O documento descreve a história e o desenvolvimento da Universidade de São Paulo, com foco no edifício da Reitoria. Resume os principais pontos como: (1) A USP foi fundada em 1934 para centralizar suas unidades em um único campus; (2) O campus foi desenvolvido ao longo do tempo através de vários planos para acomodar o crescimento da universidade; (3) O edifício da Reitoria foi construído em 1961 para abrigar a administração central da USP.
1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
PRÉDIO DA
REITORIA
FELIPE KILARIS GALLANI
LAWSON DAIKI
RAUL LIMA SILVA
2. A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
A história da universidade de São Paulo se inicia em pleno direito a partir de 25 de janeiro de
1934, após debates durante a década de 20, através do decreto estadual nº 6.283.
Além de instituições de pesquisa, destacavam-se as de ensino independentes, como a faculdade
de direito, a escola politécnica e a faculdade de medicina.
É criada em meio a ideia de centralizar todas as suas unidades em um só campus comum,
denominada cidade universitária.
Apresenta como justificativa a integração e a convivência formadora do espírito universitário, o
intercâmbio de material científico, didático ou de pesquisa, além da centralização bibliográfica,
desportiva e burocrática.
3. A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Quanto a escolha da gleba da universidade, as discussões foram intensas e de consideráveis
transformações.
Levando-se em conta o baixo preço de desapropriação das terras e o tamanho da área, o que
primeiramente fora concebido a ocupar 1.000 alqueires consecutivamente adensou-se,
compactou-se.
É interessante notar como, desde a forma ambiciosa e dispersa da proposta inicial, tentando
ocupar toda a área entre o Araçá e a fazenda Butantã, o desenho toma corpo e procura sentido
de totalidade dentro das limitações impostas pela realidade, para chegar à relação mais
equilibrada de escala na proposta resultante de onze estudos iniciais.
A universidade, pois, acaba por ser alocada com limites do canal do rio pinheiros, a adutora de
cotia, o instituto Butantã, parte da antiga estrada de Itú, terrenos da Cia City e da Sociedade
Imobiliária Jaguaré.
4. A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
O engenheiro arquiteto Eduardo Kneese de melo, em 1946, durante uma palestra na biblioteca
municipal de São Paulo: “porque arquitetura contemporânea” faz a defesa da arquitetura
moderna (a que denominou de “contemporânea”) citando a “semana da cidade universitária”:
“Para quem considera, como Le Corbusier, que a arquitetura é um espelho dos tempos, há de se
parecer esquisito que, ao se cogitar a construção de uma cidade universitária num terreno
completamente livre, sem um único edifício antigo que devesse ser mantido e que pudesse
trazer dúvidas aos espíritos mais conservadores, e numa terra progressista e culta como São
Paulo, possa surgir um tal problema ‘qual deve ser o estilo arquitetônico de nossa futura cidade
universitária?’
5. PROPOSTA DE 1937
Legenda da “Solução Butantã”
Escritório Técnico do Plano da Universidade de São
Paulo.
(Fonte: CABRAL, 2004, p. 100)
6. PROPOSTA DE 1943
Legenda do Plano de 1943
Secretaria da Viação.
(Fonte: CABRAL, 2004, p. 100)
7. PROPOSTA DE 1945
Legenda do Plano “Accuratus”
Engenheiros arquitetos Hipólito Gustavo Pujol Junior e Oscar Defilipi.
(Fonte: CABRAL, 2004, p. 100)
8. A UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Vale o destaque do plano de 1949 que altera a estrutura geral de acessos, fazendo com que o
grande eixo de entrada corra paralelo ao canal de pinheiros, como prolongamento da Avenida
Afranio Peixoto. Com apoio neste eixo é feito o zoneamento por setores, sendo o ponto focal do
grande eixo, o edifício da reitoria.
A divisão em setores sob considerações do próprio plano da universidade define os setores da
reitoria, biblioteca, teatro acadêmico, imprensa universitária e outros elementos
administrativos ocupando posição tão central quanto possível.
De aspectos monumentais, a avenida de acesso principal em continuação da avenida de acesso
do butantã – cidade universitária, terminando em uma praça rotatória em cuja sequência de
espaços formados temos a praça maior da administração central.
14. O EDIFICIO DA REITORIA
Inaugurado em 1961, com área construída de 13.564 m² .
Projeto do arquiteto José Maria da Silva Neves e adaptação de Mario Rosa Soares.
Destinado à administração geral da universidade , biblioteca central, gráfica, editora, TV
educativa, Coralusp e outros serviços ligados à administração .
Sob a forma de um “U” constitui-se num bloco central, vertical com 9 pavimentos e outro baixo
com 3 pavimentos, além do subsolo central destinado às máquinas e caixa d’água.
21. O EDIFICIO DA REITORIA
É dotado de uma arquitetura pesada, mas harmoniosa com ritmo claro e destacado na
implantação dos pilares externos.
Apresenta estrutura de concreto armado convencional revestido e isolado.
A divisão dos espaços internos é de caráter flexível, de grande utilidade frente à constante
necessidade de adaptação do programa, com tabiques de madeira revestidos de fórmica.
A cobertura em teto plano é impermeabilizado a base asfáltica.
22. O EDIFICIO DA REITORIA
Esboço do Edifício da Reitoria
(Fonte: MACEDO,1987, p.18)
23. O EDIFICIO DA REITORIA
Pavimento Térreo
(Fonte: COESF)
24. O EDIFICIO DA REITORIA
Primeiro Pavimento
(Fonte: COESF)
25. O EDIFICIO DA REITORIA
Terceiro Pavimento
(Fonte: COESF)
28. O EDIFICIO DA REITORIA
O edifício sofreu e vem sofrendo várias reformas face a mudanças de uso, tornando-se obsoleto
quanto às suas funções propostas inicialmente devido à dinâmica da USP.
Com racionalização na apresentação espacial e estrutural o edifício é mostra de uma arquitetura
cuja origem data da década de 30, com forte caráter modernista.
33. BIBLIOGRAFIA
JOÃO R. L. SIMÕES, ARQUITETURA NA CIDADE UNIVERSITÁRIA “ARMANDO SALLES
OLIVEIRA” O ESPAÇO CONSTRUÍDO, 1984, FAU-USP
CAMPOS, CIDADE UNIVERSITÁRIA DA USP, 1954, FAU-USP
ADILSON COSTA MACEDO, 1987, FAU-USP
NEYDE A. JOPPERT CABRAL, 2004, FAU-USP