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Qualificações de Áreas Limpas
Denise M. Selegato
Sala Limpa (NBR 13.413/1995)
• Ambiente no qual o suprimento e a distribuição do ar, sua filtragem, os
materiais de construção e procedimentos de operação, visam controlar
as concentrações de partículas em suspensão no ar, atendendo aos níveis
apropriados de limpeza, conforme definidos pelo usuário e de acordo com
normas técnicas vigentes.
Legislação
Legislação
• Federal Standard 209 E
• NBR13700
• NBR13413
• ISO 14644.1/2
• ISO 14698.1/2/3
• RDC N° 210 –04/08/2003
Partículas
Partícula x Contaminante (Norma NBR/ISO
14.644/2005)
• Partícula: Diminuta porção de matéria com limites físicos definidos.
• Contaminante: Qualquer elemento, particulado ou não, molecular e
biológico, que possa afetar adversamente o produto ou processo:
• Modificação de propriedades físicas (eletromagnéticas, ópticas, mecânicas,
fluidodinâmicas, etc);
• Modificações de propriedades farmacopéicas (interação medicamentosa, toxicidade,
degradação biológica).
Ilhas de Calor
Maquiagem
Estado Físico Condição Tamanho de Partículas
Sólidos
Pó Menores que 100 mícron.
Fumaça Entra 0,01 e 0,3 mícron.
Líquidos
Orvalho Atomização do material.
Névoas Condensação de vapores
Vapores Substância na fase gasosa.
Gases
Organismos aéreos vivos Vírus, Bactérias, Esporos, Pólen Flutuam entre 0,005 e 0,1 mícron
- Bactérias: 0,4 a 12 mícron.
- Esporos: 10 a 30 mícron.
- Pólen: 10 a 100 mícron
Tamanho de Partículas Aerotransportadas.
• Menor que 0,1 mícron: comportamento similar as moléculas de gás, deslocam-se
com movimento browniano e com uma velocidade de deposição não mensurável.
• 0,1 até 1 mícron: Possuem velocidade de deposição que podem ser calculados,
porém são pequenas e normalmente são desprezíveis. Pois a corrente de ar bem
mais rápida tende a neutralizar qualquer tendência á deposição.
• 1 a 10 mícron: Caem com velocidade apreciável e constante, as corrente de ar
normais tendem a mantê-las em suspensão por um considerável período de tempo.
Partículas de 0,5 a 10 mícron: faixa que é provável de ser retida nos pulmões.
Classificação da Área Limpa
NBR 13.700 Limites de Classe
EUA Europa SI 0,1µm 0,2µm 0,3µm 0,5µm 5,0µm
Un
(m3)
V
(ft3)
Un
(m3)
V
(ft3)
Un (m3) V (ft3) Un
(m3)
V (ft3)
100 A/B M3,5 Ø 26500 750 10600 300 3530 100 Ø
10 000 C M5,5 Ø Ø Ø 353000 10000 2470 70
100 000 D M6,5 Ø Ø Ø 3530000 100000 24700 700
Tamanho da
Partícula
NBR13700 ISO 14644/1
Tamanho de
Partícula
EUA SI Limite ISO Limite
0,5µm/m3 100 3,5 3530 5 3520
10 000 5,5 353 000 7 353 000
100 000 6,5 3 530 000 8 3 520 000
5,0µm/m3 100 3,5 - 5 29
10 000 5,5 2 470 7 2 930
100 000 6,5 24 7000 8 29 300
Controle da Qualidade do Ambiente
• Filtros
• Fluxo unidirecional
• Fluxo não direcional
• Pressão Diferencial
• Controle Microbiológico dos Colaboradores
Filtros de Ar
• Filtros removem partículas do ar
externo que será suprido ao
interior de um edifício, como
recirculação dentro do próprio
edifício.
• Seleção adequada X grau de
limpeza do ar.
Tipo de Filtro Classe do Filtro Eficiência (%) Aplicações Principais
Filtro Grosso G0 30 – 59 Condicionadores tipo janela
G1 60 – 74 Condicionadores tipo compacto
G2 75 – 84 Condicionadores de sistema central
G3 Acima de 85 Condicionadores de sistema central pré-filtragem para F2 e F3
Filtro Fino F1 40 – 69
Condicionadores de sistema central
F2 70 – 89
F3 Acima de 90 Pré-filtragem para filtro absoluto
Filtro Absoluto
(HEPA e ULPA)
A1 85 – 94,9 Salas com controle de teor de poeira
A2 95 – 99,6 Zonas assépticas em hospitais
A3 Acima de 99,97 Salas limpas classes 100, 10000 e 100000
Filtros HEPA
• HEPA: High Efficency Particulate Air.
• Eficiência mínima de 99,97% sobre
partículas de 0,3um.
• Tipo A e B: 99,97%
• Tipo C: 99,99%
• Tipo D: 99,999%
Filtros ULPA
• ULPA: Ultra Low Penetration Air.
• Eficiência mínima de 99,99% sobre
partículas de 0,1 – 0,2um.
Fluxo de Ar Unidirecional
• Fluxo Vertical: As partículas geradas por
pessoas ou objetos percorrem uma
distância menor antes da saída sendo
portanto retiradas mais rápido.
• Fluxo Horizontal: A distância é maior,
existindo diferença no nível de
contaminação á medida que o ar é
insuflado se afasta dos filtros absolutos
até a outra extremidade da saída.
Fluxo de Ar Não-Unidirecional
Pressão Diferencial
• Maior pressão no ambiente limpo
• Forçar eventual saída do ar limpo, não permitindo a entrada de ar
contaminado para o interior.
• Pressão pode ser mantida mediante descarga do excesso de ar através de um
registro acionado por um sensor de pressão.
• Pressão: 1,5 a 2,0mmCA
• Salas que formam complexos diferencial de pressão: 1,2mmCA.
Escoamento pelas frestas de uma porta
devido ao gradiente de pressões entre suas faces
Análise Microbiológica
• Análise microbiológica.
o Análise dos colaboradores;
o Análise do ambiente:
 Exposição de placas (amostragem passiva).
 Amostragem ativa.
o Análise de superfície:
 Placa de contato.
 Placa de Toque.
 Swab.
• Seleção de Meios de Cultura: baixa
seletividade (propiciar o crescimento
de grande variedade de
microrganismos).
EUA EUR SI ISO Ar
Ativo
(/m3)
Ar Passivo
(UFC/4hora
s)
Placa de
Contato
(UFC/Placa)
Luvas 5
Dedos
(UFC)
Roupa Frequência
100 A/B M3,5 5 5 5 5 5 5 1x Turno
10 000 C M5,5 7 100 50 25 20 20 1x
Turno/2x
Semana
100 000 D M6,5 8 200 100 50 NA NA 2x semana
Fonte: USP 24 <1116>.
Contaminação Microbiana
Contaminação
Falar 70 a 105 m3
Tossir 140 a 210 m3
Espirras 350 a 525 m3
EPI
• Função: Contenção de partículas e microrganismos
• Deve ver confortável e de custo razoável.
o Contenção de partículas e micro-organismos.
o Não gerador de partículas.
o Tamanho de abertura de poros microscópicos.
o Baixa permeabilidade de ar.
o Repelência a líquidos.
o Antimicrobiana.
o Estática dissipativa.
o Compatibilidade a esterilização.
o Modelagem adequada.
Controle da Qualidade dos
Equipamentos
Equipamentos de Processo de Área Limpa
• Escolha de equipamentos que tenha o mínimo de impacto nas condições da sala e do
processo.
• Buscar o melhor nível de atendimento e padrão de construção e acabamento.
• Equipamento deve ter resistência, solidez e constância e com design compatível ao processo
• Plano de manutenção (peças e ajustes).
• Superfícies do equipamento não devem soltar partículas.
• Devem ser lisas e de fácil limpeza
• Não devem ser porosos, evitando acúmulo de partículas.
• Devem ser de materiais não degradáveis ou com tratamento superficial de proteção
Materiais dos Equipamentos
• Aço inoxidável: muito utilizado em ferramental e revestimento, resistente á
corrosão, durável e estável (304 e 316).
• Alumínio: Muito utilizado em salas limpas, porém requer anodização, para
aumentar a resistência a abrasão química
• Aço Carbono: utilizado em estruturas, mas requer tratamento antioxidante
• Titânio: altamente resistente á corrosão, porém tem alto custo e é de difícil
processamento
Acabamento/tratamento em equipamentos
• Pintura: Poliuretano e epóxi- fácil aplicação previne oxidação e abrasão.
• Anodização: tratamento dado ao alumínio, convertendo sua superfície em
óxido de alumínio, resistente a abrasão.
• Cromação/ Niquelação: não altera a resistência á abrasão, porém
proporciona excelente proteção á corrosão.
• Passivação: Tratamento químico superficial em juntas metálicas efetuadas por
solda.
Controle da Qualidade das
Instalações
Design/Construção 14644-4
• Especifica os requisitos, mas não prescreve os meios tecnológicos nem contratuais para
atender os mesmos
• A ênfase está na documentação e aprovação do design, e é destinada a usuários,
fornecedores e projetistas,
• Fornece uma lista de verificação dos parâmetros importantes.
• Anexo A : Conceitos de Controle e Segregação
• AnexoB: Exemplos de classificação
• Anexo C: Aprovação da Instalação
• Anexo D:Layout da Instalação
• AnexoE: Construção e Materiais
• Anexo F: Controle ambiental de zonas controladas
• Anexo G: Controle da limpeza do ar
Materiais de Construção
• Não geradores e retentores de partículas.
• Não favoráveis a proliferação bacteriana.
• Resistente a impactos.
• Resistente a agentes de limpeza e desinfecção.
• Resistentes a oxidação.
• Flexibilidade em rearranjos de ¨layout¨.
Pisos de Sala Limpa
• Alta resistência á ruptura.
• Resistente ao esforço do cisalhamento (Vinil Inteiriço).
• Quando possibilidade de ataque químico ou grandes cargas, recomenda-se o
uso de uma camada final de poliéster ou epóxi.
Parede de Salas Limpas
• Deverá ser uma superfície lisa, duradoura, sujeita a pouca ou nenhuma ação
de raspagem e escamação.
• As superfícies pintadas ou não deverão suportar frequentes limpezas com
água e detergentes apropriados.
• São aceitáveis: Tintas acrílicas, plástica, epóxi e poliéster.
• Cores: Tons Pastel.
Portas
• Um mínimo de superfícies horizontais.
• Mecânica resistente contra abrasão.
• Nenhuma fricção no chão.
• Se possível, sem fechaduras.
• Boa vedação.

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Qualificações de Áreas Limpas

  • 1. Qualificações de Áreas Limpas Denise M. Selegato
  • 2. Sala Limpa (NBR 13.413/1995) • Ambiente no qual o suprimento e a distribuição do ar, sua filtragem, os materiais de construção e procedimentos de operação, visam controlar as concentrações de partículas em suspensão no ar, atendendo aos níveis apropriados de limpeza, conforme definidos pelo usuário e de acordo com normas técnicas vigentes.
  • 4. Legislação • Federal Standard 209 E • NBR13700 • NBR13413 • ISO 14644.1/2 • ISO 14698.1/2/3 • RDC N° 210 –04/08/2003
  • 6. Partícula x Contaminante (Norma NBR/ISO 14.644/2005) • Partícula: Diminuta porção de matéria com limites físicos definidos. • Contaminante: Qualquer elemento, particulado ou não, molecular e biológico, que possa afetar adversamente o produto ou processo: • Modificação de propriedades físicas (eletromagnéticas, ópticas, mecânicas, fluidodinâmicas, etc); • Modificações de propriedades farmacopéicas (interação medicamentosa, toxicidade, degradação biológica).
  • 7.
  • 10. Estado Físico Condição Tamanho de Partículas Sólidos Pó Menores que 100 mícron. Fumaça Entra 0,01 e 0,3 mícron. Líquidos Orvalho Atomização do material. Névoas Condensação de vapores Vapores Substância na fase gasosa. Gases Organismos aéreos vivos Vírus, Bactérias, Esporos, Pólen Flutuam entre 0,005 e 0,1 mícron - Bactérias: 0,4 a 12 mícron. - Esporos: 10 a 30 mícron. - Pólen: 10 a 100 mícron
  • 11. Tamanho de Partículas Aerotransportadas. • Menor que 0,1 mícron: comportamento similar as moléculas de gás, deslocam-se com movimento browniano e com uma velocidade de deposição não mensurável. • 0,1 até 1 mícron: Possuem velocidade de deposição que podem ser calculados, porém são pequenas e normalmente são desprezíveis. Pois a corrente de ar bem mais rápida tende a neutralizar qualquer tendência á deposição. • 1 a 10 mícron: Caem com velocidade apreciável e constante, as corrente de ar normais tendem a mantê-las em suspensão por um considerável período de tempo. Partículas de 0,5 a 10 mícron: faixa que é provável de ser retida nos pulmões.
  • 13. NBR 13.700 Limites de Classe EUA Europa SI 0,1µm 0,2µm 0,3µm 0,5µm 5,0µm Un (m3) V (ft3) Un (m3) V (ft3) Un (m3) V (ft3) Un (m3) V (ft3) 100 A/B M3,5 Ø 26500 750 10600 300 3530 100 Ø 10 000 C M5,5 Ø Ø Ø 353000 10000 2470 70 100 000 D M6,5 Ø Ø Ø 3530000 100000 24700 700
  • 14. Tamanho da Partícula NBR13700 ISO 14644/1 Tamanho de Partícula EUA SI Limite ISO Limite 0,5µm/m3 100 3,5 3530 5 3520 10 000 5,5 353 000 7 353 000 100 000 6,5 3 530 000 8 3 520 000 5,0µm/m3 100 3,5 - 5 29 10 000 5,5 2 470 7 2 930 100 000 6,5 24 7000 8 29 300
  • 15. Controle da Qualidade do Ambiente • Filtros • Fluxo unidirecional • Fluxo não direcional • Pressão Diferencial • Controle Microbiológico dos Colaboradores
  • 16. Filtros de Ar • Filtros removem partículas do ar externo que será suprido ao interior de um edifício, como recirculação dentro do próprio edifício. • Seleção adequada X grau de limpeza do ar.
  • 17. Tipo de Filtro Classe do Filtro Eficiência (%) Aplicações Principais Filtro Grosso G0 30 – 59 Condicionadores tipo janela G1 60 – 74 Condicionadores tipo compacto G2 75 – 84 Condicionadores de sistema central G3 Acima de 85 Condicionadores de sistema central pré-filtragem para F2 e F3 Filtro Fino F1 40 – 69 Condicionadores de sistema central F2 70 – 89 F3 Acima de 90 Pré-filtragem para filtro absoluto Filtro Absoluto (HEPA e ULPA) A1 85 – 94,9 Salas com controle de teor de poeira A2 95 – 99,6 Zonas assépticas em hospitais A3 Acima de 99,97 Salas limpas classes 100, 10000 e 100000
  • 18. Filtros HEPA • HEPA: High Efficency Particulate Air. • Eficiência mínima de 99,97% sobre partículas de 0,3um. • Tipo A e B: 99,97% • Tipo C: 99,99% • Tipo D: 99,999% Filtros ULPA • ULPA: Ultra Low Penetration Air. • Eficiência mínima de 99,99% sobre partículas de 0,1 – 0,2um.
  • 19. Fluxo de Ar Unidirecional • Fluxo Vertical: As partículas geradas por pessoas ou objetos percorrem uma distância menor antes da saída sendo portanto retiradas mais rápido. • Fluxo Horizontal: A distância é maior, existindo diferença no nível de contaminação á medida que o ar é insuflado se afasta dos filtros absolutos até a outra extremidade da saída.
  • 20.
  • 21. Fluxo de Ar Não-Unidirecional
  • 22. Pressão Diferencial • Maior pressão no ambiente limpo • Forçar eventual saída do ar limpo, não permitindo a entrada de ar contaminado para o interior. • Pressão pode ser mantida mediante descarga do excesso de ar através de um registro acionado por um sensor de pressão. • Pressão: 1,5 a 2,0mmCA • Salas que formam complexos diferencial de pressão: 1,2mmCA.
  • 23. Escoamento pelas frestas de uma porta devido ao gradiente de pressões entre suas faces
  • 24. Análise Microbiológica • Análise microbiológica. o Análise dos colaboradores; o Análise do ambiente:  Exposição de placas (amostragem passiva).  Amostragem ativa. o Análise de superfície:  Placa de contato.  Placa de Toque.  Swab. • Seleção de Meios de Cultura: baixa seletividade (propiciar o crescimento de grande variedade de microrganismos).
  • 25. EUA EUR SI ISO Ar Ativo (/m3) Ar Passivo (UFC/4hora s) Placa de Contato (UFC/Placa) Luvas 5 Dedos (UFC) Roupa Frequência 100 A/B M3,5 5 5 5 5 5 5 1x Turno 10 000 C M5,5 7 100 50 25 20 20 1x Turno/2x Semana 100 000 D M6,5 8 200 100 50 NA NA 2x semana Fonte: USP 24 <1116>.
  • 26. Contaminação Microbiana Contaminação Falar 70 a 105 m3 Tossir 140 a 210 m3 Espirras 350 a 525 m3
  • 27. EPI • Função: Contenção de partículas e microrganismos • Deve ver confortável e de custo razoável. o Contenção de partículas e micro-organismos. o Não gerador de partículas. o Tamanho de abertura de poros microscópicos. o Baixa permeabilidade de ar. o Repelência a líquidos. o Antimicrobiana. o Estática dissipativa. o Compatibilidade a esterilização. o Modelagem adequada.
  • 28. Controle da Qualidade dos Equipamentos
  • 29. Equipamentos de Processo de Área Limpa • Escolha de equipamentos que tenha o mínimo de impacto nas condições da sala e do processo. • Buscar o melhor nível de atendimento e padrão de construção e acabamento. • Equipamento deve ter resistência, solidez e constância e com design compatível ao processo • Plano de manutenção (peças e ajustes). • Superfícies do equipamento não devem soltar partículas. • Devem ser lisas e de fácil limpeza • Não devem ser porosos, evitando acúmulo de partículas. • Devem ser de materiais não degradáveis ou com tratamento superficial de proteção
  • 30. Materiais dos Equipamentos • Aço inoxidável: muito utilizado em ferramental e revestimento, resistente á corrosão, durável e estável (304 e 316). • Alumínio: Muito utilizado em salas limpas, porém requer anodização, para aumentar a resistência a abrasão química • Aço Carbono: utilizado em estruturas, mas requer tratamento antioxidante • Titânio: altamente resistente á corrosão, porém tem alto custo e é de difícil processamento
  • 31. Acabamento/tratamento em equipamentos • Pintura: Poliuretano e epóxi- fácil aplicação previne oxidação e abrasão. • Anodização: tratamento dado ao alumínio, convertendo sua superfície em óxido de alumínio, resistente a abrasão. • Cromação/ Niquelação: não altera a resistência á abrasão, porém proporciona excelente proteção á corrosão. • Passivação: Tratamento químico superficial em juntas metálicas efetuadas por solda.
  • 32. Controle da Qualidade das Instalações
  • 33. Design/Construção 14644-4 • Especifica os requisitos, mas não prescreve os meios tecnológicos nem contratuais para atender os mesmos • A ênfase está na documentação e aprovação do design, e é destinada a usuários, fornecedores e projetistas, • Fornece uma lista de verificação dos parâmetros importantes. • Anexo A : Conceitos de Controle e Segregação • AnexoB: Exemplos de classificação • Anexo C: Aprovação da Instalação • Anexo D:Layout da Instalação • AnexoE: Construção e Materiais • Anexo F: Controle ambiental de zonas controladas • Anexo G: Controle da limpeza do ar
  • 34. Materiais de Construção • Não geradores e retentores de partículas. • Não favoráveis a proliferação bacteriana. • Resistente a impactos. • Resistente a agentes de limpeza e desinfecção. • Resistentes a oxidação. • Flexibilidade em rearranjos de ¨layout¨.
  • 35. Pisos de Sala Limpa • Alta resistência á ruptura. • Resistente ao esforço do cisalhamento (Vinil Inteiriço). • Quando possibilidade de ataque químico ou grandes cargas, recomenda-se o uso de uma camada final de poliéster ou epóxi.
  • 36. Parede de Salas Limpas • Deverá ser uma superfície lisa, duradoura, sujeita a pouca ou nenhuma ação de raspagem e escamação. • As superfícies pintadas ou não deverão suportar frequentes limpezas com água e detergentes apropriados. • São aceitáveis: Tintas acrílicas, plástica, epóxi e poliéster. • Cores: Tons Pastel.
  • 37. Portas • Um mínimo de superfícies horizontais. • Mecânica resistente contra abrasão. • Nenhuma fricção no chão. • Se possível, sem fechaduras. • Boa vedação.