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POSSÍVEIS REFLEXÕES
O presente texto busca retratar a obra Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire, refletindo e
discutindo os pontos que esclarecem o pensamento do autor sobre os temas Formação Docente e
Atuação Profissional. Consideramos necessária esta discussão, devido a grande importância que este
autor (Paulo Freire) tem para a educação, pretendendo um aprofundamento na sua eterna
contribuição para o ato pedagógico.
Paulo Freire nesta obra considera necessário e indispensável uma prática docente embasada na
teoria critica e progressista, não sendo recomendável considerar o conhecimento conservador
docente apoiado apenas no saber de experiência. “(...) a reflexão critica sobre a prática se torna
uma exigência da relação teoria/pratica sem o qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática o
turismo” (FREIRE 1996, p. 24).
Apoiado á isto a reflexão retrata que a formação inicial é o momento onde o formador deve
adquirir o conhecimento necessário para se assumir como sujeito da produção de conhecimento
onde ensinar não é transferir, mas criar possibilidades para a produção coletiva do saber. No ato
formativo, formando e formador deve exercer o processo de construção do conhecimento.
“Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente
mulheres e homens descobriram que era possível ensinar. Foi assim, socialmente aprendendo que
ao longo dos tempos mulheres e homens perceberam que era possível (...) trabalhar maneiras,
caminhos e métodos de ensinar” (FREIRE, 1996, p. 26).
Este ato pedagógico é o que irá buscar uma rediscussão da educação bancária1. A rigorosidade
metodológica está centrada nos passos necessários para a problematização dos conteúdos. O
aprender não se esgota no tratamento do objeto. O exercício pedagógico, tratado por Paulo Freire
como dodiscência, necessita de uma abertura dos sujeitos (professor e aluno) que oportunize a
apreensão dos outros conhecimentos.
Este processo de construção do conhecimento, parte da necessidade de conhecer aquilo que se tem
curiosidade. Para Paulo Freire isto é o princípio do processo de construção do pesquisador. “Ensino
porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando,
intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e
comunicar ou anunciar a novidade” (FREIRE, 1996, p 32).
Para ocorrer o processo de ensino aprendizagem é fundamental o entendimento sobre os saberes
dos alunos. Estes saberes são o ponto de partida para a construção dos caminhos pedagógicos e
serem seguidos. Paulo Freire coloca que é muito mais proveitoso, o aluno, partir do conhecimento
de seu cotidiano, para assim aprofundar o conhecimento e construir uma compreensão global
sobre determinado tema.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção e
construção, o autor trabalhado neste texto, coloca também, que quando entrares numa sala de aula
deve estar preparado ser aberto a indagações, a curiosidades, um crítico e inquiridor, estando
sempre apreensivo a por as tarefas de um educador que e a de ensinar, e não a transferir
conhecimento.
“É preciso insistir: este saber necessário ao professor, que ensinar não é transferir conhecimento,
não apenas de ser apreendido por ele e pelos educandos e sua razões de ser, ontológica, política,
ética, epistemológica, pedagogia, mas também precisa de ser constantemente testemunho, vivido”.
(FREIRE, 1996, p. 52).
Como professor num curso de formação docente não podemos esgotar a prática discursando sobre
a teoria da não extensão do conhecimento. Não podemos apenas falar bonito, o discurso sobre a
teoria deve ser o exemplo concreto, prático, da teoria, devemos estar envolvidos nela, e nela, a
construção, estar envolvendo os alunos.
Pensar certo é entender que ensinar, não é transferir conhecimento é fundamentalmente pensar
certo, por mais que seja uma postura exigente, difícil, às vezes penosa, de assumir diante dos
outros e com os outros, em face do mundo e dos fatos ante nos mesmos.
Onde há vida, há inacabamento, mas só entre mulheres e homens o inacabamento se tornou
consciente, diferente do suporte animal que é espaço e entre homens criou-se à linguagem, suporte
este, que inevitavelmente resultaria a comunicabilidade do interligido.
Homens e mulheres são agora seres capazes, capazes de intervir no mundo, capazes para escolhas
entre o bem e mal, entre a dignidade e indignidade, entre a decência e o despudor, entre a
boniteza e feiúra do mundo. Quer dizer, já não foi possível existir sem assumir o direito e o dever
de optar, de decidir, de lutar, de fazer política.
Paulo Freire diz que gosta de ser gente porque a historia em que se faz com os outros e de cuja
leitura que toma parte é um tempo de possibilidades e não de determinismo, daí que insista tanto
na problematização do futuro recuse sua inexorabilidade.
Há uma diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado. Esta condiciona e
percebe que minha presença no mundo, não esta no só lamento.
Segundo Freire “seria irônico se a consciência de minha presença no mundo não implicasse já o
reconhecimento da impossibilidade de minha ausência na construção da própria presença”.
(FREIRE, 1996, p. 58).
“Gosto de ser gente porque, mesmo sabendo que as condições matérias, econômicas, sociais e
políticas, culturais, ideológicas em que nos achamos geram quase sempre barreiras de difícil
superação para o cumprimento de nossa tarefa histórica de mudar o mundo, sei também que os
obstáculos não se eternizam” (FREIRE, 1996, p. 60).
Como educadores, devemos estar constantemente advertidos com relação o que falamos do
respeito devido à autonomia do ser educando. O respeito à autonomia à dignidade de cada um é
importante e ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. Saber que devo
respeitar a autonomia e a identidade do educando exige do professor uma prática em tudo
coerente com este saber.
O professor quando educador deve ter bom senso e discernimento sobre o aluno e suas ações. Meu
bom senso também diz que devo respeito à autonomia, a dignidade e identidade do educando e na
prática, procurar a coerência com esse saber e é importante que isto aconteça para que possamos
diminuir a distância sobre o que dizemos e o que fazemos.
“Quanto mais pomos em prática de forma metódica a nossa capacidade de indagar, de comparar,
de duvidar, de aferir, tanto mais eficazmente curiosos nos podemos tornar mais críticos se pode
fazer nosso bom senso” (FREIRE, 1996 p. 69).
Para Paulo Freire outro saber fundamental é a experiência educativa, e a de que o professor precisa
saber se mover com clareza na sua prática. O ser humano em todo seu processo de vivência
histórica tornou-se consciente e agora capaz de aprender, não apenas para adaptar, mas sobre tudo
para transformar a realidade e nela intervir. Freire também coloca que no meu envolvimento com a
pratica educativa, nunca devo deixar de fazer com alegria, mas estar sempre preocupado com ela.
A experiência é um condimento indispensável à experiência histórica, sem ela não haveria historia,
mas determinismo. “Só há história onde há tempo problematizado e não pré-dado. A
inexorabilidade do futuro e negação da historia”. (FREIRE, 1996 p. 70).
Um dos saberes indispensáveis é o da realidade, é o saber futuro como problema e não
inexorabilidade. É o saber da historia como possibilidade e não como determinação. O mundo não
é. O mundo está sendo. Constatando, nos tornamos capazes de intervir na realidade, tarefa
incomparavelmente mais complexa e geradora de novos saberes do que simplesmente a de nos
adaptar a ela. Ninguém pode estar no mundo, com mundo e com os outros de forma neutra. Não
posso estar no mundo de luvas nas mãos constatando apenas.
O ato de ensinar exige uma preparação técnica e humana suficiente para que o professor se torne
democrático a ponto de abrir discussões, de ouvir e entender o mundo de vida dos alunos. O
professor que se faz autoritário a partir do seu conhecimento científico, ou, se o professor exercer
a sua autoridade para esconder o seu desconhecimento técnico, em ambos os casos está á beira da
incompetência docente.
Ao lado deste discurso Paulo Freire coloca que:
“A arrogância farisaica, malvada, com que julga os outros e a indulgência macia com se julga ou
com que julga os seus. A arrogância que nega a generosidade nega também a humildade. Que não
é virtude dos que ofendem nem tampouco dos que se regozijam com sua humilhação. O clima de
respeito que nasce de relações justas, sérias, humildes, generosas, em que a autoridade docente e as
liberdades dos alunos se assumem eticamente, autentica o caráter formador do espaço pedagógico”.
(FREIRE, 1996, p. 103).
O professor é responsável pelo aprendizado do aluno, o seu conhecimento técnico é parte deste
processo, contudo se o professor dar voz á sua autoridade através desta qualidade, o aluno se
reprime e o seu ato pedagógico deixa de ser democrático. O processo de ensino-aprendizagem de
forma democrática deve apresentar um sentimento de cumplicidade professor-aluno. O aluno deve
reconhecer a autoridade docente por si só, deve compreender que o conteúdo é importante e que a
escola é parte deste conjunto.
“O papel da autoridade democrática não é transformando a existência humana num calendário
escolar tradicional, marcar as lições de vida para as liberdades, mas, mesmo quando tem um
conteúdo programático a propor, deixar claro, com seu testemunho, que o fundamental no
aprendizado do conteúdo é a construção da responsabilidade da liberdade que se assume”.
(FREIRE, 1996, p. 105).
O professor deve estar ciente de seu conhecimento, mas este não pode ser usado como uma arma
contra os educandos. É necessário que se tenha uma autoridade dentro do processo de ensino
aprendizagem, mas é importante que esta autoridade seja esboçada na compreensão que o aluno
tem sobre o conhecimento do professor. A autoridade do professor imposta, é uma barreira para o
ensino democrático. O conhecimento exigido no processo ensino-aprendizagem é decorrente do
conhecimento do professor e da sabedoria de instigar a produção do conhecimento do aluno.
A proposta de educador progressista, abordada por Paulo Freire, está centrada também, na ética do
faça o que eu digo e faça o que eu faço. “Daí, então que uma das minhas preocupações centrais
deve ser a de procurar a aproximação cada vez maior entre o que digo e o que faço, entre o que
pareço ser e o que realmente estou sendo”. (FREIRE, 1996, p. 108). Isto se refere ao
comprometimento docente em relação á educação. A presença aos educandos não pode passar
despercebida, mas deve ser uma presença de opções. O professor deve estar debruçado no seu
papel e para isto deve compreendê-lo. O reflexo deste ato docente está também na presença do
respeito e consideração àquilo que se faz como referência aos alunos.
Este exercício está centrado na compreensão de que é necessário um avanço em relação ao ato
mecanicista de ensinar. A educação necessita de uma visão critica onde, neste movimento, é
considerada como intervenção no mundo. Paulo Freire deixa bem claro que esta intervenção não
pode se tornar uma massa de manobra para qualquer que for partido ou ideologia política. É dever
do professor abordar a realidade, mas também de deixar que as opções de decisões sejam tomadas
pelos alunos.
“Sou professor a favor da decência contra despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo da
autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou
professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação
econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente
que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me
anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Sou
professor a favor da boniteza de minha própria prática (...). (FREIRE, 1996, p. 116).
Paulo Freire retoma na sua obra que a liberdade é diferente da libertinagem e que autoridade é
oposta a o autoritarismo. O professor deve exercer a sua autoridade e não ser permissivo ao ponto
que o aluno, que não sabe utilizar a sua liberdade, transgrida o espaço de autonomia em busca da
libertinagem. O ponto crucial neste processo é o amadurecimento docente e discente. Este
amadurecimento não acontece em uma data determinada ou numa atitude isolada, é o conjunto de
ações e experiências que formam o ser humano e possibilitam á eles que façam bom uso dos seus
direitos e deveres.
Neste sentido, podemos concluir que esta obra apresenta uma rica discussão sobre os caminhos
que podem ser seguidos pelos educadores, ponta possíveis decisões, mas não utiliza da sua
autoridade para decidir pelo leitor. Fica á este, leitor/educador, o prazer de exercer a sua boniteza
que no nosso ponto de vista se retrata, no livre arbítrio sobre sua docência.

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Possíveis reflexões paulo freire

  • 1. POSSÍVEIS REFLEXÕES O presente texto busca retratar a obra Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire, refletindo e discutindo os pontos que esclarecem o pensamento do autor sobre os temas Formação Docente e Atuação Profissional. Consideramos necessária esta discussão, devido a grande importância que este autor (Paulo Freire) tem para a educação, pretendendo um aprofundamento na sua eterna contribuição para o ato pedagógico. Paulo Freire nesta obra considera necessário e indispensável uma prática docente embasada na teoria critica e progressista, não sendo recomendável considerar o conhecimento conservador docente apoiado apenas no saber de experiência. “(...) a reflexão critica sobre a prática se torna uma exigência da relação teoria/pratica sem o qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática o turismo” (FREIRE 1996, p. 24). Apoiado á isto a reflexão retrata que a formação inicial é o momento onde o formador deve adquirir o conhecimento necessário para se assumir como sujeito da produção de conhecimento onde ensinar não é transferir, mas criar possibilidades para a produção coletiva do saber. No ato formativo, formando e formador deve exercer o processo de construção do conhecimento. “Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente mulheres e homens descobriram que era possível ensinar. Foi assim, socialmente aprendendo que ao longo dos tempos mulheres e homens perceberam que era possível (...) trabalhar maneiras, caminhos e métodos de ensinar” (FREIRE, 1996, p. 26). Este ato pedagógico é o que irá buscar uma rediscussão da educação bancária1. A rigorosidade metodológica está centrada nos passos necessários para a problematização dos conteúdos. O aprender não se esgota no tratamento do objeto. O exercício pedagógico, tratado por Paulo Freire como dodiscência, necessita de uma abertura dos sujeitos (professor e aluno) que oportunize a apreensão dos outros conhecimentos. Este processo de construção do conhecimento, parte da necessidade de conhecer aquilo que se tem curiosidade. Para Paulo Freire isto é o princípio do processo de construção do pesquisador. “Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade” (FREIRE, 1996, p 32). Para ocorrer o processo de ensino aprendizagem é fundamental o entendimento sobre os saberes dos alunos. Estes saberes são o ponto de partida para a construção dos caminhos pedagógicos e serem seguidos. Paulo Freire coloca que é muito mais proveitoso, o aluno, partir do conhecimento de seu cotidiano, para assim aprofundar o conhecimento e construir uma compreensão global sobre determinado tema. Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção e construção, o autor trabalhado neste texto, coloca também, que quando entrares numa sala de aula deve estar preparado ser aberto a indagações, a curiosidades, um crítico e inquiridor, estando sempre apreensivo a por as tarefas de um educador que e a de ensinar, e não a transferir conhecimento. “É preciso insistir: este saber necessário ao professor, que ensinar não é transferir conhecimento, não apenas de ser apreendido por ele e pelos educandos e sua razões de ser, ontológica, política, ética, epistemológica, pedagogia, mas também precisa de ser constantemente testemunho, vivido”. (FREIRE, 1996, p. 52).
  • 2. Como professor num curso de formação docente não podemos esgotar a prática discursando sobre a teoria da não extensão do conhecimento. Não podemos apenas falar bonito, o discurso sobre a teoria deve ser o exemplo concreto, prático, da teoria, devemos estar envolvidos nela, e nela, a construção, estar envolvendo os alunos. Pensar certo é entender que ensinar, não é transferir conhecimento é fundamentalmente pensar certo, por mais que seja uma postura exigente, difícil, às vezes penosa, de assumir diante dos outros e com os outros, em face do mundo e dos fatos ante nos mesmos. Onde há vida, há inacabamento, mas só entre mulheres e homens o inacabamento se tornou consciente, diferente do suporte animal que é espaço e entre homens criou-se à linguagem, suporte este, que inevitavelmente resultaria a comunicabilidade do interligido. Homens e mulheres são agora seres capazes, capazes de intervir no mundo, capazes para escolhas entre o bem e mal, entre a dignidade e indignidade, entre a decência e o despudor, entre a boniteza e feiúra do mundo. Quer dizer, já não foi possível existir sem assumir o direito e o dever de optar, de decidir, de lutar, de fazer política. Paulo Freire diz que gosta de ser gente porque a historia em que se faz com os outros e de cuja leitura que toma parte é um tempo de possibilidades e não de determinismo, daí que insista tanto na problematização do futuro recuse sua inexorabilidade. Há uma diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado. Esta condiciona e percebe que minha presença no mundo, não esta no só lamento. Segundo Freire “seria irônico se a consciência de minha presença no mundo não implicasse já o reconhecimento da impossibilidade de minha ausência na construção da própria presença”. (FREIRE, 1996, p. 58). “Gosto de ser gente porque, mesmo sabendo que as condições matérias, econômicas, sociais e políticas, culturais, ideológicas em que nos achamos geram quase sempre barreiras de difícil superação para o cumprimento de nossa tarefa histórica de mudar o mundo, sei também que os obstáculos não se eternizam” (FREIRE, 1996, p. 60). Como educadores, devemos estar constantemente advertidos com relação o que falamos do respeito devido à autonomia do ser educando. O respeito à autonomia à dignidade de cada um é importante e ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. Saber que devo respeitar a autonomia e a identidade do educando exige do professor uma prática em tudo coerente com este saber. O professor quando educador deve ter bom senso e discernimento sobre o aluno e suas ações. Meu bom senso também diz que devo respeito à autonomia, a dignidade e identidade do educando e na prática, procurar a coerência com esse saber e é importante que isto aconteça para que possamos diminuir a distância sobre o que dizemos e o que fazemos. “Quanto mais pomos em prática de forma metódica a nossa capacidade de indagar, de comparar, de duvidar, de aferir, tanto mais eficazmente curiosos nos podemos tornar mais críticos se pode fazer nosso bom senso” (FREIRE, 1996 p. 69). Para Paulo Freire outro saber fundamental é a experiência educativa, e a de que o professor precisa saber se mover com clareza na sua prática. O ser humano em todo seu processo de vivência histórica tornou-se consciente e agora capaz de aprender, não apenas para adaptar, mas sobre tudo
  • 3. para transformar a realidade e nela intervir. Freire também coloca que no meu envolvimento com a pratica educativa, nunca devo deixar de fazer com alegria, mas estar sempre preocupado com ela. A experiência é um condimento indispensável à experiência histórica, sem ela não haveria historia, mas determinismo. “Só há história onde há tempo problematizado e não pré-dado. A inexorabilidade do futuro e negação da historia”. (FREIRE, 1996 p. 70). Um dos saberes indispensáveis é o da realidade, é o saber futuro como problema e não inexorabilidade. É o saber da historia como possibilidade e não como determinação. O mundo não é. O mundo está sendo. Constatando, nos tornamos capazes de intervir na realidade, tarefa incomparavelmente mais complexa e geradora de novos saberes do que simplesmente a de nos adaptar a ela. Ninguém pode estar no mundo, com mundo e com os outros de forma neutra. Não posso estar no mundo de luvas nas mãos constatando apenas. O ato de ensinar exige uma preparação técnica e humana suficiente para que o professor se torne democrático a ponto de abrir discussões, de ouvir e entender o mundo de vida dos alunos. O professor que se faz autoritário a partir do seu conhecimento científico, ou, se o professor exercer a sua autoridade para esconder o seu desconhecimento técnico, em ambos os casos está á beira da incompetência docente. Ao lado deste discurso Paulo Freire coloca que: “A arrogância farisaica, malvada, com que julga os outros e a indulgência macia com se julga ou com que julga os seus. A arrogância que nega a generosidade nega também a humildade. Que não é virtude dos que ofendem nem tampouco dos que se regozijam com sua humilhação. O clima de respeito que nasce de relações justas, sérias, humildes, generosas, em que a autoridade docente e as liberdades dos alunos se assumem eticamente, autentica o caráter formador do espaço pedagógico”. (FREIRE, 1996, p. 103). O professor é responsável pelo aprendizado do aluno, o seu conhecimento técnico é parte deste processo, contudo se o professor dar voz á sua autoridade através desta qualidade, o aluno se reprime e o seu ato pedagógico deixa de ser democrático. O processo de ensino-aprendizagem de forma democrática deve apresentar um sentimento de cumplicidade professor-aluno. O aluno deve reconhecer a autoridade docente por si só, deve compreender que o conteúdo é importante e que a escola é parte deste conjunto. “O papel da autoridade democrática não é transformando a existência humana num calendário escolar tradicional, marcar as lições de vida para as liberdades, mas, mesmo quando tem um conteúdo programático a propor, deixar claro, com seu testemunho, que o fundamental no aprendizado do conteúdo é a construção da responsabilidade da liberdade que se assume”. (FREIRE, 1996, p. 105). O professor deve estar ciente de seu conhecimento, mas este não pode ser usado como uma arma contra os educandos. É necessário que se tenha uma autoridade dentro do processo de ensino aprendizagem, mas é importante que esta autoridade seja esboçada na compreensão que o aluno tem sobre o conhecimento do professor. A autoridade do professor imposta, é uma barreira para o ensino democrático. O conhecimento exigido no processo ensino-aprendizagem é decorrente do conhecimento do professor e da sabedoria de instigar a produção do conhecimento do aluno. A proposta de educador progressista, abordada por Paulo Freire, está centrada também, na ética do faça o que eu digo e faça o que eu faço. “Daí, então que uma das minhas preocupações centrais
  • 4. deve ser a de procurar a aproximação cada vez maior entre o que digo e o que faço, entre o que pareço ser e o que realmente estou sendo”. (FREIRE, 1996, p. 108). Isto se refere ao comprometimento docente em relação á educação. A presença aos educandos não pode passar despercebida, mas deve ser uma presença de opções. O professor deve estar debruçado no seu papel e para isto deve compreendê-lo. O reflexo deste ato docente está também na presença do respeito e consideração àquilo que se faz como referência aos alunos. Este exercício está centrado na compreensão de que é necessário um avanço em relação ao ato mecanicista de ensinar. A educação necessita de uma visão critica onde, neste movimento, é considerada como intervenção no mundo. Paulo Freire deixa bem claro que esta intervenção não pode se tornar uma massa de manobra para qualquer que for partido ou ideologia política. É dever do professor abordar a realidade, mas também de deixar que as opções de decisões sejam tomadas pelos alunos. “Sou professor a favor da decência contra despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda. Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais. Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura. Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática (...). (FREIRE, 1996, p. 116). Paulo Freire retoma na sua obra que a liberdade é diferente da libertinagem e que autoridade é oposta a o autoritarismo. O professor deve exercer a sua autoridade e não ser permissivo ao ponto que o aluno, que não sabe utilizar a sua liberdade, transgrida o espaço de autonomia em busca da libertinagem. O ponto crucial neste processo é o amadurecimento docente e discente. Este amadurecimento não acontece em uma data determinada ou numa atitude isolada, é o conjunto de ações e experiências que formam o ser humano e possibilitam á eles que façam bom uso dos seus direitos e deveres. Neste sentido, podemos concluir que esta obra apresenta uma rica discussão sobre os caminhos que podem ser seguidos pelos educadores, ponta possíveis decisões, mas não utiliza da sua autoridade para decidir pelo leitor. Fica á este, leitor/educador, o prazer de exercer a sua boniteza que no nosso ponto de vista se retrata, no livre arbítrio sobre sua docência.