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Clube do Povo no Jardim Conquista,
região leste de Goiânia
DIÓGENES FIDEL MARÇAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
DIÓGENES FIDEL MARÇAL
Clube do Povo no Jardim Conquista, região
leste de Goiânia
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Anápolis
2015
DIÓGENES FIDEL MARÇAL
Clube do Povo no Jardim Conquista, região leste de
Goiânia
Trabalho de conclusão de curso apresen-
tado a Faculdade de Arquitetura e Urba-
nismo da Universidade Estadual de Goiás
como parte dos requisitos necessários à
obtenção do título de Arquiteto e Urbanista
Orientador: Gilson David
Anápolis
2015
Sumário
1 Introdução e Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 Lazer - Importância do lazer na sociedade . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1 História do Lazer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Lazer na contemporaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3 Panorama geral dos clubes sócio-recreativos no Brasil . . . . . . 9
4 Clube do Povo I, um clube da Prefeitura de Goiânia . . . . . . . . 12
5 Uso e manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
6 Jardim Conquista e bairro adjacentes . . . . . . . . . . . . . . . . 17
7 Referências Projetuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
7.1 Referências Projetuais 1 - Clube de Tênis . . . . . . . . . . . . . . 22
7.2 Referências Projetuais 2 - Centro Esportivo . . . . . . . . . . . . . 25
8 O Lugar, Jardim Conquista e entorno . . . . . . . . . . . . . . . . 27
8.1 Vias e acessso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
8.2 Topografia e Hidografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
8.3 Cheios e Vazios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
8.4 Terreno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
9 Diagnóstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
10 Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
10.1 Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
10.2 Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
10.3 Partido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4
1 Introdução e Justificativa
Recentemente a Praça Cívica, em Goiânia, foi repaginada afim de melhorar da
qualidade dos espaços urbanos da capital goiana, a prática de construtoras construir
ou reformar equipamentos e espaços públicos em parceria com prefeitura melhorando
a qualidade de vida e valorizando o entorno imediato é frequente nos setores Marista e
Bueno, gigantescos parques repletos de equipamentos como o Parque Flamboant, no
Jardim Goiás, Parque Vaca Brava, no Setor Bueno e Parque Cascável, entre o Parque
Amazonas e Jardim Atlântico são motivos de encantamento e orgulho para quem mora
em sua rendodezas, e de fato estruturas planejadas para gerar lugares de lazer e
convívio social melhoram a qualidade do espaço urbano, desde que o morador consiga
manter o alto custo de moradia inflacionado por esses equipamentos, se mudarmos de
localização e falarmos de equipamentos públicos nas periferias, em especial a região
leste de Goiânia veremos uma diminuição drástica de espaços públicos, até mesmos
os equipamentos urbanos de primeira necessidade, como hospitais, postos de saúde e
delegacias.
As cidades são compostas por áreas urbanizadas que abrigam a popu-
lação de melhor poder aquisitivo e por áreas com pouca e/ou sem urba-
nização, habitada pelas classes populares. Isso constitui uma violência
organizada contra a população empobrecida em geral e, principalmente,
contra a juventude, que vive em uma espécie de prisão social. (TRIN-
DADE, 2009, p. 13)
A ausência de espaços públicos que proporcionem qualidade de vida para a
população influencia diretamentamente na formação do carater de crianças e adoles-
centes da região. Os pais enfretam extensas jornadas de trabalho e depois enfretam
horas ao percorrerem o trajeto casa trabalho, principalmente os que dependem de
transporte público, enquanto os filhos, quando não estão na escola, ficam totalmente
desprovidos de cuidados de adultos e sem práticamente nenhuma opção saudável de
lazer, assim abrindo possibilidades para envolvimento com drogas e marginalidade.
Para Ribeiro (2004), os agentes que determinaram e determinam a construção
e expansão de Goiânia são os poderes públicos e privados. Quando o setor privado
melhora um espaço garantindo infraestrutura (lazer, incluso) geralmente tal elemento
é limitado por uma barreira social - tomemos exemplo do parque Flamboyant que é
cercado por predios de alto padrão e os condomínios fechados que isolam em mini-
cidades muradas com segurança e infraestrutura proprias). Por outro lado, o poder
publico geralmente falha em produzir espaços de lazer de qualidade para o morador,
fruto de uma serie de fatores e interesses politicos conflitantes. Então. é por objetivo
Capítulo 1. Introdução e Justificativa 5
deste trabalho, 1- definir o conceito de lazer e sua importância para o contexto do
cidadão; 2- Diminuir as barreiras entre espaço privado e espaço publico; 3- fazer uso
da arquitetura para melhorar a qualidade de vida da população em nivel local.
O projeto Clube do Povo é uma iniciativa da Prefeitura de Goiânia com objetivo
de levar o prática esportiva e o lazer para população da região onde está implantado,
principalmente a crianças e idosos. Nas duas sedes que estão em funcionamento
em 2015 é possível encontrar piscinas (adulto e infantil), campos de futebol, quadras
poliesportivas cobertas, parquinhos infantis, áreas de churrasco, salão de dança,
lanchonetes, hortas comunitárias, praças e área verde, disponíveis gratuitamente para
população, como exceção do aluguel do espaço de quadras e salões para eventos
privados.
A primeira sede do Clube do Povo foi inaugurada em 2007, informações da
Secretaria de Esporte e Lazer de Goiânia, que também busca a reforma do segundo
clube que era o antigo clube da ABO (Associação Brasilira e Odontlogia) e existe uma
processo licitatório para o Clube do Povo 3.
Dentro desse contexto venho propor a construção de um clube de lazer, que
atenda a comunidade local com suas demandas de espaço de convivência social,
prática de esportivas, locais de apreciação e preservação da natureza afim de possibili-
tar hábitos mais dignos e saudáveis a quem nunca teve a qualidade de vida vendida
nas regiões mais elitizadas da cidade.
6
2 Lazer - Importância do lazer na sociedade
2.1 História do Lazer
O que conhecemos hoje como “tempo livre” e “tempo de trabalho” é fruto de
uma conquista de revoluções sindicais do século XIX. Antes da Revolução Industral,
períodos de trabalho de até 14 (quatorze) horas diárias eram comuns, trabalhadores
não tinham direito a descanso e relacionamento social. Com o advento das máquinas
e modelo de Ford, que configura-se de oito horas de trabalho, oito horas de descanso
e oito horas de lazer, então lazer e entreterimento passar a ser elementos na vida de
grande parcela da população. (COSTA; STUMPP; SARTORI, 2011)
[ . . . ] a revolução dos costumes que se baseou em três novos ele-
mentos intimamente relacionados: diminuição das horas de trabalho e,
consequentemente, aumento das horas de ócio; elevação do nível sala-
rial em virtude de maior rendimento em um menor tempo de trabalho;
e a incapacidade de empregar adequadamente o tempo livre. (SILVA,
1971, p. 10, apud MENOIA, 2000, p.8)
Com as mudanças que ocorrem no dia-a-dia da sociedade pós Revolução
Industrial, passa a existir uma busca por atividades para se exercer durante o tempo
de ócio, entre o trabalho e descanso, nos quais os ambientes de entreterimento, que
mais propuseram lazer se destacaram os; clubes aquáticos e de práticas esportivas,
cinemas, teatros, parques e praças.
Em 1988 a Constituição Brasileira institui o lazer como um dos direitos básico
do cidadão, jogando por terra qualquer espécie de mentalidade que fosse em direção
oposta á cultura do lazer, e consequentemente aumentando a quantidade de espaços
para suas práticas.
2.2 Lazer na contemporaneidade
De acordo a leitura de MENOIA (2000), sobre a definição de lazer do francês
DUMAZEDIER (1976) o lazer completo se constitui de aspectos, de livre escolha; sem
fins lucrativos, prazeroso, e supera espectativas além de ser categorizado por quatro
tipologias organizadas pelo tempo dísponível para prática deste, sendo: lazer do fim do
dia; do final de semana; do final do ano e do fim da vida.
Considerando o cenário brasileiro, Marcellino (1987) afirma que no lazer não
existe busca por uma recompensa diferente daquela que é provocada pela própria
Capítulo 2. Lazer - Importância do lazer na sociedade 7
situação e que o tempo disponível é meio possibilitador da prática ou comtemplação
do lazer.
Na atualidade grande parte do lazer é associado a um política capitalista e
consumista onde é necessário pagar, por um determinado período para apreciamento
dessa prática, o que gerou um grande impulso na multiplicação desses “empreendimen-
tos para lazer”, “o lazer dos nossos tempos tornou-se funcionalista e comercializado”
(MENOIA, 2000, p. 11), o que não implica que não existam outros tipos de ambientes,
como parque e praças que são de acesso gratuito, ambientes comunitários como
quadras esportivas que podem ser mantidos por uma gestão governamental ou comu-
nitária, além de uma infinidade de espaços virtuais para uma séries de tipos de lazer
como jogos, redes sociais, músicas, videos, etc. É valido resaltar que o custo comercial
tem pouca relação, com a qualidade/intensidade do lazer proposto, apesar de que em
sua maioria o mesmo surgir como pago.
O lazer levou a cultura e a prática de hábitos que por sua vez resultaram na
necessidade da criação de espaços de recreação, convivências sociais, práticas espor-
tivas e reunião de operários e sindicatos, mais tarde é levado ao nível da cidade, onde
Le Corbusier (1976) diz que a cidade não é só um espaço para se viver e trabalhar,
mas também tem que reservar ambiente para que as pessoas “cultivem seu corpo e
espírito”, algo que mais tarde contribuíria para o surgimento de várias praças e parques.
Toda e qualquer experiência de Lazer se desenvolve no interior de espa-
ços e equipamentos, de modo em que as atividades de Lazer dependem
e são sensivelmente demarcadas pelos ambientes onde acontecem.
Estes espaços remetem a um problema para o setor público que, ao
planejar uma política de lazer, deve considerar os equipamentos já exis-
tentes, a disputa pela apropriação do território ocupado e as condições
do espaço social a ser destinado e usufruído pela população. (ALMEIDA,
2008, p. 9)
Os espaços projetados para serem ambientes de lazer e entreterimento em sua
grande parte “impedem o incremento e ampliação das oportunidades de experiências
amplas no âmbito do Lazer, o que dificulta a disseminação e a potencialização da
cultura e do lazer nos grandes centros urbanos”. MEZZADRI, CAVICHIOLLI e Souza
(2006, p. 74). Trazendo a tona a reflexão que projetos que envolvam o lazer para
uma determinada comunidade deve ter uma maior amplitude de utilizações tal qual
ele possa se adaptar ao modelos culturais de quem o usa, e não impor uma forma
pré-determinada da experiência de lazer, tornando-se desta maneira um espaço com
maior significância e aceitação para sociedade para qual é voltado. (ALMEIDA, 2008)
Dentre os espaços físicos utilizados para na sociedade para obtenção de lazer
destaca-se os clubes sócio-recreativos por ser capaz de abrigar uma série de progra-
mas como esportes coletivos que abragem grandes números de atletas (futebol, volei,
Capítulo 2. Lazer - Importância do lazer na sociedade 8
basquete), ou com menos pessoas, em duplas (tênis, ping-pong, peteca), e também
esportes individuais ( natação, atletismo, squash), a estrutura dos clubes também
permite a obtenção do bem-estar relacionado com práticas para manutenção da saúde
física e mental (caminhadas, exposição a natureza, fuga de rotinas estressantes), além
de ser um excelente espaço para socializar-se e alimentar-se. Descorreremos mais
sobre esse tipo de estrutura agora.
9
3 Panorama geral dos clubes sócio-recreativos
no Brasil
Os clubes sócio-recreativos no Brasil, da maneira como conhecemos hoje,
tiveram grande difusão no final do século XIX até meados do século XX, A Confederação
Brasileira de Clubes mantém um lista de clubes com mais de 100 anos com atividade
ininterrupta, no qual consta um número de 125 instituições, sendo a mais antiga,
fundada em 20 de agosto de 1821, ou seja, com 194 anos de existência. Esses fatos
retratam a importância dos clubes no cenário brasileiro servindo de palco para cultura da
população há muito tempo, e como sendo agentes de influência econômica e política
na comunidade onde está inserido. Camargo e Silva (2009, p.3) defendem que os
clubes sócio-recreativos no Brasil são uma “manifestação democrática de participação
popular” por representar interesses de diversos segmentos sociais como classes
trabalhadoras, grupos de imigrantes, inciativa pública, empreendimentos privados e a
burguesia elitizada, abrangido uma gigantesca parcela da sociedade brasileira agindo
com influência diretas ou indiretas.
Entendemos que as pesquisas envolvendo as políticas setoriais no setor
corporativo são relevantes, pois, em todo o Brasil há cerca de 13.800
instituições, denominadas clubes, que possuem sede própria, tendo em
seu quadro associativo uma média de mil sócios titulares, com uma
média de quatro dependentes por sócio titular. Com isso há cerca de
53 milhões de pessoas vinculadas aos clubes, quase um terço da po-
pulação nacional, conforme aponta a CBC (Confederação Brasileira
dos Clubes). Estes dados, aliados à estrutura dos clubes, que é com-
posta por equipamentos esportivos (quadras, piscinas, salas de jogos,
etc.), programações com atividades físico-esportivas e eventos sociais
(festas, shows, bailes), além da possibilidade de maior segurança aos
eus frequentadores, numa sociedade como a brasileira, assustada com
questões referentes à segurança, são relevantes para ampliarmos oses-
tudos do lazer disseminados nesses espaços (Confederação Brasileira
de Clubes, 2005).
FONTE: CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS CLUBES (2005), GRÁFICOS: DIÓGENES FIDEL (2015)
MAIS1/4DA POPULAÇÃO
UM TOTAL DE
54 MILHÕES
DE ASSOCIADOS
27%
4DEPEDENTES
CADA ASSOCIADO
POSSUI EM MÉDIA
1.000
ASSOCIADOS
EM MÉDIA CADA CLUBE POSSUI
13.800CLUBES
BRASIL POSSUI
PANORAMA DOS CLUBES NO BRASIL
10
Capítulo 3. Panorama geral dos clubes sócio-recreativos no Brasil 11
Para se manterem os clubes elaboram vários procedimentos como: aluguel
de espaços para publicidade na mídia da entidade, como revistas, internet, cartazes,
outdoor, a cessão de salão de festas e outros eventos para mebros associados, para a
comunidade em geral, locação de todo o espaço do clube desde piscinas até audiórios e
salões para encontros e reuniões de empresas, taxas cobradas por serviços prestados
aos associados, a arrecadação de maior efeito econômico é a cobrança de uma taxa
mensal dos associados. Essa taxa é conhecida como TMD – Taxa de Manutenção e
Desenvolvimento-, ou taxa de condomínio (SILVA, 2007).
Haja visto que a maneira de utilização e a expectaviva de quem utiliza um
clube-recreativo se rege de acordo com os aspectos culturais de seu entorno, (CA-
MARGO; SILVA, 2009, p. 3) onde notam-se diferentes tipos de grupos que utilizam
esses espaços, categorizados segundo Mezzadri (2003) por: 1- Um grupo ligados a
aspectos culturais literários e políticos onde os membros compartilham os mesmos
ideais; 2- O grupo com alto poder aquisitivo que buscam perpetuar os comportamentos
da alta sociedade; 3- O grupo constituído de imigrantes com intenção de preservar suas
tradições entre seus membros; 4-E aquele formado pela classe operária que se unem
para conquistar direitos e se auxiliar nas dificuldades da classe.
Fonte: Autor, 2015Figura 1 - Clube o Povo
4. Clube do Povo I - Prefeitura de Goiânia
O Clube do Povo(Figura 1), loca-
lizado na Rua VF esquina com a Rua
Samir Hellow, no Setor Alto do Vale, na
Região Noroeste da cidade de Goiânia
(Figura 2), oferece para comunidade
local aulas de alongamentos, ginástica
localizada, natação, hidroginástica,
dança, treinamento funcional, aferi-
ção de pressão arterial, jogos, cami-
nhadas, além de ser aberto ao publico
geral nos finais de semana.
O terreno divide espaço com
uma escola de ensino primário
também administrata pela prefeitura,
onde os alunos aproveitam do
espaço do clube para atividades
recreativas propostas pelos professo-
res.
A entrada (Figura 3) nos guia
para administração/secretária do
clube, que segue para as piscinas, ou
para a quadra coberta, que também é
utilizada para sediar diversos tipos
de eventos.
N
Fonte: Google Maps, 2015, Editado
Fonte: Autor, 2015
Figura 3 - Recepção do clube a esquerda e da escola a direita
Figura 2 - Localização do Clube do Povo
12
4. Clube do Povo I - Prefeitura de Goiânia
Escola Municipal
Alto do Vale
Quadra
Poliesportiva
Piscinas
Horta
Piscinas infantil
Administração
Salão de
dança
Campo de
Futebol
Áreas de
churrasco
Vestiário
Acesso
N
Fonte: Autor, 2015
Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015
Figura 5 - Idosos após aula de hidroginástica
Figura 4 - Setorização
Figura 6 - Aula de natação
Como é monstrado na setorização (Figura 4), existem 7 piscinas para
diferentes usos, sendo 3 maiores para uso adulto, geralmente para uso da
hidroginástica (Figura 5)e as outras 4 são piscinas infantis (Figura 6), com dife-
rentes profundidades para serem utilizadas de acordo com a idades das crian-
ças. Durante os dias de semana existem professores que coordenam atividades
de natação e hidroginástica, durante os finais de semanas o clube é aberto para
toda a comunidade para uso livre.
13
4. Clube do Povo I - Prefeitura de Goiânia
Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015
Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015
Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015
Figura 7 - Campo de Futebol Figura 8 - Quadra poliesportiva
Figura 9 e 10. - Espaço da quadra sendo preparado para aniversário de um lider religioso da comunidade
Figura 11 - Churrasqueira Figura 12 - Horta Comunitária
Entre as piscinas e o vestiário existem dois espaços para churrasco (Figu-
ra 11) com duas churrasqueiras, cada, que podem ser usados gratuitamente
pela comunidade desde que agendado, a quadra poliesportiva (Figura 8, 9 e10)
é aberta apra prática de esportes e pode ser locada para eventos, o clube do
povo ainda possui um campo gramado de futebol (Figura 7) e uma horta
comunitária (Figura 12).
14
15
5 Uso e manutenção
A partir de um estudo de quando e por quem é utilizado o Clube Escola da
Prefeitura de São Paulo, realizado por Frota (2005), onde apesar de ser um clube
voltado para o uso de crianças nota-se (Figura 13) que os idosos o útilizam muito
mais o espaço que qualquer outra faixa etária, principalmente durante os dias de
semanas, além de ser assiduos frequentadores com casos de idosos que frequenta
este clube por mais de 30 anos. Entende-se assim que um clube municipal além de
atender a demanda de lazer e esporte dos jovens da região, ele deve apresentar total
compatibilidade e planejamento para atender a terceira idade.
Figura 13 – Clube Escola Prefeitura de São Paulo
FROTA, Thais, 2005
Um clube necessita de manutenções e cuidados diários e conseguir verba para
manter o local em funcionamento é um verdadeiro desafio, para ajudar a prefeitura com
estes custos é viável que o programa de necessidades inclua estruturas que gerem
renda para o espaço estas manutenções. Uma proposta será um espaço de locação
para festas com suporte até para 300 pessoas sentadas, que poderia ser utilizado
casamentos, formaturas, reuniões e econtros de empresas dentre outros eventos
diversos.
Capítulo 5. Uso e manutenção 16
De acordo com o cerimonial (PIRES, 2015), (Tabela 1), um projeto de um es-
paço que abrigue até 300 pessoas sentadas pode ser alugado por até R$ 9.000,00,
considerando que o salão seja alugado uma única vez ao mês no valor mínimo consi-
derado pela tabela, e não considerando reajustes futuros, a locação do espaço teria
aproximadamente R$ 5.500,00 por mês para ajudar na manutenção e nos custos
gerados.
Tabela 1 – Coleta de Preços para espaços de festas em Goiânia, reajuste de 50% em média
emapenas 3 anos.
Espaço 2012 2015
Chácaras simples 600,00-1.800,00 900,00-2.500,00
Chácaras estruturadas 2.000,00-4.000,00 2.600,00-5.000,00
Chácaras alto padrão 4.000,00-8.000,00 5.100,00-12.000,00
Espaço simples 800,00-2.500,00 5.100,00-12.000,00
Espaços estruturados para até 200
conv.
1.500,00-3.000,00 4.000,00-6.500,00
Espaços estruturados para até 300
conv.
3.000,00-4.500,00 5.500,00-9.000,00
Espaços estruturados para mais
400 conv.
5.000,00-18.000,00 7.500,00-21.000,00
Fonte: <http://sites.google.com/site/dorivalpires/> e
<http://www.dorivalpires.com.br/dorivalpires/dicas-novidades-
conteudo/2630/custo-do-casamento-em-goiania> Acesso em
10/10/2015
Como foi dito antes, existe um processo licitatório para a contrução de um ter-
ceiro Clube do Povo, dados ( SEMEL, 2015) SEMEL (Disponível em <https://www.goia
nia.go.gov.br/shtml/semel/programa_clubedopovo.shtml>, Acesso em 18/11/2015), en-
tão propõe-se a construção da terceira sede do Clube do Povo em uma área de posse
da prefeitura de Goiânia localizada no Jardim Conquista, hoje totalmente abandonada,
servindo somente como espaço para acumulo de lixo e foco do mosquito transmissor
da dengue, no qual seria uma chave fundamental para revitalização da região do
entorno do Jardim Conquista, melhorando em a qualidade do espaço, fortalecendo o
laço com educação e esporte das crianças e jovens da comunidade, contribuindo para
saúde dos moradores e trazendo nova visibilidade para futuras melhorias.
17
6 Jardim Conquista e bairro adjacentes
O Jardim Conquista está nas proximidades do Rio Meia Ponte, na Região Leste
de Goiânia e faz divisa com os Setores Jardim Dom Fernando I, Jardim Dom Fernando II
e Jardim das Aroeiras, pode ser associado também por “Favela do Buracão”, (Figura 4)
é predominamente constituído por familias de baixa renda, casas simples, inacabadas
e de estrutura frágil, calçadas, quando existentes, são irregulares e estreitas, onde é
possível o caminhar de apenas uma pessoa por vez.
Figura 14 – Favela do Buracão em 2004 .
Foto: Marcelo Meirelles
Segundo SILVA (2000, p. 17) e o instituto Labhab a ocupação organizada do
Jardim Conquista ocorreu em setembro de 1993, em um terreno de 138.794,77 m²,
dentro de uma área de preservação ambiental, de propriedade particular. Dois meses
depois, a área foi declarada de interesse social para fins de desapropriação pelo
município, o projeto do bairro finalizado em 271 lotes, levou em consideração a atual
ocupação e algum espaços de preservação gerando alguns casos de relocação, o que
causou diversos conflitos sociais. Em 1994 é implantado sistema de rede elétrica e
Capítulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 18
iluminação pública que utilizada até hoje pelos moradores, já a pavimentação do setor
foi completada na administração do prefeito Iris Rezendo no ano de 2006.
A pequena extensão territorial do Jardim Conquista não apresenta nenhuma
via arterial (com fluxo intenso de veiculos e que liga diversos destinos), no entorno
consideramos como as vias coletoras a rua JDF-217, no Jardim Dom Fernando II por
ser o acesso a transporte público mais próximo do bairro e também neste bairro a
rua Padre José Bonifácio, que mesmo apresentando o mesmo estreimamento que
as vias locais, que já são mais estreitas que o recomendado para cidade, possui um
grande movimento devito a alta concentração do comércio gerando fluxo de veículos
e pedestres. O via arterial mais próxima é a Avenida Anápolis que é relativamente
distante para quem caminha, mas é bem próximo pra quem trafega por algum veículo,
no prolongamento da Av. Anápolis ela se torna Av. Manchester dando acesso ao Jardim
Novo Mundo (o maior bairro da região leste) que por sua vez deságua na Avenida
Anhaguera que possibilita acesso para BR-153, sendo essas as únicas rotas de acesso
para a parte mais centralizada da cidade.
Figura 15 – Rua e calçada estreita no setor Dom Fernando II
Autor, 2015
O setor faz divisa com a região de reserva de proteção ambiental das margens
do Rio Meia Ponte que não possui nenhuma barreira para acesso, essa reserva possui
algumas minas dágua que geram pequenas lagoas naturais (que usualmente são palco
para o lazer de crianças). Nas proximidades de uma dessas minas pode-se encontrar
sofás domésticos inseridos por algum popular(Figura 5), mostrando que os moradores
utilizam o espaço dentro da reserva como uma alternativa ao lazer e socialização. Uma
outra prova deste uso da area de proteção, foi a construção de um campo de futebol
(Figura 6) pela própria comunidade e que logo após foi atuada e multada pela prefeitura
de Goiânia devido ao desmatamento causado.
Capítulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 19
Figura 16 – Mobiliário inserido por moradores.
Fonte: Autor, 2015
Figura 17 – Campo de terra construído por moradores.
Fonte: Autor, 2015
A região possui uma grande altitude comparada a região central, que aliado
com a proximidade do rio Meia Ponte, gera um grande desnível por todo bairro, onde
todas ruas são ingrimes e as bocas de lobo devem apresentar estruturas mais robustas
para receberem grande quantidades de água de enxurradas (Figura 7). Apessar desta
configuração topográfica e das estreitas vias, o bairro possui um traçado de quadras
regular, formando a maior parte das vias retilineas, apenas os lotes de esquinas
tendem a fugir do padrão retangular e aprensentar tamanho maiores que 200m².
Capítulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 20
A existência de lotes vagos é praticamente nula, mesmo que as habitações sejam
bem rústicas, a maioria absoluta de lotes possuem construções. O gabarito oscila
entra 1 e 2 pavimentos, raramente encontramos edifício com 3 andares, visto que
o Setor Dom Fernando II possui uma extensa gama de edificios comerciais como
Supermercados, restaurantes, lan houses, lojas e galerias ao longo da rua Padre José
Bonifácio que atende bem a demanda de consumo do Jardim Conquista, acaba por
permitir que o bairro se constitua de um perfil residencial e pacato, possuindo apenas
dois equipamentos de uso coletivo, um deles é p CMEI Jardim Conquista (Figura 8), na
Rua Goiás, recém inaugurado que faz divisa com a área de proposta de intervenção,
e a poucos metros de distânicia, na Rua São José uma cooperativa de reciclagem
gerenciada pela PUC-Goiás.
Figura 18 – Bocas de lobos para um alto fluxo de enxurradas.
Fonte:Google Street View, 2015
Capítulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 21
Figura 19 – CMEI Jardim Conquista, recém inaugurado
Fonte: Autor, 2015
O Rio Yonjiang, batiza com seu nome Clube de Tênis Yonjiang (Figura
20), construído em suas margens, clube este que além de ser um espaço para
prática de esportes contendo duas quadras de tênis (Figura 21), é um espaço
de contempação do rio, praças, areas verdes e todo seu entorno permitindo
acesso dos pedestres que ali passam, através de escadarias (Figura 22) abertas
ao público que facilmente chegam ao mirante. Atendendo também uma
demanda urbana de uma grande cidade, o edifício também é capaz de abrigar
mais de 300 veículos em seu estacionamento, de maneira a não prejudicar a
arborizada paisagem nem o fluxo de para quem caminha pela região.
Figura 20 - Clube de Tênis Yonjiang
Figura 21 - Quadra de Tênis Figura 22 - Escadaria Figura 23 - Acesso as quadras
Fonte: JINGANG, Zhang, 2013Fonte: JINGANG, Zhang, 2013Fonte: JINGANG, Zhang, 2013
Fonte: JINGANG, Zhang, 2013
10. Referências Projetuais
10.1. Clube de Tênis Yongjiang - Zhang Jingang
22
Arquitetos: Zhang Jingang
Localização: Ningbo, Zhejiang, China
Equipe de Projeto: WangCun, ,FangWei,Wang Yunhai, WangJun, Hu Yingjian
Área: 15843.0 m²
Ano do projeto: 2013
Fotografias: Zhang Jingang
Figura 25- Corte esquemático
Fonte: JINGANG, Zhang, 2013
Fonte: JINGANG, Zhang, 2013, editado
10.1. Clube de Tênis Yongjiang - Zhang Jingang
23
Acesso Pedestre
N
Acesso Veículos
Edificio
Rampa acesso subsolo/térreo
Estacionamento (subsolo)
Rio Yongjiang
Zhang Jingang dá total prioridade de uso do clube para o pedestres geran-
do fluxo independentes de vias de trânsito, implantando uma espessa massa
verde por todo edificio e seu entorno, criando espaços para contemplação para
proveito dessas áreas e para e posiciona o um consideravel estacionamento,
como é visto na setorização (Figura 24 e 25), totalmente no subsolo afim de priori-
zar a paisagem natural do entorno e gerar mais espaços de convivências para
quem faz uso do clubo ou de outros equipamentos do entorno.
Figura 24 - Setorização
Fluxo de Pedestre
Fluxo de Veículos
Luz Solar
Ao caminhar em direção ao edíficio o usuário tem a opção de seguir seu trajeto
passando por cima do edificio e continuar o seu percurso através de uma esca-
daria que dá continuidade a massa verde até a cobertura (Figura 26), porém ele
é convidado a permanecer devido ao mirante (Figura 27) que proporciona uma
agradável vista de do rio Yonjiang, do entorno arborizado, praças e da cidade. O
espaço da cobertura também oferece mesas para repouso a sombra de arvores.
Fonte: JINGANG, Zhang, 2013, editado
Fonte: Autor, 2015
10.1. Clube de Tênis Yongjiang - Zhang Jingang
24
Figura 26 - Fluxo e insolação
Figura 27 - Mirante
Este espaço esportivo (Figura 28) é ven-
cedor de um concurso público internacional
para os IX Jogos Sul-Americanos de 2010, se
localiza em Medellín, na Colômbia, que é uma
cidade referência quando se trata se transfor-
mar espaços complexos, como era a 20-30 anos
atrás, com um dos maiores índices de criminali-
dade do mundo, toda falta de estrutura de
transporte, saúde e edução e conseguir trans-
formar o cenário caótico com um planejamen-
to urbano estratégico se tornando uma exce-
lênte cidade para morar.
Fazendo parte deste o conceito o centro
esportivo, não é somente um espaço para
sediar atletas renomados durante as competi-
ções, é também um espaço urbano repleto de
praças (Figura 29) para incentivar a permanên-
cia do usuário existe uma parede perfurada
(Figura 30) que permite quem está de fora per-
ceber o que acontece do lado de dentro,
atraem crianças, jovens e adultos para usufrui-
rem do espaço.
10.2. Unidade Esportiva Atanasio Girardot - Giancarlo Mazzanti e Felipe Mesa
Figura 29 - Projeto incentiva o uso público
através de praças no entorno do centro
Fonte: Iwan Baan, 2009
Fonte: Iwan Baan, 2009
Figura 30 - Parede permite que seja
visualizado o que acontece nas quadras
25
Figura 28 - Unidade Esportiva de Medellín Fonte: Iwan Baan, 2009
Os arquitetos utilizaram da região
montanhosa onde se encontra Medellín e
utilizar como partido de concepção da
forma do centro esportivo (Figura 33), que
possue uma cobertura ondulada que
remete a superfície irregular do local.
As aberturas criadas por essas ondu-
lações (Figura 31) na cobertura são estraté-
gicamente posicionadas para não pega-
rem incidência solar direta e receberem a
melhor ventilação para o ambiente e ainda
se estendem além das quadras e arquiban-
cadas para criar um caminho (Figura 32)
sombreado e protegido de chuvas para
quem passa por fora do local, tornando-se
assim ume excelênte local para se fazer
passeios urbanos independênte da climá-
tica.
Fonte: Iwan Baan, 2009
10.2. Unidade Esportiva Atanasio Girardot - Giancarlo Mazzanti e Felipe Mesa
Figura 31 - Ocilações da cobertura
permite a entrada de luz e ventilação
Figura 32 - Marquises de proteção
para adversidades temporais
Fonte: Iwan Baan, 2009
Fonte: Iwan Baan, 2009
26
Figura 33 - Partido gerado pela topografia do entorno
Rio
MeiaPonte
Jardim Conquista
Jardim Aroeiras
Vila Maltide
Vila Concórdia
Parque das Amendoeiras
Vila Pedroso
Jardim Dom Fernando I
Grande Retiro
Fonte:GoogleMaps,editado
Jardim Dom Fernando II
Via de Alto Fluxo
Via Coletora Comercial
Linha de ônibus atual
Proposta de linha de ônibus
Ponto de ônibus
Terreno da proposta
O acesso principal a região leste
se dá pela avenida Anápolis, e para
chegar aos bairros do entorno Avenida-
de Padre José Bonifácios (Figura 34) que
apesar de estreita possui um grande mo-
vimento comercial, sendo o principal
ponto de abastecimento da região, o
restante das vias são de baixo fluxo
(Figura 35) com uso predominante
apenas dos moradores.
Quem mora nas regiões mais
perifericas dos setores Jardim Conquis-
ta, Jardim Aroeiras e Dom Fernando II
tem que caminhar bastante para chegar
em um ponto de transporte público.
É notavel que com a chegada
de um clube na região se torna necessá-
ria uma nova proposta de rota, de prefe-
rência uma nova rota, visto que a atual
por passar em uma quantidade grande
de bairros sofre sérios problemas com
superlotação, não atendendo os bairros
nem pela distância dos pontos, nem
pela quantidade de ônibus necessária
para um transporte público necessário.
No mapa temos uma proposta
de uma nova rota, circular que tem seu
ponto inicial e final do Terminal Novo
Mundo, percorrendo o interior de bair-
ros como Dom Feranando II,Jardim Con-
quista e Jardim das Aroerias
9. O Lugar, Jardim Conquista e entorno
9.1. Vias e Acessos
27
Figura 34 - Avenida Padre José Bonifácio de perfil
comercial no setor Jardim Dom Fernando II
Fonte: Autor, 2015
Figura 35 - Rua de perfil padrão da região, pouco fluxo e uso
de moradores
Fonte: Autor, 2015
Rio
M
e
iaPonte
Contorno das Quadras
Linha de topografia
Rio Meia Ponte
Terreno da proposta
Com a proximidade do Rio
Meia Ponte os bairros Jardim das Aroei-
ras, Jardim Conquista e parte do Dom
Fernando II possui um grande desnível
em direção ao curso d’água. As demais
regiões apresentam perfim relativamen-
te planos.
O posicionamento do terreno
referente ao caimento da topografia
ameniza o desnivel apresentado, de ma-
neira que a diferença do ponto mais alto
até o mais baixo é de 13 metros.
As margens do Rio existe uma
massa verde referente a Area de Prote-
ção Permanente, com alguns pontos de
invasão e de interferência, além disso
temos o convento “Mãe Dolorosa” que
possui uma consideravel área permeá-
vel e de vegetação, entre as edificações
boa parte possui o minimo de permea-
bilidade exigido pela prefeitura, as vias
são pavimentadas e possuim amplas
bocas de lobo (Figuras 36 e 37) para
suportar grandes enxurradas que
surgem devido a configuração topográ-
fica do local.
Jardim Conquista
Jardim Aroeiras
Vila Maltide
Vila Concórdia
Parque das Amendoeiras
Vila Pedroso
Jardim Dom Fernando I
Grande Retiro
Fonte:Autor,2015
Jardim Dom Fernando II
9.2. Topografia e Recursos Hídricos
Fonte: Google Street View, nov/2015
Fonte: Autor, 2015
Figura 36 e 37 - Grande porte das bocas de lobo
28
RuaGoiás
Rua Carajá
Rua São João
Fonte: Autor, 2015
Residências Escola Terreno
RuaGoiás
Rua Carajá
Rua São João
Área de Proteção Permanente
Fonte: Autor, 2015
9.3. Cheios e vazios, Uso do Solo
Apesar de um gabarito baixo de
construção, a região do entorno da área é
muito adensada (Figura 40), são raras as
vezes em que se encontra um terreno sem
construção, sendo que muitos lotes pos-
suem mais de uma casa, chegando até o
numero de três residências em um único
lote.
As calçadas e ruas estreitas, (FIgura
42) e a ausência de vias de grande fluxo
contribuem para um ambiente de muito
adensado, os únicos fatores que contri-
buem para o respiro urbano são os espaços
de quintais em lotes que possuem uma
única casa pequena e área de proteção ás
margens do Rio Meia Ponte. Várias são as
vias que possuem uma pavimentação irre-
gular ou encontra-se repleta de buracos
(Figura 41)
Ao percorrer toda área do Bairro
Jardim Conquista nota-se que a predomi-
nência residencial do uso do solo(Figura 39)
não existe absolutamente nenhum ponto
comercial, tornando a região totalmente
depende dos setores vizinhos para que os
moradores possam fazer as compras da
casa ou mesmo comprar alguns pães para
uma simples refeição.
Figura 40 - Perfil de adensamento visto a
partir da área de APP
29
Fonte: Autor, 2015
Figura 41 - Pavimentação irregular e burcos
na via
Figura 42 - Rua e calçada estreita
Figura 39 - Uso do Solo
Figura 38 - Cheios e Vazios
Fonte: Autor, 2015
Fonte: Autor, 2015
O terreno se localiza tem suas
faces viradas para Rua Goiás e Rua Carajá
no setor Jardim Conquista, Região Leste
de Goiânia. Sua área é de aproximada-
mente é de 13.000m² (Figura 43) e suas
dimensão quase retangular tem dimen-
sões perto de 170x85m .
Dentro desse espaço atualmen-
te encontra-se o recém inaugurado
CMEI Jardim Conquista (Figura 44), que
terá integração total com a proposta do
clube social, atraindo ainda mais usuá-
rios e complementando as utilidades
dos dois equipamentos públicos.
Enquanto o acesso do clube se
dá pela Rua Goiás, onde a insolação
(Figura 45) é menos incidente, permitin-
do uma maior permanência no local, do
outro lado combinando a alta localiza-
ção da região leste, com o acentuado
declive de terreno e a insolação poente
para o lado central de Goiânia cria-se um
mirante onde o usuário pode acompa-
nhar um vislumbrante por-do-sol com o
skyline da cidade como leito do astro.
Vento seco
Vento úmido
Fonte: Autor, 2015
Insolação agresiva
Insolação amena
Fonte: Autor, 2015
CMEI Jd. Conquista
Fonte: Autor, 2015
RuaGoiás
Rua Carajá
Rua São João
Área de Proteção Permanente
A=13.000m²
9.4. Terreno, Insolação e Ventos
Fonte: Autor, 2015
Figura 43 -Topografia
Figura 44 - Edificações
Figura 45 - Insolação
Figura 46 - Ventilação
30
31
9 Diagnóstico
O bairro Jardim Conquista e seu entorno não possui equipamentos públicos de
lazer entreterimento suficientes para atendar a demanda da região, esse deficit estrutu-
ral acaba por trazer precariedade para a região e viabiliza para jovens o envolvimento
com dogras e tráfico. Um espaço para atividades de lazer, esporte e contemplação
pode revitalizar regiões em declíneo e incentivar crianças e jovens a terem práticas
mais saudáveis.
Problema Diretriz Estratégia
Necessidade de equipamento
de lazer esporte na região
leste
Proposta um centro esportivo e
lazer que atenda a comunidade
local
Projetar equipa-
mento público
esportivo
Terreno abandonado, lixão e
focos de mosquito da dengue
Dar um uso ao terreno abando-
nado
Contruir clube no
terreno
Potencialidade Diretriz Estratégia
Prefeitura em processo licita-
tório para a construção do ter-
ceiro Clube do Povo
Identificar re-
gião necessi-
tada
Apresentar terreno de posse da prefei-
tura em estado de abandono.
População cria espaços de la-
zer e contemplação por inici-
ativa própria
Adequar á
forma legal
essa prática
Dar um espaço adequado as normas
ambientais que possa ser se uso e cui-
dado da comunidade local
Ambiente Função Permanênica Usuários Mobiliário Quantitade Área Unitária (m²) Área Total (m²) Área Contruída + 20% (m²)
Campo de Futebol jogar prolongada 20 a 100 traves, rede, tela de proteção 1 1050 1050 1260
Quadra jogar, eventos prolongada até 300 1 1500 1500 1800
Playground brincar prolongada até 30 brinquedos diversos 1 100 100 120
Churrasqueira comer, cozinhar prolongada até 20 churrasqueira, pia, mesa 2 20 40 48
Academia aberta exercitar prolongada até 20 equipamentos diversos 1 50 50 60
Piscina Olimpica nadar prolongada até 20 trampolins, escada, boias divisória 1 1250 1250 1500
Piscina Adulto nadar, exercitar, brincar prolongada até 50 escada 2 600 1200 1440
Piscina Infantil nadar, exercitar, brincar prolongada até 10 escada 2 25 50 60
Salão de Dança dançar, eventos prolongada até 150 1 150 150 180
Lanchonete comer prolongada até 30 mesas, cadeiras, balcão, pia 1 70 70 84
Vestiários trocar de roupas, banho transitória 24 chuveiro 4 20 80 96
Banheiros Social higiene pessoal transitória 20 pia, espelho, bacia sanitária 4 20 80 96
Recepção receber prolongada 40 mesa, cadeira, balcão 1 20 20 24
Estacionamento estacionar prolongada 41 mesa, cadeira, balcão 1 522 522 626,4
Público
Guarita identificar prolongada 1 mesa, computador, cadeira 1 6 6 7,2
Depósito armazenar transitória 1 armário 2 5 10 12
Almoxarifado armazenar transitória 1 armário 1 6 6 7,2
Casa de Máquinas armazenar transitória 1 máquinas 1 8 8 9,6
Serviço
Secretaria atendimento, administrativo prolongada 3 mesa, cadeira, computador 1 15 15 18
Sala de apoio apoio administrativo prolongada 2 mesa, cadeira, computador 2 9 18 21,6
Diretoria administrativo prolongada 1 mesa, cadeira, computador 1 9 9 10,8
Total(m²): 6234 7480,8
Adm
inistrativo
10. Projeto
10.1. Programa
10.2. Conceito
Dados Técnicos
Área do terreno: 12.068,90m²
Taxa de Ocupação Máxima: 70% (8.447,60m²)
Taxa de permeabilidade mínima: 20%
(2.413,60m²)
Área total da proposta: 6234,00 m²
32
Trazer para crianças, jovens, adultos e idosos da região leste de Goiânia, um espaço de lazer e
prática de esportes, entendendo que o projeto pode vir a ser a única opção de entretenimento para
moradores da região, sendo que a maioria das regiões goianienses possuem equipamentos similares
ou de mesma função, gerando assim uma cidade humana, justa e igualitária.
Muito mais que uma opção de lazer o clube busca ser uma alternativa a crianças e adolescentes
de classe baixa, que por falta de opções melhores acabam por entrar no mundo das drogas e crimina-
lidade, cenário que pode ser mudado com a proposta de escolas de futebol e futsal, turmas de nata-
ção, dança de salão, artes marciais entre outras práticas esportivas que a estrutura do clube munici-
pal possibilita.
Respeitar e cuidar de pessoas idosas, que além de terem de enfrentar problemas da terceira
idade tem que se submeterem a longas viagens em ônibus lotados para fazerem uma simples cami-
nhada, recomendada por um médico, para o cuidado e manutenção da saúde. Gerar uma ponte de
convivência entre diferentes gerações, avós, filhos e netos que possam ter uma pequena fuga da
rotina estressante do dia-a-dia e possam passar momentos felizes juntos com as condições dignas de
direito de qualquer cidadão.
Figura 47 - Crianças jogando futebol no Col. Est. Dom Fernando II
Fonte: Autor, 2012
10.3. Partido
1. Programa de necessidades
2. Divisão entre espaço aberto e fechado
ABERTO
FECHADO
ABERTO
FECHADO
3. Adequação a topografia
4. Demarcação dos ambientes
5. Divisão dos ambientes
7. Perpectiva Volumétrica 8. Planta volumétrica
6. Posicionamento e adequação dos espaços
RuaGoiás
Acesso
Rua Carajás
N
Devido a grande quanti-
dade de espaços abertos que
existem no programa de necessi-
dades de um clube, divide-se a
distibruição por essas categorias,
posicionando espaços cobertos
na parte mais alta do terreno e
ambientes abertos na parte mais
baixa. Logo após acontece a
divisão das subcategorias, que
são os ambientes e equipamen-
tos do programa e por fim ade-
qua-se os espaços afim de facili-
tar acessos e melhor distribuir os
equipmentos, gerando a distri-
buição de volumes do clube.
33
34
Referências
SEMEL. Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. Goiânia,
Goiás: [s.n.], 2015. Acesso em 23/11/2015. Disponível em:
<https://www.goiania.go.gov.br/shtml/semel/programaclubedopovo.shtml>.Citadonapágina16.
ALMEIDA, C. A. D. ESPAÇOS PÚBLICOS DE ESPORTE E LAZER DO MUNIC´PIO
DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS: FORMAS DE (DES) APROPRIAÇÃO. Dissertação
(Monografia) — Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, 2008. Acesso em
23/11/2015. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/
2010/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/monografia/Espacos_publicos_Essporte_
Lazer.pdf>. Citado na página 7.
CAMARGO, L. A. R.; SILVA, M. R. D. OS CLUBES SOCIAIS E RECREATIVOS E
O PROCESSO CIVILIZATÓRIO BRASILEIRO: UMA RELAÇÃO DE HÁBITOS E
COSTUMES. In: XI Simpósio Internacional do Processo Civilizador. [s.n.], 2009.
Http://www.docomomo.org.br/seminarioDisponível em: <http://www.uel.br/grupo-estudo/
processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais11/artigos/09-CamargoeSilva.pdf>.
Citado na página 11.
Confederação Brasileira de Clubes. Confederação Brasileira de Clubes. [S.l.], 2005.
Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://www.cbc-clubes.com.br/>. Citado na
página 9.
COSTA, A. E. da; STUMPP, M.; SARTORI, R. Arquitetura para o lazer: cinemas
e clubes na Serra Gaúcha, de 1930 a 1970. In: 9º seminário docomomo Brasil.
[s.n.], 2011. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://www.docomomo.org.br/
seminario9pdfs/042_M04_RM-ArquiteturaParaOLazer-ART_monika_stumpp.pdf>.
Citado na página 6.
DUMAZEDIER, J. Lazer e cultura popular- Debates. [S.l.]: Perspectiva, 1976. Citado
na página 6.
FROTA, T. Idosos e o Lazer. Dissertação (Monografia) — Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo de Santos, 2005. Acesso em 23/11/2015. Disponível em:
<http://www.thaisfrota.com.br/?p=730>. Citado na página 15.
MARCELLINO, N. C. Lazer e Educação. [S.l.]: Papirus, 1987. Citado na página 6.
MENOIA, T. R. M. A. LAZER: história, conceitos e definições. Dissertação (Monografia)
— Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 2000. Acesso em
23/11/2015. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?down=
000325119>. Citado 2 vezes nas páginas 6 e 7.
MEZZADRI, F. M. O ESPORTE NO BRASIL ENTRE AS DÉCADAS DE
30 – 50 E SUAS INFLUÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO DO ESPORTE
NO ESTADO DO PARANÁ. ANPUH – XXII SIMPÓSIO NACIONAL DE
HISTÓRIA, João Pessoa, Paraíba, 2003. Acesso em 23/11/2015. Disponível em:
<http://anpuh.org/anais/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S22.234.pdf>. Citado na
página 11.
Referências 35
MEZZADRI, F. M.; CAVICHIOLLI, F. R.; SOUZA, D. L. Esporte e Lazer:
subsídios para o desenvolvimento e a gestão de políticas públicas. Jundiaí.
Jundiaí, São Paulo, 2006. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http:
//www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACAO_
FISICA/monografia/Espacos_publicos_Essporte_Lazer.pdf>. Citado na página 7.
PIRES, D. Dorival Pires. 2015. Acesso em 23/11/2015. Disponível em:
<http://www.dorivalpires.com.br/dorivalpires/dicas-novidades-conteudo/2630/
custo-do-casamento-em-goiania>. Citado na página 16.
RIBEIRO, M. E. J. Goiânia: os planos, a cidade e o sistema de áreas verdes. [S.l.]:
Universidade Católica de Goiás, 2004. Citado na página 4.
SILVA, M. R. D. LAZER NOS CLUBES SÓCIO-RECREATIVOS DE CURITIBA/PR:
a constituição de práticas e representações sociais . Dissertação (Mestrado)
— Universidade Federal do Paraná, 2007. Acesso em 23/11/2015. Disponível
em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/bitstream/handle/1884/11392/
diisertacao-Completo-PDF.pdf?sequence=2>. Citado na página 11.
TRINDADE, A. M. da. SEGREGAÇÃO URBANA EM GOIÂNIA E OS JOVENS DA
VILA CORONEL COSME . Dissertação (Mestrado) — Universidade Católica de Goiás,
Goiânia, 2009. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://www.cpgss.pucgoias.
edu.br/ArquivosUpload/15/file/AnaMariaTrindade-Dissertacao.pdf>. Citado na página
4.

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Clube do Povo no Jardim Conquista

  • 1. Clube do Povo no Jardim Conquista, região leste de Goiânia DIÓGENES FIDEL MARÇAL
  • 2. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DIÓGENES FIDEL MARÇAL Clube do Povo no Jardim Conquista, região leste de Goiânia TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Anápolis 2015
  • 3. DIÓGENES FIDEL MARÇAL Clube do Povo no Jardim Conquista, região leste de Goiânia Trabalho de conclusão de curso apresen- tado a Faculdade de Arquitetura e Urba- nismo da Universidade Estadual de Goiás como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Arquiteto e Urbanista Orientador: Gilson David Anápolis 2015
  • 4. Sumário 1 Introdução e Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2 Lazer - Importância do lazer na sociedade . . . . . . . . . . . . . . 6 2.1 História do Lazer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.2 Lazer na contemporaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3 Panorama geral dos clubes sócio-recreativos no Brasil . . . . . . 9 4 Clube do Povo I, um clube da Prefeitura de Goiânia . . . . . . . . 12 5 Uso e manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 6 Jardim Conquista e bairro adjacentes . . . . . . . . . . . . . . . . 17 7 Referências Projetuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 7.1 Referências Projetuais 1 - Clube de Tênis . . . . . . . . . . . . . . 22 7.2 Referências Projetuais 2 - Centro Esportivo . . . . . . . . . . . . . 25 8 O Lugar, Jardim Conquista e entorno . . . . . . . . . . . . . . . . 27 8.1 Vias e acessso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 8.2 Topografia e Hidografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 8.3 Cheios e Vazios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 8.4 Terreno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 9 Diagnóstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 10 Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 10.1 Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 10.2 Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 10.3 Partido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
  • 5. 4 1 Introdução e Justificativa Recentemente a Praça Cívica, em Goiânia, foi repaginada afim de melhorar da qualidade dos espaços urbanos da capital goiana, a prática de construtoras construir ou reformar equipamentos e espaços públicos em parceria com prefeitura melhorando a qualidade de vida e valorizando o entorno imediato é frequente nos setores Marista e Bueno, gigantescos parques repletos de equipamentos como o Parque Flamboant, no Jardim Goiás, Parque Vaca Brava, no Setor Bueno e Parque Cascável, entre o Parque Amazonas e Jardim Atlântico são motivos de encantamento e orgulho para quem mora em sua rendodezas, e de fato estruturas planejadas para gerar lugares de lazer e convívio social melhoram a qualidade do espaço urbano, desde que o morador consiga manter o alto custo de moradia inflacionado por esses equipamentos, se mudarmos de localização e falarmos de equipamentos públicos nas periferias, em especial a região leste de Goiânia veremos uma diminuição drástica de espaços públicos, até mesmos os equipamentos urbanos de primeira necessidade, como hospitais, postos de saúde e delegacias. As cidades são compostas por áreas urbanizadas que abrigam a popu- lação de melhor poder aquisitivo e por áreas com pouca e/ou sem urba- nização, habitada pelas classes populares. Isso constitui uma violência organizada contra a população empobrecida em geral e, principalmente, contra a juventude, que vive em uma espécie de prisão social. (TRIN- DADE, 2009, p. 13) A ausência de espaços públicos que proporcionem qualidade de vida para a população influencia diretamentamente na formação do carater de crianças e adoles- centes da região. Os pais enfretam extensas jornadas de trabalho e depois enfretam horas ao percorrerem o trajeto casa trabalho, principalmente os que dependem de transporte público, enquanto os filhos, quando não estão na escola, ficam totalmente desprovidos de cuidados de adultos e sem práticamente nenhuma opção saudável de lazer, assim abrindo possibilidades para envolvimento com drogas e marginalidade. Para Ribeiro (2004), os agentes que determinaram e determinam a construção e expansão de Goiânia são os poderes públicos e privados. Quando o setor privado melhora um espaço garantindo infraestrutura (lazer, incluso) geralmente tal elemento é limitado por uma barreira social - tomemos exemplo do parque Flamboyant que é cercado por predios de alto padrão e os condomínios fechados que isolam em mini- cidades muradas com segurança e infraestrutura proprias). Por outro lado, o poder publico geralmente falha em produzir espaços de lazer de qualidade para o morador, fruto de uma serie de fatores e interesses politicos conflitantes. Então. é por objetivo
  • 6. Capítulo 1. Introdução e Justificativa 5 deste trabalho, 1- definir o conceito de lazer e sua importância para o contexto do cidadão; 2- Diminuir as barreiras entre espaço privado e espaço publico; 3- fazer uso da arquitetura para melhorar a qualidade de vida da população em nivel local. O projeto Clube do Povo é uma iniciativa da Prefeitura de Goiânia com objetivo de levar o prática esportiva e o lazer para população da região onde está implantado, principalmente a crianças e idosos. Nas duas sedes que estão em funcionamento em 2015 é possível encontrar piscinas (adulto e infantil), campos de futebol, quadras poliesportivas cobertas, parquinhos infantis, áreas de churrasco, salão de dança, lanchonetes, hortas comunitárias, praças e área verde, disponíveis gratuitamente para população, como exceção do aluguel do espaço de quadras e salões para eventos privados. A primeira sede do Clube do Povo foi inaugurada em 2007, informações da Secretaria de Esporte e Lazer de Goiânia, que também busca a reforma do segundo clube que era o antigo clube da ABO (Associação Brasilira e Odontlogia) e existe uma processo licitatório para o Clube do Povo 3. Dentro desse contexto venho propor a construção de um clube de lazer, que atenda a comunidade local com suas demandas de espaço de convivência social, prática de esportivas, locais de apreciação e preservação da natureza afim de possibili- tar hábitos mais dignos e saudáveis a quem nunca teve a qualidade de vida vendida nas regiões mais elitizadas da cidade.
  • 7. 6 2 Lazer - Importância do lazer na sociedade 2.1 História do Lazer O que conhecemos hoje como “tempo livre” e “tempo de trabalho” é fruto de uma conquista de revoluções sindicais do século XIX. Antes da Revolução Industral, períodos de trabalho de até 14 (quatorze) horas diárias eram comuns, trabalhadores não tinham direito a descanso e relacionamento social. Com o advento das máquinas e modelo de Ford, que configura-se de oito horas de trabalho, oito horas de descanso e oito horas de lazer, então lazer e entreterimento passar a ser elementos na vida de grande parcela da população. (COSTA; STUMPP; SARTORI, 2011) [ . . . ] a revolução dos costumes que se baseou em três novos ele- mentos intimamente relacionados: diminuição das horas de trabalho e, consequentemente, aumento das horas de ócio; elevação do nível sala- rial em virtude de maior rendimento em um menor tempo de trabalho; e a incapacidade de empregar adequadamente o tempo livre. (SILVA, 1971, p. 10, apud MENOIA, 2000, p.8) Com as mudanças que ocorrem no dia-a-dia da sociedade pós Revolução Industrial, passa a existir uma busca por atividades para se exercer durante o tempo de ócio, entre o trabalho e descanso, nos quais os ambientes de entreterimento, que mais propuseram lazer se destacaram os; clubes aquáticos e de práticas esportivas, cinemas, teatros, parques e praças. Em 1988 a Constituição Brasileira institui o lazer como um dos direitos básico do cidadão, jogando por terra qualquer espécie de mentalidade que fosse em direção oposta á cultura do lazer, e consequentemente aumentando a quantidade de espaços para suas práticas. 2.2 Lazer na contemporaneidade De acordo a leitura de MENOIA (2000), sobre a definição de lazer do francês DUMAZEDIER (1976) o lazer completo se constitui de aspectos, de livre escolha; sem fins lucrativos, prazeroso, e supera espectativas além de ser categorizado por quatro tipologias organizadas pelo tempo dísponível para prática deste, sendo: lazer do fim do dia; do final de semana; do final do ano e do fim da vida. Considerando o cenário brasileiro, Marcellino (1987) afirma que no lazer não existe busca por uma recompensa diferente daquela que é provocada pela própria
  • 8. Capítulo 2. Lazer - Importância do lazer na sociedade 7 situação e que o tempo disponível é meio possibilitador da prática ou comtemplação do lazer. Na atualidade grande parte do lazer é associado a um política capitalista e consumista onde é necessário pagar, por um determinado período para apreciamento dessa prática, o que gerou um grande impulso na multiplicação desses “empreendimen- tos para lazer”, “o lazer dos nossos tempos tornou-se funcionalista e comercializado” (MENOIA, 2000, p. 11), o que não implica que não existam outros tipos de ambientes, como parque e praças que são de acesso gratuito, ambientes comunitários como quadras esportivas que podem ser mantidos por uma gestão governamental ou comu- nitária, além de uma infinidade de espaços virtuais para uma séries de tipos de lazer como jogos, redes sociais, músicas, videos, etc. É valido resaltar que o custo comercial tem pouca relação, com a qualidade/intensidade do lazer proposto, apesar de que em sua maioria o mesmo surgir como pago. O lazer levou a cultura e a prática de hábitos que por sua vez resultaram na necessidade da criação de espaços de recreação, convivências sociais, práticas espor- tivas e reunião de operários e sindicatos, mais tarde é levado ao nível da cidade, onde Le Corbusier (1976) diz que a cidade não é só um espaço para se viver e trabalhar, mas também tem que reservar ambiente para que as pessoas “cultivem seu corpo e espírito”, algo que mais tarde contribuíria para o surgimento de várias praças e parques. Toda e qualquer experiência de Lazer se desenvolve no interior de espa- ços e equipamentos, de modo em que as atividades de Lazer dependem e são sensivelmente demarcadas pelos ambientes onde acontecem. Estes espaços remetem a um problema para o setor público que, ao planejar uma política de lazer, deve considerar os equipamentos já exis- tentes, a disputa pela apropriação do território ocupado e as condições do espaço social a ser destinado e usufruído pela população. (ALMEIDA, 2008, p. 9) Os espaços projetados para serem ambientes de lazer e entreterimento em sua grande parte “impedem o incremento e ampliação das oportunidades de experiências amplas no âmbito do Lazer, o que dificulta a disseminação e a potencialização da cultura e do lazer nos grandes centros urbanos”. MEZZADRI, CAVICHIOLLI e Souza (2006, p. 74). Trazendo a tona a reflexão que projetos que envolvam o lazer para uma determinada comunidade deve ter uma maior amplitude de utilizações tal qual ele possa se adaptar ao modelos culturais de quem o usa, e não impor uma forma pré-determinada da experiência de lazer, tornando-se desta maneira um espaço com maior significância e aceitação para sociedade para qual é voltado. (ALMEIDA, 2008) Dentre os espaços físicos utilizados para na sociedade para obtenção de lazer destaca-se os clubes sócio-recreativos por ser capaz de abrigar uma série de progra- mas como esportes coletivos que abragem grandes números de atletas (futebol, volei,
  • 9. Capítulo 2. Lazer - Importância do lazer na sociedade 8 basquete), ou com menos pessoas, em duplas (tênis, ping-pong, peteca), e também esportes individuais ( natação, atletismo, squash), a estrutura dos clubes também permite a obtenção do bem-estar relacionado com práticas para manutenção da saúde física e mental (caminhadas, exposição a natureza, fuga de rotinas estressantes), além de ser um excelente espaço para socializar-se e alimentar-se. Descorreremos mais sobre esse tipo de estrutura agora.
  • 10. 9 3 Panorama geral dos clubes sócio-recreativos no Brasil Os clubes sócio-recreativos no Brasil, da maneira como conhecemos hoje, tiveram grande difusão no final do século XIX até meados do século XX, A Confederação Brasileira de Clubes mantém um lista de clubes com mais de 100 anos com atividade ininterrupta, no qual consta um número de 125 instituições, sendo a mais antiga, fundada em 20 de agosto de 1821, ou seja, com 194 anos de existência. Esses fatos retratam a importância dos clubes no cenário brasileiro servindo de palco para cultura da população há muito tempo, e como sendo agentes de influência econômica e política na comunidade onde está inserido. Camargo e Silva (2009, p.3) defendem que os clubes sócio-recreativos no Brasil são uma “manifestação democrática de participação popular” por representar interesses de diversos segmentos sociais como classes trabalhadoras, grupos de imigrantes, inciativa pública, empreendimentos privados e a burguesia elitizada, abrangido uma gigantesca parcela da sociedade brasileira agindo com influência diretas ou indiretas. Entendemos que as pesquisas envolvendo as políticas setoriais no setor corporativo são relevantes, pois, em todo o Brasil há cerca de 13.800 instituições, denominadas clubes, que possuem sede própria, tendo em seu quadro associativo uma média de mil sócios titulares, com uma média de quatro dependentes por sócio titular. Com isso há cerca de 53 milhões de pessoas vinculadas aos clubes, quase um terço da po- pulação nacional, conforme aponta a CBC (Confederação Brasileira dos Clubes). Estes dados, aliados à estrutura dos clubes, que é com- posta por equipamentos esportivos (quadras, piscinas, salas de jogos, etc.), programações com atividades físico-esportivas e eventos sociais (festas, shows, bailes), além da possibilidade de maior segurança aos eus frequentadores, numa sociedade como a brasileira, assustada com questões referentes à segurança, são relevantes para ampliarmos oses- tudos do lazer disseminados nesses espaços (Confederação Brasileira de Clubes, 2005).
  • 11. FONTE: CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS CLUBES (2005), GRÁFICOS: DIÓGENES FIDEL (2015) MAIS1/4DA POPULAÇÃO UM TOTAL DE 54 MILHÕES DE ASSOCIADOS 27% 4DEPEDENTES CADA ASSOCIADO POSSUI EM MÉDIA 1.000 ASSOCIADOS EM MÉDIA CADA CLUBE POSSUI 13.800CLUBES BRASIL POSSUI PANORAMA DOS CLUBES NO BRASIL 10
  • 12. Capítulo 3. Panorama geral dos clubes sócio-recreativos no Brasil 11 Para se manterem os clubes elaboram vários procedimentos como: aluguel de espaços para publicidade na mídia da entidade, como revistas, internet, cartazes, outdoor, a cessão de salão de festas e outros eventos para mebros associados, para a comunidade em geral, locação de todo o espaço do clube desde piscinas até audiórios e salões para encontros e reuniões de empresas, taxas cobradas por serviços prestados aos associados, a arrecadação de maior efeito econômico é a cobrança de uma taxa mensal dos associados. Essa taxa é conhecida como TMD – Taxa de Manutenção e Desenvolvimento-, ou taxa de condomínio (SILVA, 2007). Haja visto que a maneira de utilização e a expectaviva de quem utiliza um clube-recreativo se rege de acordo com os aspectos culturais de seu entorno, (CA- MARGO; SILVA, 2009, p. 3) onde notam-se diferentes tipos de grupos que utilizam esses espaços, categorizados segundo Mezzadri (2003) por: 1- Um grupo ligados a aspectos culturais literários e políticos onde os membros compartilham os mesmos ideais; 2- O grupo com alto poder aquisitivo que buscam perpetuar os comportamentos da alta sociedade; 3- O grupo constituído de imigrantes com intenção de preservar suas tradições entre seus membros; 4-E aquele formado pela classe operária que se unem para conquistar direitos e se auxiliar nas dificuldades da classe.
  • 13. Fonte: Autor, 2015Figura 1 - Clube o Povo 4. Clube do Povo I - Prefeitura de Goiânia O Clube do Povo(Figura 1), loca- lizado na Rua VF esquina com a Rua Samir Hellow, no Setor Alto do Vale, na Região Noroeste da cidade de Goiânia (Figura 2), oferece para comunidade local aulas de alongamentos, ginástica localizada, natação, hidroginástica, dança, treinamento funcional, aferi- ção de pressão arterial, jogos, cami- nhadas, além de ser aberto ao publico geral nos finais de semana. O terreno divide espaço com uma escola de ensino primário também administrata pela prefeitura, onde os alunos aproveitam do espaço do clube para atividades recreativas propostas pelos professo- res. A entrada (Figura 3) nos guia para administração/secretária do clube, que segue para as piscinas, ou para a quadra coberta, que também é utilizada para sediar diversos tipos de eventos. N Fonte: Google Maps, 2015, Editado Fonte: Autor, 2015 Figura 3 - Recepção do clube a esquerda e da escola a direita Figura 2 - Localização do Clube do Povo 12
  • 14. 4. Clube do Povo I - Prefeitura de Goiânia Escola Municipal Alto do Vale Quadra Poliesportiva Piscinas Horta Piscinas infantil Administração Salão de dança Campo de Futebol Áreas de churrasco Vestiário Acesso N Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015 Figura 5 - Idosos após aula de hidroginástica Figura 4 - Setorização Figura 6 - Aula de natação Como é monstrado na setorização (Figura 4), existem 7 piscinas para diferentes usos, sendo 3 maiores para uso adulto, geralmente para uso da hidroginástica (Figura 5)e as outras 4 são piscinas infantis (Figura 6), com dife- rentes profundidades para serem utilizadas de acordo com a idades das crian- ças. Durante os dias de semana existem professores que coordenam atividades de natação e hidroginástica, durante os finais de semanas o clube é aberto para toda a comunidade para uso livre. 13
  • 15. 4. Clube do Povo I - Prefeitura de Goiânia Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015 Figura 7 - Campo de Futebol Figura 8 - Quadra poliesportiva Figura 9 e 10. - Espaço da quadra sendo preparado para aniversário de um lider religioso da comunidade Figura 11 - Churrasqueira Figura 12 - Horta Comunitária Entre as piscinas e o vestiário existem dois espaços para churrasco (Figu- ra 11) com duas churrasqueiras, cada, que podem ser usados gratuitamente pela comunidade desde que agendado, a quadra poliesportiva (Figura 8, 9 e10) é aberta apra prática de esportes e pode ser locada para eventos, o clube do povo ainda possui um campo gramado de futebol (Figura 7) e uma horta comunitária (Figura 12). 14
  • 16. 15 5 Uso e manutenção A partir de um estudo de quando e por quem é utilizado o Clube Escola da Prefeitura de São Paulo, realizado por Frota (2005), onde apesar de ser um clube voltado para o uso de crianças nota-se (Figura 13) que os idosos o útilizam muito mais o espaço que qualquer outra faixa etária, principalmente durante os dias de semanas, além de ser assiduos frequentadores com casos de idosos que frequenta este clube por mais de 30 anos. Entende-se assim que um clube municipal além de atender a demanda de lazer e esporte dos jovens da região, ele deve apresentar total compatibilidade e planejamento para atender a terceira idade. Figura 13 – Clube Escola Prefeitura de São Paulo FROTA, Thais, 2005 Um clube necessita de manutenções e cuidados diários e conseguir verba para manter o local em funcionamento é um verdadeiro desafio, para ajudar a prefeitura com estes custos é viável que o programa de necessidades inclua estruturas que gerem renda para o espaço estas manutenções. Uma proposta será um espaço de locação para festas com suporte até para 300 pessoas sentadas, que poderia ser utilizado casamentos, formaturas, reuniões e econtros de empresas dentre outros eventos diversos.
  • 17. Capítulo 5. Uso e manutenção 16 De acordo com o cerimonial (PIRES, 2015), (Tabela 1), um projeto de um es- paço que abrigue até 300 pessoas sentadas pode ser alugado por até R$ 9.000,00, considerando que o salão seja alugado uma única vez ao mês no valor mínimo consi- derado pela tabela, e não considerando reajustes futuros, a locação do espaço teria aproximadamente R$ 5.500,00 por mês para ajudar na manutenção e nos custos gerados. Tabela 1 – Coleta de Preços para espaços de festas em Goiânia, reajuste de 50% em média emapenas 3 anos. Espaço 2012 2015 Chácaras simples 600,00-1.800,00 900,00-2.500,00 Chácaras estruturadas 2.000,00-4.000,00 2.600,00-5.000,00 Chácaras alto padrão 4.000,00-8.000,00 5.100,00-12.000,00 Espaço simples 800,00-2.500,00 5.100,00-12.000,00 Espaços estruturados para até 200 conv. 1.500,00-3.000,00 4.000,00-6.500,00 Espaços estruturados para até 300 conv. 3.000,00-4.500,00 5.500,00-9.000,00 Espaços estruturados para mais 400 conv. 5.000,00-18.000,00 7.500,00-21.000,00 Fonte: <http://sites.google.com/site/dorivalpires/> e <http://www.dorivalpires.com.br/dorivalpires/dicas-novidades- conteudo/2630/custo-do-casamento-em-goiania> Acesso em 10/10/2015 Como foi dito antes, existe um processo licitatório para a contrução de um ter- ceiro Clube do Povo, dados ( SEMEL, 2015) SEMEL (Disponível em <https://www.goia nia.go.gov.br/shtml/semel/programa_clubedopovo.shtml>, Acesso em 18/11/2015), en- tão propõe-se a construção da terceira sede do Clube do Povo em uma área de posse da prefeitura de Goiânia localizada no Jardim Conquista, hoje totalmente abandonada, servindo somente como espaço para acumulo de lixo e foco do mosquito transmissor da dengue, no qual seria uma chave fundamental para revitalização da região do entorno do Jardim Conquista, melhorando em a qualidade do espaço, fortalecendo o laço com educação e esporte das crianças e jovens da comunidade, contribuindo para saúde dos moradores e trazendo nova visibilidade para futuras melhorias.
  • 18. 17 6 Jardim Conquista e bairro adjacentes O Jardim Conquista está nas proximidades do Rio Meia Ponte, na Região Leste de Goiânia e faz divisa com os Setores Jardim Dom Fernando I, Jardim Dom Fernando II e Jardim das Aroeiras, pode ser associado também por “Favela do Buracão”, (Figura 4) é predominamente constituído por familias de baixa renda, casas simples, inacabadas e de estrutura frágil, calçadas, quando existentes, são irregulares e estreitas, onde é possível o caminhar de apenas uma pessoa por vez. Figura 14 – Favela do Buracão em 2004 . Foto: Marcelo Meirelles Segundo SILVA (2000, p. 17) e o instituto Labhab a ocupação organizada do Jardim Conquista ocorreu em setembro de 1993, em um terreno de 138.794,77 m², dentro de uma área de preservação ambiental, de propriedade particular. Dois meses depois, a área foi declarada de interesse social para fins de desapropriação pelo município, o projeto do bairro finalizado em 271 lotes, levou em consideração a atual ocupação e algum espaços de preservação gerando alguns casos de relocação, o que causou diversos conflitos sociais. Em 1994 é implantado sistema de rede elétrica e
  • 19. Capítulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 18 iluminação pública que utilizada até hoje pelos moradores, já a pavimentação do setor foi completada na administração do prefeito Iris Rezendo no ano de 2006. A pequena extensão territorial do Jardim Conquista não apresenta nenhuma via arterial (com fluxo intenso de veiculos e que liga diversos destinos), no entorno consideramos como as vias coletoras a rua JDF-217, no Jardim Dom Fernando II por ser o acesso a transporte público mais próximo do bairro e também neste bairro a rua Padre José Bonifácio, que mesmo apresentando o mesmo estreimamento que as vias locais, que já são mais estreitas que o recomendado para cidade, possui um grande movimento devito a alta concentração do comércio gerando fluxo de veículos e pedestres. O via arterial mais próxima é a Avenida Anápolis que é relativamente distante para quem caminha, mas é bem próximo pra quem trafega por algum veículo, no prolongamento da Av. Anápolis ela se torna Av. Manchester dando acesso ao Jardim Novo Mundo (o maior bairro da região leste) que por sua vez deságua na Avenida Anhaguera que possibilita acesso para BR-153, sendo essas as únicas rotas de acesso para a parte mais centralizada da cidade. Figura 15 – Rua e calçada estreita no setor Dom Fernando II Autor, 2015 O setor faz divisa com a região de reserva de proteção ambiental das margens do Rio Meia Ponte que não possui nenhuma barreira para acesso, essa reserva possui algumas minas dágua que geram pequenas lagoas naturais (que usualmente são palco para o lazer de crianças). Nas proximidades de uma dessas minas pode-se encontrar sofás domésticos inseridos por algum popular(Figura 5), mostrando que os moradores utilizam o espaço dentro da reserva como uma alternativa ao lazer e socialização. Uma outra prova deste uso da area de proteção, foi a construção de um campo de futebol (Figura 6) pela própria comunidade e que logo após foi atuada e multada pela prefeitura de Goiânia devido ao desmatamento causado.
  • 20. Capítulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 19 Figura 16 – Mobiliário inserido por moradores. Fonte: Autor, 2015 Figura 17 – Campo de terra construído por moradores. Fonte: Autor, 2015 A região possui uma grande altitude comparada a região central, que aliado com a proximidade do rio Meia Ponte, gera um grande desnível por todo bairro, onde todas ruas são ingrimes e as bocas de lobo devem apresentar estruturas mais robustas para receberem grande quantidades de água de enxurradas (Figura 7). Apessar desta configuração topográfica e das estreitas vias, o bairro possui um traçado de quadras regular, formando a maior parte das vias retilineas, apenas os lotes de esquinas tendem a fugir do padrão retangular e aprensentar tamanho maiores que 200m².
  • 21. Capítulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 20 A existência de lotes vagos é praticamente nula, mesmo que as habitações sejam bem rústicas, a maioria absoluta de lotes possuem construções. O gabarito oscila entra 1 e 2 pavimentos, raramente encontramos edifício com 3 andares, visto que o Setor Dom Fernando II possui uma extensa gama de edificios comerciais como Supermercados, restaurantes, lan houses, lojas e galerias ao longo da rua Padre José Bonifácio que atende bem a demanda de consumo do Jardim Conquista, acaba por permitir que o bairro se constitua de um perfil residencial e pacato, possuindo apenas dois equipamentos de uso coletivo, um deles é p CMEI Jardim Conquista (Figura 8), na Rua Goiás, recém inaugurado que faz divisa com a área de proposta de intervenção, e a poucos metros de distânicia, na Rua São José uma cooperativa de reciclagem gerenciada pela PUC-Goiás. Figura 18 – Bocas de lobos para um alto fluxo de enxurradas. Fonte:Google Street View, 2015
  • 22. Capítulo 6. Jardim Conquista e bairro adjacentes 21 Figura 19 – CMEI Jardim Conquista, recém inaugurado Fonte: Autor, 2015
  • 23. O Rio Yonjiang, batiza com seu nome Clube de Tênis Yonjiang (Figura 20), construído em suas margens, clube este que além de ser um espaço para prática de esportes contendo duas quadras de tênis (Figura 21), é um espaço de contempação do rio, praças, areas verdes e todo seu entorno permitindo acesso dos pedestres que ali passam, através de escadarias (Figura 22) abertas ao público que facilmente chegam ao mirante. Atendendo também uma demanda urbana de uma grande cidade, o edifício também é capaz de abrigar mais de 300 veículos em seu estacionamento, de maneira a não prejudicar a arborizada paisagem nem o fluxo de para quem caminha pela região. Figura 20 - Clube de Tênis Yonjiang Figura 21 - Quadra de Tênis Figura 22 - Escadaria Figura 23 - Acesso as quadras Fonte: JINGANG, Zhang, 2013Fonte: JINGANG, Zhang, 2013Fonte: JINGANG, Zhang, 2013 Fonte: JINGANG, Zhang, 2013 10. Referências Projetuais 10.1. Clube de Tênis Yongjiang - Zhang Jingang 22 Arquitetos: Zhang Jingang Localização: Ningbo, Zhejiang, China Equipe de Projeto: WangCun, ,FangWei,Wang Yunhai, WangJun, Hu Yingjian Área: 15843.0 m² Ano do projeto: 2013 Fotografias: Zhang Jingang
  • 24. Figura 25- Corte esquemático Fonte: JINGANG, Zhang, 2013 Fonte: JINGANG, Zhang, 2013, editado 10.1. Clube de Tênis Yongjiang - Zhang Jingang 23 Acesso Pedestre N Acesso Veículos Edificio Rampa acesso subsolo/térreo Estacionamento (subsolo) Rio Yongjiang Zhang Jingang dá total prioridade de uso do clube para o pedestres geran- do fluxo independentes de vias de trânsito, implantando uma espessa massa verde por todo edificio e seu entorno, criando espaços para contemplação para proveito dessas áreas e para e posiciona o um consideravel estacionamento, como é visto na setorização (Figura 24 e 25), totalmente no subsolo afim de priori- zar a paisagem natural do entorno e gerar mais espaços de convivências para quem faz uso do clubo ou de outros equipamentos do entorno. Figura 24 - Setorização
  • 25. Fluxo de Pedestre Fluxo de Veículos Luz Solar Ao caminhar em direção ao edíficio o usuário tem a opção de seguir seu trajeto passando por cima do edificio e continuar o seu percurso através de uma esca- daria que dá continuidade a massa verde até a cobertura (Figura 26), porém ele é convidado a permanecer devido ao mirante (Figura 27) que proporciona uma agradável vista de do rio Yonjiang, do entorno arborizado, praças e da cidade. O espaço da cobertura também oferece mesas para repouso a sombra de arvores. Fonte: JINGANG, Zhang, 2013, editado Fonte: Autor, 2015 10.1. Clube de Tênis Yongjiang - Zhang Jingang 24 Figura 26 - Fluxo e insolação Figura 27 - Mirante
  • 26. Este espaço esportivo (Figura 28) é ven- cedor de um concurso público internacional para os IX Jogos Sul-Americanos de 2010, se localiza em Medellín, na Colômbia, que é uma cidade referência quando se trata se transfor- mar espaços complexos, como era a 20-30 anos atrás, com um dos maiores índices de criminali- dade do mundo, toda falta de estrutura de transporte, saúde e edução e conseguir trans- formar o cenário caótico com um planejamen- to urbano estratégico se tornando uma exce- lênte cidade para morar. Fazendo parte deste o conceito o centro esportivo, não é somente um espaço para sediar atletas renomados durante as competi- ções, é também um espaço urbano repleto de praças (Figura 29) para incentivar a permanên- cia do usuário existe uma parede perfurada (Figura 30) que permite quem está de fora per- ceber o que acontece do lado de dentro, atraem crianças, jovens e adultos para usufrui- rem do espaço. 10.2. Unidade Esportiva Atanasio Girardot - Giancarlo Mazzanti e Felipe Mesa Figura 29 - Projeto incentiva o uso público através de praças no entorno do centro Fonte: Iwan Baan, 2009 Fonte: Iwan Baan, 2009 Figura 30 - Parede permite que seja visualizado o que acontece nas quadras 25 Figura 28 - Unidade Esportiva de Medellín Fonte: Iwan Baan, 2009
  • 27. Os arquitetos utilizaram da região montanhosa onde se encontra Medellín e utilizar como partido de concepção da forma do centro esportivo (Figura 33), que possue uma cobertura ondulada que remete a superfície irregular do local. As aberturas criadas por essas ondu- lações (Figura 31) na cobertura são estraté- gicamente posicionadas para não pega- rem incidência solar direta e receberem a melhor ventilação para o ambiente e ainda se estendem além das quadras e arquiban- cadas para criar um caminho (Figura 32) sombreado e protegido de chuvas para quem passa por fora do local, tornando-se assim ume excelênte local para se fazer passeios urbanos independênte da climá- tica. Fonte: Iwan Baan, 2009 10.2. Unidade Esportiva Atanasio Girardot - Giancarlo Mazzanti e Felipe Mesa Figura 31 - Ocilações da cobertura permite a entrada de luz e ventilação Figura 32 - Marquises de proteção para adversidades temporais Fonte: Iwan Baan, 2009 Fonte: Iwan Baan, 2009 26 Figura 33 - Partido gerado pela topografia do entorno
  • 28. Rio MeiaPonte Jardim Conquista Jardim Aroeiras Vila Maltide Vila Concórdia Parque das Amendoeiras Vila Pedroso Jardim Dom Fernando I Grande Retiro Fonte:GoogleMaps,editado Jardim Dom Fernando II Via de Alto Fluxo Via Coletora Comercial Linha de ônibus atual Proposta de linha de ônibus Ponto de ônibus Terreno da proposta O acesso principal a região leste se dá pela avenida Anápolis, e para chegar aos bairros do entorno Avenida- de Padre José Bonifácios (Figura 34) que apesar de estreita possui um grande mo- vimento comercial, sendo o principal ponto de abastecimento da região, o restante das vias são de baixo fluxo (Figura 35) com uso predominante apenas dos moradores. Quem mora nas regiões mais perifericas dos setores Jardim Conquis- ta, Jardim Aroeiras e Dom Fernando II tem que caminhar bastante para chegar em um ponto de transporte público. É notavel que com a chegada de um clube na região se torna necessá- ria uma nova proposta de rota, de prefe- rência uma nova rota, visto que a atual por passar em uma quantidade grande de bairros sofre sérios problemas com superlotação, não atendendo os bairros nem pela distância dos pontos, nem pela quantidade de ônibus necessária para um transporte público necessário. No mapa temos uma proposta de uma nova rota, circular que tem seu ponto inicial e final do Terminal Novo Mundo, percorrendo o interior de bair- ros como Dom Feranando II,Jardim Con- quista e Jardim das Aroerias 9. O Lugar, Jardim Conquista e entorno 9.1. Vias e Acessos 27 Figura 34 - Avenida Padre José Bonifácio de perfil comercial no setor Jardim Dom Fernando II Fonte: Autor, 2015 Figura 35 - Rua de perfil padrão da região, pouco fluxo e uso de moradores Fonte: Autor, 2015
  • 29. Rio M e iaPonte Contorno das Quadras Linha de topografia Rio Meia Ponte Terreno da proposta Com a proximidade do Rio Meia Ponte os bairros Jardim das Aroei- ras, Jardim Conquista e parte do Dom Fernando II possui um grande desnível em direção ao curso d’água. As demais regiões apresentam perfim relativamen- te planos. O posicionamento do terreno referente ao caimento da topografia ameniza o desnivel apresentado, de ma- neira que a diferença do ponto mais alto até o mais baixo é de 13 metros. As margens do Rio existe uma massa verde referente a Area de Prote- ção Permanente, com alguns pontos de invasão e de interferência, além disso temos o convento “Mãe Dolorosa” que possui uma consideravel área permeá- vel e de vegetação, entre as edificações boa parte possui o minimo de permea- bilidade exigido pela prefeitura, as vias são pavimentadas e possuim amplas bocas de lobo (Figuras 36 e 37) para suportar grandes enxurradas que surgem devido a configuração topográ- fica do local. Jardim Conquista Jardim Aroeiras Vila Maltide Vila Concórdia Parque das Amendoeiras Vila Pedroso Jardim Dom Fernando I Grande Retiro Fonte:Autor,2015 Jardim Dom Fernando II 9.2. Topografia e Recursos Hídricos Fonte: Google Street View, nov/2015 Fonte: Autor, 2015 Figura 36 e 37 - Grande porte das bocas de lobo 28
  • 30. RuaGoiás Rua Carajá Rua São João Fonte: Autor, 2015 Residências Escola Terreno RuaGoiás Rua Carajá Rua São João Área de Proteção Permanente Fonte: Autor, 2015 9.3. Cheios e vazios, Uso do Solo Apesar de um gabarito baixo de construção, a região do entorno da área é muito adensada (Figura 40), são raras as vezes em que se encontra um terreno sem construção, sendo que muitos lotes pos- suem mais de uma casa, chegando até o numero de três residências em um único lote. As calçadas e ruas estreitas, (FIgura 42) e a ausência de vias de grande fluxo contribuem para um ambiente de muito adensado, os únicos fatores que contri- buem para o respiro urbano são os espaços de quintais em lotes que possuem uma única casa pequena e área de proteção ás margens do Rio Meia Ponte. Várias são as vias que possuem uma pavimentação irre- gular ou encontra-se repleta de buracos (Figura 41) Ao percorrer toda área do Bairro Jardim Conquista nota-se que a predomi- nência residencial do uso do solo(Figura 39) não existe absolutamente nenhum ponto comercial, tornando a região totalmente depende dos setores vizinhos para que os moradores possam fazer as compras da casa ou mesmo comprar alguns pães para uma simples refeição. Figura 40 - Perfil de adensamento visto a partir da área de APP 29 Fonte: Autor, 2015 Figura 41 - Pavimentação irregular e burcos na via Figura 42 - Rua e calçada estreita Figura 39 - Uso do Solo Figura 38 - Cheios e Vazios Fonte: Autor, 2015 Fonte: Autor, 2015
  • 31. O terreno se localiza tem suas faces viradas para Rua Goiás e Rua Carajá no setor Jardim Conquista, Região Leste de Goiânia. Sua área é de aproximada- mente é de 13.000m² (Figura 43) e suas dimensão quase retangular tem dimen- sões perto de 170x85m . Dentro desse espaço atualmen- te encontra-se o recém inaugurado CMEI Jardim Conquista (Figura 44), que terá integração total com a proposta do clube social, atraindo ainda mais usuá- rios e complementando as utilidades dos dois equipamentos públicos. Enquanto o acesso do clube se dá pela Rua Goiás, onde a insolação (Figura 45) é menos incidente, permitin- do uma maior permanência no local, do outro lado combinando a alta localiza- ção da região leste, com o acentuado declive de terreno e a insolação poente para o lado central de Goiânia cria-se um mirante onde o usuário pode acompa- nhar um vislumbrante por-do-sol com o skyline da cidade como leito do astro. Vento seco Vento úmido Fonte: Autor, 2015 Insolação agresiva Insolação amena Fonte: Autor, 2015 CMEI Jd. Conquista Fonte: Autor, 2015 RuaGoiás Rua Carajá Rua São João Área de Proteção Permanente A=13.000m² 9.4. Terreno, Insolação e Ventos Fonte: Autor, 2015 Figura 43 -Topografia Figura 44 - Edificações Figura 45 - Insolação Figura 46 - Ventilação 30
  • 32. 31 9 Diagnóstico O bairro Jardim Conquista e seu entorno não possui equipamentos públicos de lazer entreterimento suficientes para atendar a demanda da região, esse deficit estrutu- ral acaba por trazer precariedade para a região e viabiliza para jovens o envolvimento com dogras e tráfico. Um espaço para atividades de lazer, esporte e contemplação pode revitalizar regiões em declíneo e incentivar crianças e jovens a terem práticas mais saudáveis. Problema Diretriz Estratégia Necessidade de equipamento de lazer esporte na região leste Proposta um centro esportivo e lazer que atenda a comunidade local Projetar equipa- mento público esportivo Terreno abandonado, lixão e focos de mosquito da dengue Dar um uso ao terreno abando- nado Contruir clube no terreno Potencialidade Diretriz Estratégia Prefeitura em processo licita- tório para a construção do ter- ceiro Clube do Povo Identificar re- gião necessi- tada Apresentar terreno de posse da prefei- tura em estado de abandono. População cria espaços de la- zer e contemplação por inici- ativa própria Adequar á forma legal essa prática Dar um espaço adequado as normas ambientais que possa ser se uso e cui- dado da comunidade local
  • 33. Ambiente Função Permanênica Usuários Mobiliário Quantitade Área Unitária (m²) Área Total (m²) Área Contruída + 20% (m²) Campo de Futebol jogar prolongada 20 a 100 traves, rede, tela de proteção 1 1050 1050 1260 Quadra jogar, eventos prolongada até 300 1 1500 1500 1800 Playground brincar prolongada até 30 brinquedos diversos 1 100 100 120 Churrasqueira comer, cozinhar prolongada até 20 churrasqueira, pia, mesa 2 20 40 48 Academia aberta exercitar prolongada até 20 equipamentos diversos 1 50 50 60 Piscina Olimpica nadar prolongada até 20 trampolins, escada, boias divisória 1 1250 1250 1500 Piscina Adulto nadar, exercitar, brincar prolongada até 50 escada 2 600 1200 1440 Piscina Infantil nadar, exercitar, brincar prolongada até 10 escada 2 25 50 60 Salão de Dança dançar, eventos prolongada até 150 1 150 150 180 Lanchonete comer prolongada até 30 mesas, cadeiras, balcão, pia 1 70 70 84 Vestiários trocar de roupas, banho transitória 24 chuveiro 4 20 80 96 Banheiros Social higiene pessoal transitória 20 pia, espelho, bacia sanitária 4 20 80 96 Recepção receber prolongada 40 mesa, cadeira, balcão 1 20 20 24 Estacionamento estacionar prolongada 41 mesa, cadeira, balcão 1 522 522 626,4 Público Guarita identificar prolongada 1 mesa, computador, cadeira 1 6 6 7,2 Depósito armazenar transitória 1 armário 2 5 10 12 Almoxarifado armazenar transitória 1 armário 1 6 6 7,2 Casa de Máquinas armazenar transitória 1 máquinas 1 8 8 9,6 Serviço Secretaria atendimento, administrativo prolongada 3 mesa, cadeira, computador 1 15 15 18 Sala de apoio apoio administrativo prolongada 2 mesa, cadeira, computador 2 9 18 21,6 Diretoria administrativo prolongada 1 mesa, cadeira, computador 1 9 9 10,8 Total(m²): 6234 7480,8 Adm inistrativo 10. Projeto 10.1. Programa 10.2. Conceito Dados Técnicos Área do terreno: 12.068,90m² Taxa de Ocupação Máxima: 70% (8.447,60m²) Taxa de permeabilidade mínima: 20% (2.413,60m²) Área total da proposta: 6234,00 m² 32 Trazer para crianças, jovens, adultos e idosos da região leste de Goiânia, um espaço de lazer e prática de esportes, entendendo que o projeto pode vir a ser a única opção de entretenimento para moradores da região, sendo que a maioria das regiões goianienses possuem equipamentos similares ou de mesma função, gerando assim uma cidade humana, justa e igualitária. Muito mais que uma opção de lazer o clube busca ser uma alternativa a crianças e adolescentes de classe baixa, que por falta de opções melhores acabam por entrar no mundo das drogas e crimina- lidade, cenário que pode ser mudado com a proposta de escolas de futebol e futsal, turmas de nata- ção, dança de salão, artes marciais entre outras práticas esportivas que a estrutura do clube munici- pal possibilita. Respeitar e cuidar de pessoas idosas, que além de terem de enfrentar problemas da terceira idade tem que se submeterem a longas viagens em ônibus lotados para fazerem uma simples cami- nhada, recomendada por um médico, para o cuidado e manutenção da saúde. Gerar uma ponte de convivência entre diferentes gerações, avós, filhos e netos que possam ter uma pequena fuga da rotina estressante do dia-a-dia e possam passar momentos felizes juntos com as condições dignas de direito de qualquer cidadão. Figura 47 - Crianças jogando futebol no Col. Est. Dom Fernando II Fonte: Autor, 2012
  • 34. 10.3. Partido 1. Programa de necessidades 2. Divisão entre espaço aberto e fechado ABERTO FECHADO ABERTO FECHADO 3. Adequação a topografia 4. Demarcação dos ambientes 5. Divisão dos ambientes 7. Perpectiva Volumétrica 8. Planta volumétrica 6. Posicionamento e adequação dos espaços RuaGoiás Acesso Rua Carajás N Devido a grande quanti- dade de espaços abertos que existem no programa de necessi- dades de um clube, divide-se a distibruição por essas categorias, posicionando espaços cobertos na parte mais alta do terreno e ambientes abertos na parte mais baixa. Logo após acontece a divisão das subcategorias, que são os ambientes e equipamen- tos do programa e por fim ade- qua-se os espaços afim de facili- tar acessos e melhor distribuir os equipmentos, gerando a distri- buição de volumes do clube. 33
  • 35. 34 Referências SEMEL. Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. Goiânia, Goiás: [s.n.], 2015. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <https://www.goiania.go.gov.br/shtml/semel/programaclubedopovo.shtml>.Citadonapágina16. ALMEIDA, C. A. D. ESPAÇOS PÚBLICOS DE ESPORTE E LAZER DO MUNIC´PIO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS: FORMAS DE (DES) APROPRIAÇÃO. Dissertação (Monografia) — Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, 2008. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/ 2010/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/monografia/Espacos_publicos_Essporte_ Lazer.pdf>. Citado na página 7. CAMARGO, L. A. R.; SILVA, M. R. D. OS CLUBES SOCIAIS E RECREATIVOS E O PROCESSO CIVILIZATÓRIO BRASILEIRO: UMA RELAÇÃO DE HÁBITOS E COSTUMES. In: XI Simpósio Internacional do Processo Civilizador. [s.n.], 2009. Http://www.docomomo.org.br/seminarioDisponível em: <http://www.uel.br/grupo-estudo/ processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais11/artigos/09-CamargoeSilva.pdf>. Citado na página 11. Confederação Brasileira de Clubes. Confederação Brasileira de Clubes. [S.l.], 2005. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://www.cbc-clubes.com.br/>. Citado na página 9. COSTA, A. E. da; STUMPP, M.; SARTORI, R. Arquitetura para o lazer: cinemas e clubes na Serra Gaúcha, de 1930 a 1970. In: 9º seminário docomomo Brasil. [s.n.], 2011. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://www.docomomo.org.br/ seminario9pdfs/042_M04_RM-ArquiteturaParaOLazer-ART_monika_stumpp.pdf>. Citado na página 6. DUMAZEDIER, J. Lazer e cultura popular- Debates. [S.l.]: Perspectiva, 1976. Citado na página 6. FROTA, T. Idosos e o Lazer. Dissertação (Monografia) — Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos, 2005. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://www.thaisfrota.com.br/?p=730>. Citado na página 15. MARCELLINO, N. C. Lazer e Educação. [S.l.]: Papirus, 1987. Citado na página 6. MENOIA, T. R. M. A. LAZER: história, conceitos e definições. Dissertação (Monografia) — Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 2000. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?down= 000325119>. Citado 2 vezes nas páginas 6 e 7. MEZZADRI, F. M. O ESPORTE NO BRASIL ENTRE AS DÉCADAS DE 30 – 50 E SUAS INFLUÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO DO ESPORTE NO ESTADO DO PARANÁ. ANPUH – XXII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, João Pessoa, Paraíba, 2003. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://anpuh.org/anais/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S22.234.pdf>. Citado na página 11.
  • 36. Referências 35 MEZZADRI, F. M.; CAVICHIOLLI, F. R.; SOUZA, D. L. Esporte e Lazer: subsídios para o desenvolvimento e a gestão de políticas públicas. Jundiaí. Jundiaí, São Paulo, 2006. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http: //www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACAO_ FISICA/monografia/Espacos_publicos_Essporte_Lazer.pdf>. Citado na página 7. PIRES, D. Dorival Pires. 2015. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://www.dorivalpires.com.br/dorivalpires/dicas-novidades-conteudo/2630/ custo-do-casamento-em-goiania>. Citado na página 16. RIBEIRO, M. E. J. Goiânia: os planos, a cidade e o sistema de áreas verdes. [S.l.]: Universidade Católica de Goiás, 2004. Citado na página 4. SILVA, M. R. D. LAZER NOS CLUBES SÓCIO-RECREATIVOS DE CURITIBA/PR: a constituição de práticas e representações sociais . Dissertação (Mestrado) — Universidade Federal do Paraná, 2007. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/bitstream/handle/1884/11392/ diisertacao-Completo-PDF.pdf?sequence=2>. Citado na página 11. TRINDADE, A. M. da. SEGREGAÇÃO URBANA EM GOIÂNIA E OS JOVENS DA VILA CORONEL COSME . Dissertação (Mestrado) — Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2009. Acesso em 23/11/2015. Disponível em: <http://www.cpgss.pucgoias. edu.br/ArquivosUpload/15/file/AnaMariaTrindade-Dissertacao.pdf>. Citado na página 4.