosa cidade
helênica de Siracusa, aliada dos
cartagineses, foi obrigada a se
render e nunca mais iria adquirir a
glória do passado
63. A Reconquista de Siracusa
• Essa guerra que foi iniciada em 214 a.C., só se completou em
211 a.C., assim mesmo com a ajuda de traidores
• À frente dos romanos, o general Marcelo enfrentou grande
resistência imposta pela genialidade inventiva de Arquimedes
• Conta-se que um legionário entrou no jardim de Arquimedes
que, indiferente ao que estava acontecendo, e distraído com
suas figuras geométricas desenhadas na areia, gritou: “não pise
nos meus círculos !”. O legionário o matou
64. A Reconquista de Cápua
• Ainda em 211 a.C. os romanos cercaram Cápua e
Aníbal que veio em seu socorro, nada pode fazer.
Numa estratégia, lançou-se em direção a Roma
tentando atrair as tropas romanas
• Seu gesto causou pânico à população mas ele não
atacou Roma: “Hannibal ad portas”
• Em Cápua, sem o apoio de Aníbal, 28 membros do
Conselho se suicidaram e a cidade foi dominada
• Aníbal perdeu o controle da Campânia e agora só
ocupava o extremo sudoeste da itália
65. • Cneo Cipião derrotou pela primeira vez o exército cartaginês
comandado por Hannon
• A batalha desenrolou-se durante este mesmo ano em Cesse,
próximo de Tarraco, cidade indígena que converteu-se na
principal base romana na zona do Ebro
• A chegada de Publio Cipião (irmão de Cneo) com os reforços,
possibilitou em 216 a.C., derrotar Asdrúbal Barca – irmão de
Aníbal - em Hibera, cruzar o rio Ebro e chegar a Sagunto
• Sagunto foi conquistada no ano seguinte e serviu de ponto de
apoio para as conquistas romanas do Levante e Guadalquivir
Frente Ibérica
66. Frente Ibérica
• Nessa frente o domínio romano se manteve até que Asdrúbal
Barca, regressou da África com reforços (212 a.C.) e derrotou
os romanos em Castulo. Morreram os dois chefes romanos:
Publio Cipião, em Castulo e Cneo Cipião em Ilori (Lorca)
• Em 210 a.C., Públio Cornélio Cipião no comando, reorganizou
as forças de 35.000 homens e partiu para a ofensiva
• Em 1 de abril de 209 a.C. conquistou Nova Cartago garantiu o
controle sobre o Levante espanhol
67. • Derrotado na batalha de Baecula em 208 a.C., Asdrúbal Barca
deixou o outro irmão Lúcio na região de Bastetina, e foi se
unir a Aníbal na Itália
• Esse novo perigo fez Roma deslocar um exército que derrotou
Asdrúbal às margens do rio Mentauro, nesse mesmo ano
• Depois de anunciar a Aníbal a sua vitória, com uma catapulta,
os romanos lançaram a cabeça decepada de Asdrúbal no
campo cartaginês
• Este fato pôs Aníbal em grave situação
Frente Ibérica
68.
69. Frente Ibérica
• Em 207 a.C. ocorreu Batalha de Ilipa (hoje Alcalá del Rio),
entre romanos e cartagineses e pouco depois chegaram até
Carteia (Algeciras) após sitiar Estapa (Estepa)
• Cipião fundou perto de Santiponce (Sevilha), no final do Verão
do ano 206 a.C., uma colônia romana denominada Itálica
(honra da Itália) para estabelecer legionários veteranos
71. A Campanha Romana na África
• Próximo a Cartago havia extenso território númida
dividido por 2 grupos:
– Os Masesilos a oeste, adversários de Cartago e governados
por Syfax
– Os Masilos a leste, aliados de Cartago e governados pelo
rei Gaia
72. A Campanha Romana na África
• A morte de Gaia e a luta dos herdeiros pelo trono fez Syfax
ocupar todo o território, fazendo uma aliança com Cartago
• Massinissa, filho de Gaia, fez aliança com Cipião em troca do
apoio para recuperar o trono. Então, o Senado romano aprovou
a campanha de Cipião – eleito Cônsul – que desembarcou na
África em 204 a.C. com 40.000 soldados
• A tomada de Útica só foi possível em 203 a.C., quando foi
solicitada uma trégua por Cartago. No fim da trégua a derrota
de Asdrúbal e Syfax foi completada por Cipião e Massinissa
73. • Com Cipião em Tunes (25 km de Cartago), nova
trégua foi concedida com a imposição de condições:
– Renúncia de Cartago à península ibérica
– Pagamento de 5.000 talentos
– Redução da frota a 20 botes
– Reconhecimento de Massinissa como rei
– Independência das tribos africanas do território númida
• Chamado de volta em 202 a.C., Aníbal desembarcou
em Leptis Magna para evitar o confronto com Cipião.
Ao saber disso, Cartago rompeu a trégua
• Como estratégia, Aníbal levou o exército para Zama
(150 km de Cartago), mas não evitou que Massinissa
e seu exército se juntassem ao contingente de Cipião
A Campanha Romana na África
75. Aníbal e Cipião – Encontro em Zama
• Os exércitos em formação de
batalha, Aníbal mandou
mensagem pedindo um
encontro pessoal com Cipião
• Disse-lhe que Cartago não mais
faria guerra com Roma, deixaria
a Sicília, Sardenha e Espanha,
antigas disputas com Roma e
ainda ofereceu as ilhas entre a
Itália e África
• Cipião não aceitou os termos e
ainda ganhou tempo para a
chegada de Massinissa com
4000 cavaleiros númidas e
6.000 homens da infantaria
Aníbal tentou evitar a união
dos romano aos aliados
númidas. Também falhou
e suas táticas anteriores
de guerrear não foram
eficazes desta vez
77. Os Exércitos em Zama
• O contingente de Aníbal em Zama
era de 50.000 homens. Muito
superior ao romano
– 37.000 homens da infantaria
dispostos em 3 linhas
– 5.000 homens da cavalaria
dispostos nas laterais
– 80 elefantes na linha de frente
• O exército romano tinha 30.000
soldados:
– Ou, 10 legiões
– A formidável cavalaria númida
estava do seu lado
78. • Em outubro de 202 a.C., houve o confronto de Aníbal com o
filho do outro Cipião (da batalha de Trébia). A derrota em
Zama foi a primeira de Aníbal
– Cartago teve 25.000 homens mortos e 10.000 prisioneiros
– Roma perdeu 2.000 legionários e 3.000 cavaleiros númidas
• Em Tunes, Cartago teve que aceitar as duras condições
impostas e ainda alimentar as tropas de Cipião pelo prazo de
três meses, até que o senado romano aprovasse o acordo
• A paz custou aos cartagineses:
– Apenas o reconhecimento de sua independência
– A Espanha
– Sua esquadra naval, menos 10 navios
– Indenização de guerra de 10.000 talentos (300.000 kg de prata) a serem
pagos em 50 anos
A Campanha Romana na África
79. Aníbal retorna a Cartago
• Aníbal retorna e a sua popularidade faz temer os governantes.
Viu um povo arruinado enquanto os governantes enriqueciam,
inclusive contrabandeando com Roma
• Assumiu o comando e exigiu devolução ao tesouro público e
impediu o aumento de impostos. Foi denunciado ao Senado
romano que reunia um exército para atacar Roma
• Uma delegação romana foi a Cartago em 195 a.C., exigindo
sua destituição. Avisado da traição por Cipião, o africano,
Aníbal fugiu para a Síria onde foi acolhido por Antíoco. Este,
vencido por Roma, entregaria Aníbal se não fugisse para a
Bitínia, do rei Prúsias
80.
81. O Fim de Anibal
• O rei Prúsias da Bitínia
viu-se obrigado a
entregá-lo. Para não cair
em mãos romanas,
Aníbal suicidou-se em
183 a.C. dizendo:
“Livremos os romanos de
suas preocupações”
Aníbal tinha sido tão
bom na guerra quanto
na paz
83. Principais Batalhas de Aníbal e baixas romanas
• A batalha de Trebia – Contra Cipião e Semprônio
– Mais de 20.000 baixas romanas
• A batalha do Lago Trasimeno – Contra Flamínio e Gémino
– 30.000 mortos. Os poucos sobreviventes foram feitos prisioneiros
– Outras fontes referem 15.000 mortos e 10.000 prisioneiros e mais 4.000
mortos da cavalaria Gémino
• A batalha de Cannas – Contra Lúcio Emílio Paulo e Caio Terêncio
Varrão
– Cerca de 50.000 mortos e 20.000 prisioneiros
• A batalha de Zama – Contra Cipião, o africano
– 25.000 mortos cartagineses e 10.000 prisioneiros, contra 5.000 baixas
romanas
85. • Derrotada na II Guerra Púnica, Cartago recomeçou a
reconstruir sua riqueza. Foi tarefa difícil sem a sua
frota e com os recursos limitados. Além disso, o rei
Massinissa da Numídia, sabendo que Cartago não
poderia fazer guerra sem o consentimento de Roma
começou a hostilizá-la impunemente. Cartago enviou
várias delegações a Roma para queixar-se dessas
agressões contínuas e sempre tinha a mesma resposta:
“Não havia dados consistentes dessas agressões".
A Recuperação de Cartago
86. Cartago e sua Recuperação pós-Guerra
• Sem fazer-se de vítima, apesar das duras condições de paz,
Cartago empenhou-se em progredir e o conseguiu de maneira
espetacular !
• Trinta anos após a derrota já havia recuperado parte de seu
antigo esplendor. A cidade estava magnífica, a agricultura
havia se desenvolvido muito com a irrigação e produzia
produtos que exportava a todas as regiões do Mediterrâneo
• Cartago enriqueceu vendendo a Roma o trigo que servia para
manter as custosas campanhas romanas. Uma vez os romanos
pediram 500.000 medidas de trigo e os cartagineses disseram
que lhes daria como presente. O senado romano se negou a
aceitar o presente e pagou até o último grão
87. • O desenvolvimento comercial foi tal que, dez anos
após a derrota, uma delegação de Cartago chegou a
Roma e disse a um Senado romano estupefato que se
estivessem sem dinheiro Cartago poderia pagar toda a
a indenização de guerra de uma só vez - os famosos
10.000 talentos
• Os senadores romanos não tinham preocupação com a
recuperação econômica de Cartago mas, com a sua
potencial ameaça militar. Para eles não existiam
"modelos econômicos" sem ameaças militares
Cartago e sua Recuperação pós-Guerra
88. • Roma odiava Cartago porém, Cartago também odiava
Roma como jamais duas nações havia se odiado em
toda a História. Os cidadãos de ambas as cidades,
acreditavam que valia a pena comprometer a sua
cidade se conseguisse arrastar a outra com ela. Não
havia só rivalidade ou inimizade. Era um ódio
irracional cujos ecos ainda ressoam nítidos após mais
de 2.000 anos
89. "Delenda est Carthago!“ – 153 a.C.
• Em Roma, o Censor Catão
tornou-se porta-voz dos radicais
e terminava seus discursos com
uma frase, com a qual pedia a
destruição de Cartago
• Não só vencê-la e sim destruí-la,
arrasá-la, apagar sua lembrança
da face da Terra, assim como
suas pedras e seus cidadãos
• Catão morreu em 149 a.C. sem
ver Cartago destruída
90. • Roma não era uma nação imperialista por definição. As suas
guerras foram mais por reação defensiva contra ameaças ou
que entendiam como ameaça. Eles eram temerosos e frente a
qualquer acontecimento estranho que viam como um perigo
iminente, reagiam com uma violência desproporcional
• Os delegados cartagineses que voltavam de Roma contavam
ao povo como era a cidade, com suas muralhas simples, suas
ruas estreitas, casas de ladrilho unidas umas às outras e seus
templos de ladrilho e madeira
• Roma era sub-desenvolvida, sem literatura ou arte própria, não
tinha edifícios públicos, bibliotecas ou teatros e era habitada
por campesinos-soldados
91. • As delegações romanas enviadas a Cartago para fiscalizar o
tratado de paz constatavam o seu crescimento rápido. Os
cartagineses mostravam com orgulho a resplandescente e
maravilhosa cidade junto ao mar, cheia de edifícios públicos,
templos com paredes cobertas de lâminas de ouro, bibliotecas,
teatros e suas impressionantes muralhas triplas
• Diariamente chegavam as riquezas aos seus depósitos. Essa
prosperidade de Cartago era uma ameaça latente contra Roma
• Os senadores romanos limitavam-se a observar calados e a
memorizar tudo para informar aos seus colegas em Roma, o
que causava muita intranquilidade ao senado romano ...
92. • O velho rei Massinissa da Numídia - que havia fornecido
muitos cavaleiros a Aníbal - continuou ameaçando Cartago e
atacou as cidades da costa. Para se defender dessa ameaça,
Cartago refez seus exércitos e enviou um general, chamado
Asdrúbal “o dissidente“, para conter os invasores
• O caso é que Asdrúbal foi derrotado e escapou deixando seus
homens que foram assassinados por Massinissa. Asdrúbal foi
condenado a morte pelo senado cartaginês, porém escapou
• Com isto, Cartago quebrava a cláusula do tratado de paz que a
impedia de fazer a guerra sem o consentimento de Roma
III Guerra Púnica - (149 – 146 a.C.)
93. • Roma, temendo que Massinissa dominasse Cartago, criando
um reino africano baseado na riqueza púnica, aproveitou a
violação do tratado de paz de 201 a.C., e atacou o seu eterno
inimigo, iniciando a III guerra púnica
• Os cônsules L. Marco Censorino e M. Manilio Nepote foram
incumbidos das operações militares, sendo-lhes fornecido:
– Um exército de 80.000 homens, 4.000 cavalos, 50 galeras e um número
indeterminado de navios de transporte
• Como Catão, Massinissa também não viu a destruição de
Cartago. Morreu em 149 a.C.
III Guerra Púnica - (149 – 146 a.C.)
94. • Útica se pôs sob a proteção Romana, sendo seu quartel general
no desembarque das tropas na primavera de 149 a.C.
• Os romanos receberam uma delegação púnica e exigiram a
entrega de todas as armas para não atacar
• Aterrorizados, os cartagineses levaram um comboio com mais
de 200.000 equipos completos, 2.000 catapultas e dez barcos
de guerra que ainda mantinham após o final da guerra
• Com as armas púnicas, os romanos ditaram as suas condições:
– O povo cartaginês seria nação independente, porém, devia abandonar
Cartago para estabelecer-se numa nova cidade que deveriam construir a
pelo menos 15 kilômetros da costa
95. • Ao expor as condições romanas, os embaixadores foram
acusados de traição e executados. O ódio se instalou na cidade
e todos os romanos em Cartago foram assassinados
• Preferindo lutar, Cartago deu a defesa da cidade ao general
dissidente Asdrúbal. O re-armamento começou e quando os
romanos atacaram foram repelidos por Asdrúbal, o que
demonstra que Cartago não entregou todas as suas armas
• O ano de 149 a.C. terminou mal para os romanos. Nos dois
anos seguintes os romanos não venceram a resistência de
Asdrúbal e até sofreram derrotas
96. • Asdrúbal mandou mutilar e crucificar todos os prisioneiros,
nas muralhas, à vista horrorizada de seus companheiros
• O exército do cônsul Manílio foi emboscado e só se salvou
graças ao gênio militar de um jovem: Cipião Emiliano, neto
adotivo de Cipião, o Africano. No ano seguinte ele também
salvaria outro cônsul emboscado
• Apesar da idade, Cipião foi eleito Cônsul pelo povo romano,
convencido de que só um Cipião acabaria com Cartago
• Após três anos de resistência, em abril de 146 a.C., no assalto
final sob o comando de Cipião Emiliano, os romanos tomaram
as muralhas e na manhã seguinte, chegaram ao templo
III Guerra Púnica - (149-146 a.C.)
97. • Perseguidos, os cartagineses refugiaram-se no alto da colina de
Byrsa, onde indefesos, foram trucidados. As ruas se cobriram
com montanhas de cadáveres
• Cenas selvagens ocorreram. As fossas comuns encontradas
demonstram a frieza dos combates onde os romanos lançavam
tanto os mortos como os vivos, segundo relato de Apiano
• Durante seis dias e noites, o inferno se instalou na terra. No
sétimo dia, saíram embaixadores para suplicar a Cipião que
deixasse viver os que ainda estavam alí. Eles se renderiam e
aceitariam a escravidão em troca de fugir daquele horror
98. • Cipião aceitou e os sobreviventes saíram da cidade
completamente aterrorizados pelo que tinham visto
• Mas, cerca de 1.000 homens não podiam esperar
clemência. Era Asdrúbal com os refugiados no templo
de Eshmún
• Os romanos limparam cuidadosamente toda a área,
enterraram os milhares de cadáveres e se prepararam
para o assalto final incendiando o templo. Asdrúbal
traiu os homens saiu chorando para suplicar aos pés
de Cipião que o mantivesse vivo
99. • Um grito fez todos se voltarem. No alto do muro do
templo, a mulher de Asdrúbal reprovando o marido
pela traição, também amaldiçoou Roma com os
termos: "Vós, que nos destruíram com fogo, com
fogo também sereis destruídos“. Depois, abraçou os
filhos e lançou-se nas chamas do templo
• Contemplando o gigantesco incêndio consumir a
cidade, Cipião Emiliano chorou na frente dos homens
• Na cidade de 250.000 habitantes somente restaram
50.000 vivos que foram vendidos como escravos
100. • Muitos dos sobreviventes cartagineses foram para a
Itália, onde manteriam viva a recordação de Cartago e
os seus descendentes tornar-se-iam romanos livres e
alguns deles, ilustres
• Cartago sobreviveu !
• Nascido em Leptis Magna (África), Sétimo Severo,
romano de origem púnica que falava um pouco do
cartaginês, chegou a ser imperador de Roma
101. • Derrotada uma vez mais, Cartago foi inteiramente
destruída, seus templos demolidos, suas casas
queimadas e seus campos saqueados. Proibiu-se a sua
reconstrução e passou a ser propriedade Romana
• Muitas foram as causas da derrota cartaginesa:
– Cartago não estava preparada para fazer frente a Roma
– Carecia de generais competentes (competiam entre eles)
– O exército era composto na sua maior parte por soldados
mercenários aos quais dificilmente se podia pagar se a
guerra se prolongasse demasiado
– Cartago tinha menos recursos humanos
Causas da Derrota de Cartago
102. III Guerra Púnica – Destruição de Cartago
• O incêndio durou 17 dias. Depois os prédios foram demolidos
e suas fundações arrancadas
• Cartago arrasada, só deixou aos arqueólogos pequenos restos
da maior e mais rica cidade do Mediterrâneo
• Foi espalhado sal para que nada mais pudesse crescer
103. Ruínas de Cartago – Descoberta recente
• Toda a Cartago foi destruída
meticulosamente e sobre ela
se edificou, anos depois, uma
nova cidade que cobriu por
completo os escassos restos
púnicos
• Descobriu-se na colina de
Byrsa todo um bairro púnico
que data da última fase
urbanística de Cartago, entre o
fim da II guerra Púnica e a sua
destruição
105. Descrição de Políbio
• O quinquerreme (cinco filas
de remadores) era o navio
cartaginês de combate
principal. Este foi o barco
copiado pelos romanos para
construir a sua frota
• Em 256 a.C. foi alinhada
uma frota de 350 navios por
Cartago, mas nada se sabia
até 1971, quando foi
descoberto o casco de um
navio púnico em Lilybaeum