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UNIDAS CONTRA A VIOLÊNCIA
A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
Março 2020
O PALADAR AMARGO
do silêncio & da dor
Introdução
 O Paladar amargo do silêncio e da dor é um
trabalho que está ser desenvolvido em torno
das mulheres vítimas de violência e das suas
famílias.
 Surge em função do que tem sido observado e
retratado por jornalistas, psicólogos , médicos
juristas e outras pessoas singulares .
 Trata-se de um pequeno resumo ( ou breve
radiografia ) das informações que chegam até
nós sobre esta pandemia que não sendo de
covid, a muito que vem matando aos milhares.
 Descreve as emoções experimentadas ao longo
da vida ou do período “ de resistência” quer pelas
vítima diretas como pelas vítimas indiretas ( sendo
neste caso os filhos, amigos e outros familiares ).
 É uma chamada de atenção a sociedade pela
forma passiva, quase inerte a que se remete,
diante de acontecimentos tão trágicos.
 Uma atitude incompreensível perante factos reais
que querendo ou não algum dia poderão bater a
nossa porta, pois somos pais, temos irmãos, filhos,
sobrinhos, vizinhos, esposos, etc…
A NOSSA SINGELA HOMENAGEM
à todas as mulheres assassinadas no nosso
país
E o nosso respeito a estas famílias que,
certamente continuarão enlutadas por muito
tempo.
Enquanto isso, todos os dias,
corremos o risco
de mais alguma mulher poder vir a morrer,
esfaqueada ou brutalmente espancada,
infelizmente!!
O que esperamos deste
encontro
 A nossa intenção ( hoje) não será analisarmos algum caso,
de forma específica.
 Encontrar culpados ou discutir uma gama de coisas que
podem e são defendidas todos os dias em discursos
políticos, gabinetes de comunicação, programa
radiofónicos ou televisivos, nos ciclos académico-
científicos, ou outras instituições afim.
 A nossa meta preferencial (hoje ) é a auto - análise. E
numa breve introspeção percebermos (de forma simples
mas profunda) o quanto fazemos (ou não) para apoiar ou
desincentivar o caos.
 Perceber como podemos no mínimo, ajudar a diminuir, o
paladar amargo que todas temos sentido sempre que
morre uma mulher (vitima de violência) .
 Perceber como podemos no mínimo, ajudar a diminuir, o paladar
amargo que todas temos sentido sempre que morre uma
mulher (vitima de violência) .
 Acreditamos que todos juntos possamos refletir sobre questões
básicas. E que a partir das nossas respostas, mesmo em
silêncio, será possível cada um avaliar o seu procedimento.
 É um exercício aparentemente inexpressivo mas positivista, de
grande valor moral, social e até intelectual.
 Comece por perguntar : QUEM ÉS TU?
 Quem sou eu, que aqui estou presente e faço parte deste
encontro?
 Questione-se por favor?
Serei eu
uma vítima ? Um autor ? Ou mentor?
A auto-análise
 Esta prática vai levar-nos primeiro a uma avaliação
pessoal. Olhando para os nossos actos perceberemos
as nossas falhas. O que pesará também na atribuição
de valores e juízos que fizermos dos outros .
 Ajudará a compreendermos as razões que levam cada
um, a agir ou reagir de formas tão diferentes,perante
uma mesma situação. Chegando mesmo a acções
macabras como vereremos a seguir.
 Far-nos-á entender que existem tarefas e responsa-
bilidade que são nossas (enquanto pessoas singulares
e enquanto membros desta sociedade) mas que, numa
atitude de fuga ou por desconhecimento, não as
assumimos!
Estuprada e brutalmente
espancada Qual de nós seria
capaz ?
 Todos somos capazes de cometer actos dos quais
nos arrependeríamos depois.
 Dependendo daquilo para a qual formos treinados
ao longo da vida, do que formos alimentandos
emocional e espiritualmente .
 Dependemos da programação alinhada para a
nossa mente. Ou seja o que recebemos como
input (em termos de educação, cultura, punição,
recompensa etc).
 Ainda assim e mesmo que recebamos valores
positivos, há riscos ! Pelo que devemos vigiar
constantemente (a nossa vida, planos, interesses
prioridades e sentimentos), sem dar espaço para o
pior!
 Para tudo na vida devemos ser preparados, orientados e
educados.
 Falar dos aspectos ligados ao namoro, o sexo e o
casamento deve ser uma tarefa séria e constante dos
pais, no seio da família. Porque estarão envolvidos os
nossos sentimentos , as nossas emoções e reações.
 Apesar do avanço da ciência e da tecnologia, a medida
em que o tempo passa ficamos com a percepção de que,
hoje, muito se fala e menos se educada.
 Prova disso tem sido a que assistimos no dia à dia, nos
aconselhamentos, nas esquadras da polícia, nos hospitais
e ruas, dentro dos lares, onde a maior parte das pessoas
(e mesmo casais) nada sabem sobre si mesmos e muito
menos do que se passa ao seu redor!
 A experiência têm-nos mostrado que um dos grandes
confrontos existentes entre as mulheres violentadas e
os seus companheiros, assim como os estranhos que
as violentam é a compreensão dos seus actos e a
gravidade deles.
 Pois quer-nos parecer que a recompensa é maior que o
castigo. Seja para quem viola ou violenta, como para
quem se vitima e se submete como faz deduzir cada
responta enquanto questionados.
 A abusada: Não posso deixar os meus filhos... Ele é o
pai das crianças... Ele é quem nos sustenta..
 O abusador: o meu amigo me disse vamo só... Ela
também não me respondia o telefone... Eu so reagi
porque ela não cozinhou...
 Em resumo: Falta de conhecimento!
Entendendo alguns
Conceitos
Violência
 É definida como o uso intencional da força ou de
poder contra si próprio (de forma real ou por
ameaça), ou contra outra pessoa, grupo ou uma
comunidade.
 Acto que resulte ou tenha possibilidade de resultar
em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de
desenvolvimento ou privação. (Krug et al, 2002).
 Qualquer ação intencional, perpetrada por
indivíduo, grupo, instituição, classes ou naçãos,
dirigida a outrem que cause prejuízos, danos
físicos, sociais, psicológicos e (ou) espirituais.
Tipos de violência:
 Existem diversos (física, psicológica, emocional
sexual, patrimonial , estrutural, comunitária,
familiar, obstétrica entre outras.
 Contudo queremos dar atenção a Violência
contra a Mulher e que normalmente ocorre nas
ruas, nas relações conjugais, afectivas ou
doméstica.
O termo violência entre parceiros
íntimos
 Refere-se a qualquer comportamento de
violência cometido tanto na unidade domés-
tica como em qualquer relação íntima de
afeto, independentemente da coabitação e
compreende as violências física, psicológica,
sexual, moral, patrimonial e o comportamento
controlador .
(BR, 2006; KRUG et al, 2002).
M anifestações
 Na violência física é habitual o agressor investir
contra a vítima com: bofetadas; empurrões; socos;
mordidas; cortes; estrangulamento; queimaduras;
lesões por armas ou objetos;
 Obrigar a outra pessoa a ingerir medicamentos
desnecessários ou inadequados, álcool, drogas ou
outras substâncias e alimentos; Tirar de casa à
força; amarrar; arrastar; arrancar a roupa;
abandonar em lugares desconhecidos;
 Causar danos à integridade física em virtude de
negligência, como omitir-se a cuidados e proteção
contra agravos evitáveis ou em situações de perigo
(como doença, gravidez, alimentação e higiene).
Violência psicólogica
 Envolve todos os atos que a compõem : insultos,
humilhação, degradação pública, intimidação e
ameaça.
 Esse tipo de agressão acontece muito e numa
proporção maior do que a violência física.
Geralmente ocorre em casa, na família, afetando
diretamente a auto-estima e a auto-imagem de quem
sofre.
 Algumas pessoas usam a violência psicológica como
uma forma de tortura para evitar que o seu
companheiro fuja, ou denuncie os maus tratos.
 Ou ainda para impedir que encontre outra pessoa
para viver e se desfaça da relação torturadora.
Manifestações
 Impedir de trabalhar fora de casa, de que tenha
liberdade financeira e de sair para divertir-se;
deixar o cuidado e a responsabilidade da
educação dos filhos só para ela.
 Ameaçar de espancamento e de morte, privar de
afeto, de assistência e de cuidados quando a
mulher está doente ou grávida, ignorar e criticá-
la constan-temente por meio de ironias e piadas.
 Ofender e menosprezar o seu corpo. insinuar
que tem amante para demonstrar desprezo,
ofender a moral da sua família.
(OMS-BR, 2005. p. 120 e 121).
Violência sexual
 Acto, tentativas ou investida sexual indesejada,
com uso de coação e praticado por qualquer
pessoa, independentemente da relação com a
vítima e em qualquer contexto, seja doméstico ou
não.
 A isso incluem-se todos os atos com penetração
forçada (estupro) e que pode ocorrer, dentro do
casamento, fora dele, no namoro, praticado por
estranhos ( na rua ou em qualquer lugar inclusive
em situações de conflito armado).
 Também inclui o assédio sexual (atos ou
investidas na forma de coerção, pagamento ou
favorecimento sexual) habitual nas relações
hierárquicas (trabalho ou escola).
 São ainda consideradas como violência sexual
as práticas sexuais sem penetração , os atos
definidos como atentados violentos ao pudor.
 Tais práticas incluem (também) , o exibicio-
nismo e voyeurismo, coerção à pornografia,
prostituição forçada, mutilação genital forçada
e tráfico de meninos, meninas e mulheres
(HEISE, 1999).
Violência sexual
executada por parceiros íntimos
 Embora seja difícil o reconhecimento da
violência sexual entre parceiros íntimos, ela
acontece, principalmente em culturas cuja
prática sexual não consensual, é tida como um
dever da mulher.
 Exemplo: Distorsão do sentido real da
palavra de Deus em algumas comunidades
religiosas ; sociedade de culturas maxistas
onde se anula a figura da mulher enquanto
ser; pessoas com perturbações ou transtornos
de personalidade e cuja dependência afectiva
seja tão forte que mais vale anular-se a sí
mesmo.
 Deste modo, quando observamos os índices
gerais de violência, a violência sexual entre
parceiros íntimos é a menos referênciada
comparada as demais.
 Essa ínvisibilidade explica-se pelo constran-
gimento que as mulheres apresentam em
denunciar por tratar-se da sua intimidade .
 Está vinculada a questões de poder (ou não)
dizer: NÃO!
Violência por comportamento
controlador
Violência por comportamento
controlador
 É outro tipo de Violência. Refere-se à
comportamentos com intuíto restritivo de um
parceiro contra o outro. Segundo Krug et al (2002)
 São consideradas atitudes do comportamento
controlador: evitar que o parceiro veja amigos;
restringir o seu contato com a família de origem;
insistir em saber onde a pessoa está em todos os
momentos;
 Pode ser ainda contido em acções como ignorar ou
tratar de forma indiferente o parcero; irritar-se
quando a pessoa fala com outro (a) homem ou
mulher; suspeitar frequentemente de traição.
Outras variantes
 Perseguição, ameaça implícita ou explícita evidenciada
pelo comportamento de invasão; perseguição
proposital, maliciosa e repetitiva que cause medo ou
insegurança a pessoa.
 Diante desse universo de actos é importante ressaltar
que as pessoas que são submetidas a esse tipo de
violência (como nas demais) podem desenvolver como
consequências psicológicas :
 Ansiedade, depressão, sintomas de stress pós-
traumático, comportamento anti-social, baixa auto-
estima, incapacidade de confiar nos outros, distúrbios
do sono, tentativa de suicídio, entre outras
(BLACK, 2011).
CAUSAS E COMENTÁRIOS
COMUNS
 Procurar causas para violência é para nós um acto
pouco sincero de enfrentarmos as situações que
vivemos em todo mundo e no “Nosso País” de forma
particular . Pois de uma maneira ou de outra, todos
somos participes ou coniventes.
 Já encontrar algumas, entre as muitas causas que
temos, parece ser mais sensato .Cada sociedade sabe
sobre que bases está estabelecida. No nosso caso,
sabíamos que após a guerra a violência seria evidente.
Medo, mortes, estupros, mágoas, raivas, ódios e
ressentimentos , vigoraram durante anos.
 Acordos de paz escritos não curam feridas.
Estabelecem apenas o descaso das armas.
Investimentos estruturais são necessários (e foram
feitos). Porém só podem ter pleno êxito se tiverem bem
as pessoas que deles fazem ou farão uso.
Percepção e distorção de sentimentos
Se alguém tiver uma fórnula especial que nos faça compreender
o que se pretende traduzir com esta forma de amor, não se
acanhe, digam-nos! Mas diga-nos também como será o inverso!
Esta estranha forma de corrigir e amar
 Somos humanos e enquanto seres, deverímos ter a
capacidade para gerir cada momento sem distúrbios,
fazendo uso da nossa razão e sem fugirmos do padrão
da normalidade. Da convivência positiva.
 Sujeitarmo-nos as nossas frustrações e raivas,sem que
o descontrolo nos obrigasse a actos idiondos.
 Ainda mais sendo por factos tão simples como um
pedido para participar do sustento dos filhos, ou o
dinheiro do almoço, por exemplo.
 Seja por ser negado um acto sexual; anunciado o fim
de uma relação ou para sermos notificadas sobre
qualquer infração; nada justifica a brutalidade de actos
que tenham como capa “ medidas correcionais”.
 Nada justifica tamanha agressividade.
 Não há justificação que caiba, nem sentimento algum
que possa ilibar ainda que queira chamar a isso, amor.
Distorcendo o sentido real do seu significado. Porque
amor é vida, nunca morte. Salvo aquela que foi de
Jesus.
 Este falso pretexto e que queremos fazer passar por amor,
leva-nos a confirmação e análise do quão distante de
Deus, hoje o homem se encontra.
 E pelo acentuar da sua insanidade e instabilidade socio-
emocional, sugere portanto, um agravamento dos seus
actos para os próximos dias, mesmo porque a situação
mundial actual (com o covid19) só oferece como
perspectiva um maior desajustante.
Dados mundiais
 Na Europa: A situação de estupro na Suécia piorou
tanto ultimamente que um dos maiores hospitais da
capital foi forçado a criar um departamento de
emergência especial para mulheres estupradas.São
quase 800 vítimas por ano.
 Portugal tem demonstrado que mesmo sendo
independentes económicamente as mulheres são
constantemente vítimas de violência .
 Na América : já é considerado o pior lugar para as
mulheres viverem (tirando as zonas de guerra).
 Na América Latina, por dia, nove mulheres em
média são assassinadas, vítimas de violência,
segundo um relatório da ONU .
 África : Onde os homens não aceitam um não!
 A República Democrática do Congo tem uma das
taxas mais altas de violência sexual do mundo.
 A Africa do Sul é considerada como capital
mundial do estupro(48 mulheres são estupradas a
cada hora ).
 É também no nosso continente onde o sofrimento
da mutilação genital feminina é uma realidade
para cerca 200 milhões de meninas e mulheres.
 Em nome de uma cultura e tradição que permitem
cortar o clitóris e os pequenos e grandes lábios
vaginais das mulheres com navalha ou lâmina.
 NO MUNDO ÁRABE: As mulheres ainda permanecem
como “cidadãs de segunda classe”. Pura mercadoria.
O caso (Aesha) é um exemplo. A jovem que foi dada
em casamento para pagar uma dívida do pai e como
tentou fugir ficou sem o nariz e as orelhas como castigo.
 ÁSIA: O relatório sobre o tráfico humano de 2019 ,dos
EUA, indica que cada vez mais se regista o casamento
forçado e fraudulento de mulheres e meninas do sudeste
e nordeste Asiático “com homens chineses”.
 A china tem 34 milhões de homens a mais. Portando a
mulher virou um negócio de grande valor. Ainda assim
uma em cada quatro mulheres chinesas já sofreu
violência doméstica em algum momento da sua vida. E
aumentaram os casos de violência durante a quarentena.
ANGOLA
Onde o medo e a vergonha impedem a
denúncia
 Em 2018, pelo menos 34 mulheres perderam a vida,
vítimas de agressão e violência, segundo dados da
Direcção de Investigação Criminal para Prevenção
Contra a Violência Doméstica.( segundo a angop)
 Dados do INE, Instituto Nacional de Estatítica de
2015-2016 apontam que 32% das mulheres foram
vítimas de violência física. Sendo muitas ainda com
apenas 15 anos de idade.
 Outros 8% foram vítimas de violência sexual
(supostamente por estranhos) e as restantes de
violência conjugal (física ou sexual) cometida pelo
marido ou parceiro.
 Em 2019 , 80 mulheres foram assassinadas sem dó nem
piedade. E de acordo com o JA dos 3.703 casos de
violência doméstica registados , apenas 700 casos não
foram contra mulheres.
 Baseados no facto de sermos mais de 30 milhões de
habitantes (onde 12.579.83 são mulheres) e que a violência
contra a população feminina, hoje, não tem idade, pois temos
bebés sendo molestadas sexualmente;
 Atendendo ainda ao facto das pessoas considerarem
atitudes como bofetadas, ofensas morais, expulsão de
casa, vedação a guarda dos filhos, como sendo :
“ mambos próprios do casamento ou relacionamento
entre um homem e uma mulher”;
 provavelmente, milhões de queixas, tenham ficado por
registar.
 Estamos no oitavo mês de 2020. Não sabemos qual
será a estatística, mas constantemente recebemos
informações de casos, onde filhas são abusadas pelos
pais , estupradas por vizinhos.
 Empregadas são tratadas como escravas sexuais,
esposas são violadas diante dos filhos, mulheres
expulsas de casa, privadas de assistência e alimentos,
mas… quase ninguém se atreve a falar sobre isso.
 Sabemos que o ano passado no K. Kubango foi
introduzida uma lenha acesa na vagina de uma mulher,
pelo próprio marido .Que em Cacuaco algo semelhante
teve lugar na passada semana. Que uma jovem foi
atropelada na porta de casa, a cerca de um mês e
outra foi levada para o cemitério(no namibe ) tendo sido
violada e gravemente ferida esta semana.
Voltando a questionar a nossa mente
Diante de factos tão fortes as pergunta seriam: Quem somos
nós no meio de tudo isso ?
R: Seres iguais aqueles que a praticaram!
 Que cargas transportamos no nosso interior que num
determinado momento podem levar-nos ao extremo?
R: É preciso rever e avaliar, antes que o pior aconteça!
 O que pode acarretar práticas tão nocivas?!
R: Tudo o que não for resolvido desde a infância (ou em
decorrencia de um dado momento dificil por nós vivido.
 A violência está ao alcance de todos?!
R: Sim ! Ela mora em nós!
 ( Há uma parte má, própria da nossa natureza
humana).Mas tudo depende do que fazemos ou
fizermos com ela.
 Que destino damos aos nossos sentimentos e
frustrações.Desilusões e amarguras.Como lidamos
com os seus ataques ao nosso cérebro, a nossa
alma, a nossa vida!
 Uma boa forma de fazermos o saneamento interno
é vigiarmos a cada momento, como estamos.
Tratar de pendentes e resolver situações que nos
possam roubar a paz interior.Criar revolta ou minar
a nosso identidade.
 Afastarmo-nos de coisas nocivas enfrentando de
forma construtiva e positiva seja o que for será
aquilo à que chamamos de prevenção.
Vereficando a nossa identidade
 Se pegarmos nos conceitos de violência e tivermos
a coragem de assumir para nós mesmos o que
fazemos ( ou não); reconstituiremos a nossa real
identidade.
 A partir da relação que temos com o parceiro(a),o
chefe, a colega, o amigo o vizinho e outros
familiares, podemos perceber que necessidade
teremos de buscar ajuda, acompanhamento.
 Todos sabemos como agimos no dia-à-dia e perante
factos reais. O que falta na maior parte das vezes é
a coragem de assumir e buscar apoio, ou
tratamento.
 Tenhamos consciência que algumas situações
só podem ser resolvidas por nós (dependem de
uma decisão, da nossa atitude) e outras só
fazendo recursos à profissionais especializados.
 Pense em palavras ou atitudes que podem ter
contribuído para piorar no lugar de melhorar
alguma situação em família, amigos ou redes
sociais . Até nas ruas.
 De forma inconsciente muitas vezes podemos
ter sido à favor da violência.
Disnte da violência
Você é autor, vítima ou
mentor?
 Tenhamos em atenção à forma como
arranjamos os nossos relacionamentos.
 Que pessoas escolhemos , que famílias e
histórico podemos encontrar. Que
compatibilidades existem realmente.
 E aqui somos chamados a entender o que
a bíblia diz sobre o jugo desigual.
 Quais as hipóteses de desenvolvermos
uma relação estável com quem
pretendemos.
 Enquanto Pais que educação é dada aos filhos.
 Podemos desejar que ele não viole e mate, mas
se no seu viver ouviu repetidas vezes assistiu
cenas chocantes;
 Se dentro de casa diante dele e dos demais
irmãos, violar e espancar já eram práticas do seu
próprio pai. Não duvide que o faça futuramente.
 Se nós mesmss falarmos de forma despresível
de mulheres, inclusiver da namorada do filho, da
esposa do irmão , da vizinha, da sobrinha;
incentivamos o abuso e o desrespeito a
mulher . Esperemos pelo pior.
 Se defendemos o errado ( porque é o nosso
irmão o que bate na cunhada , alegando que
faltou o respeito).
 Agredimos a namorada do parceiro mas
oferecemos um copo de vilho e um bom funge
ao próprio , no dia da descoberta da traição;
 E se vendermos as nossas filhas por
condiçoes sociais, sem nos lembrarmos que o
dinheiro não compra moralidade nem a vida .
 Somos iguais aos que matam e violam,
sim!
Precisamos de uma luta
melhorada
com todos à nosso favor
 Uma nova forma de olhar e Lutar contra a violência
contra a mulher será certamente trabalharmos o
nosso interior. Arrumarmos a nossa casa. No
sentido de vigiarmos os filhos , orientá-los quando
ao amor e a beleza dos bons sentimentos.
 Ajudá-los a gerir os momentos de dificuldades .
 A saberem enfrentar as frustrações de forma
saudável. A responsabilizá-los pelos seus actos
desde pequenos permitindo que tenham limites
enquanto humanos.
 Recorrer aos profissionais de saúde mental,
sempre que sintam ou percebam alguma
anormalidade comportamental, sem medo nem
tabús.
 Descobrimos o nosso histórico (da infância à
vida adulta).Percebermos o nosso interior.
 Revermos os conceitos e escolhas.
 Tenhamos todos atenção aos relacionamentos
que temos não só ao que o outro trás, mas
também a bagagem que nós mesmos
carregamos para o nosso casamento, ( seja
ele convencional ou não).
 E por fim apoiemos e elucidemos quem
precisa (informe, denuncie, faça algo para
mudar esta situação).
A Violência contra a mulher é real e evidente.
Tem ceifado vidas todos os dias.
 A morte é certa e disso não temos dúvida!
 Sabemos que Deus predestinou o homem para
 cumprir o seu desiderato e viver na terra por
pelo menos 70 anos .
 Quanto a vida , é Ele que dá e deve tirar, a
mais ninguém deu esta missão!
Unidos seremos mais fortes
juntos faremos melhor.
Pense isso!
 FIM
Judith Vasconcelos
Psicóloga Clinica e do Aconselhamento
935888610
Caof.consultorio@gmail.com

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(Dw) violencia contra mulher - palestra para hoje20200821

  • 1. UNIDAS CONTRA A VIOLÊNCIA A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES Março 2020 O PALADAR AMARGO do silêncio & da dor
  • 2. Introdução  O Paladar amargo do silêncio e da dor é um trabalho que está ser desenvolvido em torno das mulheres vítimas de violência e das suas famílias.  Surge em função do que tem sido observado e retratado por jornalistas, psicólogos , médicos juristas e outras pessoas singulares .  Trata-se de um pequeno resumo ( ou breve radiografia ) das informações que chegam até nós sobre esta pandemia que não sendo de covid, a muito que vem matando aos milhares.
  • 3.  Descreve as emoções experimentadas ao longo da vida ou do período “ de resistência” quer pelas vítima diretas como pelas vítimas indiretas ( sendo neste caso os filhos, amigos e outros familiares ).  É uma chamada de atenção a sociedade pela forma passiva, quase inerte a que se remete, diante de acontecimentos tão trágicos.  Uma atitude incompreensível perante factos reais que querendo ou não algum dia poderão bater a nossa porta, pois somos pais, temos irmãos, filhos, sobrinhos, vizinhos, esposos, etc…
  • 4. A NOSSA SINGELA HOMENAGEM à todas as mulheres assassinadas no nosso país E o nosso respeito a estas famílias que, certamente continuarão enlutadas por muito tempo.
  • 5. Enquanto isso, todos os dias, corremos o risco de mais alguma mulher poder vir a morrer, esfaqueada ou brutalmente espancada, infelizmente!!
  • 6. O que esperamos deste encontro  A nossa intenção ( hoje) não será analisarmos algum caso, de forma específica.  Encontrar culpados ou discutir uma gama de coisas que podem e são defendidas todos os dias em discursos políticos, gabinetes de comunicação, programa radiofónicos ou televisivos, nos ciclos académico- científicos, ou outras instituições afim.  A nossa meta preferencial (hoje ) é a auto - análise. E numa breve introspeção percebermos (de forma simples mas profunda) o quanto fazemos (ou não) para apoiar ou desincentivar o caos.  Perceber como podemos no mínimo, ajudar a diminuir, o paladar amargo que todas temos sentido sempre que morre uma mulher (vitima de violência) .
  • 7.  Perceber como podemos no mínimo, ajudar a diminuir, o paladar amargo que todas temos sentido sempre que morre uma mulher (vitima de violência) .  Acreditamos que todos juntos possamos refletir sobre questões básicas. E que a partir das nossas respostas, mesmo em silêncio, será possível cada um avaliar o seu procedimento.  É um exercício aparentemente inexpressivo mas positivista, de grande valor moral, social e até intelectual.  Comece por perguntar : QUEM ÉS TU?  Quem sou eu, que aqui estou presente e faço parte deste encontro?  Questione-se por favor?
  • 8. Serei eu uma vítima ? Um autor ? Ou mentor?
  • 9. A auto-análise  Esta prática vai levar-nos primeiro a uma avaliação pessoal. Olhando para os nossos actos perceberemos as nossas falhas. O que pesará também na atribuição de valores e juízos que fizermos dos outros .  Ajudará a compreendermos as razões que levam cada um, a agir ou reagir de formas tão diferentes,perante uma mesma situação. Chegando mesmo a acções macabras como vereremos a seguir.  Far-nos-á entender que existem tarefas e responsa- bilidade que são nossas (enquanto pessoas singulares e enquanto membros desta sociedade) mas que, numa atitude de fuga ou por desconhecimento, não as assumimos!
  • 10. Estuprada e brutalmente espancada Qual de nós seria capaz ?
  • 11.  Todos somos capazes de cometer actos dos quais nos arrependeríamos depois.  Dependendo daquilo para a qual formos treinados ao longo da vida, do que formos alimentandos emocional e espiritualmente .  Dependemos da programação alinhada para a nossa mente. Ou seja o que recebemos como input (em termos de educação, cultura, punição, recompensa etc).  Ainda assim e mesmo que recebamos valores positivos, há riscos ! Pelo que devemos vigiar constantemente (a nossa vida, planos, interesses prioridades e sentimentos), sem dar espaço para o pior!
  • 12.  Para tudo na vida devemos ser preparados, orientados e educados.  Falar dos aspectos ligados ao namoro, o sexo e o casamento deve ser uma tarefa séria e constante dos pais, no seio da família. Porque estarão envolvidos os nossos sentimentos , as nossas emoções e reações.  Apesar do avanço da ciência e da tecnologia, a medida em que o tempo passa ficamos com a percepção de que, hoje, muito se fala e menos se educada.  Prova disso tem sido a que assistimos no dia à dia, nos aconselhamentos, nas esquadras da polícia, nos hospitais e ruas, dentro dos lares, onde a maior parte das pessoas (e mesmo casais) nada sabem sobre si mesmos e muito menos do que se passa ao seu redor!
  • 13.  A experiência têm-nos mostrado que um dos grandes confrontos existentes entre as mulheres violentadas e os seus companheiros, assim como os estranhos que as violentam é a compreensão dos seus actos e a gravidade deles.  Pois quer-nos parecer que a recompensa é maior que o castigo. Seja para quem viola ou violenta, como para quem se vitima e se submete como faz deduzir cada responta enquanto questionados.  A abusada: Não posso deixar os meus filhos... Ele é o pai das crianças... Ele é quem nos sustenta..  O abusador: o meu amigo me disse vamo só... Ela também não me respondia o telefone... Eu so reagi porque ela não cozinhou...  Em resumo: Falta de conhecimento!
  • 15. Violência  É definida como o uso intencional da força ou de poder contra si próprio (de forma real ou por ameaça), ou contra outra pessoa, grupo ou uma comunidade.  Acto que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. (Krug et al, 2002).  Qualquer ação intencional, perpetrada por indivíduo, grupo, instituição, classes ou naçãos, dirigida a outrem que cause prejuízos, danos físicos, sociais, psicológicos e (ou) espirituais.
  • 16. Tipos de violência:  Existem diversos (física, psicológica, emocional sexual, patrimonial , estrutural, comunitária, familiar, obstétrica entre outras.  Contudo queremos dar atenção a Violência contra a Mulher e que normalmente ocorre nas ruas, nas relações conjugais, afectivas ou doméstica.
  • 17. O termo violência entre parceiros íntimos
  • 18.  Refere-se a qualquer comportamento de violência cometido tanto na unidade domés- tica como em qualquer relação íntima de afeto, independentemente da coabitação e compreende as violências física, psicológica, sexual, moral, patrimonial e o comportamento controlador . (BR, 2006; KRUG et al, 2002).
  • 20.  Na violência física é habitual o agressor investir contra a vítima com: bofetadas; empurrões; socos; mordidas; cortes; estrangulamento; queimaduras; lesões por armas ou objetos;  Obrigar a outra pessoa a ingerir medicamentos desnecessários ou inadequados, álcool, drogas ou outras substâncias e alimentos; Tirar de casa à força; amarrar; arrastar; arrancar a roupa; abandonar em lugares desconhecidos;  Causar danos à integridade física em virtude de negligência, como omitir-se a cuidados e proteção contra agravos evitáveis ou em situações de perigo (como doença, gravidez, alimentação e higiene).
  • 22.  Envolve todos os atos que a compõem : insultos, humilhação, degradação pública, intimidação e ameaça.  Esse tipo de agressão acontece muito e numa proporção maior do que a violência física. Geralmente ocorre em casa, na família, afetando diretamente a auto-estima e a auto-imagem de quem sofre.  Algumas pessoas usam a violência psicológica como uma forma de tortura para evitar que o seu companheiro fuja, ou denuncie os maus tratos.  Ou ainda para impedir que encontre outra pessoa para viver e se desfaça da relação torturadora.
  • 23. Manifestações  Impedir de trabalhar fora de casa, de que tenha liberdade financeira e de sair para divertir-se; deixar o cuidado e a responsabilidade da educação dos filhos só para ela.  Ameaçar de espancamento e de morte, privar de afeto, de assistência e de cuidados quando a mulher está doente ou grávida, ignorar e criticá- la constan-temente por meio de ironias e piadas.  Ofender e menosprezar o seu corpo. insinuar que tem amante para demonstrar desprezo, ofender a moral da sua família. (OMS-BR, 2005. p. 120 e 121).
  • 25.  Acto, tentativas ou investida sexual indesejada, com uso de coação e praticado por qualquer pessoa, independentemente da relação com a vítima e em qualquer contexto, seja doméstico ou não.  A isso incluem-se todos os atos com penetração forçada (estupro) e que pode ocorrer, dentro do casamento, fora dele, no namoro, praticado por estranhos ( na rua ou em qualquer lugar inclusive em situações de conflito armado).  Também inclui o assédio sexual (atos ou investidas na forma de coerção, pagamento ou favorecimento sexual) habitual nas relações hierárquicas (trabalho ou escola).
  • 26.  São ainda consideradas como violência sexual as práticas sexuais sem penetração , os atos definidos como atentados violentos ao pudor.  Tais práticas incluem (também) , o exibicio- nismo e voyeurismo, coerção à pornografia, prostituição forçada, mutilação genital forçada e tráfico de meninos, meninas e mulheres (HEISE, 1999).
  • 27. Violência sexual executada por parceiros íntimos
  • 28.  Embora seja difícil o reconhecimento da violência sexual entre parceiros íntimos, ela acontece, principalmente em culturas cuja prática sexual não consensual, é tida como um dever da mulher.  Exemplo: Distorsão do sentido real da palavra de Deus em algumas comunidades religiosas ; sociedade de culturas maxistas onde se anula a figura da mulher enquanto ser; pessoas com perturbações ou transtornos de personalidade e cuja dependência afectiva seja tão forte que mais vale anular-se a sí mesmo.
  • 29.  Deste modo, quando observamos os índices gerais de violência, a violência sexual entre parceiros íntimos é a menos referênciada comparada as demais.  Essa ínvisibilidade explica-se pelo constran- gimento que as mulheres apresentam em denunciar por tratar-se da sua intimidade .  Está vinculada a questões de poder (ou não) dizer: NÃO!
  • 31. Violência por comportamento controlador  É outro tipo de Violência. Refere-se à comportamentos com intuíto restritivo de um parceiro contra o outro. Segundo Krug et al (2002)  São consideradas atitudes do comportamento controlador: evitar que o parceiro veja amigos; restringir o seu contato com a família de origem; insistir em saber onde a pessoa está em todos os momentos;  Pode ser ainda contido em acções como ignorar ou tratar de forma indiferente o parcero; irritar-se quando a pessoa fala com outro (a) homem ou mulher; suspeitar frequentemente de traição.
  • 32. Outras variantes  Perseguição, ameaça implícita ou explícita evidenciada pelo comportamento de invasão; perseguição proposital, maliciosa e repetitiva que cause medo ou insegurança a pessoa.  Diante desse universo de actos é importante ressaltar que as pessoas que são submetidas a esse tipo de violência (como nas demais) podem desenvolver como consequências psicológicas :  Ansiedade, depressão, sintomas de stress pós- traumático, comportamento anti-social, baixa auto- estima, incapacidade de confiar nos outros, distúrbios do sono, tentativa de suicídio, entre outras (BLACK, 2011).
  • 34.  Procurar causas para violência é para nós um acto pouco sincero de enfrentarmos as situações que vivemos em todo mundo e no “Nosso País” de forma particular . Pois de uma maneira ou de outra, todos somos participes ou coniventes.  Já encontrar algumas, entre as muitas causas que temos, parece ser mais sensato .Cada sociedade sabe sobre que bases está estabelecida. No nosso caso, sabíamos que após a guerra a violência seria evidente. Medo, mortes, estupros, mágoas, raivas, ódios e ressentimentos , vigoraram durante anos.  Acordos de paz escritos não curam feridas. Estabelecem apenas o descaso das armas. Investimentos estruturais são necessários (e foram feitos). Porém só podem ter pleno êxito se tiverem bem as pessoas que deles fazem ou farão uso.
  • 35. Percepção e distorção de sentimentos Se alguém tiver uma fórnula especial que nos faça compreender o que se pretende traduzir com esta forma de amor, não se acanhe, digam-nos! Mas diga-nos também como será o inverso!
  • 36. Esta estranha forma de corrigir e amar
  • 37.  Somos humanos e enquanto seres, deverímos ter a capacidade para gerir cada momento sem distúrbios, fazendo uso da nossa razão e sem fugirmos do padrão da normalidade. Da convivência positiva.  Sujeitarmo-nos as nossas frustrações e raivas,sem que o descontrolo nos obrigasse a actos idiondos.  Ainda mais sendo por factos tão simples como um pedido para participar do sustento dos filhos, ou o dinheiro do almoço, por exemplo.  Seja por ser negado um acto sexual; anunciado o fim de uma relação ou para sermos notificadas sobre qualquer infração; nada justifica a brutalidade de actos que tenham como capa “ medidas correcionais”.  Nada justifica tamanha agressividade.
  • 38.  Não há justificação que caiba, nem sentimento algum que possa ilibar ainda que queira chamar a isso, amor. Distorcendo o sentido real do seu significado. Porque amor é vida, nunca morte. Salvo aquela que foi de Jesus.  Este falso pretexto e que queremos fazer passar por amor, leva-nos a confirmação e análise do quão distante de Deus, hoje o homem se encontra.  E pelo acentuar da sua insanidade e instabilidade socio- emocional, sugere portanto, um agravamento dos seus actos para os próximos dias, mesmo porque a situação mundial actual (com o covid19) só oferece como perspectiva um maior desajustante.
  • 39. Dados mundiais  Na Europa: A situação de estupro na Suécia piorou tanto ultimamente que um dos maiores hospitais da capital foi forçado a criar um departamento de emergência especial para mulheres estupradas.São quase 800 vítimas por ano.  Portugal tem demonstrado que mesmo sendo independentes económicamente as mulheres são constantemente vítimas de violência .  Na América : já é considerado o pior lugar para as mulheres viverem (tirando as zonas de guerra).  Na América Latina, por dia, nove mulheres em média são assassinadas, vítimas de violência, segundo um relatório da ONU .
  • 40.  África : Onde os homens não aceitam um não!  A República Democrática do Congo tem uma das taxas mais altas de violência sexual do mundo.  A Africa do Sul é considerada como capital mundial do estupro(48 mulheres são estupradas a cada hora ).  É também no nosso continente onde o sofrimento da mutilação genital feminina é uma realidade para cerca 200 milhões de meninas e mulheres.  Em nome de uma cultura e tradição que permitem cortar o clitóris e os pequenos e grandes lábios vaginais das mulheres com navalha ou lâmina.
  • 41.  NO MUNDO ÁRABE: As mulheres ainda permanecem como “cidadãs de segunda classe”. Pura mercadoria. O caso (Aesha) é um exemplo. A jovem que foi dada em casamento para pagar uma dívida do pai e como tentou fugir ficou sem o nariz e as orelhas como castigo.  ÁSIA: O relatório sobre o tráfico humano de 2019 ,dos EUA, indica que cada vez mais se regista o casamento forçado e fraudulento de mulheres e meninas do sudeste e nordeste Asiático “com homens chineses”.  A china tem 34 milhões de homens a mais. Portando a mulher virou um negócio de grande valor. Ainda assim uma em cada quatro mulheres chinesas já sofreu violência doméstica em algum momento da sua vida. E aumentaram os casos de violência durante a quarentena.
  • 42. ANGOLA Onde o medo e a vergonha impedem a denúncia
  • 43.  Em 2018, pelo menos 34 mulheres perderam a vida, vítimas de agressão e violência, segundo dados da Direcção de Investigação Criminal para Prevenção Contra a Violência Doméstica.( segundo a angop)  Dados do INE, Instituto Nacional de Estatítica de 2015-2016 apontam que 32% das mulheres foram vítimas de violência física. Sendo muitas ainda com apenas 15 anos de idade.  Outros 8% foram vítimas de violência sexual (supostamente por estranhos) e as restantes de violência conjugal (física ou sexual) cometida pelo marido ou parceiro.
  • 44.  Em 2019 , 80 mulheres foram assassinadas sem dó nem piedade. E de acordo com o JA dos 3.703 casos de violência doméstica registados , apenas 700 casos não foram contra mulheres.  Baseados no facto de sermos mais de 30 milhões de habitantes (onde 12.579.83 são mulheres) e que a violência contra a população feminina, hoje, não tem idade, pois temos bebés sendo molestadas sexualmente;  Atendendo ainda ao facto das pessoas considerarem atitudes como bofetadas, ofensas morais, expulsão de casa, vedação a guarda dos filhos, como sendo : “ mambos próprios do casamento ou relacionamento entre um homem e uma mulher”;  provavelmente, milhões de queixas, tenham ficado por registar.
  • 45.  Estamos no oitavo mês de 2020. Não sabemos qual será a estatística, mas constantemente recebemos informações de casos, onde filhas são abusadas pelos pais , estupradas por vizinhos.  Empregadas são tratadas como escravas sexuais, esposas são violadas diante dos filhos, mulheres expulsas de casa, privadas de assistência e alimentos, mas… quase ninguém se atreve a falar sobre isso.  Sabemos que o ano passado no K. Kubango foi introduzida uma lenha acesa na vagina de uma mulher, pelo próprio marido .Que em Cacuaco algo semelhante teve lugar na passada semana. Que uma jovem foi atropelada na porta de casa, a cerca de um mês e outra foi levada para o cemitério(no namibe ) tendo sido violada e gravemente ferida esta semana.
  • 46. Voltando a questionar a nossa mente Diante de factos tão fortes as pergunta seriam: Quem somos nós no meio de tudo isso ? R: Seres iguais aqueles que a praticaram!  Que cargas transportamos no nosso interior que num determinado momento podem levar-nos ao extremo? R: É preciso rever e avaliar, antes que o pior aconteça!  O que pode acarretar práticas tão nocivas?! R: Tudo o que não for resolvido desde a infância (ou em decorrencia de um dado momento dificil por nós vivido.  A violência está ao alcance de todos?! R: Sim ! Ela mora em nós!
  • 47.  ( Há uma parte má, própria da nossa natureza humana).Mas tudo depende do que fazemos ou fizermos com ela.  Que destino damos aos nossos sentimentos e frustrações.Desilusões e amarguras.Como lidamos com os seus ataques ao nosso cérebro, a nossa alma, a nossa vida!  Uma boa forma de fazermos o saneamento interno é vigiarmos a cada momento, como estamos. Tratar de pendentes e resolver situações que nos possam roubar a paz interior.Criar revolta ou minar a nosso identidade.  Afastarmo-nos de coisas nocivas enfrentando de forma construtiva e positiva seja o que for será aquilo à que chamamos de prevenção.
  • 48. Vereficando a nossa identidade  Se pegarmos nos conceitos de violência e tivermos a coragem de assumir para nós mesmos o que fazemos ( ou não); reconstituiremos a nossa real identidade.  A partir da relação que temos com o parceiro(a),o chefe, a colega, o amigo o vizinho e outros familiares, podemos perceber que necessidade teremos de buscar ajuda, acompanhamento.  Todos sabemos como agimos no dia-à-dia e perante factos reais. O que falta na maior parte das vezes é a coragem de assumir e buscar apoio, ou tratamento.
  • 49.  Tenhamos consciência que algumas situações só podem ser resolvidas por nós (dependem de uma decisão, da nossa atitude) e outras só fazendo recursos à profissionais especializados.  Pense em palavras ou atitudes que podem ter contribuído para piorar no lugar de melhorar alguma situação em família, amigos ou redes sociais . Até nas ruas.  De forma inconsciente muitas vezes podemos ter sido à favor da violência.
  • 50. Disnte da violência Você é autor, vítima ou mentor?
  • 51.  Tenhamos em atenção à forma como arranjamos os nossos relacionamentos.  Que pessoas escolhemos , que famílias e histórico podemos encontrar. Que compatibilidades existem realmente.  E aqui somos chamados a entender o que a bíblia diz sobre o jugo desigual.  Quais as hipóteses de desenvolvermos uma relação estável com quem pretendemos.
  • 52.  Enquanto Pais que educação é dada aos filhos.  Podemos desejar que ele não viole e mate, mas se no seu viver ouviu repetidas vezes assistiu cenas chocantes;  Se dentro de casa diante dele e dos demais irmãos, violar e espancar já eram práticas do seu próprio pai. Não duvide que o faça futuramente.  Se nós mesmss falarmos de forma despresível de mulheres, inclusiver da namorada do filho, da esposa do irmão , da vizinha, da sobrinha; incentivamos o abuso e o desrespeito a mulher . Esperemos pelo pior.
  • 53.  Se defendemos o errado ( porque é o nosso irmão o que bate na cunhada , alegando que faltou o respeito).  Agredimos a namorada do parceiro mas oferecemos um copo de vilho e um bom funge ao próprio , no dia da descoberta da traição;  E se vendermos as nossas filhas por condiçoes sociais, sem nos lembrarmos que o dinheiro não compra moralidade nem a vida .  Somos iguais aos que matam e violam, sim!
  • 54. Precisamos de uma luta melhorada com todos à nosso favor
  • 55.  Uma nova forma de olhar e Lutar contra a violência contra a mulher será certamente trabalharmos o nosso interior. Arrumarmos a nossa casa. No sentido de vigiarmos os filhos , orientá-los quando ao amor e a beleza dos bons sentimentos.  Ajudá-los a gerir os momentos de dificuldades .  A saberem enfrentar as frustrações de forma saudável. A responsabilizá-los pelos seus actos desde pequenos permitindo que tenham limites enquanto humanos.  Recorrer aos profissionais de saúde mental, sempre que sintam ou percebam alguma anormalidade comportamental, sem medo nem tabús.
  • 56.  Descobrimos o nosso histórico (da infância à vida adulta).Percebermos o nosso interior.  Revermos os conceitos e escolhas.  Tenhamos todos atenção aos relacionamentos que temos não só ao que o outro trás, mas também a bagagem que nós mesmos carregamos para o nosso casamento, ( seja ele convencional ou não).  E por fim apoiemos e elucidemos quem precisa (informe, denuncie, faça algo para mudar esta situação).
  • 57. A Violência contra a mulher é real e evidente. Tem ceifado vidas todos os dias.  A morte é certa e disso não temos dúvida!  Sabemos que Deus predestinou o homem para  cumprir o seu desiderato e viver na terra por pelo menos 70 anos .  Quanto a vida , é Ele que dá e deve tirar, a mais ninguém deu esta missão!
  • 58. Unidos seremos mais fortes juntos faremos melhor. Pense isso!
  • 59.
  • 60.
  • 61.  FIM Judith Vasconcelos Psicóloga Clinica e do Aconselhamento 935888610 Caof.consultorio@gmail.com